LA SEXUALIDAD EN LA ÉPICA MEDIEVAL ESPAÑOLA

LA SEXUALIDAD EN LA ÉPICA MEDIEVAL ESPAÑOLA

T o d o el m u n d o sabe que la lírica t r a d i c i o n a l , poesía f emenina , t r a t a del a m o r , y que la épica, poesía mascu l ina , t r a t a del h o n o r y de la guerra . U n o de los grandes investigadores de la poesía t r a d i c i o n a l , W i l l i a m J . E n t w i s t l e , d i j o que : " T h i s d i s t inc t i on between w o m e n ' s songs (zenske pesme) a n d men ' s or w a r r i o r s ' songs ( junacke pesme) is f u n d a m e n t a l i n Serbian b a i l a d r y . I t [. . . ] serves to m a r k of f lyr ics f r o m narrat ives , a n d love-songs f r o m m a r t i a l a d v e n t u r e s " 1 . Este j u i c i o sobre la poesía servia es bastante representativo de lo que dicen los especialistas de otras l i teraturas . Pero, ¿es verdad? E n muchas tradiciones poéticas, parece que sí: la épica francesa es u n e jemplo conocido. U n i n f o r m e reciente y autor izado advierte que no sólo la sexualidad sino las mujeres mismas ocupan u n puesto m u y reduc ido hasta u n a etapa bastante tardía de la evolución de las chansons de geste, y que su i m p o r t a n c i a aumentada , con la entrada en la epopeya de algo del espíritu del amor cortes, indica generalmente una fecha tardía para el poema, y hasta la decadencia 2 . E n la épica anglosajona, la ausencia de la sexual idad es aún más acusada. U n análisis f r e u -d i a n o podría sugerir ta l vez el s imbo l i smo sexual en las luchas de B e o w u l f con G r e n d e l y su m a d r e , y u n análisis j u n g i a n o nos re velaría en dichas escenas la sexual idad de la G r a n M a d r e , pero m e parece m u y poco probable que tales interpretaciones ref lejen

1 European balladry, 2 a e d . , C l a r e n d o n P r e s s , O x f o r d , 1951, p. 322. M a t i z a en seguida el contraste ( " B u t the dist inct ion is not a b s o l u t e " ) , pero c o n c l u ye a f i r m a n d o su va l idez .

2 ' ' W o m e n play little part i n the earl ier chansons de geste, a n d their i n c r e a s ing i m p o r t a n c e , w i t h the emergence of something of the ethos of courtly love , is generally a sign of lateness of date a n d of d e c a d e n c e " , D . J . A . R o s s , " O l d F r e n c h " , Traditions ojheroic and epic poetry, t. 1: The traditions, ed . A . T . H a t t o , T h e M o d e r n H u m a n i t i e s R e s e a r c h A s s o c i a t i o n , L o n d o n , 1980, p. 88 .

NRFH, XXXVI (1988), num. 2, 767-786

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la intención del poeta o la percepción de su público. Y creo que la n o r m a es representada por las epopeyas francesa y anglosajon a . M e parece m u y s igni f i cat iva la ausencia de las palabras " a m o r " , " h e r o í n a " , " m u j e r " y " s e x u a l i d a d " del índice de m a terias del l i b r o clásico de sir M a u r i c e B o w r a 3 .

H a y excepciones, desde luego. A pesar de lo que acabamos de observar en la epopeya anglosajona, o t ro r a m o de la epopeya germánica, la a lemana, contiene mujeres poderosas y algunas escenas eróticas; el Nibelungenlied es de g ran interés desde este p u n to de v ista . Su equivalente en prosa, la saga islandesa, t iene a veces u n acusado interés sexual 4 . Se t r a t a , s in embargo , de excepciones. D e todas las tradic iones épicas medievales que conozco, h a y sólo u n a en la cual las mujeres d o m i n a n en la acción de los poemas, y el erot ismo desempeña u n papel f u n d a m e n t a l , no com o excepción sino casi como regla . Esta tradición atípica es la española 5 . Sostuve hace años que las mujeres d o m i n a n en el c i clo épico de los condes de C a s t i l l a 6 . A h o r a creo que ta l conc lu sión, que parecía quizás a t rev ida , fue demasiado cautelosa. N o se t r a t a sólo, en el ciclo de los condes, de mujeres dominantes , mujeres que f u n c i o n a n socialmente como hombres , sino también de mujeres conscientes de su p r o p i a sexual idad. H a y más: el s i m bo l i smo sexual es bastante frecuente, y las escenas eróticas son a m e n u d o fundamentales en el desarrol lo de la acción. Si vo lve -

3 C . M . B O W R A , Heroic poetry, M a c m i l l a n , L o n d o n , 1952. 4 Véase U R S U L A D R O N K E , The role of sexual themes in "Njáls Saga", T h e V i

k i n g Society for N o r t h e r n R e s e a r c h , L o n d o n , 1981. 5 V a r i o s estudios se o c u p a n de este t e m a : L U C Y A . S P O N S L E R , Women in

the medieval Spanish epic & lyric traditions, U n i v e r s i t y Press of K e n t u c k y , L e x i n g ton, 1975; C A R O L Y N A . B L U E S T I N E , " T h e role of w o m e n i n the Poema de mió Cid", RNo, 18 (1977 -1978) , 404 -409 ; Heroes great and small: Archetypal patterns in the medieval Spanish epic (tesis doctoral inédita, P r i n c e t o n U n i v e r s i t y , 1983) , esp. c a p . 4, y " T r a i t o r s , v o w s , a n d temptresses i n the medieval S p a n i s h e p i c " , KRQ, 33 (1986) , 53 -61 ; M A R J O R I E R A T C L I F F E , The role of women in medieval Spanish history and epic literature: Jimena, wife of Rodrigo (tesis doctoral inédita, U n i vers i ty of T o r o n t o , 1981), y " W o m e n a n d m a r r i a g e i n the m e d i e v a l S p a n i s h e p i c ' ' , Journal of the Rocky Mountain Medieval and Renaissance Association, 8 (1987) , 1-13; J U A N V I C T O R I O ( e d . ) , El amor y el erotismo en la literatura medieval, E d i t o r a N a c i o n a l , M a d r i d , 1983, p p . 14-31, y " L a m u j e r e n l a épica c a s t e l l a n a " , e n La condición de la mujer en la Edad Media, eds. Yves-René F o n q u e r n e y Al fonso E s t e b a n , U n i v e r s i d a d C o m p l u t e n s e - C a s a de Velázquez, M a d r i d , 1986, pp. 75-84 ; M A R Í A J E S Ú S L A C A R R A , " L a m u j e r e j e m p l a r en tres textos épicos castel la n o s " , Cuadernos de Investigación Filológica (en p r e n s a ) .

6 " M e d i e v a l S p a n i s h epic cycles: Observat ions o n their formation a n d dev e l o p m e n t " , KRQ 23 (1976) , 281-303 .

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mos la m i r a d a hacia los ciclos caro l ingio y c id iano , vemos que — a pesar de la ausencia casi to ta l de mujeres d o m i n a n t e s — la sexual i d a d es casi t a n i m p o r t a n t e como en el ciclo de los condes. L a única excepción parece ser Ronces valles: los cien versos que sobrev i v e n no ofrecen u n a base adecuada para las hipótesis, pero es probable que el poema siguiera el modelo de la Chanson de Roland, en la cual las mujeres desempeñan u n papel m u y secundario , y no se hace caso de su sexual idad.

N o se puede decir de la épica española lo m i s m o que de la francesa. M i e n t r a s que en ésta el interés por las mujeres y el a m o r l lega tarde , en aquélla se nota desde los comienzos — y de m a n e r a m u y obv ia . L a épica p r i m i t i v a de España es m u y problemática, desde luego , ya que el p r i m e r texto en verso que poseemos es del siglo x m , y aunque hay en el siglo x n alusiones cronísticas a leyendas épicas, no encontramos prosificaciones extensas antes del re inado de Al fonso el Sabio. Esto es conocidís imo, y m u y conocidas son las investigaciones sobre la poesía o r a l , que demuest r a n el carácter proteico de u n poema que se compone ora lmente . S i n embargo , el estudio de crónicas, romances y otros textos nos h a proporc ionado indicaciones bastante sólidas, no sólo de la existencia de poemas épicos españoles en los siglos x i y x n , sino t a m bién del contenido y de los temas de dichos poemas. A pesar de las dudas expuestas recientemente por C o l i n S m i t h , sigo creyendo que R a m ó n Menéndez P i d a l t u v o razón en cuanto a la existencia t e m p r a n a del poema de los Siete infantes de Lara7. Parece ahora que el poema nació u n poco más tarde de lo que creía M e néndez Pidal —probablemente hacia el año 1000—, y no veo razones suficientes para creer que h u b i e r a otros (sobre, por e jemplo , el rey R o d r i g o ) anteriores a los Siete infantes. E l poema p r i m i t i v o de los Siete infantes (compuesto o ra lmente , en el estilo f o rmula i co ) está p e r d i d o , y no sabemos cuántas versiones de él habrían desaparec ido antes de la prosificación i n c l u i d a en la Estoria de España. E n las crónicas posteriores hay prosificaciones de o t r a versión y quizás de varias (se discute m u c h o la cuestión de las variantes cronísticas de leyendas épicas como indicios de distintas versiones poét i cas ) 8 . E n la p r i m e r a versión prosi f icada, la de la Estoria de Es-

7 La leyenda de los Infantes de Lara ( 1 9 8 6 ) , en las Obras de R . M E N É N D E Z P I D A L , t. 1, 3 A e d . , E s p a s a - C a l p e , M a d r i d , 1 9 7 1 ; C O L Í N S M I T H , The making of the "Poema de mió Cid", U n i v e r s i t y P r e s s , C a m b r i d g e , 1 9 8 3 , p p . 4 0 - 4 1 .

8 Véanse, por e jemplo , D . G . P A T T I S O N , From legend to chronicle: The treat-ment ofepic material in alphonsine historiography, Society for the S t u d y of M e d i a e -


paña, la m u e r t e de los siete infantes y la prisión de su padre G o n zalo Gústioz resul tan de las intr igas de doña L a m b r a , cuñada de Gonza lo Gústioz y tía de los infantes . E l rencor de doña L a m b r a nace de dos muertes : la de su p r i m o A l v a r Sánchez, matado por Gonza lo González (el in fante más j o v e n ) a causa de u n a i n j u r i a d u r a n t e las bodas de el la, y después la de u n cr iado suyo, m a t a d o por los infantes por haber i n j u r i a d o groseramente a Gonzalo G o n zález (el inc idente famoso del c ohombro l leno de sangre). Pero no se t r a t a sencil lamente de la venganza p o r dos muertes . Desde el p r i n c i p i o se nota u n a conciencia de la sexualidad: la acción e m pieza con las bodas, y la reyerta fatal se i n i c i a así:

A lvar Sánchez comentó luego de dezir sus palabras tan grandes, por que ovo a responder a Gongalvo Gongálvez et dixo: " T a n bien alangades vos, et tanto se pagan de vos las duennas, que bien me semeja que non fablan de otro cavallero tanto como de vos' ' . Aquella ora dixo Alvar Sánchez: " S i las duennas de mí fablan, fazen derecho, ca entienden que valo más que todos los o t ros " 9 .

N o es difícil a d i v i n a r la cua l idad en la cual A l v a r —según las d a m a s — supera a todos los demás, sobre todo a la luz de u n a f ra se de u n a versión poster ior , en la cual L a m b r a " d i x o [. . . ] que n o n vedaría su a m o r a orne t a n de p r o si n o n fuese su par iente t a n l l e g a d o " 1 0 . L a enemistad creciente de doña L a m b r a para con Gonza lo González está mezclada con el interés sexual:

Pues que fueron en la huerta, Gongalvo Gongálvez desnuyóse estonces los pannos, et paróse en pannos de l ino , et tomó so agor en mano et fuer bannar. Donna Llanbla quandol ' vio assí estar des-nuyo, pesor mucho de coragón, et dixo assí contra sus duennas: "Amigas , ¿non veedes cuerno anda Gongalvo Gongálvez en pannos de lino? Bien cuedo que lo non faze por ál sinon por que nos enamoremos déll [. . . ] " (cap. 737, p. 213).

L a ambiva lenc ia emoc ional de doña L a m b r a frente a su sobr ino m e n o r conduce a la t raged ia para ambos personajes y para m u -

v a l L a n g u a g e s a n d L i t e r a t u r e s , O x f o r d , 1 9 8 3 ; S A M U E L G . A R M I S T E A D , " F r o m epic to c h r o n i c l e : A n indiv idual i s t a p p r a i s a l " , RPh, 4 0 ( 1 9 8 6 - 1 9 8 7 ) , 3 3 8 - 3 5 9 .

9 R . M E N É N D E Z P I D A L , Leyenda, p. 2 1 0 ( = Estoria de España, cap. 7 3 6 ) . T o das m i s citas de textos cronísticos de los Siete infantes p r o v i e n e n de esta edición. R e g u l a r i z o los acentos, el empleo de i/j y u / v , y otros detalles según las n o r m a s m o d e r n a s en todas m i s citas de textos medievales españoles.

1 0 Crónica de 1344 (Leyenda, p. 2 5 1 ) .


chos más. L a interpretación ind i cada por la acción y por las pala bras de los personajes es subrayada por el s imbol ismo erótico: po sible en la j u s t a (en los cancioneros del siglo x v , la j u s t a es u n a obv ia i m a g e n sexual) , probable en el azor (compárese el halcón de Cal is to en Celestina), y m u y claro en el c ohombro l leno de sangre 1 1 .

Los siete infantes m u e r e n a causa de la traición de R u y V e -lázquez, inc i tado por su m u j e r , pero antes de la m a t a n z a se concibe u n vengador . Gonza lo Gústioz , m a n d a d o a C ó r d o b a para que el rey m o r o A l m a n z o r le m a t e , está encarcelado:

Et díxor Almangor: " [ . . . ] Roy Blásquez me envía dezir que te descabece, mas yo, porque te quiero bien, non lo quiero facer, mas mandarte echar en prisión"; et fizólo assí. Desí mandó a una mora fija dalgo quel ' guardasse y l ' sirviesse y l ' diesse lo que oviese mes-ter; et assí aveno a pocos de días, que don Gongalvo yaziendo en aquella prisión, et aquella mora sirviendo!' , que ovieron de entender en sí et amarse ell uno al otro de manera que don Gongalvo ovo de fazer u n fijo en ella, a que llamaron después M u d a r r a Gon-galvez et éste fue el qui vengó a so padre et a sos hermanos, los siete inffantes [. . . ] (cap. 7 3 8 , p. 2 2 0 ) .

Por lo t a n t o , la traición, p u n t o c u l m i n a n t e de u n a serie de a f ren tas y venganzas con acusados matices sexuales, será castigada por el h i j o bastardo , f r u t o de los amoríos del cr ist iano encarcelado y la h ida lga m o r a .

L a versión más extensa de los Siete infantes que encontramos en la Crónica de 1344 d i f iere m u c h o de la prosi f icada en la Estoria de España12. Las diferencias más notables son que n a r r a de ten i damente la venganza de M u d a r r a , y que coloca la concepción del vengador después de la m u e r t e de los infantes y del l l anto de su

11 Justa: I A N M A C P H E R S O N , " S e c r e t language i n the Cancioneros: S o m e court ly c o d e s " , BHS, 6 2 ( 1 9 8 5 ) , 5 1 - 6 3 ; B R I A N D U T T O N , " B r o k e n l a n c e s " , co

municación leída en el 4 1 ° K e n t u c k y F o r e i g n L a n g u a g e C o n f e r e n c e , abr i l de 1 9 8 8 . Azor: E . M I C H A E L G E R L I , " C a l i s t o ' s h a w k a n d the image of a m e d i e v a l t r a d i t i o n " , Ro, 1 0 4 ( 1 9 8 3 ) , 8 3 - 1 0 1 . Cohombro: C A R O L Y N A . B L U E S T I N E , " T h e

p o w e r of blood i n the Siete infantes de Lara", HR, 5 0 ( 1 9 8 2 ) , 2 0 1 - 2 1 7 , esp. pp . 2 0 2 - 2 0 8 ; el artículo de J O H N R . B U R T , " T h e bloody c u c u m b e r a n d related matters i n the Siete infantes de Lara", HR, 5 0 ( 1 9 8 2 ) , 3 4 5 - 3 5 2 (re impreso en su l ibro Selected themes and icons from medieval Spanish literature: Of beards, shoes, cucumbers and leprosy, S t u d i a H u m a n i t a t i s , Potomac , MD, 1 9 8 2 , pp . 8 5 - 9 5 ) , convence m e n o s , pero tiene var ios puntos de interés.

1 2 Además del l ibro clásico de Menéndez P i d a l , véanse J O H N G . C U M M I N S , " T h e chronic le text of the legend of the Infantes de Lara", BHS, 5 3


padre . E l p r i m e r cambio m e j o r a el e q u i l i b r i o es t ruc tura l : m i e n tras que en la Estoria de España la venganza de M u d a r r a ocupa poco espacio ( tan poco que se debe sospechar u n a compresión cronística), en la Crónica de 1344 vemos la larga narración de la t r a i ción ideada por doña L a m b r a contrapesada con la venganza (o tra narración extensa) ideada por doña Sancha; o sea que en vez de u n a m u j e r d o m i n a n t e hay dos, u n a m a l a y la o t r a buena , pero igualmente feroz 1 3 . E l segundo cambio me jo ra no el equ i l ibr i o si no la coherencia causal del a r g u m e n t o . E n la Crónica de 1344 la amante de Gonza lo Gústioz no es sólo u n a h ida lga m o r a sino la h e r m a n a del m i s m o A l m a n z o r . Después de la famosa escena del l l a n t o del padre ante las cabezas de sus h i jos ,

amortescióse e cayó en tierra como aquel que non sabía de sí parte, e cayóle la cabega de los bragos sobre las otras. E quando Almangor e Alicante, que cerca del estavan, esto vieron, pesóles mucho e con grant duelo que del ovieron comengaron de llorar, e dixo Almangor contra Alicante: " Y o non querría que Gongalo Gústios aquí m u riese por quanto Córdova vale [ . . . ] " . E entonce [. . . ] Almangor mandó llamar una infante, su hermana, que era muy fermosa e muy manceba, e era donsella virgen, e fablava muy bien e muy apuesta miente, e díxol' Almangor: " H e r m a n a , si me vos amades, entrad en esa casa do yas ese christiano que es orne de alta sangre e yase m u y desacordado e con muy grant duelo que ha de sus fijos que vio muertos ante sí, e vos, m i hermana, conortatlo con muy buenas palabras e yo gradescer vos lo he mucho, e faredes me en ello grant plaser" (pp. 284-285).

E l l a t iene m u y pocas ganas de hacerlo , pero cede ante las amenazas de su h e r m a n o y , t r a t a n d o de consolar al cr is t iano caut ivo , i n v e n t a u n a h i s tor ia de su m a r i d o y siete hi jos , conc luyendo con palabras de obv ia incitación sexual:

U E yo veo vos los cabellos blancos e el rrostro muy fresco, e por ventura podedes aún faser fijos que vengaran a los otros" . E ella

(1976) , 101-116, y el r e s u m e n de las dos versiones e n T H O M A S A . L A T H R O P , The legend qfthe ' 'Siete Infantes de Lara" ("'Refundición toledana de la crónica de 1344' ' Versión), U n i v e r s i t y of N o r t h C a r o l i n a P r e s s , C h a p e l H i l l , 1972, p p . 37 -42 .

1 3 L a transformación de la b o n d a d o s a doña S a n c h a e n u n a fur ia v e n g a d o r a se parece m u c h o a l a de K r i e m h i l d en el Nibelungenlied: véanse E R I C H V O N R I C H T H O F E N , Estudios épicos medievales, t r a d . José Pérez R i e s c o , G r e d o s , M a d r i d , 1954, p p . 151-191; y C E S A R E A C U T I S , La leggenda degli infanti di Lara: due forme epiche nel Medioevo occidentale, G i u l i o E i n a u d i , T o r i n o , 1978.

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todo esto que desía era mentira, por lo conortar, ca ella nunca fuese casada n i n oviera fijos, mas era donsella e muy fermosa. E Gongalo Gústios paró en ella mientes, e en las palabras que desía, e fue tra bar della e dixo: "Dueña, vos agomastes el sueño, Dios lo quiera soltar así, ca conbusco faré el fijo que a los otros vengará". E ella dixo: "Esto non provedes, ca mió hermano tomaría grant enojo, e pasaría contra vos e vos cortaría la cabega, e a mí fager me ya dar tantos de agotes fasta que me matasen". E Gongalo Gústios le dixo que la non dexaría por quantos moros avía en España. E como quier que fuese lasrado de la mala prisión que oviera e de muy mal comer, todo en aquella ora lo olvidó, e langó por ella mano, e yogo con ella, e así tovo Dios por bien que de aquel ayuntamiento fincase ella preñada de u n fijo que después llamaron M u d a r r a Gon-gáles, que fue después muy buen christiano e a servicio de Dios, e fue el más onrrado orne que ovo en Castiella, afuera del conde don Garci Ferrándes, que era ende señor; e este M u d a r r a Gongales mató después a R u y Vásques e a doña Llambra e vengó a sus hermanos (p. 286).

E n la Crónica de 1344, pues, u n acto sexual l lega a ser el fu l cro del argumento , surgiendo inmediatamente de la traición que const i t u y e la p r i m e r a parte del poema y conduciendo d i rec tamente a la venganza de la segunda parte . L a conexión es i n c o n f u n d i b l e : hasta la decisión de M u d a r r a de salir de C ó r d o b a para buscar a su padre en Cast i l la es u n a reacción a u n a i n j u r i a que se refiere a su n a c i m i e n t o :

rrespondió el rrey de Segura a M u d a r r a Gongáles: " V e t e , fijo de n i n g u n o " . E M u d a r r a Gongáles cató aderredor de sí, si podría fallar arma alguna con que lo firiese, e non la falló; e tomó el tablero e diól' con él u n tan grant golpe por cima de la cabega quel ' fiso langar la sangre por los narises e por la boca. E M u d a r r a Gongáles, quando vio quel rrey de Segura non mecía pie n i n mano, dixo: "Atendet me aquí,e yré preguntar a m i madre, que non me diga mentira; e mostrarvos he quién es mió padre" (p. 291).

L a parte d o m i n a d a por doña L a m b r a se u n e , pues, con la d o m i n a d a por doña Sancha mediante u n a escena erótica en la cual la princesa t o m a la i n i c i a t i v a 1 4 . U n a m u j e r desempeña el papel decisivo en cada parte de la segunda versión de los Siete infantes, y

1 4 E s v e r d a d que c u a n d o G o n z a l o Gústioz responde a sus palabras l a m o r a protesta modestamente , pero las pa labras — d e c u y o sentido es imposible d u d a r — y a h a n conseguido su efecto inevitable .


los móviles sexuales d e t e r m i n a n el desarrol lo del a r g u m e n t o . H e dicho m u c h o de los Siete infantes, porque se t r a t a del p r i

m e r poema épico español que se conoce, y porque demuestra perfectamente el papel d o m i n a n t e de las mujeres y la i m p o r t a n c i a f u n d a m e n t a l de la sexual idad. Pasemos a considerar otros poemas del ciclo de los condes. L a categoría genérica de u n o de ellos, la Condesa traidora, es m u y d iscut ida en la crítica reciente, pero me i n c l i n o todavía a creer que esta leyenda nació como poema épico . E n la p r i m e r a versión cronística de la Condesa traidora, contenida en la Crónica najerense del siglo x n , el conde G a r c i Fernández t i e ne sólo u n a m u j e r , la cua l , m o t i v a d a por la ambic ión y por su deseo adúltero por el rey m o r o A l m a n z o r , conspira con éste para causar la m u e r t e de su m a r i d o , y después, para poder dar r i e n d a suelta a su l u j u r i a , t ra ta de envenenar al nuevo conde, su h i j o Sancho. Este, sin embargo , advert ido por u n a cr iada , compele a su m a d r e a beber el v e n e n o 1 5 . E n la versión prosi f icada en la Esto-ria de España el argumento y el interés sexual se ext ienden. L a f r a n cesa doña A r g e n t i n a , la p r i m e r a m u j e r del conde, se fuga con su amante francés. G a r c i Fernández los persigue, y con la c o m p l i c i dad de Sancha, h i j a descontenta del seductor, m a t a a la pare ja adúltera y les corta la cabeza. Es de no tar que Sancha — e n cierto m o d o re lac ionada con G a r c i Fernández por ser h i jas t ra de Jacto, aunque no de jure, de su m u j e r A r g e n t i n a , no sólo exige el m a t r i m o n i o como p r e m i o de su ayuda al conde, sino que hace el a m o r con él en seguida:

díxol' así: "Conde, qu i vos a vos diesse logar por ó vos acabáse-deslo que queredes, ¿quél' fariedes?" Et el conde le respondió: "Sennora, si me vos esto guisássedes, casaría con vusco et levarvos

1 5 P a r a las versiones cronísticas de l a Condesa traidora, véanse R . M E N É N -D E Z P I D A L , Historia y epopeya, en Obras, C e n t r o de Estudios Históricos, M a d r i d , 1934, t. 2, p p . 1-27, y S A L V A D O R M A R T Í N E Z , " T r e s leyendas heroicas de l a Najerense y sus relaciones con l a épica c a s t e l l a n a " , ALM, 9 (1971) , 115-177, esp. p p . 118-130. C O L I N S M I T H (op. cit., p p . 24 -41) , n iega que l a Crónica najerense h a y a ut i l izado fuentes épicas. L a Najerense n a r r a así el intento de l a c o n desa de e n v e n e n a r a su h i j o : " M a t e r a u t e m eius comit issa spe n u b e n d i c u m A l m a z o r , n o n contenta q u o d p a t r e m occidi fecerat, ut i n a n i s glorie c u p i d i t a -tem saciaret et sue l i b i d i n i l iberius deseruiret , filium ex quo solo salus totius pendebat H y s p a n i e necare potionibus attemptauit , sed D o m i n u s q u i Consi l ia h o m i n u m dissipat i m p i o r u m . . . m a l i g n a n t i s m a t r i s m a l i g n u m c o n s i l i u m diss i p a m i " (ed . A n t o n i o U b i e t o A r t e t a , A n u b a r , V a l e n c i a , 1966, l ibro I I , cap . 83) . B L U E S T I N E inc luye en su tesis u n análisis l i terario de l a Condesa traidora (Heroes great and small, p p . 290-303 y 344-353) .


y a c o m i g o p o r a C a s t i e l l a , et f a z e r v o s y a c o n d e s s a et s e n n o r a d e l a t i e r r a " . E t e l l a le promet ió q u e e l l a ge lo guisarié, et díxol ' l a m a n e r a c ó m o . Des í m a n d ó p e n s a r del et m e t e r l e e n so cámara. E t a q u e l l a n o c h e a l b e r g a r o n a m o s a d o s d e so u n o et recibiéronse p o r m a r i d o et p o r m u g e r 1 6 .

L a sexual idad se intensi f ica en el desenlace también: en vez del aviso casual de u n a esclava al j o v e n Sancho, el secreto de la condesa es delatado a causa de u n a a v e n t u r a amorosa:

L a m a d r e deste c o n d e d o n S a n c h o , c o b d i c i a n d o c a s a r c o n u n r e y d e l o s m o r o s , a s m ó d e m a t a r s u fi jo p o r t a l q u e se a lgasse c o n los c a s t i e l l o s e c o n l a s f o r t a l e z a s d e l a t i e r r a , et q u e d e s t a g u i s a casarié c o n e l r e y m o r o m á s e n d e r e g a d a m i e n t r e et s i n e n b a r g o . E t e l l a d e s -t e m p r a n d o u n a n o c h e l a s y e r v a s q u e l ' d i e s s e a b e v e r c o n q u e m u -r i e s s e , fue e n e l lo u n a s u c o v i g e r a d e l a c o n d e s s a , et entendió m u y b i e n q u é e r a . E t q u a n d o v e n o e l c o n d e , a q u e l l a c o v i g e r a descubrió a q u e l f e c h o q u e sabía d e s u s e n n o r a a u n e s c u d e r o q u e quería b i e n , q u e a n d a v a e n c a s a d e l c o n d e ; et e l e s c u d e r o díxolo a l c o n d e s u s e n -n o r , et consejól ' c ó m m o se g u a r d a s e d e a q u e l l a trayción ( c a p . 7 6 4 , p . 4 5 4 a ) .

E l p r i m i t i v o Cantar de Fernán González se perdió t a n completa mente que n i s iquiera alcanzó u n a prosificación cronística, pero tenemos en cambio la refundición en cuaderna vía, el Poema de Fernán González, compuesto en el tercer cuarto del siglo x i n en el monaster io de San Pedro de A r l a n z a . A q u í también hay u n a m u j e r d o m i n a n t e , la princesa Sancha de N a v a r r a , l a cual se casa con Fernán González y contrarresta las in tr igas de su tía, la re ina T e resa de León . E l interés sexual es más res t r ing ido que en los Siete infantes de Lara o en la Condesa traidora, pero sí está presente. A u n si no hacemos caso del s imbo l i smo posible de:

e l c o n d e d o n F e r n a n d o n o n podía a n d a r , ó v o l ' e l l a u n p o c o a c u e s t a s a l l e v a r 1 7 ,

no se puede pasar p o r alto su anter i o r declaración de amor :

16 Primera crónica general, ed . Menéndez P i d a l , 2 a e d . , G r e d o s - S e m i n a r i o Menéndez P i d a l , M a d r i d , 1955, cap . 731, I I , p. 428a . B L U E S T I N E h a b l a de u n a " i n h e r e n t l y incestuous u n d e r c u r r e n t " en las relaciones de G a r c i Fernández con S a n c h a (Heroes. . ., p. 292) .

17 Poema de Fernán González, e d . A l o n s o Z a m o r a V i c e n t e , 2 a e d . , E s p a s a -C a l p e , M a d r i d , 1954, estr. 637cd .


" B u e n conde", dixo ella, "esto faz buen amor, que tuelle a las duennas vergüenza e pavor olvidan los paryentes por el entendedor, ca de lo que él se paga tyenen lo por mejor.

Sodes por m i amor, conde, mucho lazrado, ond nunca byen oyestes sodes en grrand cuydado; conde, non vos quexedes e sed byen segurado, sacar vos he d'aquí alegrue e pagado.

Sy vos luego agora d'aquí salir queredes, pleyto e omenaje en m i mano faredes, que por duenna en mundo a mí non dexaredes, comigo bendiciones e missa prenderedes"

(estr. 629-631).

(Nótense las palabras corteses " b u e n a m o r " , " e n t e n d e d o r " y " o m e n a j e " ) .

N o se debe o lv idar tampoco la promesa falsa de m a t r i m o n i o con Sancha, con que la re ina de León había engañado a Fernán González para conseguir su prisión en N a v a r r a (estr. 576-578) ; n i el m a l arcipreste que quiere forzar a doña Sancha (639-651) ; n i la m a n e r a en que Sancha obtiene permiso del rey de León pa r a pasar la noche con su m a r i d o en la cárcel (el final del poema está p e r d i d o , y tenemos que r e c u r r i r a la prosificación en la Estoma de España):

la condessa fue ver al conde. Et quandol ' vio , fuel ' abragar l lorando mucho de los ojos. . . L a condessa envió luego dezir al rey quel ' rogava mucho, commo a sennor bueno et mesurado, que mandasse sacar al conde de los fierros, diziéndol' que el cavallo travado n u n -qua bien podié fazer fijos. Dixo el rey estonces: " S i Dios me vala, tengo que dize verdad" , et mandól' luego sacar de los fierros. Et desí folgaron toda la noche amos en uno . . . (cap. 718, pp. 420b-421a).

L a i m a g e n del caballo p a r a s imbo l i zar la sexual idad mascu l ina es de g r a n interés 1 8 . E n el Romanz del infant García, que n a r r a el asesinato del último conde de Cast i l l a , l a n o v i a del conde, o t r a doña Sancha, princesa de León , d o m i n a la última parte de la ac-

1 8 Pertenece a l a g r a n clase de imágenes de fuerzas e lementales : véase m i artículo " P e r o M e o g o ' s stags a n d fountains : S y m b o l a n d anecdote i n the t r a -dit ional l y r i c " , RPh, 33 (1979-80) , 265-283 .


c ión , insist iendo en la venganza contra los asesinos y u t i l i z a n d o su sexual idad para conseguir la :

Fuese el rey don Sancho de Navarra con amos sus fijos pora León. Et desposaron all inffant don Fernando con la inffant donna Sancha, aquella que fuera esposa [ = novia] dell inffant don García. Et pues que ovieron fecho este desposamiento, dixo la inffant donna Sancha contral rey don Sancho que si la non vengasse del traydor Fernant Laynez que fuera en la muerte dell inffant García et diera a ella una palmada en la cara et la messara de los cabellos, que n u n -qua el su cuerpo antes llegarié al de don Fernando su fijo19.

N o es ésta la p r i m e r a aparición de la sexual idad en el Romanz, n i l a más notab le . García va a León para ver a su p r o m e t i d a , y mient ras está con ella sus enemigos lo a t r a p a n . Pero no se t r a ta m e r a m e n t e de desposorios arreglados por razón de estado, sino de u n a m o r apasionado. E n la descripción del encuentro de los novios , se añade al tenor romántico comentado por M e n é n dez P i d a l en el relato del T o l e d a n o ( " C u m q u e se m u t u o cons-pexissent, i t a f u i t u te rque amore a l t e r i co l l igatus , u t v i x possent a m u t u i s aspectibus s e p a r a r i " ) 2 0 u n elemento acusado de erot i s m o :

fuesse pora su esposa donna Sancha, et viola, et fabló con ella quanto quiso a su sabor; et pues que ovieron fablado en uno buena piega del día, tanto se pagaron el uno dell otro et se amaron de luego, que se non podién partir nin despedirse uno dotro (cap. 788; p. 470b).

L a traición fatal u r d i d a por los hermanos V e l a mientras que García está deleitándose con su n o v i a recuerda la leyenda del u n i c o r n i o , en los bestiarios:

Est animal quod graece dicitur monosceros, latine uero unicornis. Physiologus dicit unicornem hanc habere naturam: pusil lum ani mal est, simile haedo, acerrimum nimis, unum cornu habens in medio capite. Et nuUus omnino uenator eum capere potest; sed hoc argumento eum capiunt: puellam uirginem ducunt i n i l i u m locum

1 9 Primera crónica general, c a p . 789 , I I , p. 472b . Véanse M E N É N D E Z P I D A L , Historia y epopeya, pp . 29 -98 , y B L U E S T I N E , Héroes. . ., p p . 303-316 y 353-364 .

2 0 R O D R I G O X I M É N E Z D E R A D A , De rebus Hispaniae, en sus Opera, ed . M a ría D e s a m p a r a d o C a b a n e s P e c o u r t , A n u b a r , V a l e n c i a , 1968, l ib . 5, c a p . 25 , p. 115b, P a r a el c o m e n t a r i o de M E N É N D E Z P I D A L , véase Historia y epopeya, p. 61 .


u b i m o r a t u r , et d i m i t t u n t e a m i n s i l u a m s o l a m ; at Ule u e r o , m o x u t u i d e r i t e a m , s a l i t i n s i n u m u i r g i n i s , et c o m p l e c t i t u r e a m , et s i c c o m p r e h e n d i t u r , et e x h i b e t u r i n p a l a t i o r e g i s 2 1 .

E l Cantar de Sancho I I prosi f icado en la Estoria de España pertenece sin d u d a a lguna al ciclo c id iano , pero u n a versión m u y dis t i n t a parece haber servido de fuente ( juntamente con u n poema épico e r u d i t o en latín, el Carmen de morte Sanctii regis) para la Crónica najerense22. Esta versión p r i m i t i v a parece haber pertenecido no al ciclo c id iano sino al de los condes. Las diferencias que más nos interesan ahora son que en la versión p r i m i t i v a la i n f a n t a U r r a c a d o m i n a la acción, en contraste con el papel d o m i n a n t e del C i d en la versión poster ior , y que la versión p r i m i t i v a a t r i b u y e en el asesinato de Sancho I I t a n t a i m p o r t a n c i a a los mot ivos sexuales como a los políticos. U r r a c a , en esta versión, quiere m a t a r a su h e r m a n o Sancho no sólo porque él t r a t a de p r i v a r l a de su c i u d a d de Z a m o r a , sino también a causa de su a m o r por o tro h e r m a n o , A l f onso , destronado por Sancho y re fugiado entre los moros de T o l e d o . Pero , ¿ c ó m o m a t a r a u n rey t a n poderoso, cercado de sus vasallos leales? L a i n f a n t a sabe que u n caballero de la c i u d a d , Be l l ido Dol fos , la qu iere , y por lo tanto ofrece su cuerpo , además de m u c h o d i n e r o , a q u i e n mate a Sancho:

Q u o d c u m U r r a c a p e r p e n s i s s e t , o b o r t i s l a c r i m i s , a i t : " S i q u i s m e a b h a c obsidioné et a n g u s t i a u t c u m q u e l i b e r a r e t , m e et m e a o m n i a i l l i d a r e m " . T u n e q u i d a m filius p e r d i t i o n i s B e l l i t u s A t a u l f u s n o m i -

2 1 Physiologus latinus: éditions préliminaires, versión B, ed . F r a n c i s J . C a r m o d y , E . D r o z , París, 1 9 3 9 , cap . 1 6 , p. 3 1 . Adviértase que a u n q u e el texto dice t a n sólo " a s í es a t r a p a d o , y expuesto en el palacio del r e y " , las m i n i a t u r a s de los bestiarios m u e s t r a n a m e n u d o la m a t a n z a del unicornio por los cazadores m i e n tras que yace en el regazo de l a donce l la : véase, por e jemplo , Bestiario medieval, trad . Ignacio Malaxecheverría, S i r u e l a , M a d r i d , 1 9 8 6 , p. 2 8 3 . Se traduce (ibid., p p . 1 4 6 - 1 5 2 ) lo que d i c e n del u n i c o r n i o varios bestiarios y textos der ivados de ellos. Véanse también El Fisiólogo: bestiario medieval, t rads . M e r i n o A y e r r a Redín y N i l d a G u g l i e l m i , E u d e b a , B u e n o s A i r e s , 1 9 7 1 , p p . 7 4 - 7 5 ; y O D E L L C H E P A R D , The lore qf the unicorn, A l i e n & U n w i n , L o n d o n ; H o u g h t o n M i f f l i n , B o s t o n , 1 9 3 0 .

2 2 Véanse W I L L I A M J . E N T W I S T L E , u O n the Carmen de morte Sanctii regis", BHi, 3 0 ( 1 9 2 8 ) , 2 0 4 - 2 1 9 ; C A R O L A R E I G , El cantar de Sancho IIy cerco de Zamora, C . S . I . C . , M a d r i d , 1 9 4 7 ; M A R T Í N E Z , " T r e s l e y e n d a s " , pp . 1 4 3 - 1 7 6 . C H A R L E S F . F R A K E R , " S a n c h o I I : epic a n d c h r o n i c l e " , Ro, 9 5 ( 1 9 7 4 ) , 4 6 7 - 5 0 7 , dem u e s t r a que se t rata de vers iones tan distintas que son casi dos poemas i n d e pendientes . P a r a la clasificación de las dos versiones , véase m i " M e d i e v a l S p a -n i s h epic e y e l e s " , pp . 2 9 3 - 2 9 6 .


n e , q u i e a m s u p e r o m n i a c u p i d u s a f f e c t a b a t , a c c e d e n s a d e a m , d i -x i t : " S i d e p r o m i s s o m e c e r t i f i c a s , fació q u o d e x o p t a s " . C e r t u s ego d e p r o m i s s o h a b e n s c u m q u i b u s d a m c o n s i l i u m p o r t a s fecit a p e r i r i , et se q u a s i f u g i e n t e m i n s e q u i , et u t r e u e r t e n t i p o r t a s a p e r i a n t , m a n d a t u i g i l a n t i o c u l o p r o s p e c t a r e ( l i b r o I I I , c a p . 4 2 ) .

N o queda d u d a sobre cuál p r e m i o in f luye más: como dice u n cron is ta del siglo x v , " d e allí salió V e l l i d o A d o l f o , que por a m o r de echarse con doña U r r a c a s a l i ó " 2 3 . L a Estoria de España (cap. 835) atenúa y oscurece esta motivación y la c u l p a b i l i d a d de U r r a c a , hasta ta l p u n t o que sólo el lector que conoce la tradición p r i m i t i va entiende lo que pasa. Además de la i m p o r t a n c i a concedida por el p r i m e r Cantar de Sancho I I a la motivación sexual de Bel l ido D o l -fos, la sexual idad parece haber m o t i v a d o el c r i m e n en u n n i v e l más p r o f u n d o . H a y insinuaciones — p r o b a b l e m e n t e b ien f u n d a das— de u n a m o r incestuoso entre U r r a c a y el f u t u r o Al fonso V I , lo que expl ica por qué U r r a c a se ex trema por conseguir la m u e r t e de Sancho 2 4 .

N o es necesario detenernos m u c h o t i e m p o en la epopeya del ciclo caro l ing io , ya que u n o de los poemas, Roncesvalles, carece de interés sexual, mientras que en Mainete y Bernardo del Carpió el elem e n t o sexual es b ien conocido: el asunto p r i n c i p a l de Mainete es el a m o r y m a t r i m o n i o del j o v e n C a r l o m a g n o , y el a r g u m e n t o de Bernardo del Carpió empieza , según dos versiones inc luidas en la Estoria de España, con u n m a t r i m o n i o secreto entre el conde Sancho Díaz de Saldaña y X i m e n a , h e r m a n a del rey Al fonso el Cast o , o con la violación p o r el conde de doña T i m b o r , h e r m a n a de C a r l o m a g n o y cuñada de A l f o n s o 2 5 . E n ambas versiones Bernar do nace de la unión i r r e g u l a r , A l fonso encarcela al conde, y el a r g u m e n t o p r i n c i p a l consiste en los esfuerzos de Bernardo por l i b e r t a r a su padre .

2 3 A L F O N S O M A R T Í N E Z D E T O L E D O , Atalaya de las Crónicas, ed. J a m e s B . L a r k i n , H i s p a n i c S e m i n a r y of M e d i e v a l Studies , M a d i s o n , 1983, p. 61b .

2 4 Véanse E . L É V I - P R O V E N Q A L y R A M Ó N M E N É N D E Z P I D A L , " A l f o n s o V I

y su h e r m a n a l a infanta U r r a c a " , AlAn, 13 (1948) , 157-166, r e i m p r . en M E N É N D E Z P I D A L , Miscelánea histórico-literaria, E s p a s a - C a l p e , B u e n o s A i r e s , 1952, p p . 79 -88 ; S A M U E L G . A R M I S T E A D , " « T h e E n a m o r e d Doña Urraca» in c h r o -nicles a n d b a l l a d r y " , RPh, 11 (1957-58) , 26-29 ; B L U E S T I N E , Héroes, pp . 325-330 y 369-372 . *

2 5 A m b a s versiones se n a r r a n en el cap . 617, l a p r i m e r a en l a p. 350a y l a segunda en l a p. 351a . Véase E N T W I S T L E , " T h e Cantar de gesta of B e r n a r d o del C a r p i ó " , MLR, 23 (1928) , 307-322 y 423-452 . P a r a Mainete, véase M E N É N D E Z P I D A L , Historia y epopeya, p p . 263-286.


E n cuanto al ciclo c id iano , ya hemos visto c ó m o la segunda versión del Cantar de Sancho I I atenúa la i m p o r t a n t e motivación sexual de la p r i m e r a versión. E l a r g u m e n t o de las Mocedades de Rodrigo, después de u n a larga introducción histórica, empieza cuando el j o v e n R o d r i g o m a t a al conde G ó m e z de G o r m a z por u n a a frenta a su padre . L o que sigue no es, s in embargo , u n a serie de venganzas y contravenganzas, como en los Siete infantes de hará, sino que:

Ffabló X imena Gómez, la menor en edat: " M e s u r a " , dixo, "hermanos, por amor de caridat; yrme he para Qamora, al rrey don Fernando querellar et más fincaredes en salvo, et él derecho vos dará." [. . . ] " M e r c e d " , dixo, "sennor, non lo tengades a mal : mostrarvos he assosegar a Castilla, e a los reynos otro ta l : datme a Rrodrigo por marido, aquel que mató a m i p a d r e " 2 6 .

E l m a t r i m o n i o como i n s t r u m e n t o de reconciliación política no es n a d a insólito en la h i s to r ia n i tampoco en la l i t e r a t u r a medieva les, pero las palabras de R o d r i g o después de los desposorios sí sorp r e n d e n :

Rrodrigo respondió muy sannudo contra el rrey don Fernando: "Sennor, vos me despossastes más a m i pessar que de grado, mas prométolo a Christus que vos non besse la mano, nyn me vea con ella en yermo n i n en poblado ffasta que venza cinco lides en buena l i d en canpo"

( v v . 4 3 7 - 4 4 1 ) .

N o se t r a t a aquí de las pruebas tradic ionales a las cuales u n p r e tendiente se ve sometido antes de casarse con su amada , sino de u n pretexto para aplazar la consumación del m a t r i m o n i o — i n v e r sión irónica de las historias también tradic ionales de u n a v i r g e n modesta que busca pretextos para ta l aplazamiento . Y de esta i r o nía depende gran parte de la acción del poema.

E n la segunda parte del poema, la sexualidad inf luye más abiertamente (y más groseramente) en la acción. R o d r i g o , en l a i n v a sión de F r a n c i a , vence al conde de Saboya, el cual le ofrece a su única h i j a como esposa. R o d r i g o contesta que la muchacha es más d i g n a de casarse con el rey Fernando (o t ra vez más, el m a t r i m o -

2 6 Mocedades de Rodrigo, ed . J u a n V i c t o r i o , E s p a s a - C a l p e , M a d r i d , 1982, v v . 356-359 y 374-376 .

NRFH, X X X V I L A S E X U A L I D A D E N L A ÉPICA E S P A Ñ O L A 781

n i o como i n s t r u m e n t o de reconcil iación), pero t ra i c i ona al conde y a su h i j a al entregar la a Fernando :

"prisse al conde de Saboya por la barba syn su grado; diome por sy su fija, et yo para vos la guardo [. . . ] " . Essas oras dixo el rey: "Sólo non sea penssado, ca por conqueryr reynos vine acá ca, non por fijas dalgo, ca si nos las quesiéramos, en Espanna falláramos a far to " . Essas oras dixo Rrodrigo: "Sennor, fazedlo privado: embarraganad a Francia, ¡sy a Dyos ayades pagado!; suya será la dessonrra, yrlos hemos denostando [ . . • ] "

( w . 980-988).

D e este amancebamiento nace u n h i j o , y el Papa, al iado del rey de F r a n c i a , t o m a el nac imiento como ocasión de ped i r u n a t r e gua, que los castellanos conceden en seguida. De u n a grosera afrent a sexual , v iene la p a z 2 7 .

Antes de pasar al Cantar de mió Cid, detengámonos b revemente en u n poema épico de o t ro t i p o , casi contemporáneo con las Mocedades de Rodrigo: el Poema de Alfonso XI, compuesto p o r R o d r i go Yáñez en 1348. N o se suele clasificar como poema épico , sino como crónica r i m a d a , pero las investigaciones de Mercedes V a quero demuestran que se t r a t a de u n nuevo t i p o de épica auténtica 2 8 . Las relaciones adúlteras del rey con doña L e o n o r de G u z m á n no parecen desconcertar a R o d r i g o Yáñez , el cual insiste en que estos amores son inspirados p o r D ios :

E Dios Padre enobleció una dueña de gran altura; esta señora nasció en planeta de ventura,

e Dios por ssu piadat le dio muy noble fegura e conplióla de bondat e de muy gran fermosura [. . . ] :

2 7 Véase V I C T O R I O , " L a s Mocedades de Rodrigo, texto antifrancés", en Actes du VIIe Congrès Internationale de la Société Rencesvals, t. 2, Société d'Édition L e s Bel les L e t t r e s , P a r i s , 1978, p p . 697 -705 .

2 8 V A Q U E R O , El "Poema de Alfonso XV': ^crónica rimada o épica?, (tesis doctoral inédita, P r i n c e t o n U n i v e r s i t y , 1984).

2 9 Poema de Alfonso XI, e d . Y o ten C a t e , C . S . I . C . , M a d r i d , 1956, estr . 369 -370 de l a "Edición crítica" .


A q u e s t a m u y n o b l e flor s s i e n p l e n o n b l a d a sserá; s s u b o n d a t e v a l o r p o r e s p e j o fincará.

E D i o s P a d r e C r i a d o r s u e s t a d o enobleció e cobró u n t a l sseñor, e l m e j o r r e y q u e nasció

q u e d e l l a fue m u y p a g a d o q u i s s o D i o s p o r s s u m e s s u r a , e l a p u s o e n e s t a d o p o r D i o s e s s u v e n t u r a [. . . ]

( e s t r . 3 7 3 - 3 7 5 ) .

O m n e q u e n o n h a a m o r n u n c a p u e d e b i e n f a z e r , n i n b e v i r a s s u s a b o r , n i n a v e r b i e n n i n p l a z e r .

E l a m o r h a g r a n v i r t u d , D i o s lo q u i s s o d a r t a l g r a c i a ; a los b u e n o s d a s a l u d , fázelos s s a l i r a p l a g a ;

a los r e y s faz o l v i d a r l o s r e g n o s e s u valía p o r f a m a e p r e z g a n a r e p r o v a r cavallería [. . . ]

( 3 8 3 - 3 8 5 ) .

Y sigue comentando las v ir tudes inspiradas por el a m o r — e l a d u l t e r i o , en este caso. Los temas y el léxico de las estrofas citadas son los del a m o r cortés. L e o n o r de G u z m á n no d o m i n a la acción del Poema de Alfonso XI, y la pasión amorosa del rey no const i tuye su fu l c ro , pero estas relaciones adúlteras desempeñan u n papel bastante i m p o r t a n t e en el Poema. Y a estamos en u n a época bastante tardía de la epopeya española, de m o d o que la i m p o r t a n c i a del a m o r y de la m u j e r no sorprendería m u c h o a los acostumbrados a la evolución de la épica francesa (recuérdense las palabras de D . J . A . Ross, citadas a r r i b a ) . L o m i s m o se puede decir del e lemento sexual de las Mocedades de Rodrigo; y parece que en su antecesor p e r d i d o , la Gesta de las mocedades de Rodrigo, t a l e lemento era m e n o r .


E l papel de la sexual idad en el Cantar de mió Cid es más sorprendente . Se supondría que u n poema t a n sobrio , t a n ajeno a lo sensacional, tendría poco interés en la sexual idad. Esta ocupa, en efecto, m u y poco espacio, pero su importanc ia es bastante gran de. Es posible que, como sugiere J o s e p h J . D u g g a n , las palabras de A s u r González en las cortes de T o l e d o :

Ya varones, ¿quién vio nunqua tal mal? ¿Quién nos darié nuevas de Mió C i d el de Bivar? ¡Fuesse a Río d 'Ovirna los molinos picar e prender maquilas, como lo suele far! ¿Quí'l darié con los de Carrión a casar?

a l u d a n no sólo al rango social más ba jo del C i d , sino también a u n a tradición según la cual el C i d fue h i j o ilegítimo de Diego Laí-nez y u n a m o l i n e r a 3 0 . A u n si no se acepta esta interpretación, es impos ib le pasar por alto las palabras del C i d a sus yernos:

Dios vos salve, yernos, ifantes de Carrión. En bragos tenedes mis fijas, tan blancas commo el sol. Yo desseo lides e vos a Carrión, en Valencia folgad a todo vuestro sabor [. . . ]

(vv. 2332-2335).

Esto no tiene gran i m p o r t a n c i a en sí m i s m o , pero se relaciona con l a a frenta de Corpes , en la cual los Infantes de Carrión no sólo se vengan (según creen) del episodio del león, sino que lo hacen con placer sexual. E n la víspera de la a f renta , los Infantes escc gen u n locus amoenus, ambiente t r a d i c i o n a l para el amor :

Fallaron u n vergel con una l inpia fuent, mandan fincar la tienda ifantes de Carrión, con quantos que ellos traen í iazen essa noch, con sus mugieres en bragos demuéstranles amor, ¡mal ge lo cunplieron quando salié el sol!

(vv. 2700-2704). 3 0 D U G G A N , ' ' L e g i t i m a t i o n a n d the hero ' s exemplary function in the Can

tar de mió Cid a n d the Chanson de Roland'', en Oral traditional literature: a Festschrift for Albert Bates Lord, ed . J o h n M i l e s F o l e y , S l a v i c a P u b l i s h e r s , C o l u m b u s , O H , 1981, p p . 217-234, esp. p p . 224-226 ; u n a versión r e v i s a d a del artículo está i n c l u i d a e n el l ibro de D U G G A N , The "Cantar de mió Cid": Poetic creation in its economic and social contexts, U n i v e r s i t y Press , C a m b r i d g e (en prensa) . C i t o el Cantar de mió Cid según l a ed . de I a n M i c h a e l , 2 a e d . , C a s t a l i a , M a d r i d , 1978, v v . 3377-3381 .


Es posible que los m a t r i m o n i o s no se hubiesen consumado antes, y que los Infantes venciesen su impotenc ia sólo con la excitación de u n i n m i n e n t e acto de sadismo 3 1 . N o es necesario insist ir en esta p o s i b i l i d a d , ya que la i m p o r t a n c i a de la sexual idad en la a f ren ta no depende de ella. D i c h a i m p o r t a n c i a resulta c lara a la l u z de los versos que acabo de c i tar , y también de u n verso de la descripción de la afrenta m i s m a , verso que const i tuye u n eco trágicamente irónico de las palabras del C i d :

cogida han la tienda do albergaron de noch, adelant eran idos los de criazón, assí lo mandaron los ifantes de Carrión que non í fincas ninguno, mugier n i n varón, sinon amas sus mugieres doña Elvira e doña Sol: deportarse quieren con ellas a todo su sabor

(vv. 2706-2711).

L a a frenta con la cual los Infantes piensan des t ru i r la h o n r a del C i d es, pues, u n a afrenta sexual. H a y más: este acto de sexual i d a d p e r v e r t i d a y sádica t e r m i n a los desastrosos p r i m e r o s m a t r i mon ios de las hi jas del C i d , y abre el c a m i n o hacia los segundos m a t r i m o n i o s , satisfactorios para E l v i r a y Sol , e i n s t r u m e n t o de la creciente h o n r a pos tuma del C i d .

H e m o s visto que la sexual idad tiene u n a i m p o r t a n c i a f u n d a m e n t a l en el ciclo épico más t e m p r a n o de Cas t i l l a , el de los con des, y que su i m p o r t a n c i a se continúa en los ciclos caro l ing io y c id iano . N o se puede sostener, como en el caso de la épica francesa, que el papel de la sexual idad es algo tardío, u n síntoma de la decadencia. A l contrar io , es rasgo d is t int ivo de la p r i m i t i v a épica castellana. R e p i t o que esto es fenómeno excepcional en la epopey a med ieva l . Sólo algunas obras heroicas germánicas (Nibelungen-lied, sagas islandesas) se pueden c o m p a r a r con la epopeya española desde este p u n t o de v is ta , y a u n en ellas no se puede h a b l a r de u n rasgo d i s t i n t i v o de u n a tradición entera. Si queremos v i s l u m b r a r u n a tradición épica en la cual las mujeres y l a sexual idad habrán desempeñado u n papel de i m p o r t a n c i a parec ida a la de

3 1 Véanse C O L Í N S M I T H , " O n the distinctiveness of the Poema de mió Cid", e n "Mió Cid" Studies, ed . D e y e r m o n d , T a m e s i s , L o n d o n , 1977, p p . 161-194, esp. p. 168; D O U G L A S G I F F O R D , " E u r o p e a n folk-tradit ion a n d the Afrenta de Corpes", ibid., pp . 49-62 ; R O G E R M . W A L K E R , " A possible source for the Afrenta de Corpes episode i n the Poema de mió Cid", MLR, 72 (1977) , 335 -347 , esp . p. 342 .


su papel en la epopeya española, debemos remontarnos hasta los orígenes de la c u l t u r a clásica en el Este del Mediterráneo: los poemas homéricos no nos ofrecen n i n g u n a m u j e r d o m i n a n t e , pero h a y entre sus personajes impor tantes varias mujeres , y la sexual i d a d in f luye p r o f u n d a m e n t e tanto en la litada como en la Odisea. Y detrás de H o m e r o están los poemas épicos sumerios , compuestos hace más de cuatro m i l años, en t o r n o a G i lgamesh , en los cuales el héroe se enfrenta con diosas poderosas de acusada sex u a l i d a d .

N o pretendo ofrecer conclusiones de f in i t ivas para expl icar los datos que acabo de presentar, aunque exigen u n a explicación. Por el m o m e n t o , me l i m i t o a sugerir que debemos pensar de nuevo dos cuestiones: l a relación entre l a épica germánica y la española, y el concepto de la épica como género mascu l ino . E n cuanto a l a p r i m e r a , no me parece que se trate de u n a m e r a casual idad. Las semejanzas entre los Siete infantes de Lara y el Nibelungenlied (con su der ivado islandés, la Thidrekssaga) son m u c h o más estrechas que las que existen entre los Siete infantes y l a Chanson de RolancP2. N o creo, s in embargo , que se deba resucitar l a hipótesis de u n a cont i n u i d a d épica germánico-hispánica a través de u n a epopeya v i s i goda. Debemos más b i e n pensar en contactos de u n a época m u y poster ior : contactos de v ik ingos y n o r m a n d o s con España, como i n d i c a E r i c h v o n R i c h t h o f e n 3 3 . N o m e parece evidente que h u b i e r a i n f l u j o exc lusivamente de la épica germánica en la español a , p o r razones cronológicas. Por e jemplo , las sagas islandesas se compusieron en los siglos x n a x i v , más tarde que la p r i m e r a etapa de l ciclo de los condes, y el texto existente del Nibelungenlied se compuso hacia 1200, aunque la tradición de los N ibe lungos es m u c h o más ant igua . Es m u y posible , p o r lo t a n t o , que la epopey a castellana de los condes haya i n f l u i d o en la tradición noruega e islandesa, y hasta en la a lemana, a u n si h u b o i n f l u j o en sentido c o n t r a r i o en u n a época anter i o r . N o es necesario, s in embargo , exp l i car l a i m p o r t a n c i a de las mujeres y de la sexual idad en las tradic iones épicas española y alemana/is landesa p o r el i n f l u j o de u n a en o t r a , aunque las coincidencias de pormenores sí necesitan t a l explicación. Es posible que la co inc idencia f u n d a m e n t a l se de-

3 2 Véase l a n o t a 1 3 , a r r i b a . A L E X A N D E R H A G G E R T Y K R A P P E estudia " T h e Cantar de los Infantes de Lara a n d the Chanson de Roland", NM, 2 5 ( 1 9 2 4 ) , 1 5 - 2 4 , pero no advierte que l a s e x u a l i d a d , d o m i n a n t e e n aquél, está ausente de ésta.

3 3 Estudios épicos medievales, p p . 1 9 2 - 2 2 0 . Véanse también S M I T H , The Ma-king, p. 3 6 ; y B R U C E E . G E L S I N G E R , " A th ir teenth-century N o r w e g i a n - C a s t i -l i a n a l l i a n c e " , MHw, 1 0 ( 1 9 8 1 ) , 5 5 - 8 0 .


ba a la poligénesis, o a u n a fuente común. L a última pos ib i l idad nos conduce a la segunda cuestión a l u d i d a , l a de la épica como género mascul ino .

D i c h o concepto se debe mod i f i ca r , al menos en España. V a l e la pena a d v e r t i r u n a coincidencia cronológica. L a p r i m e r a ver sión de los Siete infantes de Lara data de hacia el año 1000. L a p r i m e r a lírica que se puede fechar es u n a j archa contenida en u n a m o a x a j a que no puede ser poster ior a 1042; se supone, pues, u n a fecha no posterior a 1000 p a r a la j a r c h a . N o d igo que la épica y la lírica españolas nac ieran en el m i s m o m o m e n t o , pero en a m bos géneros las pr imeras obras a las cuales podemos a t r i b u i r u n a fecha son contemporáneas. Y no sólo contemporáneas: en ambas el a m o r sexual es f u n d a m e n t a l , y las mujeres desempeñan u n pa pel m u y act ivo . Las investigaciones de E l v i r a G a n g u t i a Elícegui y de James T . M o n r o e h a n revelado u n a tradición mediterránea de lírica femenina —tradición m i l e n a r i a que se r e m o n t a no sólo a Safo sino a los cultos religiosos de B a b i l o n i a de hace tres m i l años, y que in f luye en las jarchas y en las canciones actuales de mujeres b e d u i n a s 3 4 . ¿Es que el acusado elemento femenino de la épica española t iene h i s t o r ia y preh is tor ia parecidas? N o tenemos datos suficientes para a f i r m a r l o , pero sería i m p r u d e n t e rechazar la p o s i b i l i d a d 3 5 .

A L A N D E Y E R M O N D

West f ie ld C o l l e g e , L o n d o n

3 4 G A N G U T I A , "Poesía griega 4 de a m i g o ' y poesía arábigo-española", Em, 40 (1972) , 329-396; M O N R O E , " E s t u d i o s sobre las jaryas: las jaryas y l a poesía a m o r o s a p o p u l a r n o r a f r i c a n a " , NRFH, 25 (1976) , 1-16.

-35. y e r s i o n e s p r e l i m i n a r e s de este artículo se l e y e r o n en el M e d i e v a l H i s -p a n i c R e s e a r c h S e m i n a r del West f ie ld C o l l e g e , el V I I I C o n g r e s o I n t e r n a c i o n a l de H i s p a n i s t a s , y seminarios o conferencias e n l a U n i v e r s i d a d de O x f o r d , l a U n i v e r s i d a d de B r i t i s h C o l u m b i a , l a U n i v e r s i d a d Autónoma de B a r c e l o n a , l a U n i v e r s i d a d C o m p l u t e n s e de M a d r i d , l a U n i v e r s i d a d del País V a s c o y H a r v e r f o r d C o l l e g e . A g r a d e z c o s inceramente a los colegas cuyos c o m e n t a rios m e a y u d a r o n en c a d a etapa de l a evolución del artículo.

LA SEXUALIDAD EN LA ÉPICA MEDIEVAL ESPAÑOLA

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