FUSO ANUAL DE VÍDEO ARTE INTERNACIONAL DE LISBOA 2012€¦ · fuso – anual de vÍdeo arte...

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r. da horta seca, 44 – 2º dto 1200–221 lisboa | tel: 213 230 074 | fax: 213 431 611 | [email protected] contribuinte nº: 507034210 | capital social €5 000 | conservatória do registo comercial nº 12.656 FUSO – ANUAL DE VÍDEO ARTE INTERNACIONAL DE LISBOA 2012 A Lisboa dos jardins, terraços e esplanadas, por vezes distante do público em geral, abraça as noites de Verão com uma plateia de espreguiçadeiras preparada especialmente para a apresentação de experiências artísticas marcantes da vídeo arte. Cinco dias de viagem pela vídeo arte sugerindo, anualmente, um percurso temático abrangente, fora do contexto habitual de galerias e museus apresentado ao ar livre, com entrada gratuita. A edição de 2012 continua a manter as parcerias nacionais e internacionais estabelecidas permitindo, uma vez mais, a apresentação de obras raramente vistas em Portugal, conferindo a esta iniciativa uma visibilidade internacional. A programação estará a cargo de JeanFrançois Chougnet, José Drummond, Dalia Levin, João Laia, Isabel Nogueira, Françoise Parfait e Solange Farkas, em estreita colaboração com os responsáveis das instituições parceiras, nomeadamente o BES Arte e Finança onde estarão patentes trabalhos de artistas portugueses com curadoria de Nuno Crespo. O Open Call aos artistas portugueses, com selecção de Jacinto Lageira, é uma vertente fundamental deste festival. Se, por um lado, é o garante de uma envolvência no projecto dos artistas/realizadores portugueses, por outro, através dos prémios, que muito mais que o valor pecuniário em causa, são uma extraordinária ferramenta de divulgação e de implementação da circulação da vídeo arte nacional, quer por via da aquisição da obra pela Fundação EDP. ‘O festival deste ano apresentará, através dos seus programadores, artistas oriundos de diversas culturas e diferentes práticas. Um dos objectivos do FUSO é descobrir não só novas obras mas também debater as problemáticas que os artistas convidados apresentam em suas obras. Este ano um ponto em comum é o social ou a vida em sociedade, o que implica questões de comunicação, de reconhecimento, de visão, de gestos e palavras, a vida na cidade, o urbanismo, tudo o que nos faz interagir e reagir. Esta temática aparece quer seja no Brasil ou em Taiwan, no Egipto ou na Rússia, nos Estados Unidos ou em França, uma atenção evidente para o que partilhamos ou não nas sociedades contemporâneas, quer se trate de lutas, de ironia, de revoltas ou de lúdico. FUSO quer também destacar através da sua programação o trabalho plástico, seja a forma e o formal (sem ser formalista) que, por não ser tão evidente na arte actual, deve ser sublinhado.’ Jacinto Lageira, 2012

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r. da horta seca, 44 – 2º dto 1200–221 lisboa | tel: 213 230 074 | fax: 213 431 611 | [email protected]

contribuinte nº: 507034210 | capital social €5 000 | conservatória do registo comercial nº 12.656

FUSO – ANUAL DE VÍDEO ARTE INTERNACIONAL DE LISBOA 2012 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Lisboa dos jardins, terraços e esplanadas, por vezes distante do público em geral, abraça as noites de Verão com uma  plateia  de  espreguiçadeiras  preparada  especialmente  para  a  apresentação  de  experiências  artísticas marcantes da vídeo arte.  Cinco dias de viagem pela vídeo arte sugerindo, anualmente, um percurso temático abrangente, fora do contexto habitual de galerias e museus apresentado ao ar livre, com entrada gratuita. A edição de 2012  continua a manter as parcerias nacionais e  internacionais estabelecidas permitindo, uma vez mais,  a  apresentação  de  obras  raramente  vistas  em  Portugal,  conferindo  a  esta  iniciativa  uma  visibilidade internacional. A programação estará a cargo de Jean‐François Chougnet, José Drummond, Dalia Levin, João Laia, Isabel Nogueira, Françoise  Parfait  e  Solange  Farkas,  em  estreita  colaboração  com  os  responsáveis  das  instituições  parceiras, nomeadamente o BES Arte e Finança onde estarão patentes trabalhos de artistas portugueses com curadoria de Nuno Crespo. O Open Call aos artistas portugueses, com selecção de Jacinto Lageira, é uma vertente fundamental deste festival. Se, por um  lado, é o garante de uma envolvência no projecto dos artistas/realizadores portugueses, por outro, através dos prémios, que muito mais que o  valor pecuniário  em  causa,  são uma  extraordinária  ferramenta de divulgação  e  de  implementação  da  circulação  da  vídeo  arte  nacional,  quer  por  via  da  aquisição  da  obra  pela Fundação EDP. ‘O  festival  deste  ano  apresentará,  através  dos  seus  programadores,    artistas  oriundos  de  diversas  culturas  e diferentes  práticas.  Um  dos  objectivos  do  FUSO  é  descobrir  não  só  novas  obras  mas  também  debater  as problemáticas que os artistas convidados apresentam em suas obras. Este ano um ponto em comum é o social ou a vida em sociedade, o que implica questões de comunicação, de reconhecimento, de visão, de gestos e palavras, a vida na cidade, o urbanismo, tudo o que nos faz interagir e reagir. Esta temática aparece quer seja no Brasil ou em Taiwan, no Egipto ou na Rússia, nos Estados Unidos ou em França, uma atenção evidente para o que partilhamos ou não nas  sociedades contemporâneas, quer  se  trate de  lutas, de  ironia, de  revoltas ou de  lúdico. FUSO quer também destacar através da sua programação o  trabalho plástico, seja a  forma e o  formal  (sem ser  formalista) que, por não ser tão evidente na arte actual, deve ser sublinhado.’  Jacinto Lageira, 2012  

 

 

 

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a) Calendário e Locais: 

 

BES – Arte & Finança  

21 Agosto (inauguração) a 7 de Setembro 2012 

EXPOSIÇÃO 

Curadoria de Nuno Crespo 

Com obras de: Gordon Matta Clark  I  Pedro Costa  I  Vasco Araújo 

 

Jardim do Museu da Electricidade 

22 de Agosto 2012 

OPEN CALL 

22h00 | Jacinto Lageira | Secção Competitiva Portugal 

23h30 | Jacinto Lageira | Secção Competitiva Portugal 

 

Jardim do MNAC – Museu do Chiado 

23 Agosto 2012 

22h00 | Programa Françoise Parfait 

23h30 | Programa José Drummond (VAFA ‐ Festival de Vídeo Arte de Macau) 

 

Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga 

24 Agosto 2012 

22h00 | Programa Jean‐François Chougnet 

23h30 | Programa Dalia Levin 

 

Claustro do Museu Nacional de História Natural 

25 Agosto 2012 

22h00 | Programa Solange Farkas (Vídeo Brasil) 

23h30 | Programa João Laia 

 

Clube Ferroviário  (sujeito a confirmação) 

26 Agosto 2012 ‐ DOMINGUEIRA 

19h00 | Programa Isabel Nogueira 

20H00 | Atribuição dos prémios E FESTA DE ENCERRAMENTO 

 

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b) Programadores e Programação:  

(programação sujeita a alteração) 

 

Nuno Crespo | Parde, chão e tecto _________________________________________________________________ 

_ Gordon Matta‐Clark { Bronx Floors }  

 

Fotografia p/b, 1972         Col. Fundação de Serralves ‐ Museu de Arte Contemporânea, Porto  

_ Pedro Costa  { Minino macho, Minino fémea }     

 

2005, dupla projecção, DVCam, cor, 4:3, 4’36’’   Col. Fundação de Serralves ‐ Museu de Arte Contemporânea, Porto 

 

_ Vasco Araújo { About Being Different } 

 

2007, Vídeo, Duração: 18' 24'' 

About Being Different    (Sobre Ser Diferente) é o  resultado de 2 meses de  residência do artista Vasco Araújo no 

BALTIC Contemporary Art Center e é uma colaboração com vigários locais da comunidade NewcastleGateshead. O 

trabalho  explora  ideias  de  comunidade  e de marginalidade  e  é  inspirado  na ópera  Peter Grimes, de Benjamin 

Britten, que fala sobre um pescador perseguido por sua aldeia. Vasco Araújo entrevistou cinco vigários sobre suas 

experiências  ao  assistirem  à  ópera.  Seus  comentários  proporcionam  uma  reflexão  original  sobre  a  noção  de 

comunidade  e  do  indivíduo.  A  arquitetura  de  tijolos  vermelhos  do  terraço  residencial  Gateshead  também 

desempenha um papel importante para ilustrar a noção de igualdade.     Ela é usada no vídeo como um símbolo 

visual da comunidade e nos leva a questionar o que significa ser diferente em face de tal uniformidade. 

 

 

 

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Jacinto Lageira | OPEN CALL ‐ SECÇÃO COMPETITIVA PORTUGAL 2012 ____________________________________ 

Pintura de história e arte de história: novas figuras 

Conflitos, guerras, atentados, revoluções, torturas, catástrofes, todas estas violências extremas recentes, legítimas 

ou não, tornaram‐se temas artísticos fictícios, semi‐fictícios ou semi‐documentários que redefiniram a antiga figura 

do «pintor de história».  

Pensando, por exemplo, em artistas como Jeff Wall, Harun Farocki ou Eric Fischl  (Tumbling Woman, que causou 

grande escândalo e censura), ou repórteres de guerra que se proclamam artistas, como Luc Delahaye, temos que 

repensar o que é ser hoje artista de história. Uma programação de vídeos e de curtas (ou longas) metragens, e até 

pequenos  filmes  realizados  com  telemóveis,  poderiam  ser  apresentados  e  contribuir  assim  para  uma  reflexão 

sobre as noções de representação, de  ficção, de documento ou de documentário que está no centro da criação 

contemporânea.  

 

 

Françoise Parfait  _______________________________________________________________________________ 

Durante a noite e a escuridão, um programa entre o sonho e o  imaginário, onde os pássaros tocam guitarra, os 

animais  espreitam  as  actividades urbanas, os homens dançam  e  as  crianças brincam  e  cantam. Enquanto  isso, 

escuta‐se uma Marcha Turca executada sem som. 

 

_ Ariane Michel (França) 

{ Les yeux ronds } 2006, som, 6' 

 

O olhar de uma coruja sobre a Place de la Concorde à noite. 

 

{ The Screening } (performance de uma projeção numa floresta à noite), 2007, som, 24' 

 

Uma  floresta à noite: o que vemos e o que nos vêem.   A história de uma projeção de  cinema, de um  filme 

performático. 

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{ Les oiseaux de Céleste }  7'45,  som , 2008  

 

Vídeo  realizado  em  colaboração  com  Céleste  Boursier‐Mougenot  à  partir  da  instalação  From  Here  to  ear. 

Dezenas de pássaros, Mandarins, ocupam o espaço da galleria e fazem soar as cordas de guitarras elétricas. 

 

_ Jan Kopp (Alemanha/França) 

{ Quelques mouvements cycliques, Für Yvane }  2004, som, 4'  

 

À  partir  de  um  ensaio  de  dança,  filmado  pelo  pai  da  artista  em  1974,  cria‐se  um  padrão  de movimento 

repetitivo e circular. 

 

{ Im Treibhaus }  2006, som,  1’ 

 

Uma pequena cena de rua na Jordânia. 

 

{ Les balançoires }  2011, som, 4'07 

 

Filme de animação realizado a várias mãos com crianças a se balançarem. O cenário desaparece ficando apenas 

os corpos em  suspensão. 

 

 

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_ Ziad Antar (Libano) 

{ Tamburro }   2004, som, 3'06 

 

Um corpo em percussão, uma caixa caixa de ressonância. 

 

{ La Marche Turque }  2006, 2'16 

 

Imagens de um pianista a tocar a partitura de Mozart sem som. Mesmo silencioso, sente‐se o rítmo militar da 

marcha.  

 

{ Wa }   2004, som, 2’ 

 

Duas crianças, um momento de graça. 

 

 

José Drummond | Utopia ________________________________________________________________________ 

O que  significa utopia? Como é explorada, promulgada e contestada através do vídeo? A utopia que une estes 

trabalhos não é  imediatamente detectável mas um  impulso  audaz de percepção permite encontrar um  campo 

onde se reavalia a concepção linear de tempo e a identidade do ser num mundo constantemente interrompido. 

Desenhados para serem mostrados em espaço de galeria a sua articulação para sessão exige o estabelecimento da 

diversidade numa subversão da própria noção de identidade do media. 

Cada contribuição quebra o passar do tempo e os trabalhos resultam em observações sobre a natureza do tempo e 

sobre a evocação de uma identidade imprecisa.  

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São vídeos que recorrem a histórias, documentos, sons e lugares para apontar que a noção de tempo é em si uma 

utopia e que os caminhos da memória e da imaginação são escorregadios. 

A  pluralidade  de  narrativas  de  cada  trabalho  permite  encontrar  relações  e  leituras  intrigantes  entre  si 

descontinuando a mecânica de processos de identidade baseados em noções de tempo. 

 

_ Stefan Riebel (Alemanha)  

{ 60 }   2008,  1’13’’ 

 

A  medida  conceptual  ultrapassa  a  escrupulosa  proposição  gráfica,  revelando,  através  da  investigação  da 

linguagem, um humor e sentido auto reflexivo peculiares. A tendência idiossincrática do texto é revelada pelas 

suas habilidades para desempacotar a obsessão contemporânea com o complexo e novo. Em “60” a linguagem 

é apresentada como veículo de ambíguo ornamento. Vencedor do VAFA 2010 (Video Art For All – Macau) 

 

{ 25 }     2008  1’00’’ 

 

A morte da  imaginação é algo que cresce em  todos nós conforme vamos envelhecendo. A  imaginação, esse 

espaço  de  libertação,  está  vinculada  a  momentos  de  inspiração  pessoal.  “25”  apela  a  esse  espaço  de 

iluminação. O resultado  final enfrenta o espectador e a  frustração do sentido mundano que se dá ao vídeo. 

Rejeita‐se a ideia formal da necessidade de uma sugestão visual utilizando uma sugestão escrita para o fazer. 

Imagine. 

 

 

 

 

 

 

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_ Rui Calçada Bastos  (Portugal/Alemanha)  { All That Glitters }    2010, 2’12’’ 

 

A matéria que constitui o sonho será composta por tudo o que brilha. As referências cruzam‐se numa peça vídeo 

que presta homenagem à  ‘coisa’ fílmica em si. “Em tudo o que Brilha” o que brilha é capaz de  iludir e a  ilusão é 

uma necessidade. As  linhas de  simpatia e os grãos de mágoa existem em  igual medida,  lado a  lado, e brilham 

através de um gesto automatizado e na sua resultante interferência visual e emocional. Vencedor do VAFA 2011. 

  

_ Tomoyuki Yago (Japão/Suécia) { One Two Three – Five }     2009   7’50’’ 

 

De que modo interagem as nossas noções do mundo que nos rodeia com o espaço que ocupamos? “Um Dois Três 

–  Cinco”  investiga  a  noção  que  cada  um  de  nós  tem  sobre  um  determinado  período  temporal.  Revelam‐se 

complexas harmonias neste documento  sobre  a disfuncionalidade do  ser humano numa  sociedade de normas. 

Situação que o posiciona num limbo desconhecido e sem a solução certa. 

  

_ Alessandro Rolandi  (Itália/China) { One Harmonious Afternoon }      2010   11’50’’ 

 

Num  terreno baldio  funciona um  campo de golfe  como proposta para uma absurda meditação  sobre o espaço 

físico e emocional. O paradoxo é formado pelo realinhar do comportamento humano através do arranjo espacial 

de uma desordem caótica. Reflexos das frustrações causadas pelas mudanças urbanas e vivenciais de uma comuna 

artística de Pequim, demolida para dar lugar a um empreendimento de luxo. 

 

 

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_ Ane Lan  (Noruega) { Woman Of The World }     2008   7’57’’ 

 

Num  estilo  simples  “Mulheres  do  Mundo”  levanta  de  imediato  questões  de  identidade  nada  simples.  A 

contestação,  em modo  transformista,  questiona  a  posição  do  género  sexual,  numa  sociedade  dominada  por 

convenções,  onde  identidades  são  capturadas  e  generalizadas.  A  complexa  proposição  é  reforçada  pelo 

desencanto e pela evidente tenacidade das mulheres apresentadas, quaisquer que tenham sido as dificuldades do 

seu passado. 

  

_ Liao Chi Hu  (Taiwan)  { Lydia, Elena, Hina }                  2011  8’18’’ 

 

As  imagens  são  desprovidas  de movimentos  humanos  numa  série  de  fragmentos  apresentados  em modo  de 

melancolia  pictórica.  A  imagem  congelada  carrega  uma  sedução  própria  quando  analisados  os  detalhes  dos 

quadros. Elementos onde os vestígios de vida acentuam o sumptuoso sentimento de abandono dos personagens, 

como se estivessem presos numa verdade sufocante, ausente de qualquer comoção. 

 

_Peng Yun  (China/Macau)  { Texture 1/ Texture 2 }                2010   3’47’’ / 3’09’’ 

 

Um  trabalho  que  segue  outro  completando‐o.  Duas  composições  com  envolvimentos  de  plano  e  acção 

particulares, carregando consigo mensagens bem mais poderosas do que o seu aparente imediatismo. O impacto 

da cor brilhante dos lábios capta‐nos e lança‐nos na curiosa tentação das texturas criadas. A encenação acrescenta 

uma camada teatral que distancia o trabalho da realidade. 

 

 

 

 

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Jean‐François Chougnet _________________________________________________________________________ 

 

Um filme em estréia mundial no Fuso, realizado pela artista franco‐argelina Katia Kameli no âmbito do programa 

de residências « Ateliers de l’Euroméditerranée » de Marseille Provence 2013, Capital Europeea da Cultura. 

Katia Kameli vive em Paris. Seu  trabalho é  inseparável da  sua própria experiência, da  sua  identidade plural. De 

documentários  a  instalações  de  vídeo,  fotografia  e  som,  ela  tenta  transpor  as  fronteiras  entre  cinema  e  artes 

visuais. Sua pesquisa explora um “entre‐deux”, através do qual a pertença é rejeitada em favor da multiplicidade. 

O  trabalho de Katia Kameli   é reconhecido  internacionalmente como, entre outros, na Manifesta 8  (Murcia), no 

Centro Georges Pompidou, na Cinemateca Francesa e no Location One (Nova Iorque). 

 

 

Dalia Lavin | Fronteiras em Movimento: Um diálogo intercultural ________________________________________ 

A programação apresentada pela curadora Dalia Levin para o FUSO é um extrato da exposição patente no Museu 

de Arte Contemporânea de Herzliya,  Israel, onde obras de artistas de Taiwan e  Israel, em diálogo, analisam as 

fronteiras  “em movimento”  na  vida  quotidiana,  enfocando  questões  sociais,  políticas  e  económicas  que  seus 

países e  todo o Médio Oriente enfrentam atualmente; discutindo  temas complexos como  identidade  individual, 

fronteiras territoriais,  sociedade, economia e a imigração nesta era de avanços tecnológico e globalização. 

_ Tsui Kuang‐Yu { Invisible City: Taipari York }   2008, 5:03' (Tour Eiffel)  

 

Desde  os  anos  90  que  Tsui  Kuang‐Yu  realiza  vídeos  documentais  de  si  próprio  a  representar  em  espaços 

particulares, que  consistem nas  suas  subjectivas  reflexões e perspectivas  sobre uma determinada  cidade. Estes 

pequenos  filmes  questionam  os  estereótipos  que  resultam  e  se  imiscuem  entre  as  pessoas,  os  espaços  e  as 

comunidades onde vivem, expondo uma cidade invisível. Tsui’s Invisible City: Taipari York, destaca o significante da 

cultura estrangeira existentes em Taiwan como a estátua da Liberdade, o Arco do Triunfo, A Torre Eiffel e a Ponte 

de  Brooklyn.  O  humor  do  artista  encoraja  os  espectadores  de  todas  as  idades  a  questionar  porque  foram 

construídos recentemente todos estes monumentos em Taiwan. “Tento expor verdades invisíveis que existem no 

dia a dia” diz o artista. Quando a perspectiva da camara gradualmente se expande, de uma cena inicial, focada e 

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enquadrada qual cartão postal ilustrado, para um tumultuoso plano aberto de uma rua em Taiwan, a ironia visual 

provoca uma gargalhada. O título do trabalho também reflecte esta confusa realidade, levantando questões sobre 

as influências culturais entre o ocidente e o oriente. 

_Tu Pei‐Shih  { The Adventures in Mount Yu V (From Michel Foucault to Our Glorious Future) }    2011, 6:30'    

                  

As animações de Tu Pei‐Shih abordam questões politicas, sociais e económicas. Em “The Adventures in Mount Yu V 

(From Michel Foucault to Our Glorious Future)”, Tu Pei‐Shih transforma as agradáveis e  ingénuas  ilustrações dos 

tradicionais  livros escolares de Taiwan numa parcial e ficcionada história cultural do País. Assim o  filme revela a 

própria natureza, da história dominante que  foi  fabricada e  fragmentada. Neste  trabalho o Monte Yu  (o monte 

mais alto de Taiwan) é utilizado como cenário e  identidade do povo de Taiwan. O  filme começa com o  filósofo 

francês Michel Foucault perdido nos seus pensamentos, num campo relvado, saltando rapidamente para imagens 

habitantes  retirados  da  história  colonial  de  Taiwan,  incluindo  nativos,  holandeses,  espanhóis,  o  líder  militar 

Koxinga da dinastia Qing,  japoneses, Chiang Kai‐Shek e Kuomintang, entre outros. O vídeo  termina  relatando o 

Incidente 228, uma situação de grande escala de supressão politica, muito conhecida do povo de Taiwan, mas que 

não estava, anteriormente, incluído nos manuais escolares publicados pelo National Institute for Compilation and 

Translations. 

 

_ Su Yu‐Hsien  { Sounds of Nothing – Plastic Man }     2011, 06:45'  

O vídeo “Plastic Man” faz parte de um trilogia intitulada “Sound of Nothing”. Nesta série, Su Yu‐Hsien. Que cresceu 

numa zona remota do país, representa prácticas sonoras amadoras, promovendo aqueles que não tem voz activa, 

através da sua editora de música independente “indi‐indi”. Reflectindo o aumento da cena musical independente 

de  Taiwan  desde  o  final  dos  anos  1990,  bem  como  a  actual  popularidade  do  amadorismo  em  domínios 

globalizados.  Os  músicos  e  intérpretes  da  “indi‐indi”,  não  são  músicos  profissionais,  nem  tiveram  educação 

musical, tendo expectativas diferentes dos músicos convencionais. São trabalhadores que reciclam plástico. Não 

têm  ideias predefinidas de que música ou  som deverão produzir e assim, encarnam a  liberdade do público em 

geral. De  acordo  com  Su  Yu‐Hsien,  “impotência”  é  a  linguagem  artística  de  quem,  por  norma,  não  é  tido  em 

consideração (“zé ninguém”) e que raramente são ouvidos no discurso cultural: “Após duas ou três horas a ouvir a 

nossa banda a actuar, é clara a falta de modelos para a avaliação, porem a sua harmonia dispersa, sem melodia e 

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ritmo, era no entanto fresca e pura. E acima de tudo, a  inexplicável sensação de felicidade que este som produz 

surge da  alegria positiva de  ser  impotente.  Este  tipo de  alegria  é passageira, porque não podemos  imaginar  a 

manutenção de uma banda que  teme melhorar. Também me ocorreu que este  tipo de som é o equivalente no 

universo à não existência (a razão para a não existência é que a sua universalidade é construída no facto de todos 

sermos “Zés ninguém” sem sermos representados), criando assim uma oportunidade de fazer a diferença por nos 

apresentarmos a nós mesmo”. 

 

_ Yao Jui‐Chung   { The Phantom of History }   2007, 02:28'  

 

Trata‐se de um vídeo documentário representando o artista a marchar em torno do parque de esculturas de Cihu 

em Taoyuan. O ambiente em seu redor – uma vasta coleção de estátuas de Chiang Kai‐Shek ‐ e a ridícula marcha 

são tão irónicos como o seu isolamento físico e a incongruência da história. 

Quando Chiang Kai‐Shek faleceu em 1975, foram erigidas cerca de 50.000 estátuas em sua memória e colocadas 

em  escolas  primárias,  liceus,  universidades,  instituições  governamentais,  infra‐estruturas  públicas  e  instalações 

militares. Após a  lei marcial ter sido abolida em 1987, muitas foram desfiguradas e destruidas. O município Daxi 

em Cihu recolheu mais de cem estátuas que armazenou em Daxi Park,  local do mausoléu de Chiang Kai‐Shek. O 

comportamento de Yao à semelhança de Chiang personifica uma estátua viva; comportamento do artista ressalta 

o absurdo desse contexto. 

_Wu Chi‐Tsung  { Landscape in the Mist 001 }    2012, 9:15'  

 

Os trabalhos de vídeo de Wu Chi‐Tsung centram‐se nas questões da imagem e do espectador. Suas obras recentes 

usam  pinturas  tradicionais  do  oriente  para  explorar  como  a  cultura  tradicional  se  relaciona  com  a 

contemporaneidade, abordando também a influência estrangeira. Landscape in the Mist 001 combina o estilo de 

Souvenir  of Mortefontaine  do  pintor  do  sec.  XIX,  Jean‐Baptiste‐Camille  Corot  com  imagens  que  incorporam  o 

encanto da pintura de paisagem chinesa. O trabalho enfatiza o papel da memória no processo de criação  ‐ quer 

das  suas próprias  raízes e experiências pessoais, bem  como das da  cultura  tradicional ou dominante. O  artista 

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explora o exotismo de pinturas do Oriente, apelando a outros olhares, cultivando, assim, uma experiência estética 

multi‐cultural. 

 

 

 

 

Solange Farkas  | Trânsitos Improváveis ____________________________________________________________ 

Ao  partilhar  uma  situação  geopolítica  comum,  os  artistas  selecionados  para  a  mostra  Trânsitos  Improváveis 

evidenciam um vigor criativo singular. Mote para práticas e  investigações capazes de gerar  leituras e  formas de 

circulação da arte renovados, suas contaminações transcendem o circuito oficial, alimentando outros campos para 

a expansão da  crítica e história das  artes  visuais. Aqui, obras que buscam mapear e  compreender o  subjetivo, 

recriando sentidos para afetos e memórias pessoais, dialogam com trabalhos que convocam dilemas pertencentes 

à esfera pública ou questionam a história social. 

  

_ Lara Arellano (Argentina, 1976)  { Mientras paseo em cisne }    2010   8’25”  

 

Do banco de trás de um carro, uma garotinha pensa no que vê. Às suas reflexões sobrepõe‐se a conversa dos pais 

no banco da  frente. A obra explora o diálogo entre paisagem exterior e estados  interiores, e a  ideia de viagem 

como trajeto afetivo. 

 

_ Chico Dantas (Brasil, 1950)  { Via República}    2010   6’18”  

 

Enquanto sua câmera percorre a rua da República, principal via de acesso à cidade de João Pessoa (PB), o artista se 

vale de  interferências  visuais  e  reminiscências  em off para  tentar preencher o  vazio  criado por um  cenário de 

abandono e degradação. 

 

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_ Luis F. Ramirez Celis (Colômbia/EUA, 1969)  { Superbloques }    2010  5’37”  

 

Uma canção venezuelana  sobre um homem que  se  recusa a deixar um condomínio prestes a  ser destruído é a 

trilha sonora para a demolição de um velho ícone da arquitetura modernista nos EUA. A obra trata da falência do 

projeto moderno. 

 

_ Marcia Vaitsman (Brasil/EUA, 1973)  { Estudo sobre a escuridão }    2009  12’56”  

 

Retificar  o  rio  São  Francisco  é  alterar  não  apenas  seu  traçado  visível, mas  o  cotidiano  de  vidas  que  se  ligam 

estreitamente a ele. No crepúsculo de um percurso físico e de memórias, a obra cria intervenções na paisagem que 

metaforizam a mudança do rio. 

_ Moran Shavit (Israel/Alemanha, 1982)  { Exploring }    2010   5’07”  

 

Ao  revisitar,  na  idade  adulta,  a  correspondência que  trocou  com  seu  pai  quando  ele  trabalhava  em  um  navio 

cargueiro,  a  artista  rearticula  espaços  geográfico  e  subjetivo,  e memórias  objetiva  e  afetiva,  esboçando  uma 

cartografia psicológica em processo. 

 

_ Marek Ranis (Polônia, 1968), Jonathan Case (EUA, 1972)   { Machines for living }     2010   4’02”  

 

Em  tom  fantástico,  a  obra  revisita  as  ideias  utópicas  do  arquiteto  e  urbanista  suíço  Le  Corbusier.  Utilizando 

materiais que vão de suas últimas entrevistas até imagens de elefantes, questiona as interpretações do legado do 

arquiteto e nossas formas de morar e coexistir. 

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_ Dan Boord (Eua, 1951), Luis Valdovino (Argentina/EUA, 1961)   { Tree of forgetting }     2009   8’52”  

 

Concebida como um conto curtíssimo, a narrativa transita entre cidades e memórias,  como se o tempo fosse um 

caminho bifurcado de possibilidades que levam sempre a uma mesma eventualidade: o passado. 

 

_ Claudia Joskowicz (Bolívia/EUA, 1968)  { Round and round and consumed by fire }      2009   9’12” 

 

A obra, uma única lenta tomada panorâmica, inspira‐se em cena de Butch Cassidy e Sundance Kid, quando a dupla 

é  encurralada  pela  polícia  boliviana.  A  cena  quase  inerte  cria  um  efeito  de  ansiedade,  ressalta  os  vazios  da 

narrativa e reinventa sua dinâmica. 

 

_ Liu Wei (China, 1965)  { Unforgetable memory }    2009 | Vídeo, 10’17” 

 

Uma tentativa de resgate da memória de 1989, quando chineses foram às ruas em protesto contra o governo de 

Deng Xiaoping. Em linguagem direta, que inclui relatos do próprio artista, a obra analisa o poder da memória ante 

a indiferença. 

 

 

João Laia | Em cartaz: medidas de auteridade _______________________________________________________ 

Este  programa  investiga  a  noção  de  austeridade  como  ferramenta  criativa  de  experimentação  visual  e  análise 

social. Em cartaz: Medidas de Austeridade apresenta um inventário de materiais pobres e técnicas marginais (baixa 

resolução, ruído sonoro e visual, compressão, reformatação e material de câmara web) usadas internacionalmente 

por artistas contemporâneos. Estes trabalhos são exemplos de novas linguagens e texturas cinemáticas, que usam 

e  reflectem  o  imaginário  visual  contemporâneo  e  contextos  sociais,  tornando‐se  uma  resposta  artística  à 

comercialização e institucionalização da arte digital e da internet.  

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Com uma duração de 50 minutos, este programa indica e subverte o fraco coeficiente de atenção de um utilizador 

da internet, fazendo referência de forma irónica aos discursos de recessão e cortes orçamentais.  

 

 _ Daniel Lopatin (Oneohtrix Point Never)   { Replica } 

 

USA | 2011 | 4’35 

Video para a música Replica. 

 

_ James Corbett   { The Meaning of "Austerity" } 

 

 USA | 2010 | 5’ (extract)  

video youtube. 

 

_ Ilya Korobkov  { Touch my Body } 

 

RU | 2009 | 4’  

"Touch My Body" faz parte da série de obras dedicadas à música de Mariah Carey feitas pelos alunos da escola de 

arte multimédia Rodchenko. Korobkov explora a técnica copy/paste,   removendo o corpo da cantora a partir do 

vídeo original e colocando‐o num ambiente kitsch e abstrato. Korobkov  inclui  traços dessa operação simples no 

trabalho, que ganha um  carácter pouco  cuidade e  cru. Esta metodologia  sublinha o  lado pouco profissional do 

trabalgo como forma de oposição à estética MTV. 

 

_ Takeshi Murata  { Infinite Doors } 

 

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USA | 2010 | 2’ 

Infinity  Doors  baseia‐se  no  poder  e  estímulo  incessantes  de  uma  cultura  focada  em  concursos  televisivos. 

Utilizando  clips  de  The  Price  is  Right  (O  Preço  Certo), Murata  edita  uma  série  de  revelações  de  prémios.  Os 

incessantes  aplausos  da  audiência  e  um  locutor  excessivamente  animado  tornam  o  trabalho  simultaneamente 

cómico e peculiar. A superficialidade dos prémios e a sobrecarga de estimulos visuais tornam‐se absurdas no seu 

excesso e começam a sufocar a própria emoção que se destinam a induzir. 

 

_ Daniel Lopatin (Oneohtrix Point Never)   { Nobody Here } 

 

USA | 2009 | 3’ 

Nobody Here (Youtube, 2009) foi  lançado como parte de um DVD de edição reduzida na editora de música Root 

Strata San Francisco nesse ano. No entanto, o vídeo obteve mais atenção no Youtube, servindo como uma espécie 

de  entrada  filosófica  no  catálogo  OPN  (Oneohtrix  Point  Never).  Em  Nobody  Here,  Lopatin  loopa  uma  frase 

emprestada do sucesso hiper‐sentimental dos anos 80 "Lady In Red" de Chris De Burgh e re‐imagina‐o como um 

mantra.  A  performance  vocal  de  De  Burgh  entra  em  queda  livre,  tornando‐se  uma  voz  vinda  do  abismo  da 

memória,  escutada  como  se  fosse  transmitida  através  do  tempo,  tendo  as  décadas  despojando‐a  de  contexto 

cultural, significado e definição. O que resta é uma concepção de nostalgia como algo flexível, vago e com poderes 

transformadores. 

 

_ Jean‐Gabriel Périot   { #67 } 

 

FR | 2012 | 3’30’ 

Filme merdoso sobre política.  

 

_James Richards   { The Misty Suite } 

 

UK | 2009 | 6’50 

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Richards usa  a  acumulação e  reorganização  visuais  como processos  elegíacos    e devocionais; os  arquétipos da 

mixtape  e  do  souvenir  criam  e  demonstram  a  obsessão  do  fan,  a  transformação  do  arquivo  público  para  um 

formato  pessoal.  Richards  propõe  uma  arena  de  subjetividade  diferente  daquela  delimitada  no  interior  da 

circulação comércial e mediática, e, assim, redefine processos de produção e exibição. 

 

_ Jesse McLean  { Climbing } 

 

USA | 2011 | 6’18 

A escalada de uma paisagem de montanha photoshop. 

 

_ Oliver Laric   { Versions } 

 

UK | 2009 | 6’30 

O documentário sugere uma nova direção para a produção de imagens, que Laric considera atingir o seu auge, na 

era  internet, em bootlegs, cópias e  remixes, novas  formas culturais que progressivamente prevalecem sobre os 

respectivos  'Originais'. Sublinhando essa pluralidade, Laric apresenta quatro  ‘Versões’ equivalentes do  filme. Em 

cada versão, o mesmo ciclo de  imagens é re‐criado por um narrador diferente ‐ Momus, Guthrie Lonergan, Dani 

Admiss e o próprio Laric. 

 

_ Jean‐Gabriel Périot  { the Barbarians } 

 

FR | 2010 | 5’ 

Nós somos escumalha! Nós somos bárbaros! 

 

 

 

 

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r. da horta seca, 44 – 2º dto 1200–221 lisboa | tel: 213 230 074 | fax: 213 431 611 | [email protected]

contribuinte nº: 507034210 | capital social €5 000 | conservatória do registo comercial nº 12.656

_ Chooc Ly Tan  { New Materials in the Reading of the World } 

 

FR | 2011 | 5’ 

O vídeo anuncia o aparecimento de Oubliismo, um conceito que consiste na exploração das novas possibilidades 

encontradas  no  caos  do  universo.  Em  New Materials  in  the  Reading  of  the World,  a  narração  e  outros  sons 

fundem‐se com imagens, tendo como base a sua divergência. O resultado é uma composição cacofónica e poética, 

feita a partir de materiais áudio e visuais reapropriados e produzidos para o efeito. O Oubliismo propõe o repensar 

do  sistema  actual,  que  está  vinculado  a  leis  físicas  e  preocupações  humanas.  Este movimento  distancia‐se  da 

realidade e aspira a novos ideais cósmicos e revolucionários. 

 

_ Jean‐Luc Godard  { Film Socialisme Trailer 4 } 

 

CH | 2011 | 1’15 

Tailer #4 de Film Socialism. 

 

 

Isabel Nogueira | O olhar e a palavra _______________________________________________________________ 

O olhar e a palavra. Podemos dizer que tudo começa assim.  

A comunicação. O dar‐se ao outro e recebê‐lo por intermédio de um suporte e de uma linguagem. Num tempo e 

espaço determinados. Hoje estamos aqui. Quer dizer, neste espaço e neste momento. 

A sessão que se apresenta opera uma escolha e uma simultânea reflexão sobre o universo da literatura na vídeo 

arte, conferindo especial enfoque à poesia. Nesta vertente, escolheram‐se autores, como Billy Collins, Sylvia Plath, 

Rainer Maria Rilke, ou João Miguel Fernandes Jorge. Mas a poesia vai além da palavra. É também uma emoção, um 

ambiente. 

Por outro  lado,  e do ponto de  vista da  selecção dos  vídeos,  as propostas passam por  trabalhos diversificados, 

desde a animação ao universo do poema visual.  

O olhar e a palavra. Podemos dizer que tudo começa assim. 

 

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_ Ross West   { The man in the black coat }  

 

2011, 02’30’’  

“The Man in the Black Coat” é uma obra de poesia visual sobre o poema “Yellow Star” de Kate Ruse. "Yellow Star" 

refere‐se à estrela de David usada pelos Nazis durante o Holocausto como  método de identificação de Judeus. 

 

_ Blanca Giménez  { Lavabo interactivo (Instalação interactiva) }       

 

2010, 01’07’’ 

“Lavabo  interactivo” é uma  instalação  interactiva que consiste num  lavatório colocado numa parede. Quando o 

espectador  coloca  as  suas mãos por baixo da  torneira,  começa  a ouvir o  som de  água  a  correr e  também um 

extracto de Macbeth de Shakespeare. Em simultâneo, algumas palavras do texto são projectadas sobre o lavatório.  

 

_ Julian Grey  { Forgetfulness } 

 

2007, 01’50’’  

 

_ Julian Grey { Some days }  

 

2007, 01’09’’  

Em  “Some Days”  o  autor,  Billy  Collins,  usa  a metáfora  de  uma  casa  de  bonecas  e  das  próprias  bonecas,  para 

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demonstrar a manipulação da vida, que habilmente,  inverte para sugerir a manipulação das nossas vidas.  Julian 

Grey opta por usar os detalhados elementos de um diorama, transformando‐os  num cenário assustador composto 

por elementos reais e surreais.  

A utilização dessas pequenas figuras, proporcionou a utilização de   interessantes técnicas de camera em espaços 

mínimos com pouca profundidade de campo, transmitindo uma forte sensação de manipulação e contenção. 

 

_ Julian Grey { Budapest } 

 

2007, 00’55’’  

Em "Budapeste" Collins descreve o devaneio de um escritor, evocando um mundo estranho no qual a sua mão 

ganha vida própria.  Julian Grey, visualiza uma mão segurando uma caneta de aparo, que na mesa encontra uma 

floresta  fantástica onde insectos e animais desenham a vida através de um oásis de tinta. 

 

_ Raquel Castro  { A cidade: Fernando Pessoa } 

01’39’’  

 

_ Josep Porcar  { Lady Lazarus ‐ Sylvia Plath } 

2009, 06’29’’  

Vídeopoem author: Josep Porcar (www.porcar.net) (Castelló de la Plana, 1973 ‐ Catalan poet) 

Patform: www.blocsdelletres.com 

 

_ Swoon  { The Moon and the yew tree ‐ Sylvia Plath } 

 

2011, 05’00’’ 

Neste  poema  Sylvia  Plath  repara  nos  seus  arredores  em  Green  Court,  e  percebe  o  impacto  simbólico  que  o 

ambiente  tem  sobre o  seu humor  e  todo o  seu  estado de  espírito. Na  essência, o que  ela  vê por  fora  é uma 

manifestação do que ocorre no  seu  interior. Swoon  faz o mesmo com  imagens e música. Num dia de nevoeiro 

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filma a paisagem desfocada para expressar exactamente o mesmo humor e estado de espírito que sentia. Cria uma 

paisagem sonora para entrelaçar a emotiva leitura de Nic Sebastian. 

 

_ Rui Pires Cabral  { Os países distantes ‐ José Mateos }  

2012,  02’40’’ 

 

_ Rui Pires Cabral  { Atlantic ‐ João Miguel Fernandes Jorge }  

2012, 02’03’’  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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FICHA TÉCNICA 

 

Direção Geral: 

António Câmara Manuel  

 

Direcção Artística: 

Jacinto Lageira 

 

Direcção de produção 

Rachel Korman 

 

Direcção de Comunicação:  

Maria José Peyroteo 

 

Consultoria:  

Helena Barranha | Irit Batsry | Jean‐François Chougnet 

 

Programadores:  

Dalia Levin | Françoise Parfait | Isabel Nogueira | Jean‐François Chougnet | João Laia | José Drummond | Nuno 

Crespo | Solange Farkas 

 

Direcção Secção Competitiva Portugal:  

Jacinto Lageira 

 

Juri Secção Competitiva Portugal:  

Ana Rito | Helena Barranha |  Jean‐François Chougnet |  Joachim Bernauer |  José Carlos Teixeira | Susana de 

Sousa Dias 

 

Assessoria de Imprensa:  

Namalimba Coelho