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    Joo Paulo Santos Francisco Matrcula: 12/0014360

    Universidade de Braslia

    Curso: Letras - Japons

    Introduo Teoria da Literatura

    Prof. Ricardo Arajo

    FRIEDRICH, Hugo. Estrutura da Lrica Moderna. So Paulo. Duas Cidades. 1978.

    Perspectiva e Retrospecto (p.15-35). Primeiro Captulo

    Neste captulo breve, o autor faz uma introduo obra apresentando e explicando

    os princpios tericos de Rousseau e Diderot que serviram de base para todo a

    poesia moderna que iria surgir no futuro, tambm apresenta consideraes e

    previses de Novalis sobre o futuro da poesia e coloca a lrica como a evoluo do

    romantismo at a chama de romantismo desromantizado (p.30).

    Aqui ele tambm apresenta uma breve biografia de cada um destes autores e suas

    caractersticas principais como poetas, foi om eles , inclusive que comeou a repulsa

    pela realidade, a busca pelo ideal e o proposital obscurantismo, que a base da

    lrica moderna.

    Baudelaire (p.35-59). Segundo Captulo

    Segundo o autor, com Baudelaire que surge de fato a lrica moderna, tanto que ele o

    nomeia o poeta da modernidade (p.35). Fala-se aqui de todas as caractersticas

    que o classificam como o poeta moderno, comeando pela despersonalizao, isto

    em sua a pessoa do autor seu conhecimento emprico no mais colocado na obra,

    fala-se, tambm, da concentrao da forma, Baudelaire dava muito mais foco na

    forma, escrevendo com um metodismo matemtico, em detrimento do contedo que

    ficava em segundo plano, temos tambm o feio como nova fonte de encanto, pois o

    belo havia se tornado banal ,a magia da linguagem, que para ele a as diferentescombinaes sonoras das palavras que so possveis apenas na poesia e por fim a

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    ruptura entre autor e leitor que comeou com Rousseau e foi retomada por

    Baudelaire

    Friedrich coloca tambm como Baudelaire tratou assuntos como a modernidade e o

    fim dos tempos e a averso extrema de Baudelaire a crescente revoluo industrial,

    alm da decadncia do cristianismo em suas obras e a idealidade buscada pelo

    poeta, mas que ele colocava como impossvel de ser alcanada por isso era vazia.

    Tambm aqui so apresentadas caractersticas que fazem da poesia moderna, a

    mais sublime de todas, so elas a Fantasia Criativa, a decomposio, a deformao

    e a abstrao todas relacionadas ao objetivo de Baudelaire de se afastar ao mximo

    de tudo relacionado ao real.

    Rimbaud (p.59-95). Terceiro Captulo

    Agora Friedrich sobre a poesia de Rimbaud, que teve uma curta vida potica

    escreveu apenas durante quatro anos de sua juventude e sua poesia se divide em

    obscura e acessvel, sua obra dinmica, tanto que causa completa desorientao

    nos leitores, levando as mais diversas reaes, desde admirao at a repulsa.

    Segundo o autor, Rimbaud pregava a ruptura total com as tradies, que umacaracterstica dos modernistas, ele era to radical quanto a isso que chegou a

    satirizar em seus versos at as grandes figuras mitolgicas da antiguidade

    transformando a bela Vnus em um ser digno de pena. Na sua averso as tradies

    criticava duramente tambm o cristianismo que foi imposto a ele, na obra Une

    Saison en Enferisto colocado de maneira mais clara

    Em relao a sua seu momento histrico ele tinha uma opinio dupla: era a favor

    quanto ao progresso do conhecimento mas ao mesmo tempo era contra devido ao

    avano material. Em seguida, Friedrich fala das vrias caractersticas das poesias de

    Rimbaud comeando por como a desumanizao da poesia comeou de fato com

    Rimbaud, em Fleurs du Mal, pois, a partir dele a poesia deixa de usar o homem

    como centro da poesia agora qualquer coisa poderia ser o sujeito potico, mesmo

    quando o homem abordado em suas obras, ele posto como um ser estranho,

    caricato. Depois se fala da ruptura dos limites Friedrich diz J nas primeiras poesias

    impressionante como o limitado impelido a amplido (p.71). Ento, o autor faz

    uma pausa para analisar Le bateau ivre a mais famosa poesia de Rimbaud, aps

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    isso retoma as descries das caractersticas retomando pela realidade destruda

    onde o poeta de forma violenta desfaz as antigas relaes metafricas existentes

    entre a poesia e o mundo real e abordando o feio como algo interessante em suas

    obras real e irreal no mais se distinguem e no suficientes para sua compreenso e

    por isso que surge a irrealidade sensvel que a realidade transformada de tal

    forma que s se reconhece no irreal atravs de suas caractersticas sensveis, o que

    d novas possibilidades ao ato potico dando ao artista da palavra a capacidade, ou

    melhor, o dever de criar livremente e no mais apenas relatar o real que o que se

    define como fantasia ditatorial. Tendo dissertado sobre esses conceitos, o autor

    passa a anlise de Les Illuminations. Aps isso, Friedrich fala sobre a tcnica de

    fuso de Rimbaud que consiste em unir em um mesmo poema a vrias ideias que

    na concepo do real nada tem em comum e demonstra isso em obras do poeta,

    logo aps segue dissertando sobre a poesia abstrata que de forma anloga a pintura

    abstrata concebe imagens que, de maneira alguma, encontra na realidade e que tem

    por funo fazer se sentir e no se compreender e esse no compreender

    justamente a poesia em forma de monlogo, ou seja, que no tem objetivo nenhum

    de comunicar, mas apenas de dar liberdade ao espirito. Logo em seguida

    apresentado como se d a dinmica do movimento nas obras do poeta usandoprocedimentos anlogos aos da msica e operando a magia da linguagem que com

    ele foi levada a nveis jamais imaginados. Por fim, finalizado o captulo sobre

    Rimbaud comentando sobre a sua nobreza em, mesmo sendo to jovem, calar sua

    poesia quando percebeu que j havia alcanado seu limite.

    Mallarm (p.95-141) Quarto Capitulo

    Da mesma forma que com os outros autores aqui abordados, Friedrich tambm nos

    introduz ao poeta expondo algumas de suas caractersticas, mas a que mais merece

    destaque foi a ousadia do autor, pois nele a lrica foi ainda mais longe do que foi

    com Rimbaud. Aps isso feita uma anlise minuciosa de trs de suas poesias,

    importante frisar a importncia que dada a anlise do efeito sonoro causado pela

    leitura do original que prepara o leitor para compreenso de suas complicadas

    poesias. So poesias de difcil acesso, esto totalmente desvinculadas do real e as

    muitas caractersticas abordadas mostram que era esse mesmo o proposito delas,dando a entender diversos significados e sempre usando uma linguagem obscura.

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    Passando as caractersticas da poesia seu estilo de escrever foi uma evoluo

    gradual que culminou na grande genialidade de seus versos. Quanto a

    desumanizao ela sempre foi uma constante nas obras de Mallarm, mas ele foi

    to profundo quanto isso que at o amor e a morte foram desvinculadas do homem.

    Mallarm tambm utilizou sua obra como forma de critica em oposio mdia da

    poca que tinha por funo relatar o real, algo ao qual, como um bom poeta

    moderno, era totalmente contra, o poeta define sua poesia como o trabalho de usar

    as palavras para criar vrias intepretaes de seus textos e a compara com um jogo

    onde h liberdade como um jogo da mentira. Depois Friedrich fala da forma rgida

    de Mallarm que contrasta com os contedos obscuros e sua busca pelo Nada, o

    absoluto e fala tambm sobre a variedade dos recursos utilizados e os efeitos que

    tem sobre sua poesia o que a torna mais obscura ainda. Logo aps isso o autor fala

    da busca do poeta em inserir o silencio em sua obra com a inteno de alcanar o

    abstrato. Mas retomando o obscurantismo de Mallarm, o autor o compara a

    Gngora e fala brevemente de suas semelhanas, entretanto deixa bem a diferena

    entre eles pois Gngora escrevia para ser entendido pelos aristocrata Mallarm no

    queria ser entendido por ningum. Em seguida, nos apresentada a caracterstica

    sugestiva de Mallarm onde o contedo de suas obras no pode entendido, masapenas sugerido. Ento apresentado e explicado as caractersticas do esquema

    ontolgico do poeta, fala tambm da dissonncia ontolgica que esta sempre

    relacionada a desumanizao de Mallarm, ento o autor relaciona a poesia de

    Mallarm a magia e o ocultismo. Fala-se tambm da busca pela Posie pure que a

    poesia livre da realidade, ento so comentadas duas caractersticas dos poetas

    antigos que sobreviveram na poesia de Mallarm so elas: a fantasia ditatorial e a

    abstrao esta que indicada pelo olhar absoluto e encerra falando do isolamentoque a lrica de Mallarm.

    A lrica europeia do sculo XX (p. 141-210) Quinto Capitulo

    Neste captulo o autor fala da evoluo da lrica do sculo mencionado suas vrias

    caractersticas e seus principais autores entre quais esto Vallry, Guillen T.S Elliot

    entre outros fala detalhadamente de cada um deles, suas caractersticas e

    contribuio para lrica moderna.

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    A magia da linguagem alcana novos horizontes chegando a ser magia hipntica em

    Jimnez e a obscuridade da poesia continua, no geral com as mesmas definies

    das pocas passadas exceto na Itlia onde tornou-se hermetismo e com

    caractersticas depreciativas do oculto foi aposie pure da Itlia

    Fala-se tambm da poesia algica que como a fantasia criativa buscava ser abstrata

    e irreal, mas diferente dela abrigava tambm caractersticas do sonho e do mundo

    onrico.

    Estrutura da Lrica Moderna, apesar de ser um pouco complexo, um excelente

    livro, pois, juntamente com o Desumanizao da arte nos permite entender a arte

    moderna, suas mincias e seus detalhes e nos d uma nova viso sobre a arte.