ESTUDO DE CÁLCULOS SEMIEMPÍRICOS USANDO UM DERIVADO DA PROTEÍNA AMARELA FOTOATIVA

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

    CAMPUS UNIVERSITRIO DO ARAGUAIA

    CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM FSICA

    ESTUDO DE CLCULOS SEMIEMPRICOS USANDO UM

    DERIVADO DA PROTENA AMARELA FOTOATIVA

    CLEVERSON ALVES DA SILVA MOURA

    Pontal do Araguaia, 2010

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    II

    Cleverson Alves da Silva Moura

    ESTUDO DE CLCULOS SEMIEMPRICOS USANDO UM

    DERIVADO DA PROTENA AMARELA FOTOATIVA

    Trabalho de Concluso de Curso para

    obteno do Grau de Licenciado em

    Fsica pela UFMT Universidade

    Federal de Mato Grosso, campus do

    Pontal do Araguaia.

    Orientador: Prof. Dr. Josmary

    Rodrigues Silva.

    Pontal do Araguaia, 2010

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    III

    Cleverson Alves S. Moura

    CLCULOS SEMIEMPRICOS APLICADOS A UM DERIVADO DA PROTENA

    FOTOATIVA AMARELA

    Monografia apresentada como pr-requisito para obteno do ttulo de Licenciado em Fsica

    da UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso, campus do Pontal do Araguaia, submetida

    aprovao da banca examinadora composta pelos seguintes membros:

    __________________________________________________________

    Prof. Dr. Josmary Rodrigues Silva

    __________________________________________________________

    Prof. Dr. Adellane Arajo Sousa

    __________________________________________________________

    Prof. Dr. Nara Cristina de Sousa

    Julgado em: __/__/__.

    Nota:

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    IV

    Dedico a Todos que Contriburam nesta Jornada

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    V

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo...

    A minha Famlia que tanto me ajudou durante toda a minha vida: o que sou e o quesei devo a ela.

    Aos Professores, Dr. Josmary Rodrigues Silva e Dr. Nara Cristina de Sousa, por

    terem acreditado em minha capacidade e terem me dado um voto de confiana ao me

    aceitarem no Grupo de Materiais Nanoestruturados.

    Ao Prof. Maurcio Godoy, pela oportunidade que me proporcionou ao me aceitar

    como orientando de iniciao cientifica em 2008.

    A Prof. Rosngela Borges Pereira, por ser a professora que , sempre fazendo ns

    nos esforarmos ao mximo e sempre estando disposta a nos ajudar.

    Aos professores Dr. Adellane Arajo de Sousa, Dr. George Barbosa da Silva, pelos

    vrios anos de ensinamentos e compreenso.

    Aos amigos que infelizmente no chegaram junto conosco, mas fica minha torcida.

    Aos churrascos com a galera que tiveram um papel fundamental nos dias que agente

    no agentava mais estudar.

    A todos os momentos que tive desde que entrei neste curso, e apenas digo que, tudotermina bem, quando tudo acaba bem.

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    VI

    Sonha e sers livre de esprito... luta e sers livre na vida.CHE GUEVARA

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    VIII

    RESUMO

    A protena fotoativa amarela (photoactive yellow protein - PYP) um fotorreceptor deluz azul que pode ser fotoexcitado produzindo fotociclos de isomerizao. Um de seus

    cromforos o cido desprotonado p-cumrico (pCA) ligado covalentemente ao grupo

    original da protena cistena atravs de uma ligao tioster. A fim de estudar mtodos

    semiempricos, realizamos clculos de propriedades fsicas do cromforo cido p-cumrico

    usando o software WinMOPAC.

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    VIII

    ABSTRACT

    Photoactive yellow protein (PYP) is a blue-light photoreceptor that can, upon photoexcitation,producing isomerization photocycles. One of its chromophores is the deprotonated trans-

    coumaric acid (pCA) covalently linked to the unique cystein group of the protein via a

    thioester bond. In order to study semiempirical methods, we have performed semiempirical

    calculations of physical properties of the p-coumaric acid (pCA) chromophore with the

    WinMOPAC software.

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    IX

    SUMRIO

    LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. 12LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .............................................................................. 131. INTRODUO .................................................................................................................... 122. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 133. FUNDAMENTAO TERICA ....................................................................................... 14

    3.1 Equao de Schroedinger.............................................................................................. 143.2 Mtodo de Hartree-Fock ................................................................................................ 143.3 Mtodos semiempricos ................................................................................................. 153.4 Aproximaes MNDO .................................................................................................... 163.5 Resumo das principais caractersticas dos mtodos ab initio e semiempiricos ............ 16

    4. METODOLOGIA ................................................................................................................. 17

    4.1 ChemSketch 12.0 ........................................................................................................... 17

    4.2 WinMOPAC 7.21 .......................................................................................................... 174.3 Procedimento Geral para o Clculo de Estrutura Eletrnica ......................................... 184.4 Procedimentos de clculo neste trabalho ....................................................................... 18

    5. RESULTADOS E DISCUSSO ......................................................................................... 206. CONCLUSO ...................................................................................................................... 22REFERNCIAS ....................................................................................................................... 23

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    X

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Protena fotoativa amarela com a ampliao do cido p-cumrico;

    Figura. 2 - Fotoabsoro e isomerizao do pCA. representa o progresso de isomerizao;

    Figura. 3 - Janela do ChemSketch mostrando o desenho da estrutura molecular do pCA comformato de arquivo de extenso .sk;

    Figura. 4 - Janela do ChemSketch no modo 3D viewer mostrando o desenho da estruturamolecular do pCA. A partir dessa janela gravamos o arquivo com extenso .mop;

    Figura. 5 Janela de matriz inicial do WinMOPAC mostrando a matriz que representa aestrutura molecular do pCA;

    Figura. 6 - Janela de configurao do WinMOPAC.

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    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    AM1 - Austin method 1;

    BFGS - Broyden-Fletcher-Goldfarb-Shanno;

    DFP - Davidon-Fletcher-Powell ;

    DFT - Density-Functional Theory

    EF - Eigenvector Following;

    IUPAC - International Union of Pure and Applied Chemistry;

    MNDO - Modified Neglect of Diatomic Overlap Method;

    MINDO/3 - Modified Intermediary Neglect of Diatomic Overlap Method / 3;

    NLLSQ - Non-Linear Least Squares;pCA p-Acid Coumaric;

    PM3 - Parametric Method 3;

    PYP - photoactive yellow protein;

    RHF - Restricted Hartree-Fock;

    UHF - Unrestricted Hartree-Fock;

    WinMOPAC - Molecular Orbital Package for Windows;

    HF - Hartree-Fock

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    Fig. 1 Protena fotoativa amarela com a ampliao do cido p-cumrico.

    Fig. 2 Fotoabsoro e isomerizao do pCA. representa o progresso de isomerizao, figuraretirada da referencia [4]

    2. OBJETIVOS

    Os principais objetivos deste trabalho foram: i) aprender a desenhar estruturas

    moleculares usando o programa ChemSketch, ii) estudar mtodos de clculo semiempricos

    de propriedades moleculares utilizando o software livre WinMOPAC 7.21 e iii) aplicar os

    mtodos aprendidos para o clculo das propriedades fsicas do cromforo fotoisomerizvel

    pCA. Esse cromforo foi escolhido devido a suas propriedades pticas de interesse cientfico

    e porque uma molcula pequena, tornando os clculos possveis em um pequeno intervalo

    de tempo.

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    3. FUNDAMENTAO TERICA

    3.1 Equao de Schroedinger

    Para obter qualquer propriedade de uma molcula atravs do clculo de estruturaeletrnica, temos que resolver a equao de Schrdinger:

    (1)

    sendo H o operador hamiltoniano, a funo de onda total do sistema eEa energia total do

    sistema. A funo de onda contm tudo que podemos saber sobre o sistema.

    A hamiltoniana para uma molcula escrita como:

    (2)

    O primeiro termo da equao representa a energia cintica dos eltrons, o segundo a energia

    cintica dos ncleos, o terceiro o potencial de eletrosttico de atrao eltron-ncleo, o quarto

    o potencial eletrosttico de repulso entre os eltrons e o quinto o potencial de repulso dos

    ncleos. O smbolo merepresenta a massa do eltron e mA a massa do ncleo.

    3.2 Mtodo de Hartree-Fock

    Sabe-se que a equao de Schrdinger s tem soluo analtica para sistemas simples

    como o tomo de hidrognio ou tomos hidrogenoides [5]. Entretanto, existem duas

    estratgias para resolver aproximadamente a equao de Schroedinger: clculos usando

    mtodos ab initio ou semiempricos [6]. Mtodos ab initio levam em conta apenas constantes

    fundamentais, enquanto os semiempricos consideram parmetros experimentais.

    O ponto de partida terico para os dois tipos de clculo (ab initio e semiemprico) o

    mtodo de Hartree-Fock (HF). Neste mtodo, assume-se que um sistema de Neltrons possa

    ser descrito como a soma de N sistemas de um eltron que se move num campo gerado

    pelos ncleos estacionrios e num campo mdio resultante da distribuio espacial de todos os

    outros eltrons. Assim, o problema reduz-se ao problema de N eltrons independentes.

    Na teoria de HF, as interaes de cada eltron com os outros N 1 so reduzidas a um

    potencial mdio V(r), que depende s das suas prprias coordenadas [9]. Alm disso, a funo

    de onda do sistema escrita como um determinante chamado de determinante de Slater, que

    leva em conta o princpio de excluso de Pauli [7].

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    Para o caso onde as camadas eletrnicas da molcula ou tomo esto incompletas,

    devem-se utilizar a verso no restrita do mtodo de Hartree-Fock (UHF), onde a energia

    calculada considerando todos os orbitais ocupados com apenas um eltron. Se todas as

    camadas da molcula estiverem ocupadas com dois eltrons, neste caso deve-se utilizar a

    verso restrita do mtodo de HF (RHF) [9].

    3.3 Mtodos semiempricos

    Os mtodos semiempricos ou paramtricos pretendem encontrar solues

    aproximadas para a equao de Schrdinger associando parmetros empricos e restries

    matemticas mais drsticas do que aquelas utilizadas em mtodos ab initio [5]. Essas

    restries, em geral, no so bem fundamentadas teoricamente, porm essa limitao

    compensada pelos parmetros ajustveis que aparecem no formalismo semiemprico. Esses

    parmetros so variados at que se reproduzam, o mais prximo possvel, os resultados

    experimentais. Em consequncia das simplificaes e da substituio de termos difceis de

    calcular por outros mais fceis, os mtodos semiempricos so computacionalmente muito

    mais baratos do que os mtodos ab initio.

    Hoje em dia, os mtodos semiempricos podem ser utilizados em sistemas com

    milhares de tomos sem muitos problemas [8]. Esses mtodos so adequados ao clculo deenergias de ligao, onde os mtodos ab initio falham. Os mtodos paramtricos baseiam-se

    na escolha de parmetros semiempricos e do melhores resultados do que os mtodos ab

    initio, pois a escolha criteriosa desses parmetros permite compensar, em parte, os erros

    associados energia de correlao [9]. Entreos mtodos mais utilizados, destacam-se: AM1

    (Austin method 1), MINDO/3 (Modified Intermediary Neglect of Diatomic Overlap Method /

    3), PM3 (Parametric Method 3) e MNDO (Modified Neglect of Diatomic Overlap Method),

    sendo esseltimo utilizado neste trabalho.Muitos resultados que h alguns anos s podiam ser obtidos por mtodos

    semiempricos hoje podem ser alcanados por mtodos ab initio [9]. Ento, precisamos nos

    perguntar se realmente precisamos desses mtodos, pois grandes avanos ocorrem

    rapidamente na capacidade computacional facilitando o uso dos mtodos ab initio. Entretanto,

    em sistemas grandes, com milhares de tomos, os mtodos semiempricos ainda so muito

    eficientes (custo computacional baixo e exatido) e tendem a ser cada vez mais utilizados no

    devendo assim se tornar defasados diante de clculos DFT ou ab initio.

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    3.4 Aproximaes MNDO

    O MNDO um mtodo de carter semiemprico, sofisticado, autoconsistente e

    parametrizado para se estudar reaes e geometrias moleculares. A energia total

    escrita como a soma da em energia eletrnica e as repulses entre os ncleos

    dos tomos A e B:

    (3)

    A energia eletrnicaEelobtida pelo mtodoMNDO dada pela seguinte equao:

    (4)

    onde Pvsoelementos de matriz de ordem de ligao e Hv do hamiltoniano.

    O calor de formao molecular CF ser dado por:

    (5)

    onde a energia total da molcula, a energia eletrnica e os

    calores de formao experimentais para os tomos da mesma.

    Na aproximao MNDO vrios termos no so determinadas analiticamente, mas

    atravs de dados experimentais ou de expresses semiempricas que contm parmetros

    ajustveis aos dados experimentais. A introduo desses parmetros compensa as limitaesda funo de onda total e erros inerentes s simplificaes do mtodo [10].

    3.5 Resumo das principais caractersticas dos mtodos ab initio e semiempiricos

    Algumas caractersticas dos mtodos ab initio so:

    Tratamento mais exato da distribuio de densidade eletrnica, pois considera a

    equao de Schrdinger exatamente;

    No necessita ser parametrizado por resultados experimentais;

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    Pode descrever estrutura, propriedades, energias, etc;

    Alto custo computacional (tempo grande de clculo).

    Os mtodos semiempricos levam em conta aproximaes e parmetros experimentais

    para tornar o clculo possvel. Suas principais caractersticas so:

    Descrio aproximada de eltrons de valncia;

    So obtidos pela soluo de uma forma simplificada da equao de Schrdinger;

    Muitas integrais so aproximadas usando expresses empricas com vrios parmetros

    ajustveis.

    Baixo custo computacional.

    4. METODOLOGIA

    4.1 ChemSketch 12.0

    Este software, apesar de serfreeware, uma ferramenta completa de desenho, no s

    molecular mais de inmeras ilustraes para uma aula de qumica. Possui uma seo de

    "modelos", onde h dezenas de estruturas "prontas" de molculas e vidraria de laboratrio.

    Alm da representao no plano, que usual para representarmos a reaes qumicas, existe apossibilidade de se mostrar a molcula em trs dimenses (3D), evidenciando a repulso entre

    os tomos e a sua estrutura no espao. Alm de apenas representar a estrutura em 3D, h a

    possibilidade tambm de se definir a distncia entre as molculas, bem como o ngulo entre

    as ligaes. Existem tambm recursos de nomenclatura da IUPAC ( International Union of

    Pure and Applied Chemistry), propriedades fsicas, verificao de tautomeria, numerao de

    cadeia carbnica alm de diversos outros recursos.

    4.2 WinMOPAC 7.21

    O WinMOPAC 7.21, verso livre para o Windows, uma proposta semiemprica de

    orbitais moleculares, utilizado principalmente para o estudo de fsica do estado slido, reaes

    qumicas e para clculos de estruturas moleculares. Os mtodos utilizados por ele so:

    MNDO, AM1, PM3. Usando os resultados obtidos por estes mtodos, o WinMOPAC calcula

    o espectro vibracional, quantidades termodinmicas, efeitos de substituio isotpica e

    constantes de foras para molculas, radicais, ons e polmeros. O WinMOPAC utiliza muitosconceitos de teoria quntica e termodinmica e usa matemtica bastante avanada. O

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    WinMOPAC escrito de forma amigvel para que o usurio iniciante o utilize sem maiores

    problemas. Os dados de entrada so mantidos o mais simples possvel [11].

    4.3 Procedimento Geral para o Clculo de Estrutura Eletrnica

    Em geral, um dos procedimentos mais utilizados para determinar propriedades de

    molculas atravs de clculos semiempricos aquele descrito a seguir:

    Desenhar uma estrutura de partida (usando um programa) observando resultados

    experimentais de investigao estrutural;

    Otimizar a estrutura (determinar geometria de equilbrio) usando mecnica

    molecular para obter uma boa geometria de partida para os clculos;

    Selecionar o mtodo semiemprico (MNDO, AM1, PM3, etc) e demais parmetros

    contidos em algum programa de clculo de estrutura eletrnica (qumica quntica);

    Realizar os clculos.

    Comparar os valores das quantidades calculadas com os resultados experimentais.

    4.4 Procedimentos de clculo neste trabalho

    Fig. 3 Janela do ChemSketch mostrando o desenho da estrutura molecular do pCA comformato de arquivo de extenso .sk.

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    Primeiramente, utilizamos o programa ChemSketch 12.0 para desenhar a estrutura

    molecular do pCA (Fig. 3). Ainda com esse programa, pr-otimizamos a geometria e

    convertemos o arquivo gerado em extenso .skpara a extenso .mop que reconhecida pelo

    WinMOPAC. Para isso, gravamos o arquivo .skno formato .mop (representao matricial da

    estrutura) usando o modo 3D viewer do ChemSketch (Fig. 4). Depois que obtivemos o

    arquivo .mop, abrimos essa matriz com o WinMOPAC (Fig. 5). Usando a janela de

    configurao (Fig. 6), escolhemos quais os mtodos seriam utilizados e realizamos os clculos

    semiempricos.

    Fig. 4 Janela do ChemSketch no modo 3D viewer mostrando o desenho da estruturamolecular do pCA. A partir dessa janela gravamos o arquivo com extenso .mop.

    Fig. 5 Janela de matriz inicial do WinMOPAC mostrando a matriz que representa a estruturamolecular do pCA.

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    Fig. 6 Janela de configurao do WinMOPAC.

    Todos os clculos realizados neste trabalho foram feitos usando um computador

    pessoal Netbook Acer Ao751h, processador Atom 1.33 GHz, 2 GB de RAM e HD de 250

    GB.

    5. RESULTADOS E DISCUSSO

    A tabela a seguir mostra as quantidades fsicas calculadas usando diferentes

    configuraes de clculos semiempricos. As quantidades calculadas foram: calor final de

    formao, energia total, energia eletrnica, repulso ncleo-ncleo e potencial de ionizao. O

    tempo de clculo tambm mostrado na tabela. Vrias configuraes de clculo foram feitas,

    entretanto, os melhores resultados foram para a de MNDO com configuraes adicionais.

    Tabela Quantidades fsicas calculadas para a molcula de pCA com o mtodo MNDO com

    diferentes parmetros.

    CONFIGURAO BSICAQUANTIDADESQUANTIDADESQUANTIDADESQUANTIDADES MNDO

    EF, UHF

    MNDO

    EF, RHF

    MNDO

    NLLSQ, UHF

    MNDO

    NLLSQ, RHF

    MNDO

    BFGS, UHF

    MNDO

    BFGS, RHF

    Energia Total (eV) -2230,42 2230,38 -2230,38 -2230,26 -2230,42 -2230,28Energia Eletrnica

    (eV)-9862,11 -9885,93 -9870,95 -9886,45 -9862,26 -9885,25

    Repulso ncleo-ncleo (eV)

    7631,69 7655,64 7640,46 7656,19 7631,94 7654,97

    Potencial deIonizao (eV) 9,09 9,09 9,31 9,16 9,09 9,09

    Tempo de clculo (s) 25s 11s 63s 35s 13s 10s

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    Segundo a teoria atmica toda e qualquer molcula tem uma energia totalproveniente

    das colises moleculares que varia a cada instante (como esta energia varia depende do estado

    da matria em que se encontra a molcula), esta energia em geral se altera de uma molcula

    para outra. A teoria atmica identifica o calor dos corpos como a energia cintica mdia de

    suas molculas, onde sistemas que cedam ou recebam energia tm sua energia molecular

    diminuda ou aumentada [12]. Aenergia totalpor sua vez associada soma de duas outras

    energias: a energia eletrnicae aenergia de repulso ncleo-ncleo. A energia eletrnica

    a soma das energias cinticas associada s interaes entre todos os eltrons no tomo ou

    molcula. Ela negativa, pois resulta das foras de atrao entre eltrons e ncleos na

    molcula. A energia de repulso ncleo-ncleo a energia originada da interao entrencleos na molcula. Ela positiva, pois resulta das foras de repulso exercidas na molcula.

    O potencial de ionizao a energia mnima necessria para conseguir ejetar o eltron da

    ultima camada em um tomo ou molcula [12].

    O procedimento de investigao usando o clculo de estrutura eletrnica, em geral,

    deve incluir como etapa final, a comparao dos resultados tericos com os experimentais

    (veja a seo 4.3). Entretanto, at o momento no encontramos resultados experimentais na

    literatura para possibilitar a comparao, portanto, nossos resultados no puderam ser

    validados.

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    6. CONCLUSO

    Em concluso, estudamos mtodos semiempricos e os aplicamos ao cromforo cidop-cumrico. Atravs do programa ChemSketch, aprendemos a desenhar estruturas

    moleculares e, alm disso, iniciamos o estudo dos mtodos de clculo semiempricos de

    propriedades moleculares utilizando o software livre WinMOPAC 7.21. Os primeiros

    resultados mostram que essa molcula pode ser estudada pelo mtodo MNDO e outros

    mtodos. Como perspectiva futura, pretendemos continuar a estudar os mtodos de clculo de

    estrutura eletrnica e aplic-los ao estudo de outras molculas fotoisomerizveis isoladas e/ou

    em filmes nanoestruturados.

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    REFERNCIAS

    [1] Meyer, 1985,Biochim Biophys 175-183 Ata 806;

    [2] Meyer et al., 1987,Biochemistry26,418-432;

    [3] Alessandro Sergi, Myrta Gruning, Mauro Ferrario,Francesco Buda, Density FunctionalStudy of the Photoactive Yellow Proteins Chromophore, J. Phys. Chem. B 2001, 105, 4386

    4391;

    [4] G. Groenhof, M. F. Lensink, H. J. C. Berendsen, J. G. Snijders, A. E. Mark, PROTEINS:

    Structure, Function, and Genetics, 48, 202-211(2002);

    [5] Carlos Alberto de Albuquerque, Modelagem Molecular Aplicada ao Desenvolvimento deSistemas Nanoscpicos Bioativos, Universidade Federal de Itajub, Itajub-MG, 2008;

    [6] Sheila Cristina dos Santos Costa,Mtodos Tericos na Investigao da EstruturaEletrnica do Resveratrol e Derivados, Universidade Federal do Par, Belm PA, 2004;

    [7] P. W. Atkins, R. S. Friedman,Molecular Quantum Mechanics, 3 Edition, 1996;

    [8] Eduardo Fischli Laschuk, Novo Formalismo Semi-Emprico para Clculos Qumico-

    Qunticos,UFRGS,Porto Alegre, 2005;

    [9] Luz Alccer,Introduo Qumica Quntica Computacional, 1 edio, 2007;

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