Estudios sobre Religión Newsletter 17
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Estudios sobre Religión Newsletter de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el Mercosur
No. 17 Junio de 2004
La intención de este newsletter es mejorar la comunicación entre los estudiosos de la
religión en el Cono Sur, así como entre ellos y sus pares de otras regiones, acercando noticias
sobre publicaciones recientes, congresos y cualquier otra información que sirva para fortalecer
y dinamizar el campo de los estudios sobre el tema.
Quienes desean colaborar pueden enviar sus comentarios, noticias de eventos o
publicaciones que consideren interesantes. Sugerimos que todos los socios manden un listado
de los artículos o libros que hayan publicado últimamente.
También se puede contribuir con reflexiones sobre temas que consideren deben ser
debatidos. Para incluir varias contribuciones por número, los artículos deberían tener, como
máximo, alrededor de 10.000 caracteres - aunque pueden tener menos. Los temas deberían ser
de interés para la mayor cantidad de miembros posible, o que les parezcan de relevancia como
para que los miembros de la Asociación los conozcan o debatan. Se pueden enviar reflexiones
teóricas; noticias de sucesos relacionados con grupos religiosos presentes en varios países en el
Cono Sur o ideas en general que quieran compartir con sus colegas. Sugerimos que no envíen
etnografías de temas muy locales –a menos que su análisis revele aspectos relevantes del
fenómeno religioso en general. También pueden hacer llegar comentarios de libros (de uno o
reunir varios en una reseña) que les parezcan particularmente importantes.
Forum
Repensando la “religiosidad popular”
El concepto de “religiosidad popular” es, probablemente, uno de los más utilizados y
peor definidos en el estudio de la religión desde las ciencias sociales. En este caso no se trata
sólo de una ausencia de consenso respecto de múltiples definiciones posibles, sino que -con
algunas excepciones- es notable la falta, en los últimos años, de debates y nuevos intentos de
conceptualización del término -a pesar de los numerosos estudios de caso que se continúan
publicando.
A través de sucesivos artículos en los últimos números del newsletter, Eloísa Martín,
Tania Freitas y Renata Menezes han realizado aportes significativos al tema, reseñando
críticamente la bibliografía argentina sobre religiosidad popular; analizando el rol de las
muertes violentas y del sufrimiento intenso en las devociones populares a bandidos en el
nordeste brasileño o examinando las relaciones de complementaridad y antagonismo que,
alternativamente, se establecen entre prácticas religiosas oficiales y no oficiales en un
santuario popular brasilero.
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En este número, Raymundo Heraldo Maues, realiza una nueva contribución sobre un
tema que lo ocupa desde hace muchos años: las relaciones entre la jerarquía religiosa y los
laicos en el catolicismo
Catolicismo popular e controle eclesiástico:
reflexões a partir de estudo numa área da Amazônia
Raymundo Heraldo Maués (Departamento de Antropologia, Universidade Federal do Pará)
Tentando contribuir para o debate sobre religiosidade popular de que têm participado Eloísa
Martín, Tânia Freitas e Renata de Castro Menezes (cf. Martin, 2003; . Freitas, 2003 e Menezes,
2003), apresento a seguir algumas idéias que tenho discutido em meus trabalhos anteriores, frutos
de pesquisa sobre catolicismo popular que desenvolvi principalmente em área de colonização
mais antiga da Amazônia (a região do Salgado), anteriormente habitada pelos índios Tubinambás
e ocupada pelos portugueses desde a primeira metade do século XVII. Nela se pratica uma forma
de catolicismo popular que é influenciado também por antigas crenças e práticas indígenas, que
resultaram na atual pajelança cabocla (a qual não se confunde com a pajelança indígena ainda
hoje praticada em toda a Amazônia). Lembro, porém, que o tema da pajelança cabocla não será
tratado de forma explícita neste pequeno artigo 1.
Em primeiro lugar, desejo definir bem claramente o sentido em que utilizo a expressão
“catolicismo popular”. Ela é empregada para fazer a distinção dessa forma de catolicismo
daquela que às vezes se chama de “oficial”, isto é, a que é professada pela igreja hierárquica, que
a procura incutir no conjunto da população. Trata-se, de certo modo, da mesma distinção que se
costuma fazer entre medicina popular e oficial, música popular e erudita etc. Não se trata de um
“catolicismo das classes populares”, pois o conjunto da população católica (os leigos, em
oposição aos sacerdotes), independentemente de sua condição de classe, professa alguma forma
de catolicismo popular, que em parte é professada mesmo pelos clérigos, assim como os leigos
também partilham do catolicismo oficial.
Entendo, pois, por catolicismo popular, aquele conjunto de crenças e práticas socialmente
reconhecidas como católicas, de que partilham sobretudo os não especialistas do sagrado.
Embora se possa admitir, numa abordagem weberiana, que os interesses religiosos das classes
são distintos, e mesmo, numa aproximação marxista, de caráter contraditório, não se pode negar
que, em conjunto, os leigos, não produtores de uma sistematização do saber religioso, não
tendem também a um monopólio das instâncias do sagrado, esperando, de sacerdotes e profetas –
e também de magos ou feiticeiros –, a satisfação de seus interesses religiosos e mágicos (embora
diferenciados, em certas situações). Mas os leigos não permanecem passivos diante desses
especialistas e agem, muitas vezes em conjunto (anulando-se provisoriamente as diferenças de
classe), quando seus interesses comuns são contrariados, ou, como também ocorre, quando são
contrariados os interesses de alguma classe, que age isoladamente e, às vezes, consegue mesmo
levar com ela outras classes, em suas manifestações de protesto e contestação.
1 Versão inicial deste trabalho se encontra em Comunicações do ISER 6 (26): 38-49, 1987. Uma
versão diferente de algumas de algumas destas ideias está publicada em meu livro Uma Outra
“Invenção” da Amazônia: religiões, histórias, identidades, Belém: CEJUP, 1999, p. 171-191.
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Pretendo apresentar a seguir alguns aspectos da discussão do problema do controle
eclesiástico sobre a religião popular e as festas de santos, partindo de três exemplos diferentes,
que não se limitam à área em estudo, para poder chegar à análise, concluindo com algumas
considerações sobre a oposição sacerdote versus leigo (ou agente do catolicismo popular) e a
relação entre Igreja, Estado e classes sociais.
1 – Três exemplos ilustrativos
O primeiro, retirado da obra de Pierre Sanchis (1983: 65-77), é distante no tempo e no
espaço, mas bastante próximo do ponto de vista ideológico e cultural. Trata-se da implantação
do catolicismo “ortodoxo” (romano) na parte da Península Ibérica correspondente a Portugal,
durante o século VI, realizada pelo bispo de um mosteiro rural (mais tarde metropolita de
Braga), São Martinho de Dume. Em sua ação controladora, com apoio do rei dos suevos, esse
bispo incorporou, ao catolicismo, de uma forma bastante característica, crenças e práticas
locais (priscilianismo e elementos de paganismo), embora efetivamente lutando contra elas.
Tudo aquilo que não conflitava diretamente com o catolicismo romano foi incorporado com
sinal positivo. Mas o restante foi também “incorporado”, embora com sinal negativo (isto é,
relegado à condição de crenças e práticas demoníacas e de feitiçaria, que deviam ser tenazmente
combatidas). O catolicismo, religião sincrética, consolidou-se na área da Península que mais
tarde seria o território português, através dessa ação controladora da Igreja e do Estado.
Entretanto, o povo não permaneceu passivo diante da ação da Igreja: integrar as suas práticas,
colocando umas do lado da ortodoxia e outras do lado do erro e do diabo, foi algo que a cultura
popular interpretou (e reinterpretou) a seu modo. O demônio de São Martinho não era o mesmo
diabo do povo; este era um ser ambíguo, ao mesmo tempo mal e benfazejo, figura dos antigos
deuses que tinham sido como que “lançados no inferno” pelo santo bispo. Daí, duas
conseqüências: do ponto de vista da hierarquia, estava instaurado o mecanismo que levaria à
inquisição e à caça às pessoas acusadas de feitiçaria (cujos efeitos se estenderam ao Brasil, no
período colonial); do ponto de vista do povo, fazia-se presente a ambigüidade nas práticas e
concepções religiosas, onde o caráter de divertimento e devoção na festa de santo e a figura do
santo “vingativo” e “perigoso”, mas ao mesmo tempo muito querido e “milagroso”, são apenas
dois aspectos a assinalar.
O segundo exemplo diz respeito ao Círio e à Festa de N. S. de Nazaré, em Belém, capital
do estado do Pará (Brasil). Essa devoção foi transplantada de Portugal, no século XVII,
iniciando-se em Vigia (região do Salgado) e daí provavelmente passando para Belém. Em
Portugal, segundo a tradição, a origem da devoção está ligada ao surgimento da Nação
Portuguesa, desenvolvendo-se, a partir do final do século XII, com a ocorrência do primeiro
“milagre autêntico” atribuído à sua imagem. O próprio Estado Português nascente, na figura do
primeiro soberano da dinastia de Borgonha, empenhou-se no crescimento da devoção, como
forma de afirmação da nacionalidade que se constituía na luta contra o “herege” muçulmano (cf.
Boga, 1948: 19-28 e Vianna, 1904: 228-229; cf. também Penteado, 1991 e Coelho, 1998). Em
Belém, “achada” a imagem de N. S. de Nazaré, pelo caboclo paraense Plácido, na passagem do
século XVII, tornou-se esse homem um “dono de santo”, como muitos outros, cuja imagem
começou rapidamente a se tornar objeto de veneração da população das redondezas, atraindo
logo muitos romeiros. Pouco depois de ter tomado posse em sua diocese, o primeiro bispo do
Grão-Pará, na década de 20 do século XVIII, visitou a ermida da santa e incentivou a devoção
iniciada por Plácido. Era o início do controle eclesiástico, que se acentuou em 1773, quando um
outro bispo oficializou a devoção, colocando Belém sob a proteção de N. S. de Nazaré,
solicitando mais tarde permissão à rainha e ao papa para a realização de uma festa pública em sua
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homenagem (cf. Almeida Pinto, 1906: 39 e 89; e Rocque, 1981: 32-35). Vigorando nessa época o
regime do padroado, era necessário o concurso do Estado. Igreja hierárquica e Estado, unidos,
exerceram seu controle sobre a devoção popular e, por ocasião da realização do primeiro Círio
(1793), esse controle se tornou mais evidente, especialmente na ordem dada pelo governador aos
diretores das vilas e povoações do interior para que não permitissem às índias comparecerem
desacompanhadas de seus irmãos ou maridos à festa religiosa (Vianna 1904: 235).
Ao longo de sua história, o Círio de Nazaré, em Belém, tem sido objeto de muitas
polêmicas e interferências das autoridades, laicas e eclesiásticas, todas elas de algum modo
relacionadas com o que Isidoro Alves (1980) chamou de “ideologia do controle”. Todavia, se,
de um lado, sempre existiu a preocupação, de parte das autoridades, de controlar as
manifestações populares vistas como “excessos” ou “abusos”, de outro, em certas ocasiões,
houve atritos entre os próprios poderes laico e clerical em torno da romaria. Essa ideologia do
controle surgiu também em algumas manifestações de intelectuais que, no início do século
XX, verberaram contra certos aspectos da procissão que consideravam atentatórios aos bons
costumes e, mesmo, “ofensa” e “vergonha” à nossa condição de “povo civilizado”. Dois
incidentes mais importantes ocorreram no final do XIX e início do XX, envolvendo como
protagonistas os bispos D. Antônio de Macedo Costa e D. Irineu Joffily. O primeiro, em 1877,
alegando pretensas “representações indecorosas” ocorridas no arraial de Nazaré, suspendeu a
realização de cerimônias religiosas na Festa. O segundo, em 1926, alegando normas emanadas
da Sagrada Congregação dos Ritos, no Vaticano, introduziu uma série de mudanças na procissão.
Em ambos os casos, houve violentos protestos da parte da população, tendo as questões sido
resolvidas pela mediação das autoridades laicas (cf. Rocque, 1981: 85-121).
Um terceiro e último exemplo é retirado de minha pesquisa de campo na região do Salgado
(anos de 1970 e 1980), envolvendo a experiência de párocos de duas cidades diferentes - Vigia e
Curuçá -, onde se pratica a devoção a dois santos populares de grande prestígio e devoção: N. S.
de Nazaré e São Benedito “achado”. Em ambos os casos temos experiências de conflito,
chegando, algumas vezes, os sacerdotes, a serem seriamente ameaçados de perder a vida por
causa de divergências no tocante à condução das práticas de culto referentes a essas entidades
sobrenaturais. Em outros casos, porém, a convivência da população com seus párocos foi não
somente pacífica, mas pautada por relação de estima recíproca, a ponto de esses sacerdotes,
passados vários anos de seu paroquiato, serem lembrados ainda hoje com admiração. Claro que o
fato tem muito a ver com a maior ou menor habilidade dos mesmos em lidar com a população,
mas também com o maior ou menor engajamento desses padres no catolicismo popular dessas
localidades. O fato se relaciona, também, com a maior ou menor disposição desses ministros em
implementar, com rigor, as normas das autoridades eclesiásticas. Assim, a maior tolerância para
com as chamadas “folias” de santo, os bailes durante as festas religiosas populares, as chamadas
“esmolações” com imagens de santos etc. contribuiu para um maior prestígio dos párocos de
cidades do interior. Muitas dessas experiências se deram antes do Concílio Vaticano II e, nesses
casos, a tendência de sacerdotes estrangeiros (europeus e americanos) era a de serem menos
tolerantes, gerando, com isso, maior conflito com a população. Mesmo numa fase pós-conciliar e
levando em conta a presença de padre influenciado pela chamada “Igreja Popular”, o conflito se
instalou na paróquia de Curuçá, quando o sacerdote propôs mudar a data da festa religiosa
(conflito incentivado por comerciantes e políticos do município, que se opunham à atitude
politicamente mais avançada do novo pároco).
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2 - Análise: Igreja, Estado, povo e poder
Duas questões precisam ser consideradas, de início: o controle interno da instituição
eclesiástica e o controle dos leigos. Ao contrário do protestantismo – que tende ao sacerdócio
universal e por isso à fragmentação em numerosas igrejas e seitas –, o catolicismo é uma religião
que tende, por seu lado, a conviver com as diferenças e assimilá-las, até certo ponto, num todo
sincrético (Fernandes, 1982: 105-112). O primeiro exemplo acima – o de Portugal – nos mostra
um aspecto dessa questão, no esforço promovido por São Martinho de Dume para condenar o
priscilianismo e, ao mesmo tempo, trazer ao rebanho os clérigos “desviados”. Outro exemplo se
poderia buscar, também na Idade Média, no movimento franciscano, pois é sabido como São
Francisco de Assis esteve a ponto de ser condenado como herético: o reconhecimento papal de
sua ordem ganhou para a Igreja um importante movimento purificador, o que não impediu que
movimentos inspirados no seu ensinamento acabassem por ser condenados pela hierarquia. Mais
recentemente, o debate sobre a teologia da libertação, que a hierarquia acatou, impondo-lhe,
porém, certos limites rígidos, é outro exemplo do mesmo tipo. O mesmo se pode dizer, hoje, da
Renovação Carismática Católica, que tem, no entanto, se expandido com uma grande força,
embora seja encarada com desconfiança pelos setores mais conservadores e fundamentalistas,
além de enfrentar as críticas dos grupos mais à esquerda, da chamada Igreja Popular. Trata-se,
pois, não propriamente de duas questões, mas de uma só, com um caráter dúplice, que, pela sua
importância, não pode ser omitido, pois envolve a oposição entre sacerdotes e sacerdotes (ou
profetas) e também a oposição a que mais me atenho neste artigo: entre sacerdotes e leigos.
Esta é uma questão de poder e, para compreendê-la, não se pode esquecer, pelo menos, a
história mais recente da Igreja Católica. No plano universal, desde o final do século XIX, com a
perda dos Estados Pontifícios, a Igreja travou uma acirrada batalha contra a secularização e o
liberalismo, que já a vinham ameaçando há muitos anos, desde as suas formas precoces de
iluminismo do século XVIII. No Brasil, travou-se a luta contra o padroado, nos últimos anos do
Império, que contribuiu para a proclamação da República, mas representou também o
ultramontanismo de um clero formado no exterior, como bem o exemplificam os próceres da
chamada “questão religiosa”, os bispos de Olinda e Recife, D. Vital Maria Gonçalves de
Oliveira, e de Belém, D. Antônio de Macedo Costa. Neste momento se exacerbou o conflito entre
a Igreja e o Estado, mas o pretexto eram as irmandades religiosas, dominadas por maçons (e
liberais). É nesse contexto que se deve situar o conflito ocorrido em Belém, nos anos 1877-1879,
quando D. Macedo Costa proibiu a realização da festa religiosa do Círio, o que resultou nos
chamados “Círios Civis”, já que a irmandade de N. S. de Nazaré era dominada por maçons. Aqui
temos um conflito em que o Estado se opõe à Igreja, colocando-se ao lado de pelo menos alguns
setores da população, especialmente da classe dominante, que controla a festa religiosa e a utiliza
como elemento de manipulação e controle das classes populares. Mas na questão de 1926,
quando a República já tinha sido proclamada há 36 anos e se assentara mais a “poeira” levantada
pela separação entre a Igreja e o Estado, este acaba por intervir em favor das disposições
arquiepiscopais, colocando a polícia nas ruas, para conter, até de forma violenta, a população
revoltada contra as determinações de D. Irineu Joffily. Não obstante, com a mudança política
ocorrida em 1930 (a Revolução liderada por Getúlio Vargas, em plano nacional) e com a atitude
populista do governador paraense Magalhães Barata, o Estado acaba por assumir a causa popular,
servindo de mediador para resolver o conflito entre clero e laicato.
A Igreja, portanto, em certas ocasiões, alia-se ao Estado para controlar o catolicismo popular;
em outras, a ele se opõe ou enfrenta sua oposição; e, ainda em outras – ou nas mesmas situações
–, conta com o apoio e a aliança das classes dominantes, ou para se contrapor ao Estado ou
(mesmo quando a ele se contrapõe) para reprimir as manifestações religiosas indesejadas das
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classes populares. Faltaria examinar as situações em que a mesma Igreja – e elas certamente
existem, e podem ser exemplificadas - une-se ao conjunto da população para se contrapor ao
Estado e, mesmo, une-se também às classes populares, para se opor às classes dominantes2.
A ação controladora da Igreja não se pode fazer, porém, sem conflitos, pois o povo (leigos
em geral) não se deixa facilmente dobrar. Alguns sacerdotes, como instrumentos da hierarquia,
por estarem mais identificados com o povo, e por questões de temperamento e personalidade,
acabam por exercer um controle muito frouxo. No extremo oposto, temos o exemplo de
sacerdotes que, por sua ação violenta e inábil, terminam provocando conflitos de difícil solução.
Melhor serviço prestam à instituição (segundo a lógica do poder da Igreja) sacerdotes que,
identificados com o povo, sabem porém agir com energia e habilidade – não importa o quanto
estejam “divididos” em suas lealdades – para impor os ditames disciplinadores da hierarquia.
Mesmo, porém, que essa ação controladora se exerça com êxito, a capacidade popular de
inventar, interpretar, reinterpretar, selecionar o que deve ou não deve adotar dos ditames da Igreja
oficial, é um constante desafio, e foi visto acima como desde o século VI ela se exerce no
catolicismo popular da Península Ibérica e certamente continua hoje se exercendo no catolicismo
popular brasileiro.
No caso do Salgado, um dos resultados dessa ação da Igreja oficial tem sido o quase
desaparecimento, ou o enfraquecimento notável, de certas formas populares de manifestação
religiosa, como as folias, as “tirações” de Reis, as irmandades de santos e mesmo, em algumas
áreas, o carimbó associado à festa do Santo. É verdade que outros fatores devem ser considerados
e, entre eles, uma espécie de massificação imposta pelos meios de comunicação, a proliferação
de “aparelhagens sonoras” para tocar nas festas religiosas e nos bailes, e uma certa “vergonha”
pelo que é tradicional e visto como “atrasado”, em oposição ao “progresso” da cidade grande.
Mas novas formas são inventadas, os “apelos” substituem as esmolações proibidas, os bailes são
dançados “sem” o conhecimento do vigário, as folias ganham nova roupagem e às vezes
recrudescem, o carimbó reaparece em certas festas (e não apenas como simples manifestação
“folclórica”).
Isidoro Alves, em seu estudo sobre o Círio de Nazaré, em Belém, inspirado em Victor
Turner, opõe aquilo que chama de “ideologia do controle” a uma “ideologia da communitas”,
identificando a primeira com a diretoria da festividade, “a quem cabe tomar as medidas que
compatibilizem os objetivos da empresa de bens de salvação, a Igreja Católica, com as aspirações
que emergem no contexto ritual”. E prossegue, mais adiante: “O que chamamos de ideologia da
communitas corresponde às disposições coletivas no sentido de mobilização de um conjunto de
símbolos que permitam, momentaneamente, aos diferentes grupos, ideais comunitários,
concepções, atos e gestos informais, e atitudes que não aspiram à sacralização. Ela emerge então
como disposição coletiva em resposta a uma demanda estrutural representada pela ordem e
controle da festa” (Alves, 1980: 102-103). Essa análise, embora limitada a um ritual específico –
mas um ritual que é paradigmático para a sociedade brasileira como um todo -, indica pistas
muito importantes para a compreensão do problema mais vasto, sugerindo o que de fato ocorre,
isto é, a resistência sempre presente da parte do povo (o conjunto dos leigos) ao controle
eclesiástico, que se faz por fluxos e refluxos, com momentos de maior ou menor intensidade, de
avanços e recuos, de ocasiões em que o controle avança até quase atingir o limite da anulação das
2 O caso da prisão e condenação dos padres franceses Aristides Camio e Francisco Gouriou, ocorrido
em 1981-82, que teve repercussões sobre o Círio de Nazaré em Belém e grandes repercussões na
política paraense – e mesmo nacional – em razão das eleições de 1982, é um bom exemplo, entre
outros. Sobre o assunto, cf. Maués (1982 a, 1982 b)
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iniciativas populares, seguidas de momentos em que o povo avança até quase retomar o domínio
completo da devoção.
3 - Considerações finais
De acordo com Bourdieu, “as diferentes formações sociais podem ser distribuídas em função
do grau de desenvolvimento e de diferenciação de seu aparelho religioso (...) segundo sua
distância em relação a dois pólos extremos, o auto-consumo religioso, de um lado, e a
monopolização completa da produção religiosa por especialistas, de outro lado” (grifos no
original). Para esse autor, “a constituição de um campo religioso autônomo é acompanhada de
moralização das práticas e das representações religiosas”, que implica também num processo de
desapropriação ou destituição – por parte dos especialistas deste campo – daqueles que são
privados de seu “capital religioso”, e, por essa razão, se tornam leigos, ou “profanos”, enquanto
os especialistas – ou sacerdotes – tendem a monopolizar os “bens simbólicos”, que, acumulados,
constituem esse “capital” (1974: 36-40). Mantendo cautela em relação a essa metáfora em grande
parte econômica, creio podermos considerar que o sacerdote, no limite (mesmo que pessoalmente
não esteja consciente disso), tende a uma “monopolização completa da produção religiosa”,
embora isto de fato não chegue a se concretizar em nenhuma sociedade humana, o que significa,
por exemplo, que, no plano de análise em que estou me colocando (o do catolicismo popular), o
chamado “profano” deve ser de todo abolido, assim como são excluídos e anulados os esforços
dos leigos ou “profanos”, que só são admitidos como auxiliares subalternos da realização do
empreendimento especificamente “religioso”, isto é, do “litúrgico”, “doutrinário” ou “sagrado”.
Por outro lado, do ponto de vista do leigo (o praticante do catolicismo popular), aparece a
tendência oposta, ao “auto-consumo religioso”, surgindo o sacerdote como um elemento auxiliar
de suas práticas – importante, não há dúvida – e sempre solicitado, mas não indispensável, já que
a festa do santo pode ser feita sem ele. O que não pode deixar de existir é, obviamente, o santo.
Por outro lado, nessa festa, assim como o leigo não se deixa excluir de pelo menos uma parcela
de domínio do “capital religioso”, não podendo, pois, aceitar ser relegado à condição de
“profano”, também ele não vê, com a mesma nitidez do sacerdote, a distinção entre o sagrado e o
profano, pois todos os elementos da festividade, mesmo a música e a dança, os foguetes, o jogo
de futebol, a comida e a bebida, o leilão, a diversão do arraial, são como que “sacralizados”, por
pertencerem também à festa do santo.
Num plano mais geral, a oposição entre sacerdote e leigo católico não pode estar desligada de
uma análise institucional e, também, da consideração, de caráter mais estrutural, das classes
sociais que compõem a sociedade. Isto significa, como foi visto acima, que a Igreja Católica tem
que se defrontar, de um lado, com o Estado, e, de outro, com classes dominantes e subalternos,
com as quais este mesmo Estado também se defronta. A rigidez de uma análise que não
considerasse, porém, a autonomia relativa do campo religioso e da Igreja, e também a autonomia
relativa do Estado – quer consideremos uma instituição frente à outra, quer cada uma delas de
per si, diante das classes sociais –, estaria fadada ao insucesso.
Por outro lado, a própria distinção, feita no início, entre catolicismo popular e oficial, precisa
ser relativizada. Existe, sim, uma tensão entre essas duas instâncias, mas, também, uma espécie
de complementaridade contraditória entre elas. Como já tentei demonstrar, em outro lugar, a
tensão existente entre catolicismo popular e oficial pode ser constitutiva do próprio catolicismo.
O catolicismo vive, efetivamente, dessa tensão. Não poderia existir sem ela. Deixaria de existir se
não existisse a oposição entre sacerdotes e sacerdotes e entre sacerdotes e leigos. Só que a lógica
do sacerdote não é, certamente, a despeito de algumas inconsistências, a mesma do leigo. A
lógica do sacerdote é a lógica do sacramento, enquanto a lógica do leigo (no catolicismo popular)
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é a lógica do santo. Mas o santo é, também, o “sacramento” do leigo. Creio que assim é possível
concluir esta análise, onde procurei mostrar que o catolicismo – pelo menos o amazônico, na área
onde pude investigá-lo – não se constitui apenas de controle hierárquico, de tensão e conflito,
mas também de complementaridade. E, nesse sentido, acabam, de fato, por se tornar muito
relativas as distinções, tão difundidas, entre um catolicismo erudito, oficial ou hierárquico e um
catolicismo rústico, popular ou “de toda a gente”.
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Reseña de Silas Guerreiro (PUC-SP)
Apesar de todas as previsões anteriores, otimistas para uns e pessimistas para outros, os
deuses persistem. Mais que uma simples persistência, incômoda, eles ousam mostrar
despudoradamente seus rostos. Independente do acesso à racionalidade científica e das
benesses tecnológicas, as pessoas continuam lançando mão de crenças em deuses e forças
espirituais. Há de se ver que, como tudo mais, não são necessariamente os mesmos deuses,
mas uma coisa é certa, nunca as previsões da ciência estiveram tão equivocadas. Os deuses
não morreram, pelo contrário, multiplicaram-se e tornaram-se mais visíveis.
Decifrar esse enigma é o que procuram fazer vários estudiosos que se preocupam com as
questões humanas. Eduardo Rodrigues da Cruz nos traz uma bela visão de como podemos
pensar a persistência dos deuses entre nós. Lançado pela editora Unesp e fazendo parte da
Coleção Paradidáticos, o livro A persistência dos deuses rompe barreiras ideológicas e
apresenta o universo religioso em suas múltiplas faces, sem deixar de lado nenhum dos
argumentos, prós ou contras, levantados por aqueles que se debruçaram na fascinante busca de
resposta à inquietante questão: por que os homens fazem religião?
A Coleção Paradidáticos procura levar a um público mais amplo as atuais discussões no
campo da ciência e da cultura. O livro de Eduardo Cruz trata não apenas dos fundamentos do
pensamento científico sobre religião, como apresenta o estado da arte dos atuais estudos,
principalmente os que constituem a ciência da religião, ou como ficou mais conhecida entre
nós, ciências da religião. Ao final da obra nos oferece um rico glossário com os principais
temas e conceitos, explicados de maneira clara e concisa, além de uma rica bibliografia
comentada que permite ao leitor um aprofundamento teórico no que há de mais atual acerca
desses estudos. Para completar, traz ainda sugestões para reflexão e debate que podem ser
utilizadas por educadores em salas de aula ou outros espaços de debate.
O livro parte da constatação da presença da pluralidade e vitalidade religiosas na
sociedade brasileira, mas procura investigar a dinâmica do religioso que torna possível a
persistência das manifestações religiosas. O autor levanta quatro questões norteadoras para a
compreensão da religião: indagações sobre sua origem, sobre sua função, sobre o sentido e
sobre a noção de verdade nela inserida. Essas quatro dimensões acompanham o leitor nos
diferentes eixos de análise das principais correntes de pensamento apresentadas. Da maneira
como cada uma delas responde a essas questões podemos inferir os pressupostos de seu
pensamento sobre o fenômeno religioso.
Torna-se cada vez mais importante falar de religião nos dias atuais. Evitando a máxima de
que religião não se discute pois é de foro íntimo, discuti-la é, no mínimo, semear cidadania e
impedir que visões dogmáticas possam levar a fundamentalismos e intolerâncias. As religiões
ganham publicidade e estão hoje cada vez mais visíveis, com múltiplos usos e amplo destaque
nos meios de comunicação. Além do mais, deixou de ser uma questão de herança,
pertencimento e identificação étnica para se tornar escolha livre, pessoal e privada. Com esses
Junio 2004 Estudios sobre religión 17: 10
novos contornos muita confusão se armou, inclusive no que tange suas relações com o
conhecimento científico. É preciso que conheçamos as regras do jogo da religião.
Ao apresentar esse jogo, o livro nos remete a dois registros. De um lado, a religião pode
ser vista como um fato cultural, como um sistema de símbolos. Por outro, ela é um fato
natural, como um componente humano universal, aberto a adaptações em vários contextos.
Nesse sentido encontramos uma das maiores contribuições dessa obra. Ao apresentar a
religião em suas múltiplas faces, o autor não poderia ter deixado de lado, como faz a maioria
dos estudos existentes, esse componente tão fundamental. O faz, porém, sem cair nos
reducionismos muitas vezes comuns que análises desse tipo incorrem.
Após uma breve análise do campo religioso brasileiro, através dos dados do censo
populacional de 2000, o livro destaca as duas tendências existentes nas religiões do Ocidente:
a secularização e a formação da assim denominada “religião civil”. Trata-se de uma maneira
moderna de vivenciar as tradições religiosas, apontando os rumos da persistência dos deuses.
No segundo capítulo, o autor analisa as contribuições dos autores que trataram a religião como
projeção, tanto em seus aspectos positivos como negativos. Assim, o leitor é apresentado às
teorias de Hume e Feuerbach. Logo após, discorre sobre as principais características do que
chamamos por religião, seja a idéia de deuses ou seres sobrenaturais, sejam as questões
envolventes da magia, misticismo, rituais, mitos, sacrifícios e ética. A religião, portanto, é
vista como uma projeção e reflexo das dimensões mais íntimas do ser humano, como seus
desejos, angústias, criatividade etc.
No capítulo seguinte, o livro denuncia as fantasias evolucionistas do século dezenove, que
se atualmente banidas dos discursos científicos, permanecem tão presentes no senso comum.
A idéia de progresso então reinante fazia crer que as diferentes formas religiosas, mágicas ou
não, deveriam caminhar evolutivamente em direção da maneira tida como mais correta e
civilizada, ou seja, o cristianismo.
Ainda do mesmo século, outras formas de se compreender a religião são apresentadas.
Trata-se daquelas que lançam suspeitas ao caráter dissimulador da realidade que a religião
comporta. Suspeita-se, portanto, da própria validade da religião como elemento formador
humano. As contribuições dos grandes mestres Nietzsche, Marx e Freud para a compreensão
do homem religioso e as perspectivas para uma humanidade isenta de crenças são discutidas
com o devido rigor. O quinto capítulo trabalha a perspectiva das ciências humanas que mais se
debruçaram sobre a religião, tendo por foco a constituição da ciência da religião ocorrida no
século vinte e a relativização empreendida pela antropologia. Ao invés da busca de uma visão
normativa e progressivista da religião, destacou-se a inserção desta nas múltiplas culturas. Ao
mesmo tempo em que esse movimento possibilitou um acréscimo do espírito de tolerância,
estabeleceu a distância e o não envolvimento dos estudiosos com seus objetos de pesquisa.
Apesar de inúmeros avanços, tal postura significou, principalmente no campo da antropologia,
a dimensão das verdades religiosas como componente exclusivo da subjetividade do
indivíduo.
Por fim, o livro trata das promessas trazidas pelos desdobramentos da perspectiva
darwiniana aos estudos de religião. Longe de significarem as justificativas da superioridade de
raça ou de sociedade empreendidas no passado, tais estudos ganham voz em inúmeras
disciplinas. Ora, se a religião é universal e ainda persiste, é porque algo de profundo na
natureza humana ela representa. A tese central, partindo do ponto de vista evolucionista, é de
que a constituição de crenças religiosas, independente de qualquer redução do significado de
religião que possamos empreender, foi algo que significou um ganho evolutivo para a espécie
humana.
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Como visto, o livro é bastante abrangente e, tratando-se uma obra de qualidade, não deixa
de ser polêmico. Dos múltiplos olhares das ciências humanas às novidades trazidas pelas
ciências naturais, a questão da religião é tratada de maneira especial, indo muito além da
perspectiva de compreensão do fenômeno através das práticas e manifestações promovidas
pelas e através das instituições religiosas. Em tempos de privatização e interiorização
subjetiva da religião, quando as instituições promotoras de sentido perdem espaço, a
compreensão sobre persistência dos deuses deve ser buscada alhures. É isso que Eduardo
Rodrigues da Cruz nos oferece.
Bibliografía reciente sobre religión
Libros
Igreja Universal do Reino de Deus: Os novos conquistadores da fé. Ari Pedro Oro,
André Corten y Jean-Pierre Dozon, orgs. São Paulo: Paulinas. 2003
El libro presenta una completa serie de ensayos sobre la IURD, una de las iglesias que más
fronteras trasciende y que más crece actualmente. Renombrados especialistas del tema en
Brasil brindan un variado espectro de ensayos sobre las razones de su suceso en Brasil, el país
de origen (Ari Oro, María das Dores Campos Machado, Ricardo Mariano, Alexandre
Fonseca, Ronaldo de Almeida), mientras que otros especialistas dedican su atención al
desarrollo de esta iglesia en distintas partes del mundo. Pablo Semán, Angelina Pollak-Eltz y
Marie-Christine Doran examinan su crecimiento en Argentina, Venezuela y México; Jean
Pierre Dozon, Yvan Droz Teresa Cruz e Silva y Andre Corten lo hacen para distintos países de
Africa y Virginia Garrard-Burnett, Clara Mafra, Ray Miller-Allan Anderson y Marion Aubree
se encargan del fenómeno en Estados Unidos, Portugal, Inglaterra y Francia, mientras que
Paul Freston brinda una síntesis de su desarrollo en Asia.
María entre os vivos: Reflexões teológicas e etnografías sobre aparições marianas no
Brasil. Carlos A. Steil, Cecilia L. Mariz y Misia L. Reesink, orgs. Porto Alegre: Editora
UFRGS. 2003.
O livro propõe-se a interpretar um evento de grande recorrência no cenário religioso brasileiro
contemporâneo: as aparições marianas. A primeira parte do livro nos oferece algumas
categorias e conceitos para a leitura social das aparições na contemporaneidade e as conecta
com uma das discussões mais atuais das ciências sociais: a questão de género. E, desde uma
perspetiva histórica, enfoca a relação das aparições com a tradição popular do catolicismo
brasileiro (Carlos Steil, Marjo de Theije, Roberta C. Campos, Severino V. Da Silva) . A
segunda parte apresenta um conjunto de cinco etnografías sobre eventos de aparições que vêm
ocorrendo no Brasil desde 1985 nos estados da Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio
Grande do Sul (Mísia Reesink, Tánia Campos de Almeida, Carlos Steil e Daniel Alves,
Marcelo Camurça e Leila Barreto e Cecilia Mariz).
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Religião e cultura popular. Víctor Vicent Valla, org. Rio de Janeiro: DP&A Editora. 2001.
Pensado incialmente para profesores de escuelas primarias y secundarias, este libro reune una
serie de ensayos que intentan aproximarse al estudio de la religión, principalmente en ámbitos
populares. Carlos Steil escribe sobre catolicismo y cultura: Regina Novaes sobre
pentecostalismo, política y medios: María das Dores Campos Machado sobre mujeres
pentecostales; Pessoa de Barros sobre religiones afrobrasileras y Víctor Valla sobre religión y
salud.
Ritos e rituais contemporâneos. Martine Segalen Río de Janeiro: FGV Editora. 2002.
En este libro, la autora -profesora de la Universidad de París X-Nanterre- muestra la fuerza de
los rituales contemporáneos tanto en la vida pública como en la privada. Para ello reseña
críticamente las teorías clásicas sobre el ritual elaboradas por Van Gennep, Durkheim, Mauss,
Goffman, Bourdieu y Turner y muestra en base a algunos ejemplos actuales cómo su
escenificación a través de los medios crea una efervescencia social y una emoción colectiva
que, en ocasiones, puede cristalizar en comunidades temporarias.
Iemanjá e Oxum - Ialorixás, Babalorixás e Olorixás. Lydia Cabrera. (Trad. C. E. M. de
Moura) São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo. 368 pp. 2002.
"Data de 1954 o prólogo de Lydia Cabrera para a primeira edição do livro A Mata (El Monte),
com o qual ela iniciou seus estudos sobre a religiosidade afro-cubana. Durante sua longa
existência a autora divulgou essa religiosidade por meio de publicações de extraordinária
importância, que revelam seus insuperáveis dons de observação, sensibilidade perante seus
informantes e probidade científica. Um dos aspectos mais interessantes das publicações de
Lydia Cabrera é o referente às recriações, adaptações e reinterpretações pelas quais passou em
seu país natal, Cuba, a religião dos orixás, voduns e inquices, de fundas raízes negro-africanas,
bem como seu notável paralelismo com as religiões afro-brasileiras. Iemanjá & Oxum -
Iniciações, Ialorixás e Olorixás - é resultado de uma rigorosa pesquisa de campo. Neste livro
encontrará o leitor amplo repertório de lendas das duas mais celebradas divindades das águas,
bem como o registro das várias etapas dos rituais de iniciação de suas filhas e filhos, as
leituras e prescrições do oráculo de Orunmilá, a divindade da adivinhação e os preceitos de
adoração às duas deusas que dão o título à obra."
Lydia Cabrera en su laguna sagrada. Natalia Bolívar y Natalia del Río. Santiago de Cuba:
Editorial Oriente. 2000.
Las informaciones que brindan las autoras sobre Lydia Cabrera parten del trato directo que la
primera de ellas tuvo con la escritora cubana en el rescate y clasificación de piezas para la
formación de una sala de objetos afrocubanos. Varios capítulos del libro reconstruyen los
andares de Lydia Cabrera, los sitios donde acopió información, las zonas donde vivían sus
informantes. Reconstruyen la historia en la que se movió la investigadora cubana, su
bibliografía activa, las personalidades allegadas, incluidas valoraciones escritas de su obra
por distintos escritores que por primera vez se recogen en un libro.
Ovnis y Ciencias Humanas: Un estudio temático de 50 años de bibliografía. Ignacio
Cabria. España: Fundación Anomalía. 2002
A partir de la década de 1980 se publican diversos estudios sobre el fenómeno Ovni desde la
perspectiva de las ciencias humanas. Este libro de un antropólogo español representa un
primer esfuerzo para disponer de los trabajos y enfoques realizados en el ámbito científico, en
Junio 2004 Estudios sobre religión 17: 13
su intento de conocer en profundidad los procesos sociales y psicológicos en los cuales se
produce un informe Ovni, hasta su significación cultural.
Competitive spirits: Latin America’s new religious economy. Andrew Chestnut. New
York: Oxford University Press. 2003.
El autor aplica la perspectiva del mercado religioso desarrollada por Stark, Iannaccone y
Finke al estudio de la religión en Latinoamérica, y argumenta que el desarrollo del pluralismo
religioso en las últimas cinco décadas ha transformado la “economía espiritual” del
continente.. Para poder crecer en esta nueva economía religiosa las “empresas” espirituales
deben desarrollar un producto atractivo y saber como hacerlo accesible a los consumidores
populares. Tres grupos religiosos, señala, han sido los mas avezados competidores en la nueva
–y no regulada- economía religiosa. El pentecostalismo, la Renovación Carismática Católica y
las religiones afroamericanas se han mostrado como los productores religiosos más prolíficos.
El autor examina los efectos generales de un mercado religioso libre, tales como la
importancia de las preferencias de los consumidores y la especialización de los productos y
muestra cómo han influido en el contexto latinoamericano.
Ciencias Sociales y Religión/ Ciências Sociais e Religião
Revista de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el Mercosur
* Ciencias Sociales y Religión/Ciencias Sociais e Religião No. 6. Porto Alegre, 2004.
- Apresentação Lísias Nogueira Negrão
- Rituales en el horario central: sacralizando a Gardel en los homenajes televisivos. María
Julia Carozzi
- Conflitos religiosos na arena política: o caso do Rio de Janeiro. Maria das Dores Campos
Machado e Cecília Loreto Mariz
- O livro religioso no Brasil recente: uma reflexão sobre as estratégias editoriais de espíritas
e evangélicos. Bernardo Lewgoy
- Novas peregrinações brasileiras e suas interfaces com o turismo. Sandra de Sá Carneiro
- No me arrepiento de este amor. Fans y devotos de Gilda, una cantante argentina. Eloísa
Martín
- Metamorfoses religiosas no centro antigo de São Paulo: variaçoes sobre a paisagem e o
espaço. João Décio Passos e Silas Guerriero
- Festa da Alma Milagrosa, simbolismo de um ritual de aflição. Sergio Ferreti
- Religião, violência e poder político numa favela da Baixada Fluminense (Rio da Janeiro).
José Cláudio Souza Alves
Junio 2004 Estudios sobre religión 17: 14
- Religião e regeneração social no Maranhão. A constituição de mentalidade laica nas elites
sociais no Brasil pré-republicano. Paulo Barrera
- A Igreja Renascer em Cristo e a consolidacão do mercado de música gospel no Brasil: uma
análise das estratégias de marketing. Jaqueline Ziroldo Dolghie
Los pedidos pueden ser solicitados al siguiente e-mail. [email protected]
Revistas Latinoamericanas de Religión
* Rever Ano 4, No. 1. (Revista electrónica online. PUC/SP, Brasil) 2004.
www.pucsp.br/rever
Dossier Santo Daime
- Missão e Projeto: motivos e contingências nas trajetórias dos agrupamentos do Santo
Daime na Holanda Alberto Groisman
- The Mechanics of Religious Synthesis in the Barquinha Religion. Christian Frenopoulo
- Cipó e Imaginário entre Seringueiros do Alto Juruá . Maria Gabriela Jahnel de Araújo
- Uma antropologia que floresce fora da academia: Anthony Henman e el cactus San Pedrito.
Beatriz Labate
Otros:
- Eu Sou a Invencível Deusa da Espada – A Representação da Mulher na "Cultura Marcial"
Chinesa e seus Possíveis Reflexos sobre as Relações de Gênero. Rodrigo Wolff Apolloni
- “As duas espadas” – conflito na interpretação historiográfica do Brasil Colônia. William
César de Andrade
* Numen 8 . PPGCR/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais . 2002.
- A Igreja como Sacramento e as Religiões da Terra. Leonardo Boff
- Homo Narcissicus. Sidnei Vilmar Noé
- Espiritualidade e Mudança Social. Dirk J. Oesselmann
- As Emanações do Grande Pagão: A Religião na Poesia de Goethe. Luís H. Dreher
- A Igreja Evangélica no Rio de Janeiro (1837-1863): Serviços Religiosos, Sociais,
Educacionais e Assistenciais. Sylvia Lenz
- “Comunidade” e Totalidade: A Propósito de um Olhar Missionário sobre a Vida Social dos
Sorowaha da Amazônia Ocidental. Elizabeth Pissolato
Revistas Latinoamericanas de Antropología y Sociología
* Anuario de Antropologia Social y Cultural del Uruguay. Universidad de la
República, Uruguay. 2000.
- De la religion civil : Identidad, representaciones y mito-Praxis en el Uruguay. Algunos
aspectos teóricos. L. Nicolas Guigou
- "Santos Populares del Uruguay y llegados de la Lucania". Renzo Pi Hugarte
* Revista ANTHROPOLÓGICAS, número 13, vol.2, Recife: PPGA/UFPE. 2002.
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- “Ser católico y ser evangelio”: tiempo, historia y existencia en la religión Toba. Pablo G.
Wright
* Ilha: Revista de Antropologia vol. 4 n.2. UFSC, Florianópolis. 2002
- Religiões no mundo contemporâneo: convivência e conflitos. Pierre Sanchis.
- Catolicismo e xamanismo: comparação entre a cura no Movimiento Carismático e na
pajelança rural amazónica. Raymundo Heraldo Maués.
* Campos: Revista de Antropologia Social n.4. UFPR, Curitiba. 2003
- O saber é estranho e amargo: sociología e mitología do conhecimento entre os Yaminawa.
Oscar Calavia Sáez, Miguel Naveira e Laura Gil.
- Identidades étnicas, Irmandede do Rosario e Rei do Congo: sociabilidades cotidianas
recifenses (sëculo XIX). Marcelo Mac Cord.
- La circularidad de la experiencia de campo: poder y desigualdad en la producción del
conocimiento. Ana María Spadafora.
Entrepasados: Revista de Historia, número 23. Buenos Aires. 2002.
- Reconsideraciones sobre los orígenes del culto a la Virgen de Luján. Patricia Fogelman.
- Semana Santa mexicana: Imágenes resignificadas de indios santos. Lilia Granillo Vázquez.
Tesis y disertaciones referidas a religión
A Era das Catedrais da IURD: a autenticidade em exibição. Edlaine de Campos Gomes.
Tese de Doutorado em Ciências Sociais apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2004. Orientadora: Márcia
Contins.
Esta tese tem como objetivo analisar a forma com a qual a Igreja Universal do Reino de Deus,
hoje com 26 anos de fundação, elaborou e materializou singularmente o seu "projeto de
igreja". Esta elaboração teve como um dos principais suportes a relação tensa e conflituosa
que a IURD estabeleceu com diferentes interlocutores, mas que teve no ano de 1995 sua fase
mais crítica. A discussão procura mostrar como esse período foi pensado e interpretado por
esses diferentes atores, mas tendo como principal referência o "ponto de vista nativo". A
questão da "autenticidade" será o pano de fundo da discussão proposta, na medida em que foi
identificada como uma categoria importante para a compreensão da relação desta igreja com
seus interlocutores. Esta noção aparecia sob a forma de oposições: pureza-impureza, igreja-
seita, autêntico-inautêntico. Partindo de uma perspectiva diferenciada procuro mostrar que,
naquele momento, estavam interagindo formas distintas de concepções de autenticidade.
Tendo como ponto de partida o posicionamento da IURD pós-1995, período que se
caracterizou pela intensificação de práticas e empreendimentos voltados à sua consolidação, a
tese demonstra como a noção nativa de autenticidade norteou a elaboração da chamada "Era
das Catedrais", incluindo a construção da Sede Mundial, vista como o principal marco no
processo de materialização de seu "projeto de igreja".
Os filhos-ausentes e as penosas de São Sebastiãozinho. Etnografia da Festa da
Catingueira. Flávia Pires. Dissertação de Mestrado em Antropologia Social apresentada ao
Junio 2004 Estudios sobre religión 17: 16
Programa de Pós Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional - UFRJ. Rio de
Janeiro, 2003. Orientador: Otávio Velho.
Esta dissertação tem como tema a Festa de São Sebastião, na pequena cidade de Catingueira,
situada no sertão da Paraíba. O santo é o padroeiro da cidade e a ele são prestadas várias
homenagens. Uma delas é o leilão de penosas. A galinha arrematada, que tanto pode ser
saborosa ou ruim, é arrematada a altos preços e aqui os pobres, geralmente os moradores da
cidade, não participam. Este é o território dos filhos-ausentes (categoria amplamente
discutida) e dos fazendeiros ricos da região, ou seja, o território dos “de fora”. A galinha
arrematada representa a própria sociedade catingueirense, que se vê e é vista, de um lado,
como um lugar de onde se deve ir embora (galinha ruim), ou de outro lado, a representação do
próprio paraíso (galinha saborosa). Durante a festa a cidade se vê cheia de gente de fora,
dentre turistas e filhos-ausentes. Estes são catingueirenses que emigraram para grandes
cidades em busca de melhores condições de vida. Como foram bem sucedidos no
empreendimento voltam a cidade em busca das suas “raízes”. Os filhos-ausentes estão
inseridos em um grande movimento que privilegia o de fora em detrimento do que é local.
Mas ao mesmo tempo, há momentos em que é o local que assume posição hierarquicamente
superior. Este paradoxo está expresso no leilão das penosas. O conceito de hierarquia nos
ajuda a compreender como se pode ao mesmo tempo amar e odiar a mesma cidade. A
dissertação também fala do universo religioso da cidade, que conforme digo, conta com uma
predominância católica, apesar das três igrejas evangélicas e do centro espírita.
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Eva Meijerink
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Covert Participant Observation of a Deviant Community: Justifying the Use of Deception
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Black Clergy Discontent: Selective Interviews on Racialised Exclusion pp. 213 - 226
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Identity crisis: Greece, orthodoxy, and the European Union pp. 291 - 315 Lina Molokotos-
Liederman
Sacred subtexts and popular film: a brief survey of four categories of hidden religious
figurations pp. 317 - 334 Anton Karl Kozlovic
Nursing, professionalism, and spirituality pp. 335 - 349 Sophie Gilliat-Ray
The re-enchantment of the self: western spirituality, Asian materialism pp. 351 - 367
Raymond L. M. Lee
Immigrant religiosity in a pluri-ethnic and pluri-religious metropolis: an initial impetus for a
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Embodying the 'truth' and controlling change: 'discipline' and 'choice' in 'orthodox'
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Possamai
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- Where New Age and African Religion Meet in South Africa: the case of Credo Mutwa pp.
67 - 158 . H. Christina Steyn
- Nature and Self in New Age Pilgrimage pp. 93 - 118 . Adrian Ivakhiv
- Counter-Cultural Egalitarianism: a comparative analysis of New Age and other 'alternative'
communities pp. 119 - 139 David Riches
- NA Law: a legal studies approach to New Age pp. 141 - 158 Daren Kemp
- Capital Possession: a comparative approach to 'New Age' and control of the means of
possession pp. 159 - 182 . Matthew Wood
Culture and Religion Volume 4(2) , November 2003
- Popular culture fandoms, the boundaries of religious studies, and the project of the self pp.
187 - 206 . Sean McCloud
- Cognition, society and religion: a new approach to the study of culture pp. 207 - 231
Luther H. Martin
- Scientific empathy, American buddhism, and the ethnography of religion pp. 233 - 253
Daniel Capper
Revistas reseñadas: Journal for the Scientific Study of Religion (EEUU); Journal of
Contemporary Religion (Inglaterra); Culture and Religion (Inglaterra)
XIII Jornadas sobre Alternativas Religiosas
en América Latina
Porto Alegre, Pontificia Universidad Católica de Rio Grande do Sul
27 al 30 de Septiembre de 2005
“Religión, Poder y Política: Nuevos Actores y Contextos”
La XIIIa edición de las Jornadas se realizarán en la ciudad de Porto Alegre (Brasil). Sus
coordinadores son Ricardo Mariano (Sociólogo - Coordinador del Programa de Pós-
Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) y
Airton Luiz Jungblut (Antropólogo – Profesor del Programa de Pós-Graduação em Ciências
Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul). Mayores informaciones
Concurso de monografías
Junio 2004 Estudios sobre religión 17: 20
“Religión, Poder y Política”
El concurso tiene como objetivo alentar a jóvenes investigadores a proponer e investigar
cuestiones relativas a los fenómenos religiosos en América Latina, desde la perspectiva de las
Ciencias Sociales y Humanas, incentivando su creatividad y su espíritu crítico.
Nuestro interés es premiar y difundir monografías inéditas sobre el tema “Religión, Poder y
Política” y estimular la elaboración y presentación de trabajos en las XIII Jornadas Sobre
Alternativas Religiosas en América Latina, evento promovido por la Asociación de
Cientistas Sociales de la Religión en el MERCOSUR (ACSRM) a realizarse entre el 27 y el
30 de septiembre de 2005, en la Pontificia Universidad Católica de Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, Brasil.
La monografía ganadora será publicada en el número 7 de la revista Ciencias Sociales y
Religión/Ciências Sociais e Religião. Además, serán seleccionados entre uno y cinco trabajos
que por su calidad merezcan menciones especiales. Todos los trabajos premiados recibirán un
diploma y serán eximidos de la matrícula de inscripción de las XIII Jornadas.
La recepción de monografías será hasta el 15 de Abril de 2005.
Bases y condiciones del concurso podrán ser solicitadas por e-mail:
Revista Ciencias Sociales y Religión/ Ciências Sociais e Religião
Llamado para artículos
La revista Ciencias Sociales y Religión/ Ciências Sociais e Religião es una publicación anual
de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el Mercosur, destinada a divulgar
trabajos de sus asociados, cientistas sociales del Mercosur, resto de América y Europa que
investigan cuestiones referidas a los fenómenos religiosos. Tenemos el placer de invitarlos a
participar de la edición del número 7, a publicarse en julio de 2005. Los artículos, originales e
inéditos, deberán estar escritos en castellano o portugués y deberán ser enviados al e-mail de
la Asociación hasta el 30 de marzo de 2005.
Normas de publicación y mayores informaciones: [email protected]
Lista electrónica de la ACSRM
La lista electrónica de la ACSRM es una iniciativa que procura facilitar la comunicación
horizontal entre los miembros de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión del
Mercosur y promover la realización de actividades académicas conjuntas en el área. A través
de la lista, todos los miembros que se suscriben pueden difundir información relativa a:
-Llamadas de trabajos para Jornadas, Encuentros, Seminarios, Grupos de Trabajo,
Publicaciones Periódicas y Libros.
Junio 2004 Estudios sobre religión 17: 21
-Llamadas de proyectos para becas y subsidios.
-Concursos y posiciones abiertas.
-Conferencias próximas a realizarse.
-Nuevas publicaciones y presentaciones de libros.
-Proyectos de investigación en curso.
Así como solicitar noticias acerca de:
-Bibliografía específica.
-Programas.
-Investigaciones en Curso.
-Vías de contacto con autores.
Dada la gran cantidad de listas en circulación y a fin de evitar que ésta sea una fuente más de
mensajes no deseados para los miembros, la lista está destinada exclusivamente a la difusión y
solicitud de información relativa al campo de las ciencias sociales de la religión. En este
sentido, no es propiamente una lista de discusión: invitamos a los miembros que quieran
debatir o intercambiar impresiones con quienes envíen mensajes a contactarse directamente
con ellos a través de sus direcciones personales.
A fin de que la administración de la lista pueda rotar cada vez que se renueven las autoridades
de la Asociación, la hemos emplazado en Yahoo Groups. Los siguientes recaudos han sido
tomados a fin de que a través de ella los miembros no reciban SPAM ni virus :
-todos los nuevos miembros de la lista son aprobados por la moderadora/el moderador antes
de poder comenzar a enviar y recibir mensajes.
-todos los mensajes son aprobados por la moderadora/el moderador antes de ser enviados a los
miembros de la lista.
-no se envían attachments: los mismos serán automáticamente eliminados por el servidor.
Los interesados en suscribirse a la lista que no formen parte de la Asociación de Cientistas
Sociales de la Religión del MERCOSUR deberán enviar dos mensajes:
- el primero de ellos, sin asunto/subject ni texto debe ser enviado, desde la dirección en que
quieran recibir los mensajes de RELIGIONMERCOSUL a la siguiente:
- el segundo, con el asunto que quieran y, en el texto, una breve explicación de por qué quieren
suscribirse a la lista (esto es, a través de quién se enteraron de la existencia de la misma y cuál
es su relación con el campo de estudios de la religión) debe ser enviado a la siguiente
dirección:
Este último mensaje tiene como finalidad excluir a los interesados en emplear la lista con fines
comerciales. Si sólo recibimos uno de los mensajes requeriremos el otro al remitente. Sin
embargo, enviar ambos a un tiempo simplifica y acelera el proceso de inclusión en la lista.
Congresos
Junio 2004 Estudios sobre religión 17: 22
Asociación Latinoamericana para el Estudio de las Religiones (ALER)
X Congreso Latinoamericano sobre Religión y Etnicidad "Pluralismo religioso y transformaciones sociales"
San Cristóbal de las Casas, Chiapas, México. 5 al 9 de julio de 2004
Información: Elizabeth Díaz Brenis, ENAH-INAH, [email protected]
IV Encuentro Internacional de Estudios Sociorreligiosos “Religión, pobreza y violencia
en el contexto de la crisis neoliberal”: La Habana, 7-10 de julio 2004. Contacto: Eva
Hernández Urbano, Departamento de Estudios Sociorreligiosos Centro de Investigaciones
Psicológicas y Sociológicas/CITMA. [email protected]; [email protected];
IV Jornadas Internacionales Ciencias Sociales y Religión
“Politica y Religiones En el Contexto Nacional e Internacional”
14, 15, 16 de Setiembre de 2004
Centros de Estudios e Investigaciones Laborales (CEIL)
Saavedra 15, Buenos Aires, Argentina
ORGANIZA: Área Sociedad, Cultura y Religión, CEIL- PIETTE, CONICET.
Fechas Límite para Abstract y Ponencias: 30 de junio (abstracts) y
15 de agosto (ponencias)
Secretaría Ejecutiva: [email protected]
XXVII Encontro Anual da ANPOCS . 26 a 30 de octubre de 2004, Caxambu, Minas Gerais,
Brasil.
GT: Republicanismo, religião e estado no Brasil contemporâneo.
Coordenadores: Joanildo A. Burity (Fundação Joaquim Nabuco) Patrícia Birman (Univ. do
Estado do Rio de Janeiro).
Coloquio Internacional Imagen Sagrada y Sacralizada. Universidad Nacional Autónoma
De México Instituto de Investigaciones Estéticas Octubre 25-29, 2004. Contacto (enviar a los
tres): [email protected], [email protected],
I Jornada de Estudios sobre Religiosidad, Cultura y Poder. 12 de noviembre de 2004,
Buenos Aires , Instituto Ravignani (25 de Mayo, 217. Segundo Piso; Sala de
investigadores). ORGANZA: GERE -Grupo de Estudios sobre Religiosidad y
Evangelización- perteneciente al PROHAL: Programa de Historia de América Latina, del
Instituto de Historia Argentina y Americana "Dr. Emilio Ravignani". Facultad de Filosofía y
Letras. Universidad de Buenos Aires. INFO: [email protected]
Latin American Studies Association (LASA) XXV International Congress. October 7-9.
2004 Las Vegas, Nevada, USA.
Panel: "Religious Conversion in the Americas". Organizers: David Smilde and Ed Cleary.
Presenters: David Smilde, Sharon Nepstad, Alejandro Frigerio, Patricia Fortuny and Karen
Richman. Discussant: Timothy Steigenga.
Junio 2004 Estudios sobre religión 17: 23
American Sociological Association: Annual Meeting, San Francisco, August 2004. Section
34: Sociology of Religion will organize 3 sessions (Religion and Family, Religion and
Immigration, and Religion Race and Ethnicity) and Round tables on August 16. Section
Chair: R.Stephen Warner, University of Illinois at Chicago, 1007 W. Harrison Street,
Chicago, Il 60607-7140, USA; Tel.: +-1-312-996-0990 [email protected] Information:
www.asanet.org/section 34/index.html
Association for the Sociology of Religion: San-Francisco meeting, 13-15 August 2004 Theme:
“The causes and consequences of contemporary moralities”. Program Chair; Fenggang Yang,
Department of Sociology and Anthropology, Purdue University, Stone Hall, 700 W State Street,
West Lafayette, IN 47907-2059; e-mail: [email protected]. Deadlines: January 15,
2004: Session proposals; February 15, 2004: paper proposals (abstracts 150 words maximum).
Submissions by email are encouraged; please include email address in all correspondence. ASR
web site: www.sociologyofreligion.com
Religious Research Association: Annual Meeting 2004 . October 22-24. Marriott Country
Club Plaza, Kansas City, Missouri, USA. Theme: “Linking Social Action and Religious
Research”. Program Chair: John P. Bartkowski, Department of Sociology, Anthropology,
& Social Work, P.O. Box C, Mississippi State University, Mississippi State, MS 39762, USA.
E-mail: [email protected] Include email address on all proposals. Deadlines:
January 16, 2004: Session proposals (title and description); March 15, 2004: Paper proposals
(title and abstract).
Society for the Scientific Study of Religion: Annual Meeting 2004. October 22-24. Marriott
Country Club Plaza, Kansas City, Missouri, USA. Theme: "Overcoming Boundaries in the
Scientific Study of Religion". Program Chair: William H. Swatos Jr, 3529 Wiltshire Drive,
Holiday, FL 34691-1239, USA. Email: [email protected]. Include email address on all
correspondence. Deadlines: January 15, 2004 Session proposals; March 15, 2004 Paper
Proposals with a concise abstract. Web site: www.sssrweb.org.
International Association for the History of Religions (IAHR): 19th Quinquennial
Congress . Tokyo 24-30 March, 2005. Theme: “Religion: conflict and Peace”. Registration
before September 30th, 2004: [email protected]. Web site: http://www.1.u-
tokyo.ac.jp/iahr2005
28th ISSR/SISR Conference “Religion: Challenging Boundaries”: Zagreb (Croatia) July
18-22, 2005. Deadlines: May 31, 2004: Proposals for Thematic Sessions and Working
Groups. October 31, 2004: Paper Abstracts.
Conferencia: “Religión y Política en la era global” Organizan: Comité de Investigación 22
de la Asociación Internacional de Sociología y el Programa Interdisciplinario de Estudios
sobre las Religiones (PIER) de El Colegio Mexiquense. Zinacantepec, Estado de México,
México, 17 y 18 de marzo de 2005. Más información en: www.cmq.edu.mx/isarc22
Junio 2004 Estudios sobre religión 17: 24
VIII encuentro de la Red de Investigadores del Fenómeno Religioso en México:
“Religiosidad Popular: Tradiciones, Cultos y Prácticas”. Organizan: Universidad de
Guadalajara, Campus Universitario Lagos y Red de Investigadores del Fenómeno Religioso
en México. 26 y 27 de mayo de 2005, Lagos de Moreno, Jalisco.
Fecha limite para propuestas de mesas: 28 de enero de 2005. Fecha límite para la entrega de
resúmenes de ponencias: 18 de marzo de 2005. Contactos e informes: Patricia E. Bravo
Cárdenas [email protected], [email protected]; Lina Cruz Lira
[email protected]; Eric Orlando Cach Avendaño [email protected]; Eduardo
Camacho Mercado [email protected].
I Congreso Latinoamericano de Antropología 11 al 15 de Julio de 2005 Rosario, Argentina
GT 19- Reconfiguraciones religiosas en Latinoamérica: nuevas políticas, nuevos actores,
nuevas disputas. Coordinadores: Alejandro Frigerio ([email protected]); Pablo
Wright ([email protected]); Ari Pedro Oro ([email protected])
GT 7 -Experiências Religiosas na Contemporaneidade: uma visão comparativa.
Coordinadoras: Marcia Contins ([email protected]); Edlaine de Campos Gomes
([email protected]);.Cecília Mariz ([email protected]); Eloísa Martín
VI Reunión de Antropología del Mercosur "Identidad, fragmentación y diversidad"
16, 17 y 18 de noviembre de 2005 - Montevideo, Uruguay
GT 35: “La religión en movimiento. Fragmentación de lo religioso en la sociedad
contemporánea” Coordinadores: Carlos Alberto Steil [email protected] y Eloísa Martín
GT 5 - “Religiosidad popular” Coordinadores: Walter Calzato (Argentina)
[email protected] y Alberto Zárate Rosales (México) [email protected]
Abstracts de no más de 250 palabras deberán ser enviados para ambos coordinadores de
GTs hasta el 31 de Mayo de 2005. Más información en:
http://www.fhuce.edu.uy/antrop/congreso
II Jornadas de Historia e Integración Cultural del Cono Sur
20 -21- 22 de Octubre 2005
Instituto de Historia- Fac. de Humanidades- C.S. y Artes- Subsede Concepción del Uruguay.
Universidad Autónoma de Entre Ríos. Argentina
Mesa 11: Religión y política en el siglo XX y el nuevo milenio. COORDINADORES:
Susana Brauner UBA/ UADE/ GECLA) - Diana Epstein UBA/ CONICET- E-mail:
[email protected] ABSTRACTS: al 10 de julio 2005. 15 renglones como máximo,
Hoja A4, Times New Roman 12, a espacio y medio. Enviar por correo electrónico al e-mail
[email protected] TRABAJOS: al 31 de Agosto 2005.
Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el Mercosur
Editores del Newsletter: Alejandro Frigerio y Eloísa Martín
Dirección : Las Heras 3875/11A - (1425) Buenos Aires.
E-MAILS: [email protected] y [email protected]