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entre MARGENS BIMENSAL | 11 ABRIL 2019 | N.º 625 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDES APARTADO 19 - 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO MOREIRA DE CÓNEGOS Rua Laurinda F. Magalhães, nº 42 Telefone 253 563 250 S. MARTINHO DO CAMPO Av. Manuel Dias Machado, 283 Telemóvel: 919 366 189 VILA DAS AVES Rua D.Nuno Álvares Pereira, 27 (Largo da Mariana) Telefone: 252 941 316 Passe único afinal chega já a 1 de maio PCP LOCAL RESPONSABILIZA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO E ÁREA METROPOLITANA DO PORTO PELO ATRASO NA SUA IMPLEMENTAÇÃO MOBILIDADE | PÁGINAS 8 E 9 Externato Delfim Ferreira na iminência de encerrar Sociedade detentora do colégio viu rejeitado em tribunal plano de revi- talização e foi declarada insolvente. VALE DO AVE | PÁGINA 14 Leandro Pires, o responsável pelas Revelações do Desportivo ENTREVISTA COM O TÉCNICO DOS SUB 23 DO DESPORTIVO DAS AVES Galandum Galundaina tocam no aniversário do Centro Interpretativo do Monte Padrão AGENDA | PÁGINA 3 ENTREVISTA | PÁGINAS 4 E 5

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entreMARGENSBIMENSAL | 11 ABRIL 2019 | N.º 625 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDES

APARTADO 19 - 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

MOREIRA DE CÓNEGOSRua Laurinda F. Magalhães, nº 42

Telefone 253 563 250

S. MARTINHO DO CAMPOAv. Manuel Dias Machado, 283

Telemóvel: 919 366 189

VILA DAS AVESRua D.Nuno Álvares Pereira, 27

(Largo da Mariana)Telefone: 252 941 316

Passe únicoafinal chegajá a 1 de maioPCP LOCAL RESPONSABILIZA CÂMARAMUNICIPAL DE SANTO TIRSO EÁREA METROPOLITANA DO PORTOPELO ATRASO NA SUA IMPLEMENTAÇÃO

MOBILIDADE | PÁGINAS 8 E 9

ExternatoDelfimFerreira naiminênciade encerrarSociedade detentora do colégio viurejeitado em tribunal plano de revi-talização e foi declarada insolvente.

VALE DO AVE | PÁGINA 14

Leandro Pires, oresponsável pelas

Revelaçõesdo Desportivo

ENTREVISTA COM O TÉCNICO DOS SUB23 DO DESPORTIVO DAS AVES

GalandumGalundaina tocamno aniversário doCentro Interpretativodo Monte PadrãoAGENDA | PÁGINA 3

ENTREVISTA | PÁGINAS 4 E 5

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FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2019

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU ALMOÇO NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens.

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestaprimeira saída de abril foi o nosso estimado assinante

Francisco Silva Gonçalves, residente em Vila das Aves.

Dentro de portas -“New Boots and Panties!!”

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

“Sex & Drugs & Rock & Roll” é umdos temas mais populares de Ian Dury.O single saiu em agosto de 1977com a chancela da Stiff Records. Amesma companhia discográfica edi-tou, no final do mês seguinte, o seuprimeiro LP. A edição original veiocom dez faixas e muitas das reediçõesincluíram uma 11ª, nem mais nem me-nos do que a indicada no início destetexto. Aqui está um bom motivo paratermos optado por um exemplar na-cional. O bónus coincide com a pri-meira música do lado B, embora nãoesteja listada, curiosamente, na con-tracapa. Se olharmos para a parte in-ferior da capa, verificamos que esteálbum não está creditado (também)aos The Blockheads, a banda de apoiode Dury até ao início dos anos 80.A colaboração estava ainda no iní-

Rebeldiacom 2pontos deexclamação!!

cio e, por isso, não encontramos doisdos seus membros na ficha técnica.

“New Boots and Panties!!” é selva-gem, irreverente e excêntrico. As le-tras de “Billericay Dickie” encaixam-se com o forte sotaque cockney. “Ni-na”, “Cortina”, “hyena” e “obscener” ri-mam de forma divertida. “Sweet GeneVincent” homenageia um dos pionei-ros do rock & roll e do rockabilly. Senão está a reconhecer o nome, talvez“Be-Bop-A-Lula” lhe reavive a memó-ria. “My Old Man”, outra homenagem,desta vez ao próprio pai, termina como sax interessante de John Earle. En-quanto nos deliciamos com recalca-mentos distorcidos do music hall, con-vivemos com uma batida disco. O hu-mor provocatório no início de “Plais-tow Patricia” (“Arseholes, bastards, fuc-king cunts and pricks”) comprova arebeldia de um estilo quase sempreofensivo. À medida que somos con-duzidos para a parte final, o som fica,ostensivamente, bem mais áspero.Aproximam-nos do movimento punkque, naquela fase, era um fenómenoimpactante e que gradualmente seramificaria em diferentes subgéneros.

O músico inglês sofreu, desde ce-do, com problemas de saúde. Aos 7anos contraiu poliomielite. Daí a sualuta diária ser bastante admirável. Em1996 diagnosticaram-lhe cancrocolorretal, falecendo em 27 de mar-ço de 2000. Tinha 57 anos. |||||

“New Boots and Panties!!é selvagem, irreverentee excêntrico. As letrasde “Billericay Dickie”encaixam-se com oforte sotaque cockney.

A primavera chega a Guimarães em for-ma de música, em quatro dias de atividadeintensa. De 10 a 13 de abril o “WestwayLab” invade a cidade-berço com um even-to inovador que junta concertos, palestrase residências artísticas, cobrindo o espec-tro da atividade cultural, tendo como paísconvidado desta sexta edição o Canadá.

A responsabilidade de abrir o festival,a 10 de abril, recai nos ombros do músi-co holandês Jacco Gardner que traz nabagagem o seu mais recente disco, Som-nium. Já a cantautora italiana Violetta Ziro-ni, que promete uma atuação onde a gui-tarra precisará de pouca mais companhiado que a sua voz poderosa, atua a 11 deabril. Ambos os artistas integram as re-des europeias ETEP e INES, na qual ofestival se integra.

O sentido de expansão do “WestwayLab” atinge este ano expressão planetá-ria ao apresentar o Canadá como paísem destaque para esta edição. A 12 deabril, a representação canadiana será ali-

Westway LABliga Portugalao mundocom Canadácomo destaqueSEXTA EDIÇÃO DO FESTIVAL VIMARANENSEJUNTA 29 CONCERTOS A CONFERÊNCIAS ERESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS EM QUATRO DIAS DEATIVIDADE INTENSA. MÚSICO HOLANDÊS JACCOGARDNER ABRE AS HOSTILIDADES.

mentada pelas vozes femininas dascantautoras Sarah MacDougall e MeganNash, pelos The East Pointers, os TribeRoyal e, ainda, a dupla Les Deuxluxes.

À semelhança do ano passado, o fes-tival volta a receber um dos eventos dedivulgação da nova música nacional pro-movida pelo gabinete de internaciona-lização da música portuguesa, “Why Por-tugal”. Também a 12 de abril, Neev, Mar-ta Pereira da Costa e os Vaarwell são cha-mados à convocatória do “Westway Lab”.

Tendo o Centro Cultural Vila Flor (CCVF)como base de operações, a 6ª edição doevento irá novamente alastrar-se para di-versos locais da cidade, através dos “CityShowcases” que irão converter Guimarãesnum grande palco, tomado por artistas epúblico, que se interligam pela magia damúsica. Durante a tarde de sábado, 13 deabril, vai ser possível ouvir o indie-popdo duo austríaco Mickey, o pop de influ-ências norte-americanas da sueca Elin Na-mnieks, o indie-rock de Izzy and the BlackTrees, da Polónia, o multinstrumentista ecompositor Theodore da Grécia e a re-presentação nacional pelos Holy Nothing.

Na última noite do festival, o CCVFserá palco de uma enorme celebração,onde será possível assistir aos concertosde The Black Mamba, Tashi Wada Groupfeat. Julia Holter, Batida apresenta: TheAlmost Perfect DJ, Captain Boy, MisterRoland, Paraguaii e Whales.

O passe geral para os concertos teráo custo de 20 euros e pode ser obtidoonline através da plataforma oficina.bol.pte do sítio www.westwaylabfestival.com,onde é igualmente possível consultartodo o programa. |||||

GUIMARÃES | MÚSICA

NA IMAGEM, O GRUPOTRIBE ROYAL DOCANADA, O PAÍS EMDESTAQUE NA EDIÇÃODESTE ANO DOWESTWAY LAB

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SEXTA, DIA 12 SÁBADO, DIA 13Céu limpo. Vento fraco.Max. 20º / min. 4º

Aguaceiros fracos. Vento fracoMáx. 21º / min. 5º

Chuva fraca. Vento fraco.Máx. 20º / min. 12º

DOMINGO, DIA 14

ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2019 | 03

Tlf: 252 871 309 Fax: 252 080 893 | [email protected]

CHAPEIRO | PINTURA | MECÂNICA GERAL

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Funerária das AvesAlves da Costa

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Telem. 914 880 299Telem. 916 018 195

Ao princípioe ao fim,abril costumaser ruim

“É já a sexta edição do Mercado Nazareno,um evento que, de ano para ano tem gan-ho notoriedade, conseguindo atrair cadavez mais turistas, nomeadamente da Galiza”,explica Joaquim Couto, presidente da câma-ra municipal de Santo Tirso reafirmando aimportância deste evento para o município.

Naquilo que o autarca considera ser umainiciativa pensada para as famílias, JoaquimCouto adianta que durante os quatro diasas atividades vão muito para lá das recria-ções bíblicas, estando programadas “umagrande variedade de atividades pensadaspara todos, incluindo os mais pequenos ealgumas surpresas.”

Para além das recriações bíblicas, os visi-tantes poderão acompanhar a elaboraçãode vários ofícios antigos, como a ferrageme a tanoaria, assim como assistir à recria-ção de algumas vivências da época no es-paço da aldeia. Há ainda atividades pensa-das para os mais pequenos como jogos de

Mercado Nazareno está devolta ao parque D. Maria IISANTO TIRSO ANTECIPA A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA COM A REALIZAÇÃO DE UMANOVA EDIÇÃO DO MERCADO NAZARENO QUE, PELO SEGUNDO ANOCONSECUTIVO, SE REALIZA NO PARQUE D. MARIA II PARA QUATRO DIAS DERECRIAÇÕES HISTÓRICAS DOS ÚLTIMOS INSTANTES DA VIDA DE CRISTO.

Vão decorrer entre 16 e 18 do corren-te mês as atividades diversificadas queintegram o programa de celebração dodécimo primeiro aniversário do CentreInterpretativo do Monte Padrão. Nosdias 16 e 17, pelas 21h30, realiza-se arecriação histórica: pretende-se fazer comque as crianças sintam a magia de viajarno tempo e com isso aprendam história.Assim, o dia da História Viva contemplajogos romanos, acampamento militar eum grupo de música e teatro. Destina-do a crianças dos 3 aos 12 anos, a ati-vidade tem inscrição gratuita no site dosmuseus ou pelo telefone da câmara.

No dia 18, com início às 10 horas,realiza-se o II Ciclo de Conferências su-bordinado ao tema Estéticas do poder,expressões plásticas na II Idade do Fer-ro do noroeste peninsular, com relevopara a temática das estátuas de guer-

SANTO TIRSO | ARQUEOLOGIA

Monte Padrão:Centro Interpretativocelebra aniversárioPROGRAMA ENGLOBA CONFERÊNCIAS, RECRIAÇÕESHISTÓRICAS E CONCERTO DOS GALANDUM GALUNDAINA

reiros e para os balneários castrejos es-tudados quer em Portugal quer na Ga-liza. O balneário castrejo do Monte Pa-drão será o tema da última das confe-rências, tendo Álvaro Moreira, Sofia Car-neiro e Tânia Pereira como conferen-cistas. A partir das 21h30 a festa fica àconta do grupo Galundum Galandaina,formação que tem feito um trabalhonotável de investigação e recolha dopatrimónio musical e etnográfico dasTerras de Miranda do Douro. |||||

Os GalandumGalundaina encerram oprograma comemorativo.O grupo apresenta-se dia18 (quinta-feira) às21h30. A entrada é livre.

equilíbrio (andas, cotonetes e lagartas), jo-gos de destreza (ferraduras e argolas) ejogos de tabuleiro.

Durante os quatro dias de Mercado Na-zareno haverá ainda lugar para várias de-monstrações de aves de rapina e animaçõesmusicais. Da animação permanente fazemparte as tabernas, o acampamento romano,e o acampamento de gladiadores onde de-correm treinos e mostras de armas.

O Mercado Nazareno abre portas nasexta-feira, 12 de abril, pelas 18 horas. Al-guns dos momentos altos da programaçãodecorrem no sábado, incluindo a recriaçãoda Última Ceia, às 14h30 e, a partir das21h30, a Via-Sacra e a Crucificação. No do-mingo o destaque vai para a Ressurreiçãode Jesus, pelas 18h30, e às 21h30, a Apa-rição. O evento encerra na segunda-feira,15 de abril, pelas 19h00.

A programação detalhada está disponí-vel para consulta no site do Município. ||||||

SANTO TIRSO | CELEBRAÇÃO PASCALFOTO: MANUEL TELES

PELO SEGUNDOANO CONSE-CUTIVO, OPARQUE D.MARIA II VOLTAA SER PALCO DEMAIS UMAEDIÇÃO DOMERCADONAZARENO. APARTIR DESTASEXTA-FEIRA

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04 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2019

ENTREVISTA

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Uma campanha sensacional que estáa entusiasmar uma comunidade. Noprimeiro ano de Liga Revelação, cam-peonato nacional de sub-23 organi-zado pela Federação Portuguesa deFutebol (FPF), o líder mora na Vila dasAves. Com a fase de apuramento docampeão em disputa, as jovens “reve-lações” do Desportivo das Aves têm si-do as surpresas da prova, não só pelotalento individual apresentado, algunsdeles já na órbita da equipa princi-pal, mas também pela excelente capa-cidade e organização da equipa.

Aos comandos das tropas está umhistórico avense, Leandro Pires. Comuma década de camisola avense ao pei-to, o ex-lateral direito regressou à sua‘casa do futebol’ para agarrar nos jo-vens talentos e fazer deles uma equipade verdadeiros profissionais de futebol.

O técnico de 39 anos, de voz sua-ve e personalidade a condizer, vaiconduzindo esta equipa, sem pres-sões desproporcionadas, para umaconquista que a confirmar-se ficarános registos do futebol nacional.

Estava à espera de se encontrar nes-ta situação, na liderança da tabela clas-sificativa a quatro jornadas do final?

LEANDRO PIRES (CD AVES SUB-23)

À CONVERSA COM O TREINADOR QUE ESTÁ A LAPIDAR AS ‘REVELAÇÕES’ AVENSES.

rente. O importante é que os jogado-res percebam o jogo, porque se perce-berem o jogo vão perceber mais facil-mente o que cada treinador lhes pede.

É nessa faceta de perceção e enten-dimento do jogo em que mais se focanos trabalhos do plantel sub-23?Exatamente. Um jogador que percebeo jogo percebe-o em todos os contex-tos. Se os sujeitarmos a muitas tarefasdurante o treino, eles estarão mais pre-parados para enfrentar um jogo quetem muitos fatores aleatórios. Se elesperceberem o que se está a passar emcada momento, vão estar mais prepa-rados para lidar com esse tipo de si-tuações, uma vez que desenvolvem ainteligência para tomar as melhoresdecisões em função dos contextos.

Nesta espécie de vaivém entre ossub-23 e a equipa principal, como éque se faz esta gestão de expectati-vas dos próprios jogadores?Essa é a tarefa mais difícil. Lidar comas ambições e os objetivos individu-ais de cada um, porque todos elessão jovens e todos eles merecem asua oportunidade. Temos que traba-lhar gerindo essas expectativas, mastambém trabalhando para um proces-so coletivo forte, tentando envolvertoda a gente da mesma forma. Claroque alguns têm mais oportunidadesque outros, mas isso é o futebol.

Oportunidade no futebol pode sur-gir e desaparecer num ápice. Portan-to ter a oportunidade de fazer um, jogoou um treino na equipa principalcria um elã diferente nos jogadores.O jogador que tenha uma oportuni-dade em jogo é porque a conquistouno treino. As oportunidades conquis-tam-se assim. Se treinarem bem, estãomais perto de jogar. Se depois corres-ponderem às expectativas estão sem-pre mais perto de estar no onze e logi-camente de chegar à equipa principal.

Temos jogadores, por exemplo, queiniciaram a época e fizeram grandeparte da primeira fase sem serem con-vocados que entretanto já chegaram àequipa principal. Isto é uma questão decrescimento e de trabalho diário parairem evoluindo enquanto jogadores.

Esta movimentação de jogadores di-ficulta-lhe vida na preparação dosjogos ou isso já faz parte do esque-ma e portanto está interiorizado?Temos que nos habituar e pensar nis-so com a leveza possível e da formamais natural. Se os jogadores que têmmais qualidade estiverem bem inte-grados num processo coletivo, têmmais facilidade em jogar e ser cha-mados à equipa principal. No entan-to, nunca descuramos a gestão dogrupo, porque o espírito e a uniãode grupo são o mais importantenuma equipa de futebol. Um grupoque seja unido dentro de campo, so-lidário, forte, estará mais perto de al-cançar os objetivos da equipa. Se todaa gente se sentir útil, não são só osonze que vencem, são todos.

Fez perto de 250 jogos pelo ClubeDesportivo das Aves. Sente-se de al-guma forma como um guardião dosvalores e do espírito avense? Senteque os jogadores olham para sicomo uma figura do clube e isso temsignificado para eles?Eu não sei eles se lembram muito daminha passagem aqui no clube (risos).Eu cheguei cá com 26 anos e acabeipor fazer muitos jogos no clube. Encon-trei aqui uma família que partilhava epraticava os valores com que me iden-tificava. Acabei por ficar durante dezanos enquanto jogador de futebol esempre me senti em casa, mesmo norelacionamento com as pessoas da vila.

Este meu regresso foi como voltara casa. Não diria que me sinto con-fortável, porque confortável pode darazo ao comodismo, mas conheço bem

“Êxito, para mim,é a contínuaevolução dos jogadores”

Quando iniciamos um trabalho, inici-amos sempre com o objetivo de fazero melhor possível. Há muita qualida-de no plantel e com o passar do tem-po vimos que era possível lutar pelasegunda fase e mesmo pelo título.Estamos numa posição que nos per-mite alcançar esse objetivo.

Augusto Inácio tem-lhe tecido ras-gados elogios publicamente, não sópelos resultados, mas pela forma co-mo tem trabalhado as peças dopuzzle. Como é que funciona a liga-ção entre a equipa de sub-23 e oplantel principal?Falamos pontualmente sobre o que sepassa nos sub-23 e a verdade é queo mister Inácio tem aproveitado bemalguns valores que aqui temos. E mes-mo nós temos utilizado alguns joga-dores da equipa principal que têm feitoum bom trabalho connosco. Jogado-res que descem ao nosso plantel coma ambição e com o objetivo de aju-dar este grupo de jovens. Tem resul-tado bem.

Naturalmente está satisfeito com porver alguns jogadores dos sub-23 avingar no plantel principal, como oLuquinhas ou o Miguel Tavares, en-tre outros. Isso para si é sinónimode missão cumprida?Sem dúvida. Aliás, é o nosso objetivoprincipal dos sub-23: preparar os jo-gadores para a equipa principal, oque se tem vindo a revelar verdade.O Ivanilson, o Bruno Lourenço, o Zi-dane Banjaqui também já integraramos treinos da equipa principal e ofeedback que temos é que os joga-dores têm feito um bom trabalho.

Por isso é um motivo de orgulho,perceber que os jogadores chegamlá, não só pelo facto de terem valorindividual, mas por estarem prepara-dos para integrarem um processo dife-

PELODESPORTIVO

DAS AVES,LEANDROFEZ PERTO

DE 250JOGOS

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a casa, conheço bem os valores quesão praticados aqui e eu, enquanto trei-nador, tento incutir um forte sentidode espírito de grupo, união entre jo-gadores, a garra com que se joga noAves e que os adeptos gostam de ver.

A exigência tem que ser essa, por-que se formos aos nossos limites de-pois a nossa qualidade consegue trans-por-se para o campo. Se não formos,nunca vamos conseguir dar tudo o quetemos para dar. Não me sinto o guar-dião de nada, mas tento passar amensagem dos valores e dos princí-pios que estão imbuídos neste clube.

O facto de ter sido jogador profissi-onal durante tantos anos facilita ocontacto e a comunicação com os jo-gadores?Eu acho que facilita sobretudo noâmbito da comunicação não verbal.Nós, ex-jogadores, conhecemos o bal-neário. E conhecer o balneário é co-nhecer as emoções de quando seganha e quando se perde. A lingua-gem não verbal é a mais fácil de veri-ficar quando se partilha o balneário,porque nos apercebemos perfeita-mente o que eles estão a sentir, mes-mo quando não dizem nada.

Que análise faz à Liga Revelação en-quanto competição na sua primeiraedição. Pensa que esta é uma provapara ficar, que os clubes e os joga-dores estão interessados?Sem dúvida alguma que é uma com-petição que tem muito valor. Primeiroporque é uma competição profissio-

nal que está muito bem organizada.Depois, ocupa um espaço nesta tran-sição de juniores para seniores ondemuitas vezes os jogadores se iriamdiluir em clubes de menor dimensãoe que não têm as mesmas condiçõesde trabalho como existe nesta ligaRevelação. Os jogadores acabavampor desmoralizar e não conseguiamdemonstrar toda a sua qualidade.

Nesta Liga Revelação existem boascondições de trabalho na maior partedos clubes, existe profissionalismo naárea médica, por exemplo, e os joga-dores sentem-se muto apoiados. Nãolhes falta nada e com isto o jogadortem um espaço melhor para dar oseu máximo e atingir o seu potencial.

Depois, competimos contra joga-dores de grande valor, de equipasgrandes. Com a integração de joga-dores mais velhos, muitas vezes dasequipas principais, consegue-se teruma competitividade maior. Dá paraperceber, nesta transição de juniorespara seniores, os jogadores que real-mente têm uma margem de progres-são maior e a mantê-los próximos dofutebol de mais alto nível.

Havia quem questionasse a criaçãoda liga Revelação devido à existên-cia das equipas B na segunda liga.Pensa que isso é algo que se está adesfazer com o passar das jornadas?Sim. Já há mais clubes interessadosem competir nesta prova, porque ébom para o crescimento dos jogado-res, ter este espaço para competiremnuma liga que tem muita qualidade

muita intensidade. A Federação Por-tuguesa de Futebol pensou tambémnisso, na intensidade de jogo que sepratica. E havendo intensidade e qua-lidade, o jogador fica mais perto deatingir os níveis de exigência das prin-cipais ligas. As equipas B, para os clu-bes de maior dimensão, serviam paraisso, mas agora existe aqui um lequede clubes que optaram pela liga reve-lação para ocupar esse espaço.

O Aves tem sido uma das equipas quemelhor aproveita esse espaço de pro-gressão de jovens jogadores para de-pois aplicá-los à equipa principal.O Aves está aproveitar jogadores paraa equipa principal quer a nível de trei-no, quer as convocatórias. Há mais equi-pas que o fazem, por exemplo, o Bele-nenses tem um jogador que tem es-tado em destaque. Depois, há clubesem que não é tão fácil dar esse saltopara a equipa principal.

Pensa que esse aproveitamento dejogadores por parte do Aves ou doBelenenses pode estar ligado com aprópria dimensão dos clubes, ou se-ja, estas equipas de sub-23 seremmais úteis a clubes de menor dimen-são do que aos ‘grandes’?É possível que assim seja. Depois háa questão que os clubes terem quepensar em futuros negócios. Temostido observadores de clubes estrangei-ros em jogos da liga Revelação. Istopode ter uma componente de negóciopara futuras mais-valias para os clubes.O Aves, ao fazer este trajeto de apos-

ta nestes jovens, poderá acrescentarvalor para o futuro a nível financeiro.

Falámos da ligação com a equipasénior, mas o Aves tem uma forma-ção com muitos escalões . Existe essaligação também entre a equipa desub-23 e os juniores?A ligação é a mesma. Também nóstemos chamado alguns juniores paratreinar nos sub-23. Logicamente, nãopodemos aumentar muito o númerode jogadores para que depois o pro-cesso de treino possa resultar com flui-dez. Temos o André Duarte e o DiogoBaptista a treinar connosco há algumtempo e já chamamos outros atletasjuniores para integrarem o treino por-que existem, sem dúvida alguma, mais-valias nos juniores para no futuro inse-rir nos sub-23 e quem sabe depois fa-zerem o trajeto até à equipa principal.

Ganhar a primeira edição da Liga Re-velação significaria ficar nos regis-tos do futebol português. À entradapara esta última fase da época, pen-sa nesta forma ou isso ainda não lhepassa pela cabeça?Não, de todo. Estamos focados nonosso dia a dia, essencialmente o pró-ximo jogo. Penso que se começarmosa olhar para o longo prazo, esquece-mo-nos das tarefas diárias. No fute-bol, sabemos, tão rápido se está emalta como de repente as coisas des-moronam-se. Pensamos jogo a jogo,no nosso quotidiano, com o foco nopróximo adversário e nas formas deo encarar da melhor forma. A partir

daí, veremos até onde podemos ir.

Posso inferir das suas palavras queainda não há uma tabela classificati-va no balneário.(risos) Não, de forma alguma.

Sente nos jogadores do plantel quetreina, que o facto de estarem no to-po da tabela e terem esta possibili-dade de vencer uma competição, osestá influenciar de alguma forma?Isto pode influenciar de duas ma-neiras, positiva ou negativamente, por-que pode aumentar os níveis de an-siedade e nós aqui não queremosque isso aconteça. O nervosismo nãose pode apoderar dos jogadores, porisso tentamo-nos focar nas nossastarefas diárias, sem olhar a longo pra-zo e tentámos que a equipa estejaequilibrada emocionalmente.

Quem viu o jogo contra o Benficapode atestar a tenacidade e motiva-ção dos jogadores.Sem dúvida, mas o que eles fizeremserá fruto do trabalho que têm vindoa desenvolver. Se eles não estivessempreparados, nunca conseguiriam che-gar aquela vitória. Só que no futebol,tudo acontece muito rápido e aindano último jogo não conseguimos ven-cer porque sofremos um golo na com-pensação. Agora, com a maneira co-mo a equipa se dedica, como a equi-pa acredita, e com a tremenda ambi-ção destes jogadores, acreditamos quepodemos vencer todos os jogos.

Acabou de utilizar a expressão êxito.No final desta temporada, o que é parao Leandro Pires, alcançar o êxito?Para mim, êxito é a contínua evolu-ção dos jogadores como têm feitodurante este trajeto de alguns me-ses. Os jogadores cada vez percebemmelhor o jogo, cada vez estão maispreparados para serem inseridos emplantéis profissionais. Isso é o êxito.Depois, as vitórias ou derrotas de-pendem de pormenores. |||||

“Enquanto treinador, tento incutir um fortesentido de espírito de grupo, união entrejogadores, a garra com que se joga no Aves eque os adeptos gostam de ver.

Havendo intensidade e qualidade, ojogador fica mais perto de atingir osníveis de exigência das principais ligas.“

FOTO: VASCO OLIVEIRA

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OPINIAO~~~~~

Num artigo recente de opinião de“A Voz da Galiza”, Marina Mayoralpronunciava-se acerca de um Video-jogo” designado “Rape Diem”, o Diada Violação, que estaria previsto paraser comercializado em Espanha nestefinal do mês de março. No essencialconsistia em colocar os seus usuári-os num contexto de luta contra umassassino que se propunha operarum “apocalipse zombi” através deuma macabra operação de “acossar,matar e violar mulheres em série” comum grande luxo de detalhes (algoque não deixa já de ser já uma prá-tica genocidária em países com con-frontos étnicos como no Iémen). Fe-lizmente os protestos dos consumi-dores e das instituições foram tãoassertivos junto dos órgãos de tute-la que este jogo acabou por ser inter-dito. Contra a empresa que natural-mente não vai abdicar do produtoporque considera que a lógica des-tes jogos é exatamente a de propor-cionar aos seus usuários práticas que,sendo proibidas na realidade, fun-cionam no mundo da ficção e dosubconsciente como inibidoras elibertadoras de pulsões inconscien-tes tornando-as inócuas, diz a mes-ma articulista que a violência, a crimi-nalidade e a guerra já são legaliza-das nestes jogos de entretenimentomas que a violação, nestes contex-tos de ficção, ainda não tinha sidoabordada, pelo que não se admira-rá que o tal “Rape Diem”, venha um

Desafios contra a Barbárie

O MIEC, Museu Internacional de Es-cultura Contemporânea, inicialmenteconhecido como “Museu ao Ar Livre”,é um dos mais relevantes ex-libris dacidade de Santo Tirso.

Com cerca de 23 anos de existên-cia, colocou a cidade no mapa dosroteiros mais relevantes da esculturamundial.

Aquilo que começou por ser umaideia genial do renomado escultor eartista plástico Alberto Carneiro, recen-temente falecido, transformou-se numadecisão política, em 1996, de JoaquimCouto, como presidente de câmara.

De repente, Santo Tirso mudou devisual. Começaram a aparecer as cé-lebres esculturas ao ar livre, nos vári-os espaços verdes espalhados pelacidade.

Lembro-me bem da surpresa ge-ral, pelo inusitado, da maioria dosmunícipes. Os leigos nestas coisas daescultura, nos quais me incluo, tor-ceram o nariz a algumas peças maisarrojadas e de mais difícil entendi-mento artístico.

Fizeram-se piadas com algumasdelas, e depressa elas (as piadas) fo-ram adaptadas para servir de armade arremesso político.

Distraídos, muitos ignoraram quenem sempre a nossa falta de compre-ensão para as artes e para o resulta-

Repetir osmesmos erros

do artístico serve de mote para a críti-ca, o enxovalho, a maledicência. A ig-norância nunca é boa conselheira.

Numa tentativa de cavalgar a per-cepção que se tinha – e que estavaerrada – de existir uma maioria de tir-senses críticos do “Museu ao Ar Li-vre”, o PSD de então verberou contraos custos exorbitantes das esculturas.

O “Museu ao Ar Livre” de SantoTirso foi objecto de centenas de arti-gos nas mais diversas publicações in-ternacionais. Trouxe ao nosso conce-lho milhares de turistas. Fomentou edinamizou a economia local. ColocouSanto Tirso no mapa internacional.

E as esculturas aí estão para nossoorgulho e para gáudio de quem nosvisita. Críticas já ninguém as ouve.Aquelas figuras escultóricas fazemdefinitivamente parte da paisagem danossa cidade. E ainda bem.

Lembro-me sempre disto quandovejo movimentos inorgânicos e semrepresentatividade tentarem travariniciativas que são benéficas para atin-gir fins que me merecem todo o aplau-so: dinamizar a economia local, atra-ir visitantes, divulgar a cidade e o con-celho nos mercados internacionais.Dois exemplos: a concentração demotards e a pedonalização de váriasartérias do centro da cidade. |||||

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SILVA E JOSÉ ALVES DE CARVALHO (VOGAIS).

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REDAÇÃO: PAULO R. SILVA E LUDOVINA SILVA.

O ESTATUTO EDITORIAL DO ENTRE MARGENS PODE SER LIDO EM:

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COLABORADORES: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, NUNO MOTA, MIGUEL MIRANDA,

ADÉLIO CASTRO, FELISBELA FREITAS, FELISBELA LUÍS FREITAS, MARIA ANTÓNIA BRANDÃO, HUGO RAJÃO, ASSUNÇÃO

LINO, CELSO CAMPOS, LUÍS AMÉRICO FERNANDES, SÍLVIA ABREU.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO.

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS.

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: MANUEL AZEVEDO.

DISTRIBUIÇÃO: NARCISO GONÇALVES.

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA DE S. BRÁS, 1 - GUALTAR 4710 -073 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 625 - 11 ABRIL 2019

dia a obter a comercialização já que,como diz, “a liberdade de expressãoé hoje refúgio para muitos dispara-tes”, manifestando no entanto o seujúbilo pelo facto de tal “aberração”ter sido contida pelos protestos daopinião pública.

E, nem de propósito, num outrotexto do mesmo periódico da Galiza,no dia imediato, Sandra Faginas narubrica “Mira y verás”, intitulado “Por-tugal no quiere Realities”, a autora davacomo condenada ao insucesso e comfim à vista no final de março, a ver-são portuguesa de “Granjero buscaesposa”/ “Quem quer casar com umagricultor”, dizendo que os telespec-tadores portugueses optam de pre-ferência por programas e concursosde cozinha e de talentos, constatan-do que o reality show “Quem quercasar com o meu filho” também nãoconcitava os níveis de audiência es-perados. Comparando, depois, ten-dências entre telespetadores espa-nhóis e portugueses, afirmava queo telespetador português se não di-verte tanto com as “broncas y lios” dos“reality shows” puros e duros masoptam de preferência pelas teleno-velas brasileiras e produções nacio-nais que tanta audiência têm tidoenquanto em Espanha é público quea versão do “Gran Hermano paraparellas” repetiu recentemente a li-derança com 2.225.000 telespeta-dores e 19% de quota média deaudiências.

Sirvam estes dados e exemplospara repor em bases e lógicas coeren-tes e assertivas o coro de protestose condenações contra a violênciadoméstica e, em geral, a violênciasexista e os abusos cometidos, o maisdas vezes, contra as mulheres porsexo sem consentimento, mas tam-bém contra a pedofilia que campeou

por áreas e setores da sociedade di-tas “respeitáveis” e, para maior escân-dalo, por meios eclesiásticos à parti-do insuspeitos de tais atentados. Éque não basta verter “lágrimas decrocodilo” e “bradar aos céus” contraestes “atentados e barbaridades”, queo são tristemente; urge alicerçar asua condenação numa profunda re-conversão a valores fundamentais deestima e respeito pela pessoa do “ou-tro” e na formação de “mentes sãs”que não são compatíveis com o he-donismo e a promoção nos “media”de grande difusão de programas deentretenimento cada vez mais expos-tos à libertinagem, a comportamen-tos anti-sociais ou mesmo de umaventureirismo avesso a todos os có-digos de moralidade. Também nãobasta acreditar que a livre concorrên-cia entre canais e a medição de au-diências venham a operar a regu-lação e o equilíbrio de conteúdosporque bem sabemos que, com aguerra de audiências, no ponto emque se encontra, se falha a apostanum “Casados à primeira vista”ou“O carro do Amor”, há de por forçainventar-se uma aposta ainda maisimpactante, como “Começar deNovo” ou, por hipótese, “Voltar à parrade Adão e Eva e à pedra lascada”.Não admira, por isso, que um últi-mo avatar de uma ficção nihilista,como “o Momo”, se insinue nas tei-as globais da Net entre crianças ejovens, os debutantes ingénuos, des-prevenidos e desacompanhados poruma geração de adultos alienados,sugestionando-os a cumprirem pro-vas de auto-anulação que vão des-de a mutilação corporal ao suicídio,o que é apenas a mais recente esca-lada de um desafio que está a pôr àprova a nossa resiliência coletiva con-tra a barbárie. |||||

Pedro Fonseca

Luís Américo Fernandes

Críticas já ninguém asouve. Aquelas figurasescultóricas fazemdefinitivamente parteda paisagem da nossacidade. E ainda bem.

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CARTOON // VAMOS A VER...

Um dos meus escritores portugue-ses favoritos é Eça de Queiróz, o seuestilo literário é condimentado poruma capacidade descritiva dos espa-ços e das personagens que facilmen-te nos sentimos no espaço e no tem-po da história. No entanto de todaa obra que li de Eça, houve uma maiscomplexa na trama e nas persona-gens: “O Mistério da Estrada de Sin-tra” que Eça escreveu com RamalhoOrtigão. Nesta história havia as per-sonagens “os mascarados”, “ e quemnunca se sentiu a necessidade de umpapel e lápis para seguir a trama comos “mascarado alto” os “mascaradobaixo”. O mesmo podemos dizer daobra “Guerra e Paz” de Lev Tolstoionde a dificuldade de seguir a tra-ma com tantos nomes das famíliasprotagonistas da história. Com istoquero dizer que as personagens eas suas ligações são por vezes com-plexas que para seguir uma históriaaté perdemos o foco da mensagemdo escritor.

Com isto quero dizer que nosúltimos dias fomos presenteadoscom uma trama, digna de uma nove-la ou romance, acerca do nossoGoverno ser afinal uma grande fa-

Endogamia A Educação

Com todos os avanços sociais e tec-nológicos aos quais assistimos qua-se diariamente, é curioso notar queo cerne de todo o progresso, a edu-cação e o ensino, se mantém comprincípios e tradições retrógrados,evoluindo frequentemente na direçãooposta à do resto da sociedade.

Como é que ensinamos os jovensdo século XXI? Com a pressão detestes e entregas, com trabalhos decasa e regras rígidas sobre como sedeve aprender, com salas de aula maisdo que cheias e alunos forçosamen-te agrupados de forma a podermosetiquetá-los todos de uma forma lim-pa e organizada: “estes são os esper-tos, estes são os que estudam, estessão os que falam nas aulas” ou “estessão os que não gostam de matemáti-ca, estes são os que não gostam delínguas”. Cabe mesmo na cabeça dealguém que quaisquer duas criançassão iguais e que qualquer jovem podeser rotulado com três ou quatro fra-ses e não se ver stressado para esca-par da bolha onde o forçam a viver ea estudar?

É fácil regurgitar uma ligeira dis-torção das palavras dos manuais paraa turma, passar uns trabalhos de casa,fazer uns testes e usar uma fórmulamais ou menos fixa para dar notas. Éfácil porque é automatizável; é fácilporque é estruturável; é fácil porquetrata tudo - notas, alunos, problemas,professores e escolas - como núme-ros que aparecem depois num qua-dro de estatísticas; é fácil porque res-tringe a pouco mais de uma dúziaos caminhos que as crianças podemtomar.

Quais são as normas recomen-dadas para melhorar a formação dosjovens? Precisamente as opostas àsque se reforça, por exemplo, em Por-tugal: recomenda-se turmas com umnúmero reduzido de alunos, um cortenos trabalhos de casa, um foco navertente social da aprendizagem. Oque se faz por cá? Aumenta-se ostrabalhos de casa para dizer que sepõe as crianças a trabalhar; enche-se

mília. E o que há de mais importan-te se não a família? Ao longo dosúltimos dias, todos os jornais forampublicando uma teia de ligaçõesfamiliares entre governantes e as-sessores e ficamos a saber que pelomenos há 50 casos de familiaresnomeados. Temos de tudo, pai e fi-lha marido e mulher (o que mais há)irmã, cunhados e primos.

Já Salazar dizia: Deus, Pátria e Fa-mília, os valores mais altos da Naçãoe este Governo já começou a seguiressa doutrina dando grande impor-tância à família, pelo menos à deles.

O que há de errado em ter a mu-lher, o primo, o tio a trabalhar nomesmo Ministério? Nada e tudo aomesmo tempo. Ora, se como diz ogoverno, as pessoas são muito qua-lificadas para os cargos e, por isso,não devem ser discriminadas porterem familiares políticos, tambémpodemos questionar qual a indepen-dência ou isenção que um gover-nante tem perante a gestão do tra-balho de um familiar directo seu?Será que só os desgraçados dos pri-mos e das mulheres é que têm ca-pacidades para trabalhar no Gover-no? Não temos portugueses com ca-pacidades de exercerem as mesmasfunções sem qualquer laço para alémdo profissional? Se temos uma em-presa e contratamos familiares, issoé problema nosso, aqui estão a con-tratar familiares a serem pagos como dinheiro dos contribuintes.

As histórias que Eça conta nosseus romances, apesar de terem mais

de 100 anos, são muito actuais,contam a promiscuidade na políti-ca, o amiguismo e, mais que a com-petência continua a ser muito valori-zado a família, sobretudo a política.

Mas como tudo na vida, há sem-pre um lado positivo nas coisas, comesta história ficamos todos mais ri-cos intelectualmente. Pois ficamos asaber o que significava a palavra “en-dogamia” circunscrita a meios cien-tíficos: reprodução sexual entre seresdo mesmo sangue (parentes), orasabemos o que acontece quandoas pessoas se reproduzem com pa-rente próximos. Do ponto de vistapolítico não sabemos o que vai dareste cruzamento de parentes.

Se o Eça de Queiróz fosse vivocertamente escreveria um bom ro-mance com esta “endogamia” toda.|||||| texto escrito de acordo com o antigoacordo ortográfico

as salas para reduzir os custos cominfraestrutura, logística e professores;aumenta-se o número de testes e exa-mes e testes intermédios e provas deaferição e mil e duas avaliações paracrianças que nem sequer dez anostêm. Não é doentio atribuir um nú-mero (ou um Satisfaz, que equivale aum número) a crianças que se preo-cupam, e muito bem, com pouco maisdo que brincar e fazer amigos?

Cria-se um ambiente de competi-ção entre os alunos, um ambienteonde se ensina que é mais importan-te saber usar o Teorema de Pitágorasdo que ser feliz e ter amigos e, maisgrave que isso, onde as duas coisassão quase mutuamente exclusivas:que ou se fala para o lado na salaou se tem boas notas.

Se há quem singre e consiga su-ceder académica ou socialmente, fá-lo não por causa do sistema, masapesar do sistema: por mérito de pro-fessores excecionais e de pais incan-sáveis; por mérito de desvios ao pro-cesso educativo natural que fazemjovens florescer. Está na hora de dardescanso a quem luta contra esteterrível sistema e avançar na direçãodo futuro. |||||

Tiago Grosso

Cria-se um ambiente decompetição entre osalunos, um ambienteonde se ensina que émais importante saberusar o Teorema de Pitá-goras do que ser feliz eter amigos e, mais graveque isso, onde as duascoisas são quase mu-tuamente exclusivas”.

“As histórias que Eçaconta nos seus roman-ces, apesar de teremmais de 100 anos, sãomuito actuais, contama promiscuidade napolítica, o amiguismoe, mais que a com-petência continuaa ser muito valori-zado a família, sobre-tudo a política”.

Rui Miguel Baptista

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ATUALIDADE

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Uma medida de importância vital, luta doPCP desde 1997, para a qual os tirsensesirão ser prejudicados por “incompetên-cia política” da câmara municipal e doconselho metropolitano, acusa Jaime Toga,membro da Comissão Política do ComitéCentral do PCP.

Em conferência de imprensa no centroda cidade de Santo Tirso, após duasações de rua de sensibilização sobre onovo passe único, os comunistas afirmamque o adiamento da entrada em vigor dopasse intermodal no concelho de SantoTirso vai prejudicar as famílias tirsensesem centenas de euros relativamente àrestante área metropolitana, que desde1 de abril usufrui dos significativos des-contos nos passes.

Com data de implementação previstapara 1 de junho, facto anunciado pelopresidente da câmara há duas semanas,Jaime Toga diz que “houve profunda inca-pacidade e incompetência no tratamentodeste processo” por parte das câmaras queagora estão a pagar o atraso, como SantoTirso, já que esta não foi uma medida “quesurgiu há dois ou três meses”, tendo sido“negociada e aprovada no Orçamento deEstado em novembro do ano passado”.

Para o dirigente comunista, as explica-ções para o atraso na implementação da

PCP/Santo Tirso responsabilizacâmara e AMP pelo atraso naimplementação do Passe ÚnicoATRASO DA ENTRADA EM VIGOR DO PASSE ÚNICO NO CONCELHO DE SANTO TIRSO É ALVO DE CRÍTICAS POR PARTEDOS COMUNISTAS QUE ACUSAM A CÂMARA DE INCOMPETÊNCIA POLÍTICA NA CONDUÇÃO DO PROCESSO

medida em Santo Tirso, “caem todas elasem cima da câmara e conselho metropo-litano”, referindo-se à falta de validadoresno mercado e às parcerias com os opera-dores privados citados pelo presidente dacâmara aquando do anúncio da medida.

“O argumento de que não há vali-dadores disponíveis, não colhe, porque

público não participe de imediato comuma medida que responsabiliza o gover-no e que está incluída no OE.”

Na verdade, segundo Jaime Toga, des-de novembro que o PCP tem alertado oconselho metropolitano para atrasos naimplementação da medida. “Em novem-bro reunimos com o conselho metropo-litano e alertamos para a necessidade denão atrasar a entrada em vigor do pro-cesso e infelizmente o conselho metro-politano não atentou aos alertas coloca-dos”, lamentou o dirigente.

Contactada pelo Entre Margens, a câ-mara de Santo Tirso “lamenta as declara-ções irresponsáveis” dos comunistas que,acusam, “apenas tenta lançar a confusãona opinião pública, numa atitude mera-mente eleitoralista” que tem como objetivo“encontrar um argumentário político paradefender uma medida que não é sua e daqual se quer apropriar.”

A autarquia tirsense nota que “teve umaparticipação ativa no diálogo com os ope-radores que prestam serviço no município”e que, fruto desse esforço, vai ser possívelimplementar a medida já em maio. ||||||

acredito que em duas semanas não sejapossível encontrar centenas de validado-res, mas em seis meses, tempo a partir doqual deveriam ter começado a tratar estamedida, este problema não se colocaria”,atacou Jaime Toga

Já sobre a CP, os comunistas não vêmqualquer razão para que “o operador

POLÍTICA | MOBILIDADE

PCP DE SANTOTIRSO NAS RUASDA CIDADE DEPOISDE PASSAGENSPELA ESTAÇÃO ECENTRAL DETRANSPORTES

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Os utentes de Santo Tirso queutilizem os operadores Arriva,Landim, Pacense e CP urbanosjá vão poder usufruir das van-tagens do passe único, isto é,pagar 30 euros para circulardentro do Município, ou até trêszonas contíguas, e pagar 40euros para outros concelhos daÁrea Metropolitana do Porto(AMP), a partir de 1 de maio.

A entrada em vigor da me-dida, como explica JoaquimCouto, só estava prevista parajunho, dada a necessidade deos operadores de transportesadquirirem as máquinas valida-doras necessárias.

Ao longo de todo o proces-so, “a câmara teve uma partici-pação ativa no diálogo com osoperadores que prestam servi-ço no município de Santo Tirso,de forma a que a implementaçãodo passe único fosse efetuadao mais rapidamente possível“,aponta o presidente.

Joaquim Couto recorda quea implementação do passe úni-

PREVISÕES APONTAVAM PARA 1 DE JUNHO,CONTUDO O DIÁLOGO ENTRE A CÂMARAMUNICIPAL E OS OPERADORES PRIVADOS VAIPERMITIR QUE AS VANTAGENS DO PASSEÚNICO ENTREM EM VIGOR NO CONCELHO DESANTO TIRSO UM MÊS ANTES.

Passe Únicoafinal chega jáa 1 maio

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“Estamos a falar de um progra-ma onde o município se assu-me como o primeiro a ter ilu-minação LED em todo o seuterritório com um investimen-to feito através de um concur-so público internacional, ondea câmara não assume esse in-vestimento, sendo pago pelapoupança de energia”, explicaJoaquim Couto em pleno par-que de lazer da Torre, em Arei-as onde se efetuavam a subs-tituição das luminárias tradici-onais por LEDs, processo quese encontra na fase final e con-clusão prevista para maio.

O investimento de cerca de3,3 milhões de euros ficou a

SANTO TIRSO É UM DOS PRIMEIROS CONCELHOS DO PAÍS COM ILUMINAÇÃOPÚBLICA CEM POR CENTO LED. POUPANÇA RONDA OS 250 MIL EUROS ANUAIS

Iluminação LED faz de SantoTirso um concelho pioneiro

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co na AMP, e em particular nomunicípio, “é uma medida degrande alcance social, que vaibeneficiar milhares de utentes”.Em causa, aponta, “está uma ver-dadeira revolução na área dostransportes, ao permitir a inter-modalidade entre os diferentesoperadores e entre territórios”.

Quanto aos operadores pres-tam serviço no concelho de San-to Tirso, a Transdev e a Rodoviá-ria D’Entre Douro e Minho estãoem processo de aquisição dos va-lidadores, sendo que entram nosistema de passe monomodalcom os mesmos valores de 30 e40 euros que o passe único. |||||

MUNICÍPIO | MOBILIDADE

O passe único sóestava prevista parajunho, dada anecessidade de osoperadores detransportes adquiri-rem as máquinasvalidadoras

cargo da empresa que ganhouo concurso público internacio-nal, o que se traduz, numa pri-meira fase, em poupanças de250 mil euros anuais. No en-tanto, esclarece o presidente,esse valor será bastante superi-or no final do contrato de con-cessão, onde toda a poupançaficará para a câmara municipal.

Esta medida “emblemática”surge em linha com a estraté-gia municipal relacionada como ambiente que, por sua vez,está em sintonia com os parâ-metros dos programas 2020e 2030 no âmbito das altera-ções climáticas e desenvolvi-mento sustentável, já que amudança para iluminação LEDsignifica a redução das emis-

sões de CO2 e o aumento dosníveis de eficiência energética.

Neste investimento, que estáquase concluído, foram substi-tuídas cerca de 12 mil luminá-rias. “Já tinha havido a coloca-ção, por parte da EDP e de umoutro programa, de cerca de5 mil, o que faz com que oconcelho de Santo Tirso fiquecom 20 mil luminárias LED, ouseja, praticamente coberto comeste tipo de iluminação”, adi-anta o presidente da câmara.

Segundo avança a autar-quia em comunicado, ficamapenas a faltar 3500 luminá-rias que estão sob alçada dasCooperativas Elétricas de Vila-rinho e Roriz e que serão subs-tituídas até ao final do ano. |||||

MUNICÍPIO | ILUMINAÇÃO PÚBLICA

NESTEMOMENTO, OMUNICÍPIO TEMJÁ MAIS DE 20ILUMINÁRIASLED. FALTAM3500 PARA ACOBERTURA SERTOTAL

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ATUALIDADE

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Uma noite de celebração e homena-gem em mais sentidos do que um. Anoite de comemoração do 64º ani-versário da elevação de São Migueldas Aves a vila tinha como destino o

SESSÃO SOLENE DE CELEBRAÇÃO DO 64º ANIVERSÁRIO DAELEVAÇÃO A VILA HOMENAGEOU AS FIGURAS QUE SEDESTACARAM NO ANO QUE PASSOU E OS AUTORESPUBLICADOS QUE FAZEM PARTE DO LEGADO DE UMA TERRA

Um aniversário dedicadoaos seus protagonistas

Av. Comendador Silva Araújocom reparaçõesfinanciadas pela garantia

bolo e champanhe característicos dequalquer aniversário, mas no cami-nho até lá fez paragens por algunsnomes que fazem parte do ADN davila, recentes e distantes.

Como cenário da sessão solene,onde marcou presença o presidenteda câmara Joaquim Couto, talvezcomo forma de vincar uma nova erade relações institucionais entre juntade freguesia e município, foi organi-zada uma exposição dedicada aosautores da vila que publicaram obra.

O gesto parece simples, contudotem um efeito muito prático. Colocarnuma só sala décadas de história atra-vés dos protagonistas que escreveram,do verso ao ensaio, sobre as temáticasmais abrangentes. Uma forma de via-gem diegética sobre a evolução de umavila e de uma comunidade, compiladae organizada por Joaquim Moreira.

Juntar no mesmo espaço os ver-sos de Fernandes Valente Sobrinho,entoados na própria voz que deli-ciaram a sala, com a prosa de ArnaldoGama, os estudos sobre educação eensino de José Pacheco, ou até o le-gado teórico e espiritual de Manuelda Silva Mendes, revela uma teiadiversificada de influências geográfi-cas, sociológicas e intelectuais.

Nem só dos protagonistas das le-tras se fez a noite. A junta de fregue-sia resolveu abrir espaço nas festivi-dades para homenagear algumas dasfiguras que durante o ano de 2018levaram o nome de Vila das Avesbem longe do desporto às artes, pas-sando pela educação.

O repleto Salão Nobre da juntade freguesia recebeu as atuações doscoros da Universidade Sénior de Viladas Aves e da ARVA. As festas davila, tal como acontecera no ano tran-sato decorrem de 31 de maio a 2 dejunho, no estacionamento do Está-dio do Clube Desportivo das Aves. |||||

Numa altura em que na EN-105 con-tinuam as obras de repavimentaçãode todo o piso da ligação entre Viladas Aves e Santo Tirso, responsabili-dade das Infraestruturas de Portu-gal (IP), a avenida Comendador Sil-va Araújo está a ser alvo de repara-ções cirúrgicas em pontos proble-máticos do troço.

As anomalias detetadas levarama câmara de Santo Tirso a ativar a

ESTRAGOS NO PISO E PASSEIOS DE UM DOS PONTOSNEVRÁLGICOS DA CIRCULAÇÃO DE TRÂNSITO EM VILA DASAVES LEVAM CÂMARA A ATIVAR GARANTIA JUNTO DOEMPREITEIRO RESPONSÁVEL

VILA DAS AVES | 64º ANIVERSÁRIO

garantia da obra junto do emprei-teiro responsável, encontrando-se aser reparados os “passeios que es-tejam danificados, substituição delancis partidos e fresagem com apli-cação de nova camada de desgaste dospavimentos da faixa de rodagem embetão betuminoso”, segundo confir-mou a autarquia tirsense ao EntreMargens. A empreitada está avalia-da em cerca de 48 mil euros. |||||

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‘Calendário de Afetos’ assinala mês daprevenção dos maus tratos infantis

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“Não pode haver violência contra as cri-anças e portanto é preciso atacar esseflagelo social.” Quem o afirma é JoaquimCouto, presidente da câmara municipalde Santo Tirso em declarações aos jor-nalistas no final da sessão de apresenta-ção do “Calendário de Afetos”, iniciativadesenvolvida numa parceria entre o mu-nicípio e a Comissão de Proteção de Cri-anças e Jovens (CPCJ) e que durante todoo mês de abril vai sensibilizar toda a po-pulação para este flagelo social.

INICIATIVA EM PARCERIA DA CÂMARA DE SANTO TIRSO E A CPCJ VAI DECORRER DURANTE TODO O MÊS DE ABRIL COMO OBJETIVO DE SENSIBILIZAR A COMUNIDADE PARA A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DOS MAUS-TRATOS NA INFÂNCIA

SANTO TIRSO | PREVENÇÃO DOS MAUS-TRATOS

À entrada dos Paços do Concelho es-tará colocado “um calendário espetacularcom um grafismo muito apelativo”, comdois metros de altura, que todos os diasterá uma mensagem de afeto diferente.A versão em ponto pequeno do calen-dário será distribuída por todos os alu-nos do 1º ciclo do concelho. O laço azul,associado ao tema desde que, em 1989,Bonnie Finney o usou como símbolo daluta contra a violência a que os seus doisseus dois netos eram sujeitos continua-rá a ser símbolo maior da campanha.

Como explica Joaquim Couto, os maus

tratos na infância, tal como outros flagelossociais, devem ser atacados através daprevenção e não a posteriori. “Sabemospelos números que em situações de maiordesespero social, desemprego, crise econó-mica, destabilização dos sistemas de edu-cação e saúde, a violência aumenta”, ouseja, na opinião do autarca, “a estabilida-de da família, a estabilidade social e dosistema educativo previne esta violênciae evita que muitos casos aconteçam.”

“Há uma relação quase direta entreaquilo que proporciona o Estado Social,como o entendemos na Europa e os ní-

veis de violência”, remata Joaquim Couto,apelando entre todos os agentes sociaispara divulgar a mensagem.

Em nota de imprensa, o municípioinforma que, segundo os dados disponi-bilizados pela CPCJ de Santo Tirso, asautoridades policiais e os estabelecimen-tos de ensino são quem mais sinaliza es-tes casos de maus-tratos na infância, masos elementos anónimos da comunidadejá surgem como a terceira entidade quedenuncia. As situações identificadas noconcelho de Santo Tirso estão sobretudorelacionadas com a exposição das crian-ças e jovens a comportamentos que afe-tam o seu desenvolvimento, nomeada-mente violência doméstica, consumos deálcool e estupefacientes ou conflitosparentais pós divórcio.

Já os comportamentos de risco adota-dos pelos jovens prendem-se com consu-mos de substancias licitas e ilícitas, compor-tamentos graves, antissociais e indisciplinae situações que colocam em causa o direitoà educação. Os mais afetados são jovensdos 15 aos 17 anos, ainda que dos 11 aos14 também se registe uma vasta diver-sidade de problemáticas associadas. ||||||

OS MAUS TRATOSNA INFÂNCIA, TALCOMO OUTROSFLAGELOS SOCIAIS,DEVEM SER ATACA-DOS ATRAVÉS DAPREVENÇÃO E NÃOA POSTERIORI, DIZJOAQUIM COUTO

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CULTURA12 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2019

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Um dia que certamente ficará no qua-dro de honra, quer do Centro Cultu-ral Municipal de Vila das Aves (CCMVA), quer do agrupamento de es-colas de São Martinho. À sétima edi-ção, a exposição “Recriar”, uma dasiniciativas mais acarinhadas da co-munidade escolar campense, deu umpasso de gigante e afirmou-se comoevento cultural em nome próprio.

Graça Morais, nome maior dasartes plásticas e visuais nacionais, pin-tora por excelência, foi tema e prota-gonista dos trabalhos que os alunosde todo o agrupamento de escolasde São Martinho se lançaram a fa-zer, recriando obras e temáticas quea artista evidencia nas suas peças.

A surpresa estava guardada parao dia da inauguração quando a pró-pria Graça Morais é recebida no audi-tório do CCMVA com o carinho quea sua figura requer. “É um momentode grande orgulho que todos os sal-tos qualitativos que demos ao longo

FIGURA MAIOR DAS ARTES PLÁSTICAS NACIONAIS PAS-SOU PELO CCMVA A CONVITE DO AGRUP. ESCOLASSÃO MARTINHO COMO PROTAGONISTA MAIOR DEUMA EXPOSIÇÃO QUE VERSAVA SOB A SUA VIDA E OBRA.

tístico nacional, mostrou-se deliciadacom o trabalho efetuado pelos jo-vens artistas.

“Estão aqui resultados extraordi-nários”, começou por dizer GraçaMorais. “É uma alegria imensa quan-do um artista tem crianças e adoles-centes a conseguir criar obras tãointeressantes, tão sentidas inspiradasno trabalho de uma vida, é uma gran-de recompensa”, afirma.

Com passado ligado à educação,quando fora professora na década de70, Graça Morais aceitou “humilde-mente” o convite para se deslocar aonorte do país, desde a capital ondevive atualmente, a uma terra que a pró-pria diz nunca ter ouvido falar, por-

que sentiu que “as pessoas estão afazer um trabalho muito importantena educação e no ensino das artes.”

É precisamente nesse ponto, daeducação para as artes, cultura e cida-dania que Graça Morais se mostraplena de otimismo relativamente àsgerações futuras. “Só tenho que reco-nhecer que o país está no bom cami-nho porque quando os jovens têmesta sensibilidade para a arte vão serpessoas diferentes”, assinala a pintora.

Sem desvalorizar o ensino dasdisciplinas tradicionais, como o por-tuguês ou a matemática, Graça Mo-rais diz que é preciso “dar lugar aosonho, à imaginação, à liberdade dopensamento porque os meninos e osjovens têm que sentir que o ensinolhes dá liberdade.”

“Uma liberdade para se formaremcomo pessoas ou cidadãos”, conti-nuou, numa luta diária contra “a ar-rogância insuportável daqueles quese consideram acima das outras pes-soas por estupidez ou arrogância.”

É uma questão de sensibilidade erespeito com o outro. “A arte ensina-nos a respeitar as pessoas”, porquequando o ser humano faz arte, mú-sica, poesia, pintura, dança, dá o me-lhor que tem dentro de si. É o nossopatrimónio que é oferecido à comu-nidade”, sintetiza Graça Morais.

José Queijo Barbosa não podiaestar mais concordante. “É a mensa-gem que quero transmitir ao meucorpo docente e a toda a comunidadeeducativa”, indica o diretor. “As mi-nhas costelas ligadas à vertente artís-tica leva-me a pensar que há muitaescola a explorar nestas áreas.”

Ao final da tarde e da conversa,com uma pequena artista ao seu ladovisivelmente entusiasmada, GraçaMorais diz-se “maravilhada” com oque encontrou nesta visita. “Quan-do as escolas e as câmaras trabalhambem, o resultado é este”, acrescentoudirigindo o olhar para a jovem alu-na. “Ela está feliz. Tão feliz como seestivesse na praia.” |||||

destes sete anos, termos finalmentea presença de um dos artistas queserve de mote à exposição ‘Recriar’,especialmente uma figura como aGraça Morais”, afirmou o visivelmenteorgulhoso e entusiasmado JoséQueijo Barbosa, diretor do agrupa-mento de escolas de São Martinhohá quase 25 anos.

Com raízes transmontanas, tal co-mo a convidada, Queijo Barbosa vê aedição deste ano do ‘Recriar’ como“missão cumprida”, em vários senti-dos. “Missão cumprida porque temosuma exposição com sucesso e muitoparticipada com o auditório do CCMVA repleto. Por outro lado,” continuouo diretor, “missão cumprida porquetemos uma exposição digna com otrabalho realizado pelos alunos dasseis escolas do agrupamento queretrata bem a obra da Graça Moraise que a deixou fascinada.”

Sentimento que a própria confir-mou. Em conversa com o Entre Mar-gens, a celebrada e galardoada artis-ta, nome singular no panorama ar-

EXPOSIÇÃO | VILA DAS AVES

‘Recriar’ GraçaMorais sobo seu olhar“fascinado”

GRAÇA MORAIS COM JOSÉQUEIJO BARBOSA, DIRETORDO AGRUPAMENTO DEESCOLAS DE SÃO MARTINHO,DURANTE A VISITA ÀEXPOSIÇÃO QUE RECRIA OSEU TRABALHO ARTÍSTICO.EM BAIXO, A PINTORA COMSÍLVIA TAVARES E TIAGOARAÚJO, VEREADORES DAEDUCAÇÃO E DA CULTURA

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ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2019 | 13

www.ortoneves.pt

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

O Centro Cultural Municipal de Viladas Aves vai acolher mais uma edi-ção do Sonoridades. O evento conti-nua a trazer a este espaço um mistode nomes emergentes e consagradosda música portuguesa. Estão agen-dados os seguintes espetáculos, to-dos com início marcado para as 22horas: Mathilda (24 de abril), LulaPena (25 de abril), Luís Severo (26de abril) e Best Youth (27 de abril).

Os bilhetes encontram-se à ven-da no próprio Centro Cultural, na LojaInterativa de Turismo e na BibliotecaMunicipal de Santo Tirso. Os valoresvariam entre as opções de diário (4euros) ou de geral (12 euros).

MATHILDA – 24 DE ABRILMafalda Costa vem de Guimarães e,para as suas atuações ao vivo, levana bagagem os seus instrumentos deeleição: ukulele e guitarra elétrica. A

MÚSICA | SONORIDADES 2019

Vila das Avesrecebeas melhoresSonoridades do paísDE 24 A 27 DE ABRIL, O FESTIVAL REGRESSA AO CENTROCULTURAL MUNICIPAL DE VILA DAS AVES (CCMVA) PARATRAZER O MELHOR DO PANORAMA MUSICAL NACIONAL.INGRESSOS DIÁRIOS TÊM CUSTO DE 4 EUROS.

último, mais maduro e ponderado, foiconsiderado o melhor álbum nacio-nal desse ano para os leitores da extin-ta revista Blitz. “Pianinho”, também de2017, testemunha concertos num teorintimista. Tendo em conta a dimen-são da sala avense, um idênticointimismo estará garantido, mesmoque derive de outro(s) instrumento(s).

BEST YOUTH – 27 DE ABRILA dupla portuense junta indie rockcom dream pop de inclinação ele-trónica. O enorme sucesso de “HangOut”, incluído no EP “Winterlies”, de2011, catapultou o duo para patama-res elevados. Gravaram “HighwayMoon” em 2015 e “Cherry Domino”em 2018. A língua inglesa continuaa ter a preferência do duo. A sonori-dade tornou-se ainda mais dançável,preservando uma identidade melan-cólica. Ed Rocha Gonçalves cria eestrutura as composições a pensarnas características performativas deCatarina Salinas. Será expectável umanoite de fervilhante atmosfera. ||||||

cantautora esconde-se atrás do nomeMathilda e explora ambientes de enor-me sensibilidade. Curiosamente o títu-lo do registo “Lost Between Self Ex-pression and Self Destruction” (Planal-to Records) parece embater numa fra-gilidade e inocência que se imagina-ria. Está previsto um álbum a breveprazo que irá incluir “Small Fish LilacSkies”, single que se encontra dispo-nível para audição na plataformabandcamp.

LULA PENA – 25 DE ABRILCronologicamente já estamos distan-tes de “Pásión”, tema empolgante deRodrigo Leão, cantado por Lula Pena.A intérprete tem percorrido o seu ca-minho sem pressas, consciente doseu desígnio em encontrar a sua pazinterior e, consequentemente, dar-nosuma música o mais fluída possível.Editou “Phados” em 1998, “Trouba-dour” em 2010 e “Archivo Pittoresco”em 2017. Lança álbuns ao mesmo

ritmo que os nossos telemóveis oucomputadores se tornam obsoletos.Os seus trabalhos não são sinóni-mos de fado. Entra noutros territóri-os sonoros, tornando a guitarra acús-tica protagonista. Faz com que a vozseja uma mera acompanhante e pro-cura uma harmonia entre as palavrase as cordas. Utiliza várias línguas paraesculpir canções baseadas em ideiassimples, surrealistas ou mesmo som-brias. Caímos na tentação do jogode palavras demasiado fácil e óbvio:vai valer a pena.

LUÍS SEVERO – 26 DE ABRILÉ um artista em clara ascensão, depoisde nos presentear com “Cara d’Anjo”em 2015 e “Luís Severo” em 2017. Este

SONORIDADES ABRE A 24 DEABRIL COM MATHILDA(EM CIMA), RECEBEDEPOIS LULA PENA(AO CENTRO). A SEXTA-FEIRA FICA POR CONTADE LUÍS SEVERO, FAZENDO-SE O ENCERRAMENTOCOM OS BEST YOUTH

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14 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2019

VALE DO AVE

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Av. Comendador Silva Araújo, nº 3594795-003 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

O “Top Hospitals Award” é atribuído peloCHKS (Caspe Healthcare KnowledgeSystems) – entidade britânica independen-te, responsável pela Acreditação/Certifi-ca-ção da qualidade em organizações desaúde – e indicou o Centro Hospitalar doMédio Ave (CHMA) como um dos quatrocandidatos ao galardão.

As candidaturas são analisadas porum painel independente de peritos queescolhe as quatro que evidenciaram ex-celente desempenho nos processos deAcreditação e, portanto, melhoria muitoexpressiva da qualidade e da segurançados cuidados que presta.

A candidatura do CHMA foi selecio-nada de entre candidaturas de hospitaispúblicos e privados de vários países eu-ropeus da Inglaterra à Irlanda, Chipre,entre outros).

O vencedor deste prémio só será co-nhecido no próximo dia 12 de junho, du-rante uma cerimónia a realizar em Lon-dres, mas a nomeação já constitui, só porsi, um importante reconhecimento paratodos os profissionais do CHMA.

Depois da obtenção do reconheci-mento formal de acreditação da qualida-de organizacional, a CHKS convidou oCHMA a apresentar uma candidaturaidentificando os progressos mais signifi-cativos verificados durante este processode melhoria da qualidade. Este prémio éatribuído há duas décadas e é internaci-onalmente reconhecido. |||||

CHMA nomeadopara prémiointernacionalPRÉMIO DISTINGUE HOSPI-TAIS COM EVOLUÇÃO NOSDOMÍNIOS DA QUALIDADE DAPRESTAÇÃO DE CUIDADOS

|||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

A situação já não era auspiciosa no iní-cio do ano letivo, quando o Tribunal daRelação de Guimarães julgou procedenteo apelo de alguns credores e revogou aanterior aprovação do Plano Especial deRevitalização (PER) pelo Tribunal de Fama-licão. A sociedade detentora do colégio(Delfinópolis - Ensino, Técnica e Educa-ção) recorreu, mas a decisão final nãolhe foi favorável, tendo sido noticiada porvários órgãos de comunicação a decla-ração de insolvência da sociedade, o quedeverá ter como consequência o encer-ramento do colégio a breve prazo.

Na base da recusa da viabilização do

RIBA DE AVE // EDUCAÇÃO

Externato Delfim Ferreirana iminência de encerrarSOCIEDADE DETENTORA DO COLÉGIO VIU REJEITADO EM TRIBUNALPLANO DE REVITALIZAÇÃO E FOI DECLARADA INSOLVENTE

CERTIFICAÇÃO DEQUALIDADE

PER estiveram “as diferenças que o planoapresenta para os credores classificadoscomo instituições bancárias e financei-ras, por um lado, e os trabalhadores, poroutro”, diferenças que “revelam claro tra-tamento desfavorável e desproporciona-do em relação a esta última classe, derro-gando assim o princípio da igualdadede tratamento dos credores”, não sendoenunciadas “razões objetivas que justifi-quem o tratamento diferenciado”.

Recorde-se os problemas começaramna sequência das decisões governamen-tais de cortar o financiamento dos con-tratos de associação com estabelecimen-tos do ensino particular, e que o Exter-nato procedeu a despedimentos de pes-

soal docente e não docente, não tendoliquidado todos os vencimentos e com-pensações financeiras.

Na falta do apoio do Estado para aabertura de novas turmas ao abrigo decontratos de associação, o número de alu-nos foi drasticamente reduzido, dos 1500de há quatro anos para cerca de 180 eos prolemas financeiros dispararam.

Recorde-se que em termos de resul-tados em exames nacionais o ExternatoDelfim Ferreira esteve sempre no topo dosrankings e que a vila de Riba de Ave nãodispõe de estabelecimentos de ensinopúblicos para além do primeiro ciclo porter sido, ao longo de mais de 50 anosservida pelo Colégio Delfim Ferreira etambém pela Didáxis, sendo que esta co-operativa de ensino também viu fortemen-te reduzido o seu número de alunos nosúltimos três anos, pelas mesmas razões.

Paulo Cunha, presidente da câmarade Famalicão, solicitou ao Ministério daEducação uma reunião para perceberquais são as propostas e soluções paraeste conjunto de alunos face ao possívelencerramento do colégio e considerouque a “estabilidade” na educação é “re-levante”, mas o que “está a acontecer aoExternato põe em causa essa estabilida-de de forma mais rude”. |||||

OS PROBLEMASCOMEÇARAM NASEQUÊNCIA DASDECISÕES GOVERNAMENTAIS DECORTAR O FINAN-CIAMENTO DOSCONTRATOS DEASSOCIAÇÃO COMESTABELECIMEN-TOS DO ENSINOPARTICULAR

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ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2019 | 15

18 - FEIRENSE28 24 17 - CHAVES28 15

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - BENFICA 28 69

2 - FC PORTO 28 69

3 - SPORTING 28 61

4 - BRAGA 28 585 - MOREIRENSE 28 48

7 - BELENENSES SAD 28 39

9 - RIO AVE 28 32

10 - PORTIMONENSE 28 32

11 - V. SETÚBAL 28 31

6 - V. GUIMARÃES 28 45

28

13 - MARÍTIMO 28 30

16 - NACIONAL

28 2914 - BOAVISTA

28 28 15 - TONDELA28 27

12 - CD AVES 28 30

368 - SANTA CLARA

FC PORTO 2 - BOAVISTA 0

NACIONAL 0 - CD AVES 0

BELENENSES SAD 1 - SANTA CLARA 1

V. GUIMARÃES 4 - CHAVES 0MOREIRENSE 1 - BRAGA 0

FEIRENSE 1 - BENFICA 4

CHAVES - BELENENSES SAD

SANTA CLARA - MOREIRENSE

V. SETÚBAL 1 - MARÍTIMO 0

CD AVES - SPORTINGRIO AVE - V. GUIMARÃESMARÍTIMO - FEIRENSE

BOAVISTA - NACIONAL

PORTIMONENSE - FC PORTO

JORNADA 28 - RESULTADOS

BRAGA - TONDELA

SPORTING 3 - RIO AVE 0TONDELA 3 - PORTIMONENSE 3

BENFICA - V. SETÚBAL JOR

NADA

29

| 12

- 14

ABR

IL

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

FOTOS: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

É tempo de decisões. A pressão épalpável. Cada ponto vale ouro. Nofinal da 28ª jornada do campeona-to, o Desportivo até está em 12º lu-gar com 30 pontos, número mágicoda manutenção numa outra épocaqualquer. Mas com a garantida subi-da do Gil Vicente e a consequentedescida de três equipas, as contas

Ponto preciosoantes decalendáriodemolidorVITÓRIA EM VILA DO CONDE E EMPATE NA MADEIRADEIXAM O DESPORTIVO ACIMA DA LINHA DE ÁGUA ANTESDAS RECEÇÕES A SPORTING, FC PORTO EVISITA A GUIMARÃES. OS TRINTA PONTOSNÃO PERMITEM RESPIRAR DE ALÍVIO, AINDA.

baralham-se e a matemática fica maisfrágil. Inácio tem apontado para os36 pontos como fasquia para alcan-çar o objetivo. Se assim for, a seis jor-nadas do fim, parece alcançável.

O problema está mesmo no calen-dário que, deste ponto em diante,aperta e de que maneira. Nos últi-mos seis jogos, o Aves enfrenta cin-co dos sete primeiros classificados,sendo que apenas na última jornadaenfrenta o último classificado, Feiren-se, mas fora de portas.

Daí que a vitória em Vila do Con-de tenha sido tão importante. Trêspontos frente a um adversário da pri-

meira metade da tabela não apare-cem todas as jornadas e, por esta al-tura, valem mais do que isso. Fala-sede ímpeto ou momentum, utilizandoa expressão latina reproduzida pelosingleses que se possa transportar dejogo para jogo.

No Estádio dos Arcos, em Vila doConde, o Desportivo até vinha deuma derrota caseira, mas desde cedopareceu controlar o jogo à distância.Deu a bola ao Rio Ave, que tão bema trata, mas não deu o mínimo deespaço para as movimentações ofen-sivas. Uma estratégia montada milime-tricamente por Inácio e executada na

perfeição pelo coletivo avense queaproveitava os contra-ataques cirúr-gicos para criar perigo.

A turma avense acabou mesmo porchegar ao golo inaugural através deuma grande penalidade. Léo Jardimderrubou Vítor Gomes na grandeárea e Rodrigo Soares não perdoouda marca do castigo máximo, mesmocom um toque do guarda-redes.

No segundo tempo, as melhoresoportunidades voltaram a pertencerao Desportivo, apesar do Rio Ave con-tinuar dono da bola. Baldé, Vítor Go-mes, Luquinhas foram protagonistasdo desperdício, facto que foi emenda-do aos 83’ quando V. Gomes ganhauma bola do lado direito do ataque,mete bem na grande área para Baldérematar colocado e fazer o 0-2 final.

Na visita à Choupana, o jogo ficoumarcado, não pela exibição das duasequipas, mas sim pelo protagonismoda equipa de arbitragem, para o beme para o mal. Sem Derley, castigado,Inácio teve que inventar mais umavez. O técnico lançou Fariña no onze,acrescentando capacidade técnica aomeio-campo avense e apostou numadupla da frente muito móvel, consti-tuída por Luquinhas e Baldé.

A solução não foi milagrosa e oDesportivo teve dificuldades em criaroportunidades claras de golo. A me-lhor fase do Aves foram os minutos(poucos) em que estiver em superio-ridade numérica devido a expulsão porduplo amarelo do central Rosic.

Nesse período, Vítor Costa e Cláu-dio Falcão estiveram muito perto deinaugurar o marcador, no entanto olateral esquerdo brasileiro tambémacabou expulso por Jorge Sousa.

Na segunda parte, mais do mes-mo. O Nacional com mais bola e oDesportivo a apostar no contra-ata-que, sem sucesso até ao final dosnoventa minutos.

Na próxima jornada, o Desportivorecebe no seu estádio o Sporting, emjogo a disputar no sábado, dia 13,pelas 20h30. |||||

LIGA NOS | CD AVES

Na próxima jornada,o Desportivo recebeno seu estádio oSporting, em jogo adisputar no sábado,dia 13, pelas 20h30.

DESPORTO

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16 | ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2019

DESPORTO

18 - BAIÃO31 25 17 - NUN’ÁLVARES31 16

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - REBORDOSA AC 31 67

2 - TIRSENSE 31 60

3 - ALIADOS LORDELO 31 58

4 - FREAMUNDE 31 575 - SÃO PEDRO DA COVA 31 56

7 - LIXA 31 46

9 - VILA MEÃ 31 39

10 - GONDOMAR B 31 39

11 - ALIANÇA GANDRA 31 36

6 - SOUSENSE 31 46

31

13 - VILARINHO 31 35

16 - VILA CAIZ

31 3414 - ERMESINDE 193631 31 15 - CD SOBRADO31 31

12 - BARROSAS 31 36

418 - LOUSADA

SÉRIE 2 | DIVISÃOELITE AF PORTO

SERIE A | CAMPEONATODE PORTUGAL

18 - GIL VICENTE29 12 17 - VILAVERDENSE00 00

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - VIZELA 29 67

2 - TROFENSE 29 60

3 - FAFE 29 60

4 - S. MARTINHO 29 595 - FELGUEIRAS 1932 29 56

7 - CHAVES SATÉLITE 29 40

9 - MERELINENSE 29 32

10 - PEDRAS SALGADAS 29 32

11 - TORCATENSE 29 28

6 - MIRANDELA 29 47

29

13 - AD OLIVEIRENSE 29 26

16 - GD MIRANDÊS

29 2514 - LIMIANOS

29 18 15 - C. TAIPAS29 14

12 - MARIA DA FONTE 29 28

398 - MONTALEGRE

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Não deu para o susto. Em altura dedecisões, o Tirsense viu três pontosfugir-lhe da palma da mão em Gon-domar quando, ao minuto 90 o ho-mem da casa, Hulk, deu um empate

Tirsense treme,mas segurasegundo postoEMPATE EM GONDOMARASSUSTOU AS HOSTESJESUÍTAS MAS VITÓRIACASEIRA MANTÉM A TURMADE TONAU EM LUGARES DEACESSO AO PLAY-OFF.VILARINHO APROXIMA-SEDO MEIO DA TABELA.

milagroso aos anfitriões. O mesmo édizer que despejou um balde de águagelada nos adeptos do Tirsense queá contavam com mais uma vitória nacaminhada em direção ao play-off desubida após o golo de Bobô a meiodo segundo tempo.

No regresso ao Abel Alves deFigueiredo, os comandados de Tonauentraram motivados a tentar resolvera questão o mais rapidamente possí-vel, embalados por mais enchente nasbancadas. Aos 25, o inevitável Bobôinaugurou o marcador e deu a pri-meira explosão de alegria aos adep-tos jesuítas.

Só foi no segundo tempo que aequipa da casa conseguiu ampliar avantagem no marcador quando, aos62’ o avançado brasileiro Maicon as-sinou o 2-0. Os nervos vieram à florda pele quando o CD Sobrado reduza desvantagem para 2-1 por intermé-dio de Bruno Silva aos 79’. Até aofinal houve abanões, muita ansieda-de, mas o marcador não mais voltoua mexer, mesmo depois de Bem tersido expulso já dois minutos para ládos noventa.

O Tirsense tem dois pontos de van-tagem sobre o Aliados de Lordelo etrês sobre o Freamunde quando faltamapenas três jornadas para o final dasérie 2 da Divisão de Elite da AF Porto.

Quanto ao Vilarinho, a equipa ori-entada por Marcos Nunes somou duasvitórias e já praticamente escapou aoslugares de despromoção, aproximan-do-se mesmo do meio da tabela. |||||

Davide Figueiredo foi a grande fi-gura dos campeonatos ao conquis-tar três títulos de campeão do mun-do, nos 10 quilómetros de estrada,no Cross, e na meia maratona. Tam-bém na meia maratona José Cabralsagrou-se campeão do mundo noescalão M55, enquanto Joaquim Fi-gueiredo alcançou duas medalhasde bronze em M50, nos 3000 me-tros e nos 10 quilómetros estrada.

Além destes títulos individuaisno cross, Joaquim Figueiredo sa-grou-se campeão do mundo a ní-vel coletivo em M50. Já, DavideFigueiredo e José Cabral contribuí-ram para a medalha de bronze paraPortugal em M45

JOAQUIM E DAVIDEFIGUEIREDO RECEBEM VOTOLOUVOR MUNICIPALOs atletas Joaquim Figueiredo e

Atletas do CD SãoSalvador campeõesmundiais de veteranosATLETAS DO C.D. SÃO SALVADOR DO CAMPO INTEGRA-RAM A COMITIVA QUE REPRESENTOU PORTUGAL NOCAMPEONATO DO MUNDO REALIZADO NA POLÓNIA

Empate a zeros em casa frente Limia-no, equipa da zona de despromoção,foi desmoralizador. No meio de uma

Três equipas,um lugar,um pontoCOM CINCO JORNADAS PARADISPUTAR A SÉRIE A ESTÁAO RUBRO COM A LUTAPELO ÚLTIMO LUGAR DEACESSO AO PLAY-OFF DESUBIDA A INCLUIR TRÊSEQUIPAS SEPARADASPOR UM MÍSERO PONTO

batalha tão acesa pelo último lugarde acesso ao play-off de promoção,a formação campense não se podedar ao luxo de perder pontos em casadeste modo.

Foi um daqueles jogos onde tudoaconteceu. Matheus Clemente teveque ser substituído aos 9’, naquele queà distância pareceu ser o augúrio deuma tarde difícil, confirmada pelo re-sultado e pela dupla expulsão bem,bem para além do minuto de 90’ dePedro Rodrigues e George Ofosu.

A visita a Vila Verde foi mais sim-pática para os pupilos de AgostinhoBento, mas não deixou de ter os seuspercalços. O São Martinho adiantou-se no marcador aos 12’ por intermé-dio de Ricardo Pinto e tudo pareceuencaminhado. Só que a equipa dacasa igualou a contenda aos 32’ porGaby Faria. No segundo tempo, o SãoMartinho conseguiu mesmo levar ostrês pontos para casa através da con-versão de uma grande penalidade,responsabilidade do avançado Nei.

Na próxima jornada, o São Mar-tinho recebe a AD Oliveirense, do-mingo, às 16 horas. ||||| PRSPRSPRSPRSPRS

Pela primeira vez a Associação deKaraté da Lourinhã organizou o seuprimeiro Open com competições de-dicadas a todos os escalões etários,contando com atletas de kata e dekumite oriundos do norte e sul dopaís, proporcionando algumas katase boa qualidade e combates bemdisputados.

O Shotokan Vila das Aves este-ve presente com oito atletas, ven-cendo cinco provas e averbando

Vitórias na Lourinhã

Davide Figueiredo receberam, napassada quinta-feira, um voto delouvor da câmara municipal de San-to Tirso pelos resultados conquis-tados nos campeonatos do mundode veteranos que se realizaram naPolónia.

Para o presidente da câmara, Jo-aquim Couto, “os resultados alcan-çados por Joaquim e Davide Figuei-redo premeiam o esforço e dedica-ção dos dois atletas e confirmam otrabalho desenvolvido pelo ClubeDesportivo de S. Salvador do Cam-po em prol da prática desportiva, emgeral, e do atletismo, em particular”.

O autarca destacou ainda o im-portante papel do Clube Desportivode S. Salvador do Campo “no de-senvolvimento das políticas do Mu-nicípio dirigidas à promoção do des-porto, da saúde e de qualidade devida da população”. |||||

ainda um segundo lugar, sendo essafinal disputada por dois karatecasavenses. Na categoria iniciados, emkata, Duarte Ferreira conquistou o1º lugar, já em kumite, Afonso Silvavenceu e João Carneiro foi segun-do classificado; nos cadetes, em ku-mite, Ruben Pereira venceu a provapara -61kg; nos juniores, kumite, Jo-sé Pereira conseguiu o 1º lugar;nos seniores, kumite, Manuel Ribeiroarrecadou também 1º lugar. ||||||

KARATE | SHOTOKAN DE VILA DAS AVESFoi um daquelesjogos onde tudoaconteceu. MatheusClemente teve que sersubstituído aos 9’,naquele que àdistância pareceu sero augúrio de umatarde difícil,confirmadapelo resultado epela dupla expulsão

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ENTRE MARGENS | 11 ABRIL 2019 | 17

LIGA REVELAÇÃO (SUB-23)Apesar do empate a três golosfrente ao Estoril, em jogo em atra-so da 3ª jornada, as ‘Revelações’do CD Aves são líderes da clas-sificação da fase de apuramentodo campeão da primeira ediçãoda competição. Equipa orientadapor Leandro Pires tem 38 pontosmais um que o Rio Ave e cincoque o Sporting quando faltam ape-nas quatro jogos para o final.

JUNIORES (SUB-19)Na fase de manutenção da zonanorte do campeonato nacional dejuniores A, o Desportivo das Avesencontra-se na quinta posição en-tre oito clubes, precisamente nolugar acima da linha de água. Noentanto a formação avense tem umavantagem de 4 pontos para o Boa-vista, 6º, e apenas dois pontos amenos que primeiro classificadonesta fase da competição. Estãojogadas seis de catorze jornadas.

VOLEIBOL FEMININOJogadoras avenses continuam emperseguição ao Sporting depoisda derrota em casa com a turmade Alvalade. Na dupla jornadado passado fim de semana as co-mandadas de Manuel Barbosavenceram o AAS Mamede por 0-3 (24-26; 10-25; 11-25) e o Vi-tória de Guimarães também pelamargem máxima 3-0 (25-17; 25-12; 25-11). |||||

A 54ª edição do campeonato daeuropa realizou-se em Guadala-jara, Espanha no final do mês demarço e contou com a presençado mestre Joaquim Fernandes, nu-ma competição que juntou maisde quinhentos atletas provenien-tes de cinquenta países.

O Mestre Joaquim Fernandesfoi arbitrar, sendo nomeado Chefede Tatami e depois selecionadopara arbitrar finais isto, entre cer-ca de 120 árbitros e 19 juízes. |||||

Mestre JoaquimFernandes emdestaque no Europeu

|||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Armindo Araújo e Luís Ramalho fo-ram os grandes vencedores da edi-ção 2019 do Rali de Santo Tirso, na-quela que foi a primeira participaçãodo piloto aos comandos do Hyundaii20 R5 no rali da sua terra. Já na clas-sificação a contar para o campeona-to de ralis do Norte, o primeiro lugarfoi conquistado pela dupla Luís Del-gado e André Carvalho, aos coman-dos do Citroen C2 S1600.

Com um domínio absoluto em to-das as provas especiais de classifica-

Armindo venceu em casaEDIÇÃO 2019 DO RALI DE SANTO TIRSO FOI DOMINADA PELA ENTRADAEM COMPETIÇÃO, PELA PRIMEIRA VEZ NA CARREIRA, DE ARMINDO ARAÚJO.O PILOTO DA CASA VENCEU À GERAL ENQUANTO LUÍS DELGADOFOI O MAIS RÁPIDO NAS CONTAS DO CAMPEONATO DE RALIS DO NORTE.

NUNO CARDOSO REGRESSA COM UMA GRANDE EXIBIÇÃOFoi um regresso em grande de Nuno Cardoso às pistas, com a conquista do primeiro lugar nas 6 horas de Braga, numaprova disputada à chuva e que contou com 41 Citröen C1 à partida. Partindo do terceiro lugar da grelha, o carro 777manteve um desempenho assinalável e atingiu o lugar mais alto do pódio na estreia do troféu em Portugal.“Foi uma exibição imaculada. Não cometemos erros, fomos muito rigorosos na gestão de box e contamos com um carrosempre em excelente nível”, referiu o piloto de Vila das Aves.

quanto saímos do carro na entradado parque fechado foi emocionante”.

Naturalmente satisfeito com a vi-tória alcançada no final, o piloto doTeam Hyundai Portugal fez questãode realçar sobretudo as sensaçõesvividas durante todo rali. “Tivemos,sem dúvida, uma grande festa dosralis este fim-de-semana e todos ospilotos, organização e público estãode parabéns. Passar nas estradas domeu concelho tem sempre um saborespecial e espero poder voltar a ali-nhar no próximo ano”, admitiu Ar-mindo Araújo.

Para o presidente da câmara San-to Tirso, Joaquim Couto, o balanço émuito positivo. “Foi uma prova exce-lente sob todos os pontos de vista:participação de equipas, segurança, enúmero de espectadores. Penso queconseguimos proporcionar um exce-lente espetáculo durante os dois diasde prova e acredito que o rali de SantoTirso tem condições para crescer.”

Também da parte do Clube Auto-móvel de Santo Tirso, Carlos Guima-rães ficou a intenção de, no próximoano, “podermos tentar subir mais umescalão e ter aqui em Santo Tirso ocampeonato nacional”.

FRANCISCO AZEVEDO BRILHOUNO RALI DE SANTO TIRSOO piloto avense Francisco Azevedoe a estreante navegadora Inês Perei-ra participaram no Rali de Santo Tirsoconseguindo uma saborosa vitória naclasse X2 10 face a carros bem maiscompetitivos. A dupla tirsense adotou,na superespecial de sexta-feira, umandamento rápido mas seguro, con-tinuando no resto das classificativasde sábado com uma toada muito boasempre nos limites do carro.

“Andamos nos limites do princípioao fim, o carro portou-se bem e nofinal conseguirmos vencer a nossaclasse com a quantidade e qualida-de dos inscritos é motivo de grandesatisfação”, afirmou o piloto de Vila dasAves, Francisco Azevedo. |||||

ção, a dupla campeã nacional deuum enorme colorido ao rali organi-zado pelo Clube Automóvel de San-to Tirso e divertiu-se imenso durantetoda a prova.

Se a estreia, como concorrente, norali de “casa” era um grande motivode alegria, o ambiente que encontrouno final da super especial noturna, dis-putada no primeiro dia, fez o piloto deSanto Tirso admitir que “o apoio e ocarinho dos tirsenses superaram todasas expectativas. Foi incrível aquilo quesentimos logo na primeira curva dasuper especial e a ovação que tivemos

AUTOMOBILISMO

BREVES

ARMINDOARAÚJO, EMCIMA E OAVENSEFRANCISCOAZEVEDO(AO LADO)

COM UM DOMÍNIOABSOLUTO EM TODAS ASPROVAS ESPECIAIS DECLASSIFICAÇÃO, A DUPLACAMPEÃ NACIONAL DEUUM ENORME COLORIDOAO RALI ORGANIZADOPELO CLUBE AUTOMÓVELDE SANTO TIRSO

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A FECHARPróxima edição

do Entre Margensnas bancas a

25 de abril

O Centro de Acção Social de Acolhi-mento à Terceira Idade de Roriz, o Ca-satir, através das suas técnicas VeraSilva e Vera Marques tomaram a ini-ciativa e solicitou a disponibilidadedo jornal para mostrar como se fazemas notícias e os jornais. O pretextofoi um dia dedicado ao jornalismo eaos jornalistas e, desta vez, pretendi-am visitar um jornal pequeno, comoé o nosso. Noutra ocasião anterior ogrupo deslocou-se ao Jornal de No-

Grupo de utentesdo Casatir noEntre MargensA PRETEXTO DE UM DIA DEDICADO À IMPRENSAE AO JORNALISMO, O ENTRE MARGENSABRIU PORTAS AOS “SENIORES” DE RORIZ

tícias, outra dimensão deste universo.Os “maiores” (porque de mais ida-

de!) do Casatir de Roriz tiveram as-sim oportunidade de tomar contactocom os processos de elaboração dasnotícias, de organização e de pagi-nação e trocaram impressões sobreas questões da manipulação e difu-são de notícias falsas. Os registos no-ticiosos dos jornais, que permitem afixação da história de uma localida-de, foram outro assunto do debate,

jornal, foi sentir a determinação deuma utente do Casatir, uma “Fiandei-ra”, em não falhar a visita por fazê-lo,como confessou, em homenagem aoseu avô, Zeferino Coelho. Jornalistae editor de “O Fiandeiro” há mais decem anos, foi depois quadro de “OPrimeiro de Janeiro”. A este “fiandeiro”já, por mais que uma vez, o Entre Mar-gens fez referência e a franqueza dahomenagem da idosa ao seu avô jor-nalista e aos jornalistas marcou umavisita que muito nos sensibilizou. |||||

MEDIA | VISITA

registando-se o contraste entre a fa-cilidade de manipulação e descodi-ficação do texto impresso e a leituraquase impossível de registos digitaisrecentes em disquetes ou outros su-portes para os quais já não há má-quinas de leitura adequadas.

Muito significativa para nós, no

OS SENIORES DO CASATIR DERORIZ TIVERAM OPORTUNIDADEDE TOMAR CONTACTO COM OSPROCESSOS DE ELABORAÇÃODAS NOTÍCIAS, DE ORGANIZAÇÃOE DE PAGINAÇÃO.