Doenzas Minas

13
 Embrapa Uva e Vinho Sistemas de Pro duç ão, 11 ISSN 1678-8761 Versão Eletrônica Dez./2005 Sistema de Produção de Uva de Mesa do Norte de Minas Gerais Rosemeire de L ellis Naves Lucas da Ressurreição Garrido Olavo Roberto Sônego Sumário Apresentação Clima Cultivares Implantação do vinhedo Poda e quebra de dormência Doenças e seu controle Pragas da videira  Tecnologia de aplicação de agrotóxicos para vitivinicultura Normas para aplicação de agrotóxicos Colheita e manuseio pós-colheita Manejo da irrigação Manejo das plantas de cobertura dos solos Calagem e adubação Referências Glossário Autores Expediente Doenças e seu controle A videira está sujeita a uma série de doenças, que podem ocorrer em todas as partes da planta, como raízes, troncos, ramos, folhas, brotos e cachos. Algumas dessas doenças, de natureza fúngica ou virótica, provocam grandes perdas e, frequentemente, tornam-se fatores limitantes à viticultura em regiões tropicais, caso medidas adequadas de controle não sejam adotadas. Eficiência e capacidade de manter um custo de produção competitivo no mercado são algumas características essenciais a um método de controle. A utilização de um conjunto de medidas que englobem os princípios gerais de controle de doenças de plantas - evasão, exclusão, erradicação, regulação, proteção, imunização e terapia- é a melhor alternativa. Assim, deve-se aliar a escolha do local adequado de plantio, uso de cultivares resistentes e material de propagação sadio, adubação equilibrada, manejo correto da cultura, eliminação de plantas ou partes vegetais doentes e o controle de insetos pragas e plantas invasoras ao uso de f ungicidas. O conhecimento dos patógenos importantes para as diferentes cultivares de videira e os estádios de maior suscetibilidade da planta às principais doenças, a influência das condições climáticas sobre os patógenos e as plantas e os fungicidas empregados em cada situação, auxiliarão no estabelecimento de um programa de controle químico racional de doenças, tornando os tratamentos mais ef icientes e reduzindo os custos de prod ução e os riscos de contaminação do ambiente. Dentre as doenças fúngicas que ocorrem em uvas finas de mesa na região de Pirapora, Minas Gerais, destacam-se míldio ( Plasmopara viticola), oídio (Uncinula necator ), podridões de cachos (Glomerella cingulata , Botryotinia fuckeliana), antracnose (Elsinoe ampelina) e ferrugem (Phakopsora euvitis ). Além das doenças fúngicas, as viroses também podem causar sérios prejuízos aos viticultores. Míldio - Plasmopara viticola Principal doença fúngica em áreas tropicais, o míldio, também conhecido como mofo ou mufa, é causado pelo pseudofungo Plasmopara viticola e pode causar perdas de até 100% na produção. As condições climáticas ideais para o desenvolvimento da doença são temperaturas entre 18°C e 25°C e umidade relativa do ar acima de 60%. A presença de águ a livre na s uper fície dos tecidos vegetais, seja proveniente de chuvas, orvalho ou gutação, por um período mínimo de 2 horas, é indispensável para que ocorra a infecção, sendo a umidade relativa do ar acima de 95%, necessária para a produção de esporos. O patógeno afeta todas as partes verdes da planta. Nas folhas, inicialmente aparecem manchas amareladas, translúcidas contra o sol, denominadas de "mancha de óleo" (Figura 1). Em condições de alta umidade relativa, na face inferior da folha, sob a mancha de óleo, observa-se um mofo branco que é a frutificação do pseudofungo (Figura 2). Em seguida, o tecido foliar afetado necrosa (Figura 3) e, quando o ataque é muito intenso, ocorre a desfolha precoce da planta. Os cachos são atacados desde antes da floração até o início da maturação. Quando o patógeno atinge as flores ou os frutos até o estádio de chumbinho, observa-se escurecimento do ráquis, o cacho pode ficar recober to por uma massa bran ca (Figura 4), secar e cair. A f ase de mai or susceptibilidade da cultur a ao míldio compreende o período entr e o início da brot ação dos ramos até a f ase "grão ervilha". Nas bagas mais desenvolvidas, o fungo penetra pelos pedicelos e se desenvolve no seu interior, tornando-as escuras, dur as, com superfície deprimida, destacando-se facil mente do cacho. O controle pr eventivo do míldio deve s er iniciado com a escolha do local adequado para instalação da parreira, evitando-se áreas de baixada ou com face sul. Medidas que melhorem a aeração da copa, como espaçamento adequado, boa disposição espacial dos ramos sobre o aramado e poda verde (desbrota, desnetamento, desfolha, desponte, etc.), devem ser adotadas, objetivando diminuir o tempo de molhamento foliar e a disponibilidade de inóculo. Nas áreas que apresentam condições climáticas favoráveis, o controle por meio do uso de fungicidas (Tabela 1) deve ser realizado desde o início da brotação até a compactação dos cachos. Oídio - Uncinula necator Conhecido também por cinza ou mufeta, o oídio, causado por Uncinula necator , forma conidial Oidium tuckeri , é uma doença de grande importância quando ocorrem períodos secos. A germinação dos esporos - inibida pela presença de água livre na superfície das folhas - e o crescimento micelial ocorrem mais rapidamente entre 21°C e 30°C, embora o fungo possa se desenvolver a temperaturas entre 6°C e 33°C. O fungo desenvolve-se na superfície dos órgãos verdes das plantas como brotos, folhas (Figura 5)  

description

capture

Transcript of Doenzas Minas

  • Embrapa Uva e VinhoSistemas de Produo, 11

    ISSN 1678-8761 Verso EletrnicaDez./2005

    Sistema de Produo de Uva de Mesa do Norte de MinasGerais

    Rosemeire de Lellis NavesLucas da Ressurreio Garrido

    Olavo Roberto Snego

    SumrioApresentaoClimaCultivaresImplantaodo vinhedoPoda equebra dedormnciaDoenas eseu controlePragas davideiraTecnologiade aplicaodeagrotxicosparavitiviniculturaNormas paraaplicao deagrotxicosColheita emanuseiops-colheitaManejo dairrigaoManejo dasplantas decobertura dossolosCalagem eadubaoRefernciasGlossrio

    AutoresExpediente

    Doenas e seu controleA videira est sujeita a uma srie de doenas, que podem ocorrer em todas as partes da planta,

    como razes, troncos, ramos, folhas, brotos e cachos. Algumas dessas doenas, de natureza fngica ouvirtica, provocam grandes perdas e, frequentemente, tornam-se fatores limitantes viticultura emregies tropicais, caso medidas adequadas de controle no sejam adotadas. Eficincia e capacidadede manter um custo de produo competitivo no mercado so algumas caractersticas essenciais a ummtodo de controle. A utilizao de um conjunto de medidas que englobem os princpios gerais decontrole de doenas de plantas - evaso, excluso, erradicao, regulao, proteo, imunizao eterapia- a melhor alternativa. Assim, deve-se aliar a escolha do local adequado de plantio, uso decultivares resistentes e material de propagao sadio, adubao equilibrada, manejo correto dacultura, eliminao de plantas ou partes vegetais doentes e o controle de insetos pragas e plantasinvasoras ao uso de fungicidas.

    O conhecimento dos patgenos importantes para as diferentes cultivares de videira e os estdiosde maior suscetibilidade da planta s principais doenas, a influncia das condies climticas sobreos patgenos e as plantas e os fungicidas empregados em cada situao, auxiliaro noestabelecimento de um programa de controle qumico racional de doenas, tornando os tratamentosmais eficientes e reduzindo os custos de produo e os riscos de contaminao do ambiente.

    Dentre as doenas fngicas que ocorrem em uvas finas de mesa na regio de Pirapora, MinasGerais, destacam-se mldio (Plasmopara viticola), odio (Uncinula necator), podrides de cachos(Glomerella cingulata, Botryotinia fuckeliana), antracnose (Elsinoe ampelina) e ferrugem (Phakopsoraeuvitis). Alm das doenas fngicas, as viroses tambm podem causar srios prejuzos aosviticultores.

    Mldio - Plasmopara viticolaPrincipal doena fngica em reas tropicais, o mldio, tambm conhecido como mofo ou mufa,

    causado pelo pseudofungo Plasmopara viticola e pode causar perdas de at 100% na produo. Ascondies climticas ideais para o desenvolvimento da doena so temperaturas entre 18C e 25C eumidade relativa do ar acima de 60%. A presena de gua livre na superfcie dos tecidos vegetais, sejaproveniente de chuvas, orvalho ou gutao, por um perodo mnimo de 2 horas, indispensvel paraque ocorra a infeco, sendo a umidade relativa do ar acima de 95%, necessria para a produo deesporos. O patgeno afeta todas as partes verdes da planta. Nas folhas, inicialmente aparecemmanchas amareladas, translcidas contra o sol, denominadas de "mancha de leo" (Figura 1). Emcondies de alta umidade relativa, na face inferior da folha, sob a mancha de leo, observa-se ummofo branco que a frutificao do pseudofungo (Figura 2). Em seguida, o tecido foliar afetadonecrosa (Figura 3) e, quando o ataque muito intenso, ocorre a desfolha precoce da planta. Os cachosso atacados desde antes da florao at o incio da maturao. Quando o patgeno atinge as floresou os frutos at o estdio de chumbinho, observa-se escurecimento do rquis, o cacho pode ficarrecoberto por uma massa branca (Figura 4), secar e cair. A fase de maior susceptibilidade da cultura aomldio compreende o perodo entre o incio da brotao dos ramos at a fase "gro ervilha". Nas bagasmais desenvolvidas, o fungo penetra pelos pedicelos e se desenvolve no seu interior, tornando-asescuras, duras, com superfcie deprimida, destacando-se facilmente do cacho.

    O controle preventivo do mldio deve ser iniciado com a escolha do local adequado para instalaoda parreira, evitando-se reas de baixada ou com face sul. Medidas que melhorem a aerao da copa,como espaamento adequado, boa disposio espacial dos ramos sobre o aramado e poda verde(desbrota, desnetamento, desfolha, desponte, etc.), devem ser adotadas, objetivando diminuir otempo de molhamento foliar e a disponibilidade de inculo. Nas reas que apresentam condiesclimticas favorveis, o controle por meio do uso de fungicidas (Tabela 1) deve ser realizado desde oincio da brotao at a compactao dos cachos.

    Odio - Uncinula necatorConhecido tambm por cinza ou mufeta, o odio, causado por Uncinula necator, forma conidial

    Oidium tuckeri, uma doena de grande importncia quando ocorrem perodos secos. A germinaodos esporos - inibida pela presena de gua livre na superfcie das folhas - e o crescimento micelialocorrem mais rapidamente entre 21C e 30C, embora o fungo possa se desenvolver a temperaturasentre 6C e 33C.

    O fungo desenvolve-se na superfcie dos rgos verdes das plantas como brotos, folhas (Figura 5)e bagas (Figura 6), que ficam recobertos por um crescimento branco pulverulento, formando manchas

  • e bagas (Figura 6), que ficam recobertos por um crescimento branco pulverulento, formando manchasdifusas. Flores e bagas pequenas atacadas secam e caem. Outro sintoma tpico, a rachadura dasbagas (Foto 7) mais desenvolvidas com exposio das sementes. Mesmo no ocorrendofendilhamento, os cachos ficam depreciados, pois a superfcie da baga fica manchada.

    O controle qumico do odio deve ser realizado, em reas com condies ambientais favorveis, doincio da brotao at a compactao dos cachos. Os fungicidas recomendados, as respectivas doses eos intervalos de aplicao esto listados na Tabela 1. Os produtos a base de enxofre, quando aplicadospreventivamente, so eficientes e relativamente baratos, mas no devem ser utilizados nas horasmais quentes do dia, pois podem causar queimaduras na folhagem, flores e bagas.

    Antracnose - Elsinoe ampelinaA antracnose, tambm conhecida como varola, negro, carvo e olho-de-passarinho, causada

    pelo fungo Elsinoe ampelina, forma conidial Saphaceloma ampelinum. As condies climticasfavorveis ao desenvolvimento do fungo so ventos frios e umidade relativa elevada. Temperaturasde 2C a 32C permitem que o patgeno cause infeco, embora a faixa de temperatura tima para oseu desenvolvimento seja de 24C a 26 C.

    O fungo ataca todos os rgos verdes da planta (folhas, gavinhas, ramos, inflorescncias e frutos).Nos brotos, ramos (Figura 8) e gavinhas, aparecem leses arredondadas de colorao cinzenta nocentro e bordos negros. Nas folhas, formam-se manchas escuras e circulares (Figura 9) e, muitasvezes, o tecido necrtico desprende-se da leso, que transforma-se num pequeno furo. Caso as lesesocorram nas nervuras, causam a deformao da folha (Figura 10). Nas bagas, manchas arredondadastornam o tecido mumificado e escuro (Figura 11). O ataque do fungo na fase de florao causaescurecimento e destruio das flores.

    O controle da antracnose deve ser iniciado na poca da poda com a destruio de ramos doentes ecom tratamento qumico, visando eliminar ou diminuir o inculo inicial. A proteo do parreiral com oplantio de quebra-vento tambm reduz a ocorrncia da doena. As pulverizaes com fungicidasdevem ser realizadas desde o estdio de ponta verde (incio da brotao) at a compactao doscachos. Os produtos recomendados para o controle da doena esto listados na Tabela 1.

    Podrides do cacho - Glomerella cingulata e Botryotinia fuckelianaAs principais podrides do cacho que podem ocorrer de Pirapora so a podrido da uva madura, a

    podrido cinzenta ou mofo cinzento e podrido cida, que provocam perdas tanto na qualidade comona quantidade da uva produzida. Ferimentos nos frutos favorecem o estabelecimento dos patgenos eadubao nitrogenada em excesso favorece o desenvolvimento das podrides, pois proporciona altovigor planta. Essas doenas podem ocorrer simultaneamente no mesmo cacho e, normalmente,provocam murcha e mumificao de parte ou de todas as bagas. Alta umidade favorece odesenvolvimento e a esporulao dos fungos, que podem ser disseminam pela ao do vento, dachuva e de insetos.

    A podrido da uva madura causada pelo fungo Glomerella cingulata, forma conidialColletotrichum gloeosporioides. Alm de alta umidade, temperaturas entre 25C e 30C so condiesfavorveis ocorrncia da doena.

    Os principais sintomas, observados nos cachos no perodo da maturao ou em uvas colhidas,surgem como manchas circulares marrom-avermelhadas sobre a pelcula das bagas atacadas que,posteriormente, atingem todo o fruto, escurecendo-o (Figura 12). Em condies de alta umidade,aparecem as frutificaes do fungo na forma de pontuaes cinza-escuras, concntricas, das quaisexsuda uma massa rsea ou salmo que so os condios fngicos (Figura 13). Embora os sintomastornem-se visveis na uva madura, o fungo pode penetrar em todos os estdios de desenvolvimentodo fruto, permanecendo latente at a fase de maturao.

    A podrido cinzenta, podrido de botritis ou mofo cinzento causada por Botryotinia fuckeliana,forma conidial Botrytis cinrea, fungo que ataca diversas culturas. uma doena que ocorre commaior freqncia em cultivares de uvas finas, de cachos compactos e bagas com pelcula fina. gualivre ou umidade relativa acima de 90% e temperatura prxima a 25C so condies ideais aodesenvolvimento do fungo.

    O patgeno pode infectar folhas, flores, ramos, pednculo e rquis. Os botes florais, secam ecaem. Se durante a florao ocorrer infeco do estilete floral, o fungo permanecer em estado latentee o sintoma s aparecer no incio da maturao da uva, quando ocorre o aumento do teor de acar ereduo do teor de cidos. Nas bagas de uvas brancas, os sintomas iniciais so manchas circulares decolorao lils que, posteriormente, tornam-se pardas (Figura 14). Nas uvas tintas, os sintomas somais difceis de serem observados. Em condies favorveis de umidade, o fungo se desenvolve napolpa, consumindo os acares e emitindo rgos de frutificao que podem recobrir toda a baga,formando um mofo cinzento (Figura 15). Leses marrom-escuras podem aparecer na borda das folhas.Em estacas armazenadas em cmara de crescimento na produo de mudas por enxertia de mesa, ofungo provoca a doena conhecida como "teia de aranha".

    Botrytis cinrea sobrevive no solo na forma de miclio em restos culturais e gemas e na forma deesclerdios na casca. Frutos mumificados da safra anterior tambm proporcionam o substrato para suasobrevivncia.

    A podrido cida causada por um complexo de microorganismos que inclui fungos, bactrias eleveduras presentes na superfcie das plantas e sobre material em decomposio. As bagas afetadaspela podrido cida inicialmente adquirem colorao marrom-clara e posteriormente escurecem. Apolpa se decompe, o suco comea escorrer pelo ferimento (Figura 16) no qual se iniciou a podrido econtamina as bagas vizinhas. Aps o escorrimento do suco, as bagas secam e escurecem,permanecendo aderidas ao pednculo. Nos cachos doentes, se observa a presena da mosca

  • permanecendo aderidas ao pednculo. Nos cachos doentes, se observa a presena da moscaDrosophila, responsvel pela disseminao dos microorganismos. Uma das caractersticas da podridocida o odor de vinagre proveniente do cido actico produzido pelas bactrias. Perodos quentes echuvosos quando as uvas esto na fase de maturao, com teor de acar acima de 8%, favorecem aocorrncia da podrido cida.

    O controle das podrides do cacho deve ser feito por meio de um programa integrado de manejo:adoo de medidas que melhorem a aerao da copa, como espaamento adequado, boa disposioespacial dos ramos sobre o aramado e poda verde (desbrota, desnetamento, desfolha, desponte, etc.);adubao equilibrada sem excesso de nitrognio; colheita de todos os cachos para que nomumifiquem na planta; preveno de ferimentos por meio do controle de doenas como o mldio e depragas da parte area; proteo dos cachos com "chapu chins", evitando que as bagas fiquemmolhadas em perodos chuvosos na fase de maturao; pulverizaes com fungicidas especficos nofinal da florao, antes da compactao dos cachos e mudana de cor da uva (Tabela 1).

    Ferrugem - Phakopsora euvitisCausada pelo fungo Phakopsora euvitis, a doena foi inicialmente detectada na sia e na Amrica

    do Norte, sendo constatada pela primeira vez no Brasil no ano de 2001 em municpios da regio nortedo Estado do Paran. Atualmente, no entanto, devido ao seu grande potencial de disseminao, aocorrncia do patgeno j se estendeu aos parreirais de outras regies vitcolas do pas. Ocorre,principalmente, em reas tropicais e subtropicais onde a severidade da doena parece ser maior quenas regies de clima temperado. Registros preliminares tm mostrado que cultivares europias (V.vinifera) sofrem menos danos que as cultivares americanas e hbridas.

    Os sintomas da ferrugem na videira so leses amareladas a castanhas de vrias formas etamanhos nas folhas. Massas amarelo-alaranjadas de uredosporos so produzidas na face inferior dasfolhas (Figura 17), com manchas escuras necrticas na face superior. Ataques severos do fungocausam senescncia e queda prematura de folhas, prejudicando a maturao dos frutos e reduzindo ovigor das plantas no ciclo seguinte.

    Para o controle qumico da ferrugem da videira, normalmente no so necessrias pulverizaesespecficas, uma vez que os fungicidas do grupo dos triazis, utilizados para o controle de odio,tambm so eficientes no controle de Phakopsora euvitis. Da mesma forma, estrobilurinas, comoazoxistrobina e piraclostrobina, e diversos fungicidas que contm ditiocarbamatos e clorotalonil, osquais so utilizados para o controle de mldio e outras doenas, tambm controlam a ferrugem.

    Requeima das folhasA requeima das folhas da videira foi observada pela primeira vez em uvas americanas (Vitis

    labrusca L.) e hbridas cultivadas na regio de Jales (SP), no incio da maturao dos frutos, no ano de1998 e, no ano seguinte, o problema passou a ser observado tambm nas cultivares de uvas finas(Vitis vinifera L.), durante o ciclo de formao. A doena provoca a queda prematura de folhas eprejudica a maturao dos frutos, tornando os cachos inadequados para a comercializao. Almdisso, compromete a formao e maturao dos ramos para o ciclo seguinte, devido ao menoracmulo de reservas de carboidratos.

    Os sintomas iniciais, em cultivares de Vitis vinifera, so leses castanho-claras com bordosescuros, podendo apresentar anis concntricos e halo amarelado bem visvel (Figura 18). Essasleses, predominantes nos bordos foliares, aumentam rapidamente de tamanho e podem coalescer,cobrindo quase todo o limbo, o que provoca a morte e queda das folhas. A esses sintomas observadosnas folhas de videiras, fungos do gnero Alternaria tm sido encontrados em constante associao,embora os testes de patogenicidade ainda no tenham sido concludos.

    Para o controle qumico da requeima das folhas, no so necessrias pulverizaes especficas,uma vez que os fungicidas do grupo dos triazis, utilizados para o controle de odio, tambm soeficientes no controle de Alternaria sp.Doenas da madeira ou declnio da videira ou botriodiplodiose - Eutypalata, Botryosphaeria spp.

    Declnio ou morte descendente um termo genrico que, num conceito mais amplo, designa amorte lenta e gradual de plantas ou partes da planta provocada por agente(s) biticos ou abiticos. Osprincipais agentes de declnio da videira identificados no Brasil so Eutypa lata (forma conidialLibertella blepharis) e Botryosphaeria spp. (forma conidial Botryodiplodia theobromae e Dothiorellasp).

    Os fungos penetram pelos ferimentos das podas ou outras injrias produzidas sobre as plantas, sedesenvolvem numa ampla faixa de temperatura e so favorecidos por alta umidade. O estressehdrico e desequilbrios nutricionais agravam a doena.Os sintomas, bastante genricos, soretardamento da brotao aps a poda; encurtamento dos interndios; folhas pequenas e malformadas com pequenas necroses nas margens, reduo drstica de vigor, superbrotamento,frutificao irregular e menor nmero de bagas, seca de ramos e morte da planta. Cancros formadosnos ramos velhos e frutificaes do fungo, so importantes para o diagnstico do agente causal. Umcorte transversal do ramo na rea afetada mostra um escurecimento em forma de "V", contrastandocom a parte ainda viva da madeira (Figura 19).Para o controle do declnio da videira recomenda-se autilizao de material de plantio sadio; retirada e destruio de ramos podados e partes afetadas daplanta, protegendo-se os ferimentos com pasta bordalesa, tebuconazole ou tiofanato metlico;desinfestao das ferramentas de poda com gua sanitria. As plantas parcialmente afetadas podemter suas copas renovadas, fazendo-se uma poda drstica logo acima do enxerto. A reduo da aodos fatores que provocam estresse nas plantas poder diminuir os efeitos do declnio e, s vezes, at

  • dos fatores que provocam estresse nas plantas poder diminuir os efeitos do declnio e, s vezes, atcontrol-lo.

    Uso de fungicidas no controle de doenas em cultivares de uvas de mesaAs pulverizaes com fungicidas nas cultivares de uvas finas de mesa devem iniciar logo aps a

    brotao, quando as plantas entram na fase de maior suscetibilidade s principais doenas fngicas(Figura 20), utilizando-se, de forma racional, produtos registrados para a cultura (Tabela 2). Alm daescolha do local adequado para implantao da parreira e a adoo de prticas de manejo quemelhorem a aerao da copa, a calibrao dos pulverizadores um fator muito importante para osucesso do tratamento fitossanitrio, podendo contribuir para a reduo do uso de fungicidas nacultura.

    No tratamento qumico de doenas em uvas para mesa, deve-se cuidar para que as bagas nosejam manchadas, depreciando o valor comercial do cacho. Para aplicao de fungicidas formuladosna forma de p molhvel, aps a florao, recomenda-se a utilizao de bicos de baixa vazo e aadequao da velocidade de deslocamento do trator, evitando-se o escorrimento do produto.

    Embora sejam mais eficazes que os fungicidas de contato, os fungicidas sistmicos emesostmicos, por apresentarem stios de ao mais especficos, podem induzir o aparecimento deraas resistentes na populao dos patgenos. Dessa forma, produtos que possuam ao sistmica epertenam ao mesmo grupo qumico, no devem ser utilizados em mais de duas ou trs aplicaespor ciclo vegetativo.

    Para o controle do mldio da videira o produtor tem a sua disposio os fosfitos, produtosderivados do cido fosforoso, que so menos txicos. Estes produtos possuem ao estimulante dasdefesas naturais da planta, induzindo a produo de fitoalexinas. Os fosfitos mostraram alta eficciano controle do mldio tanto em aplicaes isoladas como em misturas com outros fungicidas. Emboradiversas marcas comerciais estejam disponveis no mercado, pode-se utilizar uma dosagem de 200 a300 mL/100 litros de calda. Alm de eficazes, estes produtos no mancham as uvas.

    Tabela 1. Recomendaes para o controle qumico das principais doenas fngicas das cultivares deuvas finas de mesa na regio de Pirapora -Minas Gerais.

    Doena/Patgeno poca de aplicao

    Princpioativo,

    concentrao(%)

    Dosagem(i.a.)*

    (g/100L)

    Intervalo deAplicao(dias)**

    Antracnose(Elsinoe ampelina)

    Umidade e temperatura favorveis:do incio da brotao atcompactao dos cachos

    captan 125 7folpet 67,5-90,0 7dithianon 93,75 7difenoconazole 2-3 12-14chlorothalonil 200 7tiofanatometlico 50 12

    imibenconazole 15 12

    Mldio(Plamopara viticola)

    Presena de gua livre: do incio dabrotao at compactao doscachos

    dithianon 93,75 2mancozeb 240 2folpet 67,5 - 90,0 2metalaxyl +mancozeb 24+192 7

    cymoxanil +famoxadone 31,5 3

    cymoxanil +maneb 20+160 3

    iprovalicarb+propineb 135 7

    azoxystrobin 12 7fosetyl-Al 200 3benalaxyl +mancozeb 146 7

    captan 120 2propineb 210 2hidrxido decobre 54 2

    Odio Umidade e temperatura favorveis:do incio da brotao at

    enxofre 240-320 7fenarimol 2,4 7triadimenol 15,5-18,7 7

  • (Uncinula necator) do incio da brotao atcompactao dos cachos tebuconazole 25 7difenoconazole 2-3 7tetraconazole 5-7,5 7

    Podrides do cacho(Melanconiumfuligineum,Glomerellacingulata)

    Iniciar os tratamentos na florao

    tebuconazole 25 10captan 125 7mancozeb 200-280 7folpet 65 7

    *i.a.= ingrediente ativo;** Baseado em informaes do fabricante ou observaes de campoFonte: Embrapa Uva e Vinho

    Tabela 2. Fungicidas registrados no Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento para controledas doenas fngicas da videira (Fonte: Agrofit, consulta em 24/10/2005).

    Ingred. ativo Produtocomercial GQ MA FR CT.

    Dosagem dop.c.

    PC IMg ouml/100

    Lg ou

    ml/Ha

    Azoxystrobin Amistar Estrobirulina S GrDa IV 24 240 7 leos em geralBenalaxyl +Mancozeb Galben-M Fenilalamida

    S +C PM III

    200 a250 21

    Benalaxyl +Mancozeb Tairel M Fenilalamida

    S +C PM I

    200 a250 7

    Boscalida +Kresoxim-metil Collis Estrobirulina S SC III 500 24

    Captan

    Captan 500PM Fitalamida C PM III 240 1

    Produtosalcalinos

    Captan SC Fitalamida C SC III 400 1Orthocide500 Fitalamida C PM III 240 1

    Chlorothalonil

    Bravonil500 Isoftalonitrila C SC I 400 7 leo mineral

    Bravonil750 PM Isoftalonitrila C PM II 200 7 leo mineral

    BravonilUltrex Isoftalonitrila C GrDa I 150 7 leo mineral

    Isatalonil Isoftalonitrila C PM II 200 7Daconil BR Isoftalonitrila C PM II 200 7 leo mineralDaconil 500 Isoftalonitrila C SC I 300 7 leo mineralDacostar500 Isoftalonitrila C SC I 400 7 leo mineral

    Vanox 500SC Isoftalonitrila C SC I 400 7 leo mineral

    Vanox 750PM Isoftalonitrila C PM II 250 7 leo mineral

    Dacostar750 Isoftalonitrila C PM II 200 7

    Chlorothalonil +Tiofanato metil

    Cerconil PM Isoftalonitrila +benzimidazole S+C PM II 200 14 leo mineral

    Cerconil SC Isoftalonitrila +benzimidazole S+C SC III 200 14

    Cymoxanil +Famoxadone Equation

    Acetamida +Oxazolidinadiona S GrDa III 60 600 7

    Produtos deforte reaoalcalina

    Cymoxanil +Mancozeb Curzate BR

    Acetamida +ditiocarbamato S+C PM III 250 7

    Produtos dereao alcalina

    Cymoxanil +Mancozeb Academic

    Acetamida +ditiocarbamato S+C PM II

    200 a300 7

    Cymoxanil +Mancozeb Curathane

    Acetamida +ditiocarbamato S+C PM III

    250 a350 7

  • Cymoxanil +Zoxamida Harpon WG

    Acetamida +Benzamida S WG III 30 a 35 7

    Cymoxanil +maneb

    Curzate - M+ Zinco

    Acetamida +ditiocarbamato S+C PM III 250

    2000 a2500 7

    Produtos dereao alcalina

    Cyproconazole Alto 100 Triazol S SC III 20 14 Sulfato de Zn eMnDifenoconazole Score Triazol S CE I 8 a 12 21

    Dithianon Delan Antraquinona C PM II 125 21Produtosalcalinos eleos derivadosdo petrleo

    Enxofre

    Cover DF Inorgnico C WG IV 200 a400 NDProdutos deforte reaoalcalina

    Kumulus DF Inorgnico C WG IV 200 a400 NDProdutos deforte reaoalcalina

    Sulficamp Inorgnico C PM IV 500 ND Produtos a basede leoFamoxadone +Mancozeb Midas BR

    Oxazolidinadiona+ ditiocarbamato

    S +C WG II 120 7

    Fenamidone Censor Omidazolinona S SC III 30 300 7

    Fenarimol Rubigan120 ECPirimidinilcarbinol S CE II 15 a 20 15

    FolpetFolpanAgricur 500PM

    Fitalamidas C PM IV 135 a180 1Produtos deforte reaoalcalina

    FolpetFolpetFersol 500PM

    Fitalamidas C PM IV 250 1Produtos deforte reaoalcalina

    Fosetyl-Al Aliette Fosfonato S PM IV 250 15xido cuproso,e fertilizantesfoliares comoMAP e DAP

    Hidrxido decobre

    Contact Inorgnico C PM IV 150 a200 7Caldasulfoclcica ecarbamatos

    Garra 450WP Inorgnico C PM III 200 7

    Caldasulfoclcica ecarbamatos

    Garant BR Inorgnico C PM III 200 7 Ziram, diclorame carbamatosKocideWDGBioactive

    Inorgnico C GrDa III 180 7 Ziram e dicloran

    Supera Inorgnico C SC III 250 a300 7

    Imibenconazole Manage 150 Triazol S PM III 100 14

    IprodioneRovral Dicarboximida C PM IV 200 14

    Rovral Dicarboximida C SC IV 150 a200 14

    Iprovalicarb +Propineb

    PositronDuo

    Carbamato +ditiocarbamato S+C PM III

    200 a250

    2000 a2500 7

    Kresoxim metil Stroby Estrobirulina S SC III 200 21

    Mancozeb

    Dithane PM Ditiocarbamato C PM III 250 a350 7Produtos deforte reaoalcalina

    Manzate800 Ditiocarbamato C PM II 250 -Produtos deforte reaoalcalina

    MancozebSanachem800 PM

    Ditiocarbamato C PM II 350 21

  • 800 PM

    ManzateSipcam Ditiocarbamato C PM III 300 7

    Produtos deforte reaoalcalina

    ManzateGrDa Ditiocarbamato C GrDa III 250 7

    Produtos deforte reaoalcalina

    Mancozeb Persist SC Ditiocarbamato C SC III 640 7Produtos deforte reaoalcalina

    Metalaxyl-M +Mancozeb

    RidomilGold MZ

    Fenilalmida +Ditiocarbamato S+C PM III 300 21

    Mancozeb +Oxicloreto decobre

    Cuprozeb Inorgnico +Ditiocarbamato C PM IV 350 7Produtos deforte reaoalcalina

    Mancozeb+Tiofanato metil

    Dithiobin780 PM

    Benzimidazol +Ditiocarbamato S+C PM III 250 21

    Produtos deforte reaoalcalina

    Maneb Maneb 800 Ditiocarbamato C PM III 350 7Produtos deforte reaoalcalina

    Metconazole Caramba 90 Triazol S SC III 50 a100 7

    Metiram Cabrio Top Ditiocarbamato S WG III 2000 30Myclobutanil Systhane Triazol S PM III 20 7

    Oxicloreto deCobre

    Agrinose Inorgnico C PM IV 300 a350 7Caldasulfoclcica ecarbamatos

    CupravitAzul BR Inorgnico C PM IV 300 7

    Cuprogarb500 Inorgnico C PM IV 250 7

    Cupuran500 PM Inorgnico C PM IV 220 ND

    FungitolAzul Inorgnico C PM IV 275 7

    Caldasulfoclcica ecarbamatos

    FungitolVerde Inorgnico C PM IV 220 7

    Caldasulfoclcica ecarbamatos

    HokkoCupra 500 Inorgnico C PM IV

    250 a300 7

    Propose Inorgnico C PM IV 300 7

    Ramexane850 PM Inorgnico C PM IV 250 7

    TMTD, dicloran,carbamatosscloropropilate

    Reconil Inorgnico C PM IV 300 7TMTD, DNOC,enxofre clcicoeditiocarbamatos

    Procymidone Sialex 500 Dicarboximida S PM III 150 a200 14

    Sumilex500 WP Dicarboximida S PM III 14

    Propineb Antracol700 PM Ditiocarbamato C PM II 300 7

    Pyraclostrobin Comet Estrobirulina S CE II 40 400 4

    Pyrazophos Afugan Fosforotioato deHeterociclo S CE II 60 ?

    Pyrimethanil Mythos Anilinopirimidina S SC III 200 21

    Quinometionato MorestanBR Quinoxalina PM III 40 14

    Sulfato de

  • Sulfato de cobre

    Sulfato decobreAgrimar

    Inorgnico C PM IV 10.000 7

    Sulfato deCobreMicrosal

    Inorgnico C PM IV 600 a700 7

    Tebuconazole

    Elite Triazol S CE III 100 14Folicur 200CE Triazol S CE III 100 14

    Folicur PM Triazol S PM III 100 14Constant Triazol S CE III 100 14Triade Triazol S CE III 100 14

    Tetraconazole Domark 100EC Triazol S CE III 50 a 75 21

    Tiofanato metil

    Metiltiofan Benzimidazol S PM IV 100 14Cpricos eprodutosalcalinos

    Cercobin700 PM Benzimidazol S PM IV 70 14

    Cpricos eprodutosalcalinos

    TiofanatoSanachem500 SC

    Benzimidazol S SC IV 100 14Cpricos eprodutosalcalinos

    Triadimefon Bayleton Triazol S PM III 200 15

    TriadimenolShavitAgricur 250CE

    Triazol S CE I 50 a100 15

    Triflumizol Trifmine Imidazol S PM IV 40 a 80 7

    Zoxamide +mancozeb Stimo WP

    Benzamida +Ditiocarbamato S+C PM III

    1400 a1800 7

    Produtos deforte reaoalcalina

    GQ = Grupo QumicoMA = Modo de aoFR = FormulaoCT = Classe ToxicolgicaPC = Perodo de Carncia (dias)IM = Imcompatibilidade

    Figura 1. "Mancha leo" causada por Plasmopara viticola(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

    Figura 2. Esporulao de Plasmopara viticola na superfcie inferior da folha.(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

  • Figura 3. Necrose do tecido foliar causada por Plasmopara viticola.(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

    Figura 4. Mldio no cacho.(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

    Figura 5. Odio na folha.(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

    Figura 6. Odio no cacho.(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

  • Figura 7. Bagas rachadas devido ao ataque de odio.(Foto: Olavo R. Snego)

    Figura 8. Antracnose no ramo.(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

    Figura 9. Antracnose na folha.(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

    Figura 10. Folha deformada devido ao ataque de antracnose nas nervuras.(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

    Figura 11. Antracnose no cacho.(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

  • Figura 12. Podrido da uva madura..(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

    Figura 13. Podrido da uva madura - massa rsea de condios fngicos.(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

    Figura 14. Mofo cinzento.(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

    Figura 15. Mofo cinzento.(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

  • Figura 16. Podrido cida.(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

    Figura 17. Ferrugem na folha.(Foto: Olavo R. Snego)

    Figura 18. Requeima das folhas.(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

  • Figura 19. Morte descendente - leso em "V".(Foto: Lucas da Ressurreio Garrido)

    01- gemas dormentes02- inchamento de gemas03- algodo05- ponta verde07- 1 folhas separada09- 2 ou 3 folhas separadas12- 5 ou 6 folhas separadas: inflorescncia visvel15- alongamento da inflorescncia: flores agrupadas17- inflorescncia desenvolvida: folhas separadas19- incio do florescimento: 1as flores abertas21- 25% das flores abertas

    23- 50% das flores abertas (pleno florescimento)25- 80% das flores abertas27- frutificao (limpeza de cacho)29- gro tamanho "chumbinho"31- gro tamanho "ervilha"33- incio da compactao do cacho35- incio da maturao38- maturao plena41- maturao dos sarmentos43- incio da queda das folhas47- final da queda da folha

    Figura 20. Estdios fenolgicos da videira de acordo com Eichon & Lorenz e fase de maiorsuscetibilidade das cultivares sem semente s doenas fngicas.(Fonte: Eichon & Lorenz / Embrapa Uva e Vinho)

    Todos os direitos reservados, conforme Lei n 9.610