Cappella Andrea Barca · Quinteto para Piano e Sopros, em Mi bemol maior, op. 16 (András Schiff...

16
andrás schiff © birgitta kowsky Cappella Andrea Barca Sir András Schiff 25 JANEIRO 2017

Transcript of Cappella Andrea Barca · Quinteto para Piano e Sopros, em Mi bemol maior, op. 16 (András Schiff...

andr

ás sc

hiff

© bi

rgit

ta k

owsk

y

Cappella Andrea Barca

Sir András Schiff

25 JANEIRO 2017

mecenas principalgulbenkian música

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasestágios gulbenkian para orquestra

Sociedade de Advogados, SP RL

mecenasmúsica de câmara

gulbenkian.pt/musica

25 DE JANEIROQUARTA19:00 — Grande Auditório

Ciclo Grandes Intérpretes

Cappella Andrea BarcaSir András Schiff Piano

03

Ludwig van BeethovenQuinteto para Piano e Sopros,em Mi bemol maior, op. 16(András Schiff Piano, Louise Pellerin Oboé, Riccardo Crocilla Clarinete, Marie-Luise Neunecker Trompa, Stefan Schweigert Fagote)

Grave – Allegro ma non troppoAndante cantabileRondo: Allegro ma non troppo

Antonin DvorákQuinteto para Cordas n.º 2,em Sol maior, op. 77(Panocha Quartet, Christian Sutter Contrabaixo)

Allegro con fuocoScherzo: Allegro vivacePoco andanteFinale: Allegro assai

intervalo

Duração total prevista: c. 2h 15 min.Intervalo de 20 min.

Johannes BrahmsQuarteto para Piano e Cordas n.º 2,em Lá maior, op. 26(András Schiff Piano, Erich Höbarth Violino,Hariolf Schlichtig Viola, Christoph Richter Violoncelo)

Allegro non troppoPoco adagioScherzo: Poco allegroFinale: Allegro, alla breve

ˇ

04

Composto em 1796, quatro anos após o estabelecimento de Ludwig van Beethoven em Viena, o Quinteto para Piano e Sopros, op. 16,representa um marco importante para a história de uma formação de câmara singular, constituída por oboé, clarinete, trompa, fagote e piano, tendo aberto o caminho para realizações ulteriores como o Quinteto com Piano, op. 41,de Franz Danzi (1763-1826) ou o Quinteto com Piano, op. 44, de Ernst Pauer (1826-1905).No cômputo da tradição musical vienense,a obra encontra precedente no Quinteto com Piano, K. 452, de W. A. Mozart, concluído em 1784, com o qual partilha a tonalidade de Mi bemol maior. Enquanto o Quinteto K. 452 é uma obra-prima consumada da produção de câmara de Mozart, assente numa teia complexa de interdependências sonoras, já o Quinteto op. 16 de Beethoven testemunha uma dialética mais elementar, segundo a qual o piano tende a opor-se ao bloco dos sopros através do discurso solista, ou assumindo, por outro lado, um mero papel de acompanhamento. Mais do que pelo engenho da escrita, esta página precoce impõe-se pela sucessão de polos emocionais diferenciados, os quais advêm, em grande medida, do recurso aos

crescendos súbitos e aos contrastes violentos de textura. Apesar de tudo, o compositor mostrou-sebastante satisfeito com o resultado musical conseguido, tendo mesmo elaborado uma redução da partitura para a formação de violino, viola, violoncelo e piano. A estreia sobreveioa 6 de abril de 1797, por ocasião de um concerto público organizado pelo violinista austríaco Ignaz Schuppanzigh, durante o qual Beethoven se apresentou ao piano.Uma secção majestosa, Grave, serve de prelúdio ao Allegro ma non troppo inicial. O tema principal desta última secção, com a suas quatro semínimas a exercer uma pontuação “imperial” sobre o fluxo anterior de semicolcheias, reveste-sejá do pendor “heroico” que viria a tornar-se apanágio do estilo beethoveniano mais tardio. O jovem músico procurou uma veia mais lírica e moderada no andamento central, Andante cantabile, inspirando-se, para isso, num modelo incontroverso de eloquência expressiva e de sensualidade: a ária de Zerlina “Batti, batti”, do Don Giovanni de Mozart. O virtuosismo dos sopros é colocado em relevo no Rondo final, andamento animado que encerra a obra numa atmosfera alegre e despreocupada.

Ludwig van BeethovenBona, 17 de dezembro de 1770Viena, 26 de março de 1827

Quinteto para Piano e Sopros,em Mi bemol maior, op. 16

composição: 1796estreia: Viena, 6 de abril de 1797duração: c. 26 min.

quin

teto

op.

16. b

raun

schw

eig,

h. l

itol

ff v

erla

g ©

dr

05

Enquadrados na valorosa tradição musical que encontra raízes no Classicismo, os três quintetos para cordas de Antonín Dvorák espelham a especial afinidade do músico checo com as sonoridades de câmara, em especial da viola de arco, da qual era exímio executante. Não é, pois, de surpreender que o primeiro opus da sua carreira criativa tenha sido o Quinteto em Lá menor, op. 1, para dois violinos, duas violas e violoncelo, de 1861. A música de câmara continuou, desde então, a cativar o músico, sendo de assinalar que as principais transformações da sua linguagem musical passaram pelo crivo de quintetos e quartetos para cordas, entre outras formações de câmara.Em 1875, quando contava trinta e quatro anos, Dvorák concluiu o seu segundo Quinteto para Cordas, em Sol maior, op. 77, para dois violinos, viola, violoncelo e contrabaixo, através do qual se veio a posicionar, de modo mais vincado, numa vereda expressiva de cariz nacionalista, inspirada por Bedrich Smetana (1824-1894). Sinais evidentes desta opção estética surgem, desde logo, no Allegro con fuoco inicial, povoado por sonoridades contrastantes, sempre

emolduradas por complexos rítmicos elaborados, tributários das danças tradicionais checas.O andamento seguinte, Scherzo, na tonalidade de Mi menor, possui forma tripartida. Os dois temas da primeira secção foram inspirados nos ritmos populares do Dumka, peça de canto tradicional eslavo, de grande melancolia, por vezes com momentos de súbita animação. O Trio central,na tonalidade de Dó maior, é marcado pelo intenso lirismo e pela fluidez da textura, assegurada pelo movimento constante de tercinas e semicolcheias. No Poco andante seguinte, o violoncelo descreve belas volutasde natureza contrapontística, a servir de apoioà melopeia expressiva do primeiro violino.Dvorák põe em relevo diferentes técnicas e efeitos no acompanhamento, incluindo modificações tímbricas obtidas com os diferentes modos de atuação das cordas (staccato, pizzicato).O andamento final, Allegro assai, evoca o pendor ardente e otimista do primeiro andamento da obra, vindo a introduzir duas frases melódicas de caráter contrastante, as quais transmitem a este momento conclusivo instâncias únicas de exuberância e vitalidade.

Antonin DvorákˇNelahozeves, 8 de setembro de 1841Praga, 1 de maio de 1904

Quinteto para Cordas n.º 2,em Sol maior, op. 77

composição: 1875, rev. 1888estreia: Praga, 18 de março de 1876duração: c. 35 min.

quin

teto

op.

16. b

raun

schw

eig,

h. l

itol

ff v

erla

g ©

dr

anto

nín

dvor

ák ©

dr

ˇ

ˇ

ˇ

ˇˇ

06

Um dos maiores representantes da música de câmara ao longo do período romântico, Johannes Brahms dedicou grande parte da sua vida criativa à exploração de géneros instrumentais menos comuns, tais como o quarteto com piano, o sexteto para cordas e a sonata para clarinete e piano. No primeiro domínio, Brahms compôs três obras: os Quartetos com Piano op. 25 e op. 26,gerados a par durante o ano de 1861, e o mais tardio Quarteto op. 60, concluído em outubrode 1875. Face ao mais conhecido Quarteto op. 25,o qual cativou as audiências coevas muito por via do exuberante Rondo alla zingarese final, o Quarteto op. 26 reveste-se de perfil mais académico e convencional, o que não obsta ao seu pleno reconhecimento na literatura de câmara romântica, seja por via dos agregados temáticos de inegável beleza, seja por via das variadas soluções de diálogo concertante entreo violino, a viola, o violoncelo e o piano.O primeiro andamento, Allegro non troppo, baseia-se numa forma de sonata com três teas distintos. O primeiro, exposto pelo piano, constitui como que um lampejo de paisagem serena, envolto no suave balancear das tercinas. O segundo tema é também exposto pelo piano, sendo depois partilhado pelas cordas, tal como acontecera anteriormente com o primeiro

tema. Um breve terceiro elemento temático, grazioso, assoma ainda no final da exposição. No desenvolvimento que se segue, os três temas são explorados extensivamente, pela mesma ordem com que foram apresentados. A recapitulação segue os moldes da tradição vienense e é sucedida por uma ampla coda, assente no tema principal. Verdadeiro fulcro emocional da obra, o segundo andamento, Poco adagio, na tonalidade dominante de Mi maior, reveste-se de contornos expressivos intensos, por vezes de cunho schumaniano, mostrando laivos de “paixão ambígua”, no entender do célebre violinistae amigo do compositor, Joseph Joachim.O andamento seguinte, Scherzo, regressa à tónica para enunciar uma sucessão de patamares diferenciados de humores e sensações, atingindo, por vezes, picos de tensão e dramatismo, muito em linha com o cânone beethoveniano.O Quarteto encerra com um Allegro, alla breve, andamento assente numa forma de rondó-sonata, habilmente repartida em secções com identidade temática e harmónica, das quais derivam certas recorrências motívicas que asseguram a unificação musical do andamento, à maneira do tradicional refrão. notas de rui cabral lopes

Johannes BrahmsHamburgo, 7 de maio de 1833Viena, 3 de abril de 1897

Quarteto para Piano e Cordas n.º 2,em Lá maior, op. 26

composição: 1861estreia: Viena, 29 de novembro de 1862duração: c. 47 min.

joha

nnes

bra

hms e

m 1

855

© d

r

07

Sir András Schiff nasceu em Budapeste em1953 e começou a tocar piano aos cinco anosde idade com Elisabeth Vadász. Prosseguiu os seus estudos na Academia Ferenc Liszt, comPál Kadosa, György Kurtág e Ferenc Rados,e depois em Londres, com George Malcolm.András Schiff tem dedicado uma parte importante da sua atividade artística aos ciclos de recitais em torno das obras para pianode J. S. Bach, J. Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Chopin, Schumann e Bartók. Interpretou a integral das 32 Sonatas para Piano de Beethoven em vinte cidades, incluindo uma gravação ao vivo no Tonhalle de Zurique. Apresentou-se com muitas das grandes orquestras e maestros de renome nos principais palcos internacionais, tendo atuado também, com regularidade, na Fundação Calouste Gulbenkian, em concerto e em recital. Na atualidade, apresenta-se sobretudo na dupla função de maestro e solista. Entre 1989 e 1998, foi Diretor Artístico do Musiktage Mondsee, um festival de música de câmara que se realiza perto de Salzburgo. Em 1995 fundou, com Heinz Holliger, os Ittinger Pfingstkonzerte, em Kartause Ittingen, na Suíça. Em 1998 iniciou um ciclo

similar, intitulado Omaggio a Palladio, no Teatro Olímpico de Vicenza. Em 1999 fundou a sua própria orquestra de câmara, a Cappella Andrea Barca, constituída por solistas e músicos de câmara. Membro Honorário da Casa Beethoven, em Bona, pelo seu trabalho em torno das obras do compositor alemão, András Schiff recebeu a Medalha do Wigmore Hall em 2008 e o Prémio Schumann da cidade de Zwickau em 2011. Em 2012 foi nomeado Membro Honorário do Konzerthaus de Viena e recebeu a Medalha de Ouro Mozart do Mozarteum de Salzburgo.Em 2013 foi-lhe atribuída a Medalha de Ouro da Royal Philharmonic Society e, em 2014, um doutoramento honorário pela Universidade de Leeds e o título honorífico Knight Bachelor nas Queen's Birthday Honours.Em 2015 recebeu o International Classical Music Award na categoria de “Gravação Instrumentala Solo do Ano” pelo disco (ECM Records) dedicado às últimas obras para piano de Schubert, tocadas num pianoforte vienense de 1820 construído por Franz Broadmann. Em 2012 fora-lhe já atribuído este prémio pela gravação do disco Geistervariationen, preenchido com obras de Robert Schumann.

Sir András Schiff

andr

ás sc

hiff

© p

eter

fisc

hli –

luc

erne

fes

tiva

l

joha

nnes

bra

hms e

m 1

855

© d

r

Piano

Na sua maioria, os músicos da Cappella Andrea Barca são solistas e músicos de câmara, não estando vinculados a uma orquestra de forma permanente. Foram selecionados por András Schiff para interpretarem os concertos para piano de Mozart, em Salzburgo, entre 1999 e 2005. Desde então, a Cappella Andrea Barca tem sido convidada regularmente pelo Festival Mozart de Salzburgo. András Schiff dirige regularmente no festival Omaggio a Palladio no Teatro Olímpico de Vicenza, onde a orquestra tem estado também presente. Às muitas apresentações na Europa juntam-se as digressões nos Estados Unidos da América para concertos no Carnegie Hall e no Avery Fisher Hall, em Nova Iorque,e no Kennedy Center, em Washington.A Cappella Andrea Barca apresentou-se também no Festival Beethoven de Bona, no Festival de Lucerna e no Festival das Artes de Weimar. “Andrea Barca” é uma tradução direta para italiano do nome de András Schiff, sendo que, tanto “Barca” como “Schiff” significam "barco". No entanto, o pianista criou uma bem-humorada biografia de um hipotético personagem ficcionado: "Da vida de Andrea Barca sabemos muito pouco, apesar dos esforços diligentes da musicologia moderna. Filho de camponeses (contadini) nasceu – presumivelmente – em Marignolle, Florença, entre 1730 e 1735.

Conheceu W. A. Mozart em 1770 num concerto privado dado pelo compositor no dia 2 de abril na Villa Poggio Imperiale, perto de Florença. A partir daquele dia, decidiu dedicar a sua vida à interpretação das obras para piano de Mozart. O seu entusiasmo levou-o a Salzburgo, onde teve grande sucesso. Regressou mais tarde a Florença, cidade onde trabalhou como compositor e pianista. Das suas numerosas composições destaca-se a obra-prima La Ribollita bruciata, uma ópera (dramma giocoso) em dois atos que pode ser considerada como o ponto culminante da história da música toscana. Não se sabe quando e onde morreu, permanecendo, desde então, como um misterioso enigma da história da música.” A orientação artística de András Schiff e da Cappella Andrea Barca tem sido a de valorizar a interpretação de cada obra, seja em contexto de formação de câmara, seja em pequenos grupos de solistas: "O meu objetivo, como diretor, é o de promover a música de câmara tradicional; a Cappella é, portanto, um conjunto de músicos de câmara que são, antes de tudo, excelentes solistas neste contexto.”. Para além disso, András Schiff considera a componente humana como igualmente importante: "Aqui não há lugar para egocentrismos. A força do conjunto é baseada na simpatia mútua, na compreensão e na partilha dos mesmos ideais, estéticos, musicais e pessoais.”

Cappella Andrea Barca

capp

ella

and

rea

barc

a ©

pri

ska

kett

erer

w

08

capp

ella

and

rea

barc

a ©

pri

ska

kett

erer

w

eric

h hö

bart

h ©

dr

O violinista vienense Erich Höbarth estudou inicialmente com Grete Biedermann e Franz Samohyl e posteriormente com Sándor Végh no Mozarteum de Salzburgo. De 1978 a 1980, foi membro do famoso Quarteto Végh. Entre 1980 e 1986, foi concertino da Orquestra Sinfónica de Viena. Foi também 1.º violino do Sexteto de Cordas de Viena e solista no Ensemble Concentus Musicus, sob a direção de Nikolaus Harnoncourt. De 2000 a 2009, foi Diretor Artístico da Camerata Bern. Desenvolveu atividade docente (violino e música de câmara) em Viena e Graz e, desde 2013, é professor de violino na Musikhochschule Leipzig. Colabora regularmente com o pianista András Schiff.

Hariolf Schlichtig é músico de câmara, solista e professor. Estudou com Max Rostal e Sándor Végh e, aos 19 anos, tornou-se membro do Quarteto Cherubini, com o qual ganhou várias competições internacionais, realizou aclamadas gravações e se apresentou em prestigiados festivais de música. Como solista, atuou na Philharmonie de Colónia, na Herkulessaal de Munique, no Conservatório de Bruxelas, no Festival de Maio de Wiesbaden, no Festival Beethoven de Bona, no ciclo Omaggio a Palladio, com András Schiff, no Teatro Olímpico de Vicenza, no Tonhalle de Zurique e no Carnegie Hall de Nova Iorque. É membro da Cappella Andrea Barca desde a sua fundação. É professor de viola e música de câmara na Hochschule für Musik und Theater, em Munique. Numa longa colaboração com a Orquestra de Câmara de Munique, interpretou os Concertos para Viola de Stamitz, Hoffmeister e Zelter. As suas gravações foram distinguidas com os prémios Deutschen Schallplattenpreis, Echo Klassik, Diapason d‘Or e Choc.

ErichHöbarthViolino

HariolfSchlichtigViola

09

hari

olf s

chli

chti

g ©

dr

Christoph Richter estudou com André Navarra, Pierre Fournier e Sándor Végh. Venceu o Concurso Internacional Rostropovich, em Paris, e o Concurso Internacional de Genebra. Apresenta-se regularmente como solista com a Filarmónica de Munique e com a Filarmónica Checa, entre outras orquestras, e em prestigiados auditórios como o Musikverein de Viena, o Gasteig de Munique, o Rudolfinum de Praga, ou o Laeiszhalle de Hamburgo. Em Londres, interpretou integrais das obras para violoncelo de Bach, Beethoven, Brahms e Webern. Participou na gravação de vários CDs premiados, para a editoras ECM e Naxos. Foi membro do Quarteto Cherubini e do Quarteto Heine e é um dos membros fundadores da Cappella Andrea Barca. De 1981 a 1988, foi violoncelista principal da Orquestra Sinfónica NDR. É também um convidado regular dos festivais de música de câmara internacionais.Christoph Richter é professor de violoncelo na Folkwang Universität der Künste, em Essen, e orienta cursos de aperfeiçoamento na Royal Academy, em Londres. Em 2011 dirigiu a sua própria série de concertos, intitulados Heinz Holliger: In Profile, no Kings Palace, em Londres.

Depois de concluir, com distinção, os seus estudos com Yoan Goilav, Christian Sutter assumiu o lugar de contrabaixo principal da Orquestra Sinfónica de Basileia. É um dos membros fundadores da orquestra de câmara Cappella Andrea Barca, colaborando regularmente com músicos como András Schiff ou Heinz Holliger. O seu interesse pela música contemporânea levou György Kurtág a dedicar-lhe peças para contrabaixo de sua autoria.Christian Sutter é também um adepto do cruzamento entre a música e a literatura, tendo promovido várias iniciativas neste domínio, nomeadamente o ciclo Schwarz auf Weiss, no Museu do Papel e da Imprensa, em Basileia,ou o ciclo Poet am Kontrabass.

ChristophRichter

ChristianSutter

Violoncelo Contrabaixo

10

chri

stop

h ri

chte

r ©

dr

chri

stia

n su

tter

© d

r

Louise Pellerin é professora de oboé e música de câmara na Universidade das Artes de Zurique e oboísta solista dos agrupamentos Camerata Salzburg e Cappella Andrea Barca. Colabora com músicos como Heinz Holliger, András Schiff, Erich Höbarth, Leonidas Kavakos, Eduard Brunner, Radovan Vlatkovic, Dénes Várjon ou Jörg Widmann e é uma convidada regular de festivais internacionais (Atenas, Berlim, Buenos Aires, Londres, Lucerna, Montreal, Munique, Nova Iorque, Paris, Roma, São Francisco, Singapura, Salzburgo, Tóquio, Toronto, Viena e Zurique). Estudou no Conservatório de Montreal (dois primeiros prémios) e na Universidade de Música de Freiburg im Breisgau. Orienta cursos de aperfeiçoamento na Europa e na América do Norte e é muito solicitada para integrar júris em competições internacionais. Ao longo da sua carreira, foi oboísta principal da Orquestra Sinfónica WDR de Colónia, da Orquestra de Câmara de Württemberg, da Camerata Bern, da Camerata Zurich, do Collegium Novum, da Orquestra de Câmara de Zurique, da Orquestra do Festival de Budapeste e da Orquestra de Câmara da Europa.

Riccardo Crocilla nasceu em Palermo. Frequentou o Conservatório de Génova, onde concluiu os seus estudos com distinção. Trabalhou posteriormente com G. Garbarino e T. Friedli. Foi clarinetista principal de orquestras sinfónicas e de ópera em Cagliari, Génova, Trieste e Lausanne. Desde 1996, é clarinetista principal da orquestra do Maggio Musicale de Florença, sob a direção de Zubin Mehta. Colabora regularmente com as principais orquestras internacionais, sob a direção de maestros de renome. Riccardo Crocilla recebeu o prestigiado Premio Galileo 2000 para prometedores jovens músicos italianos. Participou em gravações para as etiquetas ARTS, Bongiovanni e Discantica.

LouisePellerinOboé

RiccardoCrocillaClarinete

11

loui

se p

elle

rin

© d

r

ricc

ardo

cro

cill

a ©

dr

Stefan Schweigert começou a estudar fagote aos dez anos de idade com Alfred Rinderspacher. Estudou posteriormente com Klaus Thünemann na Musikhochschule Hannover e teve a sua primeira experiência orquestral como membro da Orquestra Nacional da Juventude. Em seguida, colaborou com a Orquestra Sinfónica de Bamberg e com a Orquestra de Câmara de Württemberg. Como solista, tocou com a Filarmónica de Berlim e a Camerata Bern, entre outros agrupamentos. Foi também membro do Scharoun Ensemble Berlin, colaborou várias vezes com a Orquestra de Câmara da Europa e participou nos festivais de música de câmara Gidon Kremer (Lockenhaus) e Lars Vogt (Heimbach). Desde 2001, colabora também com o Ensemble de Sopros Sabine Meyer. Stefan Schweigert leciona na Academia de Orquestra da Filarmónica de Berlim. Orienta cursos de aperfeiçoamento em várias universidades alemãs, bem como no Japão, nos Estados Unidos da América e em Espanha. De 2004 a 2006, foi professor na Musikhochschule Freiburg.

Marie-Luise Neunecker iniciou a sua carreira como trompa solista na Orquestra Sinfónica de Bamberg e na Orquestra Sinfónica da Rádio de Frankfurt. O sucesso obtido em vários concursos internacionais afirmou o seu potencial para atuar a solo, tendo entretanto colaborado com músicos de renome como Frank Peter Zimmermann, Christian Tetzlaff, Lars Vogt,ou o Quarteto Zehetmair. O compositor György Ligeti dedicou-lhe o seu Concerto para Trompa, estreado em 2001.Marie-Luise Neunecker realizou muitas gravações, contribuindo para uma maior divulgação do repertório para a trompa. Leciona na Academia de Música Hanns Eisler de Berlim. Apresentou-se com a Orquestra do Festival de Schleswig-Holstein, sob a direção de Christoph von Dohnányi, a Orquestra do Estado da Baixa Saxónia de Hanôver, a Filarmónica da Rádio NDR e a Badische Staatskapelle Karlsruhe, entre outras orquestras. Atuou em trio, com a violinista Antje Weithaas e a pianista Silke Avenhaus, em Munique, Bona e Bremen.

StefanSchweigert

Marie-LuiseNeunecker

Fagote Trompa

stef

an sc

hwei

gert

© d

r

mar

ie-l

uise

neu

neck

er ©

jann

e sa

ksal

a

12

O Panocha Quartet dedica especial atenção à música checa, incluindo não só as obras de Dvorák, Martinu, Smetana e Janácek, mas também o repertório de compositores checos menos conhecidos. Para além disso, o seu repertório é muito mais amplo, incluindo as obras dos clássicos vienenses, nomeadamente os quartetos de J. Haydn, bem como obras de Schubert, Ravel, Bartók ou Chostakovitch.O Panocha Quartet foi fundado em 1968 por quatro talentosos alunos do Conservatório de Praga. Em 1975 o jovem conjunto ganhou em Praga o primeiro prémio do Concurso Internacional de Quartetos de Cordas, seguindo-se outros prémios como a Medalha de Ouro do Concurso Internacional de Quartetos de Cordas de Bordéus. As gravações entretanto realizadas para a Supraphon foram distinguidas

com vários prémios, incluindo o Grand Prix de l'Académie Charles Cros para a gravação dos Quartetos para Cordas n.º 4 e n.º 6 de Martinu. Além dos concertos na Europa, atua com regularidade nos Estados Unidos da América, no Canadá, na Nova Zelândia, na Austrália, no Japão, em Israel e no México. Participa também em festivais internacionais como os de Edimburgo Salzburgo, Mondsee, Praga, Menton, Dubrovnik, Telavive e Kuhmo. Nos últimos anos, tem colaborado intensamente, em concertos e gravações, com o pianista András Schiff. Além da sua preenchida agenda de concertos, os músicos do Panocha Quartet desenvolvem também atividade formativa, nomeadamente na Academia Internacional de Música de Kusatsu (Japão) e na Escola de Música de Verão de Yale (Norfolk / E.U.A.).

pano

cha

quar

tet

© d

r

Panocha QuartetJirí Panocha ViolinoPavel Zejfart ViolinoMiroslav Sehnoutka ViolaJaroslav Kulhan Violoncelo

ˇ

ˇ ° °ˇ

13

BANCODE CONFIANÇA.

O BPI foi reconhecido como a marca bancáriade maior confiança em Portugal, de acordocom o estudo Marcas de Confiança que as Selecções do Reader’s Digest organizam há 16 anos em 10 países. O nível de confiançado BPI subiu de 39% para 46%, registandoo melhor resultado alguma vez alcançado em todo o sistema financeiro português desdeo lançamento do estudo em 2001. O BPI agradece este voto de confiança e tudo fará para continuar a merecê-lo.

25%2º Banco

10%3º Banco

46%

BPI é Marca de Confiança na Banca pelo 3º ano consecutivo.

Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidadeque o atribuiu.

direção criativaIan Anderson

design e direção de arteThe Designers Republic

design gráficoAH–HA

Pedimos que desliguem os telemóveis durante o espetáculo. A iluminação dos ecrãs pode igualmente perturbar a concentraçãodos artistas e do público. Não é permitido tirar fotografias nem fazer gravações sonoras ou filmagens duranteos espetáculos. Programas e elencos sujeitos a alteraçãosem aviso prévio.

tiragem400 exemplares

preço2€

Lisboa, Janeiro 2017

BANCODE CONFIANÇA.

O BPI foi reconhecido como a marca bancáriade maior confiança em Portugal, de acordocom o estudo Marcas de Confiança que as Selecções do Reader’s Digest organizam há 16 anos em 10 países. O nível de confiançado BPI subiu de 39% para 46%, registandoo melhor resultado alguma vez alcançado em todo o sistema financeiro português desdeo lançamento do estudo em 2001. O BPI agradece este voto de confiança e tudo fará para continuar a merecê-lo.

25%2º Banco

10%3º Banco

46%

BPI é Marca de Confiança na Banca pelo 3º ano consecutivo.

Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidadeque o atribuiu.

GULBENKIAN.PT

FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN