Manuel de Arriaga

Manuel de Arriaga nasceu a 8 de Julho de 1840, na cidade da Horta, Açores.

Foi o primeiro presidente da República Portuguesa, tendo sido sucedido por Teófilo

Braga.

Estudou direito na Universidade de Coimbra de 1860 a 1865. Deserdado pelo pai

devido à defesa do republicanismo, deu aulas de Inglês.

Entretanto, vai-se tornando conhecido como advogado. Era um excelente orador e

também escritor.

Em 1910 é nomeado reitor da Universidade de Coimbra.

Casado com D. Lucrécia Furtado de Melo, teve seis filhos.

Membro do Partido Republicano, foi eleito quatro vezes, deputado pelo círculo da

Madeira (de 1882 a 1892).

É preso em 1890, em consequência das manifestações de 11 de Fevereiro contra o

Ultimato Inglês.

Em 1891, quando da revolta do Porto de 31 de Janeiro, já fazia parte do Directório do

Partido Republicano, juntamente com Jacinto Nunes, Azevedo e Silva, Bernardino

Pinheiro, Teófilo Braga e Francisco Homem Cristo.

Considerado um orador notável, muitos dos seus discursos deram um impulso

importante à causa republicana. Não partilhava, porém, o anti-clericalismo dos

primeiros republicanos portugueses.

Foi deputado constituinte em 1911 e eleito Presidente da República em 24 de Agosto de

1911, tornando-se o primeiro chefe do Estado do novo regime.

Tentou reunificar o Partido Republicano, sem resultados.

O seu mandato foi atribulado devido a investidas monárquicas chefiadas por Paiva

Couceiro. Após o "golpe das espadas", em 1915, Manuel de Arriaga convidou o general

Pimenta de Castro a formar governo, decisão que deu origem ao descontentamento e a

uma revolta com bastantes mortos. Arriaga é então substituído pelo professor Teófilo

Braga.

Morre em Lisboa, dois anos depois, com 77 anos de idade.

Foi sepultado em jazigo de família no cemitério dos Prazeres e transladado para o

Panteão Nacional de Santa Engrácia, cumprindo decisão votada por humanidade pela

Assembleia da República, em 16 de Setembro de 2004.

João Gouveia nº11 6ºM

Manuel José de Arriaga Brum da Silveira