atosvolume17numero2

download atosvolume17numero2

of 40

Transcript of atosvolume17numero2

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    1/40

    ABRIL / MAIO / JUNHO 2002 ATOS / 11 / ATOS OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO 2001

    1 / ATOS OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO 2001

    JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002Volume 17 / Nmero 2EDIO PORTUGUS

    PARE! Antes de voc ler esta revista, por favor, olhe para a etiqueta de endereo em seu envelope.

    No topo direito de sua etiqueta, depoisda palavra "EXPIR", est sua data de ven-cimento da assinatura da Revista ATOS.(month/year).

    Por favor, escreva essadata aqui:

    ________ / _________ms ano

    No topo esquerdo de sua etiqueta est o seu nmero de ATOS.Por favor, escreva esse nmero aqui.

    Voc dever dar esta informao cada vez que escrever ao World MAP, ou quando preencherseu Formulrio de Renovao de Assinatura ou solicitao do livro O Cajado do Pastor.

    A IGREJAEM CASAS

    O Modelo do Novo Testamento Para a Multiplicao de CongregaesBob Fitts

    ATOS

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    2/40

    2 / ATOS ABRIL / MAIO / JUNHO 2002

    Saudai Priscila e qila, meuscooperadores em Cristo Jesus...saudai igualmente a igreja que se re-ne na casa deles(Rm 16:3-5).

    As igrejas da sia vos sadam.No Senhor, muito vos sadam qilae Priscila e, bem assim, a igreja queest na casa deles(l Co 16:19).

    Saudai os irmos de Laodicia,e Ninfa, e igreja que ela hospedaem sua casa(Cl 4:15).

    Ao amado Filemom... e igrejaque est em tua casa(Fm 1,2).

    Com base nos versculos acima, bvio que a Igreja Primitiva reunia-

    se em casas. Essas casas no eram oque poderamos chamar de um prdiocaracterstico e especfico de umaigreja. Eram casas em que as pessoasmoravam, e eram abertas como umlocal de reunio para a igreja.

    A Igreja Primitiva no tinha prdi-os de igreja. Os prdios no aparece-ram at o ano 232 d.C. O perodo maisexplosivo do crescimento da Igreja nahistria, at recentemente, aconteceudurante os primeiros anos, quando nohavia nenhum prdio de igreja.

    Contudo, neste exato momento, naChina, h um incomum mover do Es-prito de Deus que at mesmo maiorque o crescimento inicial da Igreja.

    Isso est acontecendo sem o uso deprdios de igreja. Esse reavivamento um movimento de igrejas em casas.

    A seguinte citao foi extrada doRelatrio Calebe da edio de Jan/Fevde 1990 da REVISTA MINISTRIOS. Este relatrio foi feito por LorenCunningham, fundador e presidente daJOCUM (Jovens com Uma Misso):

    De acordo com o U.S. Center ForWorld Mission (Centro Americano Para Misses Mundiais), mais de

    22.000 chineses esto vindo a Cristoa cada dia. o equivalente a 7 dias dePentecostes a cada 24 horas. Isso estacontecendo neste exato momento. Amaior parte dessa exploso de umanova f est vindo das comunidadesrurais da China, onde vive 80% dapopulao chinesa.

    Jonathan Cho, fundador daChinese Church Research Center(Centro de Pesquisas da Igreja Chi-nesa), contou-me como o reavivamen-to chins est sendo espalhado por

    A IGREJA EM CASASO Modelo do Novo Testamento Para a Multiplicao de Congregaes

    Bob Fitts

    Captulo 1

    A RAZO PARA TERMOSIGREJAS EM CASAS

    jovens, em sua maioria com idades de15 a 19 anos. Os adolescentes vo aosvilarejos e compartilham o Evangelhoonde ele nunca foi ouvido antes.

    Quando os convertidos so organi-zados em pequenos grupos, os adoles-centes chamam os presbteros ouancios (crentes de 20 a 30 anos deidade) para virem e ensinarem as recm-formadas igrejas em casas. Ao mesmotempo, os adolescentes seguem adian-te, para alcanarem o prximo vilarejo.

    Os pastores e mestres chinesesno tm barreiras financeiras para es-palharem a mensagem crist. Elesmoram com os camponeses e fazen-

    deiros em cada regio nova, e noconstrem edifcios. Eles tm muitopouco e precisam de muito pouco.

    Atravs deste meio simples, asBoas-Novas esto saltando sobre oscampos e montanhas da China.

    O explosivo crescimento da Igrejaque est acontecendo agora na Chinatem algo em comum com o crescimen-to da Igreja Primitiva do Livro de Atos. Ambos so um movimento deigrejas em casas. Este mesmo tipo decrescimento visto em outros pases

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    3/40

    ABRIL / MAIO / JUNHO 2002 ATOS / 3

    hoje, onde os prdios de igrejas noso permitidos.

    H um princpio simples que ex-presso aqui: Quanto mais obstculosque atrapalham a implantao de no-vas igrejas forem removidos, tantomaior ser o crescimento que veremos.

    J tive experincias, tanto na im-plantao como no pastoreamento deigrejas em casas.

    Vejo algumas claras vantagens naimplantao de igrejas em casas paraa multiplicao de igrejas:

    AS IGREJAS EM CASAS SOFCEIS DE SE INICIAR

    Para se implantar uma igreja numacasa, voc no precisa comprar propri-edades, nem construir um prdio. Vocno precisa de um plpito, bancos deigreja, hinrios, nem de um piano. Vocpode ficar sem um batistrio, uma es-cola dominical, e um pastor de jovens.

    Voc no precisa pertencer a umadenominao, nem tornar-se membro.Voc no precisa ter uma reunio aosdomingos, ter um boletim da igreja,nem ter uma reunio no mesmo lugartodas as semanas.

    Voc no precisa ter uma placacom o nome da sua igreja. Ela no pre-cisa de um nome. Na verdade, voc

    nem mesmo precisa cham-la deigreja, contanto que voc saiba queela uma igreja. Nenhuma das situa-es acima so ruins ou erradas, mastambm no so necessrias. O Aps-tolo Paulo no usava nenhuma dascoisas acima em seu ministrio de im-

    plantao de igrejas.Muitas das nossas igrejas moder-nas deixaram a simplicidade do NovoTestamento e acrescentaram tantascoisas extras, que na verdade no sonecessrias. Por essa razo, tem fica-do cada vez mais difcil iniciarmosuma nova igreja.

    No podemos ir a nenhum pashoje onde o Apstolo Paulo implan-tou igrejas e apontarmos para um pr-dio e dizermos: Aquela a Igreja deCorinto! ou Olhe para aquele lindoprdio! a Igreja dos Efsios! ouEis aqui a Igreja dos Tessalonicen-ses! No h nenhum prdio assim.Pelo que saibamos, as igrejas que Pau-lo iniciou reuniam-se em casas.

    Ray Willians, um amigo ntimo, missionrio no Mxico h 25 anos. Eletem sido usado por Deus para iniciardezenas de igrejas no Mxico, dasquais centenas de outras igrejas tmsido geradas.

    Ele me contou recentemente, que

    EDIO PORTUGUSVolume 17 / Nmero 2

    ndice

    1. A Razo Para Termos Igrejas em Casas .... 22. As Igrejas em Casas no Novo

    Testamento .................................................... 63. O que Uma Igreja? ................................... 94. Implantao de Igrejas por Saturao .... 135. Uma Roda ou Uma Videira? ..................... 176. Ser que os Prdios de Igrejas So

    Mesmo Necessrios? .................................. 187. Um Passo Unidade .................................. 218. O que Fazemos Numa Igreja em Casa? .. 249. Perguntas e Respostas ............................... 27Suplemento A Por que a JOCUM (Jovenscom Uma Misso) Implanta Igrejas .............. 30

    Suplemento B Por que Implantar NovasIgrejas ............................................................... 32Como Fazer a Sua Igreja Crescer ................. 34O Crescimento da Igreja e as Escrituras ...... 37

    Diretor Responsvel ................... Ralph MahoneyDiretores ......................... Frank & Wendy ParrishDiretores Administrativos

    frica .................................. Loreen Newingtonndia .................................................... Bill ScottInternacional ................................ Gayla Dease

    Artes Grficas ... Dennis McLain & Vander SantosTradutor ....................................... Marcos TaveiraRevisora ........................................... Nadya DenisLeitora de Provas ...................... Maura OcamposImpresso Grfica ................ Editora Betnia S/C

    VISO E MISSOComo um ministrio ao Corpo de Cristo, oWorld MAP existe para:1. Fornecer aos lderes de igrejas nos pa-

    ses da sia, frica e Amrica Latina umtreinamento prtico que os torne efica-zes ministros do Evangelho.

    2. Compartilhar com os crentes das naesocidentais as vitrias e as tribulaes deobreiros de igrejas nacionais, a fim deque a Igreja: Ore mais fervorosamente ed mais sacrificialmente para abenoare desenvolver a obra dos que servem naslinhas de frente do evangelismo.

    ATOS, no original, (ISSN 0744-1789) publi-cada a cada trs meses pelo World MAP, 1419N. San Fernando Blvd., Burbank, CA 91504, EUA.Toda correspondncia deve ser dirigida para o en-dereo acima ou para Caixa Postal 5053, 31611-970 Venda Nova, MG, Brasil ou ainda para o e-mail: [email protected]

    SR. AGENTE POSTAL: Favor enviar as mudan-as de endereo para World MAP, Caixa Postal5053, 31611-970 Venda Nova, MG, Brasil.

    Todas as passagens das Escrituras sero daBblia Sagrada, traduzida em portugus por JooFerreira de Almeida Sociedade Bblica do Brasil 1981, a menos que outra fonte seja indicada.

    ATOS

    A IGREJA EM CASAS

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    4/40

    4 / ATOS ABRIL / MAIO / JUNHO 2002

    certa vez, iniciou uma igreja num tri-gal. A igreja cresceu, e dela surgiu umamultido de igrejas-filhas e netas, ecada uma delas com uma viso de im-plantao de novas igrejas.

    Temos a tendncia de tornar nos-sas igrejas complexas demais. Deus

    est nos chamando de volta simplici-dade e naturalidade da multiplicao.

    AS IGREJAS EM CASASSO DESCONTRADAS

    E INFORMAIS

    Vrios anos atrs, levei minha fa-mlia a uma igreja cujo pastor era umnotvel mestre da Bblia. Eu gostavamuito daquela igreja e queria freqent-la. No entanto, todos osmembros de l vestiam-se com rou-pas que eram muito caras para as con-dies financeiras da minha famlia.

    Algumas pessoas no frequentamcertas igrejas hoje porque o nvel dopadro do vesturio alto demais.Eles transformaram a igreja num even-to formal. Muitos que no frequen-tam uma igreja do tipo formal, fre-quentam uma igreja numa casa por-que ela mais descontrada e tem umambiente informal e familiar.

    Em seu livroUNDERSTANDINGCHURCH GROWTH(Comprendendo o

    Crescimento da Igreja), o Dr. DonaldMcGavran cita Oito Chaves Para oCrescimento da Igreja nas Cidades.A primeira delas nos d a idia do Dr. McGavran sobre a importncia daimplantao e multiplicao das igre-jas em casas. Ele afirma:

    As oito chaves que estou paramencionar no so meras adivinha-es. Elas descrevem princpios comos quais concordam homens especi-alizados no crescimento da Igreja.

    Em primeiro lugar, enfatize as igre-jas em casas. Quando a igreja comea acrescer, cada congregao precisa en-contrar logo um lugar para se reunir.

    A congregao deveria reunir-senos ambientes mais naturais. Deveria serum lugar em que os no-cristos pos-sam vir com a maior tranqilidade. Eladeveria estimular os prprios converti-dos a darem prosseguimento aos cultos.A obteno de um lugar de reunio nodeveria colocar um peso financeiro so-bre as pequenas congregaes.

    A igreja em casas supre todos es-ses requisitos de forma ideal. Elas de-veriam sempre ser consideradas, tan-to para uma implantao inicial comopara expanses posteriores.

    AS IGREJAS EM CASAS SOFERRAMENTAS

    EVANGELSTICASO Dr. Peter Wagner considerado

    por muitos como a maior autoridadesobre o crescimento de igrejas hoje.Ele diz: O melhor mtodo debaixodo cu para a evangelizao a im-plantao de igrejas. Nunca houve ummtodo melhor e nunca haver.

    IMPLANTAO DE IGREJAS PORSATURAO o nome dado visoque agora est sendo adotada por l-deres de misses no mundo todo.

    Uma igreja que se divide a fim demultiplicar-se experimenta uma adi-o. Uma igreja que tem o seu enfoquesomente na adio tem a tendncia deatolar-se e estagnar-se.

    O objetivo de muitos lderes deigrejas tem sido o de se tentar fazeruma s congregao muito grande, emvez de se multiplicar as congregaes.Contudo, a Igreja de qualquer cidadeaumenta muito mais rapidamente pelamultiplicao das congregaes do

    que pela tentativa de se edificar umas super-congregao.A maior igreja do mundo encon-

    tra-se em Seul, Coria, sob a lideran-a pastoral do Dr. Yonggi Cho, quetem aplicado o princpio de multipli-cao. A sua igreja est evangelizan-do a Cidade de Seul de uma maneiranotvel, multiplicando as congrega-es, que so chamadas de clulas.Eles se dispuseram a dividir-se a fimde se multiplicarem, e a adio tem

    sido incrvel.AS IGREJAS EM CASAS

    FACILITAM O TREINAMENTODE PASTORES E LDERES

    Os educadores tm entendido hmuito tempo que o melhor mtodo detreinamento ainda o mtodo de apren-dizagem, isto , o treinamento de ummestre a um aprendiz na prtica. oque um ferreiro, encanador, ou advo-gado teria recebido h cem anos atrs.Eles aprendiam observando e pratican-

    do, e, ao mesmo tempo, sendo respon-sveis a um mestre na profisso.

    Esse era o mtodo de Jesus. Seusdiscpulos aprendiam observando, ou-vindo e praticando, enquanto con-viviam com o Prprio Mestre dos mes-tres.

    Nas igrejas em casas os pastorespodem ser treinados no sentido de fa-zerem de fato a obra de pastoreio. Aomesmo tempo, eles esto sob a super-viso de um pastor snior. Eles cres-cem medida que a igreja cresce soba liderana deles.

    Os pastores que tm empregos re-munerados de tempo integral podemcontinuar, a trabalhar at que a igrejapossa sustent-los financeiramente. Al-guns pastorearo mais do que uma igre-ja numa casa, uma vez que nem todaselas se renem no domingo de manh.

    AS IGREJAS EM CASASAJUDAM A ESTREITAR OS

    RELACIONAMENTOS

    Uma pequena igreja numa casatem uma probabilidade muito maiorde que as pessoas tmidas encontremsua identidade no Corpo de Cristo.

    Em nossa igreja em casa geralmen-te almovamos juntos nos domingos.Todas as famlias participavam, pre-

    parando e servindo as refeies. A for-mao de relacionamentos ocorremuito mais facilmente neste tipo desituaes familiares.

    Em seu peridico Church GrowthReport (Relatrio do Crescimento daIgreja), Win Arn faz a seguinte afir-mao sob o ttulo UM PRINCPIODE CRESCIMENTO COMPROVADO:

    GRUPOS PEQUENOS EFICAZES:Em nossos estudos de igrejas cres-centes, descobrimos que uma carac-

    terstica comum o alto nvel de colarelacionamental entre os membros.Podemos chamar esta caracterstica deamor, amizade, solicitude..., mas o que genuinamente atrai e retm osmembros.

    AS IGREJAS EM CASAS SOECONMICAS

    Uma igreja numa casa pode cana-lizar para o ministrio quase todos osseus recursos financeiros. J que as

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    5/40

    ABRIL / MAIO / JUNHO 2002 ATOS / 5

    reunies so feitas em casas, todas asdespesas com construes so evita-das. Desta forma, somente dez fam-lias que dizimam poderiam sustentarfinanceiramente um pastor em tempointegral.

    J que um pastor poderia supervi-sionar mais do que uma igreja emcasa, ele no precisa receber todo oseu sustento de uma s congregao.As reunies podem ser feitas em ou-tros dias ou noites, como tambm aosdomingos. Ouvi sobre um pastor queestava fazendo regularmente 12 reu-nies em casas toda as semanas. Noh nada no Novo Testamento que digaque domingo s 11 horas da manh a hora de a igreja se reunir. Alis, opadro do Livro de Atos que eles sereuniam diariamente. O primeiro diada semana raramente mencionado,e nunca enfatizado como um dia es-pecial, separado para a adorao.

    Obviamente, muitas destas igrejasem casas so dirigidas por pastores emtreinamento. Estas pessoas possuemempregos regulares e pastoreiam umaigreja numa casa medida que seutempo permitir.

    A honra de um salrio razovel de-veria ser dada aos que esto em tem-po integral na obra. Contudo, at mes-mo os que servem como pastor emtempo parcial deveriam receber umahonra semelhante. Eles deveriam re-

    ceber algumas ofertas de amor e uma

    remunerao proveniente dos dzimose ofertas. Isso ressarciria seus gastose os encorajaria na obra do minist-rio. Quer esteja em tempo parcial ouintegral, digno o trabalhador doseu salrio(Lc 10:7).

    AS IGREJAS EM CASASPODEM RESOLVER O

    PROBLEMA DOCRESCIMENTO

    Algumas das nossas congregaescrescem tanto que precisam construirprdios maiores, alugar instalaesmaiores, ou fazer dois cultos. Isso oque chamamos de um problema agra-dvel.

    No entanto h tambm uma solu-o agradvel. Comece a treinar pas-tores, designando-lhes uma rea da ci-dade. Em seguida, d-lhes algumas fa-mlias para iniciarem uma igreja emcasa nestas reas da cidade, com o pro-

    psito de terem um beb.A coisa mais vivificante que umaigreja pode fazer ter um beb. Te-nho visto muitas e muitas igrejas mor-rendo por causa de um esprito pos-sessivo na liderana. As igrejas queDeus est abenoando so as igrejasque continuamente do tudo o queDeus lhes d.

    Jesus disse: dai, e dar-se-vos-(Lc 6:38). Uma igreja que d umaigreja que cresce.

    Michael Green o diretor da Fa-

    culdade de Saint John de Nottingham,Inglaterra. Em seu discurso no Con-gresso Internacional sobre a Evange-lizao Mundial em Lausanne, Sua,em 1974, ele falou sobre os Mtodose Estratgias na Evangelizao daIgreja Primitiva. Ele disse: Na Igre-ja Primitiva, os prdios no eram im-portantes. Eles no tiveram nenhumprdio de igreja durante o perodo deseu maior avano.

    Hoje em dia, os prdios de igrejaparecem importantssimos a muitoscristos. A sua manuteno consomeo dinheiro e o interesse dos membros.Isso geralmente os afunda em dvidase os isola dos que no frequentam aigreja.

    Em alguns casos, at mesmo a pa-lavra igreja mudou o seu significa-do. Ela no significa mais um grupode pessoas, como significava na po-ca do Novo Testamento. Nos dias atu-

    ais, igreja muitas vezes significa in-corretamente um prdio.H muitas vantagens nas igrejas

    em casas. A mais importante delas asimplicidade e facilidade de multipli-cao.

    Os movimentos de igreja que cres-ceram mais rapidamente na histriaforam os que no tiveram enormes es-truturas organizacionais. Os movi-mentos mais bem-sucedidos tmenfocado os aspectos essenciais sem

    hesitaes.n

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    6/40

    6 / ATOS ABRIL / MAIO / JUNHO 2002

    A IGREJA EM CASASO Modelo do Novo Testamento Para a

    Multiplicao de Congregaes

    Captulo 2

    AS IGREJAS EM CASAS NONOVO TESTAMENTO

    Durante a vida de Jesus na terra,residncias comuns e simples eramusadas para a propagao do Evange-lho e para o discipulado de novos con-vertidos. Isso tambm aconteceu du-rante a expanso da Igreja no Livrode Atos. Os versculos abaixo mos-tram isto:

    Uma Casa Onde Jesus FoiAdorado

    Entrando nacasa, viram o meni-

    no com Maria, sua me. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus te-souros, entregaram-lhe suas ofertas:ouro, incenso e mirra(Mt 2:11).

    A primeira vez em que um grupose reuniu para adorar a Jesus e ofere-cer-Lhe presentes foi numa casa acasa de Maria e Jos.

    A Casa de Pedro Foi Usada ParaUma Reunio de Curas

    Tendo Jesus chegado casa de

    Pedro, viu a sogra deste acamada eardendo em febre. Mas Jesus tomou-a pela mo, e a febre a deixou. Ela selevantou e passou a servi-lo. Chega-da a tarde, trouxeram-lhe muitosendemoninhados; e ele meramentecom a palavra expeliu os espritos ecurou todos os que estavam doentes(Mt 8:14-16).

    Nos primeiros dias do Seu minis-trio, Jesus usou a casa de Pedro parafazer reunies de pregao, cura, e li-bertao.

    O Primeiro Culto de Ceia foiRealizado Numa Casa

    Na ltima semana do ministrio deJesus, Ele disse aos Seus discpulos:Ide cidade ter com certo homem edizei-lhe: O Mestre manda dizer: Omeu tempo est prximo; em tuacasacelebrarei a Pscoa com os meus dis-cpulos(Mt 26:18).

    O nosso Senhor poderia ter esco-lhido celebrar a primeira Ceia com os

    Seus discpulos numa sinagoga, noTemplo, ou em algum outro lugar deimportncia religiosa. Contudo, Eleescolheu celebr-la numa casa comume simples.

    Assim sendo, Ele deu a Sua apro-vao residncia comum como sen-do um lugar consagrado e santifica-do, digno dos mais solenes cultos deadorao.

    Jesus Pregou a MultidesReunidas em Casas

    Vrios dias mais tarde, Ele vol-tou a Capemaum e as notcias da Suachegada espalharam-se rapidamentepor toda a cidade. Logo, a casa emque Ele estava ficou to lotada de vi- sitantes que no havia espao paranem mais uma pessoa, nem mesmo fora da porta. E Ele lhes pregou aPalavra(Mc 2:1,2 A Bblia Viva).

    Jesus fez em casa as mesmas coi-sas que fazemos em nossos prdios de

    igrejas hoje em dia. Ele tambm fezestas coisas ao ar livre e no ptio doTemplo.

    O Pentecostes Veio a Uma Igrejaem Casa

    Ao cumprir-se o dia de Pentecos-tes, estavam todos reunidos no mes-mo lugar; de repente, veio do cu umsom, como de um vento impetuoso, eencheu toda a casa onde estavam as-sentados(At 2:1,2).

    Muitos de ns nunca consideramoso nmero de eventos bblicos funda-mentais que aconteceram em residn-cias particulares.

    LEMBRETES: O primeiro culto de adorao

    aconteceu numa casa O primeiro culto de Ceia foi numa

    casa O primeiro culto de curas foi rea-

    lizado numa casa

    A primeira ocasio de pregaodo Evangelho aos gentios aconteceuna casa de Cornlio

    O derramamento do Esprito San-to no Dia de Pentecostes foi numacasa, e

    As primeiras igrejas que o Aps-tolo Paulo iniciou foram todas or-ganizadas em casas.

    Atravs dos sculos ns perdemosa vida que pode ser encontrada na sim-plicidade. Ao contrrio, temos acres-centado coisas que retardaram o pro-

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    7/40

    ABRIL / MAIO / JUNHO 2002 ATOS / 7

    gresso e a expanso da Igreja a todasas naes.

    Nas Ruas e nas Casas

    Eles adoravam juntos, regular-mente, no Templo, todos os dias, reu-niam-se em pequenos grupos nasca-

    saspara a comunho, e compartilha-vam as suas refeies com grande ale-gria e gratido(At 2:46 A BbliaViva).

    A Igreja Primitiva no somente sereunia em pequenos grupos nas casas,mas tambm em reunies maiores emlugares pblicos. O crescimento maisrpido da Igreja acontece quando elano usa locais formais de reunio. Por

    toda a histria, a Igreja cresceu maisrapidamente quando ela permaneceu flexvel, mvel e militante.

    Saulo, o Perseguidor, Ataca asIgrejas em Casas

    Saulo comeou a perseguir a Igre-

    ja. Indo de casa em casa, ele arrastavaos crentes e os colocava na priso.Saulo, porm, assolava a igreja,

    entrando pelascasas; e, arrastandohomens e mulheres, encerrava-os nocrcere (At 8:3).

    Onde ia Saulo de Tarso para en-contrar o povo do caminho a fim dearrast-los priso e morte? Ele osencontrava nas casas. Ele prprio,

    mais tarde, iniciaria igrejas em casasem suas viagens missionrias.

    Onde Vocs se Renem?

    E todos os dias, no templo e decasa em casa, no cessavam de en-sinar e de pregar Jesus, o Cristo(At

    5:42).Os crentes no se reuniam no Tem-plo em si, mas nos ptios, ou perto doTemplo, onde as pessoas se reuniam.Eram reunies ao ar livre.

    A HISTRIA DO CRISTIANISMOdeLion afirma que os cristos no ti-nham nenhum prdio especial, masreuniam-se em casas particulares:

    Rstico, o Perfeito, perguntou o

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    8/40

    8 / ATOS ABRIL / MAIO / JUNHO 2002

    A Igreja Primitiva no

    somente se reunia em

    pequenos grupos nas casas,

    mas tambm em reunies

    maiores em lugares

    pblicos. O crescimento

    mais rpido da Igreja

    acontece quando ela no

    usa locais formais de

    reunio. Por toda a

    histria, a Igreja cresceu

    mais rapidamente quando

    ela permaneceu flexvel,mvel, e militante.

    seguinte a Justino Mrtir (100-165d.C.): Onde vocs se renem? Justi-no disse: Onde as pessoas escolheme podem, ou voc supe que todos nsnos reunimos exatamente no mesmolugar? Nada disto, porque o Deus doscristos no est confinado (restrito)

    a um s lugar.Em seu livro CELLS FOR LIFE(C-lulas Para a Vida), Ron Trudinger diz:

    Eles iniciaram a prtica de se reu-nirem diariamente no Templo e departirem o po de casa em casa.Esta ltima frase tambm pode-ria ser traduzida por: nas vriascasas particulares.

    A oposio dos judeus logoimpediu o uso do Templo ploscristos. As sinagogas foram usa-das por algum tempo, mas no de-morou muito at que muitas de-las fossem fechadas aos cristos(veja Atos 19). No entanto, con-tinuamos encontrando muitas re- ferncias em Atos e nas Epsto-las de igrejas em casas.

    A Igreja em Casa que Abriu oEvangelho s Naes

    No dia imediato, entrou emCesaria. Cornlio estava espe-rando por eles, tendo reunido

    seus parentes e amigos ntimos.Aconteceu que, indo Pedro a en-trar, lhe saiu Cornlio ao encon-tro e, prostrando-se-lhe aos ps,o adorou... Pedro... entrou, en-contrando muitos reunidos ali (At10:24-27).

    Esse um bom exemplo de comoiniciarmos uma igreja em casa. Al-gum que esteja faminto por Deus re-ne vrios membros de sua famlia eamigos. A ento esta pessoa pede que

    o homem de Deus venha e comparti-lhe a Palavra de Deus. To simplesassim!

    A reunio na casa de Cornlio foium irrompimento histrico. Ela con-venceu os crentes judeus que as Boas-Novas eram para todas as naes, eno somente para os judeus.

    A Casa de Ldia Foi a PrimeiraIgreja da Europa

    Tendo-se retirado do crcere, di-rigiram-se para a casa de Ldia e,

    vendo os irmos, os confortaram. En-to, partiram(At 16:40).

    A Igreja de Filipos foi formada nacasa de Ldia. O Livro de Atos noconta como a igreja cresceu. Muitoprovavelmente, quando o grupo nopodia mais caber na casa de Ldia, os

    membros formaram uma outra igrejaem casa em alguma outra parte da ci-dade. Desta maneira eles continuarama dividir-se e a multiplicar-se.

    A Casa Alugada de Paulo

    Por dois anos, permaneceu Pau-lo na sua prpriacasa, que alugara,onde recebia todos que o procuravam,pregando o reino de Deus, e, com todaa intrepidez, sem impedimento algum,

    ensinava as coisas referentes ao Se-nhor Jesus Cristo(At 28:30,31).Estas palavras finais do Livro de

    Atos revelam que, em Roma, Paulousou sua casa alugada para divulgaras Boas-Novas do amor de Deus.

    O movimento que cresce mais ra-pidamente no mundo hoje comeouem casas. O movimento cristo teveo seu maior crescimento enquanto osseus membros permaneceram flex-veis e mveis. Os cristos multiplica-ram-se mais quando o seu objetivo

    principal era os relacionamentos, eno os rituais.

    Da Sombra Substncia

    Todos os tipos e sombras do Anti-go Testamento foram totalmente cum- pridos em Cristo. No precisamos

    mais do Tabernculo, das vestes sa-cerdotais do Templo, da sua moblia,ou de nenhuma outra coisa semelhan-te. Cristo tudo e em todos. Somoscompletos nEle.

    No precisamos mais de umLugar Santo, como tinham osjudeus. No precisamos de um al-tar de incenso, da pia, dos pesda proposio, nem do Urim ouTumim. No precisamos das som-bras, pois temos a substncia ONOME DELE JESUS.

    Analisemos agora Joo 4:20-23, quando a mulher de Samariadisse a Jesus: Nossos pais ado-ravam neste monte; vs, entretan-to, dizeis que em Jerusalm olugar onde se deve adorar. Dis-se-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nemneste monte, nem em Jerusalmadorareis o Pai. Vs adorais oque no conheceis; ns adoramoso que conhecemos, porque a

    salvao vem dos judeus. Masvem a hora e j chegou, em queos verdadeiros adoradores ado-raro o Pai em esprito e em ver-dade; porque so estes que o Pai

    procura para seus adoradores.Jesus esclareceu queDA SUA PO-

    CA EM DIANTEJerusalm no era umlugar mais santo que Samaria. Isso sedevia ao fato de queELE HAVIA VIN-DO. Em Sua vinda, Ele colocaria umfim para sempre na idia de lugares

    santos. Isso porque Ele Prprio haviacumprido todos os tipos e sombras do Antigo Testamento.

    Louvemos ao Senhor por termossido libertos de toda escravido refe-rente a um lugar onde possamos ado-rar a Deus. Regozijemo-nos porquefomos libertos do legalismo. Somoslivres para ador-Lo quando estivermos a ss ou com outras pessoas. So-mos livres para adorarmos a qualquerhora, dia ou noite, em qualquer lugarque escolhermos. n

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    9/40

    ABRIL / MAIO / JUNHO 2002 ATOS / 9

    A IGREJA EM CASASO Modelo do Novo Testamento Para a

    Multiplicao de CongregaesCaptulo 3

    O QUE UMA IGREJA?Talvez voc pense que foi uma ta-

    refa fcil. No entanto, ficamos muitofrustrados.

    Considere todas as circunstnci-as das pessoas na terra. A ento exa-

    mine todos os vrios modelos da Igre-ja na Bblia. Agora voc comear aentender a nossa frustrao. Apsmuitas horas de discusso havamosproduzido muitos modelos bons. Con-tudo, no encontramos nenhuma de-finio absoluta para a Igreja, a noser pessoas movendo-se juntamentesob o senhorio de Jesus.

    Gosto da definio pessoas mo-vendo-se juntamente. A maioria dens fomos levados a crer que a igreja um prdio algo imvel.

    Se Deus estremecesse e retirasse

    Uma igreja certamente no aque-le prdio da esquina, com as lindas ja-nelas de vitrais e o campanrio emcima. A igreja talvez se rena l, maseste prdio no a igreja.

    A palavra original no grego,ekklesia, composta por duas palavras:ek, que significa para fora de e kalleo,que significa Eu chamo. O signifi-cado pleno e simples de igreja, deacordo com a palavra grega original, Eu chamo para fora de.

    Quando Jesus disse: Edificarei a Minha Igreja , Ele estava dizendo:Chamarei o Meu povo para fora domundo. Eles se reuniro em Meu Nomee as portas do Inferno no prevalece-ro contra eles. Isso mostra que o povo

    de Jesus chamado para fora se agrupa-r como um exrcito. Eles tomaro omundo para Ele. O inimigo no sercapaz de parar este avano. Este exr-cito invencvel ser motivado peloamor de Deus no corao de seus mem-bros. Eles tero uma mensagem deamor e perdo em seus lbios.

    Na verdade, ekklesia tem dois sig-nificados: o de sermos chamados parafora e o de estarmos reunidos. Nopodemos experimentar a Igreja at que

    nos reunamos.A minha esposa e eu somos UM.Somos UMat mesmo quando estiver-mos separados um do outro, por mui-tos quilmetros de distncia. Porm,no experimentamos os benefcios ebnos da nossa unio matrimonialat que nos reunamos.

    Semelhantemente, voc e todos osoutros crentes da sua cidade constitu-em a Igreja desta cidade. Mesmo quan-do vocs no estiverem reunidos, ain-da assim so a Igreja. Mas vocs no

    podem receber os benefcios e bnosda Igreja at que se renam.

    Reunir-se no significa que vocsprecisam estar no mesmo lugar ao mes-mo tempo. Isso provavelmente nunca

    acontecer em nenhuma cidade.Pessoas Movendo-se

    Juntamente

    John Dawson, em seu livroTAKINGOUR CITIES FOR GOD(Tomando Nos-sas Cidades Para Deus), diz: No hnenhum modelo absoluto para o quedeveria ser uma igreja local.

    Certa vez eu passei uma tardecom mais de cem lderes espirituaisde vrias denominaes. Tentamos en-contrar uma definio universal de

    uma igreja local bblica.

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    10/40

    10 / ATOS ABRIL / MAIO / JUNHO 2002

    todas as coisas at que no houvessenada, seno uma simples e bsica igre-ja neo-testamentria, o que teramosde sobra?

    Imagine que eu tirasse todas ascoisas desnecessrias do que eu en-tendo ser uma igreja. O que permane-

    ceria? O nosso propsito neste cap-tulo respondermos essa pergunta.Em primeiro lugar examinemos a

    palavra paraigreja.

    O que Uma Paraigreja?

    Li recentemente um livro que pro-curava explicar a natureza da igreja.Um subttulo do livro era Qual oRelacionamento da Igreja com as Or-ganizaes Paraeclesisticas? O au-tor fez a seguinte observao:

    A Bblia clara no sentido de que atravs da Igreja que Deus realizaro Seu grande propsito. Contudo, aIgreja nem sempre tem sido o que de-veria ser. Por esta razo, muitos cren-tes ficam desanimados com a Igreja.Eles percebem que a Igreja, da formacomo , no supre certas necessida-des bvias.

    Cristos cuidadosos e solcitostm desejado suprir as necessidadesurgentes. Por essa razo, eles tm es-tabelecido sociedades missionrias,

    orfanatos, organizaes para homensde negcios cristos, e outras institui-es semelhantes.

    (Nota do Editor: Estas organiza-es so geralmente chamadas de mi-nistrios paraeclesisticos. A palavraparaigreja ou paraeclesistico sig-nifica fora da igreja ou paralelo igreja.)

    medida que Deus continuar arestaurar e fortalecer a Sua Igreja, anecessidade dessas organizaes exis-

    tirem diminuir. As comunidadeseclesisticas estaro ministrando snecessidades das pessoas em toda par-te.

    bvio na citao acima que o es-critor tinha um forte sentimento de queparaigreja no era realmente igre-ja absolutamente. Parece que ele achaque algo inferior igreja apareceu,at que a igreja verdadeira possa sercurada ou despertada para fazer a obraque deveria estar fazendo. Este umclssico exemplo da seguinte idia: Se

    voc no for parecido com uma igreja,ento no uma igreja.

    O fato que, quando uma organi-zao paraeclesistica constitu-da de crentes nascidos de novo emJesus e eles se renem para servi-Loe ador-Lo, ela no uma paraigre-

    ja uma igreja!A Igreja So Pessoas

    A igreja no uma organizao,instituio, ou denominao. Sopessoas movendo-se juntamente sobo senhorio de Jesus.

    Seria difcil encontrarmos umaverdadeira organizao paraeclesis-tica. Uma organizao destas, com-posta por cristos, no seria uma pa-raigreja. Seria uma IGREJA O POVO DE DEUS CHAMADO PARAFORA! At mesmo se alguns membrosno fossem nascidos de novo, aindaassim seria uma igreja. Qual a igre-ja que no tenha algumas pessoas no-salvas frequentando os cultos?

    H alguns anos eu tambm tinha

    uma idia incorreta sobre as paraigre-jas. Em meu ministrio de ensino eugeralmente dizia: Se a igreja estives-se fazendo o que deveria estar fazen-do no precisaramos de todas estasorganizaes paraeclesisticas.

    Nunca me ocorreu que as pessoas

    paraeclesisticas constituam umaigreja exatamente da mesma maneiraque ns, muito embora o prdio emque se reuniam no tivesse o mesmoformato que o nosso. Eu no percebiaque elas eram o povo de Deus, mo-vendo-se juntamente sob o senhoriode Jesus.

    Meu filho mais velho membro deuma organizao paraeclesistica hmuitos anos. Seu grupo est fazendoum trabalho notvel em misses eevangelizao. Ele est crescendomuito rapidamente em todo o mundo.

    Alguns anos atrs meu filho e euestvamos discutindo o futuro delecom essa organizao especfica.Compartilhei que eu tinha algumasidias negativas sobre aquela orga-nizao, porque ela no era uma igre-ja, e sim uma organizao paraecle-sistica.

    Aparentemente ele foi apologtico

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    11/40

    ABRIL / MAIO / JUNHO 2002 ATOS / 11

    e concordou plenamente comigo. Eledisse que o que ele e os outros esta-vam fazendo naquela organizao es-tava sendo maravilhosamente abeno-ado por Deus. No entanto, ele achavaque o ministrio da organizao aindano era o que Deus realmente queria.

    Isso se devia ao fato de que aquele mi-nistrio no estava sendo feito atravsde uma igreja, mas sim de umaparaigreja. (Ele tambm estava con-fuso sobre igreja e paraigreja.)

    Um dia ou dois mais tarde eu esta-va dirigindo o meu carro e pensandosobre a minha conversa com o meufilho. Senti o Senhor docilmente meperguntando: O que que faz de umaorganizao uma igreja?

    Enquanto eu tentava responderesta pergunta, senti que Deus estavame dando uma revelao. Eu nuncahavia visto antes to claramente comovi naquele momento.

    Uma organizao no uma igre-ja pelo fato de ter um prdio com umcerto formato que as pessoas chamamde igreja.

    No uma igreja pelo fato de tersido devidamente registrada pelo go-verno federal como sendo uma igreja.

    No uma igreja pelo fato de tersido reconhecida por uma sede

    denominacional como sendo umaigreja.No uma igreja pelo fato de ter

    cultos regulares aos domingos pelamanh, e por praticar o batismo e aCeia do Senhor.

    No uma igreja pelo fato de sereunir regularmente ou num determi-nado local.

    UMA IGREJA SIMPLESMENTEE SOMENTE PELO FATO DE SER OPOVO DE DEUS CHAMADO PARA

    FORA, MOVENDO-SE JUNTAMEN-TE SOB O SENHORIO DE JESUS.O autor do livro /WILLBUILD MY

    CHURCH(Edificarei a Minha Igre-ja), Alfred Kuen escreveu:

    E fcil ficarmos atolados com as-suntos e questes insignificantes. Apa-rentemente no h uma forma bemclara e precisa de se definir uma igre-ja local.

    Quando, ento, um corpo de cren-tes poder ser chamado de Igreja? Eu pessoalmente tenho a tendncia de

    aceitar uma definio simples: umcorpo de crentes pode ser chamado deigreja sempre que um grupo se reunirregularmente para uma edificao m-tua.

    Porque, onde estiverem dois outrs reunidos em meu nome, ali estou

    no meio deles(Mt 18:20). claro o que Tertuliano, um dospatriarcas da Igreja Primitiva, achavaser o significado das palavras de Je-sus. Tertuliano disse: Onde houverdois ou trs crentes, at mesmo lei-gos, a haver uma igreja.

    Jim Montgomery, autor deDAWN2000: 7 MILLION CHURCHES TO GO(Alvorada 2000: Ainda Faltam 7 Mi-lhes de Igrejas) tambm aborda aquesto O que uma igreja?. Eleescreve: Estou impressionado com amaneira pela qual um grupo de cris-tos enfrentou esta questo bem fun-damental na China.

    Esses crentes chineses comenta-ram: Muitos cristos mais velhos dis-seram que no podiam predizer a for-ma futura das igrejas chinesas. Elesrecorreram Bblia para encontraremuma resposta. Eles descobriram queo formato de igrejas em casas era umaigreja legtima. Paulo menciona umaigreja em casa em l Corntios 16:19.

    Mais tarde encontramos um livroescrito por Wang Ming-dao. Ele eratalvez o crente mais respeitado naChina no que se refere igreja. Porcausa da sua f ele ficou preso pormais de 20 anos. Ele acreditava queonde houvesse cristos havia umaigreja.

    Estvamos felizes com relao aisto. O nosso grupo consistia de ape-nas algumas pessoas. Contudo, sup-nhamos que ramos de fato uma igre-

    ja e que a nossa Cabea era Jesus.A afirmao de Wang Ming-daoOnde h cristos h uma igreja umadefinio profunda, especialmentepelo fato de ser proveniente de umaigreja que est crescendo rapidamen-te e que est trabalhando sob as maisdifceis circunstncias.

    Uma Congregao de Crentes Uma Igreja

    H alguns meses eu estava ensi-nando um pequeno grupo de crentes

    na vila de La Rumurosa, no AntigoMxico. Eu estava explicando Mateus18:20 Porque, onde estiverem doisou trs reunidos em meu nome, aliestou no meio deles.

    Em espanhol, este versculo o se-guinte: Donde hay dos o trs con-

    gregados en Mi Nombre, alli estoy enmdio de ellos.Uma palavra saltou aos meus

    olhos. Eu nunca a havia notado antes. a palavra espanhola congregados,que significa reunidos em por-tugus.

    Reunidos significa congrega-dos. Onde dois ou trs estiveremCONGREGADOSem Meu Nome, a es-tou Eu no meio deles. Isto me fezlembrar da palavra congregao.

    Ento perguntei ao grupo de cren-tes mexicanos: De acordo com esteversculo, quantas pessoas so neces-srias para termos uma congregao?Enquanto eu aguardava que eles res-pondessem, fui surpreendido com opeso da resposta que estava se forman-do em minha prpria mente.

    Duas ou trs pessoas tudo o que necessrio para termos uma congre-gao uma congregao de crentescom Jesus no meio uma igreja! Issono significa que os dois ou trs se-

    jam simplesmente quaisquer pessoas.Significa duas ou trs pessoas que se- jam chamadas pelo nome de Jesus,porque pertencem a Ele.

    Jesus no Meio

    Jesus dentro do corao a ex-perincia do indivduo em seu cami-nhar particular com o Senhor.

    Jesus no meiotem o mesmo sig-nificado no contexto de uma comuni-dade de igreja.

    Jesus no meio significa Jesusandando em nosso meio, tocando-nos,falando conosco atravs dos dons doEsprito. Jesus fluindo por interm-dio dos membros do Seu Corpo, aIgreja.

    Jesus no meio a experinciacorporativa. Jesus dentro do cora-o a experincia particular.

    Quando dois ou trs crentes ver-dadeiros, nascidos de novo, se renemem Seu Nome, Jesus est NO MEIO.Jesus em nosso meio IGREJA!

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    12/40

    12 / ATOS ABRIL / MAIO / JUNHO 2002

    Essa experincia diferente dequando temos Jesus no corao. Nopodemos experimentar Jesus em nos-so meio enquanto estamos sozinhos.Somente podemos ter essa experin-cia quando estivermos na companhiade outros pelo menos uma ou duasoutras pessoas.

    Ser que dois ou trs juntos souma igreja no mais pleno sentido dapalavra? Sim, so uma igreja no maispleno sentido da palavra. a igrejabsica.

    Podemos ter mais do que dois outrs, e, ainda assim, ser uma igreja, umaigreja no sentido mais pleno, mas elano se torna mais igreja pelo fato dehaver mais de dois ou trs membros.Ela apenas se torna uma igreja maior.

    O Papel dos Lderes de Igrejas

    E os pastores, mestres, apstolos,evangelistas, e profetas? Ser que umaorganizao poder ser uma igreja semque esses ministrios estejam presen-

    tes? Sim, ser uma igreja, at mesmosem todos os ministrios citados aci-ma.

    O quarto Captulo de Efsios dizque o Senhor deu esses cinco minis-trios Igreja. Ele deu esses dons aalgo que j existia.

    Quando Paulo saiu de Antioquiaem sua Primeira Viagem Missionria,ele estabeleceu igrejas em quatro ci-dades. Em seu caminho de volta Antioquia, ele ordenou presbterospara essas igrejas.

    Isso indica que o Esprito Santo,que o Autor do Livro de Atos, sabiaque elas eram igrejas ANTES que a li-derana fosse designada.

    E, tendo anunciado o evangelhonaquela cidade efeito muitos discpu-los, voltaram para Listra, e Icnio, eAntioquia, fortalecendo a alma dosdiscpulos, exortando-os a permanecerfirmes na f; e mostrando que, atravsde muitas tribulaes, nos importaentrar no reino de Deus. E, promoven-do-lhes, em cada igreja, a eleio de

    presbteros, depois de orar com jejuns,os encomendaram ao Senhor em quemhaviam crido(At 14:21-23).

    Os presbteros foram escolhidosdentre os discpulos que constituamas igrejas. Os discpulos eram pesso-as chamadas por Deus das trevas paraa luz. Esse tipo de pessoa constitui aIGREJA! Observe que o escritor deAtos usa as palavras discpulos eigreja de uma forma intercambivel.

    Observe tambm que Paulo achou

    seguro deixar aquelas igrejas recm- formadas nas mos do Senhor, emquem as pessoas haviam crido. Esta uma afirmao fundamental e precisaser compreendida mais plenamente.

    Ns, que estamos em posies deliderana na igreja, s vezes coloca-mos erroneamente uma importnciademasiada sobre ns prprios. Faze-mos isso quando presumimos que aigreja no pode funcionar sem a nos-sa total superviso e vigilncia comrelao ao rebanho.

    O bispo, presbtero, ou pastor umsupervisor e alimentador. Ele funcio-na como um pai ou uma enfermeiraaos seus filhos espirituais. No en-tanto, preciso que haja um limite sua superviso espiritual. Muitos l-deres violam esse princpio frequen-temente.

    A nossa violao principal comolderes de igreja que tiramos quaseque por completo a capacidade deministrao dos membros e entrega-mos esta capacidade ao clero profis-

    sional.O que Ento Uma Igreja?

    Se retirarmos tudo o que no es-sencial na igreja sobrar somente oque essencial. Teramos ento a Je-sus e pelo menos duas pessoas que sereuniram em Seu Nome.

    Duas pessoas que nasceram denovo, reunindo-se para reconhecerema presena de Jesus, so uma igrejaem seu nvel mais bsico. No impor-

    ta onde e nem quando estas duas pes-soas se renem. Quando elas se re-nem para honrarem a Jesus isto ainda uma igreja.

    Isso, obviamente, no significa queesse nvel essencial onde o Senhorquer que operemos o tempo todo. Lou-vado seja Deus por grupos maiores.No entanto, nunca percamos de vistaa igreja bsica. Se o fizermos teremosa tendncia de cairmos de volta emformalismos, rituais, cerimnias, re-ligiosidade, e legalismo. n

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    13/40

    ABRIL / MAIO / JUNHO 2002 ATOS / 13

    A IGREJA EM CASASO Modelo do Novo Testamento Para a

    Multiplicao de CongregaesCaptulo 4

    IMPLANTAO DE IGREJASPOR SATURAO

    O principal defensor de implanta-o de igrejas do Sculo XX foi o fa-

    lecido Dr. Donald McGavran. NoDAWN REPORT(Relatrio da Alvora-da), Jim Montgomery conta o seguin-te incidente:

    Durante os ltimos meses da en-fermidade de Mary McGavran, a mi-nha esposa Lyn passava frequente-mente algum tempo com ela. O Donald McGavran estava presentetambm. Ele no fazia caso do seuprprio cncer doloroso enquanto to-mava conta da sua amada Mary.

    Vocs podem ter a certeza de que

    o Jim e eu continuaremos o nossocompromisso com relao ao cresci-mento das igrejas depois que voc fa-lecer, disse Lyn ao Donald certo dia.

    No o chame mais de crescimen-to de igreja, foi a sua rpida respos-ta. Chame-o de multiplicao de igre-jas!

    Duas semanas antes da sua morteele disse: A nica maneira pela qualcompletaremos a tarefa da GrandeComisso implantando uma igreja

    em todas as comunidades do mundo.O Movimento A. D. 2000 e Alm

    O Movimento A.D. 2000 e Almest ganhando um impulso em todo omundo. O seu objetivo mobilizar oCorpo de Cristo a trabalhar diretamen-te no cumprimento da Grande Comis-so em nossa poca.

    uma viso que est sendo adota-da por igrejas, organizaes missio-nrias e denominaes em todo o mun-do. H mais interesse hoje em misses,

    na evangelizao do mundo, e na implan-tao de igrejas do que em qualquer ou-

    tra poca da histria.O seguinte diagrama mostra o nos-so progresso na concluso da GrandeComisso:

    No Crentes

    Para Cada Crente

    Ano = D.C. Proporo

    100 360 para 1

    1000 220 para 1

    1500 69 para 1

    1900 27 para 1

    1950 21 para 1

    1970 11 para 1

    1990 7 para 1

    2000

    ?

    O Dr. Ralph Winter o fundadordo U.S. Center For World Mission(Centro Americano Para MissesMundiais). Com relao a este diagra-

    ma ele diz o seguinte: Nos ltimos20 sculos, os mansos tm herdado aterra silenciosamente!

    Ao estudar o diagrama acima vocperceber que h 1900 anos, havia 360 pessoas no-salvas no mundo paracada crente nascido de novo. Esta erauma proporo de 360 para 1.

    No ano de 1500, esta proporo jhavia sido reduzida a apenas 69 para1. No incio do sculo passado, estaproporo j havia cado a 27 para 1.

    Veja agora o que est acontecen-

    do. Desde 1950 somente, a propor-o de no-cristos para verdadeiros

    crentes foi reduzida em 67%. Elapassou de 21 para l a apenas 7 paral!

    Exatamente como Jesus predis-se, a Sua Igreja est penetrandoirresistivelmente em toda a Terra.Estamos chegando mais perto dotempo em que verdadeiramente aterra se encher do conhecimento daglria do Senhor(Hc 2:14).

    Igrejas em Todos os Bairros

    Jesus ordenou que a Igreja fosse a

    todo o mundo e discipulasse todas asnaes.

    A palavra nao significa grupotnico, ou um grupo em que as pesso-as compartilham da mesma cultura elngua. De acordo com lderes missi-onrios, h aproximadamente seis milnaes ou grupos tnicos que aindano possuem uma igreja.

    So necessrias mais do que algu-mas igrejas para se discipular umanao. A nica maneira de faz-lo

    por intermdio de implantao demuitas igrejas dentro dessa nao.Isso requer uma estratgia deIM-

    PLANTAO DE IGREJAS POR SATU-RAO, que significa a implantao deigrejas em todos os bairros com umapopulao de 500 a 1000 pessoas.

    Esta viso deIMPLANTAO DEIGREJAS POR SATURAO no so-mente para naes em desenvolvimen-to. para todas as naes, incluindo-se as da Europa, Amrica Latina eAmrica do Norte.

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    14/40

    14 / ATOS ABRIL / MAIO / JUNHO 2002

    A maioria dos lderes das igrejasexistentes no ficam nervosos ao pen-sarem sobre um movimento de igre-jas em casas, se esse movimento esti-ver localizado do outro lado do mun-do. No entanto, se o movimento esti-ver acontecendo em suas cidades, po-

    der haver uma reao bem diferente.Damos brados de louvores a Deuspor todos os chineses que esto sendosalvos por causa do movimento de igre- jas em casas na China. Contudo, osbrados param e, s vezes, tornam-se umresmungo de protesto se esse movi-mento chegar em nossas cidades. Por-qu? Muitos temem que isso cause umadiviso dentro de suas igrejas e leveembora alguns de seus membros.

    Seria bom se pudssemos ver omovimento de igrejas em casas comouma multiplicao de congregaes.A ento todas as igrejas de uma dadacidade poderiam tornar-se ativas namultiplicao de congregaes, em

    vez de tentarem edificar uma s con-gregao gigantesca.

    Seramos desafiados na rea dopreparo de novos lderes. Ns j de-veramos mesmo estar treinando lde-res.

    O campo o mundo(Mt 13:38).

    Sempre o tempo certo para alcan-armos todos os no-salvos em todoo mundo.

    Ningum deveria dizer: Ei, nocomece uma igreja aqui. Este o MEUterritrio! No h nenhuma igrejaque esteja alcanando todos os no-salvos em uma cidade, ou mesmo emalguma regio ou bairro. Precisamosde toda ajuda que pudermos obter paraalcanarmos os necessitados.

    Se um movimento de igrejas emcasas acelerasse a evangelizao daminha cidade, eu gostaria de iniciartantas igrejas em casas quanto poss-vel. Eu tomaria as providncias paraque elas se multiplicassem e eu tam-

    bm estimularia a quaisquer outrospastores que amam a Jesus a multi-plicarem as congregaes na minhaprpria cidade ou em outra qualquer.

    Desenvolvam Lderes LeigosNo-Remunerados

    Alguns se preocupam, achandoque a multiplicao de igrejas em ca-sas produz lderes no-qualificados.

    H uma preocupao de que lde-res ineptos possam causar um aumen-to de heresias e de ignorncia.

    Esse argumento supe que a rpi-da multiplicao de congregaes es-vazia o nosso suprimento de lderesqualificados. Alguns acham que essamultiplicao torna necessria a co-locao, como lderes nas igrejas emcasas, de homens e mulheres que Deusno pode usar.

    Precisamos manter em mente queJesus no foi s instituies religio-sas da Sua poca para escolher lde-

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    15/40

    ABRIL / MAIO / JUNHO 2002 ATOS / 15

    res para a Sua Igreja. Ele escolheu ho-mens que eram pescadores ignoran-tes e leigos simples e comuns. Em se-guida Ele os capacitou com o enchi-mento do Esprito Santo.

    Deus gosta muito de usar coisaspequeninas e fracas. Considere a se-

    guinte passagem bblica:Irmos, reparai, pois, na vossavocao; visto que no foram chama-dos muitos sbios segundo a carne,nem muitos poderosos, nem muitos denobre nascimento; pelo contrrio, Deus escolheu as coisas loucas domundo para envergonhar os sbios eescolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deusescolheu as coisas humildes do mun-do, e as desprezadas, e aquelas que noso, para reduzir a nada as que so; a fim de que ningum se vanglorie napresena de Deus(l Co 1:26-29).

    Tm havido muitos movimentosmundiais significativos na divulgaodo Evangelho por toda a histria daIgreja. Em cada um deles, homens emulheres ordinrios e comuns tmtido um papel importante.

    Joo Wesley era um homem muitoinstrudo, com anos de aprendizado etreinamento religioso. Ele foi o lderde um dos grandes movimentos de

    reavivamento e implantao de igre-jas da histria. No entanto, Wesley nofoi s escolas estabelecidas de treina-mento religioso para encontrar os seuspastores e lderes.

    Ele disse: D-me doze homensque amem a Jesus com todo o seu co-rao e que no temam os homens ouos demnios. No dou a mnima im-portncia se forem clrigos ou leigos.Com estes homens eu mudarei o mun-do. E foi exatamente isso que Joo

    Wesley fez.Pregar o Evangelho ao ar livre napoca de Wesley era o cmulo do sa-crilgio. Era considerado como umagrave afronta Igreja estabelecida. ASagrada Palavra de Deus no podiaser proclamada fora de um prdio deigreja.

    Os Irmos Wesley e GeorgeWhitefield sofreram anos de persegui-es por quebrarem as antigas tradi-es da Igreja estabelecida. No entan-to, isso no os deteve.

    Eles conheciam as Escrituras. Elesestavam convencidos de que se Jesuspodia quebrar as tradies, era acei-tvel para eles fazerem o mesmo.

    Agora citaremos uma vez mais osescritos do Dr. McGavran, o Pai doMovimento de Crescimento de Igre-

    jas. Em seu livro UNDERSTANDINGCHURCH GROWTH(Compreendendoo Crescimento da Igreja), ele afirma:

    Desenvolva lderes leigos no-remunerados. Os leigos tm tido umpapel importante nas expanses urba-nas da Igreja.

    Desde o incio do crescimento deigrejas nas cidades da Amrica Lati-na, homens comuns no-remuneradosdirigiram as congregaes.

    Em alguns lugares, trabalhadores,mecnicos, balconistas, ou motoristasde caminho ensinam a Bblia, dirigemas oraes, contam o que Deus tem fei-to por eles, ou exortam os irmos. Nes-tes lugares, o cristianismo realmenteparece natural a homens comuns.

    Estes leigos que esto no minis-trio esto sujeitos aos mesmos ris-cos e esto limitados pelo mesmo ho-rrio de trabalho que os membros desuas congregaes. Talvez eles este-jam carentes na preciso dos ensinosbblicos ou na beleza de suas oraes.

    Contudo, eles compensam abundan-temente essa falha atravs do contatontimo com as pessoas comuns.

    Nenhum obreiro remunerado quevenha de fora pode saber tanto sobreuma regio ou bairro quanto algumque tenha dezenas de amigos ntimose parentes ao seu redor.

    verdade que em territrio no-vo, algum de fora deve ser a pessoaindicada para iniciar novos trabalhos.No entanto, seria melhor a pessoa en-

    tregar logo a direo das novas igre-jas a homens da prpria regio. Em seu livro BREAKING THE

    STA1NED GLASSBARRIER(Quebran-do a Barreira das Janelas de Vitrais),David Womack escreveu: H somen-te uma maneira pela qual a GrandeComisso pode ser realizada, a saber,estabelecendo-se congregaes quepreguem o Evangelho em todas ascomunidades sobre a face da terra.

    Roger Greenway, um especialistana evangelizao de cidades, diz em

    DISCIPLING THE CITY(Discipulandoa Cidade): A tarefa evangelstica daIgreja exige que cada bairro, prdiode apartamentos, e vizinhana tenhauma igreja fiel Palavra de Deusestabelecida.

    Igrejas aos Milhes

    H pouco tempo eu estava lendo olivro de Jim Montgomery intituladoDAWN 2000(Alvorada 2000). Ele temum subttulo que eu quase no conse-guia crer:AINDA FALTAM SETE MI- LHES DE IGREJAS. Pensei comigomesmo: Como algum consegue atmesmo ousar pensar em termos demilhes de igrejas?

    Eu ainda no havia lido muito atdescobrir que eu tambm poderia crerque sete milhes de igrejas pudessemser implantadas por todo o mundo nosprximos anos.

    Creio que seja provvel porque es-tamos no limiar do mais forte movi-mento missionrio da histria do mun-do. H mais interesse agora em alcan-armos todas as lnguas, tribos e na-es do que jamais houve desde queJesus subiu ao Pai.

    H um grande clamor subindo emtodo o mundo, a saber: VAMOS TER-MINAR A TAREFA! VAMOS CUMPRIR

    O MANDAMENTO DE CRISTO DEPREGARMOS O EVANGELHO A TO-DAS AS CRIATURAS. VAMOS OBE- DECER O SEU MANDAMENTO DE DISCIPULARMOS TODAS AS NA-ES.

    VAMOS TRAZER CRISTO DEVOLTA PARA REINAR EM JUSTIA.VAMOS VER OS REINOS DESTEMUNDO TORNANDO-SE OS REINOSDO NOSSO DEUS E DO SEU CRISTO.

    H uma grande onda que est ga-

    nhando impulso diariamente.Certamente a pedra que foi corta-da sem mos, que o profeta Daniel viuem sua viso, Cristo. Daniel nosconta como ele viu a pedra descendopara ferir e golpear os ps da esttuaque representa os poderes do mundo(Dn 2:34).

    Essa pedra, que Cristo, est fi-cando cada vez maior e ganhando im-pulso. Ela j colidiu ruidosamentecontra os ps do sistema deste mun-do. Em breve ela crescer e se trans-

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    16/40

    16 / ATOS ABRIL / MAIO / JUNHO 2002

    formar numa montanha que cobrira terra do conhecimento do SE-NHOR, como as guas cobrem o mar(Is11:9).

    A chave para o cumprimento daGrande Comisso a implantao deigrejas.

    H um plano que est atraindo aateno de muitos estrategistas demisses hoje em dia. a implantaode uma congregao de crentes emtodas as comunidades com 500 a 1000habitantes. Isto a IMPLANTAODE IGREJAS POR SATURAO.

    Teremos de jogar fora o nosso con-ceito de igreja com janelas de vitrais.No podemos mais pensar em igre-jas como sendo uma construo detijolos.

    Precisamos comear a pensar em

    igreja como sendo pessoas, que se re-nem em nome de Jesus. Essas pes-soas esto se reunindo em casas, lo-jas, escritrios, fbricas, armazns, es-colas, sales fnebres, parques, peni-tencirias, prises, hospitais, prdiosabandonados, esquinas, sagues, clu-bes femininos, clubes de servio, e at

    mesmo em prdios de igreja.O Sistema de Aprendizes

    A pergunta urgente a seguinte:Onde vamos arrumar todos os pasto-res que sero necessrios para dirigi-rem todas essas novas igrejas?

    H alguns anos, na Amrica Lati-na, vrios missionrios se reunirampara traarem um plano para o treina-mento de jovens para o ministrio. Amaioria das pessoas em suas regieseram muito pobres. Portanto, era mui-to improvvel que qualquer um daque-les homens fossem enviados a umacidade para serem instrudos numaescola teolgica.

    Aqueles missionrios apresenta-ram um plano chamado de ETE Edu-cao Teolgica por Extenso. Era umcurso que os rapazes podiam fazer emcasa. Foi uma idia oportuna para otempo em que estavam vivendo e tor-nou-se um programa muito bem-su-cedido.

    Mais tarde, um outro missionriochamado George Patterson acrescen-tou um outro E ao nome deste pro-grama. Ele chamou o seu plano deETEE Educao Teolgica eEvan-gelizao por Extenso. Era um pla-no para os pastores treinarem rapazespara o ministrio atravs de um siste-

    ma de aprendizes.O plano exigia que cada pastor su-pervisionasse o treinamento pessoaldo aprendiz. Ele deveria dar ao jovemum laboratrio para que ele apren-desse a pastorear uma igreja.

    O laboratrio era uma igreja ver-dadeira, um pequeno grupo de pessoasque se reuniam numa casa ou em al-gum outro lugar. O aprendiz era envia-do para pastorear esse grupo. De vezem quando o aprendiz recebia tarefasespeciais do pastor patrocinador. Al-gumas destas tarefas eram: ler certoslivros, ouvir fitas, frequentar reunies,ou participar de seminrios. Semanaaps semana, o aprendiz cumpria astarefas dadas pelo seu pastor-mestre.

    A viso de multiplicao aconte-cia medida que cada aprendiz era en-sinado a patrocinar tambm outro ho-mem da prpria congregao. Assimsendo, a viso do movimento de im-plantao de igrejas estava se cum-prindo. n

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    17/40

    ABRIL / MAIO / JUNHO 2002 ATOS / 17

    A IGREJA EM CASASO Modelo do Novo Testamento Para a

    Multiplicao de Congregaes

    Captulo 5

    UMA RODA OU UMA VIDEIRA?

    Pense numa roda cada no cho,com raios saindo em todas as direes,

    procedentes de seu eixo no centro.Pense agora numa videira, crescen-do no cho, que comea num lugar eestende os seus ramos em todas as di-rees. Cada um dos ramos est in-troduzindo razes no solo que tambmcrescem e transformam-se em plantas.

    Cada raiz est gerando uma outraplanta exatamente igual primeira.Todas essas novas plantas tm o mes-mo potencial de enviarem ramos, osquais tambm introduzem razes nosolo.

    Qual das duas, a roda ou a videira,descreve melhor a estratgia de IM- PLANTAO DE IGREJAS POR SA-TURAO? A VIDEIRA, obviamente.

    No uma questo de qual dasduas funciona. Ambas funcionam.Uma delas, no entanto, funciona me-lhor do que a outra. Algumas igrejasesto usando o conceito da roda e ou-tras esto comeando a ver a sabedo-ria do conceito da videira com rela-o implantao de igrejas.

    A RodaO conceito da roda requer que to-

    das as igrejas-bebs estejam intima-mente ligadas e dependentes da igre- ja-me. Normalmente elas no sochamadas de igrejas. s vezes sochamadas de grupos familiares ouclulas. Elas so consideradas comouma extenso da igreja-me.

    Todos os membros dos pequenosgrupos renem-se durante a semana afim de poderem freqentar a igreja-

    me no domingo de manh. Todos osdzimos e ofertas so canalizados

    igreja-me.Os lderes das clulas no so con-siderados como pastores. De vez emquando uma das igrejas-clulas li-berada no sentido de tornar-se umaigreja adulta e um pastor designa-do.

    Esse, em essncia, o conceito daroda. Ele tem sido muito bem-sucedi-do em alguns lugares e tem produzi-do algumas congregaes bem gran-des.

    A VideiraO conceito da videira com relao

    implantao de igrejas pode ser ilus-trado pela planta-aranha. Ela tem fo-lhas longas, graciosas, e diversifica-das, e assemelha-se a um choro emminiatura. De suas folhas crescem lon-gos ramos que produzem plantas-ara-nhas menores em intervalos ao lon-go dos ramos.

    A planta-aranha geralmente plantada num vaso suspenso. As

    plantas-aranhas bebezinhas nuncase tornam to grandes quanto a plan-ta-me. Isso se deve ao fato de que,diferentemente da planta-me, quetem as suas razes plantadas no solo,as plantas-aranhas bebs so deixa-das pendentes no ar. Elas recebemtoda a sua vida da planta-me.

    Imagine agora que voc tirou essalinda planta de sua posio suspensae a plantou no cho. Cada uma dasplantas-aranhas bebezinhas come-aro a introduzir suas razes no cho.

    Quando isso acontece, cada plan-ta-beb comea a crescer e a enviar

    novos ramos em todas as direes.Dessa forma, ela eventualmente geraum infindvel nmero de lindas e ma-duras plantas-aranhas.

    Tendncias

    A roda tem a tendncia a atrair osraios para si mesma; a videira, a libe-rar os ramos para fora.

    A roda tem a tendncia a ser local;a videira, a estar tanto dentro comofora de sua rea local.

    A roda tem a tendncia a adio; a

    videira, multiplicao.A roda tem a tendncia a edificar

    uma s igreja; a videira, a edificarmuitas igrejas.

    A roda tem a tendncia a restringira viso missionria; a videira, a incen-tivar a viso missionria.

    A roda abrange a cidade; a videi-ra, o mundo.

    A roda treina lderes de grupos; avideira, pastores e lderes.

    A roda tem a viso de clulas, es-

    tudos bblicos, ou de grupos familia-res; a videira tem a viso de igrejasreunindo-se em casas.

    Igrejas em Casas

    Que o Senhor da Colheita nos duma viso de longo alcance para a im-plantao de igrejas. Que essa visopermita uma liberdade total para quea vida da igreja possa expressar-se.Que no haja nenhuma restrio naexpresso da vida da igreja! Esta anossa orao. Amm! n

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    18/40

    18 / ATOS ABRIL / MAIO / JUNHO 2002

    A IGREJA EM CASASO Modelo do Novo Testamento Para a

    Multiplicao de CongregaesCaptulo 6

    SER QUE OS PRDIOS DE IGREJASSO MESMOS NECESSRIOS?

    Howard Snyder escreveu um livromuito importante, intitulado THE

    PROBLEM WITH WINESKINS (OProblema com os Odres). Nesse livro,ele aborda detalhadamente os proble-mas das estruturas eclesisticas.

    Ele fala sobre os propsitos deDeus para a Sua Igreja que esto sen-do revelados. Ele fala da nossa inca-pacidade, algumas vezes, em fazermosos ajustes apropriados com relao aesses propsitos. O texto a seguir do captulo intitulado Os Prdios deIgrejas So Suprfluos?

    Imagine s! Imagine que voc

    est em qualquer cidade importante doPrimeiro Sculo, onde o cristianismohavia penetrado.

    Agora faa a pergunta: Onde esta igreja? Voc seria dirigido a um gru-po de adoradores reunidos numa casa.

    No havia nenhum prdio espe-cial e nenhuma evidncia de riquezacom que pudssemos associar a igre-ja. Havia somente pessoas.

    Walter Oetting, em seu livro THECHURCH IN THE CATACOMBS (A

    Igreja nas Catacumbas), escreveu:Os cristos no comearam aedificar prdios de igrejas at aproxi-madamente o ano 200 d.C. Esse fatosugere que os prdios no so essen-ciais para um crescimento numricoou profundidade espiritual.

    A Igreja Primitiva possua tantoo crescimento quanto a profundidade.At pocas recentes, o maior perodode vitalidade e crescimento da Igrejaocorreu durante os dois primeiros s-culos d.C. Em outras palavras, a Igre-

    ja cresceu mais rapidamente quandoela no tinha a ajuda ou o estorvo

    dos prdios de igrejas.Creio que o Senhor est chaman-do Seu povo para arrepender-se da n-fase demasiada que se tem dado aosprdios nos ltimos sculos. Ele estnos dizendo para nos livrarmos de to-das as barreiras rpida implantaode igrejas.

    O objetivo que a palavra do Se-nhor se propague e seja glorificada(2 Ts 3:1). Um dos principais obs-tculos, em muitos casos, a constru-

    o ou prdio que chamamos de igre-ja.

    Quebrando a Barreira dosVitrais da Igreja

    O Dr. Donald McGavran, em seulivro Understanding Church Growth(Compreendendo o Crescimento daIgreja), diz: As igrejas em casas pos-sibilitaram que a pequenina Igreja doPrimeiro Sculo crescesse poderosa-mente. Com uma s cajadada, elesvenceram quatro obstculos ao cres-cimento, com os quais a Igreja se de-

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    19/40

    ABRIL / MAIO / JUNHO 2002 ATOS / 19

    parou, medida que liberava novaspopulaes:(1)O custo de um prdio de igreja.

    Sem desembolsar absolutamente,nenhum dinheiro, as igrejas em ca-sas forneceram tantos lugares deadorao quanto havia grupos de

    cristos. Esse primeiro obstculocomum multiplicao de igrejasnunca apareceu.

    (2)O obstculo da conexo judaica.As igrejas em casas tiraram a Igre-ja da sinagoga e a introduziu na po-pulao gentia.

    (3)O obstculo de nos voltarmospara dentro. Cada nova igreja emcasa expunha um novo grupo deamigos e parentes a um contato n-timo com cristos ardentes.

    (4)O obstculo de uma liderana li-mitada. Cada igreja em casa lan-ava as responsabilidades e oprestgio da liderana em homenscapazes da nova congregao. Oslderes trabalhavam de acordocom os ensinamentos do AntigoTestamento, com a tradio oralda vida de Jesus, e uma ou duasdas Cartas de Paulo. Com esseslimites flexveis, eles eram livrespara seguirem a direo do Esp-rito Santo.

    Em nosso contexto moderno, es-ses quatro obstculos e suas soluesainda so importantes. Ao falarmossobre as causas do crescimento daIgreja Primitiva, deveramos levar emconsiderao o fato fsico das igrejasem casas.

    A IMPLANTAO DE IGREJASPOR SATURAO exige um irrompi-mento. Precisamos irromper atravsdas barreiras das janelas de vitraise entrar na comunho simples e aber-

    ta do povo de Deus. Precisamos veressa comunho no maior nmero pos-svel de aspectos em que o EspritoSanto nos conduzir, e no termosmedo de chamar de igreja.

    Quer estejamos nos reunindo emnome de Jesus numa catedral ou numacozinha, ainda assim igreja. opovo de Deus chamado para fora ereunido.

    Sim, usaremos prdios. No entan-to, nunca permitiremos que os prdi-os atrapalhem a nossa mobilidade,

    viso, ou zelo de multiplicarmos ascongregaes.

    O Fiasco de Constantino

    James Rutz, em seu livro THEOPEN CHURCH(A Igreja Aberta), diz:O que realmente nos matou foram os

    tijolos! Na maior asneira de sua hist-ria, a Igreja comeou a construir umgrande nmero de prdios.

    Ela desalojou as catacumbas (t-mulos subterrneos) e os estreitos va-les florestais em que os santos se reu-niam. Ela terminou para sempre comas calorosas e preciosas reunies nasala de estar das pessoas.

    Seguindo o modelo dos tribunaisromanos, os novos prdios tinham ca-pacidade para centenas de cristos.Obviamente no podemos ter umainterao ntima e fcil com uma mul-tido deste tamanho. Um novo santu-rio, desde o primeiro domingo emque foi aberto, colocava limites na li-vre expresso das pessoas. O novobero sufocou o beb.

    Imagine que voc estivesse viven-do naquela poca.

    Talvez voc se sentisse vonta-de, confessando um pecado a vinte outrinta amigos na casa de Josephus eJohanna (ou vamos cham-los de Z

    e Maria). Mas ser que conseguiriafazer ISTO na frente de quinhentaspessoas desconhecidas?

    Se Deus colocasse algo muito for-te em seu corao nesta semana, vocno hesitaria em levantar-se para pas-sar dez ou quinze minutos comparti-lhando isto na sala de estar do Z e.da Maria. Mas aqui, no novo salo,h provavelmente doze homens emulheres, no mnimo, com uma men-sagem queimando em seu corao.

    Voc provavelmente nunca teria achance de se expressar!Na casa do Z e da Maria, todos

    se envolveram na hora da adorao.Voc pde louvar ao Senhor de cora-o, vez aps vez, da forma como sesentia dirigido. Foi o momento maissignificativo e benfico da sua sema-na. Mas e aqui no novo prdio? Vocteria de esperar por sua vez que tal-vez nunca chegue!

    Eu poderia prosseguir, mas vocj faz idia de onde quero chegar. Sem

    os modernos equipamentos eletrni-cos de som, as reunies ao ar livretornaram-se difceis. No difceisDEMAIS, note bem, somente difceis.Assim sendo, as reunies em locaisfechados assumiram a supremacia.

    Tudo o que era falado ficou cen-

    tralizado num plpito. A ordem foimantida. Parecia uma boa idia napoca.

    Na casa do Z e da Maria vocera um participante. Aqui, voc umespectador um ouvinte passivo. Dealguma forma voc no se sente maisimportante ou necessrio.

    Paraso Perdido

    Quando mudamos das salas deestar para os prdios de igreja comuma equipe profissional, perdemostodo o impulso. A igreja local tornou-se fraca e fria.

    Os que no eram sacerdotes fo-ram chamados de leigos, uma pala-vra que nem mesmo encontrada naBblia e por uma boa razo.

    Como leigo num prdio de igre-ja do Quarto Sculo, voc no maisse aproximava de Deus diretamente.O sacerdote fazia isso por voc.

    Desta maneira, um problemaarquitetnico tornou-se um problema

    doutrinrio. Foi perdido o sacerdciodo crente.A Bblia foi tirada das mos do

    leigo e entregue ao sacerdote. E se nolhe permitido decidir o que ela sig-nifica, por que voc deveria se inco-modar em l-la?

    O Caminho da Runa

    O que de fato saiu errado? Comoeu j disse, a Igreja ficou to grande epopular que ela conseguia erigir os

    prprios prdios.Infelizmente, isto resolveu um an-tigo problema que deveria ter sidodeixado sem soluo. Sempre queuma sadia igreja em casa ficava gran-de demais para a sua sala de estar, elatinha que se dividir em duas salasde estar. Desta forma, novos lderesestavam sempre sendo empurradospara cima atravs da hierarquia.

    Mas quando os prdios de igre-jas comearam a surgir em toda par-te, as congregaes no tiveram mais

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    20/40

    20 / ATOS ABRIL / MAIO / JUNHO 2002

    que enfrentar esse problema. Nohavia mais aquela embaraosa agoniade se saber quem ficaria com os pres-bteros favoritos e quem teria que seseparar com os presbteros menos po-pulares. Todo mundo ficava com todomundo.

    O problema era que o comparti-lhamento e a intimidade ficavam com-plicados numa multido de quinhen-tas pessoas. As grandes multides da-vam muita importncia aos discursoseloqentes. Portanto, os novos conver-tidos gaguejantes comearam a ficar

    escondidos em suas cascas.A situao em que nenhum mem-bro conhecia os outros membros subs-tituiu a comunho. A comunicao du-rante as reunies comeou a ser do-minada plos poucos que tinham li-vros e sabiam ler. No final, isso pas-sou a significar os sacerdotes.

    Os leigos (ou no-sacerdotes)eram cidados de um Imprio Roma-no que j estava ruindo h muito tem- po. Eles foram transformados em

    eunucos espirituais. Eles perderama fora que o Imprio necessitava todesesperadamente naquela poca.

    Em 476, Roma caiu pela ltimavez. A ento a Igreja abriu o cami-nho para a Idade Mdia ou Eras Es-curas.

    O Uso Apropriado dos Prdios

    No estamos sugerindo que os pr-dios no tm lugar algum na expan-so do Reino de Deus. O Senhor cer-tamente nos dar sabedoria e direes

    com relao a como utilizarmos osprdios de todos os tipos no cumpri-mento da Grande Comisso.

    No entanto, nunca podemos cairnuma atitude doentia e no-bblicacom relao importncia de um pr-dio quando estivermos implantando eedificando igrejas.

    As igrejas podem certamente fun-cionar sem a ajuda de prdios especi-almente construdos para essa finali-dade. Isto tem sido provado na hist-ria da igreja em todas as pocas. Ali-s, a histria mostra que a Igreja, na

    verdade, cresce mais rapidamente efica mais sadia sem prdios de igrejasdo que com eles.

    O movimento de igrejas em casas somente uma parte do mover de Deus de volta simplicidade. Deusest Se movendo em muitas frentes nosentido de levar a Sua Igreja santi-dade e pureza. Essa sempre foi Suavontade e Seu plano.

    No como se Deus subitamenteacordasse um dia com relao ne-

    cessidade da Igreja e iniciasse um mo-vimento para supri-la. A questo quefinalmente h cada vez mais pessoasouvindo o que o Senhor tem dito o

    tempo todo: DEVOLVAM-ME A MINHA IGREJA!!!

    Estou convencido de que a atitudeda Igreja deveria ser: Senhor, a me-nos que Tu nos digas especificamen-te para construirmos, comprarmos, oualugarmos prdios, vamos implantare multiplicar igrejas sem eles.

    Estou aberto idia de prdios,

    mas no estou aberto a restringirmosa implantao de igrejas tradicionalidia de igrejas centralizadas em cons-trues. A necessidade de uma IM- PLANTAO DE IGREJAS PORSATURAO grande demais.

    Nunca cumpriremos a Grande Co-misso num futuro previsvel, conti-nuando a adotar o conceito tradicio-nal de igreja. Essa idia simples-mente no permitir um movimentoem grande escala de implantao deigrejas que ser necessrio paradiscipularmos as naes.

    Durante sculos a Igreja, requin-tada e pomposamente, projetou e de-corou lindos e imponentes prdios,que foram chamados de igrejas.

    Em alguns casos, os prdios cha-mados de igrejas tornaram-se, elesprprios, objetos de adorao. Enormesquantias de dinheiro dedicadas a Deusforam gastas na construo e manuten-o destes prdios sagrados.

    Esta era est chegando a um fim.H um movimento no meio do novo

    de Deus de volta simplicidade. E ummovimento que est se afastando docristianismo institucionalizado, poli-tiqueiro, e super-organizado.

    O Novo Testamento precisa ser onosso guia de f e prtica em todas ascoisas. Que ele seja tambm o nossoguia nesta questo de prdios de igre-jas. Que ele guie a nossa compreen-so com relao ao lugar verdadeirodos prdios na expanso mundial damensagem de Jesus Cristo, nosso Se-nhor. n

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    21/40

    ABRIL / MAIO / JUNHO 2002 ATOS / 21

    A IGREJA EM CASASO Modelo do Novo Testamento Para a

    Multiplicao de CongregaesCaptulo 7

    UM PASSO UNIDADEAlgum pode perguntar: Mas to-

    das as pequenas igrejas em casas, es-palhadas em uma cidade, no causa-ro uma diviso e desunio no Corpode Cristo daquela cidade?

    A verdade que as igrejas peque-nas no causam mais divises do queas grandes. As igrejas muito grandes

    e as igrejas muito pequenas tm o mes-mo desafio quando a questo a uni-dade.

    Unidade Organizacional ouUnidade Espiritual

    No final da dcada de 1970 eu es-tava envolvido com uma nova orga-

    nizao crist chamada JooDezessete Vinte e Um, que era umesforo no sentido de ajudar a estimu-lar e promover a unidade dentro doCorpo de Cristo, tanto nos Estados

    Unidos como em outros pases.Essa organizao baseava-se na ora-o de Jesus encontrada em Joo 17:21:afim de que todos sejam um; e comos tu, Pai, em mim e eu em ti, tam-bm sejam eles em ns; para que omundo creia que tu me enviaste.

    Num perodo de vrios anos tenta-mos reunir o povo de Deus em retiros,encontros, eventos, paradas, marchas,reunies de orao, e em todas as ma-neiras possveis. Acreditvamos quepor intermdio da nossa unidade or-

    ganizada o mundo veria e creria.Foi uma das tentativas mais frus-

    trantes de que eu j havia participa-do. Isso no significa que esses even-tos no tenham o seu lugar de impor-tncia. Certamente so importantes.No entanto, estvamos tentando orga-nizar a unidade, e a unidade simples-mente no estava acontecendo.

    A unidade nunca acontecer pormeio de uma organizao. Ela preci-sa acontecer no esprito mediante uma

    compreenso do que a unidade.Certo dia comecei a questionar anossa compreenso de Joo 17:21 evi, em primeiro lugar, que no hava-mos interpretado corretamente a ora-o de Jesus. Ele no estava orandopor uma unidade organizacional nes-ta passagem. Ele estava orando poruma unidade espiritual.

    Alm disso, Jesus no estava oran-do por uma unidade espiritual no meiodos crentes. Ele estava orando pelaunio do crente individual com o Pai,

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    22/40

    22 / ATOS ABRIL / MAIO / JUNHO 2002

    e no pela unio dos crentes uns comos outros.

    Toda esta passagem da orao deJesus aborda a unio do indivduo como Pai e o Filho. Ela no aborda o rela-cionamento do crente com outroscrentes.

    Uma interpretao errnea destapassagem causa uma grande e dolo-rosa frustrao. Isso tambm faz comque percamos o verdadeiro significa-do daquilo pelo qual Jesus est de fatoorando.

    Joo 17:21 poderia ser parafrase-ado da seguinte maneira: Para quecada um deles possa ser um Contigo,Pai, exatamente como Tu s em Mim,e Eu sou em Ti, a fim de que o mundopossa crer que Tu Me enviaste.

    O mundo nunca se convencer deque Jesus o Cristo, o Filho do DeusVivo, atravs de uma unio organiza-cional. Deus sempre usa homens e mu-lheres que tm o mesmo relaciona-mento de unio com o Pai que Jesustinha.

    O plano de Deus ainda o mesmo encher os homens com o Seu Esp-rito e demonstrar o Seu amor e poderpor intermdio deles. O que Ele fezatravs de Jesus Ele quer fazer emtodo o mundo.

    Ele quer habitar em ns e caminharem ns. Ele quer fazer obras de amore graa por meio de ns, exatamentecomo Ele fez atravs de Jesus. Este o significado de Joo 17:21.

    Uma Cidade Uma Igreja

    O nico tipo de unidade que abor-dado no Novo Testamento a unidadeespiritual e os seus resultados. Procu-ramos em vo tentando encontrarqualquer palavra na Bblia que se re-

    fira a organizaes, sociedades, mis-ses, ou qualquer outra coisa seme-lhante s nossas atuais estruturas or-ganizacionais.

    O que encontramos de fato no NovoTestamento autoridade espiritual sen-do enviada no ministrio de apstolose profetas. Vemos esta autoridade sen-do recebida pelas igrejas. Vemos umaigreja unida, dentro de cada cidade,mantida em unio pela unidade doEsprito no vnculo da paz(Ef 4:3).

    O Apstolo Paulo nunca escreveu

    s igrejas de nenhuma cidade. Elesempre endereava as suas cartas igreja de uma dada cidades.

    Havia e h somente uma igreja emcada cidade ou localidade. Ele escre-ve igreja de Roma, Corinto, feso,e assim por diante. No entanto, ele

    escreve s igrejas da Galcia, sigrejas da sia, e assim por diante.Isso se deve ao fato de que esses lu-gares eram provncias, e no cidades.

    Talvez haja dezenas, ou at mesmocentenas de igrejas que se renemem nome de Jesus numa certa cidade. No entanto, h na verdade somenteuma igreja nesta localidade. Esta ni-ca igreja consiste dos muitos gruposcristos menores desta cidade. Exata-mente como todas as igrejas de todasas cidades do mundo constituem oCorpo de Cristo, assim tambm as igre-jas (congregaes) de uma localidadeconstituem a igreja daquela cidade.

    Mantenham a Unidade

    Em Efsios 4:3-6 lemos: esfor-ando-vos diligentemente por preser-var a unidade do Esprito no vnculoda paz; h somente um corpo e umEsprito... um s Senhor, uma s f,um s batismo; um s Deus e Pai detodos, o qual sobre todos, age por

    meio de todos e est em todos.Na passagem acima Paulo no dis-se Estabeleam a unidade do Esp-rito. Ele disse: preservara unidadedo Esprito. como se esta unidadefosse algo que j foi estabelecido. Elefala aqui como se a unidade fosse algoque vem automaticamente como partede todo o pacote cristo.

    Nascemos de novo e somos intro-duzidos na unidade porque h so-mente um corpo e um Esprito... um

    s Senhor... um s Deus e Pai.Anossa parte simplesmente um reco-nhecimento de que j somos um. Cum-prir o mandamento de mantermos aunidade do Esprito no vnculo da pazsignifica mantermos algo que j te-mos, pois no podemos manter o queainda no temos.

    Esta unidade no se encontra emestruturas externas. Ela no nasce emvnculos externos, nem mantida porvnculos externos. Ela nasce no Esp-rito e no corao. uma atitude in-

    terior, uma atitude para com as pesso-as o povo de Deus.

    Unidade com Diversidade

    Podemos ter todas as diversidadesque quisermos em organizaes, de-nominaes, corporaes, sociedades,

    clubes, comunidades, movimentos,cruzadas, e campanhas, e ainda assimtermos a unidade no Esprito.

    No somos mantidos em unio porsermos membros no papel. Somosmantidos em unio pela unidade doEsprito no vnculo da paz

    Por outro lado, podemos ter umagigantesca organizao que inclua to-dos os cristos da terra e ainda assimno termos nenhuma unidade verda-deira no Esprito. Podemos ter umaunidade organizacional sem uma ver-dadeira unidade.

    Ovnculode Efsios 4:3-6 falade algo que une como uma corda oucinturo.

    Este vnculo a paz. chama-do de vnculo da paz. O oposto dapaz a rivalidade ou guerra.

    Se voc tiver uma atitude de amore aceitao para com os seus irmos eirms de outras igrejas, ento voc irpreservar a unidadecom eles. Vocno estar criando esta unidade; voc

    estar mantendo-a viva em seu esp-rito. a que existe a unidade no es-

    prito ou no corao. A unidade ma-nifestada em diferentes maneiras, masela existe no esprito por meio do Es-prito Santo.

    Por outro lado, se voc tiver umaatitude de rivalidade, de diviso, ouseparao, voc no estar mantendoa unidade do Esprito atravs do vn-culo da paz.

    Um Passo IntrnsicoO nico passo unidade, ento, en-

    contra-se em Romanos 14:1 e 15:7:Acolhei ao que dbil na f, no,porm, para discutir opinies... Por-tanto, acolhei-vos uns aos outros,como tambm Cristo nos acolheu.

    A palavra acolher significa daras boas-vindas, abraar, receber re-conhecer um parentesco. Aceitar sig-nifica confessar e declarar o fato deque somos um.

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    23/40

    ABRIL / MAIO / JUNHO 2002 ATOS / 23

    Somos um porque, pelo novo nas-cimento, todos nascemos na mesmafamlia espiritual.

    Somos todos irmos e irms por-que Jesus o nosso Salvador, e Deus o nosso Pai! Exatamente como Je-sus nos recebeu com todas as nossas

    runas, falhas, e imaturidade, assim re-cebamos tambm uns aos outros.

    D Este Passo Agora

    O nico passo para a unidade podeser dado onde voc estiver, neste exa-to momento. Voc pode voltar-se aoSenhor neste momento e orar: Pai,em nome de Jesus Cristo meu Senhor,eu realmente reconheo que sou ummembro do Teu Corpo espiritual, aIgreja desta cidade e de todo o mun-do.

    Eu realmente aceito e recebo atodos os Teus filhos como meus ir-mos ou irms porque Tu s o nossoPai. No importa onde os Teus filhosmorem, no importa de qual raa seoriginem. No importa quais opiniesou prticas peculiares eles possam ter.No importa se eles batizam por asper-so ou por imerso, ou se so Armini-anistas ou Calvinistas. No importa sevo igreja aos sbados, domingos,s segundas, ou teras. No importa a

    que denominao pertenam.Eu agora declaro solenemente,em nome de Jesus Cristo de Nazar, oFilho do Deus Todo-Poderoso, que eusou um com todos os outros crentesnascidos de novo que vivem, que jviveram, ou que ainda vivero no tem-po e na eternidade. Eu os aceito e osrecebo.

    Eu os amarei, os sustentarei, eorarei por eles. medida que me di-rigires, Senhor, trabalharei com eles.

    Procurarei manter esta unidade do Es- prito por meio do vnculo da paz.Amm!

    Voc quer fazer esta orao ago-ra? Se voc puder fazer sinceramenteesta orao acima, voc ter dado onico passo unidade.

    Unidade Doutrinria

    Mas, voc poder perguntar, ea unidade doutrinria? Como podere-mos caminhar juntos, a menos que es-tejamos de acordo?

    Em primeiro lugar, Deus no estnos dirigindo para caminharmos namesma direo. Em segundo lugar, Efsios 4:13 nos diz que devemosmanter esta unidade do Esprito, atque todos cheguemos unidade daf.Este versculo est simplesmente

    dizendo que podemos ter uma unida-de espiritual enquanto ainda estiver-mos alcanando uma unidade doutri-nria.

    Uma Verdade Central

    H somente uma verdade centralao redor da qual podemos todos de-clarar a nossa unidade. Esta verdadeno um ensino, um conceito, umprincpio, ou uma doutrina. No umaigreja, denominao, ou movimento.

    Esta Verdade, uma Pessoa. Jesus a Verdade. Ele disse: Eu sou o ca-minho, e a verdade, e a vida (Jo 14:6).

    Quando nos voltamos a Ele, Elenos d vida. Nascemos de novo!Quando o carcereiro filipense pergun-tou a Paulo e Silas: Senhores, quedevo fazer para que seja salvo?, aresposta no foi: Creia em nossa dou-trina e una-se nossa organizao.A resposta foi: Cr no Senhor JesusCristo e sers salvo(At 16:30,31).

    Ns cremos na Pessoa de Jesus e

    nascemos no Reino de Luz. Quandonos unimos a Jesus, unimo-nos unsaos outros. Somos um nEle.

    Quem tem a Jesus tem a vida. Quemno tem a Jesus no tem a vida. Somossalvos, no pelo fato de adotarmos umaposio doutrinria, mas por receber-mos ao Prprio Jesus Cristo.

    Recebam uns aos Outros

    Em todas as igrejas, quer sejamigrejas em casas ou algum outro tipo

    de igreja, precisamos ensinar os mem-bros a aceitarem todos os outros cren-tes. Somos membros do mesmo Cor-po, independentemente de uma afili-ao denominacional.

    Deus nos dirige s vezes a coope-rarmos juntamente com outros emprojetos para a extenso do Seu Rei-no. No entanto, a mais poderosa ex-presso de unidade no est no fatode nos unirmos para demonstrarmosuma solidariedade externa, atravs dapromoo de projetos especiais, mas

    sim, aceitando e confirmando uns aosoutros nas coisas que j estiver fazen-do para o Senhor.

    Muitos Lderes um S Exrcito

    Estamos todos em guerra e h mui-

    tos generais, tenentes, capites, e sol-dados de infantaria.No entanto, h somente um Cabe-

    a, o nosso Comandante-Chefe, o Pr-prio Jesus Cristo.

    Ele disse: Edificarei a MinhaIgreja, e isto o que Ele est fazen-do (Mt 16:18). Vamos abrir espaopara que Ele o faa. Ele tem a respon-sabilidade sobre todas as pequenasunidades do Seu poderoso Exrcito.

    Talvez estejamos em diferentes di-vises, em diferentes unidades, em di-ferentes frentes, mas ainda assim so-mos um s Exrcito. Somos um spovo, lutando na mesma guerra con-tra o Reino das Trevas.

    Vamos confirmar e sustentar unsaos outros em nossos vrios lugaresde servio. No vamos pensar queestamos separados pelo simples fatode no estarmos todos no mesmo lu- gar, fazendo as mesmas coisas, aomesmo tempo, sob o mesmo porta-estandarte.

    Muitas Tribos Uma S Nao

    Havia doze Tribos em Israel. Cadauma delas tinha o prprio territrio, genealogia, lderes e bandeira. Noentanto, elas ainda eram um s povo

    Israel.Podemos ser constitudos de cen-

    tenas ou milhares de denominaes,organizaes, e igrejas. No entanto,somos um s povo o povo de Deus

    o Israel de Deus.No temos de estar fisicamentejuntos, fazendo as mesmas coisas, soba mesma bandeira, a fim de sermosum. J somos um. Portanto, vamosproclamar ousadamente a nossa uni-dade. Vamos nos ocupar com a nossaresponsabilidade de ampliarmos o SeuReino e, ao mesmo tempo, confirmarmos, aceitarmos, e recebermos uns aosoutros. Isso o que significa preser-var a unidade do Esprito no vnculoda paz n

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    24/40

    24 / ATOS ABRIL / MAIO / JUNHO 2002

    A IGREJA EM CASASO Modelo do Novo Testamento Para a

    Multiplicao de CongregaesCaptulo 8

    O QUE FAZEMOS NUMAIGREJA EM CASA?

    Se voc nunca esteve numa reu-nio de uma igreja em casa, talvez

    suas primeiras perguntas fossem:Como seria uma igreja em casa? Serque haveria cnticos? Ser que have-ria um sermo?

    Ser que haveria um convite parase receber a Cristo? Haveria batismose Santa Ceia? E a Escola Dominical?E um culto de orao no meio da se-mana?

    significativo o fato de que nemo Apstolo Paulo nem o Prprio Je-sus nos deram instrues especficasna Palavra escrita, com relao ao que

    deveria ser feito exatamente quandonos congregamos como igreja.

    As palavras de Jesus foram muitosimples em Mateus 18:20:Porque,onde estiverem dois ou trs reunidosem meu nome, ali estou no meio de-les.

    Ele no disse que eles teriam deestar fazendo certas coisas para queEle pudesse estar no meio deles. Elessimplesmente precisavam estar reuni-dos.

    O Apstolo Paulo nos deu uma pe-quena revelao com relao natu-reza das reunies da Igreja Primitivaem l Corntios 14:26:Que fazer, pois,irmos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz re-velao, aquele, outra lngua, e ain-da outro, interpretao. Seja tudo fei-to para edificao.

    As reunies de igreja naqueles diasno enfatizavam um certo palestrante.Elas eram reunies abertas, onde cadapessoa deveria contribuir para o be-

    nefcio de todo o corpo local. O exer-ccio de dons espirituais era estimu-

    lado a fim de que todos fossem aben-oados e edificados.No h nenhuma instruo espec-

    fica dada a ns por Jesus ou Seus aps-tolos com relao ao que fazermosexatamente em nossas reunies regu-lares. No entanto, podemos encontrarno Livro de Atos e nas Epstolas al-guns dos elementos essenciais de uma

    reunio de igreja. O que se segue soalgumas das coisas importantes a ob-

    servarmos ao nos reunirmos: Louvor e adorao Dons ministeriais profticos Outros dons do Esprito Testemunhos Ceia Avisos Oraes de um membro pelo outro Ensino

  • 8/9/2019 atosvolume17numero2

    25/40

    ABRIL / MAIO / JUNHO 2002 ATOS / 25

    O Esprito Santo o guiar com re-lao ordem e quanto tempo deverser dado a cada segmento. As vezes,alguns desses itens no so includos,m