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ArtibeuslituratusBoaconstrictor BothropsjararacaCaimanlatirost risCallithrixjacchusCallithrixpeni cillataCanisfamiliarisCaprahircu sCebusapellaChironectesminim usChrysocyonbrachyurusColum baliviaDasypusnovemcinctusDid elphisalbiventrisEstrildaastrildF eliscatusHemidactylusmabouiaK erodonrupestrisLeontopithecusr osaliaLepuseuropaeusLiolaemus lutzaeMustelaputoriusPantherao ncaPitangussulphuratusRattusr Manual de Análise de Risco para Vertebrados Terrestres 2012

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erodonrupestrisLeontopithecusr

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Manual de Análise de Risco para

Vertebrados Terrestres

2012

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Manual de Análise de Risco para Vertebrados Terrestres

ESTADO DE SÃO PAULO

AUTORA

Sílvia R. Ziller, Eng. Florestal, M.Sc., Dr.

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SUMÁRIO

Apresentação ................................................................................................ 1 

Introdução .................................................................................................... 2 

1 Conceitos Gerais ..................................................................................... 2

2 Análise de risco e espécies exóticas ........................................................... 4

Estrutura e uso do sistema de análise de risco ................................................... 5 

3 Funcionamento do sistema de análise de risco ............................................ 5

4 Avaliação dos resultados .......................................................................... 7

5 Limites e classificações ............................................................................ 9

6 Cálculo de nível de risco ......................................................................... 10

Referências ................................................................................................. 12 

Contatos e créditos ...................................................................................... 13 

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APRESENTAÇÃO 

A metodologia de análise de risco é aplicada hoje para diversas questões e

projetos. Por este motivo, tem sido utilizada em vários lugares do mundo. Na

Argentina, Nova Zelândia e Austrália esta metodologia é utilizada em protocolos de

importação de animais vivos e para água de lastro. Seguindo essa idéia de

utilização da análise de risco em trabalhos de prevenção à introdução de espécies

invasoras, o presente manual constitui uma referência sobre o funcionamento do

sistema de ANÁLISE DE RISCO PARA VERTEBRADOS TERRESTRES, desenvolvido

inicialmente em 2008 pelo Biólogo M.Sc. Leandro Ângelo Pereira para o sistema

nacional e adaptado em 2012 para o Estado de São Paulo pela Eng. Florestal Dr.

Sílvia R. Ziller para avaliar a introdução de espécies e o risco de invasão em

ecossistemas brasileiros. O sistema pode ser adaptado e utilizado para estados ou

outros países, especialmente em nível continental.

Para a construção desta ferramenta, no ano de 2008, técnicos da The Nature

Conservancy – Programa de Espécies Exóticas Invasoras para a América do Sul, do

Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental e da empresa Cinco

Reinos contaram com a colaboração de pesquisadores e instituições atuantes na

área. A base deste protocolo é o sistema de análise de risco desenvolvido pelo

Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental e The Nature

Conservancy para plantas exóticas, elaborado pelo Eng. Florestal Rafael D. Zenni.

O sistema de análise de risco foi desenvolvido para uso por técnicos de diversas

áreas da biologia, ecologia e/ou áreas afins, sem necessidade de especialização em

ictiologia. Todas as perguntas são de extrema importância para a geração de

resultados precisos. Quanto mais confiáveis as informações, mais preciso o

resultado e o potencial de aplicação prática das análises.

A análise de risco não deve ser a única estratégia usada para evitar a introdução de

espécies a um país ou estado. É fundamental que haja programas de prevenção –

incluindo fiscalização de pontos de entrada, controle e erradicação de espécies

exóticas implantados como ferramentas de manejo e monitoramento.

As análises de risco não são estáticas, pois são sujeitas a alterações ao longo do

tempo, o que depende da disponibilidade de dados de mudanças climáticas,

ambientais e de referentes às características biológicas e ecológicas das espécies.

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INTRODUÇÃO 

1 CONCEITOS GERAIS 

O risco em projetos corresponde a um evento ou condição incerta que, se

efetivamente ocorrer, pode implicar em um efeito negativo nos resultados (Diniz,

2007). Para analisarmos melhor um risco, podemos pensar em três componentes:

um evento, uma probabilidade de ocorrência e um impacto decorrente deste

evento. A análise de risco surge aqui como uma ferramenta para trabalhar estes

componentes de forma combinada, analisar os panoramas atuais e buscar cenários

futuros. Esta metodologia pode ser considerada, então, como um conjunto de

técnicas e ferramentas para identificar, estimar, avaliar, monitorar e administrar os

acontecimentos que colocam em risco a execução de uma determinada atividade.

Sob este ponto de vista, a análise de risco pode ser dividida em três partes:

reconhecimento, análise e classificação. Estas três partes são utilizadas,

principalmente, para identificar as ameaças mais prováveis, analisando fatores de

vulnerabilidade em atividades e possibilitando a tomada de decisão em relação aos

riscos principais. Ao final, conhecendo tais riscos, caminha-se para uma das

seguintes medidas: eliminar, minimizar, compartilhar e/ou assumir os riscos.

A adoção de metodologias de análise de risco tem foco em possíveis desastres, na

proteção de dadas atividades, ou, neste caso, na conservação dos recursos naturais

e no funcionamento ecossistêmico. Uma potencial ameaça pode afetar diretamente

a conservação dos recursos naturais mais expostos, sendo esta exposição medida

pelo grau de vulnerabilidade dos referidos recursos. Nesse contexto, cada área

funcional deve ser analisada para determinar o risco potencial e o impacto

relacionado a vários desastres ou ameaças, o que se chama análise de risco. Por

estes motivos, conhecer e entender o relacionamento entre processos é um fator

decisivo de sucesso para a segurança de uma determinada área ou atividade.

Protocolos de análise de risco são aplicados como medida preventiva para evitar

danos e prejuízos. No caso de espécies invasoras, apresentam algumas

características exclusivas (Stohlgren & Schnase, 2006). Uma espécie introduzida

pode ficar em estado de latência, sem causar problemas durante anos e até mesmo

décadas e só então começar a se expandir, dispersar e causar danos. Outra

característica exclusiva é que, diferentemente de contaminantes químicos, os

organismos são capazes de se locomover, se reproduzir, adaptar-se e evoluir,

ampliando seu número e área de distribuição com o passar do tempo. Isto torna as

invasões biológicas um tema grave de difícil mensuração, principalmente quanto

aos danos em longo prazo (Simberloff, 2005; Stohlgren & Schnase, 2006).

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Por esses motivos, as análises de risco para espécies invasoras também têm sido

objeto de críticas por serem muitas vezes consideras incompletas, insuficientes

e/ou ineficazes (Simberloff, 2005). Porém, deve-se enfatizar que não existe

nenhuma outra metodologia mais precisa no momento. A situação atual é de

urgência, exigindo uma avaliação e/ou análise que, mesmo não sendo perfeita,

pode ajudar imensamente a reduzir problemas futuros de invasão biológica. A outra

alternativa seria parar a introdução de qualquer espécie com base no princípio da

precaução, o que é atualmente inviável em função das necessidades e interesses de

distintos setores da sociedade.

A análise de risco tem por objetivo auxiliar e reforçar a prevenção à introdução de

espécies a ambientes aquáticos. Por se tratar de um processo bastante dinâmico,

conforme já mencionado, os resultados podem ser influenciados pelo aumento do

conhecimento sobre certas espécies, ambientes, processos e mecanismos de

invasão biológica, devendo ser reaplicada sempre que considerar-se necessário.

A movimentação de espécies para outros ecossistemas dentro do país, onde não

são nativos, pode causar tanto dano quanto a introdução de uma espécie exótica ao

Brasil. Os conceitos básicos usados derivam da Convenção sobre Diversidade

Biológica, Decisão VI/23, que consideram como uma espécie exótica toda espécie

ou propágulo dela que tenha sido levado para fora da sua área de distribuição

natural.

A documentação referente a todas as perguntas deve ficar anotada na planilha de

Referências. Recomenda-se incluir, na seção de Referências, o texto da citação que

corresponde à pergunta, da forma mais sucinta possível, p.ex.: 1.01a Long et al.,

2003: "In some species, adults respond to the calls of their young when regulating

the delivery of care (e.g. pigs Sus scrofa Weary et al. 1996)." Os documentos

devem ser arquivados em pasta específica em formato PDF e outros. Recomenda-se

fazer o registro dos arquivos em PDF ou análogos com referência a cada pergunta

e, quando for útil para facilitar a localização dos textos citados, indicar o número da

página dos respectivos documentos. Os nomes dos arquivos devem fazer referência

às questões, p.ex.: 1.01a Long et al., 2003; 1.01b Fonseca et al., 2004

(referências à questão 1.01).

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2 ANÁLISE DE RISCO E ESPÉCIES EXÓTICAS 

O principal objetivo da análise de risco é auxiliar na tomada de decisões

relacionadas à introdução ou à importação voluntária de espécies exóticas de

peixes no Brasil ou entre bacias hidrográficas no país. Qualquer iniciativa para

predizer e/ou evitar potenciais espécies invasoras é importante, especialmente em

países megadiversos como o Brasil, onde há pouco cuidado com relação ao

potencial de impacto ambiental de espécies exóticas invasoras.

A introdução de espécies exóticas pode ser irreversível e sempre acarreta riscos e

consequências que devem ser avaliados com muito critério e cuidado (Zalba, S.;

Ziller, S.R., 2007). Neste sentido, uma introdução só deve ser autorizada quando:

(a) – a espécie não registra antecedentes como invasora em outros locais do

mundo; (b) – não existem espécies nativas (ou exóticas já introduzidas

anteriormente) que possam cumprir a mesma função da nova espécie que se

pretende introduzir; (c) os benefícios socioambientais superam os danos potenciais,

que são controláveis e mitigáveis.

A metodologia aqui descrita espera ser coerente com esses argumentos e propiciar

o uso da análise de risco para espécies exóticas como um processo de rotina

anterior à introdução ou à movimentação de espécies dentro do país.

A documentação referente a todas as perguntas deve ficar anotada na planilha de

Referências. Recomenda-se incluir, na seção de Referências, o texto da citação que

corresponde à pergunta, da forma mais sucinta possível, p.ex.: 1.01a Long et al.,

2003: "In some species, adults respond to the calls of their young when regulating

the delivery of care (e.g. pigs Sus scrofa Weary et al. 1996.". Os documentos

devem ser arquivados em pasta específica em formato PDF e outros. Recomenda-se

fazer o registro dos arquivos em PDF ou análogos com referência a cada pergunta

e, quando for útil para facilitar a localização dos textos citados, indicar o número da

página dos respectivos documentos. Os nomes dos arquivos devem fazer referência

às questões, p.ex.: 1.01a Long et al., 2003; 1.01b Fonseca et al., 2004

(referências à questão 1.01).

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ESTRUTURA E USO DO SISTEMA DE ANÁLISE DE RISCO 

3 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE ANÁLISE DE RISCO 

A análise de risco para vertebrados está dividida em 4 critérios principais que

somam 39 questões relacionadas às características mais comuns das espécies

exóticas invasoras e aos riscos para a diversidade biológica.

Para realizar uma análise, abra o arquivo em uma planilha eletrônica e comece pela

planilha intitulada “Questões”.

Figura 1 – Planilha inicial da análise de risco. Em vermelho, o nome da planilha (Questões) e um exemplo com espécies já analisadas (linha azul no canto superior da tela).

Para inserir uma nova espécie, basta clicar na célula da linha azul “Inserir nome

táxon” e colocar a espécie a ser analisada. Abaixo dessa linha há um espaço para

colocar o nome comum, sinonímia ou nome popular da espécie.

O próximo passo, ainda na planilha “Questões”, é responder as perguntas. A

verificação da informação disponível é importante, preferencialmente pelo registro

de mais de uma referência.

A maioria das perguntas da planilha deverão ser respondidas com “sim” e “não”

(ATENÇÃO: use letras minúsculas). No caso de não encontrar uma resposta para

a pergunta, deixe a questão em branco. Aconfiabilidade das respostas é

fundamental para que a análise seja precisa. Em caso de dúvida ou incerteza de

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alguma resposta recomenda-se que a pergunta não seja respondida e que a célula

de resposta seja deixada em branco.

Apenas há uma pergunta na planilha com resposta específica. A questão 9.01 (“O

táxon é um mamífero, ave, anfíbio ou réptil?”), que classifica com pesos os

diferentes grupos de vertebrados citados. Estes valores levaram em conta o

número de espécies invasoras em cada grupo e a dificuldade na erradicação destas

espécies. Neste sentido, as respostas para cada grupo têm os seguintes pesos:

• mamífero, 5,5 pontos

• réptil, 4,5 pontos

anfíbio, 2,5 pontos

• ave, 1,5 pontos

ATENÇÃO: é preciso responder esta pergunta apenas com “mamífero”, “ave”,

“anfíbio” ou “réptil”, exatamente neste formato. Qualquer outra forma de

resposta não será reconhecida pelo sistema.

Figura 2 – Visão da área da planilha onde é possível procurar as espécies que já foram analisadas ou inserir novas espécies (linha laranja). Abaixo da linha laranja estão as células para inserir ou revisar as respostas (use “sim” ou “não”, podendo deixar a célula em branco em caso de dúvida).

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4 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 

Depois de responder as 39 questões vá para a planilha “Avaliação”. Nesta,

aparecem os resultados da análise de risco para vertebrados, com uma pontuação

final que indica o “grau de risco” de uma dada espécie.

Figura 3 – Em vermelho, no canto esquerdo inferior, o nome da planilha onde estão os resultados (Avaliação). Aqui é possível observar o valor de risco de cada espécie na coluna “Pontuação final”. Nessa planilha há dez colunas: na primeira coluna está a lista de espécies; na

segunda, chamada de “pontuação final”, indica o valor de risco da espécie em

análise, que pode ir de 0 a 150. A seguir, da terceira à sexta coluna está o valor de

risco fragmentado nos quatro critérios principais de análise (chamados de 1:

Características biológicas e ecológicas; 2: Aspectos biogeográficos; 3: Aspectos

sociais e econômicos e 4: Características potencializadoras de risco).

Na sétima coluna está o número total de perguntas respondidas e ao lado, na

oitava coluna, se os critérios mínimos para realização da análise de risco foram

atendidos (número mínimo de respostas). Quando os critérios mínimos são

atendidos o resultado aparece na coluna “Atendimento aos critérios mínimos” como

“AR válida” (em verde). Caso contrário, aparecerá “AR inválida” (em vermelho), o

que indica que as informações são insuficientes para concluir a análise. Nesse caso,

a espécie não deve ser introduzida e a análise de risco precisa ser refeita à medida

que houver mais informação disponível.

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O protocolo de análise de risco leva em consideração como mínimo necessário de

questões respondidas:

• características biológicas e ecológicas – das 16 perguntas, no mínimo 11

precisam ser respondidas;

• aspectos biogeográficos – das 5 perguntas, no mínimo 2 precisa ser

respondida;

• aspectos sociais e econômicos – das 6 perguntas, no mínimo 4 precisam ser

respondidas;

• características potencializadoras de risco – das 12 perguntas, no mínimo 8

precisam ser respondidas.

Para cada uma das quatro seções, o número mínimo de perguntas foi estabelecido

em 70% de respostas, aproximadamente.

Figura 4 – Na planilha “Avaliação” é possível observar se os critérios míninos para a análise de risco foram atendidos (Total de respostas e atendimento aos critérios mínimos), cálculo que valida ou não a análise feita.

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5 LIMITES E CLASSIFICAÇÕES 

Seguindo a análise, tem-se a nona coluna, chamada “risco potencial”, que foi

estruturada para apresentar os diferentes níveis de risco para a espécie estudada.

Os níveis são:

• muito baixo (valores menores que 11 pontos);

• baixo (valores entre 11 e 32 pontos);

• moderado (valores entre 32 e 45 pontos);

• alto (valores entre 45 e 65 pontos);

• muito alto (valores acima de 65 pontos e máximo de 150 pontos).

A última coluna, por sua vez, chamada “proposta de ação”, apresentará a situação

final do risco calculado. Esta proposta de ação traz três diferentes situações:

• a espécie é aceita (resultados “muito baixo” e “baixo”);

• é necessário fazer uma avaliação posterior, o que significa que os

dados disponíveis são insuficientes para enquadrar a espécie

estudada (resultado “moderado”);

• a espécie é rejeitada (resultados “alto” e “muito alto”).

IMPORTANTE: trabalhe apenas as células para as respostas na planilha

“Questões”, abertas para preenchimento. A alteração das células nas demais

planilhas comprometerá os resultados e inviabilizará o sistema de análise de risco.

Qualquer alteração de valores somente deverá ser feita caso seja considerada a

necessidade de ajustes ao sistema e com profundo conhecimento das

consequências das modificações. Todas as planilhas estão vinculadas, ou seja,

qualquer alteração nas respostas da planilha “Questões” proporcionará um cálculo

imediato nas outras planilhas e no resultado final. Nada deve ser apagado nem

modificado nas planilhas sem maior conhecimento e objetivo específico. Alterar os

critérios ou valores implica em refazer os testes para ajustar o sistema usando

espécies não invasoras, moderadamente invasoras e reconhecidamente invasoras.

Este sistema foi ajustado com testes para 100 espécies exóticas.

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Figura 5 – As duas últimas colunas da planilha “Avaliação” mostram os resultados finais da análise de risco. O “risco potencial” demonstra o resultado do valor de risco da espécie (dividido em cinco critérios que vão desde muito baixo até muito alto). Ao lado, na coluna “proposta de ação”, é feita uma recomendação final para a introdução da espécie: aceita, rejeita ou avaliação posterior.

6 CÁLCULO DE NÍVEL DE RISCO  

Como dito anteriormente, para cada resposta inserida na planilha “Questões” a

planilha desenvolvida gera um valor de impacto em relação ao risco de invasão.

Para o cálculo desse valor de risco, o sistema primeiro verifica o número mínimo de

perguntas para cada um dos quatro critérios principais, a fim de confirmar se esse

quesito foi atendido.

Em seguida, é feita a soma dos pontos de cada resposta. Caso a resposta seja

“sim”, é fornecido o valor integral deste cálculo; se a resposta for “não” o valor

atribuído é zero; e por fim, se a resposta for deixada em branco, é fornecido um

valor de risco menor, valores estes detalhados na planilha intitulada “modelo” (base

de cálculo).

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Figura 6 – Na planilha “modelo” é possível observar os valores dados para cada pergunta, com os valores de impacto (circulados em vermelho).

Foram estabelecidos basicamente três níveis de impacto: alto (5 pontos), médio (3

pontos) e baixo (1 ponto). Esse nível foi estabelecido conforme a aproximação das

características da espécie e sua “vantagem” competitiva quando introduzida. Por

exemplo, caso a espécie consiga viver em ambiente com baixos níveis de oxigênio

(questão 3.01), ela teria uma grande vantagem competitiva, com impacto alto.

A fim de deixar esta planilha mais restritiva no caso de temas que merecem uma

maior atenção a pontuação para as respostas do critério principal “aspectos

biogeográficos” recebe maior valoração. Se a espécie é sujeita a introduções

recorrentes (questão 4.01), maior é a pressão de propágulos (acumulará 7 pontos)

e maior a chance de estabelecimento e de invasão. Caso a espécie já tenha se

estabelecido em algum outro local (questão 4.02) a análise também atribui maior

valoração (7 pontos). Por fim, como dito anteriormente, se a espécie tiver algum

registro de invasão (questão 4.04), a ferramenta atribui 13 pontos, sendo a espécie

classificada com risco “alto” de invasão, sendo portanto “rejeitada”.

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REFERÊNCIAS 

Lúcio J. Diniz, 2004 Análise de Riscos em Projetos: Uma Abordagem Qualitativa ou

Quantitativa? Disponível em:

http://www.pmimg.org.br/downloads/GestaoRiscosProjetos_LucioDiniz_31082004.pdf

Simberloff, D. 2005. The politics of assessing risk for biological invasions: the USA as a case

study. Trends in Ecology & Evolution Volume 20, Issue 5: 216-222.

Stohlgren, T.J. & Schnase, J.L. 2006. Risk analysis for biological hazards: what we need to

know about invasive species. Risk Analysis, in press.

Townsend, C.R., and M.J. Winterbourn. 1992. Assessment of the environmental risk posed

by an exotic fish: the case of the proposed introduction of channel catfish (Ictalurus

punctatus) to New Zealand. Conservation Biology 6: 273-282.

Vitule, J.R.S.; Umbria, S.C.; Aranha, J.M.R., 2006. Introduction of the African catfish Clarias

gariepinus (Burchell, 1822) into Southern Brazil. Biological Invasions, 8:677-681.

Zalba, S.; Ziller, S.R., 2007. Manual de Herramientas de Prevención de Invasiones

Biológicas, I3N. Não publicado.

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CONTATOS E CRÉDITOS 

Para mais informação sobre estas ferramentas contate:

Leandro Angelo Pereira

Cinco Reinos – Pesquisas e Serviços Ambientais

Rua Felipe Camarão, 375 – Rebouças 80.215-040 Curitiba / PR Brasil

[email protected]

Sílvia R. Ziller

Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental

Servidão Cobra Coral 111, Campeche, Florianópolis SC 88.063-513

[email protected]

www.institutohorus.org.br