ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da...

93
ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións do anteproxecto con respecto ao 3º borrador 16 de xullo de 2008 Nota: as alegacións e suxestións indícanse da seguinte maneira: En negriña e subliñado, os textos e novos artigos que, a xuízo da AFG, deberían incluírse no texto da lei En cursiva e entre paréntese, figuran comentarios ou impresións inspirados no contido dos artigos Tachado, figura o texto que consideramos debería ser eliminado

Transcript of ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da...

Page 1: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA

10 xullo de 2008

Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións do anteproxecto con respecto ao

3º borrador 16 de xullo de 2008

Nota: as alegacións e suxestións indícanse da seguinte maneira:

• En negriña e subliñado, os textos e novos artigos que, a xuízo da AFG, deberían incluírse no texto da lei

• En cursiva e entre paréntese, figuran comentarios ou impresións inspirados no contido dos artigos

• Tachado, figura o texto que consideramos debería ser eliminado

Page 2: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

1

EXPOSICIÓN DE MOTIVOS

TÍTULO PRELIMINAR. DISPOSICIÓNS XERAIS, COMPETENCIAS DAS ADMINISTRACIÓNS PÚBLICAS E CLASIFICACIÓN DOS MONTES............................................................................... 1

CAPÍTULO I DISPOSICIÓNS XERAIS. .......................................................................................................1 Artigo 1. Obxecto da Lei..............................................................................................................1 Artigo 2. Principios da Lei. ............................................................................................................1 Artigo 3. Concepto de monte. ...................................................................................................2 Artigo 4. Función social dos montes. .........................................................................................2 Artigo 5. Definicións. .....................................................................................................................2

CAPÍTULO II: COMPETENCIAS DAS ADMINISTRACIÓNS PÚBLICAS.............................................................5 Artigo 6. Disposicións xerais. ........................................................................................................5 Artigo 7. Competencias da administración da Comunidade Autónoma. .......................5 Artigo 8. Competencias das Administracións Locais. ............................................................6

CAPÍTULO III: CLASIFICACIÓN DOS MONTES. ........................................................................................7 Artigo 9. Montes públicos e montes privados..........................................................................7 Artigo 10. Montes de especial protección autonómica. ......................................................7 Artigo 11. Montes de dominio público ou demaniais e montes patrimoniais ...................8

TÍTULO I. DO REXISTRO FORESTAL DE GALIZA. ........................................................................... 8

Artigo 12. Do Rexistro Forestal de Galiza...................................................................................8

TÍTULO II. RÉXIME XURÍDICO DOS MONTES. ............................................................................... 9

CAPÍTULO I. RÉXIME XURÍDICO DOS MONTES PÚBLICOS..........................................................................9 Sección primeira. Montes demaniais..............................................................................................9

Artigo 13. Réxime xurídico dos montes demaniais..................................................................9 Artigo 14. Montes catalogados de utilidade pública............................................................9 Artigo 15. Catálogo de Montes de Utilidade Pública de Galiza. ......................................10 Artigo 16. Efectos xurídicos da inclusión dos montes no catálogo....................................10 Artigo 17. Desafectación de montes demaniais. .................................................................11

Sección segunda. Investigación, recuperación de oficio e deslindamento dos montes demaniais. .......................................................................................................................................11

Artigo 18. Investigación da titularidade..................................................................................11 Artigo 19. Recuperación posesoria..........................................................................................11 Artigo 20. Disposicións xerais sobre o deslindamento. .........................................................12 Artigo 21. Iniciación do procedemento de deslindamento...............................................12 Artigo 22. Apeo............................................................................................................................13 Artigo 23. Aprobación do deslindamento. ............................................................................14 Artigo 24. Colocación de marcos............................................................................................15

Sección terceira. Dereito de adquisición preferente e principio de compensación. ............15 Artigo 25. Adquisición de montes. ...........................................................................................15 Artigo 26. Principio de compensación...................................................................................16

Sección cuarta. Inscrición no Rexistro da Propiedade...............................................................16 Artigo 27. Inscrición no Rexistro da Propiedade....................................................................16

Sección quinta. Réxime xurídico dos montes patrimoniais. .......................................................17 Artigo 28. Réxime xurídico dos montes patrimoniais. ...........................................................17

CAPÍTULO II. RÉXIME XURÍDICO DOS MONTES PRIVADOS. .................................................................... 17 Artigo 29. Xestión dos montes privados. .................................................................................17 Artigo 30. Deberes dos propietarios de montes privados. ..................................................17 Artigo 31. Dereitos dos propietarios de montes privados. ...................................................18 Artigo 32. Límite á segregación de montes. ..........................................................................18

CAPÍTULO III. RÉXIME XURÍDICO DOS MONTES DE ESPECIAL PROTECCIÓN AUTONÓMICA....................... 19 Artigo 33. Declaración de montes de especial protección autonómica .......................19 Artigo 34. Montes de especial protección autonómica de titularidade privada..........20

CAPÍTULO IV. RÉXIME XURÍDICO DOS MONTES VECIÑAIS EN MAN COMÚN. .......................................... 20 Sección primeira: natureza............................................................................................................20

Artigo 35. Natureza dos montes veciñais en man común. .................................................20 Artigo 36. Propiedade dos montes veciñais en man común. ............................................20 Artigo 37. Condición de veciño comuneiro...........................................................................20 Artigo 38. Capacidade xurídica da comunidade de montes. ..........................................21

Page 3: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

2

Sección segunda: Aproveitamentos e actos de disposición. ...................................................21 Subsección primeira: Aproveitamentos do monte veciñal. ....................................................21

Artigo 39. Aproveitamento e desfrute.....................................................................................21 Artigo 40. Cota de investimentos en mellora e protección do monte.............................22 Artigo 41. Lotes, sortes ou parcelas para o aproveitamento gandeiro e agrícola. .......23

Subsección segunda: Actos de disposición. ..............................................................................23 Artigo 42. Actos de disposición en montes veciñais en man común. ..............................23 Artigo 43. Cesión. ........................................................................................................................24 Artigo 44. Servidumes. ................................................................................................................25 Artigo 45. Dereitos de superficie...............................................................................................25 Artigo 46. Expropiación forzosa. ...............................................................................................25 Artigo 47. Permutas. ....................................................................................................................26 Artigo 48. Arrendamentos..........................................................................................................26 Artigo 49. Parzarías. .....................................................................................................................27 Artigo 50. Reorganización da propiedade ............................................................................27

Sección terceira: Clasificación dos montes veciñais en man común......................................27 Artigo 51. Clasificación. .............................................................................................................27 Artigo 52. O Xurado de Montes Veciñais de Galiza. ............................................................27 Artigo 53. Composición..............................................................................................................27 Artigo 54. Organización e funcionamento.............................................................................28 Artigo 55. Procedemento de clasificación. ...........................................................................28 Artigo 56. A resolución firme de clasificación........................................................................29 Artigo 57. Impugnación das resolucións do Xurado de Montes Veciñais de Galiza. ...30

Sección cuarta: Deslindamento dos montes veciñais en man común....................................30 Artigo 58. Procedemento. .........................................................................................................30 Artigo 59. Deslindamento con outros montes veciñais en man común...........................30 Artigo 60. Deslindamento con propiedades particulares ou montes públicos...............31 Artigo 61. Colocación de marcos............................................................................................31

Sección quinta: Organización das comunidades de montes veciñais en man común. .......31 Artigo 62. Asemblea xeral de comuneiros. ............................................................................31 Artigo 63. A Xunta reitora...........................................................................................................32 Artigo 64. Mancomunidades de montes veciñais en man común...................................32 Artigo 65. Estatutos da comunidade.......................................................................................32 Artigo 66. Defensa dos intereses do monte veciñal. ............................................................33 Artigo 67. Réxime de maiorías. .................................................................................................33 Artigo 68. Xunta provisional. ......................................................................................................33

Sección sexta: Competencias da Administración da Comunidade Autónoma....................34 Artigo 69. Funcións. .....................................................................................................................34 Artigo 70. Situacións transitorias por extinción ou desaparición da comunidade de montes...........................................................................................................................................35 Artigo 71. Estado de grave abandono ou degradación....................................................36 Artigo 72. Regulamentación dos procedementos de declaración de estado de grave abandono e extinción da comunidade de montes............................................................38

TÍTULO III. DA PLANIFICACIÓN E DA XESTIÓN FORESTAL SUSTENTÁBEL. ............................... 38

CAPÍTULO I: INFORMACIÓN FORESTAL. .............................................................................................. 38 Artigo 73. Inventario Forestal da Comunidade Autónoma de Galiza. .............................38 Artigo 74. Estatística Forestal Anual Galega. .........................................................................39

CAPÍTULO II. DA PLANIFICACIÓN TERRITORIAL FORESTAL. .................................................................... 40 Sección primeira: Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel. .....................................40

Artigo 75. Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel. ...........................................40 Artigo 76. Criterios da Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel.......................41 Artigo 77. Obxectivos da Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel.................41 Artigo 78. Control do cumprimento da Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel. ..................................................................................................................................42

Sección segunda: Planificación Forestal de Galiza....................................................................42 Artigo 79. Instrumentos de planificación forestal. .................................................................42 Artigo 80. Obxectivos dos instrumentos de planificación forestal. ....................................42 Artigo 81. Plan Forestal de Galiza.............................................................................................43 Artigo 82. Contido do Plan Forestal de Galiza.......................................................................43 Artigo 83. Elaboración, revisión e modificación do Plan Forestal de Galiza. ....................1 Artigo 84. Eficacia vinculante do Plan Forestal de Galiza...................................................44 Artigo 85. Obras necesarias para executar o Plan Forestal de Galiza. ............................44

Page 4: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

3

Artigo 86. Plans de ordenación dos recursos forestais. ........................................................44 CAPÍTULO III. DA ORDENACIÓN E XESTIÓN FORESTAL SUSTENTÁBEL. ..................................................... 46

Artigo 87. Ordenación dos montes..........................................................................................46 Artigo 88. Criterios de xestión....................................................................................................47 Artigo 89. Instrucións xerais de ordenación de montes. ......................................................47 Artigo 90. Instrumentos de xestión forestal. ............................................................................47 Artigo 91. Elaboración dos instrumentos de xestión forestal. ..............................................48 Artigo 92. Aprobación................................................................................................................48 Artigo 93. Modificación e revisión dos instrumentos de xestión forestal. ..........................49 Artigo 94. Comercio responsábel de produtos forestais......................................................49 Artigo 95. Certificación forestal. ...............................................................................................49

TÍTULO IV. APROVEITAMENTOS FORESTAIS............................................................................... 49

CAPÍTULO I. DISPOSICIÓNS XERAIS. ................................................................................................... 49 Artigo 96. Principios básicos. .....................................................................................................49

CAPÍTULO II. APROVEITAMENTOS FORESTAIS. ..................................................................................... 50 Artigo 97. Aproveitamentos forestais.......................................................................................50 Artigo 98. Supervisión administrativa. ......................................................................................51

Sección primeira. Aproveitamentos madeirábeis e leñosos......................................................51 Artigo 99. Aproveitamentos madeirábeis e leñosos.............................................................51

Sección segunda. Aproveitamentos non madeirábeis..............................................................53 Artigo 100. Pastoreo....................................................................................................................53 Artigo 101. Outros aproveitamentos non madeirábeis........................................................53 Artigo 102. Biomasa forestal primaria. .....................................................................................54

CAPÍTULO III. APROVEITAMENTOS EN MONTES PÚBLICOS E APROVEITAMENTOS EN MONTES XESTIONADOS

POLA CONSELLARÍA COMPETENTE EN MATERIA FORESTAL. ................................................................... 54 Artigo 103. Alleamento...............................................................................................................54 Artigo 104. Fondo de melloras do monte galego.................................................................55

TÍTULO V. CONSERVACIÓN E PROTECCIÓN DE MONTES. ...................................................... 55

CAPÍTULO I. USOS DO SOLO. ............................................................................................................ 56 Artigo 105. Cambio de uso forestal e modificación da cuberta vexetal. .......................56 Artigo 106. Incidencia da normativa urbanística..................................................................56 Artigo 107. Uso social dos montes públicos............................................................................56 Artigo 108. Uso cultural, turístico, educativo e recreativo dos montes públicos.............57 Artigo 109. Acceso público aos montes. ................................................................................57 Artigo 110. Usos prohibidos. .......................................................................................................58

CAPÍTULO II. CONSERVACIÓN.......................................................................................................... 58 Artigo 111. Disposicións xerais. ..................................................................................................58 Artigo 112. Loita contra a desertificación e restauración hidróloxico-forestal................59 Artigo 113. Repoboación forestal. ...........................................................................................59

CAPÍTULO III. PRAGAS, DOENZAS FORESTAIS, DEFENSA FITOSANITARIA E XENÉTICA FORESTAL. ................ 60 Artigo 114. Marco xurídico da sanidade forestal..................................................................60 Artigo 115. Actuacións da administración autonómica......................................................60 Artigo 116. Obrigas dos titulares de montes e dos xestores de servizos forestais. ...........61 Artigo 117. Xenética forestal. ....................................................................................................61 Artigo 118. Persoas provedoras de material forestal de reprodución. .............................62

CAPÍTULO IV. PREVENCIÓN E DEFENSA CONTRA INCENDIOS FORESTAIS. .............................................. 63 Artigo 119. Sistema de prevención e defensa contra incendios forestais de Galiza.....63

TÍTULO VI. EDUCACIÓN, DIVULGACIÓN, FORMACIÓN E INVESTIGACIÓN.......................... 63

CAPÍTULO I. EDUCACIÓN E DIVULGACIÓN. ....................................................................................... 63 Artigo 120. Da educación e divulgación. ..............................................................................63 Artigo 121. Programas de divulgación....................................................................................64

CAPÍTULO II. FORMACIÓN E INVESTIGACIÓN. .................................................................................... 64 Artigo 122. Formación técnica. ................................................................................................64 Artigo 123. Investigación............................................................................................................65

TÍTULO VII. FOMENTO FORESTAL. .............................................................................................. 65

CAPÍTULO I. DOS CONTRATOS DE XESTIÓN FORESTAL. ......................................................................... 65 Artigo 124. Contratos de xestión forestal ................................................................................65

Page 5: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

4

CAPÍTULO II. DAS INFRAESTRUTURAS FORESTAIS................................................................................... 66 Artigo 125. Construción de infraestruturas públicas non forestais. ....................................66 Artigo 126. Infraestruturas forestais...........................................................................................66 Artigo 127. Pistas forestais. .........................................................................................................67

CAPÍTULO III. DEFENSA DOS INTERESES FORESTAIS. .............................................................................. 67 Artigo 128. Fomento do asociacionismo. ...............................................................................67 Artigo 129. Cobertura de danos por incendios forestais. ....................................................68 Artigo 130. Novas tecnoloxías...................................................................................................68 Artigo 131. A cadea monte-industria. .....................................................................................68 Artigo 132. Consello Forestal de Galiza...................................................................................69 Artigo 133. Mesa da Madeira. ..................................................................................................69 Artigo 134. Outras mesas sectoriais de produtos do monte. ..............................................70

CAPÍTULO IV. INCENTIVOS................................................................................................................ 70 Artigo 135. Clases de incentivos...............................................................................................70 Artigo 136. Incentivos para o desenvolvemento, protección e conservación dos montes de xestión privada........................................................................................................70 Artigo 137. Obxecto dos incentivos.........................................................................................71 Artigo 138. Beneficiarios dos incentivos. .................................................................................71

TÍTULO VIII. RÉXIME SANCIONADOR. ....................................................................................... 72

CAPÍTULO I. MEDIDAS PROVISIONAIS................................................................................................. 72 Artigo 139. Medidas provisionais. .............................................................................................72

CAPÍTULO II. POTESTADE SANCIONADORA. ....................................................................................... 72 Artigo 140. Potestade sancionadora.......................................................................................72

CAPÍTULO III. INFRACCIÓNS.............................................................................................................. 73 Artigo 141. Cualificación das infraccións. ..............................................................................73 Artigo 142. Infraccións. ...............................................................................................................73 Artigo 143. Suxeitos responsábeis.............................................................................................77 Artigo 144. Responsabilidade penal........................................................................................77 Artigo 145. Prescrición das infraccións....................................................................................78

CAPÍTULO IV. SANCIÓNS. ................................................................................................................ 78 Sección primeira: Órganos competentes....................................................................................78

Artigo 146. Potestade inspectora e sancionadora...............................................................78 Sección segunda: Sancións...........................................................................................................79

Artigo 147. Multa. ........................................................................................................................79 Artigo 148. Sancións accesorias. ..............................................................................................79 Artigo 149. Criterios para a graduación das sancións. ........................................................79 Artigo 150. Prescrición das sancións. .......................................................................................80

Sección terceira. Reparación do dano e indemnización..........................................................80 Artigo 151. Reparación do dano e indemnización. .............................................................80 Artigo 152. Multas coercitivas e execución subsidiaria........................................................81

DISPOSICIÓNS ADICIONAIS. .................................................................................................... 82

DISPOSICIÓN ADICIONAL PRIMEIRA. CONCORRENCIA DE EXPEDIENTES SOBRE DESLINDAMENTO DE

MONTES E DELIMITACIÓN DE CONCELLOS. ......................................................................................... 82 DISPOSICIÓN ADICIONAL SEGUNDA. DEFENSA................................................................................... 82 DISPOSICIÓN ADICIONAL TERCEIRA. XESTIÓN DOS MONTES PRO INDIVISO............................................ 82 DISPOSICIÓN ADICIONAL CUARTA. CLASIFICACIÓN COMO VECIÑAIS EN MAN COMÚN DOS MONTES DE

TITULARIDADE MUNICIPAL E USO COMUNAL........................................................................................ 82 DISPOSICIÓN ADICIONAL QUINTA. ADECUACIÓN DAS AVINZAS DE COMUNIDADES DE MONTES

REALIZADAS Á REGULACIÓN ESTABLECIDA NESTA LEI. .......................................................................... 83 DISPOSICIÓN ADICIONAL SEXTA. PREVENCIÓN E DEFENSA CONTRA INCENDIOS FORESTAIS.................... 83 DISPOSICIÓN ADICIONAL SÉTIMA. ELABORACIÓN TÉCNICA DOS INSTRUMENTOS DE PLANIFICACIÓN, ORDENACIÓN E XESTIÓN FORESTAL. ................................................................................................... 83 DISPOSICIÓN ADICIONAL OITAVA. ADSCRICIÓN DO PERSOAL FUNCIONARIO DOS XURADOS PROVINCIAIS. .................................................................................................................................. 83 DISPOSICIÓN ADICIONAL NOVENA. INVENTARIO FORESTAL DE GALIZA................................................ 83

DISPOSICIÓNS TRANSITORIAS................................................................................................... 83

Page 6: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

5

DISPOSICIÓN TRANSITORIA PRIMEIRA. MONTES CON CONSORCIOS OU CON CONVENIOS COA

ADMINISTRACIÓN. ........................................................................................................................... 83 DISPOSICIÓN TRANSITORIA SEGUNDA. INCENTIVOS RESPECTO DOS MONTES NON ORDENADOS. ............ 84 DISPOSICIÓN TRANSITORIA TERCEIRA. PRAZO PARA DOTARSE DO INSTRUMENTO DE XESTIÓN FORESTAL. . 84 DISPOSICIÓN TRANSITORIA CUARTA. INCLUSIÓN NA SECCIÓN DE MONTES ORDENADOS DO REXISTRO FORESTAL DE GALIZA. ...................................................................................................................... 84 DISPOSICIÓN TRANSITORIA QUINTA. AUTORIZACIÓN DE CORTA EN MONTES VECIÑAIS EN MAN COMÚN. 85 DISPOSICIÓN TRANSITORIA SEXTA. MONTES SEN INSTRUMENTO CON APROVEITAMENTOS MADEIRÁBEIS. .. 85 DISPOSICIÓN TRANSITORIA SÉTIMA. REVISIÓN DE CROQUIS DE MONTES VECIÑAIS EN MAN COMÚN. ....... 85 DISPOSICIÓN TRANSITORIA OITAVA. PROCEDEMENTOS DE CLASIFICACIÓN PENDENTES DE RESOLUCIÓN. 85 DISPOSICIÓN TRANSITORIA NOVENA. PROCEDEMENTOS DE DESCATALOGACIÓN EN CURSO. ................ 85 DISPOSICIÓN TRANSITORIA DÉCIMA. PRAZO PARA QUE AS COMUNIDADES DE MONTES ADAPTEN OS SEUS

ESTATUTOS AO DISPOSTO NESTA LEI.................................................................................................... 86 DISPOSICIÓN TRANSITORIA UNDÉCIMA. ADAPTACIÓN DOS PLANS XERAIS DE ORDENACIÓN MUNICIPAL........................................................................................................................................................ 86 DISPOSICIÓN TRANSITORIA DUODÉCIMA. ADAPTACIÓN DOS INSTRUMENTOS DE XESTIÓN..................... 86

DISPOSICIÓNS DERROGATORIAS. ............................................................................................ 86

DISPOSICIÓN DERROGATORIA ÚNICA. ............................................................................................... 86

DISPOSICIÓNS DERRADEIRAS ................................................................................................... 86

DISPOSICIÓN DERRADEIRA PRIMEIRA. HABILITACIÓN NORMATIVA........................................................ 87 DISPOSICIÓN DERRADEIRA SEGUNDA. ENTRADA EN VIGOR. ................................................................ 87

Page 7: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

1

EXPOSICIÓN DE MOTIVOS. (parece necesario incluír un texto de exposición de motivos no que, entre outros aspectos, se indique:

• A fundamentación e os obxectivos da presente lei

• Unha xustificación da inclusión da antiga lei de montes veciñais en man común

• Unha referencia na presente lei da regulamentación de prevención e extinción de incendios forestais.

• Os principios e criterios da xestión forestal sostible aprobados por todos os Estados europeos

• Referencias a importancia do monte no conxunto do territorio de Galicia

• A responsabilidade que asumen os propietarios forestais privados por ser os titulares do 98% da superficie forestal galega e pola súa incidencia social e económica, unha gran parte dos cidadáns galegos son propietarios forestais .....)

• O papel dos bosques galegos como sumidoiros de CO2, reguladores do ciclo da auga, e as externalidades e servizos que presta á sociedade galega.

TÍTULO PRELIMINAR. DISPOSICIÓNS XERAIS, COMPETENCIAS DAS ADMINISTRACIÓNS PÚBLICAS E CLASIFICACIÓN DOS MONTES.

Capítulo I Disposicións xerais.

Artigo 1. Obxecto da Lei.

Esta Lei ten por obxecto a regulación dos montes situados na Comunidade Autónoma de Galiza, consonte á competencia exclusiva que lle atribúen os artigos 27.10 e 27.11 do Estatuto de Autonomía de Galiza.

Artigo 2. Principios da Lei.

Esta Lei inspírase nos seguintes principios: • A xestión sustentábel do monte. • A conservación, protección e restauración dos montes. • O fomento da multifuncionalidade do monte, nos seus aspectos económico, social e

ambiental . • O desenvolvemento socio-económico do medio rural. • A participación dos sectores sociais e económicos implicados na política forestal. • O fomento da valorización dos montes, das producións forestais e dos seus sectores

económicos asociados. • O fomento da produción ordenada de madeira e o valor engadido das súas

transformacións. • A cooperación e colaboración das distintas administracións públicas. • O interese público e social dos montes veciñais e a colaboración coas súas

comunidades. • O interese social da actividade realizada polos selvicultores galegos e a

colaboración cos propietarios forestais no desenvolvemento da súa actividade. • O fomento da diversidade biolóxica dos ecosistemas forestais.

Page 8: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

2

Artigo 3. Concepto de monte.

1. Para os efectos desta Lei, enténdese por monte todo terreo no que vexetan especies forestais arbóreas, arbustivas, de matogueira ou herbáceas, sexa espontaneamente ou procedentes de sementeira ou plantación, que cumpran ou poidan cumprir funcións produtoras, ambientais, protectoras, culturais, paisaxísticas ou recreativas.

2. Teñen tamén a consideración de monte:

a. Os terreos ermos, rochosos e areais.

b. As superficies onde estean situadas as construcións e infraestruturas destinadas ao servizo do monte.

c. Todo terreo que, sen reunir as características descritas anteriormente, se adscriba á finalidade de ser repoboado ou transformado ao uso forestal, de conformidade coa normativa aplicábel.

d. O solo urbanizable delimitado de uso forestal mentres non sexa obxecto de transformación urbanística.

e. Os terreos rústicos de protección agropecuaria mentres persista neles o uso forestal

3. Non terán a consideración de monte ou terreo forestal os terreos dedicados ao cultivo agrícola, os prados, o solo urbano, os núcleos rurais, o dominio publico hidráulico e as zonas de servidume dos cauces fluviais, os demais terreos rústicos de protección agropecuaria e aqueles excluídos pola normativa vixente.

Artigo 4. Función social dos montes.

1. Os montes desenvolven unha función social como fonte de recursos naturais, económicos, didácticos e recreativos, polo que a Administración da Comunidade Autónoma de Galiza procurará a súa conservación, protección, ordenación e mellora, habilitando os medios humanos e materiais que sexan necesarios para manter e potenciar esa función social.

2. A conservación, expansión e aproveitamento das masas forestais, ademais do aproveitamento multifuncional do monte, segundo criterios de xestión forestal sustentabel de acordo co disposto na presente lei é de interese público e social sen prexuizo do réxime de propiedade.

Artigo 5. Definicións.

Aos efectos desta Lei, defínense os seguintes termos: Aproveitamentos forestais: os madeirábeis e leñosos, a biomasa forestal, os de cortiza, pastos, caza, froitos, cogumelos, plantas aromáticas e medicinais, produtos apícolas e os demais produtos e servizos con valor de mercado característicos dos montes. Axente forestal: funcionario que ostenta a condición de axente da autoridade pertencente ás administracións públicas que, de acordo coa súa propia normativa e con independencia da denominación corporativa específica, ten encomendadas, entre outras funcións, as de policía e

Page 9: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

3

custodia dos bens xurídicos de natureza forestal e a de policía xudicial en sentido xenérico tal como establece o apartado 6 do artigo 283 da Lei de axuizamento criminal. Biomasa forestal residual: aqueles restos forestais procedentes de cortas, podas, rozas e outras actividades silvícolas realizadas nos terreos forestais, sen aproveitamento directo na industria de transformación da madeira, e que deben ser valorizados con destino a compostaxe, xeración de enerxía, incorporación como nutrinte ao solo, protección contra a erosión e outros usos forestais. Biomasa forestal primaria: a biomasa forestal residual e a procedente de cultivos enerxéticos con destino a produción enerxética. Bosque: ecosistema maduro e complexo, no que predomina o arborado sobre os outros estratos, componse de especies autóctonas e procede de rexeneración natural. Neste tipo de ecosistemas as actividades humáns foron lixeiras e compatibles coa persistencia dos mesmos. Cambio do uso forestal: toda actuación material derivada do correspondente acto administrativo que faga perder, temporalmente, ao monte o seu carácter de tal. Cadea monte-industria: o conxunto do sector forestal integrado polos propietarios de montes, titulares de dereitos, silvicultores, as entidades que presten servizos forestais, as dedicadas á xestión da biomasa, á execución de aproveitamentos, as persoas provedoras de material forestal de reprodución, ás de comercialización e as industrias de primeira transformación, nas que se inclúen as de serra, chapa, taboleiros, pasta de celulosa e cortiza, e as restantes que transformen produtos forestais procedentes dos montes galegos. Certificación forestal: procedemento voluntario polo que unha terceira parte independente proporciona unha garantía escrita tanto de que a xestión forestal é realizada conforme a criterios de sustentabilidade como de que se realiza un seguimento fiábel dende a orixe dos produtos forestais. Corta: operación silvícola de apeo de árbores. Cultivo enerxético forestal: sementeira ou plantación forestal realizada expresamente con fins enerxéticos. Empresa do sector forestal: persoas físicas ou xurídicas persoa física ou xurídica que dediquen a súa actividade principal ao traballo no monte ou en servizos directamente relacionados. Especie forestal: especie arbórea, arbustiva, de matogueira ou herbácea que é característica do monte. Forestación: repoboación, mediante semente ou plantación, dun terreo que era agrícola ou estaba dedicado a outros usos non forestais. Forestal: todo o relativo aos montes. Instrumentos de xestión forestal: engloban os proxectos de ordenación de montes, plans dasocráticos, plans técnicos, instrumentos de xestión forestal específicos ou outras figuras equivalentes.

Page 10: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

4

Materiais forestais de reprodución: os froitos,sementes, partes de plantas e plantas que se utilizan para a multiplicación das especies forestais e dos seus híbridos artificiais. Monte ordenado: Aos efectos desta Lei o que dispón de instrumento de xestión forestal vixente. Monte periurbán: montes lindantes ou próximos a zonas urbanas e habilitados, na súa totalidade ou en parte, para unha utilización sociorecreativa en canto a accesibilidade, a existencia de infraestruturas e, en xeral, a accións e dotacións que aumenten a súa capacidade de acollida. Multifuncionalidade: todos os distintos usos que se integran nos ámbitos social, ambiental e produtivo do monte. Operadoras de biomasa: persoas físicas, xurídicas ou comunidades de montes dedicadas ao proceso loxístico, parcial ou total, que vai dende a colleita do recurso no monte ate a posta nos parques con destino a produción enerxética e que inclúe as fases de aproveitamento no monte, manipulación e transporte da biomasa. Persoa provedora de material forestal de reprodución: toda persoa, física ou xurídica, que exerza profesionalmente, en relación cos materiais forestais de reprodución, algunhas das seguintes actividades: xestión de campos de plantas nai para a obtención de materiais forestais de reprodución, recolleita,extracción e acondicionamento de sementes, produción, almacenaxe, importación e comercialización ou posta no mercado. Prado: comunidade vexetal espontánea densa e húmida, sempre verde aínda que poda haber certo agostamento no verán, producida polo home ou a acción do pastoreo. Pódese aproveitar por sega ou pastoreo indistintamente. A humidade pode provir da rega. Pastizal: comunidade natural dominada, en xeral, por especies bastas que, por efecto do clima, seca ou agosta no verán. A súa densidade é variable e frecuentemente está salpicado de especies leñosas. Aprovéitase mediante pastoreo extensivo. Pista forestal: camiño, competencia da administración en materia forestal, de uso público ou privado, afirmado ou non, que discorre polo monte e que se utiliza para o seu acceso e a execución de traballos forestais ou outros servizos forestais. Reforestación: a reintrodución de especies forestais, por medio de semente ou plantación, en terreos que xa estiveron poboados forestalmente ata épocas recentes, mais que quedaron rasos por mor de cortas, incendios, vendavais, pragas, enfermidades ou outros motivos. Repoboación forestal: introdución de especies forestais nun terreo mediante sementeira ou plantación. Silvicultor: persoa física que practica silvicultura. Silvicultura: conxunto de técnicas que tratan de obter o máximo rendemento sustentábel dos recursos mediante a conservación, mellora, aproveitamento e rexeneración ou, no seu caso, restauración do monte.

Page 11: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

5

Tala: operación de corta e apeo das árbores. Nome pouco técnico, ás veces ten a acepción de facer desaparecer o arborado, polo que leva a confusión. Unidade de xestión forestal (UXFOR): a superficie forestal, que de acordo coa Lei 3/2007 ten unha extensión mínima de 15 hectáreas e vén obrigada a manter un instrumento de xestión forestal específico e unha rede de infraestruturas preventivas básicas, e que será obxecto de priorización nas accións de fomento forestal. Valorización forestal: as medidas cuxo fin é a consecución do aproveitamento equilibrado e sustentábel no tempo dos distintos usos forestais. Vías de saca: trocha de carácter temporal habilitada como consecuencia de actuación imprescindible para a extracción ou arrastre da madeira dende o lugar de apeo ata cargadeiro ou pista forestal. Xestión: o conxunto de actividades de índole técnica e material relativas á conservación, mellora e aproveitamento do monte. Xestión forestal sustentábel: a organización, administración e uso dos montes de xeito e intensidade que permita manter a súa biodiversidade, produtividade, vitalidade, potencialidade e capacidade de rexeneración, para atender, agora e no futuro, as funcións ecolóxicas, económicas e sociais relevantes , sen producir danos a outros ecosistemas. Xestión pública: aquela que é responsabilidade directa da administración en virtude de contrato de xestión forestal ou legalmente equivalente.

Capítulo II: Competencias das administracións públicas.

Artigo 6. Disposicións xerais.

A Xunta de Galiza respectará os principios e procurará os fins aos que atende esta Lei no desenvolvemento das súas competencias en materia forestal, e cooperará no seu exercicio coas demais Administracións públicas para garantir a execución coordinada das políticas públicas forestais, ambientais e de ordenación do territorio.

Artigo 7. Competencias da administración da Comunidade Autónoma.

1. Correspóndelle á Administración da Comunidade Autónoma de Galiza a determinación e a execución da política forestal a protección e a defensa dos montes, sen prexuízo das competencias propias das demais Administracións públicas en materia forestal.

2. Son competencias exclusivas da Comunidade Autónoma de Galiza en materia forestal:

a. A lexislación forestal no marco dos artigos 27.10 e 27.11 do Estatuto de

Autonomía de Galiza b. A elaboración da política forestal da Comunidade Autónoma. c. A aprobación dos plans de actuación en materia forestal e dos instrumentos de

xestión forestal.

Page 12: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

6

d. As repoboacións e os aproveitamentos no ámbito das súas competencias. e. As cortas en solo urbano ou urbanizable delimitado. f. A xestión do Rexistro Forestal de Galiza que inclúe o Catálogo de Montes de

Utilidade Pública de Galiza, da sección de Montes Protectores de Galiza, da sección dos Montes Veciñais en Man Común de Galiza e doutras seccións en materia forestal que se regulan nesta lei.

g. A defensa da propiedade pública forestal e o exercicio das facultades e dereitos dominicais sobre os montes de titularidade da Comunidade Autónoma.

h. A administración e a xestión dos montes públicos da súa titularidade. i. A xestión dos montes cuxa administración e xestión teña atribuída legalmente. k. A xestión das asignacións procedentes dos fondos comunitarios e doutros

recursos que poida percibir. l. A autorización, suspensión ou supresión de servidumes e o outorgamento de

concesións nos montes públicos da Comunidade Autónoma de Galiza. m. O exercicio da potestade sancionadora en materia forestal respecto de

infraccións cometidas no territorio de Galiza. n. A regulamentación dos usos e aproveitamentos nos montes galegos. o. A prevención e loita contra os incendios forestais. p. As actuacións en materia de sanidade forestal que sexan da súa competencia. q. A promoción da investigación e a educación en materia forestal. r. O exercicio dos dereitos de tenteo e retracto contemplados nesta Lei e demais

dereitos e accións destinadas ao incremento do seu patrimonio forestal. s. A promoción da xestión forestal sustentábel e o fomento do desenvolvemento

ambiental, económico e social do sector forestal en Galiza. t. A supervisión e o fomento das actividades desenvolvidas nos montes veciñais

en man común. u. A xestión e conservación dos recursos xenéticos forestais e o control e

seguimento do material forestal de reprodución empregado nas repoboacións forestais.

v. O asesoramento e a colaboración no desenvolvemento da xestión dos montes veciñais, consonte aos principios desta Lei.

w. A subscrición de convenios coas Administracións Locais para a xestión dos montes públicos.

x. Outras competencias determinadas na normativa sobre montes que lle sexan atribuídas.

3. As competencias da Xunta de Galiza en materia forestal serán exercidas pola consellaría competente en materia forestal, sen prexuízo daquelas atribuídas expresamente a outras consellarías e das reservadas ao Consello da Xunta de Galiza.

4. O Consello da Xunta desenvolverá normativamente as materias que son obxecto de

regulación nesta Lei.

Artigo 8. Competencias das Administracións Locais.

1. As Administracións Locais de Galiza teñen, por únicas competencias en materia forestal, a administración e disposición dos aproveitamentos e terreos forestais da súa titularidade, con arranxo ao disposto nesta Lei, así como aquelas atribucións en materia de prevención e defensa contra incendios forestais que contempla a Lei 3/2007.

Page 13: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

7

2. Todas as autoridades, órganos e axentes das Administracións Locais estarán obrigadas a colaborar coa administración forestal e velarán, no exercicio das súas respectivas atribucións, polo cumprimento do preceptuado nesta Lei e demais normativa aplicábel en materia forestal.

Capítulo III: Clasificación dos montes.

Artigo 9. Montes públicos e montes privados.

1. Segundo a súa titularidade, os montes poden ser públicos ou privados.

2. Son montes públicos os pertencentes ao Estado, á Comunidade Autónoma de Galiza, ás entidades locais e a outras entidades de dereito público.

3. Son montes privados os que pertencen ás persoas físicas ou xurídicas de dereito privado, individualmente ou en copropiedade.

4. Son montes privados en copropiedade, propios do Dereito civil de Galiza:

a. Os montes veciñais en man común situados na comunidade autónoma de Galiza que, con independencia da súa orixe, das súas posibilidades produtivas, do seu aproveitamento actual e da súa vocación agraria, pertenzan a agrupacións veciñais na súa calidade de grupos sociais, e non como entidades administrativas, e que se veñan aproveitando consuetudinariamente en réxime de comunidade sen asignación de cotas polos membros daquelas, na súa condición de veciños con residencia habitual nas entidades de poboación ás que tradicionalmente estivese adscrito o aproveitamento do monte o que conforma o concepto xermánico da propiedade veciñal. No non disposto nesta lei e na normativa regulamentaria que a desenvolva, aplicaráselles o disposto para os montes privados.

b. Os montes abertais, de voces, varas ou fabeo son os conservados en pro

indiviso, nos que os seus copropietarios, sen prexuízo de realizaren en común aproveitamentos secundarios, tiñan ou manteñen o costume de se reunir para repartir entre si porcións determinadas de monte ou searas para o seu aproveitamento privativo. Estas asignacións fanse en tantos lotes como partícipes principais veñen determinados polos títulos ou polo uso inmemorial, e nos que a súa adxudicación se decide pola sorte, sen prexuízo da subdivisión das searas así asignadas consonte as adquisicións hereditarias ou contractuais. Os montes en pro indiviso regúlanse na disposición adicional terceira desta lei.

Artigo 10. Montes de especial protección autonómica.

1. Por razón do seu grao de protección, os montes poderán clasificarse en montes de especial protección autonómica.

2. Son montes de especial protección autonómica os montes públicos ou privados que

sexan declarados como tales polo Consello da Xunta de Galiza por se atopar nalgún dos supostos do artigo 33.

Page 14: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

8

Artigo 11. Montes de dominio público ou demaniais e montes patrimoniais

Os montes públicos clasifícanse en:

1. Montes de dominio público ou demaniais, que integran o dominio público forestal:

a. Montes incluídos no Catálogo de Montes de Utilidade Pública.

b. Montes comunais, pertencentes ás entidades locais, en tanto o seu aproveitamento corresponda ao común dos veciños.

c. Aqueloutros montes que, sen reunir as características anteriores, foran

afectados a un uso ou servizo público.

2. Son montes patrimoniais os de propiedade pública que non sexan demaniais. TÍTULO I. DO REXISTRO FORESTAL DE GALIZA.

Artigo 12. Do Rexistro Forestal de Galiza.

1. Créase o Rexistro Forestal de Galiza, como rexistro administrativo adscrito á consellaría competente en materia forestal, no que se inscribirán o conxunto de datos pertencentes as seguintes seccións:

a. Catálogo de Montes de Utilidade Pública de Galiza: no que se inscriben os

montes declarados de utilidade pública que estean situados dentro do territorio da Comunidade Autónoma de Galiza.

b. De Montes de Especial Protección Autonómica de Galiza: no que se inscribirán aqueles montes que, reunindo as circunstancias establecidas no artigo 33 desta Lei, fosen declarados de especial protección autonómica. Tamén se inscribirán nesta sección as cargas, gravames e demais dereitos reais que soporten os devanditos montes.

c. De Montes Veciñais en Man Común: no que constará unha relación

actualizada dos montes veciñais en man común e da súa situación estatutaria e patrimonial.

d. De dereitos forestais: no que deberán figurar a descrición básica do contido e período de duración dos dereitos e aproveitamentos forestais adquiridos a favor da Administración da Comunidade Autónoma de Galiza ou que deriven da sinatura de convenios cos propietarios.

e. De montes ordenado: no que se inscribirán os montes situados na

Comunidade Autónoma de Galiza que teñan un instrumento de xestión forestal aprobado pola consellaría competente, especificando o instrumento ou instrumentos de xestión que os regula.

Page 15: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

9

f. De persoas provedoras de material forestal de reprodución: no que se inscribirán as persoas provedoras de material forestal de reprodución situadas no ámbito territorial da Comunidade Autónoma de Galiza, según normativa aplicable.

g. De materiais de base para produción de materiais forestais de reprodución: no que se inscribirán os materiais de base para produción de materiais forestais de reprodución según normativa aplicable.

h. De empresas do sector forestal: na que se inscribirán as empresas que desenvolven a súa actividade no sector forestal.

i. De unidades de xestión forestal: na que se inscribirán as unidades de xestión

forestal constituídas e o seu estado ao abeiro da lei 3/2007.

j. De cultivos enerxéticos: na que se inscribirán os cultivos enerxéticos dacordo coa normativa vixente

2. As seccións deste rexistro ou a creación de novas seccións serán obxecto de

desenvolvemento regulamentario. TÍTULO II. RÉXIME XURÍDICO DOS MONTES.

Capítulo I. Réxime xurídico dos montes públicos.

Sección primeira. Montes demaniais.

Artigo 13. Réxime xurídico dos montes demaniais.

Os montes demaniais son inalienábeis, imprescritíbeis e inembargábeis e non están suxeitos a tributo algún que grave a súa titularidade.

Artigo 14. Montes catalogados de utilidade pública.

1. Poderán ser incluídos no Catálogo de Montes de Utilidade Pública os montes públicos comprendidos nalgún dos seguintes supostos:

a. Os que cumpran algunha das características enumeradas no artigo 33 desta lei.

b. Os que, sen reunir plenamente no seu estado actual as características referidas no apartado a), sexan destinados á restauración, repoboación ou mellora forestal cos fins de protección daqueles.

2. O procedemento de declaración de utilidade pública dos montes públicos iniciarase de

oficio pola consellaría competente en materia forestal ou a instancia da entidade propietaria.

Page 16: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

10

3. A declaración de utilidade pública farase mediante decreto do Consello da Xunta, polo procedemento que se estableza regulamentariamente no que deberá ser oída a administración titular, e de ser o caso, os titulares de dereitos sobre os devanditos montes, e implicará a inclusión do monte declarado de utilidade pública no Catálogo de Montes de Utilidade Pública de Galiza.

Artigo 15. Catálogo de Montes de Utilidade Pública de Galiza.

1. O Catálogo de Montes de Utilidade Pública de Galiza adscríbese ao Rexistro forestal de Galiza. O devandito catálogo é público e de carácter administrativo no que se inscriben os montes declarados de utilidade pública que estean situados dentro do territorio da Comunidade Autónoma de Galiza.

2. O Catálogo de Montes de Utilidade Pública de Galiza será xestionado pola consellaría competente en materia forestal que deberá ter permanentemente actualizado e revisado o seu contido.

3. A exclusión total do Catálogo dun monte declarado de utilidade pública só se poderá

acordar cando desaparezan as causas que motivaron esa declaración, seguindo o mesmo procedemento previsto para a devandita declaración.

4. O Consello da Xunta de Galiza, a proposta da consellaría competente en materia

forestal, poderá autorizar a exclusión parcial ou permuta dunha parte non significativa dun monte incluído no Catálogo sempre que supoña unha mellor definición da superficie do monte ou unha mellora para a súa xestión ou conservación.

5. Con carácter excepcional, a Comunidade Autónoma, previo o informe do seu órgano

forestal, e, de ser o caso, da entidade titular, poderá autorizar a exclusión ou permuta dunha parte dun monte catalogado por razóns diferentes das previstas no apartado anterior.

Artigo 16. Efectos xurídicos da inclusión dos montes no catálogo.

1. A inclusión dun monte no Catálogo outorga a presunción posesoria á entidade pública a favor da que estea inscrita, podendo exercer as accións posesorias para a protección e recuperación das partes posuídas indebidamente por terceiros.

2. A titularidade que no catálogo se asigne a un monte só pode impugnarse en xuízo declarativo ordinario de propiedade ante os tribunais civís, non permitíndose o exercicio das accións reais do artículo 250.1.7 de la Ley de Enjuiciamiento Civil.

3. Nos casos nos que se promovan xuízos declarativos ordinarios de propiedade de montes catalogados, será parte demandada a comunidade autónoma, ademais, se é o caso, a entidade titular do monte.

4. A Administración titular ou xestora inscribirá os montes catalogados, así como calquera dereito sobre eles, no Rexistro da Propiedade, mediante certificación acompañada por un plano topográfico do monte ou o levantado para o deslinde, a escala apropiada. Na certificación expedida para a devandita inscrición incluirase a referencia catastral do

Page 17: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

11

inmoble ou inmobles que constitúan o monte catalogado, de acordo coa Lei 48/2002, de 23 de decembro, do Catastro Inmobiliario.

5. Cando un monte catalogado se ache afectado por un expediente do cal poida derivarse outra declaración de demanialidade distinta da forestal, e sen prexuízo do que, no seu caso, dispoña a declaración de impacto ambiental, as Administracións competentes buscarán canles de cooperación ao obxecto de determinar cál de tales declaracións debe prevalecer.

6. No suposto de discrepancia entre as Administracións, resolverá, segundo a Administración que tramitara o expediente, o Consello de Ministros ou o órgano que a comunidade autónoma determine. No caso de que ambas as dúas fosen compatibles, a Administración que xestionara o expediente tramitará, en peza separada, un expediente de concorrencia, para harmonizar o dobre carácter demanial.

7. Cando se trate de montes afectados por obras ou actuacións de interese xeral do Estado, resolverá o Consello de Ministros, oída a comunidade autónoma afectada.

Artigo 17. Desafectación de montes demaniais.

1. A desafectación dos montes do dominio público forestal incluídos no Catálogo de Montes de Utilidade Pública de Galiza requirirá, sen prexuízo do previsto no artigo 18.4 da Lei 43/2003, do 21 de novembro, de Montes, a súa previa exclusión do devandito Catálogo.

2. A desafectación dos restantes montes demaniais tramitarase pola súa Administración

titular e requirirá, en todo caso, o informe favorable da Consellaría competente en materia forestal.

3. Regulamentariamente establecerase o procedemento de desafectación dos montes

demaniais, no que se dará audiencia aos interesados.

Sección segunda. Investigación, recuperación de oficio e deslindamento dos montes demaniais.

Artigo 18. Investigación da titularidade.

1. Os titulares dos montes demaniais investigarán a situación de terreos que se presuman pertencentes ao dominio público forestal, a cuxo efecto poderán solicitar todos os datos e informes que se consideren necesarios.

2. Mediante o exercicio da potestade investigadora, a administración titular do monte de

que se trate, tomará constancia documental sobre a titularidade, cando esta non lle conste anteriormente ou sexa deficiente, establecendo provisionalmente os límites, ámbito da súa extensión e lindeiros dos montes.

Artigo 19. Recuperación posesoria.

Page 18: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

12

1. A recuperación da posesión dos montes públicos da titularidade da Comunidade Autónoma de Galiza que se achen indebidamente posuídos, producirase unha vez adoptado o correspondente acordo polo Consello da Xunta por proposta da consellaría competente en materia forestal.

2. A potestade de decisión executoria relativa á existencia e límites dos propios dereitos da Administración haberá de ampararse na constancia documental do dominio e na presunción posesoria que outorga, de ser o caso, a inclusión no Catálogo de Montes de Utilidade Pública de Galiza, sen que poida ser combatida por accións posesorias ou procedementos especiais.

3. Respectaranse as situacións posesorias amparadas pola presunción de legalidade que concede o Rexistro da Propiedade, nos termos, do artigo 34 da Lei Hipotecaria e as situacións posesorias que proben de modo indubidábel a posesión en concepto de dono, quieta, pacífica e ininterrompida durante máis de trinta anos.Exceptúanse do establecido neste parágrafo os montes de dominio público,que non se poderán adquirir por prescrición adquisitiva ou usucapión en ningún caso.

4. Os titulares de montes patrimoniais poderán exercer a potestade de recuperación posesoria dos posuídos indebidamente por terceiros cando a iniciación do procedemento de recuperación da posesión fose notificada antes de que transcorra o prazo dun ano contado dende o día seguinte á usurpación. Pasado o devandito prazo, para recuperar a posesión destes bens, deberán exercitarse as accións correspondentes ante os órganos da orde xurisdicional civil.

Artigo 20. Disposicións xerais sobre o deslindamento.

1. O deslindamento é o acto administrativo polo que se delimita o monte de titularidade pública e se declara con carácter definitivo o seu estado posesorio, a reserva do que puidese resultar dun xuízo declarativo da propiedade.

2. A potestade de deslindamento administrativo dos montes públicos corresponde á

administración titular dos mesmos.

3. O deslindamento dos montes inscritos no Catálogo de Montes de Utilidade Pública e, en todo caso, o dos montes titularidade da Comunidade Autónoma de Galiza realizarase conforme ao procedemento que se establece nos artigos que seguen.

4. O deslindamento dos montes públicos non catalogados que non sexan titularidade da

Comunidade Autónoma de Galiza efectuarase consonte ao procedemento que determinen as respectivas administracións públicas titulares.

5. A petición das devanditas administracións, e ás súas expensas, a consellaría

competente en materia forestal galega poderá deslindar os montes pertencentes a elas consonte ao procedemento previsto nos artigos seguintes.

Artigo 21. Iniciación do procedemento de deslindamento.

1. Todo acordo de inicio de deslindamento deberá ir precedido dunha memoria que o xustifique, e que describa de maneira xeral o monte, especificando os seus lindeiros,

Page 19: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

13

enclaves, colindancias, perímetros e superficies, así como os datos relativos á súa titularidade.

2. O expediente de deslindamento iniciarase por orde da consellaría competente en

materia forestal, de oficio ou a instancia das entidades públicas propietarias dos montes ou dos propietarios privados dos predios lindantes ou titulares de dereitos reais sobre os mesmos e anunciarase no Diario Oficial de Galiza e por edictos nos concellos, sen prexuízo da súa notificación persoal aos lindantes e interesados coñecidos.

3. Por lei fixarase a participación económica da consellaría competente en materia forestal

e dos propietarios privados, que unicamente satisfarán o seu custo cando o deslindamento se inicie a instancia deles.

4. A publicación do acordo de inicio do expediente de deslindamento facultará á consellaría

competente en materia forestal para promover os traballos de toma de datos e apeos necesarios, instalar fitos e sinais e solicitar dos afectados os documentos que acrediten a titularidade dos dereitos sobre os predios.

5. A iniciación do expediente de deslindamento poderá implicar a suspensión do

outorgamento de servidumes, ocupacións, concesións ou licenzas de uso ou calquera outras medidas provisionais que se consideren oportunas para protexer a efectividade do acto de deslindamento, que, de ser o caso, puidera aprobarse. A aprobación do deslindamento implicará o levantamento da suspensión no caso no que non resultase alterada a superficie ou condicións do predio sobre o que estaba concedida.

6. Regulamentariamente desenvolverase o procedemento de deslindamento e fixaranse os órganos competentes para a instrución e aprobación do mesmo, así como o procedemento de resolución de conflitos cando o deslindamento afecte a montes públicos de distintas administracións.

Artigo 22. Apeo.

1. O apeo é o recoñecemento sobre o terreo das parcelas para establecer a localización exacta dos seus límites.

2. O trámite do apeo iniciarase tras a aprobación da memoria de deslindamento.A estes

efectos, publicaranse anuncios no Diario Oficial de Galiza e no taboleiro de anuncios dos concellos onde radique o monte,e en dous periódicos de máxima difusión nos devanditos concellos.Os devanditos anuncios conterán como mínimo:

a. Emprazamento aos lindantes e a quen acredite un interese lexítimo para

comparecer nas sesións de apeo, que deberán presentar, na oficina da consellaría competente para o deslindamento, os documentos que xustifiquen a súa lexitimación para personarse no expediente no prazo de trinta días hábiles.

b. Determinación das datas das distintas sesións de apeos.

3. Notificación aos interesados coñecidos de que as declaracións sobre os apeos haberán

de formularse, para que consten en acta, na data e lugar no que aqueles se realicen, co fin de evitar novos recoñecementos sobre o terreo.

Page 20: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

14

4. Cando os interesados no expediente acheguen títulos de propiedade inscritos no

Rexistro da Propiedade, o órgano que tramite o expediente dirixirase ao rexistrador co fin de que practique a anotación preventiva de deslindamento.

5. Regulamentariamente desenvolverase o procedemento do trámite de apeo.

6. Finalizado o apeo, elaborarase un informe do que se dará trámite de audiencia polo

prazo de dous meses a todos os interesados no expediente.

7. Formuladas, no seu caso, as oportunas alegacións, e previo informe da asesoría xurídica da consellaría competente en materia forestal, elevarase a proposta ao conselleiro competente en materia forestal.

Artigo 23. Aprobación do deslindamento.

1. Os deslindamentos deberán aprobarse considerando os documentos acreditativos ou situacións de posesión cualificada que acrediten a titularidade pública do monte obxecto do deslindamento, e establecerán os límites coas súas cabidas e plano, debendo concretarse, igualmente, os gravames existentes.

2. A resolución aprobatoria do deslindamento publicarase no Diario Oficial de Galiza,

notificarase debidamente aos interesados e lindantes coñecidos e comunicarase ao Rexistro da Propiedade e ao Catálogo de Montes de Utilidade Pública de Galiza.

3. A resolución é recorríbel, polos interesados e lindantes, perante a xurisdición

contencioso-administrativa cando estea esgotada a vía administrativa por razóns de competencia ou procedemento, e perante a xurisdición civil se o que se discute é o dominio, a posesión ou calquera outro dereito real.

4. A resolución aprobatoria do deslindamento, que haberá de cumprir cos requisitos que

para a súa inscrición esixa a lexislación hipotecaria, logo de ser definitiva na vía administrativa, producirá os seguintes efectos:

a. Delimita o monte de titularidade pública e declara con carácter definitivo o seu

estado posesorio, a reserva do que puidese resultar dun xuízo declarativo da propiedade.

b. É título abondo para a inmatriculación do monte no Rexistro da Propiedade.

c. É título abondo para a cancelación das anotacións practicadas con motivo do deslindamento en terreos non atribuídos ao monte no deslindamento.

d. É título abondo para a inscrición de rectificación da descrición dos terreos afectados e, en concreto, a rectificación de situacións contraditorias co deslindamento que non se achen amparadas polo artigo 34 da Lei Hipotecaria, incluíndo o cambio de titularidade e a cancelación de inscricións rexistrais.

5. A consellaría competente en materia forestal comunicará ao Catastro Inmobiliario todos os datos e antecedentes relativos ao deslindamento.

Page 21: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

15

6. Non obstante, a resolución aprobatoria do deslindamento non é título abondo para rectificar os dereitos anteriormente inscritos a favor dos terceiros aos que se refire o artigo 34 da Lei Hipotecaria.

Artigo 24. Colocación de marcos.

Firme o acordo aprobatorio do deslindamento, procederase á colocación dos marcos do monte, consonte ao procedemento e tipoloxía de marco, que regulamentariamente se determine, no que participarán os interesados.

Sección terceira. Dereito de adquisición preferente e principio de compensación.

Artigo 25. Adquisición de montes.

1. A Comunidade Autónoma de Galiza poderá incrementar a súa propiedade forestal

adquirindo os montes ou os dereitos sobre estes que máis axeitadamente poidan servir ao cumprimento dos obxectivos desta Lei, a través de calquera negocio xurídico oneroso ou gratuíto válido en dereito.

2. A Comunidade Autónoma de Galiza terá dereito de adquisición preferente, con

excepción do disposto no apartado 3 do presente artigo, nos seguintes casos de transmisións onerosas:

a. De montes de superficie igual ou superior a 25 hectáreas.

b. De montes declarados de especial protección autonómica consonte ao artigo 33 desta Lei.

3. No caso de predios ou montes enclavados nun monte público ou lindantes con él, o

dereito de adquisición preferente corresponderá á administración titular do monte lindante que contén o enclavado. No caso de montes lindantes con outros pertencentes a distintas administracións públicas, terá prioridade no exercicio do dereito de adquisición preferente aquela cuxo monte teña un maior linde común co monte en cuestión.

4. Para posibilitar o exercicio do dereito de adquisición preferente a través da acción de

tenteo, o transmitinte deberá notificar fidedignamente á administración pública titular deste dereito os datos sobre os prezos e as características da proxectada transmisión. Esta disporá dun prazo de tres meses, a partir da data de notificación, para exercitar o dereito, mediante o pagamento ou a consignación do seu importe nas referidas condicións.

5. Os notarios e rexistradores da propiedade non autorizarán nin inscribirán,

respectivamente, as correspondentes escrituras sen que se lles acredite previamente a práctica da devandita notificación de forma fidedigna.

6. De levarse a efecto a transmisión sen a comunicación previa ou sen seguir as

condicións reflectidas nela, a administración titular do dereito de adquisición preferente poderá exercer a acción de retracto no prazo dun ano contado desde a inscrición da

Page 22: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

16

transmisión no Rexistro da Propiedade ou, no seu defecto, dende que a administración tivera coñecemento das condicións reais da devandita transmisión.

7. O dereito de retracto ao que se refire este artigo é preferente a calquera outro

establecido no ordeamento xurídico.

Artigo 26. Principio de compensación.

1. Calquera diminución ou ocupación no monte producido por mor de actuacións urbanísticas, obras e servizos públicos ou de ocupacións temporais por prazo superior a quince anos, incluíndo actividades mineiras, ou aquelas cunha ocupación de secuela permanente, deberá ser compensada polo promotor cunha actuación de índole forestal. Neste caso a superficie da actuación será polo menos a mesma que provocou a diminución ou ocupación do monte. Seralle tamén de obrigado cumprimento ao promotor a reposición de marras, coidados culturais e o respecto das medidas de prevención e protección contra os incendios forestais segundo a norma vixente na materia, ate o total establecemento da masa. A devandita compensación ou actuación farase nos termos que regulamentariamente se establezan.

2. No caso de que a compensación consista nunha actuación de índole forestal,a superficie

da devandita actuación será polo menos a mesma que provocou a diminución ou ocupación do monte. Seranlle tamén de obrigado cumprimento ao promotor a reposición de marras, coidados culturais e o respecto das medidas de prevención e protección contra os incendios forestais segundo a norma vixente na materia, ate o total establecemento da masa.

3. A ocupación de calquera superficie forestal por mor de calquera actuación urbanística,

edificación e dotación de equipamentos, obriga ao promotor á adquisición dos terreos circundantes que garantan a protección contra incendios nas condicións que establece o artigo 23 da Lei 3/2007 de prevención e defensa contra incendios forestais de Galiza.

Sección cuarta. Inscrición no Rexistro da Propiedade.

Artigo 27. Inscrición no Rexistro da Propiedade.

1. A titularidade dos montes de dominio público inscribirase no Rexistro da Propiedade, promovéndose a súa inmatriculación ou a súa inscrición pola administración titular, debendo inscribirse tamén os actos de deslindamento e amolloamento así como calquera dereito real constituído ou que puidese afectar esa titularidade.

2. A inscrición practicarase na forma establecida no artigo 18.3 da Lei 43/2003, do 21 de

novembro, de montes ou, cando fose necesario, consonte ao disposto na lexislación sobre patrimonio das administracións públicas, na lexislación hipotecaria ou na lexislación sobre catastro inmobiliario.

Page 23: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

17

3. Nas certificacións que a tal fin expida a consellaría competente en materia forestal deberá completarse a identificación do terreo mediante a incorporación dunha base gráfica ou mediante a súa definición topográfica conforme a un sistema de coordenadas xeográficas.

4. No caso de que a inmatriculación ou inscrición se promova pola administración titular

dun monte catalogado, a inscrición efectiva deberase poñer en coñecemento da consellaría competente en materia forestal.

Sección quinta. Réxime xurídico dos montes patrimoniais.

Artigo 28. Réxime xurídico dos montes patrimoniais.

1. Os montes patrimoniais poderán ser usucapidos pola posesión en concepto de dono, pública, pacífica e non interrompida durante un período de trinta anos.

2. Entenderase interrompida a posesión a efectos da usucapión pola realización de

aproveitamentos forestais, pola iniciación de expedientes sancionadores ou por calquera acto posesorio realizado pola Administración propietaria do monte.

Capítulo II. Réxime xurídico dos montes privados.

Artigo 29. Xestión dos montes privados.

1. Os montes de propiedade privada xestionaranse polo seu titular.

2. Os titulares destes montes poderán, sen prexuízo da súa xestión directa, crear unidades de xestión forestal ou contratar a súa xestión con persoas físicas ou xurídicas de dereito público ou privado ou coa Administración da Comunidade Autónoma de Galiza.

3. A consellaría competente en materia forestal, poderá establecer de mutuo acordo cos

propietarios dos montes, contratos de xestión forestal que procuren o coidado e a xestión forestal sustentábel dos montes que sexan obxecto destes acordos.

4. A xestión, os aproveitamentos e os usos en montes ou unidades de xestión forestal de

tamaño superior ás 15 hectáreas realizaranse cumprindo co instrumento de xestión forestal aprobado pola consellaría competente en materia forestal, que así mesmo supervisará a aplicación deses instrumentos.

5. A consellaría competente en materia forestal obterá dos propietarios dos montes

privados a información necesaria para elaborar un inventario de montes privados.

Artigo 30. Deberes dos propietarios de montes privados.

Son deberes específicos dos propietarios dos montes privados:

Page 24: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

18

1. A valorización ou, no seu caso, a trituración para incorporar como nutrinte do solo, ou outra xestión da biomasa forestal residual que aseguren o control da erosión, a sustentabilidade dos ecosistemas forestais e a prevención de incendios forestais, de acordo cos procedementos e excepcións que regulamentariamente se establezan.

2. A eliminación dos residuos e lixos resultantes das obras, usos, servizos e aproveitamentos que poidan afectar ao monte cando foran depositados pola súa actividade e a denuncia ás autoridades competentes cando os residuos e lixo foran depositados por persoas alleas á propiedade.

3. O control fitosanitario consonte á normativa vixente de sanidade vexetal e ás disposicións desta lei.

4. A toma de medidas preventivas e de control respecto de calquera tipo de dano, nomeadamente, contra os incendios forestais.

5. A conservación da biodiversidade, do réxime hidrolóxico e demais valores ambientais dos montes.

6. A conservación e o mantemento do solo natural e no seu caso da masa vexetal nas condicións precisas que eviten a erosión e os incendios, impedindo a contaminación da terra, o aire e a auga.

7. O mantemento do uso forestal dos seus montes, agás resolución administrativa nos termos previstos nesta Lei.

8. A colaboración nas actividades de inspección e control da Administración sobre os montes.

9. A información á consellaría competente en materia forestal da Comunidade Autónoma de Galiza de todos aqueles datos necesarios para conformar e actualizar o Rexistro Forestal de Galiza e para a formación da estatística forestal.

10. O cumprimento no seu caso, do instrumento de xestión forestal.

Artigo 31. Dereitos dos propietarios de montes privados.

Son dereitos específicos dos propietarios dos montes privados:

11. O aproveitamento sustentábel dos recursos existentes nos montes.

12. A elección do uso ou usos do monte de acordo cos preceptos desta lei.

13. As compensacións por usos e aproveitamentos derivados das figuras de protección ou de utilización pública dos montes privados.

14. A protección axeitada das súas propiedades para aproveitar de forma axeitada os seus recursos,de acordo coa lexislación vixente.

15. A limitación da circulación de vehículos polas vías de saca ou camiños de servizo de propiedade privada.

16. A xestión do seu monte, nos termos previstos nesta lei e demais lexislación aplicable.

17. A elaboración dos instrumentos de xestión forestal nas súas propiedades.

Artigo 32. Límite á segregación de montes.

1. Serán indivisíbeis, agás por causa non imputábel ao propietario, as parcelas forestais de superficie igual ou inferior a 15 hectáreas.

Page 25: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

19

2. Nas concentracións parcelarias de monte non se permitirá a segregación de parcelas

que dea como resultado a obtención de parcelas forestais de superficie inferior ás 15 hectáreas.

Capítulo III. Réxime xurídico dos montes de especial protección autonómica.

Artigo 33. Declaración de montes de especial protección autonómica

1. Poderán ser declarados montes de especial protección autonómica aqueles montes ou terreos forestais de propiedade pública ou privada que presenten algunhas das seguintes características:

a. Os situados en cabeceiras de vacías hidrográficas e aqueloutros que contribúan

decisivamente á regulación do réxime hidrolóxico, evitando ou reducindo aludes, riadas e inundacións, e defendendo poboacións, cultivos ou infraestruturas.

b. Os que se atopen nas áreas de actuación prioritaria para os traballos de conservación de solos fronte a procesos de erosión e de corrección hidrolóxico- forestal e, en especial, as dunas continentais.

c. Os que eviten ou reduzan os desprendementos de terras ou rochas e o aterramento de embalses e aqueles que protexan poboacións, cultivos e infraestruturas contra o vento.

d. Os que se atopen nos perímetros de protección das captacións públicas superciais ou subterráneas de auga, ou do abastecemento de núcleos de poboación.

e. Os que se atopen formando parte daqueles vales fluviais de interese ambiental por fortes pendentes, orientacións expostas, ou vexetación natural de interese, que se inclúan nun plan hidrolóxico ou se estime a súa importancia e valor pola consellaría competente en materia forestal ou ambiental.

f. Os que estean situados en áreas forestais declaradas de protección dentro dun Plan de Ordenación de Recursos Naturais ou dun Plan de Ordenación de Recursos Forestais de conformidade co disposto no artigo 31 da Lei 43/2003, do 21 de novembro, de montes.

g. Os que poidan constituír vieiros ecolóxicos entre montes de interese ou con algunha figura de protección, a través de fondos de valgada, canellas, liñas de cumios e outras vías de comunicación natural, cos obxectivos de evitar o illamento de poboacións, fomentar a biodiversidade, crear e manter áreas cortalumes.

h. Os que contribúan de maneira decisiva á conservación da diversidade biolóxica, a través do mantemento dos sistemas ecolóxicos, a protección da flora e da fauna ou a preservación da diversidade xenética.

i. Os que presenten unha especial significación polos seus valores forestais.

Page 26: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

20

k. Os montes de especial significación para a obtención de materiais forestais de reprodución incluídos na Rede de Areas Forestais Xenéticas.

2. A declaración do monte de especial protección autonómica iniciarase de oficio ou a instancia do seu titular e farase, a proposta do órgano con competencias en materia forestal, polo Consello da Xunta mediante decreto, previo o expediente no que serán oídos os propietarios, os titulares de dereitos de aproveitamentos, e a entidade local onde radique. Igual procedemento seguirase para a desclasificación cando as circunstancias que determinaron a súa inclusión tiveran desaparecido.

3. Regulamentariamente establecerase o procedemento de clasificación e desclasificación dos montes de especial protección autonómica.

Artigo 34. Montes de especial protección autonómica de titularidade privada.

1. A xestión destes montes corresponde aos seus propietarios, que deberán presentar á consellaría competente en materia forestal para a súa aprobación o correspondente instrumento de xestión forestal, no caso de non dispor do mesmo.

2. As limitacións que se establezan na xestión destes montes por razón das funcións ambientais, de protección ou sociais que cumpran, poderán ser compensadas economicamente nos termos previstos nesta Lei e nas disposicións que a desenvolvan.

Capítulo IV. Réxime xurídico dos montes veciñais en man común.

Sección primeira: natureza.

Artigo 35. Natureza dos montes veciñais en man común.

1. Os montes veciñais en man común teñen natureza especial, de carácter xermánico, derivada desta propiedade en común, suxeita ás limitacións de indivisibilidade, inalienabilidade, imprescriptibilidade e inembargabilidade.

2. Non están suxeitos a ningunha contribución de base territorial nin á cota empresarial da

Seguridade Social.

Artigo 36. Propiedade dos montes veciñais en man común.

1. A propiedade dos montes veciñais en man común, con independencia da súa orixe é de carácter xermánico, de natureza privada e colectiva segundo definen os dous parágrafos seguintes deste artigo.

2. A titularidade dominical e aproveitamento, sen asignación de cotas, é da comunidade de

montes.

3. A comunidade de montes entenderase composta polos veciños que a integren en cada momento.

Artigo 37. Condición de veciño comuneiro

Page 27: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

21

1. Terán a condición de veciños comuneiros aquelas persoas físicas titulares de unidades económicas, produtivas ou de consumo, con casa aberta e residencia habitual independente, dentro da área xeográfica sobre a que se asente o grupo social ao que tradicionalmente estivese adscrito o aproveitamento do monte.

2. Os estatutos da comunidade de montes poderán establecer un prazo mínimo de

residencia para adquirir a condición de veciño comuneiro, que en ningún caso, poderá ser inferior a un ano nin superior a dous anos.

3. Non se poderá eximir o cumprimento do requisito de residencia habitual salvo causas

xustificadas e contempladas nos estatutos da respectiva comunidade de montes. A exención deste requisito non poderá superar os tres meses en cada ano natural.

4. Con carácter excepcional, a comunidade de montes mediante acordo da súa asemblea

xeral, poderá considerar, en cada caso, a condición como veciño comuneiro daquelas persoas que manteñan unha residencia discontinua de carácter periódico. Tal condición deberá estar contemplada nos estatutos da comunidade de montes.

5. A condición de veciño comuneiro perderase desde o momento en que deixen de

cumprirse os requisitos esixidos para a integración na comunidade de montes, ou polo incumprimento reiterado e inxustificado dos deberes legais estatutariamente establecidos. En todo caso, a perda desta condición deberá ser acordada pola asemblea xeral, tras a súa inclusión na orde do día, con expresión individualizada das persoas afectadas e sempre con audiencia destas.

Artigo 38. Capacidade xurídica da comunidade de montes.

1. A comunidade de montes ten plena capacidade xurídica para o cumprimento dos seus fins e a defensa dos seus dereitos sobre o monte e os seus aproveitamentos. , así como sobre a súa administración, disposición e actos derivados.

2. Así mesmo a Comunidade de montes ten plena capacidade xurídica para a realización

de todos aqueles actos e negocios xurídicos que teñan por obxecto obras ou servizos comunitarios e, en xeral, para todos aqueles actos e negocios xurídicos que redunden en beneficio da comunidade, de acordo co que decida en cada momento a súa asamblea xeral.

3. De extinguirse a comunidade de montes por causas independentes da súa vontade, transitoriamente e ata que non se configure a nova Comunidade, estarase ao disposto no artigo 70 da presente Lei.

Sección segunda: Aproveitamentos e actos de disposición.

Subsección primeira: Aproveitamentos do monte veciñal.

Artigo 39. Aproveitamento e desfrute.

Page 28: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

22

1. O aproveitamento e desfrute dos montes veciñais en man común corresponde á comunidade de montes titular do monte e realizarase consonte os instrumentos de xestión forestal, as normas recollidas nos estatutos da comunidade de montes, esta Lei e as disposicións que a desenvolvan.

2. Os rendementos do monte dedicaranse, en todo ou en parte, e consonte ó disposto nos estatutos ou ó acordado na Asemblea Xeral, a inversións no propio monte, a obras ou servizos comunitarios con criterios de reparto proporcional entre os diversos lugares, ou ao reparto en partes iguais entre todos os veciños comuneiros.Os rendementos non individualizábeis repartiranse en partes iguais entre todos os veciños comuneiros.

3. Na decisión sobre o destino dos rendementos respectarase sempre a cota de

investimentos en mellora e protección do monte establecida nesta Lei.

4. Cando os aproveitamentos dos montes veciñais en man común sexan obxecto de gravame, a execución só se poderá dirixir contra os aproveitamentos ou as rendas que se puidesen derivar da súa cesión feita consonte o disposto nesta Lei.

Artigo 40. Cota de investimentos en mellora e protección do monte.

1. Os estatutos da comunidade de montes fixarán unha cota de investimentos con destino á mellora e protección do monte de acordo, no seu caso, co especificado no instrumento de xestión forestal e que, en ningún caso, será inferior ao vinte e cinco por cento de todos os ingresos producidos polo monte. Esta cantidade será destinada preferentemente (non se incluíu) ao cumprimento do instrumento de xestión forestal e, en caso de non contar co devandito instrumento, á redacción do mesmo de xeito prioritario. De igual xeito, será destinada ao cumprimento do disposto na Lei 3/2007 de prevención e defensa contra incendios forestais.

2. A cota de investimento poderá xustificarse en varios períodos impositivos en función da

irregularidade dos ingresos e dos gastos da comunidade de montes por medio dun plan de investimentos aprobado en asemblea xeral, e que deberá ser aprobado pola administración tributaria segundo a lei 16/2007, e sempre que se cumpra o disposto no Instrumento de xestión forestal. (a modificación proposta débese a que a aprobación do plan por parte da administración tributaria só é necesaria cando o periódo de reinvestimento supera os catro anos)

3. No caso de ingresos tales como expropiacións, actos de disposición ou calquera outro ingreso extraordinario, poderase xustificar un investimento inferior ao vinte e cinco por cento destas cantidades, sempre e cando o monte estea ordenado, cumpra todos os requisitos legais establecidos pola Lei 3/2007, de 9 de abril, de prevención e defensa contra os incendios forestais de Galiza e demais lexislación concorrente, e non precise traballos especiais derivados do feito que provocou o ingreso.

4. No primeiro semestre de cada ano natural a comunidade de montes titular do monte

xustificará ante presentará ante a consellaría competente en materia forestal as contas anuais para verificar a realización dos investimentos previstos de acordo cos parágrafos anteriores. A non presentación das contas anualmente impediralle ser obxecto de subvencións en tanto non se rendan aquelas. (a modificación proposta é unha cuestión de forma para clarificar o significado do punto).

Page 29: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

23

Artigo 41. Lotes, sortes ou parcelas para o aproveitamento gandeiro e agrícola.

1. A comunidade de montes, respectando os instrumentos de xestión forestal vixentes, poderá acordar que parte do monte se aproveitará de xeito individual, para usos gandeiros ou agrícolas por medio da distribución entre os veciños comuneiros de lotes, sortes ou parcelas cedidos temporalmente a título oneroso ou gratuíto e polo período que establezan os estatutos, que deberá ser como mínimo de 5 anos e como máximo de 30 anos, sempre que a parte que se pretenda aproveitar de xeito individual non sexa inferior á unidade mínima de cultivo.

2. O acordo da asemblea no que conste o aproveitamento individual, xunto coa autorización da delegación provincial, no caso de que o aproveitamento supoña arroteamento de terreo forestal a pastizal ou cultivo agrícola, debe ser inscrito na sección de Montes Veciñais en Man Común,do Rexistro Forestal de Galiza.

3. Os veciños comuneiros que traballen conxuntamente baixo a fórmula de explotación comunitaria da terra terán preferencia na asignación de lotes contiguos.

4. Producirase a reversión inmediata do lote, sorte ou parcela e a volta á situación de aproveitamento colectivo cando o veciño comuneiro ao que correspondía o devandito lote, sorte ou parcela o destinara, sen consentimento da comunidade de montes, a un uso diferente ou contraditorio do acordado pola comunidade de montes. Esta reversión non suporá o aboamento nin suporá carga, nin dereito a indemnización para o cesionario.

5. Rematado o período de cesión, a comunidade de montes poderá facer un novo reparto ou decidir o aproveitamento común. No caso de aproveitamento individual, o cesionario non poderá aproveitar a mesma parcela que no anterior reparto.

6. Os lotes, sortes ou parcelas en terreos forestais nos que fixo o arroteamento non perderán o seu uso forestal.

7. A distribución de lotes, sortes ou parcelas e as súas reversións quedarán documentadas por escrito no libro de actas da asemblea xeral e mediante plano topográfico a escala axeitada.

8. A comunidade de montes procurará que as parcelas cedidas estean correctamente xestionadas e que os criterios de reparto permitan atender a demanda de lotes polos que adquiran a condición de veciños comuneiros tras a distribución.

Subsección segunda: Actos de disposición.

Artigo 42. Actos de disposición en montes veciñais en man común.

1. De acordo coa comunidade de montes a administración forestal poderá dar carácter público a aqueles usos respectuosos co medio natural, sempre que se realicen sen ánimo de lucro e de acordo coa normativa vixente, en particular co previsto nos instrumentos de planificación e xestión aplicables, e cando sexan compatibles cos aproveitamentos, autorizacións ou concesións legalmente establecidos.

Page 30: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

24

2. De acordo coa comunidade de montes a administración forestal poderá autorizar aquelas actividades que non supoñan un uso privativo da propiedade veciñal mediante resolución da delegación provincial da consellaría de medio rural competente en materia forestal. No expediente garantirase a audiencia aos eventuais beneficiarios da ocupación ou servidume.

3. A administración forestal someterá a outorgamento de concesión todas aquelas actividades que impliquen unha utilización privativa dos montes veciñais, previo o expediente no que se acredite a súa compatibilidade coa persistencia dos valores naturais do monte. No expediente garantirase a audiencia aos eventuais beneficiarios da actividade. O outorgamento de concesión deberá contar, en todo caso, coa aprobación previa da comunidade de montes. (Non procede porque xa está regulado en cada un dos actos de disposición: contratos de cesión, dereito de superficie ou arrendamento e tambén na posibilidade de lotes o suertes para aproveitamentos de xeito individual)

4. Cando sexa preceptiva a obtención de autorización para o acto de disposición, e se constate que se iniciaron actuacións obxecto do acto dispositivo, sen perxuízo de que se incoe o oportuno procedemento sancionador, procederase a paralización inmediata da obra ou da actividade que se esté a desenvolver.

5. No procedemento que se siga para a obtención da autorización, cando esta sexa precisa, solicitarase polo órgano que tramite, certificación da sección de Montes Veciñais en Man Común,do Rexistro Forestal de Galiza., na que conste a situación do monte.

6. Será precisa a autorización da administración forestal con carácter previo se a comunidade de montes ten subscrito un acordo, convenio ou consorcio, coa administración pública na zona afectada polo acto de disposición.

7. Os actos de disposición inscribiranse na sección de Montes Veciñais en Man Común,do Rexistro Forestal de Galiza no prazo de tres meses dende o día seguinte ao da súa sinatura.

Artigo 43. Cesión.

1. Os montes veciñais en man común poderán ser obxecto de cesión temporal, en todo ou en parte, a título oneroso ou gratuíto, logo da autorización da consellería competente en materia forestal, para obras, instalacións, con excepción daquelas instalacións de mellora cinexética de carácter temporal, explotacións de diversa índole, servizos ou outros fins que redunden en beneficio directo da comunidade de montes. (Esta excepción particular no ven ao caso neste punto)

2. Para a emisión da autorización, deberá xustificarse pola comunidade o beneficio que obterá esta, e de ser exclusivamente económico como se vai destinar á mellora do monte ou ao establecemento de obras e servizos de interese xeral para a comunidade propietaria.

3. A cesión poderase establecer por un prazo máximo de trinta anos se é a favor de particulares, ou por tempo indefinido se é en beneficio de calquera das administracións públicas cando sexa destinada a equipamentos a favor da propia comunidade, e mentres se manteña o fin para o que foi feita a cesión.

Page 31: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

25

Artigo 44. Servidumes.

1. Poderanse establecer servidumes, logo de expediente no que se acredite a compatibilidade co fin do monte así como a utilidade pública ou o interese social daquelas.

2. Regulamentariamente determinarase o procedemento a seguir para a autorización do establecemento de servidumes, debendo elaborarse unha memoria, na que quede determinada a extensión puramente indispensable, a imposibilidade da súa localización fóra do monte e os danos e perdas que se poidan producir e que valorados, xustificarán o prezo da servidume. En todo caso, darase audiencia no expediente aos eventuais beneficiarios da servidume e á comunidade de montes.

3. O consentimento da comunidade de montes é necesario para autorizar as servidumes nos montes. Cando esta se opoña sen máis trámite, darase por concluído o procedemento.

Artigo 45. Dereitos de superficie

1. A comunidade de montes poderá establecer dereitos de superficie con destino a instalacións ou edificacións, a produccións agrícolas e gandeiras ou a producións forestais non madeirábeis, por un mínimo de cinco anos e un máximo de trinta anos, pasando a ela, ao caducalo dereito, a propiedade de todo o instalado, edificado ou plantado, sen que se xere dereito a indemnización. Cumprido o prazo do dereito de superficie, as melloras e instalacións que non foran de interese para a xestión do monte veciñal deberán ser desmanteladas polo titular do dereito de superficie deixando o terreo nas condicións idóneas para recuperar a actividae anterior.

2. No caso de aproveitamentos forestais de arborado, a Comunidade de montes non poderá concertar prazos superiores aos correspondentes a unha única quenda de especie plantada trinta anos, agás cando a quenda da espécie plantada sexa maior, nin para outra clase de aproveitamentos ca o da corta do arborado plantado salvo que así se recolla expresamente no contrato.

3. A constitución deste dereito, que ten que formalizarase en escritura pública e inscribirse no Rexistro da Propiedade, será transmisible e susceptible de gravame, e rexerase polo título constitutivo do dereito, pola presente Lei e subsidiariamente, polas normas do Dereito Privado.

4. Se o dereito de superficie afectase só a unha parte do monte veciñal, deberase practicala correspondente delimitación para os efectos de inscrición daquel dereito.

5. A comunidade comunicará a celebración do contrato e o seu contido á administración forestal.

Artigo 46. Expropiación forzosa.

1. Os montes veciñais en man común poderán ser obxecto de expropiación forzosa por causa de utilidade pública ou interese social prevalente á do propio monte veciñal a medio de declaración expresa do Consello da Xunta de Galiza, logo de informe da consellaría competente por razón da materia e de audiencia ás comunidades de veciños afectadas.

Page 32: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

26

2. O importe das cantidades aboadas pola expropiación ou servidume haberá de

destinarse á mellora do monte, ao establecemento de obras ou servizos de interese xeral da comunidade de montes ou, na súa imposibilidade, ao reparto entre os comuneiros, de acordo co previsto nos estatutos ou co decidido pola comunidade.

3. As cantidades anteriormente sinaladas tamén poderán ser destinadas para a adquisición

de terreos forestais ó obxecto de compensar a superficie expropiada. Neste caso deberase proceder á clasificación destes novos terreos como monte veciñal en man común.

4. De quedar o monte fóra da titularidade da comunidade de montes, esta subsistirá para o

exercicio dos dereitos que lle correspondan e como titular do eventual dereito de reversión.

Artigo 47. Permutas.

1. Será posíbel permutar terreos integrantes dun monte veciñal en man común por outros terreos limítrofes de valor similar cando sexa necesario por razóns de utilidade pública, interese social ou para a mellora do propio monte.

2. Para a realización das permutas será necesario a autorización da consellaría

competente en materia forestal sobre a similitude dos terreos permutados e a colindancia co monte veciñal dos terreos a permutar.

3. A comunidade de montes dará traslado da permuta ao Xurado de Montes Veciñais de

Galiza e a sección de Montes Veciñais en Man Común, do Rexistro Forestal de Galiza.

Artigo 48. Arrendamentos.

1. Os montes veciñais en man común poderán ser arrendados total ou parcialmente sempre que a duración non supere os trinta anos e as melloras e instalacións incorporadas polo arrendamento sexan propiedade da comunidade de montes ao remate do aluguer, sen compensación algunha para o arrendatario. Aquelas instalacións e melloras que non foran de interese para a xestión do monte, previo acordo da asemblea xeral, deberán ser desmanteladas polo arrendatario, deixando o terreo nas condicións idóneas para a recuperación da actividade anterior.

2. A comunidade comunicará a celebración do contrato e o seu contido á administración

forestal.

3. Salvo pacto en contrario, o arrendatario poderá desistir do arrendamento notificándollo ao arrendador con máis de seis meses de antelación á data de finalización do ano agrícola natural. De facelo así o arrendadatario non terá obriga de indemnizar. (Os arrendamentos poden ter finalidade non agrícolas)

4. O aluguer reconducirase tacitamente se polo menos seis meses antes do remate do

contrato ningún dos contratantes notifica ao outro a vontade de concluír o aluguer. Os períodos de tácita recondución terán unha duración non superior á pactada inicialmente no contrato. Ningún contrato de aluguer poderá superar o límite de 30 anos.

Page 33: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

27

5. Nos demais casos o aluguer do monte suxeitarase á normativa vixente sobre

arrendamentos.

Artigo 49. Parzarías.

A comunidade de montes poderá subscribir contratos de parzarías respecto de todas ou algunha das parcelas do monte veciñal, respectando a normativa vixente sobre esta caste de contrato.

Artigo 50. Reorganización da propiedade

1. Poderán ser obxecto de reorganización da propiedade e da súa xestión, consonte co disposto nos artigos 29 e 30 da Lei 3/2007, o monte veciñal en man común que cumpra os requisitos da normativa vixente.

2. No expediente de reorganización da propiedade e na súa resolución respectaranse a

superficie total e a capacidade produtiva e ambiental do monte.

3. Cando se proxecte levar a cabo unha concentración parcelaria que afecte a montes veciñais en man común realizarase consonte co disposto na lexislación galega que regula a materia, sendo necesario un informe preceptivo e vinculante da consellaría competente en materia forestal antes do inicio do proceso relativo á idoneidade da realización da reorganización da propiedade na superficie ocupada polo monte veciñal.

Sección terceira: Clasificación dos montes veciñais en man común.

Artigo 51. Clasificación.

A clasificación como monte veciñal en man común realizarase polo Xurado de Montes Veciñais de Galiza na forma prevista nesta Lei e na súa normativa de desenvolvemento ou en virtude de sentenza firme ditada pola xurisdición ordinaria, segundo dispón o artigo 57 da Lei 2/2006, do 14 de xuño, de dereito civil de Galiza.

Artigo 52. O Xurado de Montes Veciñais de Galiza.

1. O Xurado de Montes Veciñais de Galiza é un órgano colexiado permanente da Comunidade Autónoma de Galiza, especializado en materia de montes en man común e no procedemento para a súa cualificación e declaración.

2. O Xurado de Montes Veciñais de Galiza estará adscrito á consellaría competente en

materia forestal e actuará, no cumprimento das súas funcións, con autonomía funcional e sen estar sometido a instrucións xerárquicas.

Artigo 53. Composición.

1. A composición do Xurado de Clasificación de Montes Veciñais de Galiza é a seguinte: a. Presidente: O Director Xeral de Montes

Page 34: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

28

b. Vogais:

i. Un letrado da Asesoría Xurídica Xeral da Xunta de Galiza designado polo seu Director Xeral.

ii. Un letrado designado polo Consello Xeral da Avogacía de Galiza.

iii. Dous técnicos con titulación forestal universitaria, designados polas organizacións colexiais galegas de titulacións universitarias forestais, non podendo ser máis dun técnico por organización.

iv. Catro técnicos da consellaría competente en materia forestal, que participarán na preparación de documentación do proceso de clasificación iniciado, figurando como persoal técnico asesor, pero só intervirán no proceso de resolución, con voz e voto, nos asuntos da provincia á que pertenza o seu servizo.

v. Un representante das comunidades de montes da provincia na que se localice o monte obxecto de clasificación, elixido asambleariamente entre todas as comunidades da provincia mediante a convocatoria do delegado provincial da consellaría competente en materia forestal.

vi. Dous representantes da comunidade de montes interesada na clasificación.

c. Secretario: un funcionario da consellaría competente en materia forestal e con

titulación de licenzado en dereito, que terá voz, mais non voto.

2. Regulamentariamente determinarase o réxime de suplencias e causas de recusación dos membros titulares do xurado.

Artigo 54. Organización e funcionamento.

1. A organización do Xurado de Montes Veciñais de Galiza establecerase regulamentariamente.

2. O Xurado de Montes Veciñais de Galiza axustará o seu funcionamento ao disposto na

Lei 30/1992, de 26 de novembro de Réxime Xurídico das Administracións Públicas e do Procedemento Administrativo Común, para os órganos colexiados.

3. As súas funcións administrativas e técnicas estarán a cargo do servizo da consellaría

competente en materia forestal e serán determinadas regulamentariamente.

4. Regulamentariamente determinarase todo o relativo á organización, réxime de incompatibilidades, asistencias, axudas de custo, sancións, nomeamentos e substitucións dos membros do Xurado.

Artigo 55. Procedemento de clasificación.

1. Os expedientes de clasificación de montes veciñais en man común iniciaranse de oficio pola consellaría competente en materia forestal ou por instancia de calquera veciño interesado, das comunidades de montes interesadas ou do concello ou concellos onde estea situado o monte, e tramitaranse polo Xurado de Montes Veciñais de Galiza.

Page 35: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

29

2. A iniciación do procedemento publicarase no Diario Oficial de Galiza, por edictos no concello ou concellos concernidos e no lugar ou lugares onde estea ubicado o monte a clasificar.

3. A tramitación do procedemento non excederá dun ano dende a súa incoación, debendo

notificarse aos interesados.

4. O procedemento rematará cunha resolución motivada na que se explicitarán os criterios tidos en conta para adoptala.

5. Transcorrido o prazo para ditar resolución expresa, caducará o procedemento de terse

iniciado de oficio e poderase entender desestimada a solicitude de clasificación de se ter iniciado a instancia do interesado, agás en casos de especial complexidade nos que o Xurado poderá establecer un novo prazo improrrogable dun ano. En todo caso, o Xurado emitirá resolución aclaratoria da desestimación ou da prorroga do expediente e cos motivos da mesma, que trasladará ao interesado solicitante da clasificación.

6. Unha vez iniciado o expediente de clasificación o monte non poderá ser obxecto de

ningunha actividade sobre el, agás os traballos de prevención e extinción de incendios.

7. Non será obstáculo á clasificación dun monte como veciñal en man común o feito de estar incluído nalgún catálogo, inventario ou rexistro público con asignación de diferente titularidade, salvo que os asentos se practicasen en virtude de sentencia dictada en xuízo declarativo.

8. O procedemento de clasificación de montes veciñais será desenvolvido regulamentariamente.

Artigo 56. A resolución firme de clasificación.

1. A resolución firme de clasificación dun monte como veciñal en man común conterá a determinación da súa superficie, dos seus lindes e de ser o caso, o seu estado económico e xurídico; así como aqueloutros requisitos necesarios para a súa inmatriculación no Rexistro da Propiedade, consonte ao disposto na lexislación hipotecaria. A esta resolución achegarase a planimetría axeitada, con datos descritivos precisos, que permita a debida identificación do monte e máis a súa incorporación ao Catastro.

2. A consellaría competente en materia forestal supervisará e aprobará o sinalamento do

monte. 3. O Xurado remitirá testemuño da resolución administrativa de clasificación, logo de ser

firme en vía administrativa, ao Rexistro da Propiedade que corresponda, para os efectos da anotación preventiva desta clasificación. Este testemuño haberá de cumprir os requisitos que esixe a lexislación hipotecaria para a súa inscrición.

4. A resolución firme de clasificación producirá os seguintes efectos:

a. Atribúe a propiedade á comunidade de montes mentres non exista sentenza

xudicial firme en contra.

Page 36: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

30

b. Serve de título inmatriculador para inscribir o monte no Rexistro da Propiedade, para excluílo dos catálogos de montes de utilidade pública e dos inventarios de bens municipais, e asemade, para resolver sobre as inscricións total ou parcialmente contraditorias que resulten afectadas.

c. A exención dos impostos sobre transmisións patrimoniais e actos xurídicos documentados, e a gratuidade da primeira inscrición do monte e as cancelacións que se produzan por este motivo, de acordo co artigo 13 da Lei 55/1980, de 11 de novembro, de montes veciñais en man común.

5. O procedemento de revisión da resolución de clasificación, trala detección e

comprobación dos erros existentes na mesma, será desenvolvido regulamentariamente.

Artigo 57. Impugnación das resolucións do Xurado de Montes Veciñais de Galiza.

As resolucións do Xurado de Montes Veciñais de Galiza, esgotan a vía administrativa e poderán ser obxecto de recurso de reposición con carácter potestativo, perante o propio Xurado, ou ben ser impugnadas directamente na xurisdición contencioso-administrativa, de conformidade coa Lei 29/1998, de 13 de xullo, reguladora da xurisdición contencioso-administrativa.

Sección cuarta: Deslindamento dos montes veciñais en man común.

Artigo 58. Procedemento.

1. Os deslindamentos de montes veciñais en man común poderán realizarse en dúas fases. A primeira, actuará sobre as partes do perímetro lindante con outros montes veciñais en man común, e a segunda ocuparase das partes do perímetro lindantes con montes públicos ou propiedades particulares.

2. Os procedementos de deslindamento poderanse facer a instancia de parte ou de oficio pola consellaría competente en materia forestal.

Artigo 59. Deslindamento con outros montes veciñais en man común.

1. Os perímetros lindantes con outros montes veciñais en man común poderán ser obxecto de deslindamento provisional polas comunidades propietarias.

2. Logo de ratificado o deslindamento provisional previsto no apartado anterior polas

asembleas xerais de cada unha das comunidades de montes afectadas, darase traslado dos acordos alcanzados, e da documentación que regulamentariamente se indique, ao Xurado de Montes Veciñais de Galiza que ditará resolución aprobatoria do deslindamento. Esta resolución publicarase no Diario Oficial de Galiza e notificarase debidamente aos interesados.

3. Os desacordos entre comunidades de montes no procedemento de deslindamento

provisional contemplado nos parágrafos anteriores dará lugar, logo do compromiso das partes,a unha arbitraxe da consellaría competente en materia forestal, composta por un mínimo de tres membros designados polo Xurado de Montes Veciñais de Galiza.

Page 37: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

31

4. A consellaría competente en materia forestal habilitará liñas de axudas específicas para a realización de deslindamentos provisionais entre comunidades de montes.

Artigo 60. Deslindamento con propiedades particulares ou montes públicos.

1. A administración poderá realizar deslindamentos ou ratificará aqueles, previamente acordados e tramitados, de montes veciñais con propiedades particulares, analizando as situacións posesorias acreditadas e os títulos presentados.

2. A administración realizará deslindamentos de montes veciñais en man común con montes públicos, segundo o procedemento establecido para estes últimos.

3. Unha vez realizado o deslindamento,o Xurado de Montes Veciñais de Galiza ditará

resolución aprobatoria do deslindamento que será publicada no Diario Oficial de Galiza e debidamente notificada aos interesados.

Artigo 61. Colocación de marcos.

1. Firme en vía administrativa o acordo aprobatorio de deslindamento, e a reserva do que puidera resultar dun xuízo declarativo de propiedade, procederase á colocación de marcos no monte.

2. Os resultados do deslindamento deberán inscribirse no Catastro de xeito que a representación cartográfica das parcelas dos montes veciñais no Catastro se axuste ó deslindamento aprobado.

Sección quinta: Organización das comunidades de montes veciñais en man común.

Artigo 62. Asemblea xeral de comuneiros.

1. A Asemblea Xeral, da que forman parte todos os veciños comuneiros, é o órgano supremo de expresión da vontade da comunidade de montes.

2. Teñen dereito a asistir ás asembleas xerais todos os veciños comuneiros.Todo veciño comuneiro está obrigado a asistir ás asembleas xerais ordinarias ou extraordinarias que regulamentariamente se convoquen, agás por causas debidamente xustificadas.Os criterios de xustificación desta ausencia serán desenvolvidos regulamentariamente.

3. A Asemblea Xeral ordinaria será convocada unha vez ao ano e sempre dentro dos seis

meses seguintes á data de peche do exercicio económico. Con carácter extraordinario, poderá convocarse Asemblea Xeral a iniciativa do presidente da Xunta Reitora, da maioría da Xunta Reitora ou a petición dun mínimo do vinte por cento dos veciños comuneiros.

4. A Asemblea Xeral quedará validamente constituída en primeira convocatoria cando

estean presentes, ou representados, máis da metade dos veciños comuneiros e en

Page 38: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

32

segunda convocatoria cando estea polo menos un vintecinco por cento destes. Entre a primeira e a segunda convocatoria haberá de transcorrer un mínimo de media hora.

5. A convocatoria de Asemblea Xeral farase cun mínimo de dez días de antelación,

mediante notificación escrita a todos os veciños comuneiros e coa orde do día dos asuntos a tratar, e estará exposta durante o mesmo prazo nos taboleiros de anuncios do concello, así como nos lugares de costume da entidade onde radique a comunidade.

6. Para asistir á Asemblea Xeral, un veciño comuneiro poderá delegar a súa

representación nun membro maior de idade da mesma unidade económica, ou noutro veciño comuneiro, mais ningún veciño comuneiro poderá asumir máis dunha delegación. En todo caso, a delegación haberá de ser expresa para cada Asemblea Xeral.

Artigo 63. A Xunta reitora.

1. A Xunta Reitora é o órgano de goberno, xestión e representación da comunidade de montes. Estará composta por un presidente, que exercerá a representación legal da comunidade de montes, e o número de vogais que sinalen os estatutos, sen que en ningún caso poidan ser menos de dous, un dos cales actuará como secretario e outro como tesoureiro.

2. A Xunta Reitora será elixida pola Asemblea Xeral en votación por maioría simple e por un período máximo de catro anos.

3. Cando o número de veciños comuneiros non permita a constitución da Xunta Reitora, consonte ao establecido neste artigo, asumirá as súas funcións a Asemblea Xeral da comunidade de montes.

Artigo 64. Mancomunidades de montes veciñais en man común.

18. As comunidades de montes, logo de acordo da asemblea xeral, poderán mancomunarse para desenvolver en común os servizos necesarios nos montes veciñais que formen parte da mancomunidade, posibilitando a mellor defensa dos seus intereses e consecución dos seus obxectivos.

19. O acordo polo que se constitúa esa mancomunidade será comunicado á sección de Montes Veciñais en Man Común,do Rexistro Forestal de Galiza, por quen teña a representación da mancomunidade.

20. Regulamentariamente establecerase o procedemento de constitución, funcionamento e demais cuestións relacionadas coas Mancomunidades.

Artigo 65. Estatutos da comunidade

1. A comunidade de montes propietaria redactará e aprobará os estatutos, que haberán de recoller os usos e costumes polos que se viña rexendo a comunidade e as previsións desta Lei, e conterán como mínimo os seguintes aspectos:

a. A atribución da condición de veciño comuneiro.

b. A delegación entre veciños comuneiros e a representación por unidades económicas, produtivas ou de consumo, situadas dentro da área xeográfica sobre a que se asente o grupo social ao que tradicionalmente estivese adscrito

Page 39: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

33

o aproveitamento do monte. Na devandita representación respectarase o principio de non discriminación por razón de sexo expresado no artigo 14 da Constitución.

c. As condicións de admisión de novos veciños comuneiros.

d. O xeito de exercitar os dereitos derivados da condición de veciños comuneiros.

e. As obrigas dos veciños comuneiros relacionadas co funcionamento da comunidade e sobre a custodia, defensa e conservación do monte.

f. Os órganos aos que se atribúe o goberno e administración, modo de nomealos, substituílos e funcións que lles corresponden.

g. A porcentaxe de reserva en rendementos económicos para investimentos en melloras e protección do monte, respectando o mínimo disposto nesta Lei.

h. Criterios aos que se han de suxeitar os diversos aproveitamentos do monte.

2. Os estatutos e as súas modificacións empezarán a surtir efecto ao día seguinte da súa aprobación, remitíndose unha copia, para os efectos do seu coñecemento, a sección de Montes Veciñais en Man Común,do Rexistro Forestal de Galiza.

Artigo 66. Defensa dos intereses do monte veciñal.

Calquera veciño comuneiro poderá defender os intereses da comunidade de montes debendo serlle reintegrados os gastos que lle ocasione tal defensa, sempre que prosperen as súas pretensións ou os mesmos sexan aprobados ulteriormente pola Asemblea Xeral.

Artigo 67. Réxime de maiorías.

1. A aprobación, reforma ou revogación dos estatutos, así como os acordos referidos a actos de disposición corresponden á Asemblea Xeral, requirindo a convocatoria expresa e o voto favorábel de dous terzos dos presentes ou representados, co quórum mínimo establecido no artigo 62.4.

2. Para a aprobación da xestión e balance do exercicio económico, aproveitamentos e actos de administración en xeral, será suficiente a maioría simple de membros partícipes, salvo que nos estatutos se esixa outra maioría.

Artigo 68. Xunta provisional.

1. No entanto non existan órganos de goberno, unha Xunta provisional exercerá as facultades que a estes correspondan.

2. A Xunta Provisional, constituirase no prazo de tres meses desde que a resolución de clasificación do monte veciñal adquira firmeza. No caso de que transcorrido este prazo non se tivese constituído, os órganos provinciais da consellaría competente en materia forestal, notificarán, dando un novo prazo de tres meses, da obriga de constitución. Esta notificación estará exposta nos taboleiros de anuncios dos concellos, así como nos lugares de costume da entidade onde radique a comunidade. De non constituírse neste prazo, incoarase o debido expediente para a declaración de grave abandono.

Page 40: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

34

3. Esta Xunta provisional comporase, como mínimo, dun presidente e dous vogais, elixidos de entre os veciños comuneiros e por eles, dando conta da súa composición a sección de Montes Veciñais en Man Común, do Rexistro Forestal de Galiza.

4. A Xunta provisional terá a representación da comunidade e impulsará a redacción e aprobación dos estatutos ou, no seu caso, a elección dos órganos de goberno. Confeccionará, se non existise, a lista provisional de veciños comuneiros.

5. As xuntas provisionais terán un prazo máximo dun ano para a redacción do proxecto de estatutos da comunidade.

6. A Xunta provisional encargarase da xestión e administración do monte veciñal, podendo autorizar, por razóns de urxencia ou interese xeral, actos de administración de contía económica non superior a seis mil euros en total.

7. O mandato da xunta provisional finalizará cando estean aprobados os estatutos e o censo de veciños comuneiros, e a asemblea xeral teña elixida a xunta reitora.

8. Transcorrido un ano desde a constitución da xunta provisional e persistindo as circunstancias sinaladas no apartado 1 deste artigo, procederase a unha nova elección.

Sección sexta: Competencias da Administración da Comunidade Autónoma.

Artigo 69. Funcións.

1. A consellaría competente en materia forestal dará aos montes veciñais de man común, xunto con outras figuras de xestión conxunta da propiedade, carácter preferente nas súas actuacións de fomento e mellora do monte, e na concesión de axudas económicas para as mesmas finalidades, suxeitas a plans de viabilidade económica e ao cumprimento dos instrumentos de xestión.

2. A dita consellaría, ademais das funcións especificamente sinaladas nesta lei, desenvolverá as seguintes funcións:

a. Promover o deslindamente e a marcaxe dos lindes dos montes veciñais.

b. Procura da conservación e defensa da integridade do monte veciñal e dos valores naturais e do uso veciñal deste tipo de propiedade.

c. Impulso e promoción do aproveitamento do monte.

d. Asesoramento técnico ás comunidades de montes.

e. Labores de policía forestal, supervisión administrativa, información e divulgación.

f. Coidar do cumprimento do disposto nesta lei e na normativa que a desenvolva, aplicando as medidas correctoras e sancionadoras establecidas legalmente.

g. Subscribir contratos de xestión forestal dirixidos a un mellor aproveitamento do monte veciñal.

h. Defensa e xestión en caso de grave abandono ou extinción da comunidade de montes.

Page 41: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

35

i. A prevención e extinción de incendios,consonte a Lei 3/2007, do 9 de abril, de prevención e defensa contra incendios forestais de Galiza.

Artigo 70. Situacións transitorias por extinción ou desaparición da comunidade de montes.

1. En situacións xurídicas de pendencia por extinción ou desaparición da comunidade de montes titular, a defensa dos seus intereses e a regulación do aproveitamento do monte corresponde á consellaría competente en materia forestal, en tanto non se constitúa a nova organización da comunidade de montes. Nestes casos a Administración exercerá a xestión cautelar, segundo dispoña o instrumento de xestión forestal e en caso de non existir este procederá á súa redacción e aprobación.

2. Sen prexuízo do disposto no parágrafo anterior, a consellaría competente en materia forestal poderá exercer a xestión cautelar prevista no apartado anterior, de maneira directa ou indirecta. No caso de administración indirecta o sistema de contratación farase a través de encomendas a empresas públicas, concurso público ou outras modalidades de contratación previstas na lexislación vixente. A Consellaría competente en materia forestal estará obrigada a publicar anualmente no Diario Oficial de Galiza a conta de resultados do devandito monte que deberá ser comunicada á comunidade de montes para o seu coñecemento.

3. Para o reinicio da actividade da Comunidade extinguida ou desaparecida deberanse cumprir os seguintes requisitos:

a. Presentación de solicitude por parte dunha Xunta Provisional do monte veciñal.

b. Acreditación da existencia dunha comunidade de montes formada por veciños de pleno dereito e elección dunha Xunta Provisional consonte co disposto nesta Lei a respecto dos órganos das comunidades de montes.

c. Compromiso notarial da Xunta Provisional de asunción do estado contable do monte e do instrumento de xestión forestal vixente, que de non existir, deberá ser elaborado pola comunidade de montes e aprobado pola consellaría competente en materia forestal.

d. No caso de que, como consecuencia da extinción da comunidade de montes, a Consellaría competente en materia forestal adxudicara con anterioridade a xestión e explotación do monte a outra entidade, mediante a correspondente encomenda, concurso público ou outras modalidades de contratación previstas na lexislación vixente, o reinicio da actividade solicitada pola Xunta Provisional poderá efectuarse de se cumprir, en función do tipo de explotación, algunha das seguintes condicións:

i. Cando remate o prazo correspondente á quenda máis longa de explotación madeirábel especificada no instrumento de xestión forestal do monte.

ii. Ao cabo de 10 anos para outras explotacións ou actividades distintas da explotación madeirábel.

iii. Ao cabo de 5 anos da adxudicación da explotación ao obxecto de que a Xunta Provisional xestione, mediante o correspondente acordo de colaboración coa entidade adxudicataria, a porcentaxe legal establecida

Page 42: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

36

para mellora e mantemento do monte ao abeiro do artigo 40 desta Lei e aténdose ao instrumento de xestión forestal.

iv. Por acordo entre as partes. v. Por incumprimento contractual grave por parte da entidade

adxudicataria.

4. Os beneficios que se poidan obter neste período, unha vez deducidos os gastos e importes empregados na xestión e mellora do monte, así como na súa prevención e defensa contra incendios de acordo coa Lei 3/2007, serán investidos pola Consellaría competente en materia forestal no monte en cuestión mentras persistan algún dos factores que deron lugar á declaración de grave abandono ou degradación e, en caso contrario, en montes veciñais en man común que fosen declarados en extinción ou naqueles declarados en grave abandono, así como en montes de xestión pública.

Artigo 71. Estado de grave abandono ou degradación.

1. O monte veciñal en man común entenderase en estado de grave abandono ou degradación se de modo manifesto se produce un incumprimento grave e sistemático das obrigas legais e estatutarias polos órganos representativos da comunidade de montes, sofre un grave deterioro ambiental, non é xestionado consonte aos instrumentos de xestión forestal en vigor ou padece unha extracción abusiva dos seus recursos.

2. A consellaría competente en materia forestal é competente para declarar, por razóns de

utilidade pública e interese xeral, o estado de grave abandono ou degradación.

3. A consellaría competente en materia forestal establecerá con carácter periódico os indicadores obxectivos que sirvan para a determinación do estado de grave abandono ou degradación, atendendo fundamentalmente aos seguintes criterios:

a. Grao de incumprimento do funcionamento estatutario ou das obrigas legais pola

comunidade de montes, de acordo con esta lei.

b. A superficie relativa afectada.

c. O grao de incumprimento dos instrumentos de xestión forestal de acordo con esta lei.

d. O grao de manifesto desuso.

e. O carácter depredador das actividades extractivas dos recursos.

f. O perigo manifesto de degradación do solo.

g. A importancia ambiental das formacións forestais degradadas.

h. Calquera outro criterio que, no seu momento e de maneira xustificada, poida establecer a consellaría competente en materia forestal.

4. Iniciado o procedemento de declaración do monte veciñal en man común en estado de

grave abandono ou degradación, a consellaría competente en materia forestal, con carácter previo, notificará á Comunidade de montes a incoación do correspondente expediente indicando as causas polas que se imputan o grave abandono, sinalándolle que deberá presentar, no prazo de dous meses, un plan de recuperación do monte e/ou mellora do funcionamento da comunidade de montes así como outras alegacións que

Page 43: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

37

considere convenientes. Á vista das alegacións presentadas, ou do plan de recuperación do monte e de mellora do funcionamento da comunidade, a consellaría competente decidirá se pon fin ao expediente ou se continúa a súa tramitación.

5. No caso de chegar a un acordo coa comunidade de montes, segundo o disposto no parágrafo anterior, a consellaría competente en materia forestal concederá á comunidade de montes un prazo de tres meses para poñer en práctica os ditos plans. Se ao cabo dese prazo non os executa correctamente, segundo o calendario previamente acordado coa consellaría competente e previos os informes do instrutor e do trámite de audiencia á comunidade de montes por un prazo non inferior a dez días nin superior a quince, proseguirá o procedemento ata a declaración definitiva de grave abandono.

6. Declarado un monte en estado de grave abandono ou degradación, a consellaría competente en materia forestal, en exercicio dos dereitos que lle outorga o artigo anterior desta lei, asumirá a xestión directa ou indirecta deste monte. No caso de administración indirecta o sistema de contratación farase a través de encomendas a empresas públicas, concurso público ou outras modalidades de contratación previstas na lexislación vixente. A Consellaría competente en materia forestal estará obrigada a publicar anualmente no Diario Oficial de Galiza a conta de resultados do devandito monte que deberá ser comunicada á comunidade de montes para o seu coñecemento.

7. A declaración dun monte en estado de grave abandono implicará, no seu caso, a

redacción do correspondente instrumento de xestión forestal, onde se deben contemplar as medidas de recuperación e valorización.

8. A reversión da xestión do monte á comunidade de montes poderase verificar, previa solicitude, cando se cumpran os seguintes requisitos:

a. Acreditación da existencia dunha comunidade de montes formada por veciños

comuneiros de pleno dereito e elección dunha Xunta Reitora ou Xunta Provisional consonte co disposto nesta Lei.

b. Compromiso notarial da Xunta Provisional de asunción do estado contable do monte e do instrumento de xestión forestal vixente, ou de non habelo, de elaborar un que deberá ser aprobado pola consellaría competente en materia forestal.

c. No caso de que a xestión e aproveitamento do monte fose adxudicada con

anterioridade pola Administración a outra entidade, seguindo o procedemento indicado no parágrafo 6 deste artigo, a reactivación da Comunidade de montes solicitada pola Xunta Provisional poderá efectuarse de se cumprir, en función do tipo de aproveitamento, algunha das seguintes condicións:

i. Cando remate o prazo correspondente á quenda máis longa de

explotación madeirábel especificada no instrumento de xestión forestal do monte.

ii. Ao cabo de 10 anos para outras explotacións ou actividades distintas da explotación madeirábel.

Page 44: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

38

iii. Ao cabo de 5 anos da adxudicación da explotación ao obxecto de que a Xunta Provisional xestione, mediante o correspondente acordo de colaboración coa entidade adxudicataria, a porcentaxe legal establecida para mellora e mantemento do monte ao abeiro do artigo 40 desta Lei e aténdose ao instrumento de xestión forestal.

iv. Por acordo entre as partes.

v. Por incumprimento contractual grave por parte da entidade adxudicataria.

9. Os beneficios que se poidan obter neste período, unha vez deducidos os gastos e

importes empregados na xestión e mellora do monte, así como na súa prevención e defensa contra incendios de acordo coa Lei 3/2007, serán investidos pola Consellaría competente en materia forestal no monte en cuestión mentras persistan algún dos factores que deron lugar á declaración de grave abandono ou degradación e, en caso contrario, en montes veciñais en man común que fosen declarados en extinción ou naqueles declarados en grave abandono, así como en montes de xestión pública.

Artigo 72. Regulamentación dos procedementos de declaración de estado de grave abandono e extinción da comunidade de montes.

Os procedementos para declarar o monte en situación de grave abandono e degradación e para declarar o reinicio da comunidade de montes extinguida ou desaparecida, desenvolveranse regulamentariamente.

TÍTULO III. DA PLANIFICACIÓN E DA XESTIÓN FORESTAL SUSTENTÁBEL.

Capítulo I: Información forestal.

Artigo 73. Inventario Forestal da Comunidade Autónoma de Galiza.

1. A Consellaría competente en materia forestal elaborará e manterá actualizado o Inventario Forestal da Comunidade Autónoma de Galiza, que conterá a información básica para a elaboración dos instrumentos de planificación forestal.

2. O Inventario Forestal de Galiza farase cunha periodicidade adecuada ás necesidades do sector forestal galego, e non será superior a 5 anos.

3. O Inventario Forestal da Comunidade Autónoma de Galiza estruturarase nos seguintes bloques:

a. Inventario estatístico, descritivo e sintético referido a superficies,producións e tipoloxía da propiedade orixe da masa, existencias, crecemento, calidade e estado de conservación.

b. Inventario das masas seminaturais maduras de frondosas autóctonas en bo estado de conservación, coma fontes de diversidade de ecosistemas forestais,de especies e de material xenético.

Page 45: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

39

c. Seguimento e evolución dos montes, con especial atención aos incendios forestais e o estado fitosanitario dos montes.

d. Aspectos xurídico-administrativos: titularidade dos montes incluídos no Catálogo de Montes de Utilidade Pública, comunidades e mancomunidades de montes, agrupacións de propietarios, instrumentos de xestión ou planificación vixentes.

e. Actividades: repoboacións, aproveitamentos, actividades industriais forestais e outras actividades forestais, así como os investimentos públicos e os incentivos da actividade forestal.

f. Análise da produtividade dos montes das principais comarcas ou ecosistemas forestais sobre a base das súas características ambientais.

g. Inventario e mapa de erosión de solos do que se extraerá a necesidade anual de traballos de restauración, naqueles montes con elevado risco de erosión e os que teñan sufridas elevadas perdas de solo.

h. Zonas baixo certificación dos indicadores de xestión forestal sustentábel.

i. Hortos sementeiros, mouteiras e demais materiais de base para a recollida de material forestal de reprodución.

k. Catalogación de especies.

l. Calquera outro que a xuízo da consellaría competente en materia forestal se considere de interese.

4. Os bloques regularanse de xeito que poidan ser comparables cos recollidos en

inventarios análogos, utilizando datos compatibles.

Artigo 74. Estatística Forestal Anual Galega.

1. A consellaría competente en materia forestal elaborará anualmente a Estatística Anual Forestal Galega, que incluirá as seguintes materias:

a. Inventario Forestal da Comunidade Autónoma de Galiza.

b. Mapa de masas autóctonas de Galiza.

c. O inventario de áreas recreativas nos montes públicos.

d. Estrutura da propiedade: distribución xeográfica segundo tamaño, tipoloxía e xestor do monte.

e. Número de propietarios forestais e distribución xeográfica.

f. Relación de montes con instrumentos de xestión aprobados pola consellaría competente en materia forestal ou en trámite de aprobación.

g. Caracterización do territorio forestal galego considerando os seus atributos físicos e medioambientais, con especial atención á Rede Natura 2000, á Rede galega de espazos naturais protexidos,aos montes catalogados,aos montes de especial protección autonómica e aos montes veciñais en man común.

h. Incendios forestais: superficie afectada e danos producidos, por tipoloxía de propiedade e xestor do monte, e seguimento das faixas de xestión de biomasa.

i. Actividade e facturación das empresas forestais.

Page 46: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

40

k. Evolución e valor da produción forestal: aproveitamentos madeireiros e non madeireiros.

l. Emprego xerado no sector forestal.

m. Produción e características da planta forestal.

n. Sanidade forestal: diagnóstico do estado dos montes galegos.

o. Diversidade biolóxica dos montes galegos.

p. Evolución da cabana gandeira nos montes galegos.

q. Evolución dos prezos da madeira e doutros produtos forestais.

r. Percepción social dos montes e seguimento das actividades de divulgación forestal.

s. Calquera outra materia a xuízo da consellaría competente en materia forestal.

2. Toda a información da Estatística Forestal Anual Galega ten carácter público. O seu

acceso realizarase de conformidade coa normativa de réxime xurídico das administracións públicas e do procedemento administrativo común que sexa de aplicación.

3. Co fin de elaborar a Estatística Forestal Anual Galega, terán a obriga de subministrar á

consellaría competente en materia forestal os datos relativos á súa actividade, e en particular sobre o consumo, produción, transformación e comercialización dos produtos forestais e o emprego, as seguintes persoas e entidades:

a. Os produtores forestais e as súas organizacións.

b. As empresas de servizos, as de aproveitamentos e as industrias de primeira transformación forestais, incluíndo as industrias de pasta de papel e de taboleiros ou, no seu defecto, as súas organizacións.

c. Gandeiros que sexan usuarios de terreos forestais, ou no seu defecto, as súas organizacións.

4. A consellaría competente en materia forestal impulsará a elaboración de estudos que

permitan coñecer a realidade e a evolución socioeconómica dos propietarios forestais, os de montes particulares, as comunidades de montes veciñais, e a industria de transformación forestal.

5. A consellaría competente en materia forestal remitirá ao Ministerio de Medio Ambiente,

antes do terceiro cuadrimestre de cada ano, a información estatística forestal elaborada o ano anterior.

Capítulo II. Da planificación territorial forestal.

Sección primeira: Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel.

Artigo 75. Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel.

Page 47: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

41

1. A Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel é o instrumento que estrutura os obxectivos, principios e liñas de acción que guiarán a xestión forestal dos montes galegos en consonancia cos principios de xestión forestal sustentábel acordados a nivel estatal e internacional.

2. A consellaría competente en materia forestal está facultada para a elaboración da

devandita Estratexia consonte ós principios que a inspiran e oído o Consello Forestal.

3. Os obxectivos e directrices que conteña a Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel serán vinculantes e determinarán o Plan Forestal de Galiza, os PORF, os instrumentos de xestión e as actuacións das distintas administracións públicas no ámbito da presente lei.

Artigo 76. Criterios da Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel

Á vista dos principios que inspiran a presente Lei, a Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel elaborarase tendo en conta os seguintes criterios:

1. A función produtiva do monte galego, tanto de produtos madeireiros como non madeireiros, establecendo as áreas forestais xestionadas con criterios de sustentabilidade e procurando o equilibrio entre crecementos e produccións.

2. Os aspectos socio-económicos, avaliando a incidencia do sector agroforestal no emprego, potenciando a participación e concienciación pública, a investigación e a educación, así como os servizos recreativos e valores culturais.

3. Os recursos forestais e ciclos globais do carbono, atendendo ás masas en crecemento e á capacidade total da súa almacenaxe nos terreos forestais.

4. A saúde e vitalidade forestal, establecendo o nivel de defoliación, contaminantes atmosféricos, relación de danos, balanzo de nutrintes e acedez do solo.

5. As funcións protectoras do monte galego, avaliando a erosión do solo, as medidas de protección xeral e a conservación da auga.

6. A potenciación da diversidade biolóxica, inventariando as especies ameazadas, o nivel de protección xeral, os ecosistemas singulares e o grao de biodiversidade nos bosques produtivos.

7. A función protectora dos montes fronte o cambio climático.

Artigo 77. Obxectivos da Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel.

Os obxectivos da Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel son os seguintes:

1. A conservación, restauración e mellora da biodiversidade e da paisaxe en función das medidas específicas adoitadas para tal fin.

2. A fixación de dióxido de carbono nos montes como medida de contribución á mitigación do cambio climático.

3. Xeneralización das boas prácticas nas actividades forestais con criterios de xestión sustentábel que redunden na obtención de produtos de calidade, na integración multifuncional do monte e na valorización da biomasa forestal residual, así como na

Page 48: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

42

satisfación das demandas previsibles de materia prima por parte da industria de transformación forestal.

4. Inventariación periódica dos recursos forestais como ferramenta de avaliación da xestión forestal sustentábel.

5. A conservación dos solos e do réxime hidrolóxico nos montes como medida de loita

contra a desertificación por medio do fomento da protección da cuberta vexetal e das medidas necesarias encamiñadas a protexe-lo solo contra a erosión.

6. Implementación de medidas que solucionen as desviacións non acordes coa xestión forestal sustentábel nos temas relativos á saúde vexetal, biodiversidade, proliferación de especies invasoras, cultivos agresivos e perda de emprego no medio rural.

Artigo 78. Control do cumprimento da Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel.

Corresponde á Consellaría competente en materia forestal o control do cumprimento dos obxectivos da Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel. Este control realizarase mediante os datos periódicos resultantes da elaboración da Estatística Forestal Anual Galega e do Inventario Forestal de Galiza, nos que se reflectirán os resultados da devandita estratexia sobre o territorio.

Sección segunda: Planificación Forestal de Galiza

Artigo 79. Instrumentos de planificación forestal.

Son instrumentos de planificación forestal o Plan Forestal de Galiza e os Plans de Ordenación dos Recursos Forestais.

Artigo 80. Obxectivos dos instrumentos de planificación forestal.

Os instrumentos de planificación forestal teñen por finalidade a consecución dos seguintes obxectivos:

1. O desenvolvemento multifuncional do monte galego.

2. O incremento da produción de madeira de calidade e fomento dos aproveitamentos forestais.

3. A valorización da biomasa forestal residual.

4. A implantación das medidas de protección ambiental e de fomento da certificación forestal.

5. A sanidade vexetal dos montes.

6. A conservación e mellora dos materiais xenéticos de reprodución.

7. O fomento efectivo da biodiversidade nos plans de conservación, restauración, forestación e reforestación, dedicando unha especial atención ás frondosas caducifolias e outras variedades autóctonas.

8. O fomento da participación social.

Page 49: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

43

9. A limitación da división da propiedade e fomento da agrupación a través das Unidades de Xestión Forestal.

10. A implementación da planificación de prevención e defensa contra incendios forestais de acordo coa Lei 3/2007, de 9 de abril, de prevención e defensa contra os incendios forestais de Galiza.

11. A xeración de emprego.

Artigo 81. Plan Forestal de Galiza.

1. O Plan Forestal de Galiza é o instrumento básico de referencia da política forestal galega a longo prazo, no que se avalía a situación do monte galego e no que se deseña e se establecen as directrices, programas, medios, investimentos, fontes de financiamento e fases de execución da política forestal, así como os mecanismos de seguimento e avaliación necesarios para o seu cumprimento.

2. O Plan Forestal de Galiza desenvolverá a Estratexia Galega de Xestión Forestal

Sustentábel, que tamén se terá en conta nas revisións e modificacións do devandito Plan.

3. O Plan Forestal de Galiza terá unha vixencia de 20 anos e poderá ser revisado segundo

os mecanismos establecidos no devandito Plan.

Artigo 82. Contido do Plan Forestal de Galiza.

O contido básico do Plan Forestal de Galiza comprenderá as accións seguintes:

1. Forestación, restauración das cubertas vexetais e a protección forestal fronte a erosión.

2. Protección hidrolóxico-forestal.

3. Defensa dos montes contra os incendios e as pragas forestais.

4. Uso público recreativo e educación ambiental.

5. Investigación ecolóxico-forestal.

6. Industrialización e axeitada comercialización dos produtos forestais.

7. Definición das ferramentas para o financiamento dos custos previsíbeis das accións programadas.

8. Participación social e desenvolvemento económico.

9. Conservación e mellora dos recursos xenéticos forestais.

10. Mellora da rendibilidade dos montes e reorganización das propiedades.

11. Incentivos e sistemas de financiamento das inversións no monte.

12. Promoción do consumo dos produtos forestais sustentábeis.

Artigo 83. Elaboración, revisión e modificación do Plan Forestal de Galiza.

Page 50: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

44

1. A consellaría competente en materia forestal elaborará o Plan Forestal de Galiza, que será aprobado polo Consello da Xunta, oído o Consello Forestal de Galiza.

2. Na elaboración do Plan, co fin de propiciar a maior participación social, serán

consultados por medio dos seus órganos de representación: os propietarios forestais, particulares e montes veciñais, as entidades locais, o sector empresarial e os demais axentes sociais e institucionais interesados. A estes efectos, establecerase un trámite de información pública conforme ao disposto na Lei 30/1992, do 26 de novembro, de réxime xurídico das Administracións públicas e do procedemento administrativo común.

3. A revisión do Plan fundamentarase no diagnóstico derivado da análise do inventario

forestal de Galiza e outros estudos que se estimen necesarios e implicará o cambio ou axuste xeneralizado das medidas establecidas no plan así como dos seus obxectivos. O procedemento de revisión será o mesmo que o de elaboración.

4. As alteracións que non afecten ás características esenciais do plan nin aos seus obxectivos consideraranse simples modificacións puntuais e poderán ser realizadas directamente pola consellaría competente en materia forestal, dando conta da súa execución ao Consello da Xunta oido o Consello Forestal.

5. Nos prazos que fixe o propio Plan, deberá avaliarse o seu grao de execución e, de se considerar pertinente, tramitar as oportunas modificacións.

Artigo 84. Eficacia vinculante do Plan Forestal de Galiza.

1. Os obxectivos que conteña o Plan Forestal de Galiza serán vinculantes para a consellaría competente e as súas directrices determinarán o marco no que se elaborarán os plans de ordenación dos recursos forestais e os instrumentos de xestión forestal e definirán as actuacións das distintas administración públicas no ámbito da presente lei.

2. O Consello da Xunta deberá ter en conta no proxecto de lei de Orzamentos as

previsións orzamentarias incluídas no Plan Forestal de Galiza para a anualidade correspondente. A modificación da devandita previsión orzamentaria polo Consello da Xunta poderá implicar a revisión de oficio do correspondente programa de investimentos.

3. A consellaría competente en materia forestal establecerá liñas de axuda técnica e

económica para o cumprimento dos fins contidos en dito plan.

Artigo 85. Obras necesarias para executar o Plan Forestal de Galiza.

Declararanse de utilidade pública ou interese social, para os efectos de expropiación forzosa dos terreos, as obras necesarias para a execución do Plan Forestal de Galiza.

Artigo 86. Plans de ordenación dos recursos forestais.

1. A consellaría competente en materia forestal, atendendo ao establecido no Plan Forestal de Galiza, elaborará Plans de Ordenación dos Recursos Forestais,en adiante PORF, como instrumentos de planificación forestal, que afectarán a un

Page 51: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

45

territorio de condicións xeográficas, socioeconómicas, ecolóxicas, culturais ou paisaxísticas homoxéneas.

2. Os PORF serán redactados por un equipo técnico multidisciplinar, coordinado e

supervisado por un técnico con titulación forestal universitaria.

3. Os PORF serán aprobados polo Consello da Xunta mediante decreto, oído o Consello Forestal de Galiza. A aprobación destes plans incluirá o trámite de información pública, que durará como mínimo un mes e como máximo dous meses, a medio de anuncio que se publicará no Diario Oficial de Galiza e en dous dos xornais de maior difusión do ámbito de aplicación do plan. Ao mesmo tempo que o trámite de información pública, a consellaría competente en materia forestal solicitará das administracións públicas competentes os informes sectoriais que resulten necesarios, que deberán ser emitidos no prazo dun mes, agás que a lexislación sectorial sinale outro prazo. Transcorrido este prazo sen que se comunique o informe recabado, poderá continuarse o procedemento de aprobación do plan.

4. O contido destes plans será obrigatorio e directamente executivo no ámbito da

actividade das administracións competentes. Os Plans conterán instruccións de carácter indicativo respecto doutras actuacións, plans ou programas sectoriais no ámbito privado.

5. Regulamentariamente desenvolverase o contido dos PORF, que como mínimo

especificarán.

a. Delimitación do ámbito territorial e caracterización do medio físico e biolóxico.

b. Descrición e análise dos ecosistemas forestais, montes e paisaxes existentes nese territorio, os seus usos e aproveitamentos actuais, en particular os usos tradicionais, así como as figuras de protección existentes, incluíndo as vías pecuarias.

c. Aspectos xurídico-administrativos: titularidade, montes catalogados, mancomunidades, agrupacións de propietarios, proxectos de ordenación ou outros instrumentos de xestión ou planificación vixentes.

d. Características socioeconómicas: demografía, dispoñibilidade de man de obra especializada, taxas de paro, actividades agrosilvopastorís, produción e industrias forestais, incluídas as dedicadas ao aproveitamento da biomasa forestal primaria e as destinadas ao desenvolvemento do turismo rural.

e. Zonificación por usos e vocación do territorio. Obxectivos, compatibilidades e prioridades.

f. Planificación das accións necesarias para o cumprimento dos obxectivos fixados no plan, incorporando as previsións de repoboación, restauración hidrolóxico-forestal, regulación de usos recreativos e ordenación de montes, incluíndo, cando proceda, a ordenación cinexética, piscícola e micolóxica. No que se refira a prevención e extinción de incendios estarase ao contido dos Plans de prevención e defensa contra incendios forestais de distrito e ao establecido na Lei 3/2007 de prevención e defensa contra incendios forestais de Galiza.

Page 52: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

46

g. Indicación, de acordo con esta lei, do marco no que poderán subscribirse acordos, convenios e contratos entre a Administración e os propietarios para a xestión dos montes.

h. Cumprimento das directrices para a ordenación e aproveitamento dos montes, garantindo que non se poña en perigo a persistencia dos ecosistemas e se manteña a capacidade produtiva dos montes.

i. Criterios básicos para o control, seguimento, avaliación e prazos para a revisión do plan.

6. Os plans de ordenación dos recursos naturais ou plan equivalente consonte á Lei 42/2007, de 13 de decembro, do patrimonio natural e da biodiversidade, que comprenda o territorio forestal delimitado por un PORF poderán ter carácter deste último, sempre que conten co informe favorábel da consellaría competente en materia forestal, nos termos previstos no artigo 31.8 da Lei 43/2003, do 21 de novembro, de Montes.

7. Os Plans de Xestión e Ordenación Urbán de redacción posterior os PORF

deberánse axustar ao contido destes no relativo aos terreos forestais. Calquera modificación proposta nos Plans de Xestión e Ordenación urbán respecto dos PORF deberá ser aprobada pola consellería compente en materia forestal.

8. Nos PORF incluiranse medidas concretas para establecer unha rede de vieiros ecolóxico-forestais, utilizando a rede de cauces fluviais, valgadas, rede primaria de faixas de xestión de biomasa faixas primarias de prevención, devasas de frondosas, liñas de outeiros e outras vías de conectividade, co fin de evitar o aillamento de poboacións de flora e fauna e a fragmentación dos seus hábitats. En especial, aplicarase esta medida entre montes de especial protección autonómica. Nestes vieiros darase unha xestión forestal diferenciada, integrando a conservación e a prevención de incendios e evitando actuacións agresivas coa cuberta vexetal e co solo.

Capítulo III. Da ordenación e xestión forestal sustentábel.

Artigo 87. Ordenación dos montes.

1. A ordenación de montes supón a organización no tempo e no espazo, tecnicamente xustificada, dos recursos forestais e de todos os aproveitamentos do monte recollida nun documento denominado instrumento de xestión forestal. Neste documento establécense as accións a executar en cada unidade dasocrática, respectando os criterios de xestión forestal sustentábel.

2. A consellaría competente en materia forestal fomentará técnica e economicamente a

ordenación dos montes da Comunidade Autónoma de Galiza.

3. Os montes públicos e os de xestión pública deberán dotarse dun instrumento de xestión forestal. A Consellaría competente en materia forestal fomentará a dotación de instrumentos de xestión forestal para os montes de xestión privada.

Page 53: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

47

4. Os montes privados particulares de superficie superior a 15 hectáreas e os montes veciñais en man común deberán dotarse, no prazo que se estableza, dun instrumento de xestión forestal.

5. Os PORF serán o marco de referencia e terán carácter indicativo na a elaboración dos instrumentos de xestión forestal para os montes privados no seu ámbito de aplicación.

Artigo 88. Criterios de xestión.

Os montes deben ser xestionados de forma sustentábel, integrando os aspectos ambientais, sociais e económicos, coa finalidade de conservar o medio natural, o tempo que xerar emprego e colaborar na mellora da calidade de vida e expectativas de desenvolvemento da poboación rural.

Artigo 89. Instrucións xerais de ordenación de montes.

1. A consellaría competente en materia forestal elaborará as instrucións xerais de ordenación dos montes de Galiza.

2. As instrucións xerais de ordenación conterán os principios reitores da planificación da

xestión dos montes da Comunidade Autónoma de Galiza.

Artigo 90. Instrumentos de xestión forestal.

1. A elaboración dos instrumentos de xestión forestal terán en conta as indicacións dos PORF que regula o territorio no que se atope o monte, seguindo os criterios establecidos nas instrucións xerais de ordenación dos montes de Galiza e no planeamento de defensa fronte aos incendios forestais.

2. Nas zonas de fondo de valgada e bacía procurarase unha ordenación tendente aos

aproveitamentos mixtos silvopastorís ou compatibilizados con outras producións acordes coa calidade de estación que se establecerán regulamentariamente.

3. Os instrumentos de xestión forestal elaborados para os montes do territorio da

Comunidade Autónoma de Galiza deberán corresponderse con algunha das seguintes categorías:

a. Proxecto de ordenación de montes: documento que sintetiza a organización, no

tempo e no espazo, da utilización sustentábel dos recursos forestais, madeirábeis e non madeirábeis, nun monte ou grupo de montes, co obxectivo de obter un equilibrio das idades da masa arbórea e unha organización estábel no tempo dos distintos usos e servizos do monte.

b. Plan técnico de xestión: instrumento de xestión forestal que, pola singularidade

do monte a que afecta, pequena extensión aínda que superior ás 15 hectáreas, funcións preferentes distintas ás de produción de madeira ou cortiza, ou masas inmaturas, precisa dunha regulación máis sinxela da xestión dos seus recursos arbóreos.

c. Instrumento de xestión forestal específico (IXFE) : é o documento que regula a

xestión das unidades de xestión forestal (UXFOR). Conterá como mínimo un

Page 54: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

48

plan técnico de xestión e un plan de defensa contra os incendios forestais, e en función das concretas necesidades da unidade de xestión forestal, poderá incluír outros plans específicos.

d. Plan técnico simple de xestión: instrumento de xestión forestal, dirixido a montes

ou grupo de montes con superficie forestal inferior a 15 hectáreas, que permita planificar melloras e aproveitamentos cun criterio silvícola e non necesariamente dasocrático, garantindo o cumprimento das boas prácticas da xestión forestal sustentábel.

4. Nos instrumentos de xestión dos montes catalogados e montes de especial protección

autonómica, incluiranse medidas concretas para establecer vieiros biolóxicos entre eses montes e outros de similar catalogación, ou entre eses montes e outros espazos naturais protexidos ou de interese, a través de ríos, canellas e outras vías de comunicación natural, co fin de evitar o illamento das súas poboacións e de fomentar o movemento de especies e a diversidade xenética.

5. A estrutura, contidos mínimos e prazos de vixencia e revisión destes instrumentos de

xestión forestal, axustaranse ás instrucións xerais de ordenación de montes de Galiza, de acordo co artigo 89.

Artigo 91. Elaboración dos instrumentos de xestión forestal.

1. A elaboración dos instrumentos de xestión forestal redactaranse a instancias do titular do monte ou do xestor autorizado facendo constar documentalmente esta iniciativa así como a conformidade do titular cos contidos de dito instrumento.

2. Seguindo o procedemento do apartado anterior os titulares dos montes con unidades

inferiores ás 15 ha poderán, voluntariamente, elaborar os correspondentes instrumentos de xestión forestal.

3. A elaboración destes instrumentos terá como referencia, no seu caso, o PORF do

ámbito no cal se atope o monte e o planeamento de defensa fronte aos incendios forestais en vigor.

4. A consellaría competente en materia forestal participará na redacción dos instrumentos

de ordenación e xestión dos espazos naturais protexidos que afecten aos montes ou terreos forestais galegos mediante a elaboración dun informe que terá carácter preceptivo.

Artigo 92. Aprobación.

1. A aprobación dos instrumentos de xestión forestal corresponde á consellaría competente en materia forestal. A súa aprobación levará consigo a inclusión de oficio na sección de Montes Ordenados, do Rexistro Forestal de Galiza, no que se inscribirán todos aqueles montes dotados dalgún instrumento de xestión forestal.

2. A consellaría competente en materia forestal solicitará das administracións públicas

competentes os informes sectoriais que resulten necesarios, que deberán ser emitidos no prazo dun mes, agás que a lexislación sectorial sinale outro prazo. Transcorrido este

Page 55: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

49

prazo sen que se comunique o informe recabado, poderá continuarse o procedemento de aprobación do instrumento de xestión.

3. Se transcorridos seis meses desde a presentación da solicitude de aprobación do instrumento de xestión forestal polo propietario do monte, non se tivera ditado a correspondente resolución, entenderase aprobado por silencio administrativo.

Artigo 93. Modificación e revisión dos instrumentos de xestión forestal.

A alteración, ben mediante a modificación de aspectos puntuais ou ben pola revisión de aspectos substanciais dos instrumentos de xestión forestal, adaptarase ás condicións e prazos que se establezan nas instrucións xerais de ordenación dos montes de Galiza.

Artigo 94. Comercio responsábel de produtos forestais.

1. A consellaría competente en materia forestal adoptará as medidas oportunas para evitar a adquisición de madeira e produtos derivados procedentes de talas ilegais e cortas non autorizadas ou non respectuosas cos principios de xestión forestal sustentábel.

2. A Comunidade Autónoma de Galiza fomentará o consumo responsábel dos produtos

procedentes da xestión forestal sustentábel por parte dos cidadáns, mediante campañas de divulgación.

Artigo 95. Certificación forestal.

1. A consellaría competente en materia forestal promoverá a difusión dos sistemas de certificación forestal e procurará que todos eles cumpran as condicións de transparencia, utilización eficiente dos recursos económicos, voluntariedade, ausencia de discriminación e libre competencia.

2. Os sistemas de certificación forestal que se establezan conterán os requisitos

ambientais, económicos e sociais que permitan a súa homologación e cumpran cos acordos internacionais ratificados legalmente, fomentando, ao mesmo tempo, que eses sistemas de certificación se axeiten á estrutura da propiedade dos montes da Comunidade Autónoma de Galiza e das empresas da cadea monte-industria.

3. Nos montes públicos ou xestionados pola Administración, certificarase a xestión forestal

sustentábel mediante sistemas internacionalmente recoñecidos ou validados polas correspondentes entidades de normalización.

TÍTULO IV. APROVEITAMENTOS FORESTAIS.

Capítulo I. Disposicións xerais.

Artigo 96. Principios básicos.

Page 56: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

50

1. Calquera aproveitamento nos montes da Comunidade Autónoma de Galiza realizarase de modo que, harmonizando criterios de conservación e de sustentabilidade co desenvolvemento rural, se adecúe ás determinacións dos diferentes instrumentos de xestión forestal previstos nesta Lei.

2. Os propietarios de montes teñen dereito ao acoutamento das súas propiedades para o

aproveitamento exclusivo da actividade de recolleita de cogumelos, castañas, plantas aromáticas e mediciñais, cortizas e resinas e outros produtos que puideran constituír unha fonte de rendas para o propietario, nas condicións que regulamentariamente se determinen.

Capítulo II. Aproveitamentos forestais.

Artigo 97. Aproveitamentos forestais.

1. O propietario do monte é o titular dos recursos forestais que nel se producen e ten dereito ao seu aproveitamento que se realizará con suxeición ás prescricións desta Lei e ás disposicións que a desenvolvan.

2. Os aproveitamentos nos montes do dominio público forestal poderán ser alleados polos

seus titulares no marco do establecido nesta Lei, así como do previsto na lexislación patrimonial que lles resulte de aplicación.

3. Os aproveitamentos previstos nun instrumento de xestión forestal aprobado pola

Administración non precisarán de autorización para a súa execución, requiríndose dunha notificación á consellaría competente en materia forestal cunha antelación mínima de 15 días previamente á súa realización, acompañada do correspondente proxecto de execución do aproveitamento, tendo en conta a lexislación vixente en riscos laborais.

4. Os aproveitamentos nos montes afectados polas zonas de servidume, policía ou afección dos dominios públicos hidráulico, marítimo-terrestre, de estradas ou ferroviario, non precisarán de autorización dos órganos competentes dos devanditos dominios, sempre que tales montes dispoñan de instrumentos de xestión forestal cuxa aprobación polo órgano forestal da comunidade autónoma fora informada favorablemente polos órganos de xestión dos dominios públicos nomeados. Estes aproveitamentos tampouco precisarán de autorizacións por parte das administacións que segundo o artigo 92.2 foran consultadas previamente á aprobación do plan. Os aproveitamentos nos devanditos montes precisarán de notificación á consellaría competente en materia forestal cunha antelación previa de 15 días. Quedan excluídos deste parágrafo os aproveitamentos nos cinco primeiros metros da zona de policía do dominio público hidráulico que serán solicitadas directamente á consellaría competente en materia de augas.

5. A consellaría competente en materia forestal poderá efectuar as inspeccións, controis e recoñecementos que estime convenientes, na fase previa e durante a realización do aproveitamento, así como unha vez finalizado o mesmo. Esta consellaría poderá requirir aos transformadores e almacenistas de produtos forestais que xustifiquen a orixe das

Page 57: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

51

partidas, ao obxecto de comprobar os aproveitamentos forestais, en especial os procedentes de montes incendiados.

6. O incumprimento reiterado e inxustificado das prescricións previstas nun instrumento de xestión forestal aprobado pola consellaría competente en materia forestal dará lugar á exclusión do monte da sección de Montes Ordenados,do Rexistro Forestal de Galiza, e á conseguinte obrigatoriedade da solicitude de autorización para os futuros aproveitamentos, sen prexuízo da apertura do oportuno expediente sancionador.

7. En canto aos aproveitamentos en zonas afectadas por unha expropiación, será

suficiente que o órgano expropiante envíe unha notificación á consellaría competente en materia forestal, debendo balizar a zona expropiada para evitar talas ilegais ou cortas non autorizadas. O balizamento será realizado polo órgano expropiante ou o promotor a instancia deste órgano.

Artigo 98. Supervisión administrativa.

1. A consellaría competente en materia forestal controlará e supervisará o uso das autorizacións de aproveitamentos mediante inspeccións, recoñecementos e comprobacións.

2. Os axentes da autoridade pública, de oficio ou de parte, poderán esixir a calquera

persoa que realice aproveitamentos forestais suxeitos a autorización, a acreditación documental que ampare as devanditas operacións. A falta dela, requiriranlle para que suspenda as súas actividades, dando conta coa maior brevidade posíbel á consellaría competente en materia forestal aos efectos da incoación, se é o caso, do correspondente expediente sancionador.

3. A consellaría competente en materia forestal, ou os seus axentes da autoridade,

poderán adoptar as medidas de carácter provisional que estimen necesarias, incluíndo o comiso ou inmobilización, para evitar a continuidade do dano ocasionado pola actividade presuntamente infractora.

Sección primeira. Aproveitamentos madeirábeis e leñosos.

Artigo 99. Aproveitamentos madeirábeis e leñosos.

1. Os aproveitamentos madeirábeis e leñosos realizaranse consonte ás determinacións desta Lei.

2. Nos bosques de especies frondosas autóctonas que dispoñan dalgunha figura de

protección ambiental, os aproveitamentos forestais madeirábeis e leñosos deberán adaptarse á normativa vixente.

3. Nos bosques de especies frondosas autóctonas que non teñan ningunha figura de protección ambiental, nin dispoñan de instrumento de xestión forestal, poderán realizarse cortas de leñas, saneamento e mellora. Cando se trate de aproveitamentos madeirábeis deberán aterse ás instrucións específicas que ao efecto sinale a consellaría competente en materia forestal.

Page 58: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

52

4. En ningún caso se entenderán adquiridos, por silencio administrativo, aproveitamentos

madeirábeis ou leñosos en contra desta lei, da súa normativa de desenvolvemento ou dos instrumentos de xestión aprobados.

5. No caso de estar aprobado o instrumento de xestión forestal do monte, o titular que pretenda efectuar un aproveitamento madeirábel ou leñoso notificarao previamente á consellaría competente en materia forestal, aos efectos de comprobar a súa conformidade co previsto no devandito instrumento de xestión. A denegación ou condicionamento do aproveitamento producirase no prazo de 15 días mediante resolución motivada do órgano da antedita consellaría competente para a súa tramitación. Transcorrido o devandito prazo sen ditarse e notificarse resolución expresa entenderase aceptado o aproveitamento.

6. Cando non se dispoña do instrumento de xestión forestal aprobado pola consellaría

competente en materia forestal, todo aproveitamento madeirábel ou leñoso requirirá da autorización previa da consellaría competente en materia forestal, que deberá emitirse no prazo de 15 días en montes cunha superficie arborada inferior ás 15 hectáreas e no prazo dun mes no resto dos casos, entendéndose outorgada se, transcorrido o devandito prazo, non recaeu resolución expresa e fundamentada

7. Non precisarán autorización as podas, rareos e cortas de mellora que non teñan

finalidade comercial así como os aproveitamentos madeirábeis e leñosos para uso exclusivamente doméstico, nas condicións que se determinen regulamentariamente.

8. As persoas físicas ou xurídicas que, en nome do propietario, realicen a xestión ou

aproveitamento dos montes ou terreos forestais poderán, cando estean debidamente acreditadas, solicitar as autorizacións ou facer as notificacións sinaladas neste artigo, achegando a correspondente autorización do propietario do monte.

9. O prazo máximo para a realización dun aproveitamento será de doce meses contados

dende a data de notificación da autorización ou da data na que se considere outorgada esta por silencio administrativo. A realización do aproveitamento implica a valorización ou trituración da biomasa forestal residual, agás naqueles casos que, por motivos ambientais, orografía, condicións de pluviometría que supoñan risco de erosión ou aqueloutras que regulamentariamente se determinen, estas se poidan pospoñer no tempo.

10. O prazo para a realización dos aproveitamentos forestais ao que se refire o apartado

anterior poderase ampliar, previa solicitude xustificada, cando por demoras na execución non imputables ó propietario ou, no seu caso, a empresa que realice o aproveitamento como demoras noutros trámites necesarios, condicións meteoroloxícas desfavorables, ou a propia planificación do aproveitamento así o aconsellen.

11. Na superficie forestal de zonas de ribeira situadas nos primeiros cinco metros da zona

de policía, o outorgamento de autorizacións corresponde ao organismo de bacía. As autorizacións para o resto da zona de policía correspóndelle á consellaría competente en materia forestal.

Page 59: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

53

12. A consellaría competente en materia forestal establecerá as simplificacións nos trámites que permitan as novas tecnoloxías e a administración electrónica.

Sección segunda. Aproveitamentos non madeirábeis.

Artigo 100. Pastoreo.

1. O pastoreo realizado nos montes veciñais e de particulares deberá contar coa autorización dos titulares das terras e o gando deberá estar identificado. A carencia deste autorización ou identificación levará consigo a retirada do gando pola autoridade competente.

2. O pastoreo realizarase de forma que sexa compatíbel coa conservación e mellora

destes, limitado ás cargas gandeiras e condicións que regulamentariamente se establezan, co coidado preciso para non danar o medio forestal ou a capa vexetal nin degradar o solo.

3. A presenza irregular de gando no monte levará consigo á adopción das correspondentes

medidas que poderán incluir o comiso das reses.

4. Nos montes que non conten cun instrumento de xestión forestal que regule os pastos, será necesaria a autorización da consellaría competente en materia forestal para poder realizar o aproveitamento

5. A inclusión de parcelas forestais dedicadas a pastos nos instrumentos de xestión forestal levará consigo a definición destas como pastizais ou rodais de aproveitamento silvopastoril.

6. No referente ás reses non identificadas ou non autorizadas a pastar no monte, calquera

que sexa a súa titularidade ou natureza, ou que incumpran as condicións contidas nas autorizacións, estarase ao disposto nesta Lei e na normativa autonómica ou estatal en materia de ordenación agraria e desenvolvemento rural e de sanidade e benestar animal. Todo iso con independencia das responsabilidades civís ou penais que se poidan producir.

7. A concesión de axudas en montes nos que se realicen aproveitamentos de gando,

consonte ao disposto neste artigo, supeditarase á presentación da correspondente autorización da comunidade de montes ou dos propietarios do monte, onde se fará constar que dito aproveitamento deberá aterse ao instrumento de xestión forestal que regula o aproveitamento do pasto.

Artigo 101. Outros aproveitamentos non madeirábeis.

1. Réxense pola súa normativa específica, sen prexuízo do disposto nesta Lei:

a. Os aproveitamentos de recursos non renovábeis, derivados da explotación de canteiras, áridos ou calquera outra actividade extractiva a ceo aberto ou subterránea. Cando se trate de montes de utilidade pública, de especial protección autonómica e montes veciñais, calquera autorización que emita o órgano competente na respectiva materia, esixirá informe previo vinculante da

Page 60: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

54

consellaría competente en materia forestal. En todo caso, a autorización do aproveitamento determinará o depósito de fianza abonda, por parte do interesado, que garanta a íntegra restauración dos terreos afectados.

b. Os aproveitamentos derivados da caza ou da pesca.

2. A consellaría competente en materia forestal emitirá un informe vinculante sobre os plans de aproveitamento cinexético, piscícola, mineiro e enerxético que afecten a terreos forestais, antes de proceder á súa aprobación.

3. A consellaría competente en materia forestal regulará as condicións nas que poden

autorizarse e regularse outros aproveitamentos non madeirábeis tales como o micolóxico, apícola, compostaxe, corticeiro, resinas, colleita de plantas aromáticas e froitos silvestres e sementes.

4. A consellaría competente en materia forestal promoverá novas actividades e

aproveitamentos do monte de xeito que favorezan a súa posta en valor e contribúan á fixación de poboación no rural.

5. A consellaría competente en materia forestal promoverá as accións e estudos tendentes

á valorización e cuantificación de outros bens e servizos que xeran os montes, especialmente na fixación de gases de efecto invernadoiro, na regulación das augas e nos aspectos recreativos e paisaxísticos.

Artigo 102. Biomasa forestal primaria.

A consellaría competente en materia forestal regulará a produción, aproveitamento e manexo da biomasa forestal primaria, garantindo a conservación da biodiversidade, a estabilidade dos solos, facilitando o desenvolvemento dos ciclos ecolóxicos e a súa compatibilidade coas actividades tradicionais da industria forestal.

Capítulo III. Aproveitamentos en montes públicos e aproveitamentos en montes xestionados pola consellaría competente en materia forestal.

Artigo 103. Alleamento.

1. Os alleamentos dos produtos dos montes públicos e de xestión pública suxéitanse ao seguinte réxime:

a. Nos montes de titularidade da Comunidade Autónoma, realizaranse por poxa,

procedemento negociado ou adxudicación directa consonte ao establecido na normativa patrimonial daquela.

b. Nos montes de titularidade municipal rexeranse pola súa lexislación específica.

c. Nos montes xestionados pola consellaría competente en materia forestal, o alleamento poderase realizar por poxa, procedemento negociado, ou alleamento directo, nos termos en que regulamentariamente se determine.

Page 61: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

55

2. Nos montes sinalados no número 1, apartados a) e c) do presente artigo, o importe polo alleamento da madeira en corta final destinarase, na parte que corresponda, ao financiamento da reforestación da superficie de corta, no caso de non ser viábel ou aconsellabel a rexeneración natural. Con este fin, dentro do mesmo procedemento que regule o alleamento da madeira, determinaranse as medidas necesarias que deberá levar a cabo o adxudicatario para o acondicionamento do terreo e a nova reforestación.

3. No tratamento da biomasa forestal residual, contemplarase o disposto no artigo 30.1, e

será por conta do adxudicatario do aproveitamento.

Artigo 104. Fondo de melloras do monte galego. dos montes de xestión pública

1. A consellaría competente en materia forestal poderá aprobar plans de melloras para os montes de Utilidade Pública e para aqueles montes que, independentemente da súa titularidade, sexan tutelados ou xestionados por ela a medio do mediante o correspondente contrato de xestión.

2. A estes efectos, A autoridade competente creará crearase un fondo de melloras do monte galego que se nutrirá coas seguintes achegas:

a. Nos montes de Utilidade Pública, as que se especifiquen no correspondente convenio.

b. En montes de xestión pública as achegas serán polo valor do importe que lle

corresponde polos ingresos derivados do aproveitamento alleamento dos produtos do monte, contemplados segundo esté contemplado no contrato de xestión pública.

c. Os ingresos derivados das encomendas ou dos contratos de xestión que resulten dos procedementos de extinción e desaparición das comunidades de montes ou por grave abandono de acordo co establecido nos artigos 70 e 71 desta Lei.

3. Consideraranse melloras os traballos e actuacións de fomento da xestión forestal, tales

como deslindamentos e amolloamentos, reforestacións, traballos silvícolas ou fitosanitarios, obras de execución e conservación de infraestruturas, a conservación e mellora dos pastos, a planificación preventiva contra os incendios forestais e o cumprimento de obrigas xerais derivadas da Lei, así como, en xeral, cantas accións contribúan á mellor conservación dos montes.

4. Poderán beneficiarse do Fondo as entidades públicas titulares dos montes, os titulares privados que dispoñan dun contrato de xestión coa consellaría competente en materia forestal e os montes veciñais declarados en grave abandono ou naqueles onde se produciu a extinción ou desaparición da comunidade.

5. Os procedementos de xestión do Fondo de melloras será obxecto de regulamentación.

TÍTULO V. CONSERVACIÓN E PROTECCIÓN DE MONTES.

Page 62: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

56

Capítulo I. Usos do solo.

Artigo 105. Cambio de uso forestal e modificación da cuberta vexetal.

1. O cambio do uso forestal dun monte cando non veña motivado por razóns de interese xeral ou por declaración de demanialidade distinta da forestal e da normativa ambiental aplicábel, terá carácter excepcional e requirirá autorización da consellaría competente en materia forestal, e só se informará favorablemente cando quede garantida a integridade do monte e o seu valor ecolóxico e social.

2. Regulamentariamente, a consellaría competente en materia forestal establecerá un

procedemento simplificado para autorizar o cambio de uso naquelas plantacións forestais de carácter non permanente para as que se solicite unha reversión a usos anteriores non forestais.

3. A consellaría competente en materia forestal regulará os casos nos que, sen se producir

un cambio de uso forestal, se requira autorización para a modificación substancial da cuberta vexetal do monte.

4. Requirirán autorización expresa da consellaría competente en materia forestal os

cambios de uso dos montes para cultivos agrícolas, así como a cavadura dos solos e calquera outra actuación que supoña alteración dos seus perfís ou un incremento do risco de erosión.

5. O outorgamento das devanditas autorizacións requirirá a previa constatación, a través

dos oportunos estudos e análises, de que as actuacións que se pretenden executar son compatíbeis co disposto nos instrumentos de xestión forestal e non producen efectos negativos no medio físico e natural nin noutros intereses forestais obxecto de tutela.

6. Poderanse revogar as autorizacións de cambio de uso forestal cando o terreo obxecto

da autorización fose afectado por un lume con posterioridade ao seu outorgamento.

Artigo 106. Incidencia da normativa urbanística.

Os instrumentos de planeamento urbanístico, cando afecten á cualificación de terreos forestais, requirirán o informe da consellaría competente en materia forestal. O devandito informe será vinculante de tratarse de montes públicos, de xestión pública, montes veciñais ou de especial protección autonómica, independentemente do tipo de propiedade.

Artigo 107. Uso social dos montes públicos.

1. Os montes integrantes do dominio público forestal estarán suxeitos ao uso común, xeral, público e gratuíto cando as actividades a desenvolver teñan finalidade recreativa, cultural ou educativa non lucrativa, sometida á normativa vixente, particularmente aos instrumentos de xestión aplicábeis, sempre que sexan compatíbeis cos aproveitamentos, autorizacións ou concesións legalmente establecidos.

2. A consellaría competente en materia forestal regulará as actividades non lucrativas e as

condicións de acceso público aos montes demaniais consonte ao previsto nesta Lei.

Page 63: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

57

3. A consellaría competente en materia forestal someterá, respecto dos montes demaniais, a outorgamento de autorizacións, aquelas actividades que, de acordo coa normativa autonómica, as requiran pola súa intensidade, perigosidade ou rendibilidade.

4. Para a realización de actividades que impliquen unha utilización privativa do dominio

público forestal é necesario o título concesional ou permiso de ocupación temporal outorgado pola consellaría competente en materia forestal.

Artigo 108. Uso cultural, turístico, educativo e recreativo dos montes públicos.

1. A Administración pública competente promoverá o uso cultural, turístico, educativo e recreativo dos montes públicos que sexa axeitado e compatíbel coa súa conservación. Para tal efecto, impulsará áreas, núcleos ou itinerarios recreativos, zonas de acampada, campamentos, aulas forestais e de interpretación ou calquera outro tipo de infraestrutura recreativa.

2. O uso dalgunhas infraestruturas ou instalacións de carácter recreativo, cultural ou

turístico poderá requirir o aboamento dun tributo consonte a Lei 6/2003 de 9 de decembro, de taxas, prezos e exaccións reguladoras da Comunidade Autónoma de Galiza.

3. Considerarase uso común especial a celebración de actos que leven consigo unha

afluencia de público indeterminada, e estará suxeito ao disposto no correspondente instrumento de xestión forestal cando teñan carácter tradicional e periódico. En ausencia do devandito instrumento ou cando teñan carácter ocasional, requirirán autorización administrativa, que será en todo caso temporal, e nunca excluirá o uso común xeral. A autorización irá aparellada a unha fianza que garanta a reposición dos posibles danos ocasionados.

4. A consellaría competente en materia forestal asegurará, en todo caso, que os montes se

manteñan limpos de elementos estraños a este, quedando obrigados todos á recollida e extracción dos residuos que orixinen. Igual obriga atinxirá aos que realicen calquera actividade autorizada.

Artigo 109. Acceso público aos montes.

1. Sen prexuízo das servidumes e dereitos existentes e do establecido na Lei 3/2007, do 9 de abril, de prevención e defensa contra os incendios forestais de Galiza, o acceso de persoas alleas á vixilancia, extinción, xestión ou realización de aproveitamentos forestais, poderá limitarse mediante resolución administrativa por razóns de conservación dos recursos ou valores naturais. As limitacións deberán facerse públicas de forma fidedigna.

2. Salvo por razóns de xestión, realización de aproveitamentos forestais e vixilancia, logo

de autorización administrativa expresa, queda prohibida a circulación de vehículos a motor percorrendo terreos de monte de calquera titularidade fóra das pistas forestais existentes.

Page 64: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

58

3. A circulación con vehículos a motor por pistas forestais limitarase ás funcións de xestión, incluíndo a vixilancia, extinción de incendios forestais e realización de aproveitamentos forestais e aos usos amparados polas servidumes e dereitos existentes.

4. Excepcionalmente, a consellaría competente en materia forestal poderá autorizar o

tránsito aberto motorizado na forma que se determine, cando se comprobe a adecuación do vial, a correcta sinalización do acceso, a aceptación polos titulares e a asunción do mantemento do monte en axeitadas condicións e da responsabilidade civil polos danos que se poidan ocasionar na realización de calquera actividade autorizada. Para tal fin, a consellaría competente poderá establecer fianzas aos peticionarios das devanditas actividades.

Artigo 110. Usos prohibidos.

Quedan prohibidos, salvo expresa autorización da consellaría competente en materia forestal e sen prexuízo doutras autorizacións necesarias segundo a lexislación sectorial aplicábel en cada caso:

1. As accións que afecten de forma significativa as poboacións locais de especies animais protexidas.

2. A recollida de produtos sometidos a autorización e de material vexetal, mineral ou de exemplares da fauna dos montes, salvo que se trate de mostras con fins científicos e conten coa preceptiva autorización.

3. O depósito de entullos, lixo, residuos ou escouras de calquera tipo ou natureza.

4. O uso daqueles elementos produtores de ruído, alleos á actividade agroforestal, que poidan alterar os hábitos do gando ou da fauna silvestre.

5. As acampadas, agás nos lugares expresamente permitidos.

6. A publicidade estática.

7. A actividade comercial ambulante.

8. O sinalamento mediante o apuntalamento nas especies forestais.

Capítulo II. Conservación.

Artigo 111. Disposicións xerais.

1. A Xunta de Galiza abordará as políticas de control da erosión, de corrección hidrolóxico-forestal e de repoboación, dende a ordenación do territorio, cunha resposta que integre e coordine os distintos instrumentos con incidencia no territorio e que vincule tamén aos propietarios privados. A estes efectos, a consellaría competente en materia forestal elaborará un mapa de riscos fronte a erosión para a planificación da restauración hidrolóxica forestal. O devandito mapa de riscos fixará as zonas prioritarias de actuación.

2. Os plans, obras e traballos contra a erosión ou de restauración hidrolóxico-forestal que

sexan precisos para a recuperación das zonas prioritarias de actuación, calquera que sexa a súa titularidade, e o uso ao que se destinen, poderán ser declarados de utilidade pública ou interese social aos efectos de expropiación forzosa.

Page 65: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

59

3. Os montes periurbáns polas súas especiais características serán obxecto dunha regulamentación específica encamiñada á súa preservación e a garantir no futuro as súas funcións sociais e ecolóxicas e a establecer mecanismos de compensación dos servizos que presta á sociedade.

Artigo 112. Loita contra a desertificación e restauración hidróloxico-forestal.

1. A Comunidade Autónoma de Galiza colaborará coas Administracións Públicas competentes nos seguintes ámbitos:

a. Na elaboración, aplicación e seguemento do programa contra a desertificación establecido no ámbito do artigo 41 da Lei 43/2003, do 21 de novembro, de montes.

b. Na elaboración, aplicación e seguimento do plan de restauración hidrolóxico-forestal no ámbito do artigo 41 da Lei 43/2003, de 21 de novembro, de montes, sen prexuízo de que, para atender ás especificas necesidades do territorio galego, se establezan proxectos hidrolóxicos e plans de recuperación hidrolóxico forestal específicos.

2. A consellaría competente en materia forestal, a partir do mapa de riscos fronte a erosión

delimitará as zonas de perigo por risco de erosión con posíbeis graves perdas de solo, así como aquelas outras ameazadas por risco de inundacións que afecten a poboacións, establecendo medidas de prevención e actuación mediante plans de restauración hidrolóxico-forestal, de aplicación obrigatoria para todas as administracións públicas. No caso de grave risco de inundacións, coordinaranse as actuacións destes plans coa consellaría competente en materia de augas.

Artigo 113. Repoboación forestal.

1. Sen prexuízo do disposto na Lei 3/2007 de prevención e defensa contra incendios forestais de Galiza, a repoboación dos montes poderá realizarse directamente polas administracións públicas, ou polos titulares privados, quedando suxeita, cando proceda, aos instrumentos de xestión forestal que resulten de aplicación e sen prexuízo do seu sometemento, así mesmo, á avaliación de impacto ambiental cando así o esixa a lexislación aplicábel.

2. A repoboación forestal en montes catalogados de utilidade pública, ou de especial

protección autonómica farase co obxectivo de crear neles formacións boscosas autóctonas con capacidade de autorrexeneración e continuidade. Agás por cuestións de mellora xenética, en ningún caso poderase facer unha repoboación con especies arbóreas que supoña un cambio de especie forestal en terreos con formacións boscosas autóctonas.

3. As actuacións de repoboación forestal que superen as 5 hectáreas en couto redondo,

necesitarán do correspondente proxecto técnico. Os proxectos de repoboación forestal someteranse á aprobación da Consellaría competente en materia forestal, agás para os montes catalogados de utilidade pública, de especial protección autonómica ou os que dispoñan dun instrumento de xestión forestal aprobado pola devandita consellaría que precisarán de notificación que deberá practicarse nun prazo de 15 días previamente á realización da repoboación.

Page 66: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

60

4. A repoboación forestal corresponde ós seus titulares e a consellaría competente en materia forestal poderá inspeccionala de acordo con esta lei e normativa de desenvolvemento.

5. A Consellaría competente en materia forestal velará para que as repoboacións se

realicen, no seu caso, conforme ó correspondente proxecto.

6. A Xunta de Galiza, a proposta do titular da consellaría competente en materia forestal, poderá declarar a utilidade pública dunha repoboación forestal en montes de especial protección autonómica. A tal efecto proporase o establecemento dunha colaboración entre propietario e administración por medio dun convenio financiado con cargo ao fondo de melloras ou dunha liña de axudas específica para a execución deste tipo de traballos.

7. Co obxectivo de evitar a alteración do patrimonio xenético forestal de Galiza, nos bosques de ribeira e nos bosques de especies autóctonas ubicados nos montes de especial protección autonómica, as repoboacións ou sementeiras so se poderán realizar con material de base de reprodución recollida nos mesmos montes, ou no seu caso de similar procedencia xeográfica.

Capítulo III. Pragas, doenzas forestais, defensa fitosanitaria e xenética forestal.

Artigo 114. Marco xurídico da sanidade forestal.

1. Na prevención e loita contra pragas forestais, no Rexistro de Produtos Fitosanitarios a utilizar nos montes, na introdución e circulación de plantas e produtos forestais de importación, así como en calquera outro aspecto da sanidade forestal, estarase ao establecido na lexislación en materia de sanidade vexetal.

2. O órgano que corresponda da consellaría competente en materia forestal asumirá as

competencias previstas neste ámbito, sen prexuízo das funcións derivadas das delegacións ou colaboracións que, no que se refire a pragas e enfermidades forestais, se establezan con outras unidades da mesma ou de distintas consellarías.

Artigo 115. Actuacións da administración autonómica.

1. Corresponde á consellaría competente en materia forestal a vixilancia, localización e estudo dos axentes nocivos, pragas e enfermidades forestais, así como os labores de prevención, erradicación e control que se consideren oportunos.

2. As medidas de protección contra os axentes nocivos serán de carácter preventivo, por medio de técnicas silvícolas axeitadas, utilización de axentes biolóxicos que impidan ou freen o incremento das poboacións de axentes nocivos e a aplicación de métodos de loita integrada.

3. A consellaría competente en materia forestal informará as Administracións Públicas competentes e ás organizacións representativas dos propietarios forestais sobre a localización de focos incipientes de pragas, a incidencia e intensidade das pragas de

Page 67: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

61

corentena e daquelas outras detectadas no ámbito territorial da Comunidade Autónoma de Galiza que teñan especial incidencia, así como das medidas fitosanitarias adoptadas.

4. A consellaría competente en materia forestal prestará asesoramento e axuda técnica a entidades públicas, privadas e a particulares para a loita contra pragas e enfermidades forestais e poderá formalizar convenios cos propietarios para a execución de traballos de prevención e de loita contra enfermidades e pragas.

5. A consellaría competente en materia forestal elaborará a relación de especies invasoras que puidesen afectar ou entrañar riscos aos montes galegos e promoverá, nos casos que proceda, campañas para a súa eliminación ou erradicación.

Artigo 116. Obrigas dos titulares de montes e dos xestores de servizos forestais.

1. Os propietarios, xestores dos montes e os titulares dos aproveitamentos deben vixiar e manter as masas forestais da súa propiedade, ou sobre as que realizan as actuacións, en bo estado fitosanitario. Para a súa consecución están obrigados a:

a. Extraer aqueles produtos forestais que poidan crear un risco de praga ou

enfermidade forestal no prazo e forma determinado polo órgano que corresponda da consellaría competente en materia forestal.

b. Notificar ao órgano que corresponda da consellaría competente en materia

forestal toda aparición atípica de organismos nocivos ou de síntomas de enfermidade nas masas forestais.

c. Executar ou facilitar a realización das accións e tratamentos obrigatorios que a

consellaría competente en materia forestal determine como consecuencia da declaración de existencia oficial dunha praga ou enfermidade forestal.

2. Se os propietarios do monte ou os titulares dos aproveitamentos non realizan as

actuacións determinadas pola consellaría competente en materia forestal, esta poderá proceder á execución subsidiaria das mesmas, de conformidade co disposto na Lei 30/1992 do réxime xurídico das administracións públicas e do procedemento administrativo común. Todo elo sen prexuízo da incoación, se procede, do oportuno expediente sancionador por incumprimento das obrigas recollidas no presente artigo.

3. Os titulares de centros, almacéns e parques de madeira deberán cumprir coa lexislación

en materia de sanidade vexetal vixente ao obxecto de evitar a entrada e transmisión de axentes patóxenos nocivos.

Artigo 117. Xenética forestal.

1. A consellaría competente en materia forestal autorizará os materiais de base para a produción de materiais forestais de reprodución identificados, seleccionados, cualificados e seleccionados que se obteñan en Galiza, a estes efectos regularase o procedemento para autorización de materiais de base, os cales se inscribirán na sección de Materiais de Base para a Produción de Materiais Forestais de Reprodución,do Rexistro Forestal de Galiza.

Page 68: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

62

2. A Xunta de Galiza colaborará coas Administracións Públicas competentes na

elaboración e desenvolvemento dos programas de ámbito estatal ou europeo que promovan a mellora xenética e a conservación dos recursos xenéticos forestais e na determinación das rexións de procedencia dos materiais forestais de reprodución.

3. Sen prexuízo do disposto no parágrafo anterior, a consellaría competente en materia

forestal desenvolverá programas de mellora xenética forestal para a consecución de produtos forestais de calidade e para a conservación dos recursos xenéticos forestais, con especial atención ás especies produtivas de madeira, así como para protexer a riqueza xenética das especies autóctonas.

4. Co obxecto de mellorar a conservación in situ e o uso sustentable dos recursos

fitoxenéticos utilizados na silvicultura para as principais especies forestais en Galiza a consellaría competente en materia forestal elaborará un plan de mellora xenética das especies forestais e creará un banco de material forestal de reprodución de especies forestais de interese, tanto herbáceas, coma arbustivas e arbóreas, coa finalidade de protexer a riqueza xenética.

5. A consellaría competente en materia forestal fomentará o aumento da produción de

material forestal de reprodución da categoría cualificado e controlado, ou cando menos seleccionado, a tal fin creará unha Rede de Areas Forestais Xenéticas no territorio da comunidade. Os montes patrimoniais da Comunidade autónoma de Galiza formarán parte desta Rede, e neles realizarase unha silvicultura dirixida á conservación in situ e a produción de material forestal de reprodución para as principais especies forestais.

Artigo 118. Persoas provedoras de material forestal de reprodución.

1. A consellaría competente en materia forestal promoverá a creación e instalación de persoas provedoras (expresión incorrecta. Corrixir) de material forestal de reprodución no ámbito territorial da Comunidade Autónoma de Galiza, fomentará a súa implantación e desenvolvemento mediante incentivos e programas específicos de apoio.

2. A consellaría competente en materia forestal creará unha sección no Rexistro Forestal

de Galiza no que deberán inscribirse os provedores de materiais forestais con domicilio en Galiza ou fóra de Galiza pero con instalacións fixas nela.

3. Así mesmo, o citado órgano elaborará un rexistro dos campos de plantas nai, onde se

inscribirá todo provedor que se propoña o establecemento, ou no seu caso variación, dun campo de plantas nai para a produción de material forestal de reprodución a partir dun material de base do tipo clons ou mestura de clons, o cal deberá ser autorizado previamente.

4. A consellaría competente en materia forestal garantirá mediante un sistema de control

oficial que os materiais de reprodución procedentes de unidades de admisión individuais ou de lotes sexan claramente identificables durante todo o proceso dende a recolección até a entrega ao consumidor final. A este respecto efectuaranse de xeito regular inspeccións oficiais dos provedores rexistrados.

Page 69: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

63

5. Cando as persoas provedoras de material forestal de reprodución comercialicen materiais forestais de reprodución a outras Comunidades Autónomas ou outros Estados membros, deberán comunicar á consellaría competente en materia forestal os datos da dita comercialización, cando menos os datos de especie forestal, número de certificado patrón, número de unidades da venda, e a identificación das persoas receptoras do material.(Falta algún párrafo no que se indique o deber das persoas proveedoras de material de reproducción de informar ao consumidor final sobre a procedencia e características do material forestal que comercializan).

Capítulo IV. Prevención e defensa contra incendios forestais.

Artigo 119. Sistema de prevención e defensa contra incendios forestais de Galiza.

1. O Sistema de Prevención e Defensa contra Incendios Forestais de Galiza está formado polo conxunto de plans, disposicións e medios operativos cuxo obxectivo é a prevención e protección do espazo forestal e da súa zona de influenza contra os incendios forestais e que responde aos seguintes criterios:

a. A protección de persoas e bens e do patrimonio forestal galego.

b. Determinación do conxunto de accións e medidas no ámbito da sensibilización social, o planeamento de prevención e defensa, a silvicultura preventiva, as redes de infraestruturas preventivas, a vixilancia, predición, detección e combate así como todas aquelas medidas que sexan necesarias para o remate e liquidación do incendio.

c. Determinación das medidas punitivas, de intervención, control e fiscalización necesarias para o cumprimento da legalidade así como aqueloutras dirixidas á restauración dos terreos queimados.

d. Determinación do organigrama funcional do dispositivo, medios, medidas e protocolos de actuación necesarios para unha prevención e defensa eficaz.

e. Cooperación e coordinación entre as distintas administracións públicas de acordo coa normativa específica vixente.

2. A consellaría competente en materia de incendios forestais adoptará as medidas

oportunas para garantir a defensa xurídica dos responsables do dispositivo e do persoal baixo o seu mando nos procedementos seguidos ante os tribunais por posíbeis responsabilidades derivadas do exercicio das súas funcións.

TÍTULO VI. EDUCACIÓN, DIVULGACIÓN, FORMACIÓN E INVESTIGACIÓN.

Capítulo I. Educación e divulgación.

Artigo 120. Da educación e divulgación.

Page 70: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

64

1. A Xunta de Galiza promoverá o ensino de contidos forestais na educación primaria e secundaria, e fomentará e regulará o uso educativo dos montes, e fomentará programas de sensibilización cara os montes e a diversidade dos seus usos.

2. Para fomentar o uso educativo do monte e dar a coñecer a diversidade dos seus usos,

a consellaría competente en materia forestal aprobará un Plan de Divulgación Forestal. 3. Potenciaranse as aulas forestais e os montes como os principais instrumentos

canalizadores destes fins.

Artigo 121. Programas de divulgación.

1. A Comunidade Autónoma de Galiza, en colaboración con outras administracións públicas e cos axentes sociais representativos, promoverá o establecemento de programas de divulgación orientados a concienciar ao conxunto da sociedade da importancia da existencia dos montes e dos seus produtos como recursos naturais renovábeis, así como da súa xestión sustentábel.

2. As entidades locais desenvolverán programas de concienciación e sensibilización sobre

o monte resaltando a importancia ambiental dese ecosistema, das súas producións e servizos, así como da necesidade do desenvolvemento integral do medio rural para a prevención de incendios forestais, fomentando a participación social e favorecendo a corresponsabilidade da poboación na protección do monte.

3. Con tal fin, poderán outorgarse acordos ou convenios de colaboración con centros de investigación e empresas de transformación, coas distintas administracións públicas, coas universidades, cos colexios profesionais ou con calquera outra entidade.

Capítulo II. Formación e investigación.

Artigo 122. Formación técnica.

Co fin de contribuír ao desenvolvemento e promoción dos aspectos sociolaborais do sector forestal e ao fomento do emprego, con especial atención ás poboacións rurais, a Xunta de Galiza, en colaboración con outras administracións públicas e cos axentes sociais representativos, actuará nun triplo ámbito:

1. Impulsará a formación dos propietarios e silvicultores, de acordo coas normas de xestión forestal sustentábel. Nos labores de formación fomentarase a participación das universidades, organizacións, entidades, asociacións profesionais do sector e as comunidades de montes veciñais en man común.

2. Desenvolverá de forma continuada, actividades tendentes a incrementar a formación

técnica dos profesionais no sector forestal, colaborando no fomento da formación profesional e no desenvolvemento de ensinanzas medias ou superiores coa máxima participación dos centros de formación profesional e universidades nas que se imparten titulacións forestais.

Page 71: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

65

3. Artellará programas anuais de reciclaxe e perfeccionamento do persoal da consellaría competente en materia forestal, prestando especial atención á prevención de riscos laborais e saúde laboral, así como á mellora na eficiencia e actualización dos coñecementos dos traballadores/as do sector forestal tanto no ámbito público como privado.

Artigo 123. Investigación.

1. A consellaría competente en materia forestal promoverá o desenvolvemento da investigación científica e técnica e dos estudos en materia forestal que permitan dispoñer dos coñecementos necesarios para a mellora do medio forestal e das actuacións que sobre o mesmo se executen.

2. Nos montes de titularidade da Comunidade Autónoma de Galiza poderanse establecer

áreas de reserva non intervenidas para o estudo da evolución natural dos montes.

TÍTULO VII. FOMENTO FORESTAL.

Capítulo I. Dos contratos de xestión forestal.

Artigo 124. Contratos de xestión forestal

1. Co fin de garantir a xestión sustentábel do monte, que sexa compatible co seu aproveitamento multifuncional, a consellaría competente en materia forestal poderá subscribir contratos de xestión forestal cos propietarios dos montes privados. O obxecto destes contratos será a xestión sustentábel do monte, de acordo cun instrumento de xestión forestal e un plan de viabilidade económica presentado polos propietarios e aprobado pola consellaría competente en materia forestal ao inicio do contrato, nos que se establecerán os medios e os prazos nos que os ditos propietarios asumirán, de seu, a xestión do monte. A estes efectos, a consellaría competente en materia forestal establecerá no contrato as formas de colaboración cos propietarios dos montes e os investimentos que sexan necesarios , así como, os investimentos e axudas que correspondan.

2. Os contratos de xestión forestal, que serán desenvolvidos regulamentariamente,

respectarán as seguintes bases:

a. A consellaría competente, sen prexuízo do disposto no parágrafo anterior, priorizará a subscrición dos contratos de xestión forestal cos montes que reúnan algún dos seguintes requisitos:

i. Montes con convenios ou consorcios en vigor, que presenten un

interese público ou social para a consellaría competente en materia forestal.

ii. Montes de especial protección autonómica nos que sexa necesaria a actuación da consellaría competente en materia forestal para acadar a súa xestión sustentábel.

iii. Montes veciñais en man común e calquera outros montes que precisen

Page 72: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

66

da intervención da administración, ata que acaden a autosustentabilidade.

b. A xestión poderá ser asumida directamente pola consellaría competente en

materia forestal, ou a medio dos seus entes instrumentais, e mesmo por persoas físicas ou xurídicas con experiencia no sector forestal, e sempre co acordo e a colaboración dos propietarios dos montes.

c. A consellaría competente en materia forestal supervisará a execución dos

traballos previstos no instrumento de xestión forestal e os investimentos que estableza o plan de viabilidade económica, que de non se cumprir, por causas imputables aos propietarios previstas no contrato, poderán ser causa de resolución contratual. Os propietarios que executen e invistan segundo o previsto no contrato terán prioridade na adxudicacion dos incentivos previstos nesta Lei.

d. A consellaría competente en materia forestal asesorará e colaborará cos

propietarios na execución dos devanditos contratos.

Capítulo II. Das infraestruturas forestais.

Artigo 125. Construción de infraestruturas públicas non forestais.

1. Os proxectos de construción de todo tipo de infraestruturas alleas á xestión dos montes artellaranse de modo que, sempre que sexa posíbel, non afecten ou teñan a menor incidencia sobre os montes. No caso que non sexa posíbel evitar esa incidencia sobre o monte, os devanditos proxectos precisarán de informe favorábel da consellaría competente en materia forestal.

2. Todos os instrumentos de planificación que conteñan infraestruturas que teñan que situarse en montes ou terreos forestais deberán ser informados previamente pola consellaría competente en materia forestal.

3. As infraestruturas públicas situadas en terreos forestais ou que atravesen áreas forestais deberán proxectarse e executarse tendo en conta os criterios establecidos na lei de prevención de incendios forestais, especialmente no que se refire a facilitar os traballos de control da biomasa combustible.

Artigo 126. Infraestruturas forestais.

1. A consellaría competente en materia forestal promoverá a construción e mellora das infraestruturas necesarias para unha axeitada xestión de recursos forestais, evitando a excesiva densidade de pistas ou trazados non axeitados que dificulten os traballos forestais, que imposibiliten o seu mantemento ou que supoñan riscos de erosión.

2. Potenciaranse aquelas infraestruturas forestais necesarias para unha axeitada e óptima

xestión dos recursos forestais, e en concreto aquelas que estean definidas nos planeamentos de prevención e defensa contra os incendios forestais de distrito, municipais e inframunicipais.

Page 73: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

67

3. Co fin de facilitar e optimizar as operacións de aproveitamento, saca e transporte,

fomentarase a creación e mantemento de parques para o amoreamento de madeira en número e superficie suficientes para atender a capacidade produtiva do devandito monte, e localizados estratexicamente segundo a distribución das pistas, da superficie produtiva e da proximidade das estradas.

Artigo 127. Pistas forestais.

1. A consellaría competente en materia forestal planificará, fomentará e velará pola conservación e mantemento da rede de pistas forestais, aproveitando cando sexa posíbel as pistas forestais existentes. Neste labor xustificarase a súa viabilidade, procurando evitar o impacto sobre a paisaxe, a degradación da vexetación, a erosión e preservando os ecosistemas existentes no monte.

2. Os camiños públicos e privados situados en solo rústico de protección forestal terán a

consideración de pistas forestais cando o seu destino principal sexa o forestal e deberán cumplir coas caracteristicas técnicas esixidas pola consellaría competente en materia forestal.

3. As características e esixencias construtivas das pistas forestais promovidas pola

consellaría competente en materia forestal, así como as súas reformas ou modificacións, serán establecidas regulamentariamente e atenderán ás necesidades do transporte de produtos forestais e do acceso aos montes da maquinaria forestal.

4. A apertura de novas pistas forestais que atravesen montes privados cando non estean

previstas no seu instrumento de xestión forestal en vigor, precisarán de autorización administrativa expresa da consellaría competente en materia forestal. A autorización deberá emitirse no prazo máximo dun mes a partir da data da súa solicitude e entendéndose outorgada se, transcorrido o devandito prazo, non recaeu resolución expresa.

5. As vías de saca existentes nos montes públicos e privados, así como outras vías de uso privativo para servizo dos mesmos, non terán a consideración de pistas forestais e non precisarán autorización.

Capítulo III. Defensa dos intereses forestais.

Artigo 128. Fomento do asociacionismo.

1. As Administracións públicas, no exercicio das súas competencias, promoverán activamente as fundacións, asociacións e cooperativas, existentes ou de nova creación, que teñan por obxecto as materias que se tratan nesta Lei e, nomeadamente, a xestión sustentábel e multifuncional dos montes.

2. A consellaría competente en materia forestal poderá asinar acordos e convenios coas

asociacións, comunidades de montes, cooperativas e fundacións legalmente constituídas que representen intereses do sector forestal, para a formación e asistencia

Page 74: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

68

técnica aos seus membros e asociados ademais da promoción da xestión sustentábel dos montes.

3. Co fin de conseguir unha ordenación sustentábel e unha xestión conxunta dos recursos

dos montes de Galiza, a consellaría competente en materia forestal:

a. Fomentará o mantemento das comunidades de bens e das agrupacións forestais, calquera que sexa a súa forma, que dispoñan como mínimo de 15 hectáreas de terreo.

b. Promoverá a agrupación de montes, calquera que sexa a súa natureza, co obxecto de facilitar unha ordenación e xestión de carácter integral mediante instrumentos de xestión forestal que asocien a pequenos propietarios.

4. Consonte o artigo 30.3 da Lei 3/2007 de prevención de incendios, o Consello da Xunta

poderá iniciar de oficio o procedemento para crear unha unidade de xestión forestal.

Artigo 129. Cobertura de danos por incendios forestais.

A consellaría competente en materia forestal promoverá a creación e o desenvolvemento do seguro de incendios forestais no marco do previsto na Lei 87/1978, de 28 de decembro, de seguros agrarios combinados. Os propietarios que subscriban o seguro terán prioridade para acollerse ás subvencións previstas nesta Lei.

Artigo 130. Novas tecnoloxías.

1. A Consellaría competente en materia forestal aplicará as novas tecnoloxías e sistemas de información xeográfica ao Rexistro Forestal de Galiza e á estatística forestal, co fin de manter actualizada a información relativa aos usos da superficie forestal e do seu estado de xestión ademais de facilitar o dereito de información, consulta e relación administrativa cos cidadáns e as empresas adicadas aos servizos e aproveitamentos forestais.

2. A aplicación das novas tecnoloxías e dos sistemas de información xeográfica terán por

obxecto fundamental o coñecemento actualizado dos usos da superficie forestal, as especies que a ocupan, o apoio para os sistemas de inventariación e a mellora cualitativa na información aportada por estes.

3. A consellaría competente en materia forestal habilitará cantos servizos de atención telemática considere oportunos de acordo co obxecto dos parágrafos anteriores, impulsando, de xeito maioritario, a administración electrónica para todos aqueles trámites administrativos que lle sexan esxixibles aos propietarios, industrias e empresas forestais, no ámbito de aplicación desta Lei.

Artigo 131. A cadea monte-industria.

1. A consellaría competente en materia forestal prestará apoio ao fortalecemento da cadea monte-industria, mediante:

a. O fomento da cooperación entre o sector da produción forestal e o industrial dedicados á primeira transformación dos produtos forestais.

Page 75: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

69

b. A promoción de acordos e convenios de colaboración entre centros de investigación de produtos forestais, públicos ou privados, e as empresas do sector, que permitan a transferencia axeitada de tecnoloxía e a modernización e mellora dos procesos de transformación e comercialización.

2. A consellaría competente en materia forestal artellará mecanismos para asegurar a integración das producións forestais de natureza alimentaria no seguinte elo produtivo da cadea agroalimentaria.

Artigo 132. Consello Forestal de Galiza.

1. O Consello Forestal de Galiza é o órgano colexiado da Administración da Xunta de Galiza de carácter consultivo e asesor, que ten como fin favorecer a participación de todos os axentes sociais con intereses no monte, na elaboración das políticas públicas en materia forestal e na consecución dos principios desta lei.

2. O Consello Forestal de Galiza desenvolverá, entre outras, as seguintes funcións:

a. Coñecer e ser consultado pola administración sobre as propostas de normativas forestais e de planificación territorial forestal e sobre a Estratexia Galega de Xestión Forestal Sustentábel.

b. Propoñer ás Administacións Públicas as medidas que considere necesarias para cumprir os principios desta lei.

c. Formular propostas e emitir informes acerca da percepción social do monte.

d. Fomentar o diálogo, a participación e a colaboración entre todas as Administracións Públicas, institucións, asociacións de propietarios e de comunidades de montes veciñais e demais axentes sociais, económicos e ambientalistas implicados no sector forestal e no uso sustentábel dos montes galegos, propiciando o intercambio de información, entre todos os integrantes do consello dos temas que sexan obxecto de debate no sector forestal.

e. Fomentar a celebración de seminarios, xornadas, actos ou foros en materia forestal.

f. Impulsar a realización de informes e estudos, á iniciativa do propio Consello, sobre o sector forestal.

3. O Consello Forestal de Galiza previsto neste artigo será obxecto de desenvolvemento regulamentario por medio de decreto.

Artigo 133. Mesa da Madeira.

1. Créase a Mesa da Madeira como órgano de representación sectorial e deliberación, coa consellaría competente en materia forestal de Galiza, das organizacións de propietarios forestais, das organizacións das empresas de servizos e de aproveitamentos forestais, e das industrias de transformación de produtos forestais madeireiros.

2. Son funcións da Mesa da Madeira:

a. Promover as interrelacións entre os sectores de produción, comercialización e transformación da madeira.

b. Colaborar na catalogación, normalización e estandarización dos produtos forestais.

c. Elaborar un listado periódico e ordenado de prezos dos produtos forestais.

Page 76: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

70

d. Coordinar as posibilidades de produción forestal coas necesidades industriais.

e. Propoñer liñas de fomento, mellora e experimentación no sector forestal e nas industrias derivadas.

3. A organización, funcionamento e composición da Mesa da Madeira determinarase regulamentariamente.

Artigo 134. Outras mesas sectoriais de produtos do monte.

Cando o desenvolvemento doutras producións forestais, distintas da madeira, o fixera necesario, a consellaría competente en materia forestal poderá impulsar as mesas sectoriais que estime pertinentes para o fomento, promoción e mellora das devanditas producións.

Capítulo IV. Incentivos.

Artigo 135. Clases de incentivos.

1. Con carácter xeral, os incentivos poderán consistir en:

a. Investimentos directos da Comunidade Autónoma de Galiza, a fondo perdido ou reintegrábeis.

b. Subvencións aos propietarios dos traballos dirixidos á xestión forestal sustentábel. No acceso ás subvencións para previr incendios forestais terán prioridade os montes localizados nunha zona declarada de alto risco de incendio.

c. Liñas de crédito bonificadas para financiar investimentos forestais, que poderán ser compatíbeis coas subvencións e incentivos.

d. Calquera outra axuda ou incentivo que considere a administración.

2. Non poderán ser obxecto de axudas económicas aquelas actuacións que se deriven de

reparacións obrigatorias de danos causados por accións que constitúan algunha das infraccións previstas nesta Lei.

Artigo 136. Incentivos para o desenvolvemento, protección e conservación dos montes de xestión privada.

Terán prioridade no outorgamento dos incentivos aos montes privados as seguintes clases de montes e formas de xestión da propiedade:

1. Os montes de especial protección autonómica e os montes veciñais en man común, de máis de 15 hectáreas, sempre que se doten dun instrumento de xestión forestal aprobado pola Administración, así como as unidades de xestión forestal (UXFOR) .

2. Os montes de particulares que, contando con máis de 15 hectáreas, se doten dun

instrumento de xestión forestal aprobado pola Administración.

3. Os montes dotados de instrumentos de xestión forestal que, debido a unha imposibilidade física, teñan unha superficie inferior ás 15 hectáreas e presenten

Page 77: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

71

condicións de especial interese en razón das especies arbóreas ou da calidade e importancia das súas producións.

Artigo 137. Obxecto dos incentivos.

Os incentivos regulados neste capítulo deberán ter por obxecto calquera das seguintes actuacións:

1. A execución de actuacións que persigan unha xestión sustentábel do monte.

2. A implantación de sistemas de certificación forestal sustentábel.

3. A mellora e expansión das masas arboradas co obxectivo do aumento do valor engadido mediante a produción de madeira de calidade.

4. A realización de actuacións dirixidas á prevención directa e indirecta dos incendios forestais, con especial atención aos traballos preventivos a executar polos propietarios nos plans de defensa nas zonas de especial risco de incendio forestal. No acceso ás subvencións para previr incendios forestais terán prioridade os montes localizados nunha zona declarada de alto risco de incendios.

5. A implantación e conservación de masas de frondosas autóctonas.

6. A construción de infraestruturas de defensa forestal e a produción forestal promovendo unha xestión sustentábel das mesmas, evitando a súa proliferación excesiva, e potenciando aquelas áreas cortalumes que causen o menor impacto negativo e que sexan de doado mantemento.

7. As actuacións dirixidas a conquerir a multifuncionalidade e a valorización integral do monte.

8. Traballos de restauración hidrolóxico-forestal.

9. A prevención e defensa contra pragas e doenzas forestais, a mellora xenética e a conservación dos recursos forestais.

10. A produción madeireira e a investigación forestal.

11. A comercialización e transformación dos produtos dos montes.

12. Os traballos de mellora silvícola, dos pastizais ou das condicións cinexéticas.

13. As actuacións destinadas a ampliar e mellorar o uso recreativo dos montes.

14. A elaboración dos instrumentos de xestión forestal previstos nesta Lei.

15. As actuacións en materia de formación e educación forestal.

16. O fomento do emprego e a fixación de poboación no medio rural.

17. A cooperación entre os propietarios forestais co fin de lograr UXFOR coa maior superficie posible.

18. Calquera outra que contribúa ao desenvolvemento, ordenación e protección dos montes galegos.

Artigo 138. Beneficiarios dos incentivos.

Poderán ser beneficiarios dos incentivos:

Page 78: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

72

1. Os propietarios de montes, sexan públicos ou privados , e as súas organizacións representativas debidamente constituídas. (de acordo con estes apartados, as asociacións de propietarios forestais non poderían ser beneficiarios da actual orde de valorización do monte que explicitamente inclúe as organizacións profesionais como beneficiarios).

2. Os titulares de dereitos de uso e desfrute.

3. As industrias de primeira transformación, as empresas de servizos forestais, as persoas provedoras de material forestal de reprodución e aquelas que transformen produtos forestais procedentes dos montes galegos.

4. Quen sexan parte dos convenios ou acordos para a realización de actuacións previstas nesta Lei.

TÍTULO VIII. RÉXIME SANCIONADOR.

Capítulo I. Medidas provisionais

Artigo 139. Medidas provisionais.

1. A consellaría competente en materia forestal, poderá adoptar as medidas de carácter provisional que estime necesarias, incluídos o comiso de gando e aproveitamentos e a paralización de calquera actividade, sempre que o dano o xustifique, para evitar a continuidade do dano ocasionado pola actividade presuntamente infractora, en especial cando se estea a producir en masas de frondosas autóctonas, montes de especial protección autonómica ou en hábitats que pola súa fraxilidade se estime necesario.

2. As medidas provisionais do parágrafo anterior deberán ser confirmadas, modificadas ou

levantadas no acordo de iniciación do procedemento, que deberá efectuarse dentro dos 15 días seguintes á súa adopción, o cal poderá ser obxecto do recurso que proceda. En todo caso, as ditas medidas quedarán sen efecto se non se inicia o procedemento no dito prazo ou cando o acordo de iniciación non conteña un pronunciamento expreso acerca destas.

Capítulo II. Potestade sancionadora.

Artigo 140. Potestade sancionadora.

1. A consellaría competente en materia forestal inspeccionará o exercicio e desenvolvemento das actividades sometidas a esta Lei e exercerá ao abeiro dela a potestade sancionadora.

2. Constitúen infraccións administrativas en materia forestal xeradora de responsabilidade, toda acción ou omisión que vulnere o establecido nesta Lei, e na demais normativa que sexa aplicábel.

Page 79: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

73

Capítulo III. Infraccións.

Artigo 141. Cualificación das infraccións.

As infraccións administrativas en materia forestal cualifícanse en moi graves, graves e leves.

Artigo 142. Infraccións.

1. Infraccións leves.

a. Aproveitamentos forestais non autorizados, cando non supoñan nin perda de

biodiversidade, nin erosión. En concreto aqueles que, sendo unha corta con fin comercial, teñan a consideración de clara, cunha fracción de cabida cuberta despois do aproveitamento igual ou superior ao 50%.

b. O incumprimento de obrigas sobre execución dos aproveitamentos nos montes de xestión pública, no caso de non supor danos, nin risco grave de produción dos mesmos, por entullos en pasos de auga, en pistas, cortalumes ou noutras infraestruturas naturais ou artificiais, que formen parte das redes de faixas de xestión de biomasa.

c. O incumprimento das obrigas establecidas de xeito xeral nos aproveitamentos en montes de xestión privada, que provoquen danos ou riscos graves, cando o período de restauración sexa inferior a 6 meses.

d. Aproveitamentos forestais en montes con instrumentos de xestión forestal, incluídos na súa planificación, e que non foran debidamente notificados.

e. O acceso, tránsito ou permanencia con vehículos a motor en pistas forestais, non habilitadas para tal fin, e que non teñan a consideración de acceso público por servidume adquirida, no caso que non existan danos provocados por este acto.

f. Circular por pistas forestais vulnerando o disposto nesta Lei.

g. Circular polo monte, fóra das pistas forestais, cando non se produzan danos.

h. O incumprimento da obriga de informar á administración por parte dos particulares.

i. Calquera incumprimento do contido dos instrumentos de xestión do monte, non notificada previamente, que afecte ao normal desenvolvemento do monte, e que non signifique danos significativos ao mesmo.

k. Non manter os montes, camiños, pistas, faixas auxiliares e devasas libres de obstáculos e limpos de biomasa forestal residual, cando isto non teña repercusións graves nalgún dos seguintes aspectos: risco de incendios, entullos nos paso de auga ou imposibilidade de acceso ao monte.

l. O verquido non autorizado de materiais con pouca ou nula afección da cuberta vexetal, incluído o abandono de lixo no monte.

m. O pastoreo sen autorización e sen instrumento de xestión forestal que se realice en zonas repoboadas ou en rexeneración non protexidas por valados, e que non teña provocado danos.

Page 80: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

74

n. A recolección de cogomelos ou castañas en terreos acoutados para tal efecto, sen autorización.

o. Non respectar as distancias mínimas establecidas na lexislación vixente tanto para as zonas repoboadas, coma para as faixas de xestión da biomasa, sen provocar continuidade que poida afectar a montes catalogados, de especial protección autonómica ou calquera outra figura de protección, nin tampouco a infraestruturas importantes nin a núcleos rurais.

p. Danar a vexetación arbórea mediante arrinque, espolado abusivo, aplicación de fitocidas, ou calquera outro método cando o dano supoña un deterioro importante dos exemplares afectados, e o número de pés afectados sexa inferior ou igual a 20, agás casos excepcionais autorizados ou de intervención administrativa para investigación ou razóns xustificadas de xestión do monte.

q. Realizar aproveitamentos de madeira queimada, que aínda autorizados, incumpran o preceptuado pola administración para evitar os efectos erosivos derivados dun mal aproveitamento, sen provocar efectos erosivos graves e en todo caso recuperables nun prazo inferior a 6 meses.

r. O descortizado de sobreiras sen autorización, que non causen danos nos pés afectados.

s. Modificación substancial da cuberta vexetal sen autorización, cando o periodo de restauración sexa inferior a 6 meses. .(texto confuso e de aplicación moi subxectiva, non se entende o termo modificación, nin a referencia cuberta vexetal)

t. A aplicación de fitocidas de xeito indiscriminado, secando vexetación arbórea e arbustiva de especies autóctonas a conservar ou utilizándoos moi cerca de correntes de auga ou cunetas ou en fondos de val, ou en días de vento, sen provocar graves danos.

u. Utilización de fitocidas sen eliminación dos residuos xerados, provocando risco de incendio forestal.

v. O movemento dos marcos nos montes veciñais en man común deslindados, de xeito que non supoña dificultade para identificar o linde.

w. Incumprimento en xeral dos condicionados establecidos nas autorizacións tramitadas perante á consellaría competente en materia forestal, cando deste incumprimento non se deriven danos.

x. Calquera alteración do monte non autorizada que poida xerar erosión, con perdas de solo pouco importantes e, en todo caso, sen chegar a producir regueiros.

z. A realización de traballos forestais en zonas sinaladas coma vulnerables para especies de fauna, por atoparse en períodos críticos dos seus ciclos vitais, coma o de cría ou aniñamento, despois de ter sido advertido pola administración.

aa. A tala de vexetación de ribeira sen autorización, sen provocar danos que poidan afectar o funcionamento do ecosistemas de transición acuático-terrestre.

bb. A realización dun acto de disposición sen obter o informe da consellaría competente en materia forestal, de ser preceptivo.

Page 81: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

75

cc. A non comunicación á administración, por parte das comunidades de montes, dos investimentos previstos segundo a cota de investimentos en mellora e protección do monte.

dd. Non notificar o inicio dunha obra prevista no instrumento de xestión forestal nos prazos establecidos regulamentariamente.

2. Infraccións graves.

a. Aproveitamentos forestais non autorizados, que supoñan perda de

biodiversidade ou erosión e redución drástica da fracción de cabida cuberta, quedando por baixo do 50%.

b. O incumprimento de obrigas sobre execución dos aproveitamentos nos montes de xestión pública que causen danos ou mesmo risco grave de produción dos mesmos, por entullos en pasos de auga, pistas, cortalumes ou noutras infraestruturas naturais ou artificiais, que formen parte das redes de faixas de xestión de biomasa.

c. O incumprimento das obrigas establecidas de xeito xeral nos aproveitamentos en montes de xestión privada, que provoquen danos ou risco grave de producírense os mesmos, cando o período de restauración sexa superior a 6 meses.

d. O acceso, tránsito ou permanencia con vehículos a motor en pistas forestais, non habilitadas para tal fin, e que non teñan a consideración de acceso público por servidume adquirida, no caso que existan danos provocados por este acto.

e. Circular polo monte, fóra das pistas forestais, cando se produzan danos.

f. Calquera incumprimento do contido dos instrumentos de xestión forestal, non notificado previamente, que afecte ao normal desenvolvemento do monte, e que supoña danos importantes no mesmo.

g. Non manter os montes, camiños, pistas forestais, faixas auxiliares e devasas libres de obstáculos e limpos de biomasa forestal residual, cando isto teña repercusións graves nalgún dos seguintes aspectos: risco de incendios, entullos nos pasos de auga, imposibilidade de acceso ao monte.

h. O verquido non autorizado de materiais, residuais ou non, con importante afección da cuberta vexetal, que supoña un período de recuperación entre 6 meses e 10 anos.

i. O pastoreo sen autorización e sen instrumento de xestión forestal que se realice en zonas repoboadas ou en rexeneración non protexidas por peches, e que teña provocado danos.

k. O pastoreo que se realice en zonas de repoboación ou rexeneración natural cercadas.

l. Non respectar as distancias mínimas establecidas na Lei 3/2007, de prevención e defensa contra os incendios forestais de Galiza, tanto para as zonas repoboadas, coma para as faixas de xestión da biomasa, provocando continuidade que afecte a montes catalogados, de especial protección autonómica ou a calquera outra figura de proteción, ou a infraestruturas importantes ou a núcleos rurais.

Page 82: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

76

m. Danar a vexetación arbórea mediante arrinque, espolado abusivo, aplicación de fitocidas, ou calquera outro método, agás casos excepcionais autorizados ou de intervención administrativa para investigación ou razóns xustificadas de xestión do monte, cando o dano supoña deterioro dos exemplares afectados, e se trate dunha cantidade superior a vinte pés.

n. Realizar aproveitamentos de madeira queimada, que aínda autorizados, incumpran o preceptuado pola administración para evitar os efectos erosivos derivados dun mal aproveitamento, provocando efectos erosivos graves, con períodos de recuperación superiores aos seis meses.

o. O descortizado de sobreiras sen autorización, provocando danos nos pés afectados.

p. Modificación substancial da cuberta vexetal sen autorización, cando o periodo de restauración sexa superior a 6 meses e inferior a 10 anos. .(texto confuso e de aplicación moi subxectiva, non se entende o termo modificación, nin a referencia cuberta vexetal)

q. A aplicación de fitocidas de xeito indiscriminado, secando vexetación arbórea e arbustiva de especies autóctonas a conservar ou utilizándoos moi cerca de correntes de auga ou cunetas ou en fondos de valgada, ou en días de vento, provocando graves danos.

r. O movemento dos marcos nos montes veciñais en man común deslindados, de xeito que se provoquen problemas para identificar o linde.

s. O incumprimento das autorizacións emitidas pola consellaría competente en materia forestal, cando o incumprimento supoña un dano grave.

t. Calquera alteración do monte que xere erosión, con perdas de solo importantes, chegando a producir regueiros.

u. A tala de vexetación de ribeira sen autorización, provocando danos que afecten o funcionamento dos ecosistemas de transición acuático-terrestre.

v. A realización de pistas forestais, camiños ou calquera outra obra cando non estean previstas nos correspondentes instrumentos de xestión forestal, ou de ser o caso, no PORF, ou sen estar expresamente autorizada polo órgano forestal correspondente.

w. Cambio de uso forestal sen autorización cando o periodo de restauración fose inferior a 10 anos. Inclúese neste precepto aqueles cambios de uso que se fagan en monte veciñal en man común sen a aprobación do informe, cando sexa preceptivo, da consellaría competente en materia forestal.

x. Uso privativo de montes de utilidade pública vulnerando o artigo 109.

z. Forestación ou reforestación con especies alóctonas sen autorización. .(debe precisarse cáles son esas especies e a partir de qué superficie de repoboación se debe pedir a autorización e cál é o procedemento)

aa. Calquera das infraccións tipificadas coma leves cando se realicen sobre montes queimados, montes catalogados, montes de especial protección autonómica, ou hábitats de interese especial.

bb. Inaplicar a cota de investimentos en mellora e protección do monte, segundo o previsto nesta Lei.

Page 83: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

77

cc. O incumprimento dos prazos establecidos na tramitación e na execución dos aproveitamentos, cando deste incumprimento se deriven consecuencias graves, sempre que se trate de aproveitamentos en montes de xestión pública.

3. Infraccións moi graves.

a. O verquido non autorizado de materiais, residuais ou non, con importante

afección da cuberta vexetal, que supoña un período de recuperación superior a 10 anos.

b. Danar a vexetación arbórea mediante arrinque, espolado abusivo, aplicación de fitocidas, ou calquera outro método, agás casos excepcionais permitidos por razóns de investigación ou xestión do monte, cando o dano supoña un deterioro irreversible dos exemplares afectados, e se trate dunha cantidade superior a douscentos pés maduros de especies autóctonas.

c. Modificación substancial da cuberta vexetal sen autorización, cando o periodo de restauración sexa superior a 10 anos. .(texto confuso e de aplicación moi subxectiva, non se entende o termo modificación, nin a referencia cuberta vexetal)

d. Calquera alteración do monte que xere erosión moi extendida, con perdas de solo moi importantes, e presencia de cárcavas.

e. Cambio de uso forestal sen autorización en zona queimada, ou cando o período de restauración sexa superior a 10 anos.

Calquera das infraccións tipificadas coma graves cando se realicen sobre montes queimados, montes catalogados, montes de especial protección autonómica, ou hábitats de interese especial.

Artigo 143. Suxeitos responsábeis.

1. Serán responsábeis das infraccións as persoas físicas ou xurídicas, públicas ou privadas seguintes:

a. As que directamente realicen a actividade infractora ou as que ordenen a devandita actividade, cando o executor teña con aquelas unha relación laboral, contractual ou calquera outra de feito ou de dereito, sempre que se demostre a súa dependencia do que a ordenou.

b. Con carácter subsidiario, as persoas que, de acordo cos estatutos ou escritura social, sexan titulares, promotores ou explotadores da actividade ou proxecto do que se derive a infracción.

c. Os concesionarios do dominio público ou servizo público nos termos dos apartados anteriores.

2. Cando non sexa posíbel determinar o grao de participación das distintas persoas que interviñesen na realización dunha infracción, a responsabilidade será solidaria, sen prexuízo do dereito a repetir fronte aos demais participantes, por parte de aquel ou aqueles que fixesen fronte ás responsabilidades.

Artigo 144. Responsabilidade penal.

Page 84: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

78

1. Cando a infracción puidese ser constitutiva de delito ou falta, a administración instrutora porao en coñecemento do Ministerio Fiscal e do órgano xurisdicional competente, suspendéndose a tramitación do procedemento sancionador mentres a autoridade xudicial non dite sentenza firme ou resolución que poña fin ao proceso.

2. A sanción penal excluirá a imposición de sanción administrativa nos casos nos que se aprecie a identidade do suxeito, do feito e do fundamento. De non se estimar a existencia de delito ou falta, o órgano competente continuará, de ser o caso, o expediente sancionador tendo en conta os feitos declarados probados na resolución firme do órgano xudicial competente.

Artigo 145. Prescrición das infraccións.

1. As infraccións moi graves prescriben aos cinco anos, as graves aos tres e as leves ao ano.

2. O prazo de prescrición das infraccións comezará a contarse desde a data na que a infracción se cometeu.

3. Interrompe a prescrición a iniciación, con coñecemento do interesado, do procedemento sancionador, reanudándose o prazo de prescrición se o expediente sancionador estivese paralizado durante un mes por causa non imputábel ao presunto responsábel.

4. No caso de infraccións continuadas, o inicio do prazo de prescrición comezará a contarse desde que cesara a súa comisión.

Capítulo IV. Sancións.

Sección primeira: Órganos competentes.

Artigo 146. Potestade inspectora e sancionadora.

1. A vixilancia e a inspección do cumprimento dos preceptos desta Lei corresponde aos axentes forestais, que no desenvolvemento das súas funcións teñen carácter de axentes da autoridade, e os demais corpos e institucións da administración que, con carácter xeral, teñan encomendadas funcións de custodia dos recursos forestais.

2. A incoación dos expedientes sancionadores correspóndelle ao delegado provincial competente en materia forestal por razón do territorio no que se cometeu a infracción ou, de ser o caso, daquel con maior superficie afectada.

3. A instrución dos expedientes sancionadores axustarase ao disposto na Lei 30/1992 de 26 de novembro, de réxime xurídico das administracións públicas e do procedemento administrativo común, á súa normativa de desenvolvemento e ás prescricións contidas nesta Lei.

4. Serán competentes para a resolución dos procedementos sancionadores por infraccións cometidas en materia forestal:

a. O delegado provincial da consellaría competente en materia forestal, para a

imposición de sancións pola comisión de infraccións leves.

Page 85: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

79

b. O director xeral competente en materia forestal, para a imposición de sancións pola comisión de infraccións graves.

c. O conselleiro que teña asignada a competencia en materia forestal, para a imposición de sancións pola comisión de infraccións moi graves.

Sección segunda: Sancións.

Artigo 147. Multa.

As infraccións tipificadas no artigo 142 serán sancionadas coas seguintes multas:

1. As infracciones leves, con multa de 100 a 1.000 euros.

2. As infracciones graves, con multa de 1.001 a 100.000 euros.

3. As infracciones moi graves, con multa de 100.001 a 1.000.000 euros.

Artigo 148. Sancións accesorias.

En función da gravidade ou transcendencia da infracción poderanse aplicar as seguintes sancións con carácter accesorio:

1. Comiso tanto dos produtos forestais ilegalmente obtidos coma dos instrumentos e medios utilizados na comisión da infracción

2. Suspensión temporal de actividades ou instalacións causantes do dano ata a posta en práctica das medidas correctoras.

3. Clausura definitiva total ou parcial das actividades ou instalacións.

4. Revogación de licenza ou caducidade do título habilitante para o exercicio das actividades causantes da infracción.

5. Perda das axudas e subvencións de que se beneficiara o infractor, así como devolución das cantidades que percibise.

Artigo 149. Criterios para a graduación das sancións.

1. Teranse en conta os seguintes criterios para a gradación das sancións:

a. Intensidade do dano causado, das perdas e da reversibilidade do mesmo en función do tempo necesario para a restauración natural da zona danada.

b. Grao de culpa.

c. A reiteración, entendida como a concorrencia de varias irregularidades ou infraccións que se sancionen no mesmo procedemento.

d. Beneficio económico obtido polo infractor.

e. A superficie afectada e o valor atribuído a cada tipo de cobertura vexetal.

Page 86: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

80

f. A adopción inmediata e eficaz de medidas tendentes a diminuír o dano ou prexuízo ocasionado.

g. A situación de risco xerado para as persoas ou as cousas, en especial de se cometer a infracción en zonas queimadas ou zonas declaradas de alto risco de incendio forestal.

2. En todo caso, poderá reducirse a sanción ou a súa contía, a xuízo do órgano competente para resolver segundo o tipo de infracción de que se trate, atendendo as circunstancias específicas do caso, entre elas o recoñecemento e a emenda da conduta infractora e a reparación dos danos causados, no prazo que se sinale no correspondente requirimento efectuado ben polo axente denunciante, polo órgano competente para a incoación do expediente sancionador ou polo órgano competente para a súa resolución, ou cando a sanción resulte excesivamente onerosa. O feito do pagamento adiantado, a proposta do instrutor, non eximirá da necesidade de restaurar ao estado orixinal cando así o estableza a correspondente resolución.

3. Os criterios de graduación recollidos no parágrafo anterior non poderán utilizarse para

agravar a infracción cando estean contidos na descrición da conduta infractora ou formen parte do propio ilícito administrativo.

Artigo 150. Prescrición das sancións.

1. As sancións impostas pola comisión de faltas moi graves prescribirán aos tres anos, e as impostas por faltas graves ou leves o farán aos dous anos e ao ano, respectivamente.

2. O prazo de prescrición das sancións comezará a contarse dende o día seguinte a aquel

en que adquira firmeza a resolución pola que se impón a sanción.

3. Non prescribirá a obriga de restaurar o medio forestal ao estado anterior á comisión da infracción.

4. Interromperá a prescrición a iniciación, con coñecemento do interesado, do

procedemento de execución, volvendo transcorrer o prazo se aquel está paralizado durante máis dun mes por causa non imputábel ao infractor.

Sección terceira. Reparación do dano e indemnización.

Artigo 151. Reparación do dano e indemnización.

1. Sen prexuízo das sancións que se impoñan, o infractor deberá reparar o dano causado na forma e condicións fixadas polo órgano sancionador. Esta obriga é imprescritíbel no caso de danos ao dominio público forestal e no caso de montes veciñais en man común, salvo imposibilidade. Neste último caso, fixarase unha medida compensatoria cara o monte por igual importe que o que custaría a reparación dos danos causados.

1. A reparación terá como obxectivo a restauración do monte ou ecosistema forestal á situación previa aos feitos constitutivos da infracción sancionada. O causante do dano virá obrigado a indemnizar a parte dos danos que non poidan ser reparados, así como os prexuízos causados.

Page 87: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

81

2. Poderá requirirse así mesmo indemnización nos casos en que o beneficio económico do infractor sexa superior á máxima sanción prevista. Esta indemnización será como máximo do dobre da contía do devandito beneficio.

3. Os danos ocasionados ao monte e o prazo para a súa reparación ou restauración determinaranse segundo criterio técnico facultativo debidamente motivado na resolución sancionadora.

Artigo 152. Multas coercitivas e execución subsidiaria.

1. Se os infractores, de acordo co artigo anterior e transcorrido o prazo sinalado no requirimento correspondente, non proceden á reparación, a administración instrutora poderá acordar a imposición de multas coercitivas ou a execución subsidiaria a custa dos infractores. Se os infractores, nas mesmas condicións descritas anteriormente, non aboasen a indemnización, a administración poderá impoñer multas coercitivas ou proceder ao apremio sobre o patrimonio dos infractores.

2. As multas coercitivas serán reiteradas por lapsos de tempo que sexan suficientes para cumprir o ordenado, e a contía de cada unha das devanditas multas non superará o vinte por cento da multa fixada pola infracción cometida.

3. A execución pola administración da reparación ordenada será a custa do infractor.

Page 88: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

82

Disposicións adicionais.

Disposición adicional primeira. Concorrencia de expedientes sobre deslindamento de montes e delimitación de concellos.

Se o proceso de deslindamento dun monte dunha entidade local ou veciñal en man común coincidira no tempo coa substanciación dun expediente administrativo sobre a delimitación de concellos, con respecto ao deslindamento que afectara á zona do monte coincidente co límite dos concellos, quedará interrompido o expediente referido á delimitación ata que se resolva o dos concellos, procedendo ao deslindamento parcial do resto do monte.

Disposición adicional segunda. Defensa.

Cando por razóns militares da Defensa teñan que ser ocupados montes de dominio público forestal estarase ao establecido na disposición adicional oitava da Lei 43/2003, do 21 de novembro, de Montes.

Disposición adicional terceira. Xestión dos montes pro indiviso.

A xestión dos montes en pro indiviso poderá realizarse consonte o previsto na disposición adicional décima da Lei 43/2003; ou de darse os requisitos legais de aplicación, consonte ao previsto para as unidades de xestión forestal na Lei 3/2007, do 9 de abril, de prevención e defensa contra os incendios forestais de Galiza ou no Decreto 101/2008, do 30 de abril, polo que se regulan as unidades de xestión forestal.

Disposición adicional cuarta. Clasificación como veciñais en man común dos montes de titularidade municipal e uso comunal.

1. O Xurado de Montes Veciñais de Galiza, de oficio ou a pedimento da comunidade de

montes que viñera aproveitando un monte de titularidade municipal e uso comunal, poderá instar, a respecto do mesmo, os expedientes de clasificación correspondente aos efectos de comprobar a pervivencia do seu uso veciñal e, xa que logo, a súa clasificación coma monte veciñal en man común se fose procedente.

2. Neste senso, no decurso do primeiro ano de vixencia desta Lei, o Xurado de Montes

Veciñais de Galiza instará de todos e cada un dos concellos certificación dos montes de titularidade municipal e uso comunal que consten en cadanseu Inventario, con expresión da súa superficie, lindes e datos rexistrais, de ser o caso e sinalando, asemade, o tipo de uso comunal que se fai de todos e cada un dos mesmos e a vecindade dos seus beneficiarios.

Page 89: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

83

Disposición adicional quinta. Adecuación das avinzas de comunidades de montes realizadas á regulación establecida nesta lei.

Para adecuar as avinzas das comunidades de montes realizadas con anterioridade á entrada en vigor desta Lei ao procedemento de deslindamento con outros montes veciñais en man común, publicaranse no Diario Oficial de Galiza as resolucións dos xurados provinciais.

Disposición adicional sexta. Prevención e defensa contra incendios forestais.

O sistema de prevención e defensa contra incendios forestais contemplado no artigo 119 é o que está recollido na Lei 3/2007, do 9 de abril, de prevención e defensa contra os incendios forestais de Galiza.

Disposición adicional sétima. Elaboración técnica dos instrumentos de planificación, ordenación e xestión forestal.

A elaboración técnica dos instrumentos de planificación, ordenación, xestión forestal e outra documentación técnica será realizada polos titulados universitarios en materia forestal.

Disposición adicional oitava. Adscrición do persoal funcionario dos Xurados Provinciais.

O persoal funcionario adscrito aos Xurados Provinciais quedará adscrito ás Unidades Técnicas de cada provincia, e poderán optar ós postos correspondentes do Xurado de Montes Veciñais de Galiza.

Disposición adicional novena. Inventario Forestal de Galiza

A realización do inventario forestal de Galiza farase de maneira coordinada e coherente co inventario estatal e demais datos inventariais estatais que correspondan. Disposicións transitorias.

Disposición transitoria primeira. Montes con consorcios ou con convenios coa Administración.

1. Os consorcios e convenios de repoboación subscritos ao abeiro da lexislación que derroga a Lei 43/2003, do 21 de novembro, de montes, continuarán vixentes ata a data da súa finalización e non poderán ser prorrogados.

2. Sen prexuízo do disposto no apartado anterior, a Comunidade Autónoma poderá substituír os consorcios e convenios de repoboación subscritos entre a administración forestal e os propietarios de montes por contratos de xestión forestal, nos que non será esixible unha compensación económica a favor da administración forestal, ou se condonará a súa débeda, sempre que se conte co acordo dos propietarios e que concorra algunha das seguintes condicións:

Page 90: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

84

a. Os beneficios indirectos e o interese social que xere o mantemento da cuberta vexetal superen os das rendas directas do monte.

b. Que o propietario do solo se comprometa a conservar axeitadamente a masa forestal creada por aqueles consorcios ou convenios mediante a aplicación dun instrumento de xestión forestal.

3. Naqueles casos nos que se produza a transformación dos vellos convenios ou consorcios aos novos contratos de xestión forestal subscritos ao abeiro desta disposición, respectaranse as bases previstas no artigo 124 desta Lei e estableceranse os investimentos ou compensacións a favor daqueles propietarios que pagasen a débeda e xestionasen adecuadamente a masa forestal dos montes.

4. Naqueles montes con convenios ou consorcios en vigor sobre os que non se realizara ninguna actuación ou ben que non conten con masas arboradas, poderá ser resolto o convenio ou consorcio, condonándose a débeda, sempre e cando exista un instrumento de xestión aprobado pola administración forestal.

Disposición transitoria segunda. Incentivos respecto dos montes non ordenados.

1. Durante o prazo establecido na disposición transitoria terceira da Lei 43/2003, os

propietarios de montes non ordenados que viñeran obrigados pola presente lei a dispor dun instrumento de xestión forestal poderán acollerse aos incentivos aos que se refire esta Lei, podendo ser obxecto de subvención ou crédito a elaboración do correspondente instrumento de xestión forestal. Pasado o devandito período denegaráselle de oficio calquera incentivo en tanto non se doten de instrumento de xestión forestal ou, no seu caso, se inclúan nun PORF.

2. Se durante este prazo se produce un cambio de propiedade, o prazo do parágrafo anterior para o novo propietario empezará a contar dende o momento da transmisión.

Disposición transitoria terceira. Prazo para dotarse do instrumento de xestión forestal.

Os montes de superficie superior a 15 hectáreas deberán dotarse dun instrumento de xestión forestal no prazo máximo de dez anos contados dende a entrada en vigor desta Lei.

Disposición transitoria cuarta. Inclusión na sección de Montes Ordenados do Rexistro Forestal de Galiza.

Na sección de Montes Ordenados do Rexistro Forestal de Galiza incluiranse todos os xa inscritos no Rexistro de Proxectos de Ordenación e Plans Técnicos de Xestión de Montes, creado ao abeiro da Orde de 12 de xuño de 1998.

Page 91: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

85

Disposición transitoria quinta. Autorización de corta en montes veciñais en man común.

As solicitudes de autorización de corta nos montes veciñais en man común, ata que non se doten do instrumento de xestión forestal obrigatorio que preceptúa a normativa vixente, deberán incluír un plan de cortas, asinado por titulados universitarios en materia forestal, onde se xustificará a necesidade ou oportunidade do aproveitamento, así como a súa localización planimétrica, a superficie obxecto do aproveitamento, o número de pés, o volume por especie afectada e a taxación correspondente. Este plan deberá ir acompañado do correspondente acordo aprobatorio da comunidade de montes.

Disposición transitoria sexta. Montes sen instrumento con aproveitamentos madeirábeis.

Se o monte suxeito a aproveitamento madeirábel non ten instrumento de xestión forestal, e debera posuílo segundo o artigo 90 87 desta Lei, será obrigada a súa rexeneración ou plantación nun prazo inferior a dous anos contados dende a concesión do permiso para a súa realización.

Disposición transitoria sétima. Revisión de croquis de montes veciñais en man común.

1. Os croquis de montes veciñais integrados nun expediente que, pola súa antigüidade, non reúna as características de fiabilidade e precisión que esixen as novas técnicas topográficas, ou naqueles nos que se tivera incorrido nun erro de feito que resulte dos propios documentos incorporados ao expediente, poderán ser revisados.

2. Nestes casos completarase o expediente con aqueles datos e documentos que se consideren necesarios e, previa vista e audiencia aos afectados polo prazo de dous meses, ditarase a pertinente resolución polo Xurado de Montes Veciñais.

3. Unha vez feita a revisión, procederase á marcaxe dos montes veciñais, que en todo caso debe axustarse ao plano que resulte da dita revisión. A marcaxe poderá realizarse de oficio pola propia Administración ou con base nunha proposta formulada polas propias Comunidades que deberá ser aprobada polo Xurado de Montes e publicada no Diario Oficial de Galiza Con posterioridade á marcaxe abrirase un prazo de alegacións de dous meses do que se excluirán os predios amparados por inscrición rexistral.

4. Se no procedemento de marcaxe se suscitaran cuestións relativas á propiedade, anularase todo o procedemento e a cuestión será resolta pola orden xurisdicional do civil.

5. Unha vez feita a revisión e á marcaxe, a consellaría competente en materia forestal expedirá unha certificación que conterá os requisitos necesarios esixidos na Lei Hipotecaria para poder inscribir a titularidade dos montes veciñais en man común no Rexistro da Propiedade.

Disposición transitoria oitava. Procedementos de clasificación pendentes de resolución. Os procedementos de clasificación pendentes de resolución, pasarán a ser tramitados polo Xurado de Montes Veciñais de Galiza e seguirán o procedemento establecido nesta Lei.

Disposición transitoria novena. Procedementos de descatalogación en curso.

Os procedementos de descatalogación previstos nesta Lei aplicaranse aos que se inicien a partir da súa entrada en vigor.

Page 92: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

86

Disposición transitoria décima. Prazo para que as comunidades de montes adapten os seus estatutos ao disposto nesta Lei.

As comunidades de montes disporán do prazo de un ano, contado desde a entrada en vigor desta Lei, para adaptar a esta Lei os seus estatutos. A estes efectos, a administración autonómica colaborará coas comunidades de montes.

Disposición transitoria undécima. Adaptación dos Plans Xerais de Ordenación Municipal. Os Plans Xerais de Ordenación Municipal aprobados con anterioridade á aprobación dos PORF correspondentes ó seu ámbito xeográfico deberán adaptarse ó mesmo no prazo dun ano.

Disposición transitoria duodécima. Adaptación dos Instrumentos de Xestión.

Aqueles instrumentos de xestión aprobados previamente á elaboración do PORF correspondente, terán en conta as indicacións nel previstas a partires da seguinte revisión do mesmo.

Disposición transitoria decimoterceira. Terreos rústicos con uso forestal.

Terán a consideración de monte ou terreo forestal os terreos rústicos mentras persista neles o uso forestal.

Disposición transitoria decimocuarta. Ordenanzas e disposicións municipais. As ordenanzas e disposicións promulgadas polas entidades locais que non se axusten ao disposto na presente Lei quedarán sen efecto e disporán dun prazo de un ano para a súa modificación e adaptación. Disposicións Derrogatorias.

Disposición derrogatoria única.

Quedan derrogadas as seguintes normas: Lei 13/1989, do 10 do outubro, de montes veciñais en man común. Decreto 306/2004, do 2 de decembro polo que se crea o Consello Forestal de Galiza Cantas disposicións de igual ou inferior rango se opoñan ao previsto nesta Lei e no seu regulamento.

Disposicións Derradeiras

Page 93: ANTEPROXECTO DA LEI DE MONTES DE GALIZA...GALIZA 10 xullo de 2008 Alegacións e suxestións da Asociación Forestal de Galicia ao 3º borrador en azul e en verde as modificacións

87

Disposición derradeira primeira. Habilitación normativa.

Facúltanse ao Consello da Xunta para actualizar anualmente a contía dos importes monetarios que aparecen nesta Lei consonte á variación experimentada polo Índice de Prezos ao Consumo ou índice que o substitúa, para modificar o límite á segregación de montes establecidos nesta Lei e para ditar cantas disposicións sexan necesarias para o desenvolvemento e aplicación desta Lei.

Disposición derradeira segunda. Entrada en vigor.

Esta Lei entrará en vigor ao mes seguinte da súa publicación no Diario Oficial de Galiza.