Análise Institucional.Estudos de Caso

download Análise Institucional.Estudos de Caso

of 30

Transcript of Análise Institucional.Estudos de Caso

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    1/30

    Sobre o Estado:maio 10, 2009

    A INSTITUCIONALIZAO DO ESTADO PARTINDO DA PERSPECTIVA DE GEORGE ORWELLNO LIVRO 1984

    Tas Ziegler e Brbara Bezerra[1]

    A Anlise Institucional surge nos anos 70 como uma abordagem que prope, atra!s da articula"#ode conceitos e instrumentos de anlise, a partir da emerg$ncia de dispositios que en%am aproocar os su&eitos constitutios de tal institui"#o, a trans'orma"#o dessas institui"es e suasa"es( )raremos ent#o, o Estado 'uturista imaginado por *r+ell no liro 1984 como nossainstitui"#o(

    A *bra tra uma re-e.#o acerca dos estados totalitrios no momento p/sguerra que acabamtomando conta de rios pases instituindo com o naismo, stalinismo, 'ascismo e comunismo,regimes de goerno antidemocrticos( Entendendo o conceito de Estado como sendo um processocoletio onde a na"#o ! esta coletiidade limite, a comunidade das comunidades3 como coloca4urdeau e o Estado como sendo a institui"#o das institui"es3 segundo 5aurice 6auriou, ent#o,temos a primeira contradi"#o acerca da coletiidade que ine.iste no Estado de *r+ell, pois acoletiidade s/ e.iste quando os indiduos est#o implicados na 'orma"#o desse coletio, uma eque o Estado posto em anlise, se instaura de 'orma autoritria utiliando a repress#o para quen#o %ouesse qualquer tipo de mani'esta"#o coletia, onde at! a rela"#o entre pessoas de se.osopostos era proibida3 o relacionamento, %omemmul%er, era isto como sendo 'uncional, poisdeeria ser apenas com ob&etio da procria"#o, o amor era subersio8, trans'ormando osindiduos em pe"as para serirem ao estado atra!s do controle total(

    eorges 4urdeau, traendo a id!ia de que a institucionalia"#o n#o seria um 'ato sociol/gico e simum ato &urdico, criador do Estado, arma que o Estado se 'orma quando o poder assenta numa

    institui"#o e n#o num %omem, surgindo assim a segunda contradi"#o, pois no estado criado por*r+ell o poder maior ! dado a uma gura %umana, o rande Irm#o 4ig 4rot%er8, que passa adominar a popula"#o atra!s de prticas de controle, como a utilia"#o de teletelas para igiar asociedade, a redu"#o do idioma noilingui8, e e.tirpando a mem/ria da popula"#o para que n#ose ten%am re'er$ncias %ist/ricas para que se desenolam crticas, nielando assim a sociedadede acordo com os interesses de domina"#o, onde apenas uma ;nica pessoa comandaa a todos( *Estado seriria para a manuten"#o de um status quo(

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    2/30

    uma impress#o de comodidade aos cidad#os( 5ais uma maneira de distor"#o da realidade poraparel%os estatais, n#o muito di'erentes do que 'a a imprensa %o&e em dia(

    Cuma acep"#o sociol/gica, 5ar. e Engels e.plicam o Estado como 'enDmeno %ist/rico passageiro,oriundo da apari"#o da luta de classes na sociedade, desde que da propriedade coletia se passou apropria"#o indiidual dos meios de produ"#o( @ortanto, tratase de institui"#o que nem sempre

    e.istiu e que nem sempre e.istir, estando 'adado a desaparecer, enquanto poder poltico(Estando aqui bem claras as concep"es de autodissolu"#o empregados na Anlise Institucional, oEstado ! o poder organiado de uma classe para opress#o de outra, estando esses dois emmoimento dial!tico, ent#o, Se toda a %ist/ria ! %ist/ria da luta de classes ! porque a %ist/riasempre 'oi a mesma coisa, numa palara, pr!%ist/ria(3

    Fma e que o liro 'oi escrito em 19GH, estamos a sessenta anos 'rente das preises queeorge *r+ell teceu em seu liro( Ca !poca, ele 'aia uma crtica de acordo com o que elesestaam iendo, ou se&a, uma crtica ao

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    3/30

    bioc$ntrica, que a ida se&a o centro dando conta de todas as arieis sociais e ecol/gicas, assim,permitindo que nada 'osse centraliado e nada 'osse e.cludo das condi"es que e.igissem aperpetua"#o da =IMA em todas as suas 'ormas( A igualdade seria atingida num nel decoopera"#o entre os seres ligados nessa teia dinmica, onde a liberdade de pensar e criar dariacondi"es para eoluirmos3 de 'orma coletia e n#o indiidualista, atra!s do cooperatiismo en#o competitiamente, como prope a autogest#o(

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ARANTES, PE O que est vivo e o que est morto no manifesto comunistaEstud(a( ol(12 no(NGS#o @aulo Spt(OMec( 199H( Misponel em:%ttp:OO+++(scielo(brOscielo(p%pPpidQS010NG01G199H000N00017RscriptQsciartte.t

    CAPRA, F!"#$%&!abe"oria #ncomum$Editora

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    4/30

    en$oque "rinci"al deste artigo est/ nas contradi%&es "resentes entre alguns"receitos do ristianismo "rimitivo e alguns dogmas institu0dos "ela Igreja(A"!s analisar institucionalmente a Igreja at!lica# o artigo c1ama a aten%o"ara o resultado do "rinc0"io de $alsi$ica%o veri$icado dentro da mesma(

    )ALA2RA3 4A2E35

    Institui%o

    ontradi%&es

    Institucionali,a%o

    Igreja at!lica

    ristianismo

    IGREJA CATLICA

    As institui%&es so de$inidas como 6$en7menos sociais# im"essoais e coletivos#a"resentando "erman8ncia# continuidade# estabilidade9 :;( 1evallier#

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    5/30

    A"!s sua institucionali,a%o# a Igreja im"7s alguns dogmas "ara consolidarsua autoridade de ordem divina( + dogma seria uma verdade revelada "oreus# e# como tal# diretamente 6"ro"osta9 "ela Igreja aos $iis(

    + $iel aceita# sem discusso# o dogma como sendo evidente e verdadeiro# "ela

    virtude da autoridade de eus# que a verdade absoluta( 3e uma "essoabati,ada nega deliberadamente ou duvida de um dogma# ela cul"ada do"ecado de 1eresia e automaticamente se torna sujeita ao castigo dae.comun1o(

    Entre os dogmas# esto os que $alam sobre a "r!"ria Igreja at!lica como umacria%o do "r!"rio ;esus# e "or tanto# a tornando divina e in$al0vel5 a Igrejaat!lica $oi $undada "or eus-4omem ;esus ristoF risto $undou a Igrejaat!lica a $im de continuar a sua obra da reden%o "or todo o tem"oF risto$undou a Igreja at!licaF risto a abe%a da Igreja at!licaF na deciso $inalsobre doutrinas concernentes ' $ e moral# a Igreja at!lica in$al0velF o objeto

    "rim/rio da In$alibilidade so as verdades $ormalmente reveladas da outrinarist concernentes ' $ e moralF a Igreja $undada "or risto Dnica e umaF aIgreja $undada "or risto santaF a Igreja $undada "or risto cat!licaF a Igreja$undada "or risto a"ost!lica(

    Cambm $oram criados dogmas "ara assegurar a autoridade dos membros daIgreja5 risto deu ' sua Igreja uma constitui%o 1ier/rquicaF os "oderescon$eridos sobre os A"!stolos descendem "ara os Bis"osF risto nomeou oA"!stolo )edro "ara ser o "rimeiro de todos os A"!stolos e ser a abe%avis0vel de toda a Igreja at!lica# "ela sua nomea%o imediata e "essoalmente"ara a "rima,ia da jurisdi%oF de acordo com o decreto de risto# )edro ter/sucessores na sua )rima,ia sobre toda a Igreja at!lica e "ara todo o tem"oFos sucessores de )edro na )rima,ia so os Bis"os de Roma(

    Ainda segundo os dogmas $i.ados# o )a"a "ossui "oder de jurisdi%o com"letoe su"remo sobre toda a Igreja at!lica# no meramente nas matrias da $ emoral# mas tambm na disci"lina e no governo da IgrejaF "ela virtude do direitoivino# os Bis"os "ossuem um "oder ordin/rio de governo sobre suasdiocesesF a totalidade dos Bis"os in$al0vel# quando eles# ou reunidos emconsel1o geral# ou es"al1ados sobre a terra "ro"&em um ensinamento de $ oumoral como aquele que deve ser guardado "or todos os $iis(

    )ode-se notar que muitos dos dogmas "regam que os membros da alta cD"ulada Igreja t8m sua autoridade assegurada "ela virtude do direito divino# "ortanto# $oram 6escol1idos9 "or eus( Go entanto# ;esus "regava a igualdadeentre os 1omens(

    + eus "regado "elo cristianismo "rimitivo justo e igualit/rio# "ortanto# odogma que $ala sobre a virtude do direito divino contradi, uma das bases docristianismo "rimitivo(

    Atravs de v/rios outros e.em"los "oder0amos citar como o cristianismo

    "rimitivo# que seria a "ro$ecia da institui%o# $oi $alseado "elos instituintes( )ormeio da an/lise# nota-se que Igreja adotou uma viso Marioc8ntrica( )ode-se

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    6/30

    "erceber a di$eren%a da Maria da B0blia 3agrada e da Maria criada "ela Igrejaat!lica(

    Go conc0lio de H$eso# em J

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    7/30

    Ento# toda a 1umanidade $oi condenada a viver $ora do "ara0so "or causa doerro de Ado e Eva( eus teria condenado a todos "elo erro dos "rimeiros1umanos( Esta no "arece uma atitude do eus justo# do qual ;esus risto1avia $alado(

    Em outros dogmas# "ode-se ver outras discre"*ncias entre a justi%a do eus"regado "elo cristianismo "rimitivo e a ideologia "regada "ela Igreja at!lica56eus# "ela 3ua eterna resolu%o da 2ontade# tem determinado certos 1omens"ara bem-aventuran%a eterna9( Este seria outro dogma que legitimaria a teoriada virtude do direito divino(

    +utros dogmas $a,em com que o $iel de"enda com"letamente da interven%ode eus "ara sua salva%o# e "or tanto# da Igreja "ara conseguir essainterven%o5 6A "essoa justi$icada no ca"a, na sua vida de evitar "ecados#mesmo que sejam "ecados veniais# sem o "rivilgio es"ecial da gra%a deeus9F 6Go estado da nature,a ca0da# moralmente im"oss0vel ao 1omem sem

    a Revela%o sobrenatural# saber $acilmente# com absoluta certe,a# e sem umamescla de erro# toda verdade religiosa e moral da ordem natural9F 6)ara toda aa%o salutar# absolutamente necess/ria a gra%a sobrenatural interna de eus:gratia elevans?9F 6A gra%a sobrenatural interna absolutamente necess/ria"ara o in0cio da $ e salva%o9F 63em o au.0lio es"ecial de eus# o justi$icadono "ode "erseverar at o $im na justi$ica%o9F 6tornar-se membros da Igrejaat!lica necess/rio a todo o 1omem "ara a salva%o9(

    A Igreja atinge interesses individuais mediante a conscienti,a%o dosinteresses do coletivo( Ela tem o "oder de in$luenciar uma boa "arte da"o"ula%o mundial# e esse "oder deveria ser usado "ara "regar as bases dosensinamentos do cristianismo original( Go entanto# isso no acontece na"r/tica( A Institui%o da Igreja cat!lica A"ost!lica Romana tem usado suain$lu8ncia "ara satis$a,er aos interesses de uma minoria(

    +s cat!licos se de$endem# di,endo que a Igreja santa "orque o "r!"rio eusnela 1abita# santi$icando-a "or sua "resen%a( + "ecado dos $iis no l1e"ertence( 3! em sentido derivado e indireto se "oderia $alar de 6Igreja"ecadora9( Mas# como se "ode se"arar os atos e inter"reta%&es dos $iis seestes mesmos so "arte integrante da institui%o e a mant8m viva A igrejaat!lica uma institui%o $undada e $ormada "or 1umanos e# "ortanto# contm

    os erros aos quais a "r!"ria 1umanidade est/ sujeita a cometer()or mais estudado e resignado que qualquer membro da Igreja "ossa ser#ainda sim essa "essoa 1umana# e "ass0vel de erro como qualquer outra(Acreditar nas "alavras de outrem como sendo a "r!"ria "alavra de eus# "odeno ser a mel1or alternativa(

    A base do ristianismo antigo $oi mudada e distorcida "ara que a institui%otivesse in$lu8ncia e "oder sobre seus $iis( om o tem"o# a Igreja at!lica $oicolocando em segundo "lano sua "rinci"al $un%o5 di$undir e ajudar a colocarem "r/tica o cristianismo "rimitivo(

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    8/30

    AX5ACAZFE Abril: o seu guia de pesquisas prtico, rpido eatualiado( @ublica"#o anual( Editora Abril, ano 27, 2001( ISSC 010GG7HH

    ASE2E+# ermi( esa$ios estratgicos da Igreja at!lica(Lua Nova# 3o

    )aulo# n( P# NJ ( is"on0vel em5 T1tt"5UUVVV(scielo(brUscielo("1"scri"tWsciXartte.tY"idW3# NJ ( is"on0vel em5 T1tt"5UUVVV(scielo(brUscielo("1"scri"tWsciXartte.tY"idW3

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    9/30

    Aluna de [radua%o em )sicologia da Zniversidade ederal do ear/ \ Z( E-mail5 larin1a=]1otmail(com

    Aluna de [radua%o em )sicologia da Zniversidade ederal do ear/ \ Z( E-mail5 rosianeaa]^a1oo(com(br

    @ublicado por 200HanaliseArquiado FncategoriedMei.ar um comentrio Y

    Sobre o namoro:deembro 1U, 200H

    O NAMORO ENTRE OS JO0ENS DA CULTURA OCIDENTAL NO S1CULO 23

    Lucas Roc1a Aguiar_

    Institui%o uma organi,a%o ou mecanismo social que controla o

    $uncionamento da sociedade e dos indiv0duos que a $ormam( H um "roduto dointeresse social que re$lete as e."eri8ncias quantitativas e qualitativas dos"rocessos socioecon7micos( +rgani,ada sob a $orma de regras e normas# visa' ordena%o das intera%&es entre os indiv0duos e entre estes e suasres"ectivas $ormas organi,acionais(

    + termo 6Institui%o9# no seu sentido banal e mais con1ecido# utili,ado "araretratar um es"a%o $0sico# uma organi,a%o( ;/ o utili,ando em um sentido maisam"lo# um mecanismo social que "ossui regras# normas e "r/ticas sociais(

    Coda institui%o tra, consigo a idia de solide,# integridade# de que ela "er$eita# imut/vel# eterna# inabal/vel e incontest/vel# "ois bem# a An/liseInstitucional vem mostrar que as coisas no so bem assim# vem mostrar os"ormenores disso e "erceber que a institui%o no est/ s! no estatuto que ela$a, de si# vai muito alm disso( Ela visa analisar $riamente# se "reocu"andomais at com o 6no-dito9 do que com o "ro"riamente dito# observando eanalisando os 6bastidores9 da institui%o# vendo nas entrelin1as( Mas isso noquer di,er que ela v/ atacar a institui%o# muito menos de$end8-la# elasim"lesmente mostra aquilo que a sociedade no v8 $acilmente e que ainstitui%o# geralmente# tenta esconder( A An/lise Institucional vem "ara nosmostrar que# essa idia de solide, que a institui%o "rega de si nada mais do

    que uma m/scara da "r!"ria institui%o "ara sua manuten%o(Cratando o amor como uma institui%o j/ que este acarreta em rela%&es e"r/ticas sociais entre os indiv0duos que $ormam a sociedade# no caso#ocidental# e gra%as a isso "ode ser considerado como tal( om isso#delimitando-se o assunto# visado analisar uma das $acetas do amor5 onamoro entre os jovens deste sculo N

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    10/30

    +s jovens de 1oje em dia# em uma grande "orcentagem# se a"ai.onam muitora"idamente e muito $acilmente# "rinci"almente as meninas# com "ouco tem"oalgumas j/ esto di,endo 6eu te amo9 e $icam totalmente a merc8 dos ra"a,es(Estes# "or sua ve,# em v/rias ocasi&es# se a"roveitam dessa vulnerabilidade$eminina em rela%o a eles e logo se a"roveitam e levam a garota "ro se.o#

    que se ilude ac1ando que o ra"a, est/ gostando dela e no muito raro queeste a dei.e so$rendo e v/ embora atr/s de outra 6"resa9(

    +bviamente que esse $oi s! um e.em"lo que no muito raro# mas e.iste umain$inidade de outros casos e inDmeras outras "ossibilidades( Em muitos casos#o ra"a, "ode se a"ai.onar mais do que a mo%a# e o 1omem quando sea"ai.ona geralmente um sentimento muito sincero( ria-se todo o instinto de"rote%o em torno da amada# o ra"a, se torna uma es"cie de 6"ai9 ou "rotetormesmo# ou se $ormos analisar tomando "or base a nature,a animal# seria maisou menos da mesma $orma# o mac1o "rotegendo a $8mea dos outros mac1os#"ara que estes no a conquistem# mesmo que "ara isso ocorram dis"utas(

    om o advento da tecnologia# o acesso entre ra"a,es e mo%as tem se tornadocada ve, maior e mais $/cil( onstantemente vo surgindo novas marcas decelulares com uma in$inidade de novas $uncionalidadesF tambm a internet eseus recursos crescentes so uma realidade cada ve, mais "resente na vidados jovens( Recursos esses como os sites de relacionamento# tendo comomais "o"ular destes o or`ut# que "ossui mil1&es de usu/rios se relacionandoentre si# buscando gostos "arecidos# o M3G Messenger que um "rograma debate-"a"o em tem"o real# entre outros( + jovem de 1oje no "recisa mais sairde casa "ra con1ecer algum :caso no queira?# "ode muito bem $a,er isso#virtualmente# dentro da "r!"ria casa atravs da internet# que se tornou ogrande "onto de encontro de jovens na atualidade(

    Ztili,ando os conceitos de estigmas :marcas? e estere!ti"os :clic18s sociais#r!tulos? abordados na An/lise Institucional# vimos que nos jovens isso est/cada ve, mais im"regnado# no sentido de que o 1omem quando conquistav/rias garotas numa mesma noite vangloriado "elos demais# e con1ecidocomo tal( ;/ uma menina que numa mesma noite $a%a o mesmo# j/ estereoti"ada como vulgar( a0 vai se criando v/rios estere!ti"os bemde$inidos "ara ambos os se.os( A virgindade 1oje no mais um tabu como 1/alguns anos atr/s( + que se v8 1oje so jovens "erdendo a virgindade cada

    ve, mais cedo e# muitas ve,es# de $orma desregrada( Zm jovem que demoremuito a "erder a virgindade "ode ser discriminado "elos demais no gru"o(

    A sociedade cria v/rios r!tulos "ara os jovens# eles mesmos at# criam essesestere!ti"os entre si( Zm ra"a, que seja alto# loiro# dos ol1os verdes considerado como belo# uma garota que seja magra# ten1a o cabelo liso# osseios e o bumbum $artos# considerada bela# e "or a0 vai( E quem no"ertence a esse seleto gru"o acaba "or encontrar mais di$iculdades emencontrar um com"an1eiro :a?# como uma menina que seja gorda# geralmenteela rec1a%ada "or uma "arte dos ra"a,es "or ela ser 6$eia9(

    A adolesc8ncia# sem"re citada como a $ase das descobertas# das novase."eri8ncias# a $ase em que o jovem busca seu es"a%o no conv0vio social com

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    11/30

    os demais# busca descobrir a si mesmo# uma $ase muitas ve,es "autada "orrebeldia( +s jovens come%ando a descobrir o amor# o namoro# muitas ve,es sedece"cionando com o mesmo(

    Mas isso no e.clusivamente do jovem( + ser 1umano desde a sua

    a$irma%o como tal tem esse ideal de com"letude# de querer com"letar-se comalgum do se.o o"osto# algum "ara com"artil1ar alegrias# triste,as ea$inidades( E o jovem mais ainda# "orque a realidade de 1oje que e.iste uma"orcentagem de jovens que esto entrando cada ve, mais cedo no mundo dade"resso# das drogas# das bebidas alco!licas# dos con$litos e.istenciais# etc(a,endo da )sicologia# uma ci8ncia sumamente im"ortante no mundo atual#"ois os jovens muitas ve,es conseguem desaba$ar mais com os "sic!logos oucom os amigos# do que com os "r!"rios "ais( +s "ais no conseguem maiscontrolar as a%&es dos $il1os e estes no encontrando uma ra,o de ser dentrode si# um sentido do e.istir# buscam no namoro# ou seja# em algum# essares"osta que nem ele mesmo entende nem encontra dentro de si( Muitas

    ve,es# caso no a encontre no com"an1eiro# acaba se desiludindo da idia"rinci"al do namoro e se $ec1a e acaba "or ter traumas# con$litos# etc(

    Agora veremos onde essas e outras "r/ticas dessa institui%o que dinami,a ecorrelaciona os jovens desse sculo N< se encai.am com os conceitos de AI(

    )ara $icar mais $/cil o entendimento# como tambm mais did/tico# $a%amossem"re a com"ara%o da institui%o estudada com o sentido de institui%omais banal# trocando em miDdos# "ara se com"reender mais claramente otema abordado# com"aremos o namoro com uma em"resa(

    Go in0cio deste artigo $oi dito que uma institui%o sem"re se mostra consistente#robusta( om o namoro acontece da mesma $orma# j/ que ele umainstitui%o( 3em"re quando se inicia um namoro na juventude# ele tr/s umaidia de que ser/ $orte# inabal/vel# 6"ra sem"re9 como acreditam e a$irmammuitos jovens# at in$luenciados "ela m0dia televisiva e $onogr/$ica# mas com aconviv8ncia# com o surgimento dos "roblemas# dos con$litos# das brigas quevo desgastando a rela%o# "ercebe-se que ele no to $irme e to dur/velassim como "arecia a "rinc0"io# e acaba ruindo como qualquer outra institui%o"or mais $orte que de in0cio "ossa "arecer( E se destr!i das $ormas maisvariadas "oss0veis# "or e.em"lo# acabou o 6amor9# trai%o# brigas e.ageradas#

    ciDme e.cessivo# "ossessividade# $alta de lealdade# com"an1eirismo#volubilidade# discuss&es em demasia# en$im# uma "or%o de $atores que "orve,es acabam acontecendo# e vale ressaltar que esses $atores no somutuamente e.clusivos# ou seja# devido ao ciDme e.cessivo# $oi ocasionada a"ossessividade que "ossibilitou em um grande nDmero de brigas que culminouno trmino do relacionamento(

    Quanto mais tem"o esse namoro dura# mais a idia de consist8ncia oacom"an1a# usando a analogia "ro"osta# basta "ensar que quanto mais tem"ouma em"resa tem# maior a sua credibilidade( Mas no raro# vemos namoros dev/rios anos acabando de $ormas inimagin/veis# o que tra, ' tona aquela idia

    de que# se mesmo os casamentos :outra institui%o# no caso uma institui%ototal? que "arecem ter muito mais $or%a "or tra,erem consigo aquelas idias de

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    12/30

    6at que a morte vos se"are9# to "resente em religi&es# "rinci"almente nocatolicismo# comun1o de bens# etc(# at mesmo eles# terminam# o que di,ersobre os namoros na juventude# que nada mais "assam de um 6acordo9in$ormal $eito "or dois jovens que teoricamente se gostam# ou mesmo# seamam# a An/lise Institucional "ode "7r mais a $undo essa a$irma%o com o

    seguinte questionamento5 6Mas ser/ que se amam mesmo9(

    Analisar uma institui%o analisar a vida e como ela $igura nos indiv0duos quecom"&em a sociedade# c1eia de regras# normas# r!tulos# "ress&es# im"osi%&es#que a cada dia vo aumentando( +s mesmos conceitos que a AI usa "araanalisar algo so os mesmos dilemas e "ensamentos que todo ser 1umanoacaba tendo ao longo da vida e com eles amadurecendo(

    Zm namoro tambm "ossui regras e normas5 $idelidade# com"an1eirismo#a$eto# etc( Regras essas# "or ve,es mais r0gidas que muitas em"resas "or a0

    Lembrando e en$ati,ando que# segundo a An/lise Institucional# uma institui%otra, junto consigo o germe de sua dissolu%o# a sua "r!"ria contradi%o:contra-instituinte?# juntamente com os "rocessos "elos quais uma sociedadese organi,a :instituinte?# e o que ele acarreta ou mesmo 6im"&e9 na sociedadecomo uma $orma social estabelecida :institu0do ou institucionali,ado?( )ensarnisso de certa $orma "arado.al# no sentido de que# como algo "ode ser e aomesmo tem"o no ser omo algo "ode ser consistente se carrega juntoconsigo a rai, de sua destrui%o )ode ser $eita a seguinte analogia5 comose $osse o veneno e atravs dele $osse $eito o ant0doto "ara o mesmo Hjustamente nesse "onto que a An/lise Institucional quer tocar e "7r em .eque ainstitui%o e toda a sua estrutura social# como tambm os nossos saberessobre essa institui%o( H "reciso salientar que as institui%&es so din*micas#t8m o movimento de constitui%o e dissolu%o( Esto se construindo e sedissolvendo de $orma bastante r/"ida e a"arentemente im"erce"t0vel num loo"que se alterna( Assim# elas buscam manter o institu0do# mas no o conseguemsem $a,er constantes re$ormas na sua "r!"ria estrutura(

    )ara com"rovar esse car/ter de certa $orma "arado.al de AI# "ara Lourau# 6ainstitucionali,a%o um $en7meno inelut/vel que corr!i a sociedade( Qualqueridia# qualquer inven%o# qualquer "ro$ecia# ' medida que toma $orma social#entra em institucionali,a%o# ou seja# "erde a radicalidade9 )ara Mic1el

    Aut1ier# 6Quando uma idia com"rovada# l1e damos $orma social# ainstitucionali,amosF ao mesmo tem"o# $a,emos com que "erca seu sentido9(

    [enerali,ando a institui%o namoro no sculo N< e a"licando sob ela estes Jconceitos e.tremamente $undamentais da An/lise Institucional# "ercebemosque no caso o instituinte seria o casal de namorados# o institu0do seria aimagem que um tem do outro# e o contra-instituinte seria o motivo "elo qual ocasal terminou# a contradi%o que 1ouve naquele amor inicial "ara que eleculminasse nesse $im# tratando que a cul"a disso $oi do "r!"rio casal# ou seja#essa institui%o namoro no sculo N

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    13/30

    casal# isto # o "r!"rio casal carregou consigo o embrio de seu "osteriortrmino( H di$0cil "ensar isso# mas analisando bem# $a, muito sentido(

    REERGIA3 BIBLI+[RIA35

    LOURAU, Ren: Anlise institucional e prticas de pesquisa; Rio de Janeiro, Ed UERJ,Rio 1993.

    RE!RE, Ro"erto: A#e e d$ %e&a#e,'

    Institui%o( i i"dia# a enciclo"dia livre# Brasil# N>( is"on0vel em5T1tt"5UU"t(Vi`i"edia(orgUVi`iUInstituiJAOJAJo(

    4E33# Remi( o e$eito M@1lmann ao "rinc0"io de $alsi$ica%o5 instituinte#institu0do# institucionali,a%o( Artigos )arte Es"ecial( NO( "(-

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    14/30

    )ALA2RA3 4A2E35

    Bele,a

    Institui%o

    Institu0do

    Instituinte

    alsi$ica%o

    A Beleza

    As institui-es s/o de0inidas co#o 0en2#enos sociais, i#pessoais e coletios,apresentando per#an$ncia, continuidade, esta"ilidade4 5J. *6eallier, 19718. alar de

    u#a institui-/o i#plica, ta#"#, e# 0alar do instituinte e do institudo. O instituinteest liado aos processos pelos quais u#a sociedade se orania; enquanto o institudore#ete < 0or#a social esta"elecida.

    Aplicando esses conceitos ao analisar a "elea na perspectia da Anlise !nstitucional,pode#os dier que a "elea seria a institui-/o, o instituinte seria# os processos pelosquais a sociedade passou para se oraniar e# torno dela; ou se=a, a 6ist>ria da suainstitucionalia-/o, e o institudo re0ere?se aos padres de "elea esta"elecidos.@ee#os le#"rar, ainda, que esses padres passa# por u#a a#pla 0alsi0ica-/o, ou se=a,#uda# constante#ente.

    A "elea, 6o=e institucionaliada na #aioria das sociedades conte#porneas, arraiou?senas #ais ariadas culturas. E quando se 0ala e# padres de "elea atuais necessrioen0atiar a idia de #area, corpos sarados, acade#ias de instica e #al6a-/o,

    =unta#ente co# os #uitos adere-os oltados < padronia-/o da "elea.

    A crise dessa institui-/o est no seu pr>prio conceito. Belea a qualidade daquilo que "elo e sa"e#os que considerar alo "elo, ou n/o, u#a quest/o #uito relatia,depende do ponto de ista de cada indiduo. Entretanto, a nossa sociedade, 6 #uitote#po, e# i#pondo padres de "elea; eles s/o rios e #uda# constante#ente.

    A institucionalia-/o da "elea desenole?se ao lono da 6ist>ria, e =unto co# ela,a0etando e #odi0icando, inclusie, aluns instintos pri#rios. Co=e e# dia, a "elea seinstalou nas sociedades e se #ani0esta, de certo #odo, at co#o u# a0lora#ento do

    praer se&ual; pois os pr>prios instintos se&uais atuais se lia# aos padres de "eleainstitudos.

    Os padres de "elea de antia#ente era# co#pleta#ente di0erentes dos padres de"elea de 6o=e. (as sociedades pri#itias, a "elea 0sica era inculada < 0or-a 0sica,tendo e# ista que, para os padres de ida antios, a utilia-/o da 0or-a era a arantiade so"rei$ncia e perpetua-/o da espcie.

    (a era reco?ro#ana, as qualidades corporais aloriadas era# 0or-a e ailidade. Loo,para os reos, a "elea estaa nos 6o#ens. E# Ro#a, = eri0icaa?se a e&ist$ncia da

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    15/30

    aidade e&terna, co# a utilia-/o de penteados personaliados, a ida

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    16/30

    O ideal de "elea internaliado pelas crian-as se trans0or#a e# u#a constante "uscapelo corpo ideal loo no incio da adolesc$ncia, =unto tipo, a"usando das dietas #ilarosas, das 0>r#ulas #icas dere#dios para e#areci#ento e do e&cesso de e&erccios 0sicos. Huitas apela# at

    para as cirurias plsticas, que pro#ete# atender aos dese=os estticos de todos que aelas se su"#ete#.

    Huitas dessas pessoas desenole# transtornos ali#entares co#o a anore&ia e a"uli#ia; e o pior que as #ais atinidas s/o as adolescentes. Elas 0ae# de tudo parae#arecer e aca"a# ultrapassando os li#ites per#itidos por seus corpos: as anore&as,dei&ando de co#er, e as "ul#icas co#endo e o#itando o que co#era#.

    N necessrio le#"rar que, ne# se#pre, "elea sin2ni#o de sade e que a propaandade corpos #al6ados, acade#ias e a0ins, que entope# os #eios de co#unica-/oendeusando a i#ae# de corpos per0eitos, 0al6a, pois a per0ei-/o n/o e&iste no #undo0sico e n/o pode#os ne# nos apro&i#ar dela se colocar#os e# risco nossa sade, poisque# n/o te# sade n/o pode ser per0eito.

    A "elea parece ter li#ite de idade. N co#u# ouir#os as pessoas eloiare# ascrian-as e os adultos por seus atri"utos 0sicos, #as raro ouir#os alu# eloiar a

    "elea de u# idoso. !sso acontece porque a nossa sociedade est repleta de pr?conceitos e pr?no-es a respeito do que "elo. Has todas as pessoas, e# todas asidades, pode# ser "elas; pois n/o possel que alu# que = 0oi "elo dei&e de o ser s>

    porque enel6eceu. e antes u#a pessoa era considerada "onita por ter ol6os auis, aoenel6ecer, ela n/o #udou a cor dos ol6os, ent/o, porque ela n/o #ais "onita

    Pe#os que en0rentar a realidade e parar de pensar e# "elea co#o sin2ni#o deper0ei-/o, pois se 0osse assi#, n/o 6aeria "elea 6u#ana, pois ninu# per0eito.Pe#os que analisar as pessoas leando e# considera-/o a sua idade, n/o pode#ose&iir que u# idoso ten6a a #es#a 0or#a 0sica de u# adolescente. @ee#osconsiderar outros aspectos para aaliar a "elea dessas pessoas.

    E n/o dee#os aplicar essa is/o a#pli0icadora so#ente aos idosos, pode#os aplic?la

    ao analisar todas as pessoas. @ee#os considerar, al# da idade, a ra-a, a cultura, o#eio e# que ela ie, en0i#, n/o pode#os ter u#a pr?no-/o do que u#a pessoa "ela,pois todas as pessoas s/o di0erentes, at os $#eos t$# suas di0eren-as.

    A institucionalia-/o da "elea acontece si#ultanea#ente a seu desenoli#ento. Ela capa de in0luenciar as pr>prias rela-es entre 6eteros e 6o#osse&uais. As rela-es6u#anas co#o u# todo, s/o in0luenciadas pela institui-/o da "elea.

    E qual a responsa"ilidade da #dia diante deste processo de a0ir#a-/o da "eleainstitucionaliada na sociedade #oderna N certo que ela instru#ento de propaa-/odo processo, por#, a responsa"ilidade desse processo , e# sua #aioria, da #oda, das

    randes #arcas e dos randes co#erciantes da "elea.

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    17/30

    A teleis/o e as reistas s/o os principais #eios de proli0era-/o dos padres de "elea.Dor#, esses #es#os #eios se reea# ao tratar do te#a, 6ora incentiando, 6oraa0ir#ando os #ale0cios da "usca e&cessia pela "elea.

    O poder est nas #/os de que# te# din6eiro, loo, a aliena-/o e# #assa e a i#posi-/o

    de padres de "elea $#, =usta#ente, da ontade do rande #ercado da "elea, que#oi#enta #uito din6eiro todos os dias e depende da constante "usca pela "elea porparte das pessoas para poder enriquecer cada e #ais.

    Os ra#os que 0ae# parte desse #ercado s/o in#eros, desde 0a"ricadores decos#ticos e per0u#es, at

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    18/30

    teleis/o n/o s/o os nicos #odelos de "elea, que o institudo n/o te# tanto alorquando aluns prea#, pois pode#os 0alsi0ic?lo a qualquer #o#ento.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    orld >ide >eb: [%ttp:OOpepsic(bspsi(org(brOscielo(p%pPscriptQsciartte.tRpidQS19H0200U200000200011RlngQptRnrmQisoRgt?(ISSC 19H0200U(

    *CDU(, H2nica Raisa. Beleza e& 1"2"/ -ultura (%i-a e -"&,"rta&e+t" e& S$"3aul" +"% a+"% 45; /o Daulo: Boite#po EditorialSEditora E(A*, 1999. 1F p.

    V1WAluna de gradua"#o em @sicologia da Fniersidade Bederal do

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    19/30

    (a idade #dia surira# os #anic2#ios e os siste#as prisionrios, co# o discurso dedisciplinar os indiduos considerados co#o n/o socialieis. Essas institui-es, aosere# estudadas co# #ais detal6es, rece"era# o no#e de institui-es totais ecaracteria#?se principal#ente por sere# esta"eleci#entos 0ec6ados, 0uncionandoso"re rei#e de interna-/o, onde u# asto rupo de pessoas internadas 0ica#

    su"ordinadas a u# rupo #enor que dirie autoritaria#ente a institui-/o. Ascaractersticas dessas institui-es totais serira# de "ase para o suri#ento de outrasinstitui-es, tais co#o colios internos, or0anatos ou re0or#at>rios para #enoresin0ratores, 6erdando o #es#o discurso de socialia-/o dos indiduos. A partir doscon6eci#entos e&postos pela Anlise institucional perce"e?se u#a co#ple&a rela-/o de

    poderes entre os su=eitos que se orania# e# torno dessas institui-es. Atras dessesconceitos "sicos apresentados, perce"e#os a i#portncia de u# estudo acerca dessescon6eci#entos na perspectia de trans0or#a-/o das re0eridas institui-es.

    Dalaras?c6ae: institui-es totais, anlise institucional

    A% I+%titui#6e% t"tai%

    A sociedade "usca #odos para disciplinar os indiduos, ditos co#o n/o socialieis,co# esse intuito surira# as institui-es totais que seundo Ko00#an, se caracteria#

    por sere# esta"eleci#entos 0ec6ados que 0unciona# e# rei#e de interna-/o, onde u#rupo relatia#ente nu#eroso de internados ie e# te#po interal e e# contra partidau#a equipe diriente que e&erce o erencia#ento ad#inistratio da ida na institui-/o.

    Ko00#an, quando 0oi estudar, de #odo #ais apro0undado, as institui-es totais,enu#erou?as e# cinco randes rupos: o pri#eiro seria criado para cuidar de pessoasque, seundo se pensa, s/o incapaes e ino0ensias, tais co#o ceos, el6os, >r0/os; oseundo seria criado para cuidar de pessoas consideradas incapaes de cuidar de si#es#as e que s/o ta#"# u#a a#ea-a a co#unidade, e#"ora de #aneira n/ointencional, tais co#o sanat>rios para tu"erculosos, 6ospitais para doentes #entais eleprososrios; o terceiro tipo seria criado para proteer a co#unidade contra periosintencionais, e o "e# estar das pessoas assi# isoladas n/o constitui pro"le#a i#ediato,tais co#o cadeias e penitencirias; o quarto rupo seria criado co# a inten-/o derealiar de #odo #ais adequado alu#a tare0a de tra"al6o e que se =usti0ica# apenasatras de tais 0unda#entos instru#entais, tais co#o quartis e escolas internas; porulti#o, o quinto rupo seria a cria-/o de esta"eleci#entos destinados a serir de re0iodo #undo, e#"ora #uitas ees sira# ta#"# co#o locais de instru-/o para

    reliiosos, tais co#o #osteiros e conentos.

    Has, o aspecto central das institui-es totais pode ser descrito co# a ruptura das"arreiras e a uni/o das tr$s es0eras da ida: dor#ir, "rincar e tra"al6ar.

    endo elas realiadas no #es#o local e so" u#a nica autoridade e cada 0ase daatiidade diria do participante realiada na co#pan6ia i#ediata de u# ruporelatia#ente rande de outras pessoas, todas elas o"riadas a 0aer as #es#as coisase# con=unto, e# 6orrios riorosa#ente pr?deter#inados por u# siste#a de reras0or#ais e&plicitas e u# rupo de 0uncionrios.

    Tuando as pessoas se #oi#enta# e# con=untos pode# ser superisionadas por u#apessoa, cu=a atiidade principal a iilncia, ou se=a, 0aer co# que todos 0a-a# o que

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    20/30

    0oi indicado co#o e&iido, so" condi-es e# que a in0ra-/o de u#a pessoa tende asalientar?se diante da o"edi$ncia isel e constante#ente e&a#inada dos outros.

    !denti0ica#?se opressores e opri#idos, caracteriados pela equipe diriente e pelo rupodos internados, os pri#eiros #odela# e os seundos s/o o"=etos de procedi#entos

    #odeladores.

    Dode?se o"serar isso atras das restri-es < trans#iss/o de in0or#a-/o quanto aosplanos dos dirientes para os internados. Keral#ente, os internados n/o t$#con6eci#ento das decises quanto ao seu destino.

    @esenole#?se dois #undos sociais e culturais di0erentes, que ca#in6a# =untos co#pontos de contato o0icial, #as co# pouca interpenetra-/o. A diis/o equipe diriente?internado seria u#a conseqM$ncia "sica da dire-/o "urocrtica de rande n#ero de

    pessoas.

    Outra caracterstica re0ere?se ao tra"al6o dos internados, no qual qualquer incentiodado ao tra"al6o n/o ter a sini0ica-/o estrutural que te# no #undo e&terno,0uncionando co#o u#a espcie de escraid/o, onde o te#po interal do internado colocado < disposi-/o da equipe diriente, erando u#a inco#pati"ilidade entre asinstitui-es totais e a estrutura "sica de paa#ento pelo tra"al6o na nossa sociedade.Os internados de institui-es totais t$# todo o dia deter#inado e todas as suasnecessidades essenciais s/o plane=adas pela equipe diriente.

    Apesar da separa-/o dos dois rupos, dirientes e internos, dar a i#press/o de que opoder4 se=a u#a institui-/o, estrutura ou certa pot$ncia que u# rupo det# e#

    pre=uo de outro, Ko00#an = reela, de certa 0or#a, que poder4 su"stancial#enterela-/o e que s/o luares que co#pe# a sua din#ica.

    Ko00#an realia u#a #odalidade de anlise institucional entre os planos #acro e #icrodos 0en2#enos que ocorre# nos esta"eleci#entos 0ec6ados. ua concep-/o de poder ade u# poder essencial#ente #odelador, poder instaurado, repressio e #utilador do eue# sua #iss/o re?socialiadora.

    O eu siste#atica#ente, e#"ora #uitas ees n/o intencional#ente #orti0icado. Asepara-/o entre o internado e o #undo e&terno, a perda do seu no#e, a o"ria-/o derealiar u#a rotina diria de ida que considera estran6a a ele, aceitar u# papel co# o

    qual n/o se identi0ica e a iola-/o da 0ronteira entre o ser e o a#"iente, perdendo,assi#, sua priacidade, co#pe# alu#as das #utila-es e #orti0ica-es do eu nasinstitui-es totais.

    Assi# ao entrar, o indiiduo so0re u#a srie de derada-es e 6u#il6a-es do eu,passando por proressias #udan-as que ocorre# nas cren-as que t$# a seu respeito e arespeito dos outros que s/o sini0icatias para ele.

    *o# todos estes 0atores nas institui-es totais eral#ente se te# a necessidade de u#es0or-o para n/o en0rentar pro"le#as, a 0i# de eitar posseis acidentes, o internado

    pode renunciar a certos neis de socia"ilidade co# seus co#pan6eiros.

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    21/30

    @essa 0or#a, ao concluir esta descri-/o do processo de #orti0ica-/o, precisoapresentar tr$s pro"le#as erais das institui-es totais:

    O pri#eiro re0ere?se ao 0ato de as institui-es totais pertur"are# as a-es que nasociedade ciil o indiiduo possui certa autono#ia, por e&e#plo estar se#pre

    aco#pan6ado por alu# da equipe diriente at #es#o e# a-es si#ples docotidiano, a i#possi"ilidade de #anter esse tipo de co#pet$ncia e&ecutia adulta podeproocar no internado o 6orror de sentir?se radical#ente re"ai&ado no siste#a de idade,na #aioria dos casos os internados tende# a apresentar u#a renncia < sua ontade; oseundo pro"le#a tende a colocar as institui-es totais e seus internados e# tr$sarupa#entos distintos, considerando as =usti0icatias para os ataques do eu, osinternados "e# co#o os diretores "usca# essas redu-es do eu de 0or#a que a#orti0ica-/o se=a co#ple#entada pela auto#orti0ica-/o, as restri-es pela renncia, as

    pancadas pela auto0laela-/o, a inquisi-/o pela con0iss/o, assi#, as rias =usti0icatiaspara a #orti0ica-/o do eu s/o #uito 0reqMente#ente si#ples racionalia-es, criadas pores0or-os para controlara ida diria de rande n#ero de pessoas e# espa-o restrito e

    co# pouco asto de recursos, ta#"# as institui-es totais #ostra#?se 0atais para o euciil do internado, e#"ora possa 6aer aria-es entre a lia-/o do internado e o euciil; por 0i#, o terceiro e lti#o pro"le#a a rela-/o entre esse esque#a si#">lico deintera-/o para a considera-/o do destino do eu e o esque#a conencional, psicol>ico,centraliado no conceito de tens/o, a #utila-/o ou #orti0ica-/o do eu tende# a incluirauda tens/o psicol>ica para o indiiduo, #as para u# indiiduo desiludido do #undoou co# senti#ento de culpa, a #orti0ica-/o pode proocar alio psicol>ico.

    Junta#ente ao processo de #orti0ica-/o desenolido o siste#a deno#inado siste#ade priilios4 no qual possel #encionar tr$s ele#entos "sicos:

    O pri#eiro relaciona?se as reras da casa4 que s/o u# con=unto relatia#ente e&plicitoe 0or#al de proi"i-es que de#onstra# as principais e&i$ncias quanto < conduta dointernado; o seundo relaciona?se ao pequeno n#ero de pr$#ios ou priiliosclara#ente de0inidos, o"tidos e# troca de o"edi$ncia < equipe diriente, a constru-/o deu# #undo e# torno desses priilios secundrios tale o aspecto #ais i#portanteda cultura dos internados; o terceiro ele#ento est liado aos castios, estes s/o u#aconseqM$ncia seera da deso"edi$ncia

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    22/30

    de#onstrar co#o a ida no interior da institui-/o dese=el, e a usual tens/o entre osdois #undos se redu de #aneira notel; a quarta #aneira a da coners/o, onde ointernado parece aceitar a interpreta-/o o0icial e tenta representar o papel do internado

    per0eito, apresentando?se co#o alu# cu=o entusias#o pela institui-/o est se#pre sito de #udan-a do cenrio, #as o#todo disciplinar ainda per#anece se# #uitas trans0or#a-es e quando 0ae#os u#aAnlise institucional, sendo esta u#a a"ordae# que "usca a trans0or#a-/o dasinstitui-es a partir das prticas e discursos dos seus su=eitos, n/o se li#itando a estudar,

    de 0or#a isolada, o nel das rela-es inter?pessoais, o da orania-/o, estrutura 0sicaou da sociedade ista co#o u# todo estruturado e coerente, perce"e#os que certascaractersticas das institui-es totais ainda per#anece# ias.

    Pais s/o a resid$ncia, o tra"al6o, o laer ou espa-o de alu#a atiidade espec0ica, quepode ser terap$utica, tudo isso 0uncionando na pr>pria institui-/o; assi# co#o a rela-/oentre os su=eitos da institui-/o, no caso internos e a equipe diriente.

    %endo ta#"# alu#as das contri"ui-es da anlise institucional relatias < produ-/oda su"=etiidade no conte&to institucional, u#a leitura #ais atenta de Ko00#an ent/o

    per#itir encontrar ta#"# u#a di#ens/o produtia do poder: 6 nele u#a #icroorania-/o social dos esta"eleci#entos totalitrios que e&plicita toda u#a tecnoloiade poder alta#ente criatia.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS/

    Ko00#an, E. 51978. )a+i-8&i"%0 ,ri%6e% e -"+!e+t"%. Q ed. /o Daulo: Derspectia.

    Lourau, R. 519938. Anlise institucional e prticas de pesquisa. Rio de Janeiro: UERJ

    V1WAluno de @sicologia da FB< O

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    23/30

    A ANLISE INSTITUCIONAL DA 9EL:ICE E O 3A3EL DASRE3RESENTA;ES SOCIAIS CO)O U) SABER 3RTICO

    Ale#sn$r Mri %o&s %il'[1]

    Mri &is imenes *ei+o[2]

    RESU)O

    Este artio trata da anlise institucional da el6ice, considerando esta enquanto prticassociais. !nicia#os co# u# "ree 6ist>rico so"re o suri#ento e desenoli#ento daconstru-/o da Anlise !nstitucional, antes con0undida co# o conceito de orania-/o,#as aqui tratada co#o a ess$ncia do pensa#ento 5pensar do #oi#ento que cria8 quesustenta a institui-/o. Utilia#os 0unda#entos te>ricos encontrados na Anlise!nstitucional e na Dsicossocioloia, "e# co#o alu#as o"ras de autores que trata# doassunto.

    INTRODUO/ U) BRE9E :ISTrico, considerando que o #oi#entoinstitucionalista produto da crise. (a sua 6ist>ria, *astoriadis o pri#eiro quedeli#ita u#a di0eren-a entre Anlise !nstitucional e orania-/o, de0inindo a pri#eiraco#o u#a rede si#">lica, social#ente sancionada, e# que se co#"ina e# propor-ese rela-es arieis, u#a co#ponente 0uncional e u#a co#ponente i#ainria.45*atoriadis, 19G8 ua eolu-/o 6ist>rica apresenta u#a pretens/o e# tra"al6ar co# acontradi-/o e co# u#a diersidade de conceitos paradi#ticos que sustenta# seuarca"ou-o te>rico.

    N na ela"ora-/o de seu conceito?pi2, a institui-/o, que encontra#os os ter#osinstituinte, institudo e institucionalia-/o e seus respectios papis. Ao analisar asrandes contradi-es e ta#"# as que est/o presentes no interior dessas instncias, aAnlise !nstitucional prope u# noo espa-o de sa"er que ro#pe co# o sa"er ent/oinstitudo.

    Outro nel contradit>rio perceptel na institui-/o o #oi#ento, ou processo deautodissolu-/o, #uitas ees, reelado co#o inisel. Has que ao se 0aer presente,

    prooca randes surpresas. A de0ini-/o de conceitos co#o autoest/o e 6eteroest/ode#onstra# que a Anlise !nstitucional possui u#a 0ace poltica4, eidenciada nessacontradi-/o entre ser#os eridos4 por outre#4 ou a partir de n>s #es#os. Outroconceito essencial o conceito de i#plica-/o. Dartindo dele, que "usca#os u#aanlise de nossas pr>prias i#plica-es, ou se=a, dos luares4 que ocupa#os no #eiosocial.

    O ter#o institucional passou a desinar atiidades de inestia-/oSinteren-/o nossetores #ais diersos. Dartindo das prticas sociais, re0erentes ta#"# < diersidadedesses setores, ad#ite#?se quatro correntes no #oi#ento institucionalista: Anlise!nstitucional >cio?analtica, desenolida por Lourau e Lapassede, tendo co#o

    principais orienta-es a esquio?anlise e a socioanlise; >ciopsicanlise !nstitucional,desenolida por u# psicanalista #ar&ista, Hendel, e# 19Q. (/o dissociaa a

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    24/30

    concep-/o de institui-/o da de orania-/o; ocioloia !nstitucionalista ou Anlise!nstitucional de inspira-/o sociol>ica, que inestia as rela-es que os 6o#ens #ant$#co# suas institui-es o"=etiando contri"uir co# o con6eci#ento da co#ple&idade da

    prtica social, o que ne# se#pre tradu interen-/o ou #udan-a social. Dor e&e#plo: otra"al6o de oucault so"re a loucura; *onscientia-/o !nstitucional, que tra"al6a co#

    instru#entos que per#ita# des#ontar e desocultar o n/o?dito e a a#"iMidade que#ascara os #ecanis#os institucionais, nu#a perspectia #ilitante e li"ertadora.

    Entendendo esse processo 6ist>rico e eolutio da Anlise !nstitucional e os conceitospor ela utiliados, co#preende#os que sua proposta propor u# noo ca#po decoer$ncia apoiado na cateoria de contradi-/o. Derce"er a el6ice e suas representa-essociais a partir deste #odelo te>rico pode se reelar nu#a contri"ui-/o para oentendi#ento da co#ple&idade de rela-es que enole# essa te#tica. *onsiderando?a co#o essa institui-/o que se processa dentro de u#a din#ica de rela-escontradit>rias construda 6istorica#ente, o"te#os a possi"ilidade de identi0ica-/o dos#odos co#partil6ados de pensar e de atuar "e# co#o de caracteriar os con6eci#entos

    e cren-as dos rupos sociais a respeito da el6ice.

    SOBRE A 9EL:ICE

    A 0rase o Brasil u# pas de =oens4 ecoou e# nossos ouidos durante #uitos anos. Ai#ae# do nosso pas associada ao seu potencial populacional =oe# #arcou dcadas e#ascarou alo inesperado: a sociedade "rasileira n/o contaa co# u# au#entoconsiderel da popula-/o idosa, que alcan-ou neis alar#antes co# tend$nciacrescente de au#ento nos pr>&i#os anos. O enel6eci#ento populacional u#arealidade n/o so#ente "rasileira co#o ta#"# #undial. E# nosso pas, tal 0en2#enote# proocado #udan-as na pir#ide etria, que aan-a e# propor-/o eo#trica.

    @e acordo co# o @D! V @eparta#ento de Dopula-/o e !ndicadores ociais 5QQ8,considerando a continuidade das tend$ncias eri0icadas para as ta&as de 0ecundidade eloneidade da popula-/o "rasileira, as esti#atias para os pr>&i#os intes anosindica# que a popula-/o idosa poder e&ceder 3 #il6es de pessoas ao 0inal deste

    perodo, c6eando a representar quase 13W da popula-/o. e as esti#atias aponta# talperspectia, 0a?se necessrio re0letir so"re a diersidade de i#aens da el6ice asrias #aneiras de ienciar o enel6eci#ento e a el6ice de acordo co# ascircunstncias de naturea "iol>ica, psicol>ica, social, econ2#ica, 6ist>rica e cultural.

    o"re a el6ice, Beauoir 51998 escree:Ela u# 0en2#eno "iol>ico: o oranis#o do 6o#e# idoso apresenta certassinularidades. A el6ice acarreta, ainda, conseqM$ncias psicol>icas: certosco#porta#entos s/o considerados, co# ra/o, co#o caractersticos da idadeaan-ada. *o#o todas as situa-es 6u#anas, ela te# u#a di#ens/oe&istencial: #odi0ica a rela-/o do indiduo co# o te#po e, portanto, suarela-/o co# o #undo e co# sua pr>pria 6ist>ria. 5p. 1G8

    O OL:AR DA ANLISE INSTITUCIONAL

    A co#preens/o da el6ice nos rios #"itos da ida social reelada #uito #ais pelo

    lado depreciatio do que pela possi"ilidade do encontro de noos ol6ares e noaspercep-es. (o entanto, a necessidade de encarar#os a el6ice co#o u#a 0ase natural

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    25/30

    da ida, constitutia do nosso ciclo ital essencial. Hascaro 5QF, p. 98 a0ir#a queo processo de enel6eci#ento e a 0ase da el6ice 0ae# parte de nossas e&peri$nciasde ser io4. e as e&peri$ncias est/o interadas nu# processo que ai desde onasci#ento at a #orte, a el6ice u#a 0ase do desenoli#ento 6u#ano t/oi#portante quanto ica, asocial e a psicol>ica4. Entendendo a di0erencia-/o do enel6eci#ento 6u#ano a partirde u# ol6ar que desina a e&ist$ncia de diersas idades, perce"e#os porque 6 a

    de#arca-/o de u# te#po para que a el6ice se=a institucionaliada e# todo seuconte&to.

    A no-/o do conceito de el6ice atraessou diersas pocas co#o alo n/o de0initio eseus sentidos e sini0icados s/o resultados de u#a constru-/o social e 6ist>rica. @esde aAntiuidade *lssica, passando pela !dade Hdia, at nossos dias atuais, a el6iceassu#iu diersas sini0ica-es, reelando?se no #eio social co#o institui-/o e# seusdiersos neis contradit>rios.

    O conceito de institui-/o re0ere?se aqui, ao que < lu da Anlise !nstitucional, Lourau51993, p. 118 a0ir#a institui-/o n/o u#a coisa o"serel, #as u#a din#icacontradit>ria construindo?se na 5e e#8 6ist>ria, ou te#po.4 O seu processo deinstitucionalia-/o caracteria?se pela luta per#anente entre instituinte e institudo, e#constante contradi-/o co# as 0or-as de autodissolu-/o. Apresenta?se enquantoinstitui-/o porque co#porta su=eitos, sa"eres e prticas, contradi-es, i#plica-es,nor#as, representa-es sociais, a#"os e#"ricados neste co#ple&o siste#a de rela-es.ua institucionalia-/o ocorre nas rela-es sociais, nos interesses ideol>icos e ta#"#econ2#icos. A"ria rela-es de poder, isto que as i#plica-es ideol>icas e polticasest/o se#pre presentes. (u#a co#preens/o 6ist>rica a acerca das rela-es de poderenolidas na el6ice, Beauoir 51998 a0ir#a:

    e o pro"le#a da el6ice u#a quest/o de poder, esta quest/o n/o se colocasen/o no interior das classes do#inantes. At o sculo Y!Y, nunca se 0e#en-/o aos el6os po"res4; estes era# pouco nu#erosos e a loneidade s>era possel nas classes priileiadas; os idosos po"res n/o representaa#riorosa#ente nada. 5'8 Has quando se 0a da el6ice u# o"=eto deespecula-/o, considera?se essencial#ente a condi-/o dos #ac6os. Dri#eiro,

    porque s/o eles que se e&pri#e# nos c>dios, nas lendas e nos liros; #as,so"retudo porque a luta do poder s> interessa ao se&o 0orte. 5p. 1118

    O ser 6u#ano ao lono de sua e&ist$ncia dese=ou a i#ortalidade, a loneidade, a eterna=uentude e derrotar a #orte e a el6ice. A "usca de realia-/o desses dese=ose&pressou?se atras dos #itos, das 0"ulas, dos rituais #icos e das receitas dos

    alqui#istas. Atual#ente continua#os a querer "uscar a 0onte da =uentude4. Dor isso6 u#a co#pati"ilidade entre pesquisa s>cio?6ist>rica e o paradi#a da Anlise

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    26/30

    !nstitucional, isto que a institucionalia-/o da el6ice se desdo"ra no te#po e i#plicaraciocinar e# ter#os de dura-/o, te#poralidade e 6istoricidade.

    Dara 0alar de enel6eci#ento 6u#ano preciso co#preender a din#ica de 0atores"iol>icos, sociais, psicol>icos, econ2#icos e culturais relacionados entre si. Tuanto cio?polticas, 6ist>ricas, econ2#icas e culturais.

    !nseridos nu#a sociedade ur"ana e capitalista, iencia#os cotidiana#ente asuperaloria-/o do =oe#4. A preocupa-/o e&cessia co# a apar$ncia e o culto aocorpo es"elto, saudel e =oial disse#inada diaria#ente pela #dia enquanto oenel6eci#ento neado, co#"atido e adiado. Dara Hascaro 5QF, p. Q18, 6o=etenta#os adiar o enel6eci#ento cuidando da sade, preenindo as doen-as que c6ea#co# o desaste do oranis#o e 0aendo uso dos recursos da indstria da "elea e dore=uenesci#ento4.

    o"re os ter#os el6o4 e idoso4 perpassa u#a srie de preconceitos. !sso resultadode u#a is/o estereotipada que retrata o processo de enel6ecer co#o u# quadroso#"rio. E# alu#as sociedades tradicionais, os el6os era# enerados e respeitados.Era natural que os #e#"ros da 0a#lia tiesse# que o"edecer

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    27/30

    ca#po de coer$ncia. (a Dsicossocioloia, a el6ice te# sido 0requente#ente discutida apartir da teoria das representa-es sociais.

    Dara os pesquisadores tais representa-es t$# i#plica-es na ida cotidiana e nosco#porta#entos adotados por u# rupo de pessoas acerca de u# o"=eto, que s/o

    resultantes do #odo co#o os atores sociais representa# social#ente esse o"=eto e dosini0icado que estes adquire# e# suas idas. Essas cren-as e alores que atri"ue# tipos e preconceitos, sendo assi#,institucionaliadas.

    Entre os idosos, as percep-es de perdas, das incapacidades e das doen-as s/o aspectosreleantes das representa-es da el6ice. e tais representa-es se sustentare# se#pre

    nessa no-/o de declnio, acarretar/o e# conseqM$ncias neatias no co#porta#ento n/oso#ente deles, #as ta#"# daqueles que ainda n/o s/o idosos. Dor isso a idia de queelas se constitue# co#o sa"er prtico. @esina# u# processo que atraessa o te#po ein0luencia as rela-es sociais.

    (a sociedade ocidental isto que s#"olos, i#aens e estere>tipos s/o e&pressos atodo o #o#ento, principal#ente atras dos #eios de co#unica-/o de #assa.@iaria#ente eiculado na teleis/o, u# co#rcio intenso de produtos que arante# a0>r#ula da =uentude e a loneidade. o"re a in0lu$ncia da #dia, ressalta Hascaro5QF8:

    Dortanto as idias que a #dia e&pressa e# rela-/o ao enel6eci#ento e prios idosos, in0luenciando seu co#porta#ento e suasatitudes, e ta#"# as idias da crian-a, do =oe# e do adulto, a respeito doque sini0ica enel6ecer e# nossa sociedade. 5p. G8

    A el6ice ta#"# apresentada co#o u# pro"le#a social, isto que o au#ento dae&pectatia de ida tra para o #eio social a discuss/o so"re os custos do Estado e da0a#lia co# os idosos relatios < sade, preid$ncia social e polticas p"licas.

    A Kerontoloia te#, atras de seus estudos, di0undido o ter#o el6ice "e#?sucedida4destacando a i#portncia de u#a #udan-a ideol>ica que consiste e# perce"er o

    enel6eci#ento e a el6ice a partir de seus aspectos positios e do seu potencial para o

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    28/30

    desenoli#ento. /o perspectias que de#onstra# < inser-/o de noas representa-essociais, t/o necessrias para ro#per co# as continuidades e per#an$ncias.

    !sso de#onstra que noos ol6ares est/o sendo introduidos na din#ica socialinauurando u#a noa tica do sa"er enel6ecer "e#4, onde a atiidade, a

    participa-/o, o conio social s/o condi-es sini0icatias para que o idoso sinta?se0eli. Hascaro 5QF, p. 8 ressalta que os #odelos de u#a el6ice aloriada s/orepresentados por idosos que en0renta# desa0ios, 0ae# pro=etos para o 0uturo, #ant$#u#a aenda repleta de atiidades, #ostra#?se criatios, e reluta# e# aposentar?se4.

    N preciso eidenciar que 6 u#a rela-/o entre os idosos e os papis que estes e&erce#na sociedade. *o# o enel6eci#ento, o idoso co#e-a a perder papis que e&ercia e#sua ida pessoal e social. Has su"stituindo esses papis por outros, que ele #ant#sua satis0a-/o e "e#?estar na 0ase da el6ice.

    Essas representa-es sociais de carter positio aca"a# por possi"ilitar aos idosos o

    acesso

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    29/30

    endo assi#, not>rio que estes conceitos e estere>tipos de prticas s/o 0rutos de puraconstru-/o social. Densar o enel6ecer pensar o "iol>ico, o social, o psicol>ico,nu#a is/o a#pla, considerando 0atores 6ist>ricos e culturais.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    BEAU%O!R, i#one de. A !el'i-e.Pradu-/o de Haria Celena ranco Honteiro. Riode Janeiro: (oa ronteira, 199.

    @D! V @eparta#ento de Dopula-/o e !ndicadores ociais V !BKE 5QQ8. E%ti&ati!a%%"re ta=a% de (e-u+didade e l"+2e!idade.Rio de Janeiro: RJ.

    EPAPUPO @O !@OO 5Q38. Lei +> ?5.@? de 5? de "utur" de 455.Braslia V@: enado ederal.

    KOHE, Adelino @uarte. I+%titui#$" e i+%titu-i"+ali%ta%.Anlise psicol>ica, 51998,

    !! 3:3FG?3GQ. @isponele#: 6ttp:SS[[[.0pce.uc.ptSne0oScon0Spu"licacoesS0ilesSinstinst, acesso e# 7 denoe#"ro de Q7.

    LOURAU, Ren. A+7li%e I+%titu-i"+al e 3r7ti-a% de 3e%ui%a.Rio de Janeiro: UERJ,1993.

    HA*ARO, . de A. O ue !el'i-e./o Daulo: Brasiliense, QF 5*ole-/o Dri#eirosDassos8.

    HELLO XAK(ER. E. *. A. Cader+"% de 2er"+t"l"2ia %"-ial.Apud HA*ARO, .de A. O que el6ice. /o Daulo: Brasiliense, QF 5*ole-/o Dri#eiros Dassos8.

    HO*O%!*!, . 519718. O+ %"-ial re,re%e+tati"+%.E# J. D. oras 5or.8, ocialconition.Perspe"ti'es on e'er$ &n$erstn$ing5pp. 171?Q98. (e[ +or). Acade#icDress.

    (ER!, A. L. E+!el'e-er +u& ,a% de 1"!e+% %i2+i(i-ad" de !el'" e !el'i-e %e2u+d"ra%ileir"% +$" id"%"%.Apud HA*ARO, . de A. O que el6ice. /o Daulo:Brasiliense, QF 5*ole-/o Dri#eiros Dassos8.

    DOL\P!*A (A*!O(AL @O !@OO 519978. 3r"2ra&a Na-i"+al de Direit"%:u&a+"%. Se-retaria Na-i"+al d"% Direit"% :u&a+"%.Doder E&ecutio. Hinistrioda Justi-a. Braslia, @.

    AL@A(CA, Ana AlaIde Xer"a. A+7li%e -"&,arati!a da% re,re%e+ta#6e% %"-iai% deid"%"%.!n Reista eletr2nica: pucrs, 3, (Z Q V #aioSaosto QG. @isponele#:reistaseletronicas.pucrs."rSo=sSinde&.p6pSreistapsicoSarticleSie[ S139S19, acesso e# 7 de noe#"ro de Q7.

    V1WAluna de radua"#o em @sicologia da Fniersidade Bederal do

  • 7/23/2019 Anlise Institucional.Estudos de Caso

    30/30

    V2WAluna de radua"#o em @sicologia da Fniersidade Bederal do