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EDITORES Antonio Marcos Pires Gil e Luiz Franscisco “Duico” de Vasconcelos PRODUÇÃO GRAFICAEdgar Marculino FOTO CAPA Maria Inês Pires Gil ARTISTA CAPA Guilherme SP ACABAMENTODobragraf 55 11 3932.2783 COLABORADORES Alê Roit, Cristiano “Negão” Resende, Dalmo Mariano,

Luciana Gil, Luisa Horta e Tetê Balestreri IMPRESSÃO Layout Digital 55 11 3935.2111 TIRAGEM 3.500exemplares Mai/Jun 2005 Distribuição Gratuita CONTATO 55 11 7155.3708 [email protected]É permitida a reprodução de qualquer artigo ou matéria publicada na Revista Palco Aberto desde que seja citada a fonte. Os artigos assinadose anúncios não expressam necessáriamente a opinião deste veículo, sendo assim de responsabilidade exclusiva de seus autores.

ERRAMOS Rodrigo Racy completou sua travessia de monociclopelo Caminho de Santiago no dia 16 de junho , diferente doque aparece (16 de julho) na 5ª edição da Revista Palco Aberto.

Finalmente! Chegamos à 6ºEdição da Revista Palco Aberto!A partir da próxima já estaremosno segundo ano. É inevitável que,em uma véspera de virada, nósavaliemos nossos esforços paraatingir os objetivos e principalmen-te, se eles foram atingidos.O queantes era uma idéia, um sonho, hojeé uma realidade! Uma Revista dequalidade, distribuída gratuitamentee com alcance mundial!

Muitas pessoas ajudaram ecompraram a nossa idéia, e sem elasa existência desta Revista teria sidomuito mais difícil. Agradecemos atodos que nos ajudaram e atravésdeste contato percebemos que osmalabaristas, circences e artistas derua, se aproximaram ainda mais. Oconhecimento e as idéias estão ser-vindo para unir os artistas.

Já temos nosso “correspon-dente internacional” e grande ami-go: Negão Balu, que nos escreveusobre a Convenção na Finlândia, naedição nº 4 e, nesta edição volta aescrever, desta vez sobre aConvenção Britânica. E prometemais!

Outros colaboraram, comoDu Circo , Paulo Andr inga e omalabarista Toto, nosso primeiroentrevistado que se manteve pró-ximo e nos escreveu uma matériana edição passada.

Alê Roit, outro entrevistado,mas na edição nº 3, também se man-teve próximo a nós e nos presen-teia, nesta edição, com uma matériasobre a Convenção Latina de Circo.

Aliás, Alê Roit foi um dos funda-dores do grupo Parlapatões, juntocom Hugo Possolo, nosso entrevis-tado desta edição.

Outro grande amigo queganhamos com a Revista é o atira-dor de facas Dalmo Mariano, quetraz também nesta edição, umareportagem sobre sua arte, comtécnica conhecida por poucos. Oleitor mais atento poderá notar quena edição nº 2 da Revista, há umacarta deste mesmo Dalmo, nosoferecendo sua preciosa ajuda.

Aliás, nesta edição tivemosque ficar sem a seção do PainelAberto, por exclusiva falta de cartas.Por isso, mandem suas mensagenspara a gente, vamos nos comunicar.

Apesar disso, há outras maté-rias interessantes nessa edição, co-mo a do histórico 1º Festival deCirco e Espetáculos de Rua e umapequena entrevista com PC, o sur-fista de corrente.

Portanto, fazendo um balançodeste fim de ciclo e início de umnovo, nós percebemos que atingi-mos alguns objetivos e que ogrande valor que a Revista PalcoAberto nos trouxe foi o de co-nhecer mais sobre as artes e tam-bém as pessoas que exercem essatão nobre atividade, a atividade deartista circense e/ou de rua.

Que vocês desfrutem desta,a última Revista do PRIMEIRO ANODE NOSSAS VIDAS!

Duico - Editor

ÍNDICE4

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BJC

Convenção latina

Arremesso de Facas

Entrevista Hugo

Galeria de Fotos

Entrevista PC

Festival de Circo

e Espetáculo de rua

Faça

Acontece

Indicações

Notas

Crônica

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Quatro horas da tarde, 31 de março de2005, primavera, ± 8° C; Perth, capitalmedieval da Escócia e cidade preferida darainha Elezabeth II, essa foi a cidade escolhidapara sediar a 18° British Juggling Convention.

Vieram para convenção britânica 450malabaristas, um pouco mais que a metadeda convenção anterior em Derby/2004, masencontraram um belo e estruturado centroesportivo (Bell Sports Center), localizado nofinal da cidade. Contava com um amplo espaçopara camping; um ginásio para praticarmalabares enorme, 24hs aberto com música;outro um pouco menor para as apresentações(Open Stage e Renegados); mais três salasde squash e duas salas para workshops; umrestaurante; seis banheiros e dois para tomarbanho quente, sempre limpos.

De acordo com a organização a (baixa)quantidade de pessoas ocorreu em con-seqüência da localização da convenção longede Londres (onde se encontra a maior partedos malabaristas britânicos).

“- Atenção, Atenção! Aniversário da MiniMansel! Mas quem e Mini Mansel?” - umadas organizadoras da convenção. Todas aspessoas do ginásio pararam de treinar e

começaram juntos a cantar parabéns, é claroque depois voltaram rapidamente a treinarcomo loucos.

00:10, primeiro Open Stage: começamoscom Nigel (Irlanda), muito simpático, montaseu espetáculo em uma cena de jantar comuma mesa completa (garfo, prato, colher ecopo), tudo pronto para o jantar, mas ops...não janta, faz contato e equilíbrio com osobjetos da mesa. Nesta noite, depois dosegundo artista que se apresentou a músicacomeçou a dar problemas técnicos, trêsartistas se apresentaram assim. Todos com umafisionomia triste por causa do som defeituoso,até que chega Luke Barrage e, como numtoque de mágica resolve o problema da músicae se apresenta na seqüência, fazendo umnúmero com três bolas e sua jaqueta passandoas bolas pelas mangas, etc… O público delirae aplaude de pé, um número simples masmuito criativo. Depois um mascarado, GuyHeartcote, com seu yo-yo mágico, tambémmuito aplaudido e a noite continua até astrês da manhã com muita gente treinando!Ufaa… primeira noite na barraca, 0° C, Vixe!Acho que vai nevar (deus não faz isso comigo,vou morrer de frio!) tive sorte! Não nevou…

Primeiro de abril, acordo e saio dabarraca. A terra toda úmida e mole, pareceareia movediça, saio da convenção e vou paraa cidade buscar um bar que vende o famosobreakfast inglês (café da manhã), encontreiuma promoção com ovo, bacon, champignon,feijão doce, torrada, panqueca, lingüiça, caféou chá... Isso era só o café da manhã! Pelopreço de cinco libras. Neste dia nem almocei!Depois voltei correndo para a convençãoporque começavam os workshops.

Durante o dia aconteciam todos osworkshops, uma variedade incrível, para todosos gostos: monociclo hockey, yo-yo, laço,truques de cinco bolas, spinning, monociclotricks swap, manipulação de clave, passes,chapéu, escultura de balão... Tudo com umapontualidade britânica. Todos os workshopsque vi e fiz estavam cheios de gente entu-

por Negão Balu

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ConvençãoBritânica deMalabares

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siasmada para aprender, e os profissionais queestavam ali ensinavam com muita vontade:destaque para um de devil stick avançado,um alemão que fazia dois devil sticks com osolhos fechados; Luke Barrage com umworkshop de truques de cinco bolas e IanDeady com manipulação de claves, umworkshop que aconteceu todos os dias daconvenção, quatro horas por dia.

Mais tarde, as 18:00 começa o YoungJuggler of the Year, uma competição em que opúblico escolhe o melhor malabarista jovemdo ano, eram oito os competidores, com umaidade de 15 a 20 anos, venceu Jonh (Inglaterra)de 16 anos com um número de três claves,ganhando um prêmio de 200 libras. A noiteestava só começando, fomos todos para olado de fora do ginásio onde começaria oshow de fogo; quando cheguei já estava cheiode gente porque como era fora do ginásio aspessoas da cidade paravam para olhar o queacontecia ali. Uma jovem começou a dançarcom uma tocha de swing no ritmo de umamúsica clássica, em seguida chegaram cincocrianças e rapidamente mudou-se a músicapara um techno, o clima ficou mais dançantee agitado com as crianças fazendo tudosincronizado. Daí entraram oito pessoasfazendo poi, tudo precisamente coreografado,quatro devil stick e mais quatro pessoasfazendo passes com tochas. Foi um grandeespetáculo de fogo!

22:00, Ceilidh (dança típica escocesa)com participação de uma banda ao vivo (LastTramate Auchenshugle), muito divertido! Coma presença dos moradores de Perth queensinavam as coreografias, uma dançadivertidíssima.

Para continuar a noite e a tradiçãoescocesa: Haggis Juggling World Record, umacompetição diferente (para não falar esquisita),usam umas lingüiças que pesam ± 500g quechamam haggis. Começam a estourar aslingüiças tentando bater o recorde (nojento),esse ano foi de 33 segundos com 5 haggis.

O local escolhido para o Public Show

Cristiano Resende mais conhe-cido como BALU, NEGÃO

é malabarista, mineiro ereside em Milão, Itália.

[email protected]

foi o Ciyt Hall dePerth um teatrograndioso e luxu-oso. Os RaspiniBrothes (BarryFriedman e DamHozman), uma du-pla californiana fan-tástica, muito criati-vos e interativos,foram os aresen-tadores da noite,com várias interven-ções geniais! A noitemais esperada daconvenção começou com um trio (duasmulheres e um homem) que jogavam comsinalizadores de trânsito fluorescente, fazendofiguras belíssimas; Luke Barrage e Toby Whilly,fizeram uma disputa entre claves e argolasLuke fazia um número de claves e Tobycolocava uma música em um equipamento jáno palco, mudavam e Toby faz igual só quecom aros enquanto Luke mexe na música,chegam a marcar 6 objetos tecnicamenteperfeito! Merk Sigal faz sua apresentação com3 chapéus e uma mala; Yam (Suiça) com umarotina de dois yo-yo perfeita, usando a trilhasonora do filme Grease; Carlott (França) emseu monociclo com uma roupa de ballet, faziao monociclo dançar em cima do palco, umabailarina em cima de uma roda.

Pela manhã o ânimo aumenta com o Solaparecendo, secando a terra úmida emassacrada do camping. É hora de desmontara barraca e fazer a viagem de volta, foirealmente uma grande convenção, mesmosem a presença antes confirmada de GandiniProject, quem sabe na do próximo ano?

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“...onde o único animal éFelipe!” Essa foi a paródia dolema da convenção – que naverdade dizia ‘...onde o únicoanimal é o Homem!’ – que acon-teceu em Bogotá, Colômbia,entre 19 e 26 de março, comrepresentantes de quinze países.Mas quem é Felipe?

Felipe García é o persona-gem que promove e organiza aconvenção desde a sua primeiraedição. Um homem de Teatro queencontrou no Circo, uma ma-neira de aliviar a pressão exer-cida por uma elite que aparente-mente monopoliza os meios de

produção teatral em Bogotá.Com mão de ferro, conduz demaneira muito disciplinada aprogramação, junto a uma equipede 16 pessoas, o que faz comque divida as opiniões dos parti-cipantes sobre a sua atuação.

Essa origem se refletiu noresultado: o que no papel é cha-mado de Convenção, na práticase configura muito mais comoum Festival. Infra-estrutura deconvenção – com espaço parabarracas de camping, refeiçõesacessíveis e condições excelen-tes para treino – e uma progra-mação de festival – cada oficinatem sete dias, e acontecem decinco a sete espetáculos por diaao longo de todos os dias, alémdos ingressos pagos, mesmo quemuito baratos. Até as compe-tições ganharam caráter deespetáculo. O embate Conven-ção-Festival mostrou-se inte-ressante, pois a abordagempuramente técnica ficou balan-ceada com a quantidade de ma-nifestações artísticas, mesmoque boa parte delas não tivessenenhum conteúdo circense,como alguns espetáculos demarionetes e um de dança con-temporânea.

Os participantes da con-venção ficaram em torno de

duzentas pessoas, mas a esti-mativa de público foi de 50 milespectadores. Parte desse nú-mero foi devido às pessoas queassistiram a vários espetáculos,mas mesmo assim, não deixa deser um número invejável. Entreos quinze países represen-tados, a grande maioria era decolombianos e venezuelanos.

Eu e alguns dos “conven-cionistas” pagamos um preçopor isso: no meu caso, dei aulastodos os dias, fiz quatro sessõesdo meu espetáculo e toquei nabanda de dois cabarés, maratonaque me deixou com poucaenergia para treinar. Entretantoisso não impediu de maneiraalguma a confraternização.Apesar do pouco treino – quese deve também a uma incurávelpreguiça – o espaço propiciavaa convivência quase que integralentre os participantes. Paraquem é de São Paulo e já estevenum deles, imagine que um dosCEUs da prefeitura abrigasseuma Convenção. Servitá – o no-me desse espaço público – estáafastado de centros comerciaise tem toda estrutura necessária,e apesar de algumas restriçõesde horários para banhos e re-feições, todos podiam se dedicarsem maiores preocupações aos

�������������� �������texto e fotos: Alê Roit

AntonioBenitezartistaespanhol

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treinos, oficinas e espetáculos.Além disso, por ser um espaçocontrolado por segurançasdurante as 24 horas do dia, ouso de drogas ou consumo deálcool eram proibidos.

Para se ter uma idéia da di-versidade da programação, bastadizer que de 12 oficinas diferen-tes, apenas duas eram especi-ficamente de Malabares e outrasseis eram de outras técnicas decirco. As restantes variavam portemas mais ligados ao Teatro e àexpressão corporal.

O que pude entender des-se movimento todo, é que omovimento circense na Colôm-bia é bem recente, e objetiva-mente em relação ao Malabares,muito da ética e da técnica quese pratica em Bogotá, deve-se àinfluência de Antonio Benitez,um espanhol que mora emBogotá há mais de três anos.Antonio é um estudioso teóricoe prático, com uma abordagemaprofundada das possibilidadesmatemáticas do malabares. Oresultado disso está em cenasque unem técnica e execuçãoimpecáveis. Vale uma citação aonúmero de bolas de luz sobreVivaldi e Beethoven, pautado emrotinas precisas de siteswap.

Uma das tônicas da Con-venção era o clima “família”.Com pouca música eletrônica emuita percussão, eram freqüen-

tes rodas informais de tambo-res e fogo ou renegados de últi-ma hora, mas um dos momentosmais marcantes ficou por contade uma dupla de mãe e filho. Emum dos cabarés Dani, um “dis-cípulo” de Antonio, entra muitobem vestido e convida para opalco sua mãe, que também mui-to elegante, entra com seu acor-deão. Depois de uma sincera etocante declaração de amor pelamãe, eles juntos fazem um nú-mero emocionante, e chegam atrocar de posições: Dani as-sume o acordeão e a mãe a duraspenas joga três bolinhas. A pla-téia veio abaixo. Isso só foi supe-rado pelo aplauso gerado pelasroubadas que a mãe fazia semparar de tocar, enquanto Danimantinha suas cinco bolas no ar.

Alê Roit é artista ecomunicador

[email protected]

Ao final do evento, umasensação que talvez um poucomais de convenção e menos defestival teriam sido mais diver-tidos e menos estressantes. Poroutro lado, a satisfação da comu-nidade que acompanhou a pro-gramação de espetáculos foi gra-tificante. Voltei para casa comsensação de missão cumprida eno dia certo, pois a vacina de fe-bre amarela demora 10 dias parafazer efeito.

Quando for para Colômbia,não deixe de tomar sua dose...de vacina.

Plazoleta, apresentações ao céu aberto

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Assim, como dissemos, o arremesso de meiavolta é feito pela lâmina. O segundo arremesso,feito aproximadamente entre 3 e 3,60 metrosdo alvo, é feito pelo cabo, e é chamado de“arremesso de uma volta”. Depois, vem o“arremesso de uma volta e meia” (entre uns4 e 4,50 metros) que volta a ser feito pela lâ-mina. A regra é, todos os arremessos múltiplosde meia volta são feitos pela lâmina, os deuma volta pelo cabo.

Dica: aprenda a acertar suas distânciascontando passos até o alvo e marcando nochão os pontos de onde você consegue fincaras facas. Isso ajuda muito no começo.

Agora, passamos às duas modalidadesprincipais do Arremesso de Facas:Arremesso Esportivo ou de Competição:É um esporte de tiro ao alvo, como aArqueiria, por exemplo. A idéia é arremessar

um determinado número de facas aalvos colocados em diferentes

alturas, em distâncias que variamentre 2,40 e 6,30 ms, ganhandoquem conseguir maior númerode pontos na somatória do re-sultado de todas as distâncias.

Arremesso Circense:É aquele

visto emCircos e teatros, onde um pro-fissional experiente arremessafacas em alvos (balões, cartas) ouem volta de uma partner(Implement Arts). Esses númeroscom partners só são feitos apósmuito treino, pelo risco queoferecem. David Adamovich ,considerado o melhor arremes-sador circense do mundo disseque “se você não tiver certeza deque vai acertar um milhão de vezesem um milhão de tentativas, vocêainda não está pronto”.

“O pão cai sempre com a manteiga prabaixo.” Isto porque a distância da mesa ao chão,em geral, só permite meia volta ao pão! Omesmo princípio se aplica ao Arremesso deFacas: a gente tem que entender o númerode voltas que a faca dá, da mão ao alvo, paraacertar de ponta. Assim, o arremesso básicoé o chamado “arremesso de meia-volta”, ondea faca descreve meia volta entre a mão e oalvo. É realizado entre 1,80 e 2,40 metros doalvo, dependendo do tamanho da faca e doarremessador, do estilo, força, etc. Essearremesso é feito segurando a faca pelalâmina.

Na foto ao lado, demonstro o Arremesso(no caso, pela lâmina): o pé à frente normal-mente é o oposto à mão que lança; a facadeve ser “solta”da mão (deslizar, quandose abrem os dedos) e não ser jogadano momento em que o antebraço ficaalinhado com o alvo.

Deixe a própria faca seguir omovimento que ela vai encontrar oalvo da forma certa. O movimentode arremesso de facas é semelhanteao de um golpe cortante com umaespada. O braço nunca deve cruzar ocorpo, e sim seguir paralelo. Depois doarremesso, continue o movimento atéa mão descansar naturalmente na alturada coxa (follow-through).

O segredo é repetir sempre exa-tamente os mesmos movimentos e, aocontrário do que normalmente sepensa, manter o pulso firme, como seestivesse “travado”.O “joguinho”depulso faz a faca girar além do neces-sário. Olhe sempre para o alvo e nãopara a faca! Talvez a lição mais im-portante do Arremesso de Facas éque os arremessos são feitos al-ternando-se a empunhadura entrea lâmina (ponta) e o cabo da faca.

Arremesso de Facaspor Dalmo Mariano / fotos Duico

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EMPUNHADURA ou “Grip”: Outrodado importante é como se segura a faca parao arremesso.A empunhadura mais comum éa chamada Hammer Grip onde se segura afaca como se estivéssemos dando a mão paraalguém. Outra opção é o chamado ThumbGrip, onde o polegar se apóia na “espinha”dafaca. Ambos podem ser usados tanto no ar-remesso pela lâmina quanto pelo cabo.

ALVOS: Procure usar sempre alvos demadeira macia, tipo pinus ou cedrinho, e depreferência molhada, isso facilita a penetraçãoda faca e aumenta a durabilidade do alvo.

Use de duas a quatro tábuas pregadasumas nas outras, como se fosse uma cerca.“Discos”de árvores macias (Pinus, palmas)também dão excelentes alvos.

TIPOS DE FACAS: Facas de arremessosão mais grossas e pesadas do que facascomuns. Não possuem corte, para permitirque sejam arremessadas pela lâmina sem riscode ferimentos. Por isso, não use facas decozinha para arremesso – elas têm tambémuma têmpera mais dura, e podem estilhaçar,causando acidentes. O ideal mesmo é comprarfacas próprias para arremesso. Ou fazer suaspróprias facas, o que não é difícil. Barras deaço de suspensão de Kombi, por exemplo,podem dar facas razoáveis para se iniciar noesporte.

SEGURANÇA: Finalizando, outro dadoimportantíssimo é a Segurança: a área dearremesso deve ficar longe de objetosdanificáveis, e nenhum assistente deve ficar amenos de 4 metros do arremessador.

Use sempre óculos de proteção e cal-çado, no começo é muito comum as facasricochetearem, esse é o único real perigo noArremesso de Facas. Uma boa dica é, se asfacas estiverem ricocheteando em sua direçãoou para os lados, aproxime-se um pouco doalvo, isso irá corrigir o problema.

É importante destacarmos que oarremesso de facas não visa a auto-defesa,caça ou qualquer tipo de violência, é tãosomente um esporte de habilidade econcentração.

Dalmo Mariano é Arremessador de Facas hámais de 25 anos. Pratica e ensina o arremessode competição e o arremesso de Circo, émembro da WFKT, observer da NortheastThrowers e foi indicado para o InternationalHall of Fame de 2005.

[email protected]

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Como foi o seu começo?Com 14 para 15 anos me inte-ressei por teatro e procurei ogrupo de teatro infantil Mon-teiro Lobato, onde eu descobrio aspecto cômico. Então resolvibuscar uma escola de Circo.Quando abriu o Circo EscolaPicadeiro eu fui lá. Essa é minhaligação com o Circo, mas tenhouma ligação com teatro desdepequeno. Desde moleque eudizia que queria ser dramaturgo.

Você ingressou no Circo parabuscar o palhaço?Sim, mas descobri outras coisas.Morria de medo de altura e foino trapézio que eu perdi essemedo. Peguei uma paixão e-norme pelo trapézio de vôos ecomecei a fazer um palhaço notrapézio de vôos. Foi umaexperiência excelente! Atéporque naquela época o CircoEscola Picadeiro tinha espetá-culos abertos ao público todossábados e domingos. Então vocêera aluno e ao mesmo tempoatuava em espetáculos.

Você acha interessante essaforma de Circo Escola, quemistura aprendizado comespetáculos?Eu sou um defensor de quetodas as Escolas deveriamter isso como formação.Não precisa ser com essaregularidade semanal por-que eu acho que as moda-lidades circenses sãomuito diversas e pa-ra você conseguir

aprofundar demora um tempo.Mas que haja espetáculos men-sais com certa regularidade. Issoé muito importante porque fazparte da formação do artista seapresentar!

Você citou o trapézio de vôose o palhaço. O que mais faziano Circo?Eu treinei bastante arame.Também fazia uma palhaçada nacama elástica. Passei pelo rola-rola e o trapézio americano. Masa paixão ficou com o palhaço ecom o vôos. Foi aí que eu pro-curei me especializar. O malaba-res veio depois com os Parlapa-tões. Quando eu saí do Picadei-ro eu jogava três bolinhas, maseu achava muito repetitivo. Atéhoje não sou um aficionado.

Em qual ano entrou no CircoEscola Picadeiro?Entrei em 1984 para 1985.Quando estava estreiando oUbu, Folias Físicas e Patafísicasdo grupo Ornitorrinco. Eu achoeste espetáculo o grande íconeda década de 80 porque marca ajunção bem feita do teatro como Circo. Eu pude acompanhar osbastidores daquilo porque osartistas ensaiavam lá. Esse foirealmente um momento muito

significativo da minha vidacomo artista. Fiquei no Pi-cadeiro cerca de três in-tensos anos. Depois que saí

eu continuei com ativi-dades de palhaço

além de teatroinfantil.

Você trabalhava como palhaço?Fiz muita animação de festinha.Eu falo que animação de festa éum castigo que você passa. Porisso será perdoado e recebidonos céus. É um espaço muito in-grato de manifestação artística,mas é uma escola gigantesca.Você tem que no meio de bexi-gas, crianças violentas e paisdesatentos, chamar a atenção etornar aquilo um elementoartístico.

Como surgiu o trabalho na rua?Depois que eu fiz muita ani-mação de festa infantil, eu come-cei a fazer teatro infantil, viajan-do pelo interior. Então resolviromper com tudo o que eu faziae resolvi arriscar ir para a rua.Fui sozinho algumas vezes, de-pois comecei a convidar algunsamigos e em uma determinadaépoca formou o núcleo básicode onde nasceu os Parlapatões,mais ou menos em 1990. Essenúcleo foi mudando, se transfor-mando e eu acho que se carac-terizou mesmo com o Sardana-palo que deu uma cara e umaidentidade ao grupo. Mas a ruadeterminou a forma dos Parlapa-tões. Porque a gente estabe-leceu além da linguagem circensea relação direta com o espec-tador e isso é muito importante.

Essa linguagem do Circo deRua é distinta da linguagemdo Teatro, por exemplo?Eu acho muitas vezes que o tea-tro se priva da relação com opúblico, não que seja melhor ou

ENTREVISTA HUGO POSSOLOFilho de baiano com portuguesa, capixaba de nascença, mas paulista de coração pois veio para São

Paulo com apenas um ano de idade, Hugo Possolo, 42 anos, afirma que quase foi de família tradicionalcircense já que sua tia avó fugiu e morreu no Circo, em um incêndio. “É uma lenda que eu gosto deacreditar.” Atual Coordenador de Circo da Funarte – Fundação Nacional de Arte, é um dos criadoresdo grupo Parlapatões, Patifes e Paspalhões e nos concedeu um tempo entre uma série de compromissos,para uma entrevista na sede do grupo onde nos contou um pouco de sua história.

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pior. A nossa opção é estabe-lecer uma relação com a platéiaporque a gente acredita que opúblico deva interferir onde nãopode estabelecer os códigosque está acostumado na culturade massa. A tendência da mídiade uma forma geral é estabele-cer uma relação com o seu pú-blico que o visa como consu-midor. Isso achata todos aomesmo nível. Já a nossa artenão, ela faz uma interferên-cia na vida das pessoas nosentido transformador.Por isso, a relação como público precisa res-peitar as individuali-dades.

Existe alguma diferençaentre os Parlapatões doinício para o atual?Eu acho que a essência é amesma e se a gente perder essaessência fatalmente desmonta ogrupo. Essa essência é a relaçãodireta com a platéia, é mesclarelementos que estejam funda-mentados naquilo que quere-mos dizer. O que é diferentehoje é o fato de termos umtrabalho construído. Com issotemos mais visibilidade, maisacesso á mídia e mais conhe-cimento do público, que seaproxima mais. Nós fomos aolongo do tempo construindo asnossas relações. Acho que ogrupo se institucionalizou demaneira muito mais avançada. Eposso dizer que nos últimostempos, de uns três anos paracá, isso ganhou uma força muitogrande. Nós passamos a terpatrocínios, passamos a interfe-rir politicamente através dasnossas ações. Entendemos anossa responsabilidade em re-lação à cidadania e isso é funda-mental para um grupo de teatro,

especialmente se ele é fixo emuma cidade e quer ter o reco-nhecimento dessa cidade.

Atualmente quem faz partedos Parlapatões?Eu, o Raul Barreto, o ClaudineiBrandão e o Henrique Stroeterformamos o núcleo artístico bá-sico. Mas existem outras pes-soas que também estão por

trás do grupo e merecemtodo o crédito como Par-lapatões . A Cr ist ianeZonzini, o Lourero queestá desde o início dosParlapatões, o Claudi-nei, o Pedro Guilher-me, enfim. Eu acho quea gente aprendeu acompartilhar esseslouros, que durante

um tempo nós come-temos o equívoco de

não fazer isso. De só ca-racterizar um, dois ou trêsrostos que apareciam no cartaz.O grande problema da arte é queela envolve também a questãoda vaidade. E essa é mais umalição que a gente aprendeu emtoda a nossa trajetória,Vocêprecisa perceber que o perfil deum grupo tem que respeitar asindividualidades, mas não podesucumbir a elas. O coletivo estáacima do individual.

São poucos os grupos quepossuem a estrutura dosParlapatões. A que se deve essefeito?Desde o início tínhamos a preo-cupação de institucionalizar ogrupo. Muitas vezes os gruposfogem, com medo de se torna-rem quadrados. Mas a gente sabede exemplos vitoriosos noteatro no sentido de se institu-cionalizar. É muito importanteque a cidade identifique onde

estão os seus grupos, com ascaracterísticas que lhe perten-cem. Porque aí você enxerga acaracterística cultural da cidade.Os grupos precisam amadure-cer e construir as suas sedes. Écomo a cidade os reconhece.

No começo, você imaginavaque Os Parlapatões iria che-gar onde está agora?Sim, e em função disso nós ti-vemos uma grande preocupa-ção, que eu acho que todo artistadeve ter: os grupos precisam teruma base, um conteúdo, coisasque signifiquem o que você quei-ra expressar. O sucesso em si évazio. Nós já tivemos grandessucessos, grandes bilheterias.Mas não é com isso que traba-lhamos, e sim com a necessida-de expressiva. Queremos dizercoisas para a sociedade!

Você se auto-entitula um dospioneiros na arte de rua emSão Paulo?Eu não tenho essa pretensão. Emgeral as pessoas acreditam queo pioneirismo garante a qualida-de. O pioneirismo não significanada. Você ser o primeiro de al-guma coisa, não quer dizer bu-lhufas! O que significa é você darcontinuidade a um projeto, a umtrabalho no qual você acredita,e isso é o mais difícil pois vocêprecisa ter paciência, perseve-rança, generosidade, humildadee essas coisas não se encon-tram em quantidade por aí.

Quais seus objetivos comoCoordenador de Circo daFunarte?O que eu gostaria de deixarconstituído é um mapeamentoonde pudéssemos saber toda adiversidade de produção, em vá-rios níveis. O tamanho dos Cir-

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cos, desde o malabarista de ruaaté o Circo que cabe 3.000 pes-soas. Isso tudo precisa estar le-vantado! Não só com dados eco-nômicos, frios, mas com análisede pesquisadores que tenhamconhecimento desse campo.Meu outro foco é deixar cadavez mais evidente para os circen-ses, que os mecanismos de edi-tais públicos, democráticos,transparentes e com comissõesjulgadoras isentas são extrema-mente importantes. Ao invés deuma idéia arcaica, de que vocêpode fazer um acordo de balcãocom uma pessoa do poder públi-co. Esse tipo de ação é imoral eantiética. Tem que ter um editalpúblico, com comissão julgadoraisenta. Se conseguir deixar essasduas coisas, estou satisfeito.

Fale um pouco sobre a “ Leido Circo” .O problema do Circo Itinerantenão é exatamente a disputa pelaverba pública nem do patrocínio,porque eles nunca disputaramisso. A dificuldade é burocrática,é o entrave que cada cidade criana circulação desse espetáculo,porque eles vivem da bilheteria.Então nós criamos uma lei quevisa facilitar esses entraves. Masé claro que, posteriormente, oEstado deve criar mecanismosde fomento, com verbas, paramanter esse patrimônio que temsido destruído por falta de pre-sença do poder público.

Você já foi palhaço, atuou,dirigiu, hoje é Coordenador deCirco da Funarte, enfim, comovocê se define?Quando eu preencho uma fichaem um hotel, por exemplo,coloco que sou palhaço. Minhaprofissão é palhaço que é o queestá na minha carteira de

trabalho. Mas o artista precisase especializar e melhorar suasqualidades técnicas. Eu atuo nosvários campos porque me aju-dam a ter uma visão maior da-quilo que eu quero dizer. Achoque é preciso dar mais valor aotrabalho e mais especificamenteà questão da produção feita nopaís. Não que eu seja um nacio-nalista, mas a gente precisa darvalor a nossa produção cultural,para que não nos tornemosprodutores de mão de obra ba-rata para o exterior. Nós temosum valor muito forte na nossacultura, para passá-la a preço debanana, lá para fora.

Há muita diferença nosinteresses de cada classecircense?Claro que há conflitos, há dife-renças de interesses. Você estáno governo e é vidraça o tempotodo, e essa vidraça é justa. Aspessoas têm que questionar eprocurar seus interesses. E seesses interesses, mesmo quecorporativos, representam umacoletividade de interesses, o go-verno tem que olha-los.

É inevitável então que vocêtenha sua vida artística atrapa-lhada pela vida política?Claro, eu preciso responder aessa tarefa pública, dividir horá-rios e ser muito claro, porquetenho uma responsabilidademuito grande. Muitas vezes eutenho que deixar o meu campoartístico em segundo plano.

Para finalizar, como você vêo futuro do Circo?De hoje para frente eu esperoque o Circo conquiste mais visi-bilidade e prestígio perante à so-ciedade. Durante muito tempoo Circo foi uma atividade ligadaà idéia da itinerância, e hoje nemtanto, porque há pessoas fixasna cidade que trabalham comCirco. Que isso permita ser umcanal de visibilidade e de pres-tígio, porque o Circo merece.Muitas vezes ele é colocado,mesmo em relação às outras ar-tes, como um gênero menor.Eu fico muito feliz que hojetenha uma coordenação deCirco dentro do Governo Fe-deral, porque mostra que há umapreocupação ampla em tratar to-dos os seguimentos de lingua-gem de maneira igual. Não é aarte em si, é a cultura, o planomaior. E isso faz diferença na vidadas pessoas. Isso torna a socie-dade melhor. Não é reprimirbandido que resolve o problemado crime, é melhorar a qualidadede ensino, a qualidade cultural eda saúde. Isso melhora a vida emsociedade e tira a violência. Arepressão é importante, masnão é o principal, e sim a quali-dade de vida e a construção dacidadania.

Mais alguma coisa que vocêqueira falar?Eu acho muito legal que vocêstenham esse projeto de estardifundindo idéias, a partir domalabarismo, principalmente ode rua. Porque a disputa nemsempre é por aquilo que vocêestá apresentando, não é umarevista ou um espetáculo, é adisputa pelo espaço de pen-samento, que na sociedade estátratado de maneira muitoequívoca

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Cabeza de Martillo

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Vibrante Público do 1º Festival de Circo e Espetáculos de Rua

Pablo, representante daBanda de Dar Dó

Fogo na Colômbia...

Dalmo: VAI ENCARAR??? Trio Circo Zé Brasil no 1º Festival

...luz na Colômbia

Grafite: Produzido no 1º Festival

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PC “entubando” no surfe na corrente Hugo: Coordenador

Hugo: PalhaçoPistolinha & PetecadaMalabares para animar a garotada!!!

PC: Esperando a próxima onda...Negão: CorrespondenteInternacional

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Como surgiu o surf de corrente na sua vida?Aqui no bairro da Vila Madalena. Tinha umpessoal que fazia altas manobras e eu ficavalá parado olhando. Era tudo em frente a umaloja, no meio da rua. Aí resolvi começar atreinar com eles. O que facilitou foi que eramtodos amigos e vizinhos. Então comecei atreinar bastante. Mas era bem difícil. Ocomeço é muito difícil para aprender.

Qual o lugar mais inusitado que você seapresentou?Lá no Se Vira Nos Trinta. Foi o que me marcoumais. Eu estava passando por uma fase commuitas dívidas e a grana me ajudou bastante.O mais importante foi o reconhecimentopessoal e não financeiro. Claro quea grana é importante, mas percebique depois que ganhei, as pessoaspassaram a reconhecer mais minha arte.

Você trabalha com isso?Sim, mas não consigo tirarmuita grana ainda. Minha pre-tensão é de viver desta arte.

Qual é o truque maisdifícil que você faz?O aéreo. O famosobatidão (risos).

E a questão de se-gurança para quempratica surf na cor-rente? Já sofreu algum acidente sério?Sim, não muito tempo atrás. Caí da corrente

e ela deu a volta vindo bater direto na minhacabeça. Passei mal e tive que sair de ambulân-cia direto para o hospital. Tirei umas radiogra-fias e nada tinha acontecido. Mas fiquei comum inchaço na testa durante um bom tempo.Antes desse, só uns tombos pequenos. Apesarde eu nunca ter usado equipamento de segu-rança, é extremamente importante o uso, prin-cipalmente para quem está começando, por-que o começo é realmente difícil e a pessoacai muito, podendo se machucar gravemente.

Você se inspirou em alguém?Nos meus amigos que tiveram a paciência

de me dar umas dicas no começo. Depoiscomecei a desenvolver manobras que

eu mesmo inventei. Essa galera queme ensinou sumiu. Essa é umaarte que tem poucas pessoas

para se inspirar. Falam que temcampeonato aqui no Brasil, mas

eu já corri atrás e não descobri nada.Mas se rolasse um campeonato eu não

sei se teria gosto de participar, porqueeu gosto de me apresentar e fazer por

curtição.

Para terminar, o que você espera para oseu futuro com o surf na corrente?Eu espero que esse esporte seja reconhecidomundialmente. Porque eu estou lutando so-zinho. Não conheço ninguém mais que prati-que. Ainda mais que se apresente! Enquantoeu estiver vivo eu vou divulgar este esportepara o Brasil e para o mundo. Pretendo treinarmais e criar novos números

Paulo César Gaudino de Carvalho, o PC, 26 anos, nascido em Aquidauana – Mato Gros-so do Sul,Com apenas dois meses e meio de idade veio para São Paulo, mais especificamente na Vila Madalena,bairro dos artistas da cidade. Com dezessete para dezoito anos conheceu o surf na corrente, umesporte no qual a pessoa se equilibra sobre uma corrente e executa manobras. Praticante há oitoanos, PC ganhou em 2004 o famoso programa de televisão Se Vira Nos Trinta, onde os participantestêm que executar um número em 30 segundos. Pela votação da platéia, o prêmio de dez mil reais foiparar no seu bolso! Então, com vocês, a primeira entrevista de PC, o surfista de corrente.

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Em um dia realmente his-tórico na Vila Madalena, cidadede São Paulo, com muito sol esob uma pequena lona transpa-rente que permitia uma visãocompleta do céu azul, aconteceuo 1º Festival de Circo e Artede Rua.

Com total apoio e organi-zação do Circo no Beco, o Fes-tival iniciou-se com uma bandaque recepcionava o público comsom de muita qualidade.

Por volta das 16h00 e re-presentando o bailado que háem quase todos os espetáculoscircenses, o grupo Babado deChita inicia a sua apresentaçãode danças folclóricas, enquantoo público chegava e a ansiedadepara a abertura oficial crescia.

Após a dança, a Banda dedar Dó, do Circo Zanni, tocoualgumas músicas para alegrarmais ainda o público e decretoua abertura oficial do Festival,chamando a dupla MD Malabares,formada pelos palhaços-mala-baristas Pistolinha e Petecada.

Apresentando um showcom cerca de 40 minutos commuito malabares cômico, a duplaganhou o público e colocou aenergia no alto para o próximo

grupo. “Mais uma vez amei verPetecada e Pistolinha! Parabéns,foi muito legal mesmo!”- afir-mou Débora Varella, uma daspessoas presentes no primeirodia de espetáculo.

A dupla chilena-argentinaLa Chalupa Cia. Malabarística eraa próxima apresentção e fez umespetáculo bastante correto ecurto. Com aproximadamente25 minutos, a La Chalupa passouo bastão para outro grupointernacional, o Circo Delírio,também uma dupla, desta vezformada por um argentino e umuruguaio. Com apenas 20 minu-tos, mostraram um espetáculocom muitas brincadeiras emalabares, contando com a par-ticipação marcante do “uruguaio

selvagem”, esqueteonde Gonçalo (ouruguaio) interpre-ta um “homem dascavernas bizarro”arrancando muitosrisos da platéia.

Entre uma a-presentação e ou-tra, a banda de DarDó dava o tom dafesta com músicasinterpretadas da

maneira mais cômica possível.Após a apre-sentação das

três duplas circenses, uma gratasurpresa para os convidados,tendo em vista que nada haviano panfleto de divulgação, a ban-da Curumin And The Aipins man-teve todos dançando sob a lona,que a essa hora já deixava trans-parecer um céu estrelado.

Durante o show da bandaa confraternização e a alegria e-ram enormes, muitos amigos se

cumprimentando e presençasilustres de representantestantodo “Circo Tradicional” como do“Circo de Rua”, todos demons-trando que a união da categoriacircense é possível e necessária.

Por volta da 21h00 o últi-mo acontecimento deste pri-meiro dia, o Palco Aberto, com aapresentação de Pablo Nordio doCirco Amarillo, que recebeu comopresente da platéia excelentesapresentações, como a do mala-barista Toto e do incrível mímicoCalado, entre outros.

A madrugada chegou como término do Palco Aberto eapós cerca de 11 horas de muitomalabares, risadas, música, circo,confraternização, alegria e su-cesso, encerrou-se o primeirodia do Festival.

O dia seguinte prometia!Um domingo de muito sol, comseis grupos e um cabaré, DuCirco nos intervalos e mais umabanda no encerramento.

O primeiro grupo, CircoZé Brasil, atrasou um pouco suaentrada, já que o público tambémdemorou a chegar. Algo com-preensível, face à maratona dodia anterior. Além é claro, de es-perar o calor amainar um pouco.

Às 15h00, Du Circo rea-briu o Festival e chamou parainiciar a apresentação o CircoZé Brasil que com um espetá-culo muito bem marcado e ensai-ado, o grupo cativou a platéia esaiu de baixo da lona com a cer-teza de ter deixado sorriso nosrostos e nas mentes das pessoasali presentes.

Era a vez de acontecer umanovidade, o público seria trans-portado da lona para o meio do

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texto Duicofotos Luciana Gil

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Beco, onde os grafiteiros faziamsua arte nos muros desde o diaanterior. Com isso todostiveram um contato maior comessa forma de arte de rua. Nocentro do Beco todo colorido,houve mais uma apresentação: ado grupo brasileiro Clã Des-tinos de Teatro.

Contando com uma boaestrutura - uma Kombi com umpalco e uma estrutura de arame- o grupo fez uma apresentaçãobasicamente de “...teatro de cor-del, com muito texto, coisa queo público não está acostumadoa ouvir, e ainda pouca técnicacircense. A utilização do aramefoi decepcionante! Só uma brevepassagem, com lonja e seguran-do na corda. Fora isso eu gostei.”afirmou Emanuela Helena.

Com o fim do Clã era a vezda estréia do espetáculo do soloargentino, UniCristal. Com umcomeço um pouco nervoso, opúblico começou a envolver-senos malabares, acrobacias e mu-sicas de Carpincho, que sob umsol forte, pôs a prova seu prepa-ro físico. Ao final, uma exuberan-te apresentação no tecido, quefez com que o público aplaudissemuito a cada movimento do ar-tista argentino.

A esta altura, houve ummerecido intervalo para que to-dos pudessem tomar uma águaou uma cervejinha, para aplacaro calor do dia.

Novamente Du Circo con-clama as pessoas ao centro doBeco onde Alê Roit (recém che-gado da Convenção Latina, ondefoi apresentar seu espetáculo)deu início a sua apresentação,um misto de brincadeira com ofutebol e algumas artes circen-ses. Logo no início, coincidente-mente, surge uma saraivada defogos de artifício, o que abrilhan-

tou e deu um clima muito maiora sua já brilhante apresentação.

A maratona já se aproxima-va do fim e o próximo espetácu-lo seria sob a lona transparente.

Os Irmãos Becker se apre-sentaram para uma platéia enor-me, a maior de todo Festival. Nãohavia mais lugar para ninguém.Todos os espaços tomados euma iluminação na tonalidade a-marela davam o clima. A duplaapresentou um ótimo espetá-culo que mostrou competência,tanto no malabares como na ca-pacidade de apresentação. Saí-ram bastante aplaudidos pelopúblico e com a alma lavada pelosuor que escorria pelo corpoda dupla.

Era a hora do Cabaré deVariedades com a apresentaçãode Domigão do La Mínima. Aligação entre o último espetá-culo e o Cabaré, ficou a cargode Raphael Multiartista, queapresentou um fragmento deseu espetáculo Batucantando noChuveiro, uma mistura brilhantede malabares, percussão corpo-ral e criatividade. Logo em segui-da a dança afro de Priscila Yama-moto e Flavia Nazal. Após issoAline no trapézio fixo e o grupoArena do Circo com um exce-lente manifesto-esquete quemisturava números tradicionaisde palhaço com questões atuais,além é claro, de malabares. Naseqüência, e para encerrar oCabaré de Variedades um núme-ro do Circo Delírio.

Para finalizar o 1º Festivalde Circo e Espetáculos de Rua,o Circo Zanni transportou todaa magia de seu espetáculo parabaixo daquela lona transparente.

Decretado o encerramen-to do Festival o público aplaudiude pé.

Todos ainda puderam

ouvir o som da banda Kizôno-mos,enquanto comentavam sobre ofestival. “Foi mágico, um sonhoque quem viu, ouviu e sentiu jáestá com vontade do próximo.Todos estão de parabéns!”declarou Rodrigo Buchiniani.

Mais um dia, mais 11 horasde Festival e durante essas doisdias não houve cobrança deentrada, cada grupo passou ochapéu, o que fez com que es-te fosse um legítimo festival decirco e espetáculos de rua!

Outro ponto importantefoi a enorme presença de crian-ças na platéia, o que demonstraque o Circo e os Espetáculosde Rua já possuem sua sementeplantada e que essa semente, cer-tamente dará bons frutos no fu-turo próximo.

Aqueles que desmontarama estrutura, receberam sobresuas cabeças uma abençoadachuva que só serviu para lavar oespírito de todos que ajudarama fazer do 1º Festival de Circo eEspetáculosde Rua um a-contecimentono mundo domalabares, ci-rco e arte derua

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CIRCO NO BECO – Dia 7 demaio e 12 de junho Especial Diados Namorados, Rua BelmiroBraga, esquina com Rua LuisMurat Vila Madalena – SPentrada ao chapéuwww.circonobeco.com.br

ARENA DO CIRCO – Dias 22de maio e 5de junho, a partirdas 19h00, Paço Municipal daCidade de São Bernardo doCampo – SP; tel. 9375.4471entrada ao chapéuwww.arenadocirco.com

BICHOS DO BRASIL com aCIA. PIA FRAUS – todo sáb. edom. 16h30, Teatro do JockeyRuaBartolomeu Mitre, 1110Gávea - RJtel. (21) 2540.9853R$ 15,00

A ESTRÉIA DE LASANHA ERAVIÓLI deMONICA BIELtodo sáb. e dom. 17h00, TeatroMaria Clara Machado - FundaçãoPlanetárioAvenida Padre LeonelFranca, 240, Gávea - RJtel. (21) 2274.7722; R$ 15,00

ALMAS BERRANTES com ogrupo TEATRO DO ANÔNI-MO – todas sex. e sáb. 20h00 edom. 19h00, Espaço Teatro deAnônimo, Fundição ProgressoRua dos Arcos, 24, Centro- RJtel. (21) 2240.0930

O QUE VOCÊ FOI QUANDOERA CRIANÇA?– todo sáb. edom. 20h00 até 29 de maio,SescBelenzinh, Av. Álvaro Ramos,915região leste – SP – tel. 6602.3700R$7,50 a R$ 15,00

JOGANDO NO QUINTALPrimeiro final de semana de todomês; sexta e sábado às 21h00 edomingo às 19h00, Rua Prof°Vicente Peixoto, 50 Altura don°600 da Corifeu deAzevedoMarques – SP; tel. 3672.1553R$ 15,00www.jogandonoquintal.com.br

MÁGICA NOS ARCOS festi-val de ilusionismo Todos os fi-nais de semanade maio, às 17h00Rua Jandaia, 281 – Bela Vista - SPtel. 3101.7802; R$ 20 e R$10,00

CLOWNS DE QUINTA – Dias11 de junhoe 9 de julho e RISOSDE SÁBADO ANOITE – Dias30 de junho e 28 de julho, RuaProf. Onofre Penteado Jr, 51Planalto Paulista – SPtel. 5583.3151 ou 9327.7780www.claestudio.com.br

SARAU DO CHARLES – Dias14 de maio e18 de junho, das23h00 às 5h00, Rua Harmonia,921 – Vila Madalena – SPtel. 3031.4946 – R$ 10,00www.rasodacatarina.com.br

ENCERRAMENTO DO FES-TIVAL “MÁGICA NOS AR-COS” – terça-feira às 21h00 RuaJandaia, 281 – Bela Vista – SPtel. 3101.7802; R$ 20,00 e 10,00

O BRICABRAQUE com ogrupo PARLAPATÕES, PATIFESE PASPALHÕES todos os sáb. edom. até 29 de maio, às 21h00R$ 20,00 e SARDANAPALOcom o grupo PARLAPATÕES,PATIFES E PASPALHÕES todaster. e qua. às 21h00 até 11 demaio, Teatro Folha ShoppingPátio Higienópolis; Av. Higienó-polis, 618, piso 2 – Centro –SPtel. 3823.2737; R$ 14,00www.teatrofolha.com.br

CREPÚSCULO com NÚCLEODE DRAMATURGIADO CÍR-CULO DOS COMEDIANTEStodas sex. 21h30, sáb. 21h e dom.20h até 29 de maio, Galeria OllDog, R. Rego Freitas, 542,República, Centro - SP – R$ 20,00tel. 3256.2636; Leitor da RevistaPalco Aber to ganha 50% dedesconto.

CLAUN! PALHAÇOS MUDOStodo sáb. edom. 17h00, TeatroGlaucio Gill, Praça CardealArcoverde, s/nº, Copacabana - RJtel. (21) 2547.7003R$ 12,00 e 6,00

MARUJO O CARAMUJO E AMINHOCA TAPIOCA deHUGO POSSOLO – todos ossáb. e dom. até 29 de maio16h00, Centro Cultural São Pau-lo – Sala Paulo Emílio, Rua Ver-gueiro, 1000 – Liberdade – SPtel. 3277.3611; R$ 6,00

CHAPÉUZINHO VERMELHOcom ogrupo LE PLAT DUJOUR – todos os sáb. e dom.até 29 de maio, 16h00, Av. AdolfoPinheiro, 765 – Sto. Amaro – SPtel. 5546.0449; R$ 6,00

CONTAROLANDO com aCIA. DOTRAMPO – todos ossáb. e dom. até 26 de junho16h00, Teatro Bibi FerreiraAvenida Brigadeiro LuísAntônio, 931, Bela Vista – SPtel. 3105.3129 R$ 20,00

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ENCONTRO PAULISTA DE MALABARESTodas as 2ª feiras, das 17h00 às 22h00, RuaBelmiro Braga, esquina com Rua Luis Murat Vila Madalena – SP; tel. 7155.3708www.enpauma.com.br

ENCONTROS MINEIROS DE MALABARESTodas as 6ª feiras, das 18h00 ÁS 22H00, noSPASSO ESCOLA POPULAR DE CIRCO, RuaFrancisco Sá, n° 16 e todos os sábados, das15h00 às 20h00, no MERCADO DISTRITAL DESANTA TEREZA, Rua São Gotardo, 273, SantaTereza - BH

ENCONTRO CARIOCA DE MALABARESCENTRO INTERATIVO DE CIRCO – Todas as2ª feiras, 18h00 – Fundição Progresso, nº 20 - RJtel. (21) 2210.3324

O CORPO E O ESTADO NOJOGO DO PALHAÇOMinistrado por Silvia Leblon(Spirulina) todas as sextas-feirasdas 14h00 às 17h00 e Ales-sandro Azevedo (Charles) todosos sábados das 11h00 às 14h00Rua Harmonia, 921 Vila MadalenaSP; tel. 3031.4946; R$ 100,00www.rasodacatarina.com.br

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CURSO DE TÉCNICAS DEMALABARISMO COM DÚCIRCO - Todas as 3ª feiras, das18h00 às 20h00 - Rua Girassol,323 - Vila Madalena – SPtel. 3812.1676 / 3815.6142www.galpaodocirco.com.br

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ESCOLA NACIONAL DE CIRCO – Praça da Bandeira, 4Praça da Bandeira – Rio de Janeiro/RJ. Tel. (21) [email protected]

SPASSO ESCOLA POPULAR DE CIRCO – Av. Francisco Sá,16 - Belo Horizonte/MG. Tel. (31) 3275.1205 [email protected]

ENCONTRO BAIANO DE MALABARES – Todasas 4º feiras, das 16h00 às 19h00, Passeio PúblicoCentro – Salvador, BA – tel. (71) 329.0015

ENCONTRO CURITIBANO DE MALABARESTodas as terças, a partir das 14h00, Praça OsvaldoCruz – Curitiba – PR

ENCONTRO DE SÃO BERNARDO DOCAMPO/SP DE MALABARES – Todas as 3º feiras,18h00 – Paço Municipal – São Bern. do Campo - SPwww.arenadocirco.com

ENCONTRO CEARENSE DE MALABARESTodas os domingos, a partir das 18h00, PraçaPortugal – próx. ao metrô Aldeota – Fortaleza - CEtel. (85) 8806.3589

58th IJA JUGGLING FESTIVALDe 18 a 24 de julhoDavenport/Iowa – USAwww.juggle.org/festival

III FESTIVAL MUNDIAL DECIRCO DO BRASIL – De 10 a14 de agosto, Belo Horiz./MGwww.fmcircodobrasil.com.br

28 EUROPEAN JUGGLINGCONVENTION – De 14 a20 de agosto, Ptuj - Sloveniawww.ejc2005.com

5-3-1 FESTIVAL OF NEWJUGGLING – De 21 a 23 deoutubro, Helsink – Finlândiawww.531festival.com

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ENCONTROS DE MALABARES

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Indicaçõespor Duico

“UNDERGROUND - MENTIRAS DE GUERRA” - Umfilme de Emir Kusturica, vencedor da Palma de Ouro no Festival deCannes de 1995. Surreal, tem sua história baseada em um grupo

d e pessoas que para fugir da guerra, vai morar no subterrâneo dacidade e para ganhar a vida, começa a produzir armas. A guerraacaba e o “traficante” prefere não avisar para eles, pois assim con-tinuaria ganhando dinheiro. Nesse filme Kusturica mistura em al-

guns momentos, ficção com cenas reais que relatam a história da Iugoslávia. Emuma das primeiras cenas o aclamado diretor mostra um ataque de aviões à Bel-grado em 1941. Nesse ataque a irracionalidade, que antes estava presa com osanimais em um zoológico, está agora solta com a chegada dos nazistas. Isso mostrao quão cheio de mensagens é o filme. A última cena é para discutir bastante oseu significado. Realmente um filme circense, sem ter nada a ver com o Circo!

“SALTO MORTAL” - MARION ZIMMER BRADLEY (Ed.Bertrand Brasil) - Da mesma autora de As Brumas de Avalon,Marion conta com extrema sutileza, em quase 900 páginas, umahistória que desenvolve-se nos EUA, entre as décadas de 40 e 50.O mote é o relacionamento entre o principal trapezista de umafamília tradicional trapezistas de vôo, os Santelli Voadores e um garotoque começa a fazer parte da trupe(Tommy Zane). O relacionamento

é o tema principal, mas as aventuras circenses e o desafio em conseguir executar osalto triplo mortal também possuem destaque na história. Um livro realmente sensivel!

livro

MEDESKI MARTIN AND WOOD - “LAST CHANCE TODANCE TRANCE (PERHAPS) - BEST OF (1991-1996)”Esse trio americano formado por John Medeski (teclados),Chris Wood (baixo) e Billy Martin (bateria), tem como base desua música o jazz, com grandes influências do hip hop, funk,rock e até mesmo do reggae, transformando seu som em uma

miscelânea que prefiro chamar de groove-jazzístico. O som do teclado nas mú-sicas é realmente marcante, como em Bubblehouse, e o ritmo é bem dançante.Esse álbum é uma coletânea dos quatro discos de carreira do trio com uma fai-xa inédita. Destaques para Chubb Sud e The Lover e para uma “regravação” deLively Up Yourself. Portanto, uma ótima trilha sonora para seus treinos, númerose o que mais a sua criatividade permitir!mú

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������������� �������Em 2004 a Convenção brasileira aconteceu em

Betim (Minas Gerais), todos artistas e entusiastas alipresente decidiram por São Paulo como a sede da 7ªConvenção Brasileira de Malabares. A organizaçãodeste evento tão importante ainda está nos primeirospassos, mas a vontade para que conteça égrande. Provavelmente a data será emnovembro, ao fim da rotas dos paisesChile, Argentina e Brasil.

Também iniciam as convençõesregionais: a produção da Carioca estáa todo vapor e deve acontecer em julhocom data a ser definida; a Paulista provavelmentenão ocorrerá para juntar forças na produção da

De 2 a 29 de maio, pelas ruas e espaços cul-turais de São Paulo acontece o eventoTrês VezesRua. Organizado pelo projeto Reflexos de Cenas, doSESC Consolação, tem o intuito de aproximarpúblico, artista e demais profissionais da área,principalmente os de teatro de rua.

A programação acontece espalhada por algu-mas praças públicas e prédios do SESC em SãoPaulo. O evento conta com: apresentações, pales-tras, debates, oficinas e aula/espetáculo. Teatro deAnônimo - RJ (foto), Cia do Miolo - SP, Tablado deArruar - SP, Alexandre Roit - SP, Grupo Fora do Sé-

�����������������������������Cerca de 200 pessoas puderam conferir no

último dia 30, a primeira edição do Palco Aberto –Belo Horizonte. A iniciativa tomada pelos membrosorganizadores do Encontro de Malabares no MercadoDistrital Santa Tereza foi saudada com a mobilizacaode diversos artistas, que marcaram presenca nesteevento que promete divulgar e enaltecer a artecircense.

Criado a partir da necessidadedos malabaristas em possuir um localreferencial de treino e convivência, oEncontro vem estimulando o desen-volvimento e a troca entre os artistas. Contudo, acarência de um espaco rotativo de apresentaçõespassou a ser uma necessidade recorrente, que levouos grupos El Individuo (foto), Contraposto e osmalabaristas Rafa Rafa e João a tomarem frente doprojeto e colocá-lo em prática. Os apresentadoresda noite, Luisinho e Zaro (Malabacanas), conduzirampor duas horas o espetáculo que variou do cômico

ao conceitual, diversos números de malabares, aéreoe equilibrismo. O diferencial ficou por conta de CatinNardi exibiu um gracioso número de bonecosdancantes e dos bboys do grupo Elemento X, quedançaram um hip hop da melhor qualidade.

Apesar das falhas técnicas decorrentesda pressa e da ansiedade pela estréia do Palco

Aberto, foi enorme a receptividade da platéiamineira. A entrega do prêmio trouxe en-tretenimento entre os artistas e público,que deram para Lis do grupo El Individuo,

três claves gentilmente cedidas pela Jr.Malabaris. O chapéu foi passado e o dinheiro rever-tido para o fundo de investimento dos eventos cir-censes realizados no Mercado. Porquê, pelo o quetudo indica, ainda ocorrerão centenas de palcos aber-tos a todos os artistas que queiram experimentar,testar, apresentar e até mesmo assistir!

[email protected]

por: Luisa Horta

rio - Rib. Preto e Cia Teatral Manicômicos. Esses sãoos grupos e artistas que irão se apresentar na PraçaFloriano Peixoto e no Largo Santa Cecília entre osdias 2 e 7 de maio. A entrada é gratuita e para informa-

ções entre em contato pelos telefones abaixo.O projeto também busca contato de novos

grupos e artistas que tenham estudos e trabalhosem artes cênicas para futuros projetos.

SESC Consolação - rua Dr. Vila Nova, 245tels: 3234.3009 - 3234.3011 - [email protected]

brasileira; e no começo do ano já tivemos o tradi-cional Encontro Carnavalesco em Barroso. A energiados participantes sugere que este ano as convençõesserão quentes!

Fique por dentro e dê a sua colaboraçãoentrando em contato com as organizações das

convenções. Muitas informações e contatosestão na Internet, principalmente em listasde discussões. A [email protected],é bem conhecida, nunca entendi o porque do

nome em inglês desta lista, mas ela promoveboas discussões sobre as convenções e genera-

lidades do mundo do malabares.Informe-se!

por Marquinhos

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CRÔNICAEQEQEQEQEQUIPUIPUIPUIPUIPAMENTAMENTAMENTAMENTAMENTO DE MALO DE MALO DE MALO DE MALO DE MALABABABABABARESARESARESARESARES

por MarquinhoMalabarismos é: arte,

diversão, esporte, culturaou o que seja, onde sem-pre existe algum objetosendo manipulado, lan-çado ou equilibrado. Esteobjeto a princípio pode serqualquer coisa, mas exis-tem os clássicos mais pro-curados: bolas, claves,bastões e mais uma infi-nidade de instrumentos.Posso estar parecendoum tanto quanto óbvio,mas o malabares temmuito de óbvio.

Como conseguir es-ses equipamentos? Essapergunta tem resposta ca-da vez mais fácil. Antiga-mente não existia a diver-sidade de fabricantes demalabares que há agora. Aúnica alternativa era fazeros próprios equipamen-tos ou importar através decaros processos que exis-tem até hoje.

Alguns aparelhos demalabares podem serfacilmente improvisadoscom materiais reciclados ede fácil acesso como: boli-nhas com balões e semen-tes, e claves de garrafasplásticas. Isso possibilitafácil acesso a arte.

Os equipamentos demalabares vem sendo

aperfeiçoados cada vezmais por fabricantes. Abusca pela perfeição eeficiência é constantenesta arte de produzirmalabares. Acredito quesempre será necessáriauma atenção artesanal emcada produto. Tambémconheço alguns fabrican-tes e todos gostam dejogar pondo em prova eaperfeiçoando seus equi-pamentos.

Hoje já existem al-guns fabricantes nacionaisque estão produzindo econseguindo se manter nomercado. Até mesmoaparecem fabricantes debrinquedos criando seusmalabares para tambémabocanhar o número cadavêz maior e com um po-tencial imenso que tem opúblico de malabares.

Produzir malabares éum grande desafio, muitosequipamentos são feitosde plásticos e materiaisdifíceis de se trabalhar,exigem processos indus-triais pesados, princi-palmente nos preços. Opequeno fabricante temuma desvantagem nesteponto em relação àsfábricas de brinquedos.Porém a qualidade de

materiais mais exclusivosque os pequenos fabri-cantes podem produzir éum grande ponto positivo.

Começa a existir uma“disputa” de mercado. Osque oferecem melhorqualidade e preço saem nafrente. O malabarista paracomprar tem cada vezmais opções. Vejo issocomo algo muito bom,pois existe espaço paratodos. O que não podehaver é alguma disputadesonesta, falta de éticanos preços e nas atitudes.A intenção tem que sermais de união do que qual-quer coisa! E essa revistaé uma prova disto, diver-sos anunciantes e produ-tores de malabares sãoquem possibilitam elaexistir e chegar até suasmãos.

Para mim malabaresmais do que nada é diver-são! Considero os pro-dutores, assim como osartistas e espectadoresdesta arte muito impor-tantes. Espero que cres-çam e atinjam suas obje-tivos. Só temos a ganharcom isso! Cada vez maismalabares ao ar...A. Marcos P. Gil é artista, arteeducador e editor da Revista P.A.

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