AERIAL E APOIO AO PROFESSOR - macmillan.com.br · • Biografia da autora; ... filósofa e...

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MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR Material de apoio ao professor da obra Frankenstein, da Macmillan Education do Brasil. Elaboração: Bárbara Borges e Fabiane Zorn. Projeto gráfico e diagramação: Victor Malta. Revisão: Balão Editorial. Crédito da imagem: CSA Images /iStock. Nas páginas a seguir, você encontra: Biografia da autora; Contextualização da obra; Resumo da narrativa; Sugestões de atividades para aula de Língua Inglesa.

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Nas páginas a seguir, você encontra sugestões de atividades interdisciplinares: •História;

•Geografia;

•Filosofia.

Nas páginas a seguir, você encontra:• Biografia da autora;• Contextualização da obra;• Resumo da narrativa;• Sugestões de atividades

para aula de Língua Inglesa.

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QUEM FOI MARY SHELLEY? M ary Shelley nasceu em 1797, na Inglaterra.

Era filha do escritor William Godwin e da filósofa e educadora Mary Wollstonecraft, autora da obra Reivindicação dos direitos das mulheres (1792), que denunciava as restrições no acesso à educação formal impostas às meninas e posteriormente se tornou um dos documentos primordiais para o de-senvolvimento do movimento feminista.

A mãe de Mary Shelley viria a falecer alguns dias após dar à luz, vítima de uma infecção gene-ralizada em decorrência do parto. Em 1801, seu pai se casou com Mary Jane Clairmont – já mãe de dois filhos –, que, por sua natureza conservadora, não estimulou a enteada a frequentar a escola.

William Godwin abriu um empreendimen-to chamado M. J. Godwin, e a família passou a vender livros infantis. Tendo sido encorajada pelo pai a escrever desde a tenra idade, Mary pu-blicou em 1810 seu primeiro trabalho: um poe-ma chamado Mounseer Nongtongpaw.

A relação de Mary com a madrasta era tão ruim que o pai enviou a garota para morar com amigos da família por algum tempo. O momen-to foi propício para Mary praticar seu talento como escritora e desenvolver sua cultura.

Mary continuou recebendo sua educação em casa e no convívio com amigos da família até que, aos 15 anos, conheceu Percy Shelley, um escritor amigo de seu pai – então casado – que se encantou pela beleza e pelos interesses intelectuais de Mary. No ano de 1814, os dois se apaixonaram e Mary embarcou com Percy para a França, levando junto sua meia-irmã, Claire, o que ocasionou a ruptura de relações por parte do pai de Mary por cerca de três anos.

O trio viajou por diversos países europeus. Percy estimulava Mary a escrever, como se fos-se seu mentor literário. Ela redigiu uma série de cartas sobre as viagens, que viria a publicar mais tarde – History of a Six Weeks’ Tour [História de uma viagem de seis semanas] (1817). Endivida-dos, eles voltaram a Londres.

Mary engravidou, mas a criança, Clara, nas-ceu prematura e faleceu pouco tempo depois de vir ao mundo, no ano de 1815. Em 1816, Mary deu à luz um menino saudável, William. Nes-se mesmo ano, somente após a esposa de Percy cometer suicídio, ele e Mary se casaram, o que escandalizou a sociedade da época.

Por conta da saúde deteriorada de Percy, o ca-sal resolveu passar um tempo às margens do lago de Genebra, na Suíça, na companhia do já famo-so escritor Lord Byron (1788-1824), com quem Claire mantinha um relacionamento. Percy e Byron tornaram-se amigos.

O que aconteceu durante a estada dos Shelley às margens do lago foi largamente descrito pela pró-pria Mary em um prefácio de sua mais famosa obra, Frankenstein: Mary, Percy, Byron e um amigo, dr. Polidori, durante uma noite leram histórias de fantasmas uns para os outros e fizeram um acordo de que escreveriam histórias tão aterrorizantes quanto aquelas. Mary, incumbida da tarefa, entrou em transe, obcecada pela ideia dos experimentos de galvanização e pelas ideias do cientista Erasmus Darwin. Veio-lhe então a imagem de uma terrível criatura de olhos amarelos – a partir daí, a autora desenvolveu a intrincada relação da criatura com seu criador, o cientista Victor Frankenstein.

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De volta à Inglaterra, Mary completou a obra: inicialmente um conto, a história foi ampliada e tornada um romance graças ao estímulo de Percy, mas só depois de quase dois anos resultou no livro, publicado em 1818 sob autoria anô-nima como Frankenstein, ou O Prometeu moder-no. Foi na segunda edição, datada de 1823, que Mary Shelley assinou aquele que seria o seu pri-meiro romance.

Os Shelley viveram na Itália entre 1818 e 1822. Além de William, apenas Percy Florence, o quin-to filho do casal, sobreviveu.

No ano de 1822, uma nova tragédia se abateu sobre Mary: Percy Shelley faleceu no naufrágio de seu barco Ariel, durante uma tempestade na baía de La Spezia.

Mary voltou com Percy Florence para a In-glaterra, onde se dedicou à sua carreira de escri-tora profissional. Famosa no mundo inteiro, a história de Frankenstein causou grande impacto

e continua a influenciar diversas obras. Apesar de ter sido apontada como uma das precursoras da ficção científica, Mary Shelley recebeu duras críticas quando do lançamento da obra, princi-palmente pelo fato de ser uma mulher escritora, o que evidencia o preconceito da época.

Mary Shelley publicou ainda O último homem (1826), uma história inovadora sobre o século XXI; Perkin Warbeck (1830), Lodore (1835) e Falkner (1837). Ela escreveu também diversos con-tos e ensaios e lançou ainda um volume ba seado nas viagens que havia feito pela Europa com Per-cy Shelley chamado Rambles in Germany and Italy [Andanças na Alemanha e na Itália] (1844), além de ter recolhido a obra de seu marido e trabalhado sobre ela, publicando os livros dele.

Mary Shelley foi reconhecida como uma gran-de romancista ainda em vida. A autora morreu de câncer cerebral em fevereiro de 1851, aos 53 anos, na cidade de Londres, na Inglaterra.

RETRATO DA OBRA: FRANKENSTEINC onsiderado uma mistura de romance de terror

gótico e ficção científica, o livro Frankenstein, ou O Prometeu moderno, de Mary Shelley, narra a história do cientista Victor Frankenstein, que, com pedaços de corpos humanos e a energia de raios, cria um monstro cuja aparência causa hor-ror. Rejeitado por seu criador e temido pelas pes-soas, a criatura volta-se contra Victor, acabando com a vida daqueles a quem o jovem mais ama.

A narrativa começou a ser escrita em 1816, em uma estada às margens do lago de Genebra, na Suí -ça, quando Mary, Lord Byron, Percy Shelley e John Polidori, depois de ler histórias de fantasmas

durante uma noite, desafiaram-se a escrever histó-rias semelhantes àquelas. Mary escreveu um conto que, depois de ampliado, transformou-se no ro-mance hoje mundialmente conhecido.

Uma das obras clássicas da literatura univer-sal que envolvem ficção, mistério e fantasia, Frankenstein, ou O Prometeu moderno foi publicado em 1818, em três volumes, sob autoria anônima. Apenas na segunda edição, em dois volumes, de 1823, Mary assinou aquele que seria seu roman-ce de estreia. Na terceira edição, em volume úni-co, fez mudanças no texto e inseriu um prefácio no qual contava a famosa gênese da história.

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RESUMOV ictor Frankenstein é um jovem que, depois da

morte da mãe, deixa sua cidade natal, Genebra, na Suíça, para estudar ciências na Universidade de Ingolstadt, na Alemanha. Obcecado por en-contrar o segredo da vida, empreende estudos mórbidos com cadáveres em seu laboratório par-ticular e começa a coletar partes desses corpos para criar um único ser grotesco.

O pesquisador conecta então o corpo desse ser a fios, os quais instala no teto de sua casa à es-pera de uma tempestade. Quando um raio atin-ge o circuito, a energia desce pelos fios e confere energia vital ao corpo. Contudo, no momento em que a criatura abre os olhos amarelos e dá um terrível sorriso, Victor percebe que cometeu um grande erro: ele criara um monstro.

Ocorre um curto-circuito que incendeia o la-boratório e deixa Victor inconsciente. Ao acor-dar, percebe que o monstro sumiu e supõe que ele tenha morrido no incêndio. Victor então se-gue com sua vida, procurando se esquecer dessa terrível experiência. Desiste das ciências e passa a se dedicar ao estudo de línguas na companhia de seu amigo Henry Clerval, que viera estudar na mesma universidade.

Quando tudo parecia ter voltado ao normal, Victor recebe a notícia de que seu irmão mais novo, William, foi assassinado. Retornando a Genebra, em um vilarejo próximo, Victor vis-lumbra a terrível criatura de olhos amarelos e constata que seu monstro está vivo. Tenta al-cançá-lo, sem sucesso. Então se dá conta de que a criatura fora responsável pela morte de seu irmão.

Não bastasse essa terrível descoberta, Victor não consegue evitar que a babá de seu irmão seja injustamente condenada à pena de morte pelo crime. Com medo de revelar a verdade para o pai e para sua amada, Elizabeth, Victor se cala. Decidido a espairecer nas montanhas, acaba por encontrar novamente o monstro, que o con-fronta e exige ajuda.

A criatura lhe conta então sua versão da pró-pria história: a fuga do laboratório, a sobrevi-vência comendo frutos de árvores, o espanto ao mirar a própria imagem terrível refletida na água, a reação das pessoas ao vê-lo. Admite ter se voltado contra seu criador após ter compreendi-do, logo no início de sua vida, que os humanos fugiriam dele, e prometido a si mesmo matar todos aqueles de sobrenome Frankenstein. Por fim, confessa que assassinara o irmão de Victor.

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Terminada sua narrativa, o monstro ameaça Victor e o obriga a criar uma mulher feia e terrí-vel como ele mesmo, para que possa ser amado e dar fim à sua solidão. Victor começa a trabalhar na nova criação em Estrasburgo, onde está seu amigo Henry, mas, quando a grotesca mulher está quase pronta, Henry descobre o segredo de Victor e começa a destruí-la.

Nesse momento, o monstro, que tudo ob-servava, irrompe furioso no laboratório e mata Henry, mas poupa Victor para que ele sofra pela morte do amigo. Depois de um breve período no hospital, o cientista volta a Genebra e se casa com Elizabeth, seu amor de juventude. O mons-tro cumpre mais uma vez sua ameaça e mata a esposa de Victor durante a lua de mel do casal.

Ao saber da notícia, o pai de Victor fica doente e morre. Os anos se passam e Victor torna-se re-cluso. Em um grande momento de revolta, perante as tumbas de entes amados mortos pelo monstro,

o cientista jura caçar a criatura e matá-la. Ao ou-vir esse juramento, o monstro se declara satisfeito por ter tornado a vida de seu criador tão miserável quanto a dele e o desafia a conseguir seu intuito.

Em uma busca implacável percorrendo flo-restas e desertos e planícies e montanhas, Vic-tor enfim alcança a criatura em terras gélidas. O monstro revela a Victor que sua dor e infelicida-de haviam se transformado em raiva por causa do cientista: como o próprio criador fugira dele, e já que ele não conseguia receber amor de nin-guém, somente lhe restara ser mau.

Victor Frankenstein fica horrorizado com a declaração, mas concorda, constatando ter sido o verdadeiro culpado pela morte daqueles a quem tanto amava. O monstro, então, declara completa sua terrível vingança e decide se ma-tar, o que liberta Frankenstein para passar o pou-co tempo que lhe restava de vida nas terras frias que encontrara.

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ATIVIDADESAnd the monster is alive!Há diferentes adaptações da obra Frankenstein, de Mary Shelley, principalmente cinematográficas.Tam bém são comuns obras que fazem referências ao texto original, como paródias televisivas e ví-deos em geral. Solicite aos alunos que pesquisem diferentes versões da história e estimule-os a prepa-rar, em duplas, uma dramatização de uma das cenas mais famosas da história: o momento em que o monstro ganha vida no laboratório do cientista. As possibilidades são diversas; a dramatização pode, por exemplo, ser bem-humorada, contrapondo-se ao tom da história original. Victor Frankenstein pode fazer um monólogo ou dialogar com sua criação, entre outras opções. O importante é que os alunos criem falas que façam sentido dentro do escopo do trabalho de cada dupla e treinem o voca-bulário adquirido em construções autônomas. Avalie o texto criado por cada dupla e proponha os ajustes que julgar necessários antes de a dramatiza-ção ser feita em sala de aula.

Alternate endingO monstro solitário criado por Frankenstein ame-aça o cientista para que ele crie uma mulher gro-tesca que possa amá-lo e dar fim à sua solidão. Victor resolve atender ao pedido da criatura, mas, ao descobrir seu segredo, Henry Clerval, amigo de Victor, começa a destruir o corpo feminino ainda

inanimado a que o jovem cientista dava forma. O que teria acontecido se Victor tivesse cumprido a promessa de dar vida à companheira tão esperada pelo monstro? Proponha aos alunos que exercitem a imaginação escrevendo, individualmente, outro final para a triste história de Victor Frankenstein e sua monstruosa criatura. Ajude-os à medida que apresentem dúvidas de vocabulário e gramática.

Gothic horror story versus science fictionA história de Mary Shelley alia elementos carac-terísticos do romance de terror gótico àqueles próprios do que posteriormente ficaria conheci-do como romance de ficção científica. O primeiro cria um ambiente de mistério e terror, causando medo e tensão psicológica; o segundo, grosso modo, aborda a influência da ciência na vida humana. Que elementos desta adaptação da obra de Mary Shelley se aproximam mais de cada uma dessas formas literárias? Peça aos alunos que releiam a obra em busca de exemplos. Na lousa, faça um quadro com duas colunas, uma para cada tipo, e insira os exemplos dados pelos alunos. Para apro-fundar o entendimento dos conceitos trabalhados e incentivar a leitura de outros autores de lín-gua inglesa, estimule-os a buscar em bibliotecas exemplos de outras obras que possam ser associa-das a essas mesmas classificações.

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Nas páginas a seguir, você encontra: •Elementos de

contextualização para serem trabalhados antes de iniciar a leitura;

•Retomada de pontos- -chave após a leitura do livro;

•Propostas de discussão e relação do clássico com a atualidade.

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ANTES DA LEITURA DO LIVRO…A leitura de um clássico como Frankenstein, de

Mary Shelley, é um momento oportuno para promover o debate sobre questões atemporais, que envolvem ética, aceitação, respeito, vingan-ça, culpa e perdão. Também é uma oportunidade de observar, pela arte, características da socieda-de europeia na primeira metade do século XIX. Para compreender o contexto da narrativa, é in-teressante saber sobre os seguintes pontos:

• Os trabalhos de Luigi Galvani e Erasmus Darwin. Mary Shelley interessou-se pelo pensamen-to científico produzido no século XVIII pelo médico, cientista e filósofo italiano Luigi Gal-vani, pioneiro no estudo da bioeletricidade, demonstrando a capacidade de alguns tipos de células humanas de produzir energia elétri-ca; e pelo médico, naturalista e escritor inglês Erasmus Darwin, que se destacou pelas ideias sobre evolução contidas em Zoonomia, or the Laws of Organic Life [Zoonomia, ou as leis da vida orgânica] (1792), obra que influenciaria o trabalho dos netos Charles Darwin e Francis Galton – Charles Darwin é o autor da gran-de obra A origem das espécies (1859), criador do evolucionismo; Galton desenvolveria o con-ceito de eugenia, criando um perigoso movi-mento que, infelizmente, provocaria a discri-minação e a morte de milhões de pessoas.

• A literatura gótica. A literatura gótica tem como pano de fundo de suas histórias um ambiente de mistério e terror, gerando medo e tensão psi-cológica e mostrando pessoas ora equilibradas, ora exaltadas. Muitas vezes, recorre ao imagi-

nário sobrenatural para assustar o leitor. Teve início na Inglaterra no século XVIII, com The Castle of Otranto [O Castelo de Otranto] (1768), de Horace Walpole, com sucesso de público até o começo do século XIX, época em que Mary Shelley escreveu Frankenstein. Esse tipo de obra também foi popular nos Estados Uni-dos no mesmo período. Uma das precursoras do romance gótico foi a escritora inglesa Ann Radcliffe, com as obras Os mistérios de Udolpho (1794) e The Italian [O italiano] (1797).

• O desafio da escrita. A estada dos Shelley às mar-gens do lago de Genebra em 1816, quando a escritora iniciou Frankenstein, foi descrita por Mary no prefácio à terceira edição da obra: ela, Percy, Byron e Polidori leram histórias de fantas-mas uns para os outros e fizeram um acordo de que escreveriam outras tão aterrorizantes quanto aquelas. Mary entrou em transe, obcecada pelas experiências científicas de Galvani e Darwin. Veio-lhe então a imagem de uma criatura de olhos amarelos e a ideia da intrincada relação com seu criador, o cientista Victor Frankenstein. Inicialmente um conto, Percy a estimulou a am-pliar a história e torná-la um romance, o que exigiu dois anos de trabalho no texto por Mary.

Leitura empolgante, a obra pioneira da ingle-sa Mary Shelley convida o leitor a refletir sobre a vida e o comportamento humano. Apresente o vocabulário pertinente aos temas apresentados nessa adaptação, considerando a relação de seu conteúdo com a realidade da turma, de modo a consolidar o aprendizado.

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DEPOIS DA LEITURA DO LIVRO…N o fim da leitura de Frankenstein, de Mary

Shelley, retome os assuntos tratados nas pá-ginas da adaptação da obra, além dos apresen-tados na contextualização feita anteriormente em sala de aula. Para aprofundar a reflexão so-bre o que foi abordado, proponha à turma uma discussão sobre os temas a seguir, sempre con-vidando os alunos a traçar paralelos com a reali-dade atual:

• Limites da ciência. Frankenstein é um dos tex-tos mais ricos para discutir questões sobre os limites da ciência, o que pode gerar questio-namentos em sala de aula. Grandes passos da ciência geraram polêmica e continuam pro-movendo discussões; por exemplo, a clona-gem e os tratamentos com células-tronco. Quais são os limites da ciência? É possível de-terminar o início da vida? O ser humano tem o direito de criar a vida? Nessa discussão, es-tão envolvidos pontos de vista conflitantes de diferentes áreas, como o direito, a filosofia, a religião e, obviamente, a ciência. São notórias as dificuldades de estabelecer um consenso, mas é preciso promover o diálogo respeitoso entre aqueles com opiniões divergentes.

• Seres diferentes. O solitário monstro criado por Victor Frankenstein expõe seu espanto por ser diferente dos humanos e sua amargura por saber que todos fugiriam dele, o que o faz transformar sua dor e infelicidade em rai-va e se voltar contra seu criador. Ver-se di-ferente do outro é uma questão importante

na adolescência, e muitas discussões podem conduzir a um tema abordado com recor-rência nas escolas: o bullying. É possível dis-cutir suas causas, esmiuçar o que é sentir-se diferente dos demais, reforçar como pode ser bom aceitar-se como um sujeito singular e alertar sobre como a violência verbal de co-legas pode gerar consequências severas e per-manentes na vida de um indivíduo.

• Mulheres escritoras na ficção científica. Distante dos padrões femininos da época, Mary Shelley, teve acesso a uma rica educação – ainda que informalmente – e foi incentivada a escrever pelo pai e pelo marido. Seu romance de estreia causou grande impacto na literatura, tornan-do-a uma das precursoras do que posterior-mente seria chamado de ficção científica. Re-velada a autoria, a obra recebeu duras críticas pelo fato de a autora ser uma mulher, mas isso não impediu seu sucesso, que atravessou os séculos, abrindo caminho para escritoras modernas de ficção científica como Charlotte Perkins Gilman, C. L. Moore, Alice Mary Norton, Anne McCaffrey, Ursula Le Guin, Joanna Russ e Octavia Butler.

No debate, estimule a livre exposição de ideias e o diálogo respeitoso. Apresente o vocabulário em inglês correspondente aos temas discutidos e incentive os alunos a expressar seus sentimentos e relatar suas experiências em outro idioma. Essa discussão de ideias pode tornar o ambiente escolar mais plural e fomentar a aceitação do próximo.

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FRANKENSTEIN | MARY SHELLEY | ADAPTADO POR MARGARET TURNER

SUGESTÕES INTERDISCIPLINARESAs universidades europeias

Para saber mais…As universidades europeias começaram a ser cria-das na Idade Média. Seu surgimento remonta aos centros de conhecimento ligados à Igreja, onde se aprendiam as sete artes liberais: gramática, retó-rica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e música. Nessa adaptação da obra de Mary Shelley, a história de Victor Frankenstein começa quando o personagem deixa a cidade de Genebra, na Suí-ça, para estudar na Universidade de Ingolstadt, na Alemanha. Por sua vez, Henry Clerval, amigo de Victor, passa a ensinar línguas na Universi-dade de Estrasburgo, cujas origens remontam ao ano de 1538.

Proposta de atividadeEm trabalho conjunto com o professor de Histó-ria, proponha aos alunos que, em grupos, elabo-rem uma exposição em sala de aula sobre a ori-gem das universidades na Europa. Eles podem pesquisar a história das instituições menciona-das na adaptação que leram e a de importantes universidades europeias, como as de Bolonha (Itália), Oxford e Cambridge (Inglaterra), Paris (França), Salamanca (Espanha) e Coimbra (Por-tugal). Solicite que elaborem um texto curto que apresente a instituição e separem referências visuais do edifício da universidade selecionada. Lembre-os de que devem elaborar legendas para as imagens. Peça que exponham o resultado da pesquisa em seminários para a turma.

As cidades na Europa

Para saber mais…Nessa adaptação, a história de Victor Frankenstein se passa em três cidades europeias: Genebra, na Suíça; Ingolstadt, na Alemanha; e Estrasburgo, na França. Entre os diversos acontecimentos, Victor percorre as longas distâncias entre uma cidade e ou-tra. Importante centro financeiro suíço, Genebra é hoje conhecida por abrigar a sede de muitas orga-nizações internacionais. Na região da Bavária, no sul da Alemanha, Ingolstadt é sede de importantes empresas internacionais. Já a francesa Estrasburgo foi declarada, em 1988, Patrimônio Mundial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Proposta de atividadeCom o auxílio do professor de Geografia, con-vide os alunos a pesquisar informações geográ-ficas, econômicas, políticas, históricas e socio-culturais das três cidades europeias que servem de palco para essa adaptação da obra de Mary Shelley. Em sala, utilize um mapa político da Europa para mostrar a localização e a distância entre elas. Em seguida, divida a sala em duplas ou grupos e proponha que elaborem folhetos ou cartazes turísticos para cada uma dessas cidades. Ajude-os no planejamento do material e leve al-guns exemplos para a aula. Aproveite para apre-sentar à turma o vocabulário básico utilizado em viagens. Se possível, exponha os materiais pro-duzidos pela turma em um mural da escola.

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FRANKENSTEIN | MARY SHELLEY | ADAPTADO POR MARGARET TURNER

O Prometeu moderno

Para saber mais…Dentre as primeiras tentativas humanas de ex-plicar o mundo, os mitos das mais diversas so-ciedades contam histórias fantásticas e heroicas ambientadas em tempos longínquos. A mitologia grega, em especial, legou à cultura do Ocidente um influente conjunto de narrativas que serviram de referência para muitas produções artísticas. Originalmente, o livro de Mary Shelley tem o tí-tulo Frankenstein, or The Modern Prometheus – em português, Frankenstein, ou O Prometeu moderno. No mito grego, Prometeu rouba o fogo dos deu-ses para dá-lo aos homens. Como esse fogo era exclusivo dos deuses, Prometeu é condenado por Zeus a ser acorrentado no topo de uma monta-nha, onde todos os dias, por milhares de anos, um corvo dilaceraria seu fígado, que se regeneraria diariamente.

Proposta de atividadeSolicite aos alunos que busquem versões do mito de Prometeu e as tragam para a sala de aula e convide-os a relacionar seus principais pontos à história de Frankenstein. Estimule-os a encon-trar as relações com o feito de Victor, que é pró-ximo ao de um Deus ao decidir sobre a origem da vida, e com o castigo de Victor, que foi ser eternamente perseguido por sua criatura. Com o apoio do professor de Filosofia, proponha uma ampliação da pesquisa sobre mitos e sua relação com os grandes temas humanos que a Filosofia se propõe a investigar.

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