A arquitectura Romnica

A arquitectura RomnicaHistria da Cultura e das Artes

Romnico

(Termo aplicado pela primeira vez em 1824, pelo arquelogo francs De Caumont, que indica toda a arte surgida na Europa ocidental a partir da Alta Idade Mdia. Pretendia-se exprimir, de forma simples e acessvel.).

A arquitectura romnica oriunda da absoro de vrias influncias:

As da antiguidade Pag;As do oriente;As dos povos brbaros e da Irlanda trazidas pelas grandes invases.

A arquitectura romnica um estilo arquitectnico, muito particular, que surgiu na Europa, datada do sculo X (evoluindo para o estilo gtico no final do sculo XII).

Exprime-se pelas suas construes austeras e vigorosas, com grossssimas paredes e pequenas janelas, cuja funo primordial era resistir aos ataques dos exrcitos inimigos.

Igrejas romnicas

A igreja Romnica o smbolo do misticismo da poca. Esteve, a grande maioria das vezes, ligada a uma ordem religiosa, a um mosteiro ou implantada no seio de uma comunidade agrcola. por isso que o romnico portugus tem caractersticas fortemente rurais.

Os materiais empregues nas construes romnicas religiosas foram os existentes nos locais. Assim, no Norte do Pas impera o granito, no Centro o calcrio e no sul coligou-se o tijolo, de influncia espanhola, com a taipa.

Posterior aos materiais, o que define e caracteriza a arquitectura romnica nas pequenas igrejas rurais a sua robustez, (devido s grossas paredes, aos contrafortes salientes e ao emprego da pedra aparelhada).

Nas Igrejas Romnicas a escultura foca-se, exteriormente, nos portais, nas aberturas de iluminao (com especial relevo para a fresta ou frestas da cabeceira), nos cachorros que, por norma, sustentam as cornijas e nos capitis e bases de colunas adossadas.

Interiormente, igualmente nos capitis, com especial relevo para os capitis do arco triunfal que se concentra a escultura e tambm nas bases.

O desejo de proteger a entrada da igreja que ter conduzido figurao de figuras ou programas sagrados, insero de escultura como a de animais assustadores e a sinais de valor apotropaico, ou seja, motivos escultricos como cruzes e rodas solares, capazes de defender as entradas e de proteger a igreja.

LestePoenteSul

Elementos:

Altar-mor; Porta de entrada; Porta de Sada; Nave Central;(dirigem-se ao altar pelo lado direito) Capelas Irradiantes;(contm as imagens dos santos e as relquias. Variam consoante a dimenso da igreja) Diambulatrio;(corredor para as pessoas deambularem, circulavam da direita para a esquerda)

Pormenorizando

Igreja de Braves http://www.youtube.com/watch?v=zTBuVsAlrr0

A Igreja de Braves um templo romnico de um antigo mosteiro minhoto j desaparecido, situado junto ao rio Lima.

A fachada da igreja do sculo XII apenas ornada pelo portal, inscrito numa estrutura quadrangular sobressada.

O portal composto por cinco arquivoltas de arco pleno, amparadas por quatro pares de colunelos, alternados com pilastras

A profusa decorao deste fragmento arquitectnico magnfica, quer pela sua riqueza iconogrfica, quer ainda pelo seu nvel escultrico.Esta desenvolve-se em animados motivos animalescos, antropomrficos, vegetalistas, cordiformes e geomtricos.

Em cada um dos lados do portal h uma coluna decorada com um figura.Estas representaes j foram interpretadas como sendo o Anjo Gabriel e Nossa Senhora.Contrastando com esta decorao, surge, no tmpano a serena representao de Cristo em Majestade, inscrito na amndoa mstica, flanqueada por anjos. Nos panos laterais ressaem as cornijas, suportadas por msulas e adornadas por motivos geomtricos, denticulados e quatro frestas.

A sobriedade do interior no afectada pela decorao geomtrica dos capitis dos colunelos nem pela decorao do arco triunfal. As impostas rematam duas pinturas a fresco, possivelmente do sculo XIV.Numa representa-se o Martrio de S. Sebastio e na outra a Virgem com o menino.Esta igreja, possui-a ainda um outro fresco da mesma poca, que entaipava a fresta da ousia, onde se representa o Salvador do Mundo.

Estas obras encontram-se hoje guardadas no Museu Nacional de Arte Antiga.

A sobriedade do interior no afectada pela decorao geomtrica dos capitis dos colunelos nem pela decorao do arco triunfal. As impostas rematam duas pinturas a fresco, possivelmente do sculo XIV.Numa representa-se o Martrio de S. Sebastio e na outra a Virgem com o menino.Esta igreja, possui-a ainda um outro fresco da mesma poca, que entaipava a fresta da ousia, onde se representa o Salvador do Mundo.

Estas obras encontram-se hoje guardadas no Museu Nacional de Arte Antiga.

Igreja de So Pedro de Rates

So Pedro de Rates em 1669 por Pier Maria

Igreja do perodo romnico, pertenceu ao primeiro convento de Clunny em Portugal. Foi alvo de vrias obras nos scs. XVII e XVIII, tendo sido restaurado em 1940.

As origens do templo precedem a nacionalidade, tendo sido identificados vestgios materiais que remontam poca romana.

A Igreja de So Pedro de Rates situa-se junto bacia do Ave e um dos mais importantes mosteiros beneditinos.

A Igreja de So Pedro de Rates assenta no local de uma edificao que data do perodo romano.

At 1552, a igreja guardava o Corpo de So Pedro de Rates antes de ter sido transferido para a S de Braga. (So Pedro de Rates fora decapitado quando celebrava uma missa.)

O acesso ao templo faz-se pelo imponente portal principal de cinco arquivoltas e arcos de volta perfeita, introduzido na fachada ligeiramente assimtrica e protegida, em que se destaca a decorao escultrica dos capitis, e sobretudo do tmpano.

uma Igreja que contm trs naves e quatro tramos, de falso transepto (nave transversal), que revela vrias hesitaes e irregularidades na sua estrutura (como diferentes larguras das naves, o ritmo irregular dos pilares e a existncia de colunas adossadas que reflectem o longo perodo de hesitaes construtivas a que esteve sujeita).

Toda a cobertura das naves executada por tecto de madeira, sendo a cabeceira, formada pela ousia e dois absidolos. Esta foi a zona mais restaurada, destacando-se a sua forma semicircular e as arcarias que decoram o exterior da capela-mor, mais alta que os absidolos.

Constitui um dos mais importantes monumentos romnicos medievais no emergente reino de Portugal, dada a relevncia das formas arquitectnicas e escultricas.

Joana Santos n1310E