Sistema poltico, indigenismo y movimiento campesino en el Per

Carlos Fernndez Fontenoy*

Una de las preguntas recurrentes que se formulan una serie de estudiosos de los movimientos indgenas de la regin andina, esr referida a las causas de la irte-xisrencia en el Per -en lJ. segunda mitad del siglo XX- de importantes 010-vimienros indgenas que reivindiquen no slo su identidad, sino una serie de derechos propios a la'> naciones o nacionalidades oriundas, como son, por ejem-plo el derecho a una educacin bilinge o a un territorio determinado.

Mientras en Bolivia, a partir de 1970 se iniciaban movimientos reivindi-cativos de identidades y derechos tnicos, como los movimicnros katarista e in-dianista (Calla 1993) cuyos discursos lograron penetrar y hacerse un espacio en los programas de gobierno de varias organizaciones polticas, en Per se inicia-ba un proceso de colectivizacin del agro, formando cooperativas en la Costa y reafirmando y legalizando a las comunidades indgenas de la Sierra y a las na-rivas de la Selva.

Cuando en 1986 se esraba fundando la Confederacin de Nacionalidades Indgenas del Ecuador (CONAIE), en el Per los Andes estaban ya convinin-dose en un campo de batalla en el cual, los campesinos -indgenas y mesti-zos- eran reclutados muchas veces a la fuerza, ya sea por el Ejrcito Popular de Sendero Luminoso o por las Fuerzas Armadas del Estado peruano. Confor-me la CONAIE se iba incorporando a la vida polrica (Guerrero 1993) a travs de su protagonismo en diversas acciones de lucha, en el Per. el otrora impor-tante movimienro campesino se extingua en medio de un olor a plvora.

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C a r l o s F e r n d n d e z F o n t e n o y

C o m o e s p o s i b l e p e r c i b i r , l a h i s t o r i a d e l a s p o b l a c i o n e s i n d g e n a s y / o r u -

r a l e s d e e s ( O s H e s p a s e s n o h a n s e g u i d o n e c e s a r i a m e n t e r u t a s p a r a l e l a s . P e r o

q u i z l a d e l P e r e s l a q u e m s s e d i f e r e n c i a . S i g u e s i e n d o c o m p l i c a d o e n c e n -

d e r , c m o h a b i e n d o s i d o l o s ' q u e c h u a s ' ( n a c i n a l a c u a l p e n e n e c i e r o n l o s i n -

c a s ) e l g r u p o t n i c o , p o l t i c o , e c o n m i c o y m i l i t a r h e g e m n i c o d u r a n t e e l I m -

p e r i o d e l o s i n c a s d u r a n t e c a s i u n s i g l o , n o p o s e a n h o y d a , e n e l P e r , n i n g n

t i p o d e o r g a n i z a c i n a u t n o m a , o m s a u n , q u e n o s e a l a n a c i n o ' n a c i o n a l i -

d a d ' a n d i n a m e j o r o r g a n i z a d a .

U n o d e l o s o b j e t i v o s m s i m p o r t a n t e s d e e s t e t r a b a j o s e r r e a l i z a r u n a r e -

f l e x i n a c e r c a d e e s t a c o m p l e j a r e a l i d a d p e r u a n a , y t r a t a r d e a p o r t a t a l g u n o s e l e -

r n e n r o s d e j u i c i o q u e p u e d a n a y u d a r a s u e s c l a r e c i m i e n t o f u t u r o . T a m b i n r r a -

t a r e m o s d e m o s t r a r e l i t i n e r a r i o d e l m o v i m i e n t o c a m p e s i n o p e r u a n o d e l a s l -

t i m a s d c a d a s , p o c a s d e g r a n c o n v u l s i n p o l t i c a e n l a s z o n a s r u r a l e s d e e s t a

p a r t e d e l a r e g i n a n d i n a .

D e i n c a s y d e i n d i o s

U n f a c r o r m u y i m p o r t a n t e a l a h o r a d e i n t e n t a r e x p l i c a r l a a u s e n c i a d e u n a o r -

g a n i z a c i n i n d g e n a ' q u e c h u a ' e n l a a c t u a l i d a d , d e s c e n d i e n t e d e a q u e l l o s m t i -

c o s i n c a s , p u e d e s e r l a c r i s i s d e l a e l i t e p o l t i c a i n c a i c a a p a r e c i d a p o c o t i e m p o

a n t e s d e l a l l e g a d a d e l o s e s p a o l e s . E s t e c o n f l i c t o e n e l i n t e r i o r d e l o s g t u p O S

d e p o d e r d e l i n c a n a r o , c o n e l t i e m p o , p r o v o c l a d e s a p a r i c i n d e e s t a c l a s e g o -

b e r n a n t e , y c o n e l l o , l a e x t i n c i n d e l g r u p o q u e c h u a e n t r m i n o s d e n a c i n .

A l n o e x i s t i r u n a e l i t e i n c a q u e c o n d u j e s e a l o s q u e c h u a s , e s t e g r u p o p e r -

d i s u c o n d i c i n d e n a c i n , p a s a n d o n u e v a m e n t e a l a c o n d i c i n d e e t n i a ( S i l -

v a S a n r i s r e b a n 1 9 8 8 ) 1 , e s p o s i b l e e n c o n t r a r t o d a v a a a l g u n o s p o b l a d o r e s d e l a s

c o m u n i d a d e s d e l a s i e r r a c u z q u e a e n e s t a s i t u a c i n .

A c o n t i n u a c i n t r a t a r e m o s d e e x p l i c a r a l g u n a s d e l a s c a u s a s q u e p r o v o c a -

r o n e l d e s c a b e z a m i e n t o d e l a e l i t e d e l a n a c i n q u e c h u a , g r u p o d i r i g e n t e q u e

n o h a p o d i d o r e c o n s t i t u i r s e h a s t a e l d a d e h o y .

L a e l i t e p o l r i c a q u e g o b e r n e l I m p e r i o d e l o s i n c a s , e s r u v o c o n f o r m a d a

p r i n c i p a l m e n t e p o r l a n o b l e z a c u z q u e a . F u e l a n o b l e z a ' d e s a n g r e ' l a q u e o c u -

S i l v a S a n n s r e b a n s o s t i e n e q u e " c u a r u j u e n u n g r u p o c u n e o e m e r g e u n a c l i r c c o n d u c i e n d o a l a s m a s a s

c o n b a s e e n u n p r o y e c t o p a r a c o n s t i t u i r u n a e n t i d a d p o l l n c a p r o p i a . d e c i r n o s q u c e s t a r n o s e n pre~enc:ia

d e u n a n a c i n "

Sistema poltico, indigenismo y movimiento campesino en el Per 195

p los cargos polticos. militares y religiosos ms importantes. Estuvo integra-da por las llamadas panaca, que segn algunos autores fueron once, aunque pudieron haber llegado a diecisis de acuerdo a otras versiones. Cada nuevo In-ca, al asumir el poder, dejaba de penenecer a su panaea de nacimiento, y al mo-rir sus descendientes conformaban una nueva panaca.

Segn Miguel Cabello Balboa, en la poca de la conquista solamente la Pilnl1CI1 de T upac Inca estuvo integrada por unos mil miembros (Conrad y De-maresr 1988). Esta cifra aproximada nos puede dar una idea sobre el tamafio de la nobleza de sangre.

El Otro grupo de la clase gobernanre lo constituyeron los ayl1us cuzque-os, tambin llamados los ayllus 'custodios', que al parecer fueron diez y su fun-cin fue la de cuidar la ciudad de! Cuzco as como la de proreger al Inca (Rosr-worowski 1988, Pease 1991 j. Conforme e! Tahuanrinsuyu fue creciendo, fue-ron incorporndose a la elite poltica los curacas o jefes de las etnias conquista-das o controladas por los incas) as como los denominados curacas o incas 'de privilegio', los cuales eran elegidos por el Inca para la realizacin de trabajos es-pecficos, generalmenre de tipo burocrcicc-adminisrrarivo.

Creemos que fue la crisis y posterior desaparicin de esta elite polrica cuzquea y quechua, la que explica en pane la no arriculacin de movimientos indgenas quechuas en el Per republicano y contemporneo. La crisis po lrica de la clase gobernante incaica se inicia, segn algunos autores, en la poca del inca Tpac Yupanqui (1471-1493), se desarrolla con Huayna Cpac y se de-sencadena en niveles de verdadero exterminio fsico a partir de la guerra entre Huascar y Arahualpa (Fernndez 1997).

El inicio de la conquista espaola y la era colonial, significaron la conti-nuacin de este proceso de liquidacin de la elite incaica, no solamente de n-dole fsico, tambin de tipo social, econmico y poltico. En 1530, slo en el actual territorio del Per existi una poblacin aproximada de 9'000.000 de habiranres, canridad que en e! ao de 1629 se vio reducida a 601.645 indios (Flores Galindo 1988). Esta verdadera catstrofe demogrfica, representa un elemento explicativo ms para la comprensin del debilitamiento de los grupos tnicos peruanos, yen especial, el de la nacin quechua.

En relacin a la elite incaica, de acuerdo al censo que mand realizar el Virrey Toledo en 1572. en el Cuzco haba 1.294 nobles cuzqueos, treinta aos

2 La'> P'iII,J({lS fueron una especie de ayllus reales o imperiales t''> decir, dane, mili;re, descendientes de \J1l IJlC~.

1 9 6 C a r l o s F e r n n d e z F o n t e n o y

m s r a r d e , e n l G 0 2 , s l o q u e d a b a n 5 6 7 m i e m b r o s d e l a s p a n / l e a s d e l o s i n c a s

( E s p i n o z a 1 9 7 8 ) .

E l s u r g i m i e n t o d e l a c o n c i e n c i a ' i n d i a '

A p a r e c e c a d a v e z c o n m a y o r n i t i d e z . l a i d e a d e q u e e l T a h u a n r i n s u y u n o f u e u n a

' n a c i n ' , q u e n o s e c r e u n s e n t i m i e n t o d e p e r t e n e n c i a a u n m i s m o g r u p o , o

q u e n u n c a l l e g a c u a j a r l o q u e h o y d e n o m i n a m o s u n a ' i d e n t i d a d n a c i o n a l ' . E n

e l c o r r o t i e m p o e n q u e e x i s t i e l I m p e r i o d e J o s i n c a s - m e n o s d e u n s i g l o - ,

s o m e t i b a j o s u f r u l a a c e n t e n a r e s d e g r u p o s t n i c o s o ' r e i n o s p e q u e o s ' , c o n

l o s c u a l e s e s t a b l e c i u n a r e l a c i n d e d o m i n a c i n , d e p u e b l o c o n q u i s t a d o r - p u e -

b l o c o n q u i s t a d o , d e e t n i a d o m i n a n t e y e t n i a s d o m i n a d a s .

T o d o h a c e p e n s a r q u e l a m a y o r a d e l a s e t n i a s c o n q u i s t a d a s n o ' s i n t i e r o n '

c o m o ' s u y a ' o c o m o ' p r o p i a ' a l a c l a s e d i r i g e n t e i n c a i c a . s t o s e r a n u n o s j e f e s

i m p u e s t o s , e x t r a o s a s u g r u p o : s u s j e f e s n a t u r a l e s e r a n s u s c u r a c a s . D e s p u s d e

m e d i o s i g l o d e d o m i n a c i n e s p a o l a , c o m e n z a p e n a s a s u r g i r u n a i d e n t i d a d

' i n d i a ' e n c o n t r a s t e c o n l o ' e s p a o l ' : a p a r e c i c o n c l a r i d a d n o s l o q u e l o s d o -

m i n a d o s e r a n l o s ' i n d i o s ' y l o s d o m i n a d o r e s l o s ' e s p a o l e s ' ( B u r g a 1 9 8 8 ) , s i n o

t a m b i n q u e e l s i s t e m a s o c i a l d e l T a h u a n t i n s u y u y s u c l a s e d i r i g e n t e - l o s i n -

c a s - f u e r o n m s j u s t o s , y p o r l o t a n t o . p r e f e r i b l e s .

E n e s t e p r o c e s o d e h o m o g e n e i z a c i n d e J o ' i n d i o ' , h a b r a q u e m e n c i o n a r

t a m b i n , c o m o f a c t o r e s c o n v e r g e n r e s , l a c a t s t r o f e d e m o g r f i c a s e a l a d a e n l -

n e a s a n t e r i o r e s , l a a d o p c i n d e l q u e c h u a c o m o ' l e n g u a g e n e r a l ' p a r a e l a d o c t r i -

n a m i e n t o c r i s t i a n o , l a p o l t i c a d e e x t i r p a c i n d e i d o l a t r a s y l a c r e a c i n d e l a s

r e d u c c i o n e s d e i n d i o s f r u t o d e l a s l e y e s d e l V i r r e y T o l e d o ( D e g r e g o r i 1 9 9 3 ) .

S e g n a f i r m a n a u t o r e s c o m o M a n u e l B u r g a y A l b e r t o F l o r e s C a l i n d o . f u e

a p a r t i r d e e s a p o c a d e d e s i l u s i n p o r l o s a b u s o s c o m e r i d o s p o t l o s e s p a o l e s

c u a n d o c o m e n z a s u r g i r e n l a m e n t e d e l o s i n d g e n a s l o q u e h a n d e n o m i n a d o

l a u r o p a a n d i n a ' : u n a v i s i n i d l i c a y n o s t l g i c a d e l T a h u a n r i n s u v u . C o m o p r o -

d u e r o d e l a s e d i m e n t a c i n d e e s t a p e r c e p c i n c o m e n z a r o n a n a c e r m o v i m i e n -

t o s i n d g e n a s c o n i n t e n c i o n e s d e r e c o n s t r u i r e l s i s t e m a q u e i m p e r e n e l T a -

h u a n t i n s u y u : l a v u e l t a a u n p a s a d o i d e a l i z a d o .

E s p o s i b l e p e n s a r e n t o n c e s , q u e d e b i s e r a l a e l i t e p o l t i c a i n c a i c a a l a q u e

l e c o r r e s p o n d i a s u m i r e s t e r e t o . D e s g r a c i a d a m e n t e - [ a l c o m o l a h i s t o r i a l o

c o n f i r m a - , l a c l a s e g o b e r n a n t e i n c a i c a n o s o l a m e n t e n o p u d o r e c o m p o n e r s e y

c o n d u c i r c o n x i t o l a l u c h a p o r l a r e c o n s t r u c c i n d e l I m p e r i o , s i n o q u e c o n e l

197 Sistema poltico, indigeniJmo y movimiento campesino en el Per

paso del tiempo se fue desmembrando prcticamente hasta su desaparicin co-mo casta-estamento y elite poltica.

Con la muerte de Manco Inca -en torno a 1545-, se extingui defini-tivamenre la clase poltica incaica como grupo gobernante. El grupo de pana-cas cuzqueas que apoyaron a Manco Inca, fue el ltimo sector de la legenda-ria elite poltica incaica que actu como grupo social dirigente organizado, co-hesionado y legitimado por la tradicin y su hegemona.

La zona de ViJcabamba no fue solamente el escenario de la ltima actua-cin de los incas, sino tambin el lugar donde por ltima vez un grupo de di-rigentes eminentemente indgena encabez un movimiento poltico-milirar masivo duranre la colonia. Desde Manco Inca hasta nuestros das, no ha vuel-to a existir una elite poltica indgena que dirija movimientos importantes de resistencia, independencia o liberacin en el Per. Todos los dirigenres impor-tantes desde aqul entonces han sido 'mestizos' (O'Phelan 1995).

Las elites regionales del Tahuantinsuyu, encabezadas pos sus curacas, ayu-daron a los espaoles a precipitar la derrota y desaparicin de la elite incaica. Segn Waldemar Espinoza (1990) los incas habran conquisrado cerca de dos-cientos reinos pequeos', y de rodas ellos -segn el mismo auror- "sabemos fehacientemente que el nico seoro que luch contra los espaoles fue el del Cuzco, compuesro por los orejones incas".

Estos seores tnicos, en su gran mayora, no slo fueron colauoracionis-ras, sino que adems fueron una pieza clave en la esrrucrura de gobierno de la colonia: fungieron de bisagra entre la administracin espaola y sus poblacio-nes indgenas. Ya desde el siglo XVI los curacas comenzaron a adoptar las Ior-mas de vida de los conquistadores: imitaron su manera de vestirse, empezaron a montar a caballo, a portar armas europeas, a hablar castellano y a adoptar la diera alimenticia trada del viejo mundo (Burga 1988). Sin embargo, el proce-so de aculruracin no fue total, como podra creerse. Los dos mundos perma-necern por muchos siglos en el subconsciente de estos seores, propiciando comportamientos frecuentemente ambiguos, as como un sincretismo cultural".

Si bien una Real Cdula de 1790 propici un golpe mortal a los linajes tnicos, ser apenas en las primeras dcadas de instaurada la repblica del Per

J S~g\ln Conrad v l)em,He~( (1988j cir.mdoa Rowc. sostienen que en ciT.huan[JJ1.'iUY'lJ '". lOXJsIan mi, de ochenta prll\IULlJ.'. (11 L1, cuales vivan m;b de una tnhu, v 1;:50 solamente en el Per".

't bra, conuadrccronev no iruprdicron lJUi;' dUf.l!lIl" el \i~I() XVIII se drernn mas do: 1.:'8 rebeliones en

1 9 8

C a r l o s F e r n n d e z F o n t e n o y

c u a n d o l o s c u r a c a s f u e r o n b o r r a d o s d e f i n i r i v a m e n r e d e l m a p a , a l v e r e l i m i n a -

d o s s u s t t u l o s d e n o b l e z a p o r B o l v a r e n 1 8 2 5 y , l u e g o , s e r r e e m p l a z a d o s c o m o

p o d e r l o c a l y c o m o i n t e r m e d i a r i o s e n t r e l a s d o s ' r e p b l i c a s ' ( d e i n d i o s y d e e s -

p a o l e s ) p o r l o s p r s p e r o s h a c e n d a d o s s e r r a n o s ( g a m o n a l e s ) y l o s ' m i s r i s ' ,

F i n a l m e n t e , p a r a r r a t a r d e e n r e n d e r l a d i m e n s i n d e l c o l a p s o q u e s i g n i f i -

c l a d e s t r u c c i n d e l a s e l i r e s i n c a i c a s , h a b r a q u e m e n c i o n a r l a s c o n s e c u e n c i a s

d e l a d e r r o r a d e l a g r a n r e b e l i n i n d g e n a q u e d i r i g i e r a T p a c A m a r u 1 1 , m e s -

r i z o ' y d e s c e n d i e n t e d e l o s i n c a s , e n r r e 1

7 8 0

y 1 7 8 1 .

E n e l n i v e l p o l t r i c o - s o c i a l , s e s u p r i m i e r o n l o s r r u l o s d e n o b l e z a i n c a i c o s

y s e e x p r o p i a r o n m u c h a s d e l a s c i e r r a s y b i e n e s d e l a n o b l e z a q u e c h u a . S e s u -

p r i m i e r o n l o s c u t a c a z g o s i m p l i c a d o s e n e l l e v a n r a m i e n r o . a s c o m o s e a b o l i e l

c a r c t e r h e r e d i t a r i o d e r o d o s l o s t i r u l o s d e c u r u c a ( o c a c i q u e ) . E n e l n i v e l c u l -

r u r a l , s e p r o h i b i e r o n : e l u s o d e l i d i o m a q u e c h u a , l a s v e s t i m e n t a s n a t i v a s , e l t e a -

r r o y l a p i n t u r a i n d g e n a , l a l e c t u r a d e J o s C o m e n t a r i o s R e a l e s d e G a r c i l a s o d e

l a V e g a y s e c l a u s u r e l c o l e g i o p a r a c u r a c a s ' S a n B o r j a ' d e l C u z c o , e n t r e o t r a s

m e d i d a s .

L a p r o f u n d a a n g u s t i a q u e c a u s e n e l m u n d o e s p a o l l a p o s i b i l i d a d d e l

t r i u n f o d e T p a c A m a r u , t r a j o c o m o r e s u l t a d o , a s i m i s m o , u n a c o n c e n t r a c i n

i m p r e s i o n a n t e d e m i l i c i a s m i l i t a r e s e n e l V i r r e i n a t o d e l P e r : d e 4 . 2 0 0 e f e c t i -

v o s e n 1 " 6 0 s e p a s a l a s u m a d e 7 0 . 0 0 0 c o m b a r i e n r e s e n 1 8 1 6 . E s t a o c u p a -

c i n m i l i t a r d e b i d e h a b e r i n f l u i d o e n m a n e r a c o n s i d e r a b l e e n l a s e n s a c i n d e

o p r e s i n d e l o s p u e b l o s i n d g e n a s d e e s e e n t o n c e s .

L a c o n q u i s t a h a b a s i g n i f i c a d o u n a d e r r o t a a t r i b u i d a e n g r a n m e d i d a a

f a c t o r e s ' m g i c o s ' , a u n a s u p u e s r a s u p e r i o r i d a d d e l o s d i o s e s c r i s t i a n o s s o b r e l o s

d i o s e s d e l o s i n c a s ( B u r g a 1 9 8 8 ) . A f i n e s d e l s i g l o X V 1 l I , e n m e d i o d e u n a s o -

c i e d a d a n d i n a r e l a t i v a m e n t e c r i s t i a n i z a d a , l a d e r r o t a d e T p a c A m a r u y a n o p o -

d a s e r a r r i b u i d a a l o s d i o s e s . E s t a n u e v a d e b a c l e p r o b a b l e m e n r e r e f o r z a n

m s e l s e n t i m i e n t o d e i n f e r i o r i d a d d e l o s i n d i o s r e s p e c t o a l o s b l a n c o s c o n q u i s -

t a d o r e s . L a s b a s e s p a r a l a f u t u r a r e p b l i c a p i g r n c n r o c r t i c a y a e s t a b a n d a d a s .

P e r o , a l m i s m o t i e m p o , c o m o d i r a F l o r e s C a l i n d o ( 1 9 8 8 ) , " l o c i e r t o e s q u e

e l i n d i o c o m i e n z a a s e r t a n m e n o s p r e c i a d o c o m o t e m i d o p o r q u i e n e s n o l o s o n " .

' ) H a h n a q\lt~ a n o r . s r q u e : < a e u 0 ' 1 s i g ; ] o X V J 1 ] g r a l l p a r r r d e l a n o b l e z a n a t i v a e r a m e s t i z a y c n s r i . u r a .

199 Sistema poltico, indigenismo y movimiento campesino en el Per

De indios a campesinos

Iniciada la Repblica con la proclamacin de la independencia en 1821, los ind-genas del Peni vieron empeorar su situacin. La guerra de liberacin de Espaa no soiarnenre haba creado un vaco de poder, sino adems un caos en la estruc-ruta jurfdico-adminisrrariva, normal en estos tipos de transicin de un sistema co-lonial a uno republicano. Lo cierto fue que hasta mediados del siglo XJX, en el Per continuaron vigentes las leyes espaolas, el triburo indgena y la esclavitud.

Fue en medio de esta inicial anarqua poltica y jurdica cuando numero-sos mestizos y criollos aprovecharon para ir apropindose de tierras de las co-munidades campesinas, amparados tambin por una legislacin que desprote-gi y liberaliz la tenencia y propiedad de las tierras comunales. Aunque parez-ca inslito, en la colonia se protegi ms a la poblacin indgena que en esta etapa auroral de la Repblica (Belaunde 1987). La declaracin del castellano como el idioma oficial en 1825. constituy un acto de segregacin cultural, medida que apenas ser enmendada despus de ms de 140 aos.

El descontento no se dej esperar: entre 1867 Y 1868 se desarroll la te-belin de Juan Busramanre, cuyo ejemplo fue imitado en gran parre de la zona sur del pas, rambin conocida como 'la mancha india' o el 'trapecio andino'. En Puno y Cuzco se localizaron numerosas y endmicas rebeliones de indios entre 1886 y 1887, entre 1895 y 1906, en 1911, en 1913, en 1915, hasta lle-gar a la gran sublevacin indgena que abarc los departamentos de Cuzco, Pu-no, Arequipa, Ayacucho y Apurmac, entre 1920 y 1923. Esta sublevacin pro-voc la invasin de muchas haciendas y el ajusticiamiento de varios gamonales. Despus de esta experiencia, las relaciones entre los hacendados y los indgenas del sur no volvieron a ser las mismas (Burga y Flores Galindo 1982)

El abandono y des proteccin de la poblacin indgena peruana, el aumen-to de los [evanramienros que se venan dando en el sur, la revolucin mexicana y ms tarde la bolchevique, hicieron que desde fines del siglo XIX y comienzos del XX el rema del 'indio' se fuera conviniendo en un 'problema nacional' que deba ser resuelto de alguna manera. Estos fueron algunos de los motivos que propiciaron el surgimiento del movimiento 'indigenista', el cual tUVO una pro-duccin artstica e intelectual que marc una poca. Segn Jos Tamayo (1981), el indigenismo lleg a su mximo esplendor entre los aos de 1926 y 1930, ao a partir del cual inici su rpido declive.

El indigenismo fue promovido desde el Estado por el presidente Augusto B. Legua (1919-1930), quien hasta 1923 mantuvo una apertura poltica que

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C a r l o s F e r n n d r z F o n t e n o y

p e r m i t i e l c r e c i m i e n t o d e d i v e r s o s m o v i m i e n t o s s o c i a l e s . E l m i s m o P r e s i d e n -

t e c r e e n 1 9 2 2 e l P a t r o n a t o d e l a R a z a I n d g e n a . S u r g i e r o n d u r a n t e e s r a p r i -

m e r a e t a p a d e s u m a n d a t o v a r i a s o r g a n i z a c i o n e s p r o i n d l g e n a s , l a s c u l e s . a o s

m s t a r d e , f u e r o n d i s u e l t a s p o r e l p r o p i o L e g u a .

E s m u y p r o b a b l e q u e e l d i s c u r s o p o p u l i s t a p r o i n d g e n a d e L e g u a f u e r a u n

t e r r e n o p r o p i c i o p a r a e l d e s e n c a d e n a m i e n t o d e l l e v a n t a m i e n t o i n d g e n a d e l s u r

d e l p a s e n r r e 1 9 2 0 y 1 9 2 3 . E l i n c u m p l i m i e n t o d e s u s p r o m e s a s e l e c t o t a l e s f u e

g e n e r a n d o l a d i f u s i n d e m o v i m i e n t o s d e p r o t e s t a q u e t e r m i n a r o n p o r d e s b o r -

d a r l a c a p a c i d a d d e c o n t r o l d e l E s t a d o . S e h i z o n e c e s a r i o e l v i r a j e h a c i a u n s i s -

t e m a a u r o r i r a r i o ,

L o s c r e a d o r e s y d i f u s o r e s d e l i n d i g e n i s m o n o f u e r o n i n d i o s . T a n r o e n

C u z c o , e n P u n o c o m o e n L i m a , e s t u v o i n t e g r a d o p o r m i e m b r o s d e l a s c l a s e s

m e d i a s p r o v i n c i a n a s ( y a d e s c o n t e n t a s c o n e l c e n t r a l i s m o ) o p o r s e c t o r e s d e l a

a r i s t o c r a c i a l i m e a , l i g a d a d e a l g u n a m a n e r a a l a o l i g a r q u a , s a l v o e n e l c a s o d e

J o s C a r l o s M a r i r e g u i ' ' .

E l i n d i g e n i s m o n u n c a l l e g a c o n s t i t u i r s e c o m o u n m o v i m i c n r o d e m a s a s .

E l m i s m o E s t a d o q u e p r o p i c i s u v u e l o a l p o c o t i e m p o l e c o r r l a s a l a s .

U n b u e n s e c t o r d e l o s i n d i g e n i s t a s , s o b r e t o d o c u z q u e o s , f u e c o o p t a d o

p o r e l s o c i a l i s m o l i m e o , d o n d e s o b r e s a l a n l a s f i g u r a s d e H a y a d e l a T o r r e y

M a r i t e g u i . E n 1 9 2 7 , p a r r e d e l g r u p o d e i n d i g e n i s t a s c u z q u e o s o r g a n i z a r o n

u n a c l u l a a p r i s - a . l a c u a l a l a o s i g u i e n t e s e p a s a r a a l p a r r i d o s o c i a l i s t a d e

M a r i t e g u i ( S u l r n o n r 1 9 8 5 ) . F u e r o n l o s s o c i a l i s t a s p e r u a n o s l o s q u e ' t r a n s f o r -

m a r o n ' a J o s ' i n d i o s ' e n ' c a m p e s i n o s ' . L a u e r . c o n r a z n , s o s t i e n e q u e e s t e p r o -

c e s o d e c a m b i o d e d e n o m i n a c i n f u e u n a ' c o n s t r u c c i n ' , q u e i m p l i c u n e s -

f u e r z o p o r r e d e f i n i r a l o s m i s m o s s u j e t o s d e s d e o t r a p e r s p e c t i v a c o n c e p t u a l

( L a u e r 1 9 9 7 ) .

E l s o c i a l i s m o n o s o l a m e n t e e s u n a v i s i n d e l m u n d o y u n a i n r c r p r c r a c i n

d e l a s r e l a c i o n e s s o c i a l e s , e s t a m b i n u n a g u a p a r a l a a c c i n p o l t i c a d e l a c l a -

s e t r a b a j a d o r a . Y a l a c l a s e r r a b a j a d o r a s e l a d i s t i n g u e d e a c u e r d o a l a a c t i v i d a d

q u e r e a l i z a a l i n t e r i o r d e l p r o c e s o p r o d u c t i v o , o p o r e l t i p o d e t r a b a j o q u e d e -

s e m p e a .

D e s d e e s t a p e r s p e c t i v a . a l o s t r a b a j a d o r e s s e l e s c l a s i f i c a f u n d a m c n r a l m e n -

t e c o m o o b r e r o s o c a m p e s i n o s y n o c o m o b l a n c o s o i n d i o s . A p a r t i r d e e n r o n .

M r r k o L a u e r ~OHI~ne q u e e l " i n d i g e n i s m o c o c i o - p o l i u c c drareLt~ e n l a r e s a c a d e p r e s r v . r d e l a g U l T r < l c o n

C l l J l e , c u a n d o -qlJj/,l~ p o r U I l i n s t a n t e - e - r . u n b . r l c a l a i d e a c n o l l a d e n a r i o n a l i d a d ' ' . L u i s . \ l o n g W l ' ' 0 ' "

t i e n e q u e " ! o , pcruano~ q u e ' p r o p u s i e r o n e l i n d i a n i s m o c i e n p l H c i e n . r c c p o n d f a n a s a l a l l c c ( ' ! . I J a d l l e -

r e i v i n d i c a r . m r e s u s p r o p I O S o j o s l a p a r t e i n d i a d e v u ( p r o p i a ) comro~\(i1n t n i c a " ( L a u c r 1 ( 9 7 ) .

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201 Sistema poltico, ind('l.enmo.y movimiento campesino en el Per

ces. al indio que rrabajaba en el campo se le empez a llamar 'campesino'. Este cambio se oficializar cincuenra aos ms tarde, en la dcada del 70, cuando el Gobierno del Gral. Juan Velasco modific el nombre del 'Da del Indio' por el 'Da del Campesino'.

Podemos terminar diciendo que Maritcgui no acept esta divisin 'orto-doxa'. que implicaba de cierra manera adherirse a una definicin u otra: o in-dio o campesino. Para l no hubo una relacin de exclusin entre esras dos for-mas de definir a los mismos sujetos. Eran las dos cosas: indios y campesinos.

Contrariamente a los dik-tak del comunismo moscovita. Mariregui in-cluy en sus descripciones, anlisis y propuestas poltica.'> la variable 'indgena', en sus connotaciones culturales, raciales, econmicas y polticas. que el marxis-mo internacional rechazaba. Esro le granje enemistades y marginaciones al in-rerior del movirnienro comunista internacional. A su muerre, el Partido Comu-nisra (ames Socialista) acept las cesis de Mosc. Creemos que la cita que crans-cribimos ilustra en parte lo que estamos exponiendo:

"La reivindicacin que sostenemos es la del trabajo. Es la de las clases tra-hajadoras. sin distincin de Costa y Sierra, ni de indio y cholo. Si en el de-bate -esto es en la ceora- diferenciamos el problema del indio, es por-que en la prctica, en el hecho, tambin se diferencia" (Mariregui 1927a)..." El socialismo ordena y define las reivindicaciones de las masas, de la clase trabajadora. Yen el Per a, masas -la clase trabajadora- son en sus CUatro quintas panes indgenas. Nuestro socialismo no sera, pues. peruano -ni sera siquiera socialismo- si no se solidarizase. primeramen-te, con las reivindicaciones indgenas ... Yen este 'indigenismo' vanguardis-ta... no existe absolutamente ningn calco de 'nacionali..mo extico', no existe, en todo caso, sino "1 creacin de un 'nacionalismo peruano' " (Ma-riarcgui 1927b).

El movimiento campesino

A partir de las dcadas de los .30 y 40 del siglo XX, las distintas acciones que de-sarrollarn los campesinos estarn ligadas, de alguna manera, ya sea al Partido Aprisra Peruano (PAP) o al Partido Comunista (PC). El PAP incorporar a los campesinos en su partido de 'Frente nico' de clases, junto a la clase media y a los obreros (Haya de la Torre 19.36). Por su lado, el PC tambin incluir en su po-

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L t u / O J F e m n d e z F o n t e n o y

l r i c a d e a l i a n z a s a l a c l a s e c a m p e s i n a , p a r a i r f o r m a n d o c o n e l t i e m p o u n a s l i d a

a l i a n z a o b r e r o - c a m p e s i n a c a p a z d e r e a l i z a r l a r e v o l u c i n p r o l e t a r i a e n e l P e r .

S i e n 1 7 8 6 l a p o b l a c i n m e s t i z a e r a d e l 2 3 % , e n 1 9 4 0 , d e a c u e r d o a l l -

r i m o c e n s o q u e i n c l u y l a c a t e g o r a r a c i a l , l a p o b l a c i n m e s t i z a y b l a n c a s u m a -

b a m s d e l S3~/o. s i n c o n r a r a l o s a s i a t i c o s y a l o s n e g r o s . A m e d i a d o s d e l s i g l o

X X , e s t a m o s y a f r e o t e a u n p a s m a y o r i t a r i a m e n t e m e s t i z o p e r o c o n u n a t e n -

d e n c i a m a r c a d a h a c i a l o i n d o - m e s t i z o . L a s p o s t e r i o r e s m i g r a c i o n e s y p r o c e s o s

d e u r b a n i z a c i n h a n a u m e n t a d o e s t a t e n d e n c i a h a c i a e l m e s t i z a j e .

A s c o m o l a a p e r r u r a d e m o c r t i c a d e l s i s t e m a p o l r i c o e n t r e 1 9 1 9 - 1 9 2 3

p e r m i t i l a a p a r i c i n d e i m p o r t a n t e s a c t o s d e m o v i l i z a c i n c a m p e s i n a y d e

c r e a c i n a n s r i c a e i n r e l e c r u a l , l a l l e g a d a a l p o d e r d e l p r e s i d e n t e L u i s B u s r a -

m a n r e y R i v e r a ( 1 9 4 5 - 4 8 ) c o n a p o y o d e l a p r J s m o . p o s i b i l i r n u e v a m e n t e q u e

l o s d i f e r e n t e s m o v i m i e n r o s p o p u l a r e s p u d i e r a n e x p r e s a r s u s d e m a n d a s e i n r e n -

r a r l e g a l i z a r s u s o r g a n i z a c i o n e s .

E n e f e c t o . f u e m u y s i g n i f i c a r i v a l a c a n r i d a d d e s i n d i c a r o s a g r a r i o s y c o m u -

n i d a d e s c a m p e s i n a s q u e s e l e g a l i z a r o n . L o s n i v e l e s d e m o v i l i z a c i n c a m p e s i n a ,

r a n r o e n l a S i e r r a c o m o e n l a C o s t a . f u e r o n d e l o s m s a l t o s d e l a h i s r o r i a d e l

P e r h a s t a e s e e n r o n c e s ( M e j a 1 9 7 8 ) . L a s h u e l g a s e n l a C o s t a y l a s i n v a s i o n e s

d e t i e r r a s e n l a S i e r r a g e n e r a r o n l a s c o n d i c i o n e s p a r a l a c r e a c i n d e l a F e d e r a -

c i n G e n e r a l d e Y a n a c o n a s y C a m p e s i n o s d e l P e r . e n 1 9 4 7 . M s t a r d e , s e c r e a -

r i a n l a F e d e r a c i n N a c i o n a l d e C a m p e s i n o s d e l P e r ( F E N C A P ) y l a C o n f e d e -

r a c i n C a m p e s i n a d e l P e r ( C C P ) .

E l s i s t e m a p o l r i c o a u t o r i t a r i o q u e r e i n s r a u r a l a d i c t a d u r a d e l G r a l . O d r a

( 1 9 4 8 - 1 9 5 6 ) n a j a i n i c i a l m e n t e c o m o c o n s e c u e n c i a u n r e f l u j o d e l m o v i r n i e n r o

c a m p e s i n o . P e s e a e l l o , d e s d e 1 9 5 0 h a s t a 1 9 6 4 s e p u d o a p r e c i a r u n a g r a n m o -

v i l i z a c i n c a m p e s i n a e n e l n i v e l n a c i o n a l , s i m u l t n e a m e n t e c o n u n a o l e a d a d e

v e n t a d e r i e r r a s ( 1 9 5 0 - 6 0 ) p o r p a r r e d e l o s h a c e n d a d o s , q u e h i z o p r e s a g i a r t e m -

p o r a d a s r o r r n e n r o s a s e n e l s e c r a r a g r a r i o .

E n r r e 1 9 5 6 Y J 9 6 4 , y a b a j o e l g o b i e r n o d e m o c r r i c o d e M a n u e l P r a d o

( 1 9 5 6 - 6 2 ) e s p o s i b l e i d e n r i f i c a r h a s r a 4 1 3 m o v i m i e n r o s c a m p e s i n o s . y s l o e n

e l a o d e 1 9 6 2 s e p u e d e n c o n r a r m s d e 7 0 h a c i e n d a s i n v a d i d a s p o r c a m p e s i -

n o s ( e n s u m a y o r a . m o v i m i e n t o s d e ' r e c u p e r a c i n ' d e t i e r r a s a r r e b a t a d a s p o r

l o s h a c e n d a d o s ) . E l m o v i r n i e n r o m s i m p o r r a n r c s e d i o e n l o s v a l l e s c u z q u e o s

d e L a r e s y l a C o n v e n c i n , e n r r e 1 9 5 6 y 1 9 6 2 , c o i n c i d i e n d o e x a c t a m e n t e c o n

e l p e r o d o d e g o b i e r n o d e a p e n u r a d e m o c r t i c a d e P r a d o .

E l l d e r m s i r n p o r r a n t e d e e s t e m o v i m i e n t o f u e H u g o B l a n c o , m c s n z o .

c o n e s t u d i o s u n i v e r s i t a r i o s e n A r g e n t i n a y d e i n s p i r a c i n r r o r s k i s r a , a l e n r c o n

203 Sistema poltico, indigenismo), movimiento campesino en el Per

xito la sindicalizacin, las huelgas y las invasiones para recuperar las tierras ex-comunales en dichos valles cuzqueos (Burga y Flores Galindo 1982). El eco de! triunfo de la Revolucin Cubana en 1959 contribuy al afianzamienro de la presencia de los partidos marxistas al interior del movimiento campesino. Desde ese entonces hasra la aparicin de Sendero Luminoso y el MRTA, la in-fluencia del marxismo en el movimiento campesino ser permanente.

El presidente Prado nombr una comisin de airo nivel con el objetivo de elaborar un proyecro de reforma agraria. Dicho proyecro estuvo listo en las pos-trimeras de su (Iobierno y opt por no implementarlo. Su sucesor, Fernando Belaunde (1963-68), prometi durante su campaa electoral promulgar la Ley de Reforma Agraria; una vez en el poder, no tuvo la capacidad poltica para im-plementarla. Una de las primeras consecuencias fue e! estallido de las guerrillas del MIR Y del ELN (1964-65) derrotadas fcilmente, y el posterior golpe mi-lirar del Gral. Juan Velasco Alvarado el 3 de octubre de 1968.

La rcinstauracin -una vez ms- de un sistema polrico autoritario. de dictadura militar, haca presagiar la repeticin de experiencias militares anterio-res. Velasco AlvaraJo sorprendi a 'tirios y troyanos' al iniciar el proceso de re-formas sociales y econmicas ms importantes en lo que va de la Repblica. Despus del Gobierno de Velasco. para bien o para mal, el Per fue orro,

La primera Ley de trascendencia que dio su Gobierno fue la Ley de Re-forma Agraria en 1969. Esta medida ha sido considerada como una de las ms radicales que se hayan tornado en Amrica Latina, quiz solamente comparada con la reforma agraria cubana.

Fue duranre el seprenaro de Velasco (1968-1975) cuando se dio el proce-so de democratizacin social ms importante en el Per. Paradjicamenre. fue un gobierno autoritario el que entreg las mayores cuotas de poder polrico en el nivel local, ya sea a Jos campesinos de la Costa o de laSierra. Las organizacio-nes campesinas (Ligas Agrarias) creadas desde el Estado reemplazaron en mu-chos rincones del pas a los anriguos poderes locales. Slo este hecho abri las puerras a una dinmica de cambio social que an no terminamos de vislumbrar.

En el aspecto cultural, el velasquismo despleg una polrica dirigida a re-valorizar la tradicin andina y popular. T pac Amaru, mestizo y revoluciona-rio. fue uno de los smbolos de la reforma agraria y parte esencial de la parafer-nalia del rgimen militar. La declaracin del idioma quechua como Jengua ofi-cial del Estado -junto con el expaol-c- fue un reflejo de lo que venirnos sos-teniendo. El historiador Jos Tamayo (\981) llega incluso a visualizar una rcn-dencia neoindigenista a finales de la dictadura de Velasco.

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C a r l o s F c r n . i n a c z F o n t e n o y

E s t e g o b i e r n o m i l i t a r c r e e n 1 9 7 1 e l S i s t e m a N a c i o n a l d e M o v i l i z a c i n

S o c i a l ( S I N A M O S ) c o n l a i n t e n c i n d e p r o m o v e r l a c r e a c i n d e m o v i m i e n t o s

s o c i a l e s d e t i p o g r e m i a l , p a r a p o d e r e s t r u c t u r a r y c o n t r o l a r , e n c i e n o m o d o , e l

s i s t e m a p o l i c o q u e d e s e a r o n i m p l a n t a r e n e l P e r : l a D e m o c r a c i a S o c i a l d e

P a r t i c i p a c i n P l e n a ( G u e r r a C a r c a 1 9 8 3 ) . E s t e m o d e l o i m p l i c a b a l a c r e a c i n

d e i n s t i t u c i o n e s d e g o b i e r n o i n t e g r a d a s p o r r e p r e s e n t a n t e s d e l o s d i f e r e n r e s g r e -

m i o s d e l p a s . F u e u n p r o y e c r o d e t i p o c o r p o r a t i v o , q u e a n t e s y a h a b a s i d o

p l a n t e a d o p o r i n t e l e c t u a l e s y p o l t i c o s p e r u a n o s , t a l e s c o m o V c t o r A n d r s B e -

l a u n d e y H a y a d e l a T o r r e .

E n e s t a d i r e c c i n , e l G o b i e r n o c r e s u s ' p r o p i a s ' o r g a n i z a c i o n e s g r e m i a l e s :

e n 1 9 7 2 s e f u n d l a C o n f e d e r a c i n N a c i o n a l A g r a r i a ( C N A ) , y e n d i c i e m b r e

d e l m i s m o a f i o l a C e n r r a l d e T r a b a j a d o r e s d e l a R e v o l u c i n P e r u a n a ( C T R P ) .

E n e l m e s d e f e b r e r o d e 1 9 7 3 s a l i a l a l u z l a f l a m a n t e C o n f e d e r a c i n N a c i o -

n a l d e C o m u n i d a d e s I n d u s t r i a l e s ( C O N A U ) .

A l a m p a r o d e l s e c t o r p r o g r e s i s r a d e l V e l a s q u i s m o - q u e d o m i n e l p o d e r

d u r a n t e g r a n p a n e d e l t i e m p o q u e d u r d i c h o G o b i e r n o - s u r g i e r o n y c r e c i e -

r o n n u m e r o s o s m o v i m i e n r o s s o c i a l e s y s e l e g a l i z a r o n u n a c a n t i d a d j a m s v i s t a

d e s i n d i c a t o s e n p l a z o s b a s t a n t e c o n o s ( T o v a r 1 9 8 2 ) .

R e s p e c t o a l m o v i m i e n t o c a m p e s i n o , e l s u r g i m i e n r o d e n u e v a s o r g a n i z a -

c i o n e s y l a e x p a n s i n d e l a s y a e x i s t e n t e s . t a m p o c o [ U v a p a r a n g n e n l a h i s t o -

r i a d e l P e r .

L a C o n f e d e r a c i n C a m p e s i n a d e l P e r ( C C p r o r g a n i z s u s I I I y I V C o n -

g r e s o s N a c i o n a l e s e n l o s a o s 1 9 7 0 y 1 9 7 3 , l o c u a l s i g n i f i c l a r e o r g a n i z a c i n

y r e v i t a l i z a c i n d e e s t e g r e m i o q u e f o m e n t d u r a n r e l a d c a d a d e l 7 0 a l g u n a s

t o m a s d e t i e r r a s e n l a S i e r r a d e l P e r ( T o v a r 1 9 8 2 ) . T u v o u n a p o s i c i n d e c o n -

f r o n t a c i n a l r g i m e n m i l i t a r , a u n q u e a l g u n o s d e s u s p a r t i d o s i n f l u y e n t e s l l e g a -

r o n a p l a n t e a r u n ' a p o y o c r f r i c o ' a l v e l a s q u i s m o .

L a C o n f e d e r a c i n N a c i o n a l A g r a r i a ( C N A ) f u e , s i n l u g a r a d u d a s , l a o r -

g a n i z a c i n c a m p e s i n a m s g r a n d e y r c p r c s c n r a r i v a d u r a n l e l a s d c a d a s d e l o s 7 0

y 8 0 e n e l P e r . S i b i e n s u c r e c i m i e n t o s e d e b i i n i c i a l m e n t e a l a p o y o d e l E s t a -

d o , a p a r t i r d e 1 9 7 6 , d e s p u s d e l g o l p e d e l G r a l . F r a n c i s c o M o r a l e s B e r m d e z .

( 1 9 7 5 - 1 9 8 0 ) f u e d e c l a r a d a i l e g a l d e b i d o a s u a c r i t u d d e f r a n c a o p o s i c i n a l d e s -

m o n t a j e d e l a s r e f o r m a s i n i c i a d o p o r e l n u e v o g o b e r n a n t e .

I n t e g r a d a p o r d i r i g e n r e , c . m p n i n m p e r r e n e c i e r u e , e n ' 1 1 g r ; n m n v o r i a a p a n i d m r n a r x i s m - l c n m i c r a e ( 0 -

m o e l j \ l I R . \ , , 1 I 1 [ : U ' 1 H 1 i , 1 Revu\l~i('n:Hi;, p e B a n d e r a R o j a , p e P a t r i a R o j a y o t r o s .

205 Sistema polltico, indigenismo y movimiento campesino en el Per

Legitimada por su represenratividad. aunque ilegal an, la CNA logra reorganizarse en el nivel nacional a parrir de su masiva VII Asamblea Nacio-nal de Delegados, realizada en Cajamarca en diciembre de 1980. Ira reactiva-da y con un nivel de auronomia poltica considerable -a diferencia de otros gremios-, la CNA realiz su 1][ Congreso Nacional en junio de 1982 (ju-nin), even to que conr con la participacin de delegados de todos los gremios cam pcsinos del Per. Ya en esta poca, la CNA se haba convenido en el mo-virnicnro campesino ms importante del pas. con una orientacin socialista y nacionalista capaz de convocar al conjunto de las organizaciones agrarias del pas.

Es as como en octubre de 1982, la CNA convoca al resto de gremios campesinos para la realizacin de un paro (huelga) nacional. La mayora y las ms imporranres de estas organizaciones' aceptaron y se incorporaron al Comi-r Central de Accin, organizador de la medida de fuerza.

De esra manera se gest y realiz el Primer Paro Nacional Campesino en la historia de la Repblica del Per. Entre el 25 y 26 de noviembre de 1982, la mayora de los campesinos del Per detuvieron sus labores y bloquearon gran parre de las carrereras del pas (CIDlAG 1983). Al ao siguienre se realiz e1ll Paro Nacional Agrario, con un nivel menor de contundencia.

Fue a partir de 198.:3 cuando el movimienro campesino entr en un pro-ceso de repliegue, debido a que el Partido Comunisra del Per (Sendero Lumi-noso) y el Movimiento Revolucionario Tpac Amaru (MRTA) ya comenzaban a desplegar sus acciones con mayor amplitud rerrirorial. con el consiguiente proceso de militarizacin del espacio rural. La lgica de la guerra desplaz a la actividad poltica en el campo peruano.

Desde aquel entonces hasta la fecha, no se han podido reconsriruir an las organizaciones agrarias en el Per. Parecera que los ecos de la guerra y de la muerte todava perviven y flotan en la atmsfera de algunos predios del campo peruano.

H lmruron L1 convoc.iroria .il r.lr

2 0 6

C I r i o s F e r n n d e z F o n t e n o y

D e c a m p e s i n o s a r e v o l u c i o n a r i o s

C o n f o r m e e ! m a r x i s m o f u e i n t r o d u c i n d o s e d e s d e l a d c a d a d e l 3 0 d e ! s i g l o X X

e n l a s o c i e d a d p e r u a n a , l a p e r c e p c i n q u e s e r e n l a d e l c a m p e s i n o s e f u e m o d i -

f i c a n d o p o c o a p o c o , c o n v i n i n d o s e c o n e l t i e m p o e n u n p o t e n c i a ] ' s u j e t o r e -

v o l u c i o n a r i o ' , j u n t o c o n e l p r o l e t a r i o .

L a c o n c e p c i n d e l a n e c e s i d a d d e u n a a l i a n z a o b r e r o - c a m p e s i n a c o m o e j e

d e l a r e v o l u c i n p r o l e t a r i a e n e l P e r , c o n e l a n d a r d e l o s a o s c o m e n z a c o n s -

t i t u i r s e - a l i n t e r i o r d e l a i z q u i e r d a m a r x i s t a p e r u a n a - e n u n a i d e a a c e p t a d a

u n n i m e m e n t e . E l h a b i t a n t e r u r a l y a n o e r a s o l a m e n t e u n i n d i o y u n c a m p e s i -

n o , d e b a s e r a d e m s u n r e v o l u c i o n a r i o , u n a c l a s e r e v o l u c i o n a r i a c o n u n a m i -

s i n h i s t r i c a m u y c l a r a q u e c u m p l i r : h a c e r l a r e v o l u c i n y c o n s t r u i r e l s o c i a -

I i s r n o e n e l P e r .

E s t a t r a n s f o r m a c i n d e l c a m p e s i n a d o e n a c t o r p r o t a g o n i s t a d e l p r o c e s o r e v o l u -

c i o n a r i o s e a f i a n z a r a p a r t i r d e l a r u p r u r a d e l m o v i m i e n t o c o m u n i s t a i n t e r n a c i o n a l

( C h i n a - U R S S ) a c o m i e n z o s d e l a d c a d a d e l 6 0 . h e c h o q u e p r o v o c a r t a m b i n e n

e l P e r L 1 d i v i s i n d e l P a r t i d o C o m u n i s t a d e l P e r ( U n i d a d ) ' ) p r o s o v i r i c o , y l a a p a r i -

c i n d e o t r o P a r t i d o C o m u n i s t a d e l P e r ( B a n d e r a R o j a ) p r o c h i n o ,

D e b i d o a ] s e s g o ' a g r a r i s t a ' q u e M a o T s c - r u n g l e i m p r i m i a l a r e v o l u c i n

C h i n a , s u s p l a n t e a m i e n t o s s e d i f u n d i e r o n f c i l m e n t e e n l o s p a s e s s u b d e s a r r o -

l l a d o s , c o n p o b l a c i o n e s c a m p e s i n a s e x t e n s a s y p o b r e s . . . c o m o l a s d e l P e r .

E l m a o s m o p l a n t e a q u e e n p a i s e s a g r a r i o s y a t r a s a d o s , e l p a p e l d e l c a m -

p e s i n a d o p o b r e d e h e s e r d e p r i m e r o r d e n e n e l p r o c e s o r e v o l u c i o n a r i o . i n c l u s o

m a s i m p o r t a n t e q u e e l d e l p r o l e t a r i a d o . E l c a m p e s i n a d o p o b r e d e b a s e r ' e l m o -

t o r d e l a r e v o l u c i n ' .

L a m a y o r a d e l o s p a r t i d o s ( L e n s 9 8 1 ) c o n i n f l u e n c i a e n l a C C P a d o p -

t a r o n e s t a p o s i c i n r e s p e c t o a l p a p e l d e l c a m p e s i n a d o , p e r o q u i e n m e j o r l l e v

a l a p r c t i c a l a s e n s e a n z a s d e M a o T s e - t u n g f u e e l P a r t i d o C o m u n i s t a d e l P e -

r u ( S e n d e r o L u m i n o s o ) .

S e n d e r o L u m i n o s o l e d e c l a r l a g u e r r a a l E s t a d o p e r u a n o e n 1 9 8 0 . R e c l u -

t p a t a s u c a u s a . 1 u n a i r o p o r c c n r . u c d e p o b l a d o r e s i n d g e n a s d e l a s a l t u r a s a n -

d i n a s , c a r a c t e r i z a d o s p o r s u p o b r e z a e i g n o r a n c i a . D e s p u s d e u n a p r i m e r a e r a -

p a d e e x p a n s i n d e e s t e m o v i m i e n t o d e b i d o a s u a c t u a r ' [ u s r i c i e r o ' . d e a c u e r d o

' ) E n i - l P c r l:xi,t~11 \ ' . 1 1 1 ' " ' P a r t i d o s C O l T l l l l l i s t . l S d e l P e r ' . v s u s sigla~ s~ d r f i - r c n c i a n u n a s d e o t r a s e l u -

d o a q u e d e s p u c , d e s u n o m b r e , s e c o l o c a c n t r c p . r r n r e s r s l a d c n o r n i n a c r o n d e s u r g a n o d e p r r : n s a 0 1 1 -

e r a l : d u n o L r u d . u i . R l n J c l ' J R o j , } U S e n d e r o 1 u r r n n u v u .

207 Sistema poltico, indigenisnlO y movimiento campesino en el Pa

al decir campesino de esa poca, Sendero comenz a realizar una serie de accio-nes demenciales y terroristas que fueron enfrenrndolo no slo con la opinin pblica. sino con los propios dirigentes populares y campesinos de la izquierda revolucionaria".

La presencia de Sendero yel MRTA (desde 1982) en el campo por ms de una dcada, oblig al movimiento campesino a replegarse y a desintegrarse lentamente, hasta el presente.

Al desastre ocasionado en el agro, ya sea por una reforma agraria con erro-res e incompleta, o por la violencia de Sendero yel MRTA, se le sum despus la poltica neoliberal del presidente Eujimori, que no ha permitido la recupera-cin de este sector de la poblacin peruana. La crisis, profunda y persisrenre. provocada por el abandono estatal del campo, hace presagiar nuevas formas de organizacin y lucha de los campesinos, muchos de ellos llamados ahora 'pro-ductores agrarios'.

Reflexiones [malrs

En esta ltima parte del presente trabajo, quisiramos decir que los movi-miemos sociales tradicionales o 'viejos' (Linch1999), como lo son el cam-pesinado y el proletariado, se desarrollaron con mayor vigor cuando des-de el Estado hubo polticas explcitas de apoyo en esta direccin. Y esro vale tanto para los gobiernos democrticos como para los autoritarios (Touraine 1989)

Desde esta perspectiva, los movimientos sociales -y el campesino en es-pecial- no solamente tuvieron una cierra dependencia con las polticas de apoyo estatal, sino que tambin su historia estuvo ntimamente ligada -o atada- al rumbo que siguieron los partidos polticos que ejercieron una influencia dcrcrrninanre en sus cuadros dirigen res. Cabe resaltar la in-fluencia del aprismo, pero sobre todo de la izquierda marxista.

Hay que tener muy preseme esta realidad a la hora de analizar el papel de los movimientos sociales en los procesos polticos de este siglo en el Per. incluidos los de transicin a la democracia y al autoritarismo.

lO El .uusnctarruenro cruel e' Insano de la querida e nquierdisra djrjgl'JH

2 0 8

C a r l o s F e r n n d c z F o n t e n o v

H a b r a q u e s e a l a r q u e l a i z q u i e r d a m a r x i s t a d e f i n a l e s d e l a d c a d a d e l

7 0 , h e r e d e r a d e l p e n s a m i e n t o m a r i a r e g u i s t a e i n d i g e n i s t a , e m p e z a i n -

c l u i r e n s u d i s c u r s o p o l t i c o e l r e m a d e l o s d e r e c h o s d e l a s ' n a c i o n a l i d a d e s '

o r i g i n a r i a s c o m o p a r e e d e l a s r e i v i n d i c a c i o n e s p o r ( a s c u a l e s h a b a q u e m o -

v i l i z a r a l p u e b l o . A J p o c o r i e r n p o , e n 1 9 8 0 , l a l u c h a a r m a d a c o m e n z a e x -

p a n d i r s e e n e l c a m p o p e r u a n o , b l o q u e a n d o t o d a p o s i b i l i d a d d e s e g u i r

' i m a g i n a n d o c o m u n i d a d e s t n i c a s ' .

F i n a l m e n t e . q u i s i r a m o s s e a l a r q u e a f i n e s d e l s i g l o X X e l P e r s i g u e

s i e n d o u n a R e p b l i c a p i g r n e n t o e r t i c a . P e s e a l o s c c l i c o s e s f u e r z o s d e s d e

e l E s t a d o y d e s d e l a s o c i e d a d c i v i l p o r r e v a l o r i z a r ' l o i n d i o ' , l a c o n s t r u c -

c i n d e l a i d e n r i d a d n a c i o n a l n o s e h a c e n r r a d o e n e l f a c r o r t n i c o " , n o

s l o p o r l a s r a z o n e s e x p u e s t a s e n e s t e t r a b a j o , s i n o p o r q u e t o d a v a e n e l

i m a g i n a r i o d e l a p o b l a c i n i n d i a e i n d o m e s r i z a a c t u a l , e x i s t e u n a v i s i n

n e g a t i v a d e l a s c u l t u r a s y r a z a s i n d g e n a s : r o d o l o r e l a c i o n a d o c o n ' l o i n -

d i o ' e s s e n t i d o c o m o a l g o i n f e r i o r .

L a m e m o r i a h i s t r i c a h a c e a p a r e c e r a l i n d g e n a c o m o e l c o n q u i s t a d o - d e -

r r o t a d o . e l s i e r v o , e l p o b r e , e i n c l u s o e l q u e t i e n e u n n i v e l m e n o s c a b a d o

d e a u t o e s r i m a e s t t i c a .

F e l i z m e n t e , e s t a t e n d e n c i a s e h a i d o m o d i f i c a n d o e n l a l t i m a m i r a d d e

s i g l o . E s p e r e m o s q u e e s r e p r o c e s o c o n t i n e , y a q u e l a c o n t r i b u c i n c u l t u -

r a ) y r a c i a l d e l o i n d i o e n e l P e r , h a s i d o , e s y s e r u n o d e l o s p i l a r e s d e

l a c o n s t r u c c i n d e l a i d e n t i d a d n a c i o n a l p e r u a n a .

B i b l i o g r a f a

B e l a u n d e , V c t o r A n d r s

1 9 8 7 M e d i t a c i o n e s p e r u a n a s , O b r a s C o m p l e t a s . T o m o 1 1 , L i m a : C o -

m i s i n N a c i o n a l d e l C e n t e n a r i o .

B u r g a . M a n u e l y A l b e r t o F l o t e s C a l i n d a

1 9 8 2 F e u d a l i s m o A n d i n o y M o v i m i e n t o s S o c i a l e s ( 1 8 6 6 - 1 9 6 5 ) . E n :

H i s t o r i a d e l P e r , t o r n o X I . B a r c e l o n a : E d i t o r i a l M e j a B a c a .

1 1 L , c o n v r r u c c r c n d e l a i d c m i d : r d J1J(I'-1I1~\1 r . u n l n n s c h a e , t a d o g c ; ; r a n d o , 1 r r a v c d e l d e s a r r o l l o d e ' r d r n -

t i d : l d , . , ' n : : g o n J I " , c l a s i s t a s y c i u d a d a n a s . l o c u a l ',~\n D e g r e g o r i ( 1 9 9 3 ) f ' l I t ' d , n 1 r ; " 1 I " l o s c a l l e j o n e s s u r

s a l i d . r a l o s C l l . l l . . < p a r , c e c o n d u c i r l a p r c c m i n c m i a u n i l . u c r a l d e l a s t d c n t i d . n i e - , t m c a s e n m r . 1 S p a n e s

d e l m u n d o " ,

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2 1 0

C a r l o s F e r n n d e z F o n t e n o y

t o F r a n c s d e E s t u d i o s A n d i n o s e I n s t i t u t o d e E s r u d i o s P e r u a -

n o s , p p . : 8 3 - 1 0 1 .

H a y a d e l a T o r r e . V c t o r R a l

1 9 3 6 E l a n t i m p e r i a l i s m o y e l A P R A . S a n t i a g o d e C h i l e : E d i t o r i a l E r -

c i l l a .

L a u e r . M i r k o

1 9 9 7 A n d e s i m a g i n a r i o s . D i s c u r s o d e l i n d i g e n i s m o . C u z c o : C e n t r o d e

E s t u d i o s R e g i o n a l e s A n d i n o s " B a r r o l o m d e l a s C a s a s " .

L e r r s , R i c a r d o

1 9 8 1

L a i z q u i e r d a p e r u a n a . L i m a : M o s c a A z u l E d i t o r e s .

L y n c h , N i c o l s

1 9 9 9

U n a t r a g e d i a s i n h r o e s : L a d e r r o t a d e l o s p a r t i d o s y e l o r i g e n d e

l o , i n d e p e n d i e n t e s e n e l P e r 1 9 8 0 - 1 9 9 2 . L i m a : r o n d o E d i t o -

r i a l d e l a U n i v e r s i d a d N a c i o n a l M a y o r d e S a n M a r c o s , 7 9 p .

M a r i t e g u i , J o s C a r l o s

1 9 2 7 0 R p l i c a o L u i s A l h e r t o S n c h e z . E n : L a p o l m i c a d e l i n d i g e n i s -

m o . R e c o p i l a c i n d e M a n u e l A q u z o l o , 1 9 7 6 . L i m a : M o s c a

A z u l E d i t o r e s ,

1 ' - ) 2 7 b I n t e r m e z z o p o l m i c o . E n : L a p o l m i c a d e l i n d i g e n i s m o . R e c o -

p i l a c i n d e M a n u e l A q u z o l o , 1 9 7 6 , L i m a : M o s c a A z u l E d i -

r o r e s .

M e j i a . J o s M a n u e l

1 9 7 8 E l m o v i m i e n t o c a m p e s i n o e n e l P e r . A n l i s i s . L i m a , 5 : 9 3 - 9 9 .

O ' P h e l a n G o d o y . S c a r l e r r

1 9 9 5 L a g r a n r e b e l i n e n l o s A n d e s : d e T p a c A m a r u a T p a c C a -

t a r i , C u z c o : P e r r o p e r y C e n r r o B a r r o l o m d e l a s C a s a s .

P e a s e G . I . , F r a n k l i n

1 9 9 1 L o s i n c a s . L i m a : P o n t i f i c i a U n i v e r s i d a d C a t l i c a d e l P e r ,

p p . : 1 1 4 - 1 1 5 .

R o s r w o r o w s k i , M a r a

1 9 8 8 H i s t o r i a d e l T a b u a n t i n s u y u . L i m a : I n s t i t u r o d e E s t u d i o s P e r u a -

n o s , p p . : 5 5 - 3 6 , 1 8 3 .

S i l v a S a n t i s t e b a n , L u i s

1 9 8 8 E s r a d o , p r o y e c r o h i s r r i c o y s i s t e m a i n t e r n a c i o n a l . R e v i s t a P e -

r u a n a d e C i e n c i a P o l t i c a y C i e n c i a s S o c i a l e s . l . i m a : E d i r o r i a l

P e r l a , 1 : 2 1 5 - 2 8 2 .

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