FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA TURMA – PDE 2016
Título: Tradições Religiosas: caracterização do patrimônio histórico cultural presente no cemitério
Autora: Marcia Frederico Higashi
Disciplina/Área: História
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Professor Paulo Alberto Tomazinho
Av. Ministro Oliveira Salazar, 4455 – Zona II
Município da escola: Umuarama
Núcleo Regional de Educação: Umuarama
Professor Orientador: Carlos Nilton Poyer
Instituição de Ensino Superior:
UNESPAR - Campus de Campo Mourão
Relação Interdisciplinar: Ensino Religioso
Resumo:
O presente trabalho buscará identificar a identidade e memória que compõem o patrimônio histórico e cultural presente no cemitério municipal de Umuarama PR, entre os anos de 1980 - 1990, a partir de atividades vinculadas tanto a educação formal como a informal. O projeto será aplicado com alunos do 6. Ano onde a metodologia a ser utilizado perpassa pelos métodos histórico, comparativo e estatístico com leitura de imagens, fotos, textos e formulário para sondagem de que os alunos sabem previamente do conteúdo Patrimônio histórico cultural, Tradições religiosas e cemitério. Após esse diagnóstico teremos a caixa de lembrança da família, que apresentará a descrição dos temas apresentados, finalizando como uma narrativa histórica destacando os principais conceitos.
Palavras-chave: Identidade; Memória; Cultura; Cemitério
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público:
Alunos do Ensino Fundamental Anos Finais – 6 Ano
UNIDADE DIDÁTICA
Apresentação
Essa unidade Didático-Pedagógica de História com o título Tradições
Religiosas: caracterização do patrimônio histórico cultural presente no
cemitério, tem como objetivo identificar a memória e a identidade que
compõem o cemitério municipal de Umuarama PR, entre 1980 - 1990. O estudo
que busco contemplar está na pluralidade do município, apresentando uma
primeira reflexão sobre este tema, visando especialmente o despertar do
respeito às diferenças e às opções de crença de cada um, onde a proposta é
mostrar um pouco desta diversidade presente através do patrimônio histórico
cultural.
O Brasil é um dos maiores símbolos da pluralidade, construída no tempo
por várias etnias, culturas e religiões, permitindo que todos sejam iguais
mediante imensa variedade étnica. Em Umuarama, esta mistura está presente
desde o início de sua formação, onde imigrantes vindos de vários lugares do
país e do mundo nos deixaram um legado ímpar de suas tradições e
costumes1.
Na realidade, hoje temos algumas fragilidades em trabalhar com a
disciplina de História, onde é vista com uma matéria tradicional, decorativa com
muitas datas e eventos históricos, e para que serve estudar algo que já ficou no
passado. Mas não se concebe o estudo histórico sem que o professor
apresente diferentes abordagens do mesmo tema, fato ou conceito. Essa
iniciativa é importante para que o aluno perceba que, dependendo da visão e
da intenção de quem conta a história, tudo muda. Ao pensar sobre estas
questões suscitou o cemitério municipal de Umuarama como espaço para a
educação patrimonial e memória, e de acordo com a pesquisadora Pinheiro2:
Pensar o ensino de História é aprender, é criar possibilidades de saber, conhecer, fazer, viver juntos e se ser mais humano. Uma relação de ensino-aprendizagem que construa e pense a sala de aula como espaço privilegiado para perceber tensões, disputas, mas
1 Secretaria de Estado do Turismo - SETU 2 PINHEIRO, Áurea da Paz e PELEGRINI, Sandra C. A. (org.) Tempo, Memória e Patrimônio Cultural, p.145. Teresina: EDUFPI, 2010.
acima de tudo, como um campo de possibilidades para discutir e construir saídas de forma inteligente, criativa, planejada.
Como usar este amplo inventário como instrumento pedagógico? Em
que medida as tradições religiosas e o conhecimento da memória e cultura de
um povo se relacionam em processos educativos?
Segundo Zita Possamai:
propõe um lugar fundamental para a História: ajuda a explicar as escolhas e seleções que determinada sociedade faz nas definições de patrimônio, de modo a tornar evidente, a partir disso, como essa sociedade lida com seu passado. Nesse sentido, as discussões sobre patrimônio ajudam a pensar a produção do conhecimento histórico, não como uma cópia do passado, mas como algo construído. Ao transformar vestígios em dados de pesquisa, o historiador não recupera o passado, mas produz uma narrativa que constitui sua leitura do passado; uma verdade possível e provisória3.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)4 é uma
autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura que responde pela
preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. Cabe ao Iphan proteger e
promover os bens culturais do País, assegurando sua permanência e usufruto
para as gerações presentes e futuras.
Desde a criação do Instituto, em 13 de janeiro de 1937, por meio da Lei
nº 378, assinada pelo então presidente Getúlio Vargas, os conceitos que
orientam a atuação do Instituto têm evoluído, mantendo sempre relação com os
marcos legais. A Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo 216, define o
patrimônio cultural como formas de expressão, modos de criar, fazer e viver.
Também são assim reconhecidas as criações científicas, artísticas e
tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços
destinados às manifestações artístico-culturais; e, ainda, os conjuntos urbanos
e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico,
ecológico e científico.
Nos artigos 215 e 216, a Constituição reconhecem existência de bens
culturais de natureza material e imaterial, além de estabelecer as formas de
preservação desse patrimônio: o registro, o inventário e o tombamento.
3 POSSAMAI, Zita. Museu e arquivo: laboratório de aprendizagem e descobertas. In: LENSHU, Tatiana; HELFER, Nadir Emms (orgs.): A memória e o ensino da História. Santa Cruz do Sul: Edunisc; São Leopoldo: Anphu/RS, 2000, p. 98-105. 4 Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/872 Acesso em 10 Nov 2016.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de
História5, o estudo das histórias locais é uma opção metodológica que
enriquece e inova a relação de conteúdo a serem abordados, além de
promover a busca de produções historiográficas diversas. Segundo o
historiador italiano Ivo Mattozzi6:
histórias locais permitem a investigação da região ou dos lugares onde os alunos vivem, mas também das histórias de outras regiões ou cidades. Esse historiador aponta alguns caminhos para o estudo das histórias locais: [...] o respeito pelo patrimônio que testemunha o passado local; os termos das questões relativas à administração e gestão do território em que vivem; a função e o valor histórico-social das instituições incumbidas da conservação do patrimônio e do estudo do passado [...].
Em conformidade com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de
Ensino Religioso7, o conhecimento religioso é entendido como um patrimônio
por estar presente no desenvolvimento histórico da humanidade. Muitos dos
acontecimentos que marcam a vida em sociedade são atribuídos às
manifestações do Sagrado. Tais manifestações intervêm no andamento natural
das coisas e são aceitas na medida em que trazem explicações que superam a
realidade material ou que servem para responder a assuntos não explicados ou
aceitos com facilidade, como por exemplo, a morte. O entendimento do
Sagrado ajuda a compreender as explicações sociais que ignoram as leis da
natureza e atribuem a um transcendente ou imanente a intervenção no
andamento natural das coisas.
Ainda quanto ao Espaço Sagrado, Mircea Eliade caracteriza:
[...] a revelação de um espaço Sagrado permite que se obtenha um “ponto fixo”, possibilitando, portanto, a orientação na homogeneidade caótica, a “fundação do mundo”, o viver real. A experiência profana, ao contrário, mantém a homogeneidade e, portanto, a relatividade do espaço. Já não é possível nenhuma verdadeira orientação, porque o ponto fixo já não goza de um estatuto ontológico único, aparece e desaparece segundo as necessidades diárias8
Religião e conhecimento religioso são patrimônios da humanidade, pois,
constituíram-se historicamente na inter-relação dos aspectos culturais, sociais,
5 PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. História, p.71 e 72. Curitiba, 2008. 6 MATTOZZI, I. A História ensinada: educação cívica, educação social ou formação cognitiva? p. 40. Revista Estudo da História. Associação dos Professores de História (APH), n.3, out. 1998. Dossiê: O Ensino de História: problemas da didática e do saber histórico. 7 PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Ensino Religioso, p. 56 e 57. Curitiba, 2008. 8 ELIADE, M. O Sagrado e o Profano: a Essência das Religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1992, p. 27.
econômicos e políticos. Assim, num tempo em que a memória vai perdendo
espaço nas práticas cotidianas, faz-se necessário instituir marcos, lugares
específicos para dar suporte à memória, manter vínculos identitários e escapar
à iminência do esquecimento. “Museus, arquivos, cemitérios e coleções, festas,
aniversários, tratados, processos verbais, monumentos, santuários,
associações são marcos testemunhais de uma outra era, das ilusões da
eternidade”9.
De acordo com Mircea Eliade10, a religião pode ser entendida como um
conjunto de representações e práticas que, em determinado contexto histórico,
estaria ligada à concepção de Sagrado que, por sua vez, remeteria aos
aspectos considerados fora da ordem cotidiana, em oposição direta ao profano.
No Brasil, a atuação de alguns segmentos sociais/culturais vem
consolidando o reconhecimento da diversidade religiosa e demandando da
escola o trabalho pedagógico com o conhecimento sobre essa diversidade,
frutos das raízes culturais brasileiras11.
Efetivamente o uso do cemitério como um espaço não formal de
educação vem se consolidando há alguns anos, na medida que grupos de
estudantes de diferentes níveis são convidados a participar de entradas
pedagógicas, indicando a reflexão sobre a história e a relevância no referente à
preservação da cultura material e imaterial que envolve o mesmo.
Início
Reunião prévia com a comunidade escolar pontuando o que será
trabalhado com os alunos do 6 Ano do Ensino Fundamental Anos Finais do
Colégio Estadual Professor Paulo Alberto Tomazinho – Ensino Fundamental,
Médio e Profissionalizante do município de Umuarama PR, explicitarei os
objetivos do trabalho sobre a implementação da Produção Didático-Pedagógica
PDE, fazendo apresentação sucinta sobre o que serão estudados (temas),
quando será implementado o projeto, quais serão os encaminhamentos
metodológicos durante a aplicação do Projeto de Intervenção Pedagógico.
9 NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. São Paulo, 1993, p. 13. 10 ELIADE, M. O Sagrado e o Profano: a Essência das Religiões. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 17 – 19. 11 PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ensino Religioso, p.45. Curitiba, 2008.
Constará no Plano de Trabalho Docente da turma do 6 Ano, os temas:
sobre Patrimônio histórico e cultural, Sagrado, Tradições religiosas, cemitério,
identidade e memória e História local.
Em parceria com a direção e Equipe pedagógica, agendar reunião com
os pais e/ou responsável dos alunos da turma para uma reunião destacando a
proposta de implementação do projeto PDE.
Para realização desta aula, é necessário que já tenham sido trabalhadas
com os alunos, atividades que envolvam o diálogo e a troca de ideias sobre o
significado e a importância de se estudar História, conceitos sobre Patrimônio
histórico e cultural, Sagrado, Tradições religiosas, cemitério, identidade e
memória e História local.
Formulário: saber quais são os conceitos que os alunos sabem
previamente sobre o tema.
Hoje há a possibilidade de usar museus virtuais e a grande quantidade
de imagens de bens culturais existentes na internet. Mas antes de estudar o
virtual é bom que os alunos aprendam a olhar, analisar e observar os
patrimônios reais. Importante que eles saibam valorizar os bens culturais do
próprio território onde vivem.
Como orientar a turma na leitura e na interpretação dos bens culturais?
Professor é necessário preparar os alunos para ler os patrimônios, pois
é algo que eles não saberiam fazer sem orientação. Isso demanda abordar os
bens culturais dentro de uma temática especifica ou de um conteúdo - como
História local, Segunda Guerra Mundial etc. - e dar aos estudantes informações
preliminares sobre os objetos a serem analisados, para guiá-los na
observação. Relacionando as informações recebidas e aquilo que descobriu
com base na observação, a turma constrói conhecimento. O resultado é que o
bem cultural ganha significado para o aluno e é valorizado.
Para apresentar a temática aos alunos, a proposta é trabalhar com
filmes e textos relacionados ao tratamento dado aos mortos, desde a
Antiguidade até os dias atuais. Orientar que todas as religiões são estruturadas
a partir da ideia de vida pós-túmulo, e por isso o tratamento do tema é presente
e constante em todas as civilizações. Para estabelecer um corte temporal
razoável, focar os exemplos em três momentos: a Antiguidade, a Idade Média e
o mundo Pós-Revolução Industrial.
Assistir o Programa “Caldo de Cultura”, produzido pela UFPR TV
(28/03/16).
Professor: assistir previamente o episódio e montar um glossário. É
importante destacar a preocupação com a morte e com sua representação
como um elemento historicamente construído e socialmente estabelecido.
Sugestão: montagem de um painel comparativo entre as várias formas
de sepultamento, estabelecendo as possíveis relações entre esse tratamento e
a posição socioeconômica dos indivíduos.
. Identificação: os alunos são capazes de identificar como os sujeitos
que viveram no passado e cujas opiniões, atitudes, culturas e perspectivas
temporais são diferentes das suas. Explicitam o respeito à diversidade étnico
racial, religiosa, social e econômica, a partir do conhecimento dos processos
históricos. Compreendem a História como experiência social de sujeitos que
constroem e participam do processo histórico12
As religiões procuram dar explicações aos seus adeptos para a vida
além da morte, as respostas elaboradas nas diversas tradições e
manifestações religiosas e sua relação com o Sagrado podem ser trabalhadas
sob as seguintes interpretações: [...] apresentação da forma como cada
cultura/organização religiosa encara a questão da morte e a maneira como
lidam com o culto aos mortos, finados e dias especiais para tal relação13.
Umuarama PR
Os bens culturais geralmente estão ligados ao território e estudá-los
permite conhecer melhor o local. Mas se o conhecimento se limita àquele lugar
não é possível ter uma visão ampla. Devemos agir de modo que os alunos
entendam que o lugar onde vivem está dentro de uma história. A generalização,
nesse caso, consiste em dizer "estudamos esse caso, agora podemos fazer
uma comparação com um fenômeno geral".
12 (Adaptado de SCHMIDT e CAINELLI, 2004, p. 149-150 apud PLUCKAROSE, 1996) 13 PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ensino Religioso p. 65. Curitiba, 2008.
O que deve ser feito antes de uma visita a um bem cultural para uma
experiência mais construtiva?
Foram feitos estudos sobre qualquer bem cultural ou patrimônio. O
professor deve fazer essa leitura e, com base nela, eleger conteúdos
relacionados para trabalhar. O próximo passo é apresentar o tema à sala e
dizer: "Iremos ao museu, a um lugar, uma cidade, e devemos saber o que
estamos indo ver e como iremos ver". Ele precisa ainda preparar um guia de
observação e análise. Portanto, os alunos vão olhar, responder às perguntas
de modo a observar os aspectos dos bens culturais que são necessários para o
desenvolvimento da experiência, tirar fotos e depois voltar à sala de aula para
continuar com o trabalho de interpretação e de produção da informação e,
assim, construir conhecimento. Entender o que é histórico como algo que já
acabou distancia o aluno daquilo que também forma sua identidade. Trabalhar
com tradições é refletir sobre a atualidade14.
Formulário
Será utilizado para saber previamente o que os alunos sabem sobre:
Patrimônio histórico e cultural, Sagrado, Tradições religiosas, cemitério,
identidade e memória.
Aula
Para motivar os alunos a se envolverem nos estudos é importante que o
professor explicite os objetivos do trabalho fazendo apresentação sucinta sobre
o que serão estudados (temas), quando será implementado o projeto, quais
serão os encaminhamentos e qual o tempo de duração do trabalho.
Aula expositiva e dialogada utilizando slides com os principais conceitos,
com imagens do município de Umuarama e a localização do cemitério
municipal.
Aula campo: conhecendo o que temos no entorno do nosso colégio.
14 MATTOZZI, Ivo A História ensinada: educação cívica, educação social ou formação
cognitiva? Revista Estudo da História. Associação dos Professores de História (APH), n.3, out. 1998. Dossiê: O Ensino de História: problemas da didática e do saber histórico.
Professor organize a turma para um passeio no entorno do colégio, com
o objetivo de conhecer a diferente definição de tempo15. O tempo manifesta-se
em 3 (três) diferentes manifestações e a coexistência das durações:
_curta: de 1 a 3 anos;
_média: até um século;
_longa: séculos.
Converse com os alunos para observarem que no entorno do colégio
temos várias construções dentro do mesmo quarteirão que são de tempos
distintos, alguns até abandonados e outros bem contemporâneos, onde o
tempo manifesta-se. Para este momento, sugerimos que você leve uma
máquina fotográfica digital e/ou celular, e possibilite que cada aluno tire uma
foto. Aproveite este passeio para conversar com a turma sobre a importância
da conservação e preservação destes lugares.
Retornem ao colégio e inicie a conversa possibilitando um momento de
troca de ideias sobre o que os alunos aprenderam, observaram e conversaram
no caminho. Em seguida, providencie as fotos ou o cabo do celular para serem
passadas no Datashow. Debate e produção de texto;
Proposta de atividade
A caixa de lembranças de família. Proponha aos alunos que construam,
com a participação de seus familiares, uma “caixa de lembranças de família”. O
objetivo da atividade é estimular os alunos a construir uma espécie de
memorial familiar.
a) Orientar os estudantes a recolherem em casa evidências que
possam contar a história de sua família, a fim de colocá-las em uma
caixa. Essas evidências podem ser: fotos de acontecimentos
familiares (passeios, festa de aniversário, rituais religiosos,
casamentos, etc.); objetos, utensílios, roupas, recortes de jornais,
documentos pessoais, brinquedos, livros, etc. Se julgar necessário, o
professor poderá combinar previamente com os alunos qual será o
tamanho da caixa e quantos objetos serão necessários. Entretanto é
15 LOPES, Marcos Antônio (org.). Fernand Braudel: tempo e história. Rio de Janeiro: FGV,
2008, 184p.
interessante que o estudante tenha liberdade para selecionar e
organizar na caixa os objetos que ele e/ou sua família considerem
significativos em sua história. Esse procedimento ajudará a
compreender os significados e as representações de cada objeto
introduzido na caixa.
b) Peça aos alunos que listem os objetos, atribuindo a cada um deles
um comentário que explique a razão pela qual foi inserido na caixa
de lembranças. Essa lista pode ser organizada em um quadro como
o que segue, que os alunos podem reproduzir no caderno ou em um
folha.
Memorial da família
N. do objeto
Conteúdo do objeto
Data em que foi
produzido
A quem pertenceu
Comentários
c) Marque uma aula para que os alunos possam relatar sua história
familiar usando os objetos da caixa de lembranças. Isso os ajudará a
perceber a relação entre memória e história.
Com base nos relatos apresentados pelos alunos, o professor poderá
destacar-lhes alguns pontos importantes para a compreensão do sentido
da atividade e avaliação.
Falar sobre a memória histórica de famílias que, juntas,
constroem a história de um lugar;
Refletir com os alunos sobre o sentido que cada família imprimiu
aos objetos da caixa e ampliar essa reflexão para o sentido da
preservação dos bens culturais em geral;
Reconstruir com os alunos as etapas das atividades – pesquisa,
armazenamento e análise dos objetos – explicando-lhes essas
etapas fazem parte do trabalho sobre fontes históricas,
construindo documentos que nos ajudam a reconstruir a
história16.
Montar apresentação em PowerPoint com imagens do cemitério
municipal de Umuarama PR.
Organize a turma em duplas/grupos, apresentando aos alunos a
seguinte imagem 1 (Mapa de Umuarama) sua localização no mapa do Paraná
e posteriormente, algumas questões motivadoras:
IMAGEM 1: Localização do município de Umuarama PR
FONTE:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/77/Parana_Municip_
Umuarama.svg/280px-Parana_Municip_Umuarama.svg.png
-Vocês já viram essa imagem?
-Essa imagem é de qual Estado e município?
Nesta outra atividade o professor poderá utilizar preferencialmente,
imagens de sua cidade ou região para tornar a atividade mais próxima da
realidade vivenciada pelos alunos. Peça para os alunos observarem as
imagens 2 e 3.
16 FIGUEIRA. Cristina Aparecida Reis Educação patrimonial no ensino de História nos anos finais do Ensino Fundamental: conceitos e práticas/ Cristina Aparecida Reis Figueira, Lilian de Cássia Miranda de Góia – São Paulo: Edições SM, 2012. – (Somos mestres)
IMAGEM 2: Vista do satélite do cemitério de Umuarama PR
FONTE: http://www.cidade-brasil.com.br/vista-satelite-umuarama.html
IMAGEM 3: Cemitério Municipal de Umuarama PR
FONTE: https://www.google.com.br/maps/@-23.7731257,-53.3135451,17z
- Onde ficam essas imagens? (No próprio estado dos alunos, em outros
estados, outros países, na cidade dos alunos?).
- Qual a importância deste monumento? (Para o país, para as
pessoas?).
- Qual a importância dele ser preservado?
- O que representada nas imagens 1, 2 e 3?
- Ocorre algum tipo de rememoração? (No próprio estado dos alunos,
em outros estados, outros países, na própria cidade dos alunos?).
Peça aos alunos que anotem suas pontuações, dúvidas,
questionamentos para serem socializadas ao final da apresentação dos Slides.
Professor, ao ir visitar o cemitério previamente para mais informações
seria pertinente alguns questionamentos que venham a surgir em sala de aula
como:
- o cemitério municipal passará por mudanças com túmulos sobrepostos?
- levantamento detalhado do tamanho do espaço ocupado pelo cemitério, e da
divisão das quadras e sepulturas, considerando o tamanho médio dos túmulos;
- a observação em relação da duração da cerimônia de sepultamento e à
apresentação dos túmulos deve ser associada a noções de hierarquia social e
à dinâmica da própria cidade;
- existem diferenciações na hora do sepultamento entre as diferentes tradições
religiosas;
- o local possui licença ambiental;
- dados como o número de sepultamentos por mês e a relação com o número
de habitantes devem ser levantados junto à administração do cemitério;
- caso haja condições, analisar os registros de sepultamento.
Fotos do cemitério municipal de Umuarama PR, entre 1980 - 1990
Fotos da autora – 2016
Em seguida peça para cada dupla/grupo anotar suas considerações.
Solicite a cada dupla/grupo que expresse suas considerações e vá anotando
no quadro. Após todos terem se expressado e de todas as respostas estarem
no quadro, relacione-as com os conceitos de patrimônio histórico cultural.
Destaque o significado para as diferentes tradições religiosas, e sua relação
com a construção do patrimônio cultural de uma região.
Estimule os alunos a compartilhar seus conhecimentos prévios: o que é
um cemitério? O que vocês imaginam estudar sobre o do patrimônio cultural
em um cemitério?
Atividade final
Produção de uma narrativa histórica pontuando todos os conceitos
estudados, construção de um painel da turma, onde as suas produções e a
caixa de lembrança de família serão expostas pelas duplas/grupos para a
comunidade escolar.
Formulário final
Será utilizado para saber posteriormente o que os alunos aprenderam
sobre: Patrimônio histórico e cultural, Sagrado, Tradições religiosas, cemitério,
identidade e memória.
Referências ALMEIDA, Marcelina das Graças de. MEMÓRIA E HISTÓRIA: o cemitério como espaço para educação patrimonial. Este artigo é parte do relatório entregue à Fundação de Parques Municipais, FPM e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais, FAPEMIG foi apresentado durante o evento VI Fórum Mestres e Conselheiros Agentes Multiplicadores do Patrimônio. Belo Horizonte, 04 a 06 de junho de 2014. ELIADE, M. O Sagrado e o Profano: a Essência das Religiões. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 17 – 19, 27 FERRATER MORA, J. F. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001. FIGUEIRA. Cristina Aparecida Reis Educação patrimonial no ensino de História nos anos finais do Ensino Fundamental: conceitos e práticas/ Cristina Aparecida Reis Figueira, Lilian de Cássia Miranda de Góia – São Paulo: Edições SM, 2012. – (Somos mestres) LOPES, Marcos Antônio (org.). Fernand Braudel: tempo e história. Rio de Janeiro: FGV, 2008, 184p. MATTOZZI, I. A História ensinada: educação cívica, educação social ou formação cognitiva? Revista Estudo da História. Associação dos Professores de História (APH), n.3, out. 1998. Dossiê: O Ensino de História: problemas da didática e do saber histórico.
Disponível: http://novaescola.org.br/conteudo/2060/e-possivel-ensinar-historia-com-bens-culturais Acesso em 10 Nov 2016. NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. São Paulo, 1993, p. 13. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ensino Religioso, p.45, 56, 57 e 65 Curitiba, 2008. PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. História, p.71 e 72. Curitiba, 2008.
PINHEIRO, Áurea da Paz e PELEGRINI, Sandra C. A. (org.) Tempo, Memória e Patrimônio Cultural, p.145. Teresina: EDUFPI, 2010. SCHMIDT e CAINELLI, 2004, p. 149-150 apud PLUCKAROSE, 1996). Secretaria de Estado do Turismo – SETU
.
Web referência Caldo de cultura - arte tumular (28/03/16) Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=0NxPLpmYk7w acesso em 11 Nov 2016. Imagens Imagem 1: Localização do município de Umuarama PR Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/77/Parana_Municip_Umuarama.svg/280px-Parana_Municip_Umuarama.svg.png acesso em 10 Nov 2016. Imagem 2: Vista do satélite do cemitério municipal de Umuarama Disponível em: http://www.cidade-brasil.com.br/vista-satelite-umuarama.html acesso em 10 Nov 2016. Imagem 3: Cemitério Municipal de Umuarama PR Disponível em: https://www.google.com.br/maps/@-23.7731257,-53.3135451,17z acessado em 10 Nov 2016.
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