EL C A L E N D A R I O M I X T E C O
Alfonso CASO
S O N D E V A R I A S C L A S E S nuestras fuentes pr inc ipales p a r a e l co
n o c i m i e n t o d e l ca lendar io mixteco. L a p r i m e r a y más i m
portante l a f o r m a n los manuscritos pictóricos que ahora, con
seguridad, podemos a t r i b u i r a esa nación, según hemos de
mostrado en otro l u g a r . 1 L a segunda l a f o r m a n las Relacio
nes que se m a n d a r o n hacer p o r o r d e n d e l R e y de España, y
que nos i n f o r m a n d e l ca lendario y las costumbres de pueblos
de l a M i x t e c a en 1 5 7 9 , 1 5 8 0 y 1 5 8 1 . 2
Además de estas fuentes pr inc ipales , tenemos piedras la
bradas con inscripciones, p inturas murales, l ienzos posthis-
pánicos y abundantes documentos inéditos o publ icados en las
escasas crónicas que se ref ieren a esta región de O a x a c a , ob
jetos de oro, de madera , de hueso y cerámica.
Tenemos pruebas de que en l a M i x t e c a , en épocas anti
guas, exist ieron calendarios diferentes del que conocemos p o r
los códices, y que es tan semejante a l mexicano.
E n el p u e b l o de H u a m e l u l p a n , en 1 9 3 3 encontramos u n a
lápida que actualmente se h a l l a e m p o t r a d a en e l edi f ic io de
l a escuela (lám. I); en e l l a está esculpida u n a fecha, que
parece ser " 1 3 P e d e r n a l " (fig. id). E l n u m e r a l está expresado
c o n dos barras y tres puntos, pero es m u y i m p o r t a n t e obser
var que este m i s m o g l i fo , con e l m i s m o n u m e r a l (fig. 1 b),
se encuentra grabado en el pecho de u n a magníf ica f i g u r a de
b a r r o del M u s e o de O a x a c a (lám. II) , procedente de C u i l a -
p a n , 3 mientras que e n e l tocado está otro g l i fo , también acom
p a ñ a d o d e l n u m e r a l 1 3 (fig. 1 c), que es e l m i s m o que
aparece en e l tocado de u n a cabeza m u y semejante, conser
v a d o en el M u s e o N a c i o n a l de México (fig. 1 d) , 4 y que, p o r
o t r a parte, encontramos grabado en unas cajas de b a r r o de l a
É p o c a I I de M o n t e A l b á n (fig. 1 e). Este g l i fo representa
seguramente agua o a lgún otro l íquido, pues se l o suele ha-
4 8 2 ALFONSO CASO
l l a r en e l broche de l tocado de C o c i j o , el dios de l a l l u v i a . 5
T a m b i é n aparece en e l m o n o l i t o de T e n a n g o , que parece te
ner u n a gran antigüedad (fig. i /) . 6
d e J .
F i g . i .
T e n e m o s , pues, razones p a r a creer que l a Estela de H u a -
m e l u l p a n tiene u n g l i f o de año o de día que se usaba en esa
región en l a Época M o n t e A l b á n I I , ya que las cajas de
b a r r o a que nos hemos refer ido f o r m a b a n parte de u n a ofren
d a de esa época, y l a f i g u r a de C u i l a p a n y l a cabeza de b a r r o
d e l M u s e o N a c i o n a l , p o r su estilo, parecen también de l a
Época I I , que de acuerdo con e l método del C a r b o n o 14
sería 2223 ± 145, o sea de 250 a 100 a. C , y concuerda con las
fechas tentativas que habíamos señalado. 7
E n u n a t u m b a que encontramos e n e l Y u c u ñ u d a h u i , cer-
EL CALENDARIO MIXTECO 483
ca de C h a c h o a p a n , e n 1 9 3 7 , aparecieron glifos acompañados
p o r numerales de barras y puntos. Estos glifos son diferentes
de los que aparecen en los códices. 8
Poco es l o que se puede a f i r m a r de las lápidas pintadas
(núms. 2 y 3 ) que encontramos en e l i n t e r i o r de l a t u m b a .
D e l a lápida 2 sólo q u e d a n fragmentos de p i n t u r a , y a l a ex
trema derecha creo ver u n personaje sentado en u n trono, con
las piernas cruzadas, y quizá otro en e l centro (fig. 2 ) .
F i g . 2.
E l l a lápida 3 , p u b l i c a d a j u n t o con l a anterior , sí se pue
de decir que el estilo de las representaciones es completamente
diferente de l de los códices pictográficos. Se v e n restos de dos
i n d i v i d u o s de p i e a ambos lados de l o que parece e l g l i fo
p r i n c i p a l . E n los nombres de ambos entra e l n u m e r a l 9 , ex
presado p o r u n a b a r r a y 4 puntos, pero n o q u e d a n restos de
los glifos de sus nombres . A l centro, en cambio , está e l n u
m e r a l 7, f o r m a d o p o r u n a b a r r a y dos puntos, y a r r i b a u n
g l i f o que se parece a u n a de las formas d e l g l i fo M entre los
zapotecas. 9 T a m b i é n a l l a d o derecho, aunque aparentemente
s i n conexión c o n a l g ú n n u m e r a l , está e l g l i fo I. L a s p i n t u r a s
4 8 4 ALFONSO CASO
se h a l l a n dentro de marcos formados p o r fajas decoradas,
como es u s u a l en los frescos teotihuacanos, por e jemplo en
T e t i t l a .
L a lápida i , a d i ferencia de las anteriores, está esculpida.
A p a r e c e n representados dos años: 3 C a ñ a o f lor y ? C a ñ a o
f lor, y dos días: 9? F l o r y 7 T u r q u e s a (fig. 3).
T a m b i é n en u n a de las vigas encontramos labrado u n g l i f o
m u y destruido, pero en e l que se percibe u n a cabeza serpen
t i n a , e l n u m e r a l 7 y quizá e l g l i fo d e l año (fig. 4).
T o d o s los glifos de estas lápidas son semejantes a los que
usaban los zapotecas, pero, en c a m b i o , los glifos que expresan
L á m . I . — L a f e c h a 13 T é c p a t l e n u n a p i e d r a d e H u a m e l u l p a n
( e d i f i c i o m u n i c i p a l ) .
• A n v e r s o d e l a es te la d e R o m a ( M u s e o P i g o r i n i , n? 57085):
a ñ o " T u r q u e s a " 2?
EL CALENDARIO MIXTECO 485
e l año d i f i e r e n completamente y se acercan a l g l i fo A. O .
entrelazadas, tan característico de l a c u l t u r a mixteca .
F i g . 4.
A h o r a b i e n , l a t u m b a de l Y u c u ñ u d a h u i corresponde, evi
dentemente, p o r su cerámica, a l f i n d e l I I I - A o a l p r i n c i p i o
d e l I I I - B en M o n t e A l b á n , es decir , a u n a época que señala
ría e l f i n de l período clásico.
P o r f o r t u n a , e l techo de l a t u m b a estaba formado p o r
grandes vigas y tuvimos l a precaución de recoger algunos frag
mentos que d a n , p o r e l método d e l C a r b o n o 14 , l a fecha de
1 6 5 2 ± 1 8 5 , es decir, entre 3 0 0 y 5 0 0 d . C , fecha u n poco más
t e m p r a n a que l a que habíamos sostenido fundados en com
paraciones estilísticas.
E n las láms. I I I y I V ofrecemos u n a magníf ica lápida que
n o hemos visto r e p r o d u c i d a antes y que se conserva en e l
M u s e o P i g o r i n i de R o m a (N9 5 7 0 8 5 ) ; l a p u b l i c a m o s p o r
genti leza de su D i r e c t o r . E n l a parte delantera (lám. III)
se ve el g l i fo d e l año, representado p o r u n a c i n t a entrelazada
q u e f o r m a e l trapecio y e l ángulo característicos, y que apa
rece atado con u n n u d o m u y a d o r n a d o ; tenemos aquí, en for
m a m u c h o más artística, l a m i s m a idea que en l a lápida 1
d e l Y u c u ñ u d a h u i y u n e jemplo q u e nos aclara e l or igen d e l
g l i f o de l año mixteco , f o r m a d o p o r e l trapecio y e l ángulo.
E l g l i f o que d a e l n o m b r e a l año es, en este caso, e l de l día
" t u r q u e s a " o E, que, como sabemos, fue u n o de los glifos
anuales entre los z a p o t e c a s ; 1 0 e l n u m e r a l que estaba en l a
parte rota de l a p i e d r a era p r o b a b l e m e n t e 2 , pues todavía se
ve parte de u n p u n t o a l a derecha, ó 7 , en caso de que l a b a r r a
c o n puntas volteadas que está bajo e l g l i fo tenga carácter de
486 ALFONSO CASO
n u m e r a l ; nos parece, s in embargo, más p r o b a b l e q u e se trate
de 2 y n o de 7. E n l a parte posterior de l a estela (lám. I V )
se ve, d e n t r o de u n marco, l a cabeza de u n cuadrúpedo, que
creo es u n conejo; pero este marco está concebido como las
fauces abiertas de u n a serpiente, pues de él sale u n a lengua
bífida. E n l a parte superior, a los lados, se v e n dos cintas
con bordes dentados, y a l centro, algo que quizá represente e l
tapón de jade sobre l a nar iz d e l m o n s t r u o a l que pertenecen
las fauces. F a l t a e l n u m e r a l , a n o ser que se tome p o r éste e l
pequeño creciente colocado bajo el tapón de jade, en cuyo
caso tendríamos l a fecha " 1 C o n e j o " , pero esta interpretación
es sumamente dudosa. L a estela de R o m a corresponde, pro
bablemente, como las de l a t u m b a 1 d e l Y u c u ñ u d a h u i , a l
p r i n c i p i o de M o n t e A l b á n I I I - B .
C o n o z c o otras dos piedras de l a M i x t e c a que t ienen e l
sistema de numerales de puntos y barras y glifos distintos de
los q u e aparecen en los códices.
U n a de ellas se encuentra actualmente en e l Pa lac io M u
n i c i p a l de H u a j u a p a n . L a p u b l i q u é hace a ñ o s , 1 1 y ahora re-
F i g . 5-
produzco a q u í e l d i b u j o (fig. 5). Parece u n gran d i n t e l , y e l
m o t i v o p r i n c i p a l es u n a serpiente de cascabel, con e l cuerpo
cubierto probablemente de p lumas , y en e l c u a l hay dos g l i
fos y dos barras numerales. E l g l i fo de l a i z q u i e r d a es u n
marco rectangular m u y decorado, pero s i n n i n g ú n gl i fo en su
i n t e r i o r ; ignoramos l o que p u e d a s ignif icar . E l otro g l i fo es
u n a roseta decorada con u n a swástica, que quizá es el g l i fo
E zapoteca , 1 2 y v a acompañado de dos barras numerales. S i
nuestra l e c t u r a es correcta, sería "10 T u r q u e s a " .
EL CALENDARIO MIXTECO 4 8 7
L a segunda p i e d r a se encontraba e m p o t r a d a en l a esqui
n a de l a iglesia de Santiago M i l -
tepec (fig. 6 ) . T i e n e dos glifos.
E l a n i l l o debió de ser marco de
u n g l i fo actualmente m u y difícil
de ident i f i car , pero que parece l a
cabeza de u n mamífero, quizá u n
tigre. A b a j o está l a c i f ra 10, expre
sada p o r dos barras. A l a izquier
d a está u n a cabeza serpentina, semejante a l a cabeza del
C o c i j o que representaba e l año entre los zapotecas.
E n l a población de Y u c u i t a (Cerro de l a F l o r ) , hay en
l a p laza u n g r a n m o n o l i t o , de f o r m a i r regular , con grabados
m u y confusos en sus dos caras pr inc ipa les , pero que no pare
cen calendárteos (fig. 7 a y b).
F i g . 6.
Vemos, pues, que hasta e l f i n de l a Época Clásica, o hasta
e l p r i n c i p i o d e l hor izonte tolteca, se usó en l a región m i x t e c a
488 ALFONSO CASO
u n sistema calendárico que aparece ínt imamente conectado
con el sistema de glifos zapo tecas, y de los anteriores sistemas
de l V a l l e de Oaxaca . Este sistema, s i n embargo, n o es idén
tico, y aparecen ciertos glifos que n o están i n c l u i d o s entre los
zapotecas, como e l " p e d e r n a l " y e l "conejo" . T a m b i é n el
g l i fo d e l año es diferente, y podemos seguir su transforma
ción hasta l legar a las representaciones de los códices mixtéeos
pre- y post-hispánicos.
U n a lápida d e l M u s e o de Oaxaca , l a n ú m . 12, que p u b l i
qué en otro l u g a r 1 3 (lám. V ) , a u n q u e p o r su f o r m a general
es semejante a las lápidas zapotecas, t iene a l centro u n árbol
y los gl i fos "7 C a s a " y "3 C a s a " y u n a vasi ja con altos pies,
p o r l o que he creído que se trata de u n a lápida mixteca , aun
que de época tardía y esculpida en e l V a l l e .
¿ C u á n d o se efectuó e l cambio d e l sistema antiguo, seme
jante a l zapoteca, a l nuevo sistema semejante a l de l a a l t i
p lanic ie?
H e adelantado l a hipótesis de que fue e l padre de l gran
conquistador , 8 V e n a d o " G a r r a de t igre" , e l l l a m a d o 5 L a
garto "Tlá loc-sol m u e r t o " o " T l a c h i t o n a t i u h " , fundador de
l a Segunda Dinastía de T i l a n t o n g o , q u i e n h izo esta reforma
d e l c a l e n d a r i o en e l año 12 ó 13 Casa d e l cómputo mixteco,
que corresponde a l año 13 B u h o de l zapoteco, en e l día 7
M o v i m i e n t o . Estos años serían 973 o 985 d . C , es decir, cuan
do en l a a l t i p l a n i c i e ya florecía T u l a y e n l a zona maya se
estaba a l f i n d e l estilo T e p e u . E n M o n t e A l b á n , l a Época era
I I I - B . 1 4
S i nuestra hipótesis es correcta, los mixtéeos adoptaron
e l ca lendar io tolteca a fines d e l siglo x , y a p a r t i r de entonces
los glifos mixtéeos están estrechamente emparentados con los
mexicanos, y los años se l l a m a n C a ñ a , P e d e r n a l , Casa y
Conejo .
E L " T O N A L P O H U A L L I "
P o r los códices genealógicos e históricos mixtéeos sabemos
que los signos de los días se representaban e n f o r m a m u y se-
L á m . V I / ; . — H u e s o 203 K . L o s d í a s d e l tonalpoliualli. d e 1 L a g a r t o a 12 M a l i n a l l i (se lee d e i z q u i e r d a a d e r e c h a ) .
L á m . V I I b . — H u e s o 2 0 3 b (debe leerse d e d e r e c h a a i z q u i e r d a ) : 6 L l u v i a — 7 u 8 C i p a c t l i ? 7 u 8 C a l l i ? — 7 M o v i m i e n t o —
P e d e r n a l ? — 3 L l u v i a — 4 F l o r — 5 L a g a r t o [estos tres ú l t i m o s s o n d ías c o n s e c u t i v o s ] — 4 C a s a — A ñ o 7 C a ñ a .
3 ?
L á m . I X . — H u e s o 3 7 a. L o s a ñ o s d e 1 C a n a a 1 3 C a ñ a (se lee d e d e r e c h a a i z q u i e r d a ) .
Mexicanos Trac
Cipact l i Lagar
Ehécatl Vient*
C a l l i Casa
Cuetzpall in Lagar
Coat i Serpk
M i q u i z t l i M u e r l
Mázatl Venac
T o c h t l i Conej
A t l A g u a
Itzcuintl i Perro
Ozomatli M o n o
M a l i n a l l i H i e r b
Ácatl Caña
Océlotl T i g r e
C u a u h t l i Águilz
Cozcacuauhtli Zopilc
O l l i n Movin
Técpatl Peden
Quiáhuitl L luv iz
Xóchitl F l o r
Alvarado y Reyes
1 ee, ec
2 uvui
3 U n i
4 qmi
5 hoho
6 iño
7 usa
8 una
9 ee
10 usi
11 usi ee
12 usi u v u i
13 usi u n i
EL CALENDARIO MIXTECO 4 8 9
mejante a l a que e m p l e a b a n los mexicanos. P o r otra parte,
las Relac iones geográficas nos entregan nombres de dioses y
de príncipes, puesto que e l p r i m e r n o m b r e que se le d a b a
a u n i n d i v i d u o era e l de l día de su nac imiento . Podemos,
.00. estos elementos, f o r m a r l a l ista que damos en l a t a b l a I .
L o s nombres mixtéeos de los días los he sacado p r i n c i p a l
mente de las Re lac iones geográficas, de los que a p u n t a W i g -
berto Jiménez M o r e n o en el Códice de Y a n h u i t l á n , 1 5 de l
M a p a de X o c h i t e p e c que se conserva en e l M u s e o de C o p e n
hague, de l C ó d i c e 36 de l M u s e o N a c i o n a l y, sobre todo, d e l
T i x̂ o de N a t i v i t a s . Estos tres últimos documentos permane-
^n inéditos. T a m b i é n en e l Códice M u r o se e n c u e n t r a n al
gunos de estos nombres. A l g u n a s traducciones de nombres de
dioses y de príncipes aparecen ya en u n a publ icación mía
de 1 9 2 8 . 1 6 E n e l Códice de Y a n h u i t l á n y en l a parte descu
bierta por Ber l ín hay varios nombres de personajes y caci
ques. E l m i s m o Ber l ín h a p u b l i c a d o u n a genealogía de San
AÍiguel T e c o m a t l á n , con nombres mixtéeos que p u e d e n tra
d u c i r s e . 1 7
Las traducciones se f u n d a n p r i n c i p a l m e n t e en e l V o c a b u
l a r i o de A l v a r a d o , 1 8 y algunas en lo que dice Reyes en su
Arte.™
C u a n d o se trata de nombres calendáricos de señores (hom
bres o mujeres) , se les antepone generalmente las partículas
Ya y Ñu. A veces e l reverencia l mascul ino se escribe Yya o
Yia, y también se usa p a r a nombres femeninos, como Yaa ni
cuu, de T e j u p a n , o Ya ji mane, de M i t l a n t o n g o , y como se ve
también en e l n o m b r e de ' 'pr íncipe", Yya yevua, y en e l de
"pr incesa" , Yyadzehe yevua, según A l v a r a d o .
E n l a magníf ica colección de huesos labrados que encon
tramos en 1 9 3 2 en l a T u m b a 7 de M o n t e A l b á n 2 0 hay a b u n
dantes ejemplares de glifos de los días y d e l año. A l g u n o s
de estos huesos son verdaderos fragmentos d e l p r i n c i p i o d e l
tonalpohualli; en ellos vernos n o sólo los glifos de ios días,
s ino los numerales que los acompañan en l a p r i m e r a trecena
(lám. V I a y b). P e r o hay abundantes representaciones de
los días, u t i l i z a d o s seguramente en su s ignif icado mágico y
4 9 0 ALFONSO CASO
rel ig ioso, aunque no aparecen en o r d e n (lám. V I I I ) , o b i e n
aparecen representados en fechas completas de años y días en
los huesos de carácter histórico (lám. V I I a y b), o c o m o
nombres de los años (lám. I X ) .
E n estos diversos huesos aparecen representados los 20
días: de L a g a r t o a C a ñ a en los huesos de l a lám. Vía; e l
T i g r e , e l Á g u i l a y el Z o p i l o t e rey, en e l hueso de l a lám. V I I I ;
e l P e d e r n a l e n e l hueso de los años, lám. I X , y M o v i m i e n t o ,
L l u v i a y F l o r en los huesos históricos, lám. V I L T a m b i é n
se e n c u e n t r a n símbolos de los días e n varios objetos de ma
dera, atlats y teponaztlis, que h a n sido publ icados p o r Sa-
v i l l e , 2 1 y e n joyas de oro, p a r t i c u l a r m e n t e e n u n a que des
pués comentaremos, y n a t u r a l m e n t e en los códices y piedras
c o n inscripciones que proceden de l a región m i x t e c a (lám. X ) ,
sobre todo e n el magníf ico m o n u m e n t o que he l l a m a d o l a
C r u z de T o p i l t e p e c , 2 2 y en u n a caja d e l M u s e o N a c i o n a l
(fig. 8 ) , e n l a cua l vemos dos signos de años, u n o de ellos
p r o b a b l e m e n t e "2 P e d e r n a l " , y los días Á g u i l a , Serpiente y
C o z c a c u a u h t l i .
Fig. 8.
L o s numerales de los nombres de los personajes, en los
manuscr i tos posthispánicos y en las Relac iones , son part icu
larmente difíciles de t r a d u c i r p o r l a g r a n v a r i e d a d que se
ña lan las diversas fuentes p a r a los nombres de los números 1
a 13. Véase, p o r ejemplo, las listas que trae Jiménez M o
r e n o . 2 3 E n l a tabla I I p u e d e n verse estas diferencias.
L a semejanza en l a escritura de los nombres de diversos
números, q u e probablemente n o d i f i e r e n s ino en e l tono
EL CALENDARIO MIXTECO 491
(ver, p o r ejemplo, 1 y 9 ) , hace que sea m u y difícil t r a d u c i r
c o n seguridad los nombres de los dioses y príncipes.
E L S I G L O Y E L A Ñ O
Según el Vocabulario de A l v a r a d o , e l siglo se l l a m a b a eed-
ziya, eedzini o eetoto. E l año se l l a m a b a Cuiya.
E l g l i fo d e l año tiene dos variantes pr incipales . Está for
m a d o p o r u n á n g u l o y u n a n i l l o elíptico, o e l ángulo aparece
truncado y e l a n i l l o t o m a l a f o r m a de u n marco rectangular
(fig. 9 ) . Quizá esta ú l t ima f o r m a sea l a más ant igua. P e r o
hay variantes más extrañas, en las que e l a n i l l o se t ransforma
en u n cuerpo de serpiente, y a veces aparece también u n
trapecio. E n e l Códice B o r g i a , los años sólo están representa
dos p o r ángulo y trapecio, como se ve en l a f ig. 9 en e l án
g u l o super ior derecho.
U n a magníf ica lápida c o n e l año "1 C o n e j o " es l a de l a
colección Stavenhagen, que r e p r o d u c i m o s p o r cortesía de su
p r o p i e t a r i o (lám. X I ) . T a m b i é n son notables las figuras de
L á m . X — L á p i d a d e T i l a n t o n g o , c o n l a r e p r e s e n t a c i ó n d e l d i o s o g u e r r e r o " 5 M u e r t e " , Oon Diyi.
L á m . X L — L á p i d a d e l a c o l e c c i ó n S t a v e n h a g e n ; s e g ú n su p o s e e d o r , p r o c e d e
d e S a n J u a n T e p o z c o l u l a .
L á m . X I I I . — P e c t o r a l d e o r o p r o c e d e n t e d e l a T u m b a 7 d e M o n t e A l b a n .
EL CALENDARIO MIXTECO 493
años esculpidas en l a L á p i d a de C u i l a p a n 2 4 y e n l a C r u z de
T o p i l t e p e c . 2 5
E n u n a f lauta de hueso de l a Colección Fr isse l l aparece e l
año " 3 C o n e j o " como aquél e n e l que Mixcóat l caza a l ve
nado de dos cabezas, Q u i l a z t l i (lám. X I I y f ig. 1 0 ) , episodio
re latado c o n detalle en l a L e y e n d a de los Soles , 2 6 y que tam
bién se encuentra representado e n las p inturas de M i t l a . 2 7
Pero n o sabemos si este año 3 C o n e j o deba interpretarse
como " 4 C o n e j o " cuando nos referimos a l cómputo azteca.
E n M i t l a tenemos l a representación de los años C a ñ a y Pe
d e r n a l , así como los días Casa, Serpiente, V e n a d o , M o v i
miento , L l u v i a y F l o r , y hay u n g l i fo que es u n ojo con ceja,
quizá u n a f o r m a de " L l u v i a " , y otro que es u n caracol, con
numerales, que no sabemos si será signo de día.
Pero e n e l hueso de l a T u m b a 7, r e p r o d u c i d o en l a lámi
n a I X , es donde tenemos m a y o r n ú m e r o de años y e l o r d e n
de ellos, q u e es e l m i s m o de los mexicanos, aunque parece
que el p r i m e r año de l siglo era " 1 C a ñ a " y n o "1 C o n e j o " ;
pero el p r i m e r día de l tonalpohualli sí era " 1 L a g a r t o " , l o
que nos e x p l i c a l a i m p o r t a n c i a que d a n los Códices V i n d o -
bonensis y N u t t a l l a l a fecha año " 1 C a ñ a " , día " 1 L a g a r t o " ,
como p r i n c i p i o mítico de las dinastías. T a m b i é n en el tepo-
naztli de l a colección M a r t e l , actualmente e n e l M u s e o N a
c ional , se encuentra esta f e c h a . 2 8
M E S E S
N i en las crónicas n i en los códices tenemos u n solo g l i fo
que con seguridad podamos i n t e r p r e t a r como correspondiente
a u n mes m i x t e c o . Ignoramos completamente los nombres de
estos meses. Ber l ín cree ver l a representación de 2 ó quizá 3
meses mixtéeos en los fragmentos d e l Códice de Y a n h u i t l á n
que p u b l i c a . 2 9 A u n q u e su interpretación es p lausible , n o es
seguro que se trate de d ibujos de los meses A tic ahítalo} Tla-
caxipehuaUztli y quizá Tozoztontli. S i n embargo, en l a Lá
p i d a de C u i l a p a n aparece u n g l i fo , bastante frecuente en los
Códices, q u e creo puede interpretarse, en general , como "mes",
494- ALFONSO CASO
i n d i c a n d o de qué mes se trata e l g l i f o que l o a c o m p a ñ a . 3 0 E n
este p u n t o , p o r for tuna , K u b l e r y G i b s o n están de acuerdo
c o n nuestra interpretación, a u n q u e o l v i d a r o n c i t a r n o s . 3 1
Pero Jiménez M o r e n o h a mostrado que, si p r i n c i p i a m o s
los años p o r A t e m o z t l i y ponemos como día a n u a l e l ú l t imo
d e l ú l t imo mes, entonces en e l año "10 P e d e r n a l " mixteco e l
día "11 M u e r t e " cae en e l mes P a n q u e t z a l i z t l i , y precisamente
sobre e l g l i f o que creemos que representa el mes está u n a ban
dera, s ímbolo de P a n q u e t z a l i z t l i . S i formamos otro año con el
m i s m o sistema, p a r a el d e n o m i n a d o "10 C a ñ a " , los días "11
Serpiente" y " 6 C a ñ a " , que distan entre sí nueve días, caen
dentro de l a ve intena T e c u i l h u i t o n t l i , que probablemente está
i n d i c a d a a q u í p o r l a macana. S i e l año p r i n c i p i a b a por e l
d í a de su n o m b r e , estos dos días n o p u e d e n caer en l a m i s m a
veintena.
Jiménez M o r e n o h a d iscut ido las informaciones de Ríos y
B u r g o a , 3 2 de que e l año empezaba e l 16 de marzo (según el
p r i m e r o ) o e l 12 de marzo (según el segundo) , fechas que que
d a n m u y alejadas de A t e m o z t l i . E n l a R e l a c i ó n de A m a t l á n 3 3
se dice que p r i n c i p i a b a n el año c u a n d o los árboles florecían
y lo f i n a l i z a b a n cuando volvían a retoñar, pero estos datos
parece que se ref ieren más b i e n a los zapotecos que a los
mixtéeos, a u n q u e B u r g o a dice que se refiere a estos últimos.
C O R R E L A C I Ó N C O N E L C A L E N D A R I O Z A P O T E C O
E n u n a j o y a de oro, que descubrimos e n l a T u m b a 7 de
M o n t e A l b á n (lám. X I I I ) , he creído ver u n a correlación
entre el c a l e n d a r i o zapoteco y e l m i x t e c o . 3 4
Sabemos que los zapotecos tenían u n sistema de l l a m a r los
años con los días correspondientes a " V i e n t o " , " V e n a d o " ,
" H i e r b a " y " M o v i m i e n t o " ; es e l sistema más ant iguo que co
nocemos, y l o usaban ya los mayas de l a época clásica; se
encuentra e n e l m o n o l i t o de T e n a n g o , e n los códices cuica-
tecos, en e l Dehesa, en los códices de A z o y ú y entre los ma-
t latz incas . 3 5
E n c a m b i o , los mixtéeos, probablemente a p a r t i r de l a re-
EL CALENDARIO MIXTECO 495
f o r m a h e c h a por 5 L a g a r t o " T l a c h i t o n a t i u h " , el padre de
8 V e n a d o " G a r r a de t igre", seguían el sistema de l l a m a r los
años p o r los días " C a ñ a " , " P e d e r n a l " , " C a s a " y " C o n e j o " , que
también encontramos en los Códices Dresden y Pereciano, en
X o c h i c a l c o y entre mexicanos, tlaxcaltecas, otomíes, etc., de
l a época de l a C o n q u i s t a .
E n e l pectoral , que representa u n dios con tocado de tigre
y máscara de mandíbula descarnada, tenemos dos fechas en
las placas que están abajo. E n e l l a d o i z q u i e r d o tenemos e l
s ímbolo d e l año y e l signo " V i e n t o " , representado p o r l a ca
beza de Ehécatl , y acompañado p o r 1 0 puntos numerales, y
u n día " P e d e r n a l " , acompañado p o r 2 puntos. Leemos enton
ces: Año 10 Viento, día 2 Pedernal.
E n l a p l a c a de l lado derecho está e l g l i fo d e l año con e l
signo " C a s a " y rodeado de 11 puntos, pero n o hay signo i n
d i c a d o r de día. Leemos entonces: Año 11 Casa.
E n m i concepto, l a lectura de las fechas d e l pectoral puede
interpretarse en e l sentido de que se establece u n a correlación
entre los calendarios zapoteco y m i x t e c o , en l o que se refiere
a los años, pero como el día era e l m i s m o en ambos calen
darios, n o se creyó necesario repet i r lo .
T e n d r í a m o s entonces establecida l a correlación entre los
dos calendarios, l lamándose año " 1 1 Casa" , en mixteco, e l
año que los zapotecas l l a m a b a n " 1 0 V i e n t o " , o sea que se
pasó e l p o r t a d o r d e l año a l día siguiente, modif icación seme
jante a l a hecha p o r los mayas a l pasar de o Pop a 1 Pop.
E n c u a n t o a si los mixtéeos p r i n c i p i a b a n e l año con e l día
de su n o m b r e , o si éste q u e d a b a colocado como úl t imo de l
úl t imo mes, e l análisis de fechas corridas dentro de varios
años que trae e l Códice N u t t a l l n o p e r m i t e , desgraciada
mente, d e c i d i r l a cuest ión. 3 6 S i n embargo, si las dos fechas
" 1 1 Serpiente" y "6 C a ñ a " , en e l año " 1 0 C a ñ a " de l a Lá
p i d a de C u i l a p a n , caen dentro d e l m i s m o mes, como parece
que es l a l e c t u r a más probable , entonces e l año mixteco n o
p u d o p r i n c i p i a r p o r e l día de su n o m b r e .
C o m o las M i x t e c a s s iguen en g r a n parte desconocidas ar
queológicamente , es m u y p r o b a b l e que las cuestiones que
4 9 6 ALFONSO CASO
hemos p lanteado se resuelvan en los próximos años con las
nuevas exploraciones.
N O T A S
1 A . C A S O , " E l M a p a de Teozacoalco", en Cuadernos Americanos,
8 (1949), núm. 6.
2 F . D E L P A S O Y T R O N C O S O , Papeles de Nueva España, ts. 4 y 5,
M a d r i d , 1905; F . G Ó M E Z D E O R O Z C O , Revista Mexicana de Estudios His
tóricos, Apéndice, ts. 1-2 (1927-28).
3 K E L E M E N , Middle American Art, 2 (1943)» 123d; A . C A S O , Las es
telas zapotecas, México, 1928.
4 C A S O y B E R N A L , Urnas de Oaxaca, México, 1952, fig. 500 bis.
5 Ibid., p. 24 y fig. 28.
6 A . C H A V E R O , Anales del Museo Nac, 1$ época, 2, p. 12; C E B A L L O S ,
Bol. de la Secret, de Educ, 5 (1926), núm. 9 , 154, 168-169.
7 W . F . L I B B Y , Radiocarbon dating, Chicago, 1952, p . 9 2 ; F . J O H N
S O N , " R a d i o carbon dating", American Antiquity, 17 (1951), núm. 1,
parte 2, p . 12.
8 A . C A S O , Exploraciones en Oaxaca, México, 1938.
9 A . C A S O , Las estelas..., figs. 18-III y 12.
10 A . C A S O , Las estelas..., p. 46 .
11 A . C A S O , "¿Tenían los teotihuacanos conocimiento del tonalpohua-
lli?", El México Antiguo, 4 (1937), núms. 3-4, p p . 131-144.
12 A . C A S O , Las estelas..., p . 32.
1 3 Ibid., fig. g2.
1 4 A . C A S O , " E l complejo arqueológico de T u l a " , Rev. Méx. de Es
tudios Antropol., 5 (1941), núm. 85 .
1 5 W . J I M É N E Z M O R E N O , El Códice de Yanhuitlán, México, 1940.
1 6 A . C A S O , Las estelas..., p . 6 9 .
1 7 B E R L Í N , "Fragmentos desconocidos del Códice de Yanhuitlán"
B. B. A. A., 9 , 201.
1 8 A L V A R A D O , Vocabulario en lengua mixteca, México, 1593.
1 9 R E Y E S , Arte de la, lengua mixteca, 1593; r e i m p r . por C. H . de
Charencey en Actes de la Soc. Philol., 18 (1890).
2 0 A . C A S O , " L a T u m b a 7 de Monte Albán es mixteca", Universidad
de México, 4 (1932), núm. 26; y Reading the riddles of ancient jewels,
21 S A V I L L E , Woods carver's art, lárns, VIII , X X I I I y X X V .
2 2 A . C A S O , " L a C r u z de T o p i l t e p e c " , Homenaje al Dr. Gamio, Mé
xico, 1956. . .
2 3 W . J I M É N E Z M O R E N O , op. cit.
2 4 A . C A S O , Las estelas zapotecas.
2 5 A . C A S O , " L a C r u z de T o p i l t e p e c " , art. cit.
2 6 E . P . y T . , Leyenda de los Soles.
EL CALENDARIO MIXTECO 497
2T E . S E L E R , The ivall paintings of Mitla (Bureau of Amer. E t h n .
B u l l . 2 8 , Washington); L E Ó N , Liobaa o Mictlan, México, 1901.
2 8 S A V I L L E , Woods carver's art, lám. X X I I I .
2 9 B E R L Í N , "Fragmentos. . . " , art. cit.
so A . C A S O , Las estelas...; J I M É N E Z M O R E N O , op. cit.
3 1 K U B L E R & G I B S O N , " T h e Tovar Calendar", Memoirs Conmet. Acad.,
11 (1951), p p . 61-62 (Yale U n i v . Press).
3 2 J I M É N E Z M O R E N O , op. cit.
3 3 P A S O Y T R O N C O S O , Papeles, t. 4, p. 314.
3 4 A . C A S O , " L a T u m b a 7 . . . " ; Reading the riddles... ; Las explora
ciones de Monte Alban, 1931-32, México, 1932.
3 5 A . C A S O , Las estelas..., p. 57; " E l calendario matlatzinca", Rev.
Méx. de Estud. Antrop., 8 (1946), 95 .
3 6 A . C A S O , "Der Jahresanfang bei den M i x t e k e n " , Baessler Archiv,
n . F. , 3 (1955), pp. 4-7.
Top Related