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ELIGIO CORONADO GONZALEZ

t 240,00o*

UMBRAL DE LA

ESPERANZA

Alfonsina

Biblioteca Universitaria

* 52048

MONTERREY , N. L .

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52048

IDALIA:

Te lo dedico y en t r ego , respetuosamente , porque tú e res el umbral de mi esperanza . Quien t e qu ie re bien

ELIGIO

INTRODUCCION

En la composición p o s t r e r a de es ta s e r i e , E l i -gió Coronado enuncia normas de l e c t u r a .

"Saber l e e r . . . -dice— es e n t r a r al r i t u a l que o t ro ha i n i c i a d o " . La l i t u r g i a poé t ica i m p e -r an t e ce lebra el sent imiento del amor, como — ruego p e t i t o r i o , como espe ra , como posesión y como recuerdo. Un sen t imiento u n i v e r s a l , t o t a l i z a d o r , p a r t i c u l a r i z a su expresión mediante -l a s pa labras e l eg idas por el poe ta , y abre pa-ra el l e c t o r l a p o s i b i l i d a d de p a r t i c i p a c i ó n . La l e c t u r a d i s c u r r e naturalmente por el i t i n e -r a r i o r i t u a l y página a página r e g i s t r a los — a l t i b a j o s del t r a y e c t o , t ransformada en s o l i c j [ t ud , en esperanza , en d i s f r u t e y en evocación. Queda l a sensación de t r a n s i t a r en compañía.

El ige pa labras s e n c i l l a s y l a s dispone en e x -pres iones r í t m i c a s con el apoyo eufónico de — l a s a sonanc ias . I n t e n s i f i c a en ocasiones el -l engua je m e t a f ó r i c o , a t rapado "como un pez c i £ go", porque es t r a d i c i ó n de l a poé t ica occidejx t a l s e n t i r el amor como f l e c h a h e r i d o r a , como red a t r a p a n t e o como fuego que consume e i n c i -ne ra . Cada nuevo amador r e i t e r a su e x p e r i e n -c i a personal del amor como h i e r r o , cárce l o — lumbre.

Sin embargo, E l ig ió Coronado sabe que la p r i— sión no n e c e s i t a muros i n d e s t r u c t i b l e s de f o r -t a l e z a medieval . Hay c á r c e l e s de v i d r i o trans_ párente» s u f i c i e n t e s para de tener los susp i ros que vuelan desesperados . Es el problema a m o -roso de l a incomunicación, un a t i s b o psicológi_

co de nues t ro tiempo. "Dicen los nombres de -dos se res que se aman y no se alcanzan» o "

Pero quedan los nombres, porque l a s pa labras -e l eg idas por el poeta t r a sc ienden el t iempo.

Pedro Reyes Velazquez Monterrey, marzo de 1976»

COLECCION "EN BUSCA DE LA POESIA"

TERCER INTENTO:

y í § 5 6 L - Q ! - ! : Í L E S P E R A N Z A

INDICE

C U A N D O S E P I D E A M O R

L A ENTREGA

S E TU L A NOCHE

P E N S A T I V A

E S T E S I L E N C I O TUYO QUE S E E S P A R C E

NO CRUZARA E L UMBRAL

Y TU ME D I C E S " C A L L A "

EN L A RED DE TUS M IRADAS

C R I S T A L

MANANT IAL

C U S P I D E S

F A S C I N A C I O N

PALOMA , R I O Y V I E N T O

C U C H I L L O S

Q U I S I E R A

C U A U P O S E E S P E R A A M O R

V I S I O N

¿DONDE ESTA ESA M IRADA?

L A ESPERA

C U A N D O S E T I E N E A M O R

IAMEMONOS AHORA !

A MI AMADA

¡ E R E S TAN M I A !

VOY A SEMBRAR M I S BESOS

C U A N D O S E R E C U E R D A A M O R

HAY P A L A B R A S QUE NUNCA DIGO

UN RECUERDO

CRONICA DE L A A U S E N C I A

ULT IMO POEMA

ESA SOLEDAD

L E J A N O AMORIO

CANCION DEL BESO OLVIDADO

L A F E L I C I D A D

P O E T E M A S

CONF IANZA

AMANECE

LA ENTREGA

En e s t e c á l i z t e o f rezco

mi juventud condensada.

Es su contenido f r e s c o

y su presencia dorada.

St lo acep tas s e r é tuyo

hasta el f i n de l a j o rnada ,

s i lo r e c h a z a s . . . en tonces ,

mañana por l a mañana

habrás de l levarme f l o r e s

a mi ult ima morada e . .

SE TU LA NOCHE

Sé tú l a noche de mis t r i s t e s d í a s , el r e f u g i o invocado, l a morada donde ocultarme pueda de l a vida que se empeña en azotes i n f l i g i r m e por motivos que ignoro t o d a v í a » . . Sé tú el o a s i s r i c o , exhuberante , o l a i s l a a mi nave a l a d e r i v a . . .

Ayúdame a vencer e s t a amargura, no importa que ce r radas l a s her idas me l l e v e s de l a mano a l a l o c u r a . . .

PENSATIVA

Ausente de tu cuerpo, pensa t i va , modelando a un p in to r desconocido, no a d v i e r t e s que mis o jos t e rodean t r a t ando de l i b r a r t e del hechizo

-pues tu p ie l e s t á pé t rea y tus oidos

no captan los e f l u v i o s de mi voz-

¿Qué t r i s t e z a t e invade que mi amor no mi t iga?

¿Qué dolor?

Y tan solo tu mano e n t r e la mía -como puente-

t e l i ga con el mundo e x t e r i o r . o e

ESTE SILENCIO TUYO QUE SE ESPARCE

Este s i l e n c i o tuyo que se esparce como una melodía sobre l a e s t a n c i a , ¿Será tu desesperanza por alguna v i e j a her ida? - sangre que se escapa l e n t a , noche a noche, día a d í a , s in ago ta r se s i q u i e r a . . . -¿0 se rá la bienvenida para una nueva i l u s i ó n ? Sea lo que s e a , corazón, ¡Qué dulce calma convidas y qué dulce es tu expres ión!

NO CRUZARA EL UMBRAL DE TU SILENCIO

No cruzará el umbral de tu s i l e n c i o mi t ímida pa l ab ra , ni mi a l i e n t o el muro de tu boca, ni s i q u i e r a t e acordarás de mi cuando mañana, al hacer el recuento de tu v i d a , subrayes los amores que t u v i s t e . . . Ni surcará el espacio de tu mente, como breve relámpago, mi nombre; ni s i q u i e r a mi r o s t r o , mis f acc iones provocarán en t i v i s iones t a l e s que despe r t a r pudieran te recuerdos de nues t ro a y e r . ¿Recuerdos? ¿Cuáles? Si ni s i q u i e r a notas que t e a c e c h o . . . iSi ni s i q u i e r a sabes que t e qu i e ro !

Y TU ME DICES "CALLA".

¿A dónde va tu pensamiento cuando c a l l a s . . . ? ¿Qué quimeras r e v i v e s . . . ? ¿Qué b a r r e r a s r e b a s a s . . . . ? ¿Qué deseo inconcluso t e absorbe l a s p a l a b r a s . . . ? -Y tú me d ices " c a l l a , me es t á dol iendo el a l m a . . . " -

¿Qué súb i to recuerdo

se posa e n t r e tus manos que a p r i e t a s , como as iendo , sus a l a s , p r i s i o n e r o s los dos de un vago e n c u e n t r o . . . ? -Y tú me d ices " c a l l a , no vayas a e s p a n t a r l e . . . " -

iQué nube de co lo res desciende por tu c a r a , cual r e f l e j o s d i r e c t o s de lo que l l e v a s den t ro! ¿Qué d ie ra por no v e r l o s ! -Y tú me d ices " c a l l a , p r e f i e r o tu s i l e n c i o . . . " -

¿Qué nombre se de t i ene en la va l l a de tus d i e n t e s ? ¿Qué hace v i b r a r tu pecho, b r i l l a r tus o j o s ,

s a l t a r tus s i enes? ¿Me d i r á s lo que t i e n e s . . .

o segu i rá s c a l l a d a . -Y tú me d ices " c a l l a , i Estoy enamorada . . . ! " -

EN LA RED DE TUS MIRADAS

Cuando e s t á s cerca me pierdo en el negro de tu pe lo , en la manera como hablas y en la forma como miras . Luego que t e vas me quedo mudo, p á l i d o , deshecho, s i n entender lo que has hecho s in saber porqué me p ie rdo . No sé porqué me embeleso cuando t e veo, no comprendo.. ¿Será que todo es un sueño, una i l u s i ó n , un d e s e o . . . ? ¿0 será porque t e quiero? En la red de tus miradas me a t r a p a s siempre

icomo a un pez ciego

CRISTAL

Un c r i s t a l se in te rpone e n t r e noso t ros ; un muro t r a n s p a r e n t e para los o j o s , pero l a s m a n o s . . . .

i qu i s i e r an a t r a p a r t e pero no pueden 0 . 0 !

Tujn i rada me i n v i t a , nunca tu boca; qué s i t u a c i ó n de angus t ia hiéreme a veces cuando t e l l a m o . . .

no l l egan mis pa labras has ta tu f r e n t e . . .

Es la e s f e r a que hab i t a s como una j a u l a ; p r i s i o n e r a del sueño y de l a esperanza , s i yo pudiera

deshacía l a c o r t i n a hecha de l á g r i m a s . . .

A golpes de n u d i l l o s - q u i e r o a b a t i r l a ; cascada c r i s t a l i n a , se me r e s b a l a . . . mira mis manos . . .

i Del e s fue rzo me duelen y hasta me sangran!

Nuestros susp i ros vuelan desesperados ; c e n t i n e l a s del v i d r i o que no t r a s p a s a n , dicen los nombres

de dos s e r e s que se aman y no se a l c a n z a n . . .

MANANTIAL A S i l v i a Roa

Yo conozco tus manos que r e t r a t a n p a i s a j e s y conozco tus o jos de apac ib le m i r a r ; la be l l eza de tu alma se derrama en o l e a j e s y es tu r i s a , cual r í o que f l u y e hacia l a mar.

Tu sonr i sa caut iva a todos los que miras y tu e t e rna a l e g r í a contagia al corazón; la dulzura se esparce doquiera que susp i r a s y l a pureza nace, como nace l a f l o r .

Del manantial sereno que semeja tu boca se desprende, como ave , suavemente, tu voz. ¡Qué dicha s i en su vuelo con sus a l a s me toca y me de ja el mensaje: Tus pa labras de amor!

CUSPIDES

Solos tú y yo f r e n t e a f r e n t e , -como dos cúspides en la noche-enmedio sombras y un puente - n u e s t r a s miradas-de i den t i dad . Ni una p a l a b r a . . . no hacen f a l t a , dentro l a pasión se a g i t a y e s t a l l a r á de un momento a o t r o . Así pues,

l a s aves nocturnas -denominadas pa labras permanecen o c u l t a s , e t e rnas a g o r e r a s . . .

FASCINACION

Cuando p l a t i c o contigo» algunas de tus pa l ab ra s , digamos l a mayoría, - l a s que sa len por tu boca: puer ta s in ningún candado, s i n chapa y s in ce r r adura -pierden su s ign i f i cado» No me f i j o s i son grandes , pequeñas, g rue sa s , de lgadas ; ni el co lo r que l a s envuelve, ni l a in tenc ión ni la causa . La mujer só lo pregona pa labras de dulce acen to , de co lo r rosa subido e i n f l a d a s de s en t imien to . Así que,¿porqué escuchar te? Sigue moviendo los l ab ios como s i f u e r a importante lo que me e s t á s p l a t i cando , en t an to que yo d i s f r u t o de tu aroma encantador .

PALOMA, RIO Y VIENTO

Como r í o de murmullos -brazo de agua que se r e c l i n a en l a loma y de ja i r sus pensamientos en d i r ecc ión del mar-a s í me sabe tu nombre.

Como una paloma que huye de mis l a b i o s a l a medianoche, cuando tu recuerdo ,

v i b r a n t e a l e t e o , espanta al sueño-a s í me sabe tu nombre.

Como v ien to húmedo - b r i s a ,

c o r t i n a de r o c í o , f r e s c o o l o r ,

l l u v i a de espuma, marítimo sabor ,

t a r d e de e s t í o y una alfombra de arena como cuna-a s í me sabe tu nombre.

CUCHILLOS

El a i r e de romance de tus o jos

se d i spe r sa e n t r e sombras s i los miro.

Se vuelven dos c u c h i l l o s dolorosos que cor tan l a i l u s i ó n en que c o n f í o . Caigo entonces al f i l o de la pena,

—y el tormento es mayor s i no t e miro—. Pero yo tengo f e porque eres buena y no me d e j a r á s morir de o lv ido .o .o

QUISIERA

Yo q u i s i e r a s e r canto donde posas tu mirada s e r resplandor

de tu a i r e majestuoso s e r onda de tu voz

y en dulce gozo

ser el vuelo fugaz de tus pa labras

Ser v ibrac ión a l e g r e de t u s pasos s e r b r i l l o del contorno

de tu r i s a s e r soplo

y al c a lo r de tu sonr i sa s e r beso y des l izarme e n t r e tus l a b i o s .

VISION

Corres por el bosque y t e confundes con el verde de la ho j a , el vuelo del ave y el aroma f r e s c o . -Parece que l l e v a s de l a mano al v i e n t o - , Al pasar la f u e n t e el agua os r e t r a t a . -La imagen se esfuma, se quiebra en f ragmentos , pau la t inamente - . Un coro t e s i g u e , pá ja ros i n q u i e t o s , s in l o g r a r t o c a r t e . Luego en una nube de verdes ma t i ce s , tu be l l a s i l u e t a , desnuda y coqueta , se p ie rde a mis o jos y me quedo t r i s t e , pensando que has s ido producto de un sueño. -Soy un árbol y e r t o que s u f r e v i s i o n e s - .

¿DONDE ESTA ESA MIRADA?

Una mirada l impia , una mirada c l a r a , una simple mirada que diga s in pa labras l a promesa esperada , la promesa del a l m a . . . Yo busco esa mirada, no sé dónde e n c o n t r a r l a , una sola mirada, de a r t i f i c i o s desnuda, de esperanza colmada, una mirada pura , una mirada c l a r a . . . la o r i g i n a l mirada, ¿Dónde e s t á esa mirada?

LA ESPERA

Aunque nunca me has v i s t o , ni conoces mi nombre, in tuyes que t e busco y esperas encontrarme d e t r á s de l a s miradas , los nombres y los a c t o s de los que t e rodean; pero nunca me encuentras y s igues esperando, imaginando siempre Ta forma de mi r o s t r o , la fue rza de mis manos y el co lo r de mis o j o s . . .

¡AMEMONOS AHORA!

I

Amémonos ahora , s in l í m i t e de t i e m p o . . . ahoguemos en un beso hasta el últ imo rayo de luz apasionada que nos br inda el c a r i ñ o , porque t a l vez mañana pudiera s e r muy t a r d e . . . no de jes que el h a s t í o c o r t e l a s t i e r n a s a l a s de l a romántica ave con su f r í o decembrino0 Amémonos ahora , hoy que tenemos tiempo, i Y verás qué bon i to !

I I

Amémonos ahora , hoy que estamos a tiempo, bebamos en un beso todo el dulce m i s t e r i o que nos mantiene unidos, an tes de que la gente pretenda sepa ra rnos ; la envidia es el motivo más común que los mueve.. Amémonos ahora , desesperadamente, para d a r l e l a f ue r za que lo haga i n d e s t r u c t i b l

ámame ciegamente, ¡Y verás que es pos ib le !

I I I

Amémonos ahora , con rab ia d e s u s a d a . . . no t e importe que el a lba nos encuentre d e s p i e r t o s » , que s i l a vida es l a r g a , el amor no es e t e r n o , y pudieras un d ía descubr i r que el hechizo que nos ha apr i s ionado se esfumó s in s a b e r l o ; que l a s promesas dadas se han ido con el v iento y que somos dos ext raños viviendo de un recuerdo , r e f l e j o de o t ro t i e m p o . . .

IV

Amémonos ahora , con f u r i a desbocada, pedazo de mi v i d a . . . que nos sangren los l ab ios que tus uñas se qu iebren , que los d i en t e s clavados desgarren nues t r a s p i e l e s ; que el sudor nos sofoque, que el dolor nos quebrante que se fundan en una tu carne y nues t ra sangre ; que se sequen t u s o j o s , que tu v i e n t r e . s e expanda, que la vida f l o r e z c a de tus nobles e n t r a ñ a s . . .

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Amémonos ahora , hoy que tenemos hambre, y no cuando el cansancio nues t ros ímpetus calme; entonces será t a r d e , todo sabrá a costumbre, ni tu p ie l será suave ni mi car iño lumbre; se a r rugará mi f r e n t e , se a g r i e t a r á n tus manos, preguntarás d o l i e n t e : ¿Porqué no nos amamos con ans ia desmedida? Podemos e v i t a r l o : ¡Amándonos de p r i s a !

VI

Amémonos ahora que somos uno s o l o , que tu c a l o r me envuelve, que mi pasión t e quema, -que l a noche serena borda nuevas e s t r e l l a s sobre el azul c e l e s t e para r ega lo n u e s t r o - . , . , dejemos que l a f i b r e c r i s p e nues t ros sen t idos y se cimbren los cuerpos has ta s e r d e r r e t i d o s o quedar e p i l é p t i c o s , para siempre fundidos en un abrazo e t e r n o . » .

Amémonos ahora , que se e s t á haciendo t a r d e , el c i e l o se ha encendido con brochazos cobr izos y a cuch i l l adas t roza l a s sombras de la a lcoba ; los pá ja ros animan el matinal c o n c i e r t o , de perfumes e i nc i enso , con notas de a l e g r í a ; mas, Ta mañana es f r í a e . . l a f i e s t a es un bos tezo , porque quien la i lumina, a mediación de un beso, se ha quedado dormida . . .

VIII

"Amémonos a h o r a . o " r e p i t o mient ras s i e n t o l a s yemas de Morfeo cerrándome los o j o s , arras t rándome al s u e ñ o . . . pero voy a e v i t a r l o , me quedaré d e s p i e r t o has ta que tú r eg reses de tu v i a j e encantado, para empezar de n u e v o . . . mient ras voy a admirar te sobre l a almohada t i b i a , con tu pelo r e v u e l t o , con tus manos unidas suavemente a l a s mías.oo

A MI AMADA

V í s t e t e de alborada y ven a verme para que me d e s p i e r t e s del l e t a r g o con tu perfume f r e s c o y f a s c i n a n t e ; peina mi c a b e l l e r a h i r s u t a con tus dedos, en mi boca pon gotas de roc ío y en mi oido rumor de bienvenida; d e s l i z a luego por mis párpados tus yemas y en cascadas de besos y promesas iLibérame del sueño, vida mía .o . I

¡ERES TAN MIAI

i Eres tan mía y yo tan tuyo que acaso ,

en vez de dos , seamos uno! Porque el sol que veo, t e alumbra el agua

que bebes, bebo; y el a i r e que tú r e s p i r a s , dentro lo s i e n t o ; por s e r a f i n e s l o s s e n t i m i e n t o s , l a s i l u s i o n e s , a p r e c i a c i o n e s , g u s t o s , deseos y pensamientos; Amor, ¡Eres tan mía y yo tan tuyo que acaso , en vez de dos , seamos uno, y nos sobre un corazón!

VOY A SEMBRAR MIS BESOS

Voy a sembrar mis besos en tu piel para que un d í a ,

cuando en la geogra f í a del espacio me columpie,

recuerdes que f u i f i e l amante y lumbre de tus primeras f i e b r e s y a g o n í a s . .

HAY PALABRAS QUE NUNCA DIGO

Hay palabras que nunca digo " f e l i c i d a d "

"amor" cosas a s í . o .

donde los t en t ácu los de l a nos t a lg i a

me a r r o j a n al pasado ~ donde

l a e x i s t e n c i a se vuelve t r a n s p a r e n t e

donde el recuerdo es un clavo que se e n t i e r r a en lo profundo

del cerebro donde el dolor

es el pan de todos los d ías donde e s t á la tumba

en que algún día me enterrarán. , " f e l i c i d a d "

"amor" cosas a s í . o o

l l a v e s de ese reyno jamás o l v i d a d o . . .

UN RECUERDO

Cantos, hay cantos l l e n o s de t r i s t e z a que hablan de tiempos pasados, de her idas que no han ce r rado , de cosas v i e j a s . . » de aque l l a s que había o lv idado , pero que es taban d e s p i e r t a s ba jo l a s sábanas y e r t a s del tiempo l iqu idado , , . . Pero de pronto me quedo con miedo por haber las recordado, porque estoy v i e j o y c a n s a d o . . . y me he sen t ido tan t r i s t e , quizá porque no e n t e n d i s t e que yo s u f r í a . . . y me he quedado tan t r i s t e . . . dime, ¿Porqué no q u i s i s t e s e r mi a l e g r í a . . . ? Y por el c i e l o mi queja se a l e j a , e n t r e el ruido de l a gente que me mira i n d i f e r e n t e . . » y yo en s i l e n c i o me quedo e s c r i b i e n d o , en l a t i e r r a , con mis dedos, un nombre que borra el v i e n t o . . »

CRONICA DE LA AUSENCIA

I De pronto ya no es tabas en mi mesa, ni tus cosas d i spe r sas por la c a sa . Tan sólo tu recuerdo en mi cabeza. Y al a b r i r l a ventana de la e s t a n c i a ¡Volando se i n t r o d u j o la t r i s t e z a l

I I Hoy se f u e la i l u s i ó n de mi ventana . La l l u v i a empapa ahora los c r i s t a l e s o ¿Cuánto más l l o v e r á ? Nadie l o sabe . Esta noche no sé s i tengo alma. Tengo, eso s i , t r i s t e z a por tu ausenc ia . Tu l l enabas mi casa de esperanza . La l l u v i a pasará t a l vez mañana, pero ya no t endré la luz de tu p r e senc i a .

I I I Nada t e n í a de t í , sólo el recuerdo. Lo l levaba conmigo

a todas par tes« Y una noche de l l u v i a t e l e g r á f i c a , al a b r i r l a ventana de la casa , también él se marchó

volando suave.

ULTIMO POEMA

Cuando mi vida vaya a acabar , cuando no tengan luz mis p u p i l a s , cuando mi noche vaya a l l e g a r , cuando se acabe mi ultimo d í a ; só lo tu nombre voy a dec i r aunque parezca dulce men t i r a , sólo tu nombre he de r e p e t i r aunque por e l l o pierda l a v ida . Muy despac i to voy a caer sobre l a s aguas de una laguna, y en o t ro mundo d e s p e r t a r é donde no e x i s t e sol ni f o r t u n a ; por el c r i s t a l t e voy a mirar si es que decides ven i r a verme, quiero saber s i habrás de l l o r a r o de r e í r al mirarme i n e r t e . En un ca jón t e voy a d e j a r e s t e poema que yo t e e s c r i b o , l é e l o b ien , que por él sabrás que me ha matado el no e s t a r con t igo ; y cuando el tiempo t e haga o l v i d a r has de t i r a r l o por l a ventana, tu mano a b i e r t a se l l e n a r á con l a s promesas de o t r o mañana. Y mi recuerdo se quedará en l a s a r rugas de un papel v i e j o , en l a s l í n e a s que d i s p e r s a r á el v ien to con sus pasos de c i ego .

ESA SOLEDAD

Esa soledad en que tu v ives , esa que t e e s t r angu la y desespera , que te i n c i t a deseos de t e rnura y de v i s iones t e enferma; so focan te como hoguera, dolorosa como h e r i d a , unida como cadena a los t o b i l l o s del d ía -por eso es que .éste camina con l e n t i t u d depresiva- . , Esa soledad pe rve r sa , que t e ha hecho su c a u t i v a , es l a misma que hace tiempo mis movimientos v i g i l a . . .

LEJANO AMORIO

Estoy sólo de nuevo. No hubo umbral

que c r u z a r . Me llamaba de l e j o s , de l e j o s como el mar pero se f u e

perdiendo e n t r e l a inmensidad. iAy, l e j ano amorío, has ta cuándo vendrás Siento que es toy

tan l e j o s de l a f e l i c i d a d . .

CANCION DEL BESO OLVIDADO

Arde en mis l ab ios todavía el beso

que me d i s t e en primavera. Aquél que en un momento de a l e g r í a se desprendió de pronto de tu boca

y vino a r e f u g i a r s e e n t r e la míae

Sent í que e ras s i n c e r a , no sab ía

que me dabas en él tu despedida. Hoy se pasa l a s horas alumbrando el marchito r e c i n t o que lo hospeda —Yo hace tiempo morí ,

pero él t e espera .»

LA FELICIDAD

Llegó súbi tamente has ta mi mano. Menuda y f r á g i l , pero de cuerpo luminoso, su leve roce en te rnec ió mi alma. Sen t í que era f e l i z y quise a p r i s i o n a r l a , a ver s i s e quedaba, pero al a b r i r mi mano ya no es taba . C o Su presencia fugaz me había d e j a d o . . .

m £»• ú

CONFIANZA

Sólo a la luz de l a conf ianza

se puede conocer a los demás.

Mas, s i se apaga,

entonces los verás

d i s t a n t e s y desd ibu jados ,

como t r azos

de un cuadro

s i n t e r m i n a r . . .

AMANECE

Bate sus a l a s la aurora sobre la c r e s t a del día y al c i e l o se echa a v o l a r ,

¿A dónde i r á ?

¿A dónde i r á ?

Bordeando l a s n u b e c i l l a s -madrugadoras c h i q u i l l a s -l a s t i ñ e de oro al pa sa r ,

¿Cómo lo hará?

¿Cómo lo hará?

UWVERSITA&ta W O N S O MSV&P

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0 7 ^ 2 0 7

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IMAGENES

Las imágenes yacen tendidas sobre el agua; é s t a duerme apac ib l e en brazos de l a n o c h e . . . la luna las contempla r a d i a n t e y l a s despoja de la nube de sombras que acechan expec t an t e s ; é s t a s vánse ch i l l ando para romper la calma, pero el v ien to se l l eva los sórdidos lamentos y la calma p e r s i s t e , y el agua s igue q u i e t a ; l as imágenes quedan, s in quebra rse , p e r f e c t a s .

CUADERNO HERIDO

Querido cuaderno de piel desgar rada , ¿Quién h i r i ó tu cuerpo en forma tan b r a v a . . . ? i No he v i s t o ni en sueños piel más t a l a d r a d a . . 0 1

¿Acaso f u e un niño que, t o r p e , no pudo e s c r i b i r un signo y por t a l supuso que t a l vez tú mismo l e impedías tu uso?

¿0 t a l vez un hombre que, de amor, confuso , e s c r i b i ó algún nombre y después, i l u s o , -aunque aquí me asombre-t e llamó " i n t r u s o " . . . ?

¿Acaso un anciano que perdió un amigo t e tomó en su mano temblorosa y d i j o : "ya murió el hermano, ya para qué e s c r i b o " . . . ?

¿Acaso un asce ta que se vió vencido, t a l vez un p ro fe t a que se vió p e r d i d o . . . ? ¿0 s e r í a un poeta quien t e a j ó , d o l i d o . . . ?

Querido cuaderno de p ie l desgarrada ¿Quién h i r i ó tu cuerpo en forma tan f i e r a . . . ? i No he v i s t o ni en sueños piel más l a s t i m e r a . . . !

LA CREACION

Cerrar los o jos y e s c a l a r el ve r so , h a l l a r l a r ima;

s e n t i r el r i tmo que se encuentra dent ro - p a l p i t a n t e y cont inuo-

meter l a s manos en l a hoguera luego y sacar l a poes ía ; o f r e c e r l a después en un poema con la esperanza de ahuyentar l a pena

- l a tuya y mía - . No t e a s u s t e s de un fuego que no quema: Luz y ca lo r da a la e x i s t e n c i a f r í a .

TRIGAL

Fiebre de t i e r r a m i l a g r e r a , áureo a r r e b a t o , rubia melena que el v i en to pe ina , luces del campo. . . manos que juegan con l a s e s t r e l l a s , pan de mi mesa,

joyas que en l a mañana el sol broncea y por l a noche l a l l u v i a t e r s a . . . nube de f l e c h a s

que el c i e l o a r r o j a sobre l a t i e r r a , l enguasae tas

de cobre y ocre que ba i l an q u i e t a s ;

c u a s i v e l e t a s . . . un l l ano en llamas son los t r i g a l e s para el poe ta .

POEMA DEL HOMBRE

Fluirán los r i achue los a rgen t inos sobre tu s ien t e n a z , 1Y no t e a r r e d r a r á s !

Sufrirán mil embates los t e j i d o s de tu acerada f a z , ¡Y no t e a r r e d r a r á s !

Gastarán sus r e f l e j o s los c r i s t a l e s de tu mirar capaz , i Y no t e a r r e d r a r á s !

Menguarán los impulsos decididos de tu verbo e f i c a z , ¡Y no t e a r r e d r a r á s !

Sombrearán nubes negras tu i n t e l e c t o sagaz , IY no t e a r r e d r a r á s !

Temblarán los cimientos que mantienen tu c a r á c t e r audaz, ÍY no t e a r r e d r a r á s !

Quedarán sepul tados los proyectos que no h i c i s t e jamás, i Y no t e a r r e d r a r á s !

dejarás olvidados los anhelos que ya no cumpl i rás , i Y no t e a r r e d r a r á s !

Calmarán los golosos a p e t i t o s de tu sexo procaz , i Y no t e a r r e d r a r á s !

legarán los pos t re ros desencantos y con e l l o s la paz y a l l í . . .

íAl 1f t e a r r e d r a r á s !

RIPIAL

(Soneto del Ripio) (Ripiosoneto)

(Rip ie to )

Ripio que r i p i a s en el r i p i o - r i p i o r ip i ando con r i p i o s o r i p i a c e n t o ; r i p i a r es para t i , r i p i o de r i p i o s , un r i p i a d a ! que d e s e n r r i p i a el v i e n t o .

En tu r i p i o se r i p i a la r i p i e z a con r ip í s imo r i p i o d e s r r i p i a d o ; tu r i p i o t i e n e t an to de ripismo que t a l r i p i o se r i p i a al más r i p i a d o .

R i p i a r á s , r i p i a d o r , r i p i o s r i p i e n t e s hasta que el r i p i o r i p i e r i p i o s r i p i a d o r e s , a s í los r i p i o e t a s r impotentes

r i p i a r á n sus ripioemas s i n temores. ¡Ripio r ip iosamente r i p i a l a d o , g rac i a s a t i e s t e r i p i e t o se ha sa lvado!

SABER LEER

Leer no es so lo ver cómo l a s l e t r a s se anudan en pa labras y o rac iones ocupando el espacio de una p lana . No es tampoco ver cómo se acomodan, ni s i son grandes , ch icas o medianas, ni su forma: redondas o a l a r g a d a s . Leer no es r ebasa r apresurados l a s l í nea s o renglones de l o s l i b r o s , t r a t ando de g raba r lo s s i n e s f u e r z o . La l e c t u r a r e q u i e r e s a c r i f i c i o s : Dedicación menta l , tiempo completo, y un lugar empapado de s i l e n c i o . Un punto, alguna f r a s e que se omiten, pueden guardar en s í todo el m i s t e r i o , (Un p a r é n t e s i s puede se r la c l a v e ) . Leer es de scub r i r lo que se ocu l t a d e t r á s de l a s pa labras y l a s l e t r a s : i El mensaje i n q u i e t a n t e de l a idea! Leer es paladear lo que o t r o .--guisa, (El sabor a i n t e l e c t o sabe a vino: Enardece, cau t iva o a n i q u i l a ) . Leer es a b s t r a e r el pensamiento, l l e v a r l o a l a s a l t u r a s más ignotas donde el é x t a s i s pueda s e r p e r f e c t o . Leer e s , f i n a l m e n t e , un p r i v i l e g i o , es e n t r a r al r i t u a l que o t r o ha i n i c i ado es un cambio de p i e l . . . y de un ive r so .

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CAPILLA ALFONSINA U. A. N. L.

Esta publicación deberá ser devuelta antes de la última fecha abajo indi-cada.

Eligió Coronado (.Monterrey, 194 8) presenta en "Umbral de la Esperanza" la tercera par te de su colección "En Busca de la Poesía". ;La Universidad Autónoma de Nuevo León le"-ha publicado "Ecos Desfilantes" (1974) ' ludio de Eternidad" (1975) .

En "Umbral de la Es~ ' peranza" el autor "ce-lebra el sent imiento del amor , como ruego pe-ti tor 'o, como espera, como posesión y como recuerdo. Un senti-miento universal, tota-

lizador, part iculariza su expresión mediante las • pa labras elegidas- ( ) y abre pa ra el lector la posibilidad de participación".