Transformación de Conflictos. Lederach
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EL PEQUEO LIBRO DE
T r a n s f o r m a c i n
d e o n f l i c t o s
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T R A N S F O R M A C I O N D E C O N F L I C T O S
Es te p l an teamien to , c l a ramen te p resen tado , p ropo-
ne un acercamiento esperanzador y prc t ico a l con-
f l ic to - ese e terno di lema de la s i tuacin humana.
John Pau l Lede rach e s in t e rnac iona lmen te r eco-
noc ido por su pensamien to y acc in innovadores en
re lac in con e l conf l ic to en todo s sus n ive les l i n te r -
pe r sona l , de f acc iones en e l s eno de comunidades o
de nac iones en con t i enda .
En este l ibro, e l autor explora por qu la "transfor-
marin de conf l ic tos" es ms apropiada que la "reso-
lucin"
o e l
"manejo"
de l conf l i c to , aunque se r ehsa
a de ja rse l levar hac ia un idea l i smo imprac t icable .
La Transformacin de Conf l ic tos es una idea de
p ro fu n do a l cance . Pone r l a en p rc t i ca , d i ce Lede -
rach , r equ ie re t an to de " so luc iones como de cam-
bios sociales" . No se in te r ro ga s im pl em en te cm o
t e r m i n a m o s a l g o i n d e s e a b l e ? S i n o c m o a c a b a m o s
con a lgo des t ruc t ivo y cons t ru imos a lgo deseable?
Cmo l id i amos con c r i s i s i nmed ia t a s pe ro t ambin
con la s i tuacin a largo plazo? Qu discipl inas ha-
cen pos ib le e st e pe ns am ien to y acc iona r? .
J o h n P a u l L e d e r a c h
a c t u a l m e n t e s e d e s e m p e a
como acadmico de l Ins t i t u to Joan Kroc de Es tud ios
sobre Conf l i c tos de l a Un ive r s idad de Not re Dame
( E E U U ) , y c o m o A c a d m i c o E m r i t o d e l . P r o g r a m a
de Trans fo rmac in de Conf l i c tos de l a Eas t e rn Men-
noni te Univers i ty (EEUU), con ml t ip les escr i tos
p roduc to de sus ms de 20 aos de l abor en Cen t ro
Amr ica , Sur Amr ica , As ia , fr ica , As ia Cent ra l y
N o r t e A m r i c a .
5 A 1 3 7 1 3
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L o s P E Q U E O S L I BR O S D E J U ST IC I Y C O N S T R U C C I N DE P a z
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El Pequeo Libro de Justicia Restaurativa
p o r H o w a r d Z e h r
El Pequeo Libro de Sanidad del Trauma
p o r C a r o l y n Y o d e r
L o s P e q u e o s L i b ro s d e J u s t i c i a
y
C o n s t r u c c i n d e P a z
presen tan de manera a l t amente acces ib le , concep tos y p rc t i -
cas c laves dentro de los campos de la jus t ic ia res taura t iva , la
t ransformacin de conf l ic tos y la cons t rucc in de la paz . Son
escr i tos por l deres en es tos campos , y es tn d iseados para
qu ienes t raba jan d i rec tamente e s tos t emas , pa ra e s tud ian te s , y
para cua lquiera con in te rs en la jus t ic ia , la paz y la resoluc in
de confl ic tos .
Los Pequeos Libros de Jus t ic ia
y
Construcc in de Paz
son un e s fue rzo co labora t ivo de l Programa de T rans fo rmac in
de Conf l i c tos de l a Eas te rn Mennoni te Unive rs i ty (Howard
Zehr, Editor General de la Serie) y la editorial Good Books
(Phyl l i s Pe l lman Good, Edi tora Genera l .
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EL PEQUEO LIBRO DE
Transformacin
de Conflictos
J O H N P UL LEDER CH
ooksood
G o o d B o o k s
I n t e r c o u r s e , P A , 1 7 5 3 4
8 0 0 / 7 6 2 - 7 1 7 1
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Agradecimientos
Escr ib i r E l Pe qu e o Libro fu e m s d i f c i l de 10 qu e pa rec er a . T \1ve ayu-
da a lo l a rgo de es te cam ino , por 10 qu e en p r im er lu gar des eo ex ten de r
mi s ag rad ec i mi en t o s a Ho ward Z eh r p o r s u co n cep t u a l i zac i n d e e s t a Se r i e
d e Peq u e o s L i b ro s y an i m arm e a p a r t i c i p a r en e l la . Pe ro s o b re t o d o , p o r
h ab e r d ad o e l p r i mer i mp u l s o p a ra ay u d a rme a v i r a r d e u n t ex t o v e rb o s o
a uno ms concre to . Aprec io l a exce len te ed ic in y fo rmato que [ l a vers in
en ing ls ] de es te t ex to rec ib i de Phyl l i s Pe l lman Good . No podr a l eerse
tan b ien s in su conse jo y sugerencias . Tuve un gran impulso con l as g rf icas
g en e rad as p o r e l co mp u t ad o r g rac i a s a mi s b u en o s ami g o s d e l Co n s o rc i o
s o b re Res o l u c i n d e Co n f l i c t o s d e l a Un i v e r s i d ad d e Co l o rad o , en e s p ec i a l
d e He i d i y Gu y Bu rg es s . E n e s p ec i a l , t u v e l a mag n f i ca o p o r t u n i d ad d e q u e
las y los es tud ian tes de l curso 2002-2003 de l a Maes t r a de l Ins t i tu to Kroc
( U n i v e r s i d a d d e N o t r e D a m e ) l e y e r a n m i p r i m e r b o r r a d o r y t o m a r a n t o d o
un d a de c lase para mejorar y c la r i f i car los concep tos . Sus ideas y sugeren-
c ias se en cu en t ra n a 10 l a rgo y anc ho de es ta pu b l ica c in .
Qu i s i e r a a s mi s mo ex t en d e r u n a n o t a e s p ec i a l d e ag rad ec i mi en t o a J o h n
y G i n a M ar t i n -Smi t h p o r p e rmi t i rme s u ca s a en Ned e r l an d , Co l o rad o , d o n d e
pude ver los lamos to rnarse de verdes a amar i l los , a 2 .600 m. sobre e l n ive l
de l mar , mien t ras escr ib a es te t ex to .
F i n a l men t e , r eco n o zco q u e n i n g u n o d e mi s e s c r i t o s t en d r a l u g a r s i n
e l apoyo pac ien te y e l a l i en to de mi fami l i a , espec ia lmente de Wendy , con
q u i en h e t o mad o mu ch o s ca f s d i s cu t i en d o l a s i d eas q u e h a l l a r n en e s t e
l ib ro y cmo dec i r l as mejor .
F o t o g r a f a d e l a p o r t a d a : H o w a r d Z e h r
D i s e o : D a w n J . R a n c k .
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E d i c i n d e la v e r s i n c a s t e l l a n a : A m a n d a R o m e r o M e d i n a
A d a p t a c i n d e d i s e o
l a v e r s i n c a s t e l l a n a : R o c o P a o l a N e m e N e i v a
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Indice
1. Transform acin del conflicto? 3
2. El lente de la transform acin de conflictos 7
3. Definiendo la transform acin de conflictos 15
4. Conflicto y cambio 26
5. Conectando resolucin y transform acin 32
6. Crear un mapa del conflicto 38
7. Las estructurasproceso como platafo rm as
para el cambio 45
8. Desarrollando nue stras capacidades 53
9. Aplicacin del marco 68
10. Conclusiones 76
11. Notas a pie de pgina 80
12. Seleccin de lectura s 81
13. Otros libros de John Paul Lederach sobre el tem a 82
14. Acerca del autor 83
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;Transformacin del conf l ic to?
ot ra forma de encubr i r los cambios que rea lmente se
neces i tan?"
Su preocupac in co inc id a con mi propia exper ien-
c ia y pe rspec t iva . E l sen t ido ms profundo de mi vo-
cacin y e l marco ter ico que da cuenta en gran par te
de es te l ibro provienen de un contexto de fe arra igado
en e l marco t i co- re l ig ioso Anabaut i s t a /Menoni ta . Es ta
perspect iva ent iende la paz como int r nseca a la jus t i -
c ia ; enfa t iza la importancia de cons t rui r re lac iones y
es t ruc turas soc ia les rec tas mediante un respe to i r res -
t r ic to de los derechos humanos y la vida . Y, aboga por
la novio lenc ia como una forma de v ida y de t raba jo .
Por 10 tan to, la pr eo cu pa ci n de m is coleg as de Lati-
noamr ica e ra ce r te ra . Mi t raba jo de apoyo para encon-
t rar respues tas cons t ruct ivas a l conf l ic to violento en
Cent roamr ica y o t ros lugares , me l l ev a convencerme
cada vez ms de que mucho de lo que vena hac iendo
era buscar un cambio cons t ruc t i -
vo . De ah que l a " t rans formac in
de conf l ic tos" parec a expresar
es te s igni f icado mejor que
resolu-
cin ogestin de confl ictos .
En los 90, cu an do p art icip en la
fundac in de l P rograma de Trans -
formacin de Confl ic tos de la
Eas-
tern Mennonite University [EM U],
tuv imos ex tensos deba tes ace rca
de los t tulos y los trminos.
Resolucin
era mejor cono-
c ido y ampl iamente aceptado en los c rculos acadmicos
y pol t icos dominantes . Transformacin parec a demasa-
do cargado de valor para algunos, muy ideal is ta para
otros, y l igero y de la Nueva Era para otros ms. Al final,
nos quedamos con la te rminologa de la transformacin.
El confl icto
e s nor m al e n
las re lac iones
h u m a n a s ,
y e l confl icto
es un motor
de l c am bio
4
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El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos
Cremos que s te era ms preciso y cient camente af n ,
adems de of recer una vis in clara .
Para m, la
transformacin de conflictos
es un concep-
to prec i so porque es toy compromet ido con es fuerzos de
cambio cons t ruct ivo que abarcan y t rascienden la resoki-
cin de problemas especcos. Expresa sol idez cient f ica
porque se basa en dos real idades vericables: el confl ic-
to es normal en las re laciones humanas , y adems , es un
motor de cambio. El concepto de
Transformacin
of rece
una vis in clara e impor tante porque nos l leva a enfocar
el horizonte hacia el cual nos queremos dir igir - la cons-
t ruccin de relaciones y comunidades saludables tanto a
nivel local como global . Este objet ivo requiere cambios
reales en nues t ra forma actual de relacionarnos .
Pero cont ina l a pregunta : rea lmente qu s ignica
transformacin?
D ur an te la d cad a pasad a, o a lgo m s , la term inolo ga
refe ren te a la t r an s form aci n se fu e hac iend o cor r i en te ,
tanto ent re c rculos act ivis tas como en los acadmicos .
Hay enfoques que abordan l a mediac in de l conf l i c to
de sde la t ran sfo rm ac in , as com o en las discipl inas m s
am pl ias qu e es tu dia n la paz y el conf l ic to. De he cho , en
la ac tua l idad formo par te de dos programas acadmicos
de pos tgrado que ut i l izan es ta terminologa: e l Ins t i tu-
to Joan B. Kroc para Es tudios Internacionales de Paz
[Joan B. Kroc Institute for International Peace Studies) d e
la Univers idad de Not re Dame y e l Programa de Trans -
formacin de Conf l i c tos de l a
EMU.
A pesar de ello, la
t r ans formacin de conf l i c tos todava no es una escuela
de pensamiento . Creo , con todo, que l a t r ans formacin
del conf l ic to cons t i tuye una or ientacin integral o un
marco que , en l t ima ins tanc ia , demanda un cambio
f undament a l en nues t r a f o r ma de pens a r .
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;Transformacindel conflicto?
Lo que aqu p resen to es mi manera de en tender es te
marco basado en una lec tu ra p rop ia , en mi p rc t ica y
en mi labor docen te duran te los l t imos 15 aos . Es te
Pequeo Libro no es e l p lan teamien to def in i t ivo ; mi
c o m p r e n s i n e v o l u c i o n a c o n s t a n t e m e n t e i m p u l sa d a
por exper iencias de la p rc t ica y la docencia .
Mi en foque va t an to en pa ra le lo como convergen te
con e l t rabajo de o t ros au tores , aunque no puedo ex-
p lorar todas es tas conex iones en es te l ib ro . No qu iero
que se asuma que mi pun to de v is ta par t icu lar sobre la
t ransformacin del conf l ic to es super io r a l de qu ienes
usan t rminos d i fe ren tes o a l de aque l lo s que p re f i e ren
e l t rmino resolucin. En es te Pequeo Libro mi in ten-
c in es ocuparme de la tens in crea t iva en t re temas de
reso lucin y t ransformacin con e l f in de fo rmular su
comprens in ; no pa ra desac red i t a r e l t r aba jo de qu ie -
nes p ref ieren usar o t ros t rminos .
Mi p ropsi to aqu es agregar una voz a la d iscus in
actual , en la bsqueda por lograr un mejor en tend -
mien to en l a s r e l ac iones humanas .
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El lente de la
transformacin de
conflictos
n los espac ios co t id ianos , con f recuenc ia exper i -
m e n t a m o s e l c o n f l i c t o c o m o u n a i n t e r r u p c i n d e l
cu r so na tu ra l de nues t r a s r e l ac iones . No tamos o sen t i -
mos que a lgo no e s t b i en . De r epen te , nos encon t r a -
m o s m s a t e n t o s a c o s a s q u e h a b a m o s d a d o p o r h e c h o .
En es te sen t ido , l as re lac iones se vue lven compl icadas ;
no t an f c i l e s y t r anqu i l a s como a lguna vez fue ron .
Ya no aceptamos las cosas t a l como se nos presentan
a pr imera v i s ta . En lugar de e l lo , gas tamos t i empo y
ene rg a i n t e rp re t ando y r e in t e rp re t ando lo que s ign i f l -
can . N ue s t r a co m unica c in se t o rna d i f c il y nos dem an-
da un e s fue rzo ms i n t enc ionado . Nos r e su l t a ms com-
p l i cado e scucha r l o que r ea lmen te nos e s t n d i c i endo - a
menos , c la ro es t , que es tn de acuerdo con nosot ros o
n o s o t r a s . No p o d e m o s c o m p r e n d e r f c i l m e n t e q u e s l o
que r ea lmen te p re t ende l a o t r a pe r sona .
Nues t ra propia f i s io loga cambia en la medida que
nues t ros s en t imien tos pasan de l a moles t i a a l a ans i e -
7
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El lente de la t ransformacin de conf l ic tos
dad, e incluso a l pleno dolor . En dichas s i tuaciones , con
f recuenc i a expe r imen tamos una sensac in c rec i en t e de
afn , que nos l l eva a un sent imiento cada vez ms pro-
fundo de f rus t r ac in , y que se i nc remen ta a med ida
que e l conf l i c to avanza , espec ia lmente s i no se v i s lum-
bra un na l ce rcano.
Si a lguien no involucrado en la s i tuac in preguntara ,
"en qu consis te es te conf l ic to?" , podr amos t raducir
nues t ras expl icac iones a una espec ie de " topograf a" de l
conf l ic to o un mapa de re l ieve con sus picos y val les .
Los picos son 10 que vemos como los desaf os ms s ig-
n i f i ca t ivos de l conf l i c to , f recuentemente con nfas i s en
e l ms rec ien te , e l que es tamos esca lando en e l mo-
m e n t .
Con f r ecuenc i a , i den t icamos l a mon taa que e s t a -
mos e sca l ando en e l momento como e l p r inc ipa l p ro -
blema con e l que es tamos l idiando, es deci r e l meol lo
del conf l ic to . Los val les representan los f racasos , la in-
capac idad de negoc ia r so luc iones adecuadas . Y la v i -
s in de l a montaa en su to ta l idad -e l cuadro comple to
que representa e l pa t rn de nues t ras re lac iones - con
f recuenc i a apa rece vaga y d i s t an t e ; de l a mi sma mane-
ra que se di f icul ta tener una vis in de una cordi l lera en
su tota l idad cuando se escala un pico espec f ico.
Este m ap a d e la topo graf a del conf l ic to i lus t ra nu est ra
tend en cia a ver e l conf l ic to en foc nd olo en los pro ble m as
emergen te s de l momento . Ded icamos nues t r a ene rg a a
reduc i r l a ans iedad y e l do lor mediante l a bsqueda de
una so luc in a los problemas emergentes s in t ener en
cuenta e l mapa ms grande del conf l ic to en s mismo.
Tambin tendemos a ver e l conf l ic to como una ser ie de
desaf os y f racasos -pi co s y va l les- s in un s ent ido real de
las causas subyacentes y las fuerzas en conf l ic to .
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El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos
El propsi to de este l ibro es indagar de qu manera
el enfoque t ransformativo del confl icto aborda estas ten-
dencias, y en qu pu ed e d i feren ciarse de las persp ect ivas
de la reso luci n o la gestin del conflicto. Qu es lo q ue
busca la t ransformacin de confl ictos y qu considera
bsico para desarrol lar una respuesta al confl icto?
Para iniciar , vamos a explorar las diferencias entre
los t rm inos
mirar yver
M irar es po ne r o l lama r la a ten-
cin en a lgo . En e l lenguaje co t id iano con f recuencia
decimos: "Podras mirar aqu por favor?" o "Mira eso "
En o t ras palabras , mirar requiere len tes que a t ra igan
nuest ra a tencin y nos ayuden a es tar conscien tes de
algo. Por el otro lado, ver signif ica mirar ms al l y a
p ro fund idad . Ver es buscar persp icac ia y en tend imien-
to . En el len gu aje cot id iano dec imo s, "ves 10 q ue quie-
ro decir?" Entender es el proceso de dar sent ido. Y dar
sen t ido requ ie re en focar con ms p rec i s in .
La transformacin del conflicto
es una forma de
mirar , pero tambin de ver.
La t ransformacin del conf l ic to es ms que un con-
junto de tcnicas espec f icas ; es una forma de mirar ,
pero tambin de ver . Tanto para mirar como para ver se
requieren len tes . En es te sen t ido la t ransformacin de
conf l ic tos sugiere un conjunto de len tes a t ravs de los
cuales veamos el confl icto social .
Podemos pensar en es tos l en tes como un con jun to
especial izado de anteojos. Por primera vez en mi vida
es toy usando len tes de graduacin progres iva; con es tos
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E l lente de la t ransfor m aci n de con f l ic tos
anteojos tengo t res t ipos de lente en uno solo. Cada uno
t iene su propia func in . Un len te , o segmento de l en te ,
me ayuda a enfocar obje tos que se encuent ran a gran-
des dis tancias y que, de ot ra manera , ver a borrosos . El
segundo len te me permi te ver c la ras l as cosas que se
encuent ran a una d i s tanc ia media , como la panta l l a de
la computadora . El l t imo, en la par te infer ior , v iene
siendo el lente de aumento, que me ayuda a leer un l i -
bro o a ensar ta r e l camo en e l anzue lo . Es ta metfora
de los lentes apl icada a l conf l ic to sugiere var ias impl i -
cac iones de l en foque t r ans fo rma t ivo en l a comprens in
del confl icto.
Pr imero , s i t ra to de usar e l segmento de mayor au-
ment para ver a dis tancia , e l lente no me s i rve . Cada
lente o segmento del lente t iene su funcin, cual es en-
focarse en un aspec to espec f ico de l a rea l idad . Cuando
se enfoca una par te de la real idad, los ot ros aspectos
se d i fuminan . Es to se ev idenc i a de una manera impre -
s ionante a l mi ra r , por e jemplo , a t ravs de una cmara
con te lefoto o la diaposi t iva de una bacter ia por un mi-
croscopio: en la medida en que se enfoca una par te de
la imagen, ot ras se vuelven borrosas . Los aspectos de la
rea l idad que quedan fuera de foco s iguen a l l , p resen-
tes , pero no son c laros . De igual manera , e l lente que
usamos para ver e l conf l ic to podr c lar i f icar a lgunos
segmentos o aspec tos de l a rea l idad , mient ras o t ros se
vue lven bor rosos . No podemos e spe ra r que unos l en -
tes senci l los hagan ms que aquel lo para lo cual es tn
hechos , y no podemos a sumi r que aque l lo que en focan
sea l a to ta l idad de l panorama.
Teniendo en cuenta que n ingn len te es capaz de
en foca r todo a la vez , nec es i t am os m l t ip les l en tes pa ra
ver d i fe rentes aspec tos de una rea l idad comple ja . Es to
10
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El Pequeo Libro de Transformacin de Confl ic tos
recuerda el viejo proverbio ruso, "s i todo lo que t ie-
nes es un martil lo, todo lo que vers sern clavos". Por
tanto , no podemos esperar que unos lentes senc i l los
enfoquen todas l a s d imens iones e impl icac iones de un
confl ic to.
Mis t re s l en tes se mant ienen jun tos en un mismo
marco de anteojos , s iendo cada uno dis t in to ; pero cada
uno debe es tar re lacionado con los dems, s i se ha de
mantener la unidad de las d iversas d imens iones de la
rea l idad. Neces i to cada lente para ver una porc in par-
t icular de la real idad, y necesi to que es t en relacin
con los dems para ver la total idad. Esta es la ut i l idad
de encontrar lentes que nos ayuden a t ra ta r aspec tos
especf icos del confl ic to, y que al mismo t iempo nos
br inden un medio pa ra t ene r una v i s in comple ta de l
p a n o r a m a .
El panorama comple to es a lgo as como un mapa:
nos ayuda a ver un ampl io conjunto de obje tos loca l iza-
dos en d i ferentes par tes y ver cmo se conectan ent re
s . En este l ibro sugiero tres lentes que pueden ayudar a
crear un mapa in tegra l . Pr imero, neces i tamos un lente
para ver la
situacin inmediata.
Segundo , neces i t amos
otro para ver ms a l l de l problema que se presenta ,
e nc a mina do a l o s patrones ms p rofundos de re lac in ,
incluyendo el contexto en el cual e l confl ic to hal la su
expres in. Tercero , neces i tamos un
marco conceptual
que mantenga es ta s pe rspec t ivas un idas y que nos pe r -
mi ta conec ta r e l p rob lema emergen te con los pa t rones
ms p rofundos de re lac iones . Dicho marco puede apor -
tar en una comprensin global del confl ic to, a la vez
que c rea una p la ta forma que pe rmi te aborda r t an to los
temas emergen tes , como los cambios requer idos en e l
n ive l de los pa t rones ms profundos de las re lac iones .
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El lente de la t ransformacin de confl ictos
L o s l e n t e s d e l a t r a n s f o r m a c i n d e l
c o n f l i c t o m u e s t r a n :
la situacin inmediata
el contexto y los patrones subyacentes
un marco conceptual
Perm tanme dar un e jemplo: En casa , a lgunas veces
nues t ra fami l ia t i ene an imadas d i scus iones acerca de
las t a reas de l hogar como lavar p la tos . Per fec tamente
podemos en f r a sca rnos en pe l eas que pa recen su rg i r de
la nada por a lgo que es t e r r ib lemente prosa ico . El con-
fl icto se centra en algo concreto y especf ico: la pi la de
platos sucios . Sin embargo, la energa susci tada sugiere
que a lgo ms profundo es t en juego. De hecho, lo que
est en juego en es ta disputa va mucho ms a l l de de-
c id i r qu in lavar los p la tos , porque es tamos negoc ian-
do es la naturaleza y la cal idad de nuest ras re laciones ,
l as expec ta t ivas que tenemos unas personas de o t ras ,
l a s i n t e rp re t ac iones de nues t r a s i den t idades como ind i -
v iduos y como fami l ia , nues t ro sen t ido de au tova lora-
c in y cu id ado po r cada u na de l as de m s person as , y la
na tura leza de l poder y e l p roceso de toma de dec i s iones
en nuest ra re lacin. S , todo es to es t en una pi la de
platos sucios
Estas preocupaciones es tn impl c i tas en las pregun-
tas que nos hacemos: "Quin los va a lavar esta noche?
Quin los lav de l t imo? Quin los lavar en el futu-
ro?" Com o pod em os ver , es to no es cuest in slo de t ras-
tes sucios . Los pla tos ocasionan una pelea porque nos
mues t ran cosas de nues t ra re lac in - s i podemos ver ms
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El Pequeo Libro de Transformacin de Confl ic tos
all o detrs de los platos sucios hasta alcanzar los patro-
nes y cuest iones subyacentes o en curso en la s i tuacin.
Podramos slo p lantearnos la pregunta , "Bueno
quin lavar los platos sucios es ta noche?" Si encon-
t ramos una re spues ta , nues t ro p rob lema es t re sue l to .
Y en muchas ocas iones , dada la fa l ta de t iempo o de
un verdadero inters en ir ms al l del asunto, es to es
exac tamente lo que hacemos : iden t i f i camos una so lu -
c in rpida a l problema. S in embargo, cas i s iempre ,
es ta solucin rpida no explora e l s ignificado ms pro-
fundo de lo que es t suced iendo en nues t ra s re lac iones
y en nues t ra famil ia . Y s i es te n ive l ms profundo per-
manece s in tocarse , se genera una energa que af lora
nuevamente en e l prximo episodio de p la tos suc ios ,
la s iguiente pi la de ropa sucia , o esos zapatos que se
encuentran t i rados en e l p iso .
Los lentes de la t ransformacin de conf l ic tos nos su-
gieren mirar ms al l de los platos sucios para ver e l
contexto de las re lac iones en cues t in y luego mirar
nuevamente l a p i l a de t ra s te s . E l enfoque t rans format i -
vo no se conforma con soluc iones rpidas que respon-
dan a l problema inmedia to , s ino que busca crear un
marco que aborde e l contenido, el contexto y la estructu-
ra de a relacin.
La t rans form ac i n , com o enfo que , a sp i ra a c rea r p ro-
cesos de cambio construct ivo a t ravs del confl ic to. Es-
tos p rocesos b r indan la opor tun idad de aprender sobre
nues t ros pa t rones de conduc ta y aborda r e s t ruc tu ras
re lac inales , a la par que nos dan soluc iones concre tas
a problemas emergentes . Un e jemplo grac ioso? S , s i
10 n ico qu e ve m os so n plato s sucios . No, s i los platos
suc ios son una ventana que nos permite mirar la v ida ,
e l csec imiento , las re lac iones y la comprens in.
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;Transformacindel conflicto?
L o s m a r c o s u b i c a n :
el contenido
el contex to
la estructura de las relaciones
Cmo c reamos es to s l en tes? Empezaremos de -
n iendo ms c la ramen te lo que queremos dec i r con e l
t r m i n o transformacin de conflictos. Para el lo vamos a
exp lo ra r de qu manera es te en foque en t i ende e l con -
f l ic to y e l cambio . Regresaremos despus a la ta rea ms
prct ica de cmo desarro l lar y ap l icar un marco t rans-
formativo al confl icto social .
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Definiendo la
transformacin de
conflictos
j p r o p o n g o l a s i g u i e n t e d e f i n i c i n :
L a t r a n s f o r m a c i n d e c o n f l i c t o s e s
visualizar y responder
a los flujos y reflujos d e l o s c o n f l i c t o s s o c i a l e s
c o m o oportunidades vitales
pa r a c r e a r
procesos de cam bio constructivo
q u e reducen la violencia e
incremen tan la justicia
e n la interaccin directa y en las estructuras socia-
les
y r e s p o n d e n a l o s p r o b l e m a s d e l a v i d a r e a l
e n l a s relaciones hum anas.
El s igni f icado y las impl icac iones de es ta def in ic in
se rn ms f c i l e s de en tender s i ana l i zamos los e l emen-
tos que es tn escr i tos en curs ivas . Imaginemos la t rans-
fo rmac in de conf l i c tos como una pe r sona en un v i a j e ,
compues ta pr cabeza , corazn , manos y p i e rnas .
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D ef in iendo la t ransform acin de conf l i c tos
Cabeza
La cabeza hace re fe renc ia a l a perspec t iva concep-
tual del conf l ic to - cmo pensamos acerca de s te y ,
por l o t an to , cmo nos p repa ramos pa ra ap rox imarnos
a l . En la cabeza e nc on t ram os las ac t i tudes , percep c io-
nes y o r i en t ac iones que l l evamos a l a t r ans fo rmac in
crea t iva de conf l ic tos . En nu es t r a def in ic in usa m os los
t r m i n o s
visualizar y responder.
Visualizar es algo act ivo, un verbo. Esta accin re-
quie re una perspec t iva y una ac t i tud in tenc iona les ,
y l a voluntad de c rear y a l imentar un hor izonte que
nos br inde un props i to y una d i recc in hac ia l a cua l
or ien ta rnos .
Una pe r spec t iva t r ans fo rma t iva se cons t ruye a pa r -
t i r de dos fundamentos :
La capacidad de visualizar el confl icto posi t iva-
men te , como un f enmeno na tu ra l que c r ea po-
tenc ia l para c recer cons t ruc t ivamente , y ,
La voluntad de responder de maneras que op t imi -
cen ese potencia l para e l cambio posi t ivo.
E l en f oq ue t r ans fo rm a t ivo r econ oce que e l conf li c to
es una d inmica normal y cont inua en las re lac iones
humanas . Ms an , e l conf l i c to
t rae consigo e l potencia l para un
cambio pos i t ivo .
Por supuesto, e l cambio posi -
t ivo no s iempre se da . Como to-
d o s s a b e m o s m u y b i e n , m u c h a s
veces el confl icto l leva a ciclos
p ro longados de dao y des t ruc -
cin. Pero la clave para la t rans-
fo rmac in e s t en a sumi r una
El enfoque
trans format ivo
reconoce que
el confl icto es
u n a d i n m i c a
n o r m a l y
cont inua en
las re lac iones
h u m a n a s .
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El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos
predisposicin activa de ver en el confl icto su potencial
ca ta l izador de crecimiento .
Responder sugiere que la vis in debe conducir a la ac-
c in , aprovechando la opor tunidad que se presenta . La
incl inacin es por inv olucrarse . Responder r econoce que
el en te nd im ien to m s p r o f un do p rov ien e de p rocesos de
aprendizaje a par t ir de experiencias de la vida real .
A m b o s f u n d a m e n t o s -
visualizar y responder -
im -
pl ican c ier to n ivel de t rabajo de "cabeza" , rac ional .
Es to s r ep r e sen tan n u es t r a f o r ma d e p en sa r y o r i en -
ta rnos cuando nos ap rox imamos a lo s conf l ic tos que
ex p e r imen tamo s en n u es t r a s v id as , r e l ac io n es y en l a
c o m u n i d a d .
El flujo y reflujo:
Con f recuenc ia vemos e l conf l ic to
en t rminos de su aumen to y d i sminuc in , su esca la -
da y su desescalada, sus picos y valles; de hecho, f re-
cuen temen te en focamos un p ico o un va l le espec f ico ,
una i terac in o repet ic in en par t icu lar de un ep isodio
conf l ic t ivo . Una per spec t iva t r ans fo rmat iva , ms que
enfocarse en un pico o un valle , v isualiza la cordil lera
comple ta .
Qu izs se r a de ayuda cambiar aqu nues t ra met -
fora por una menos es t t ica . Una o la de mar , en su
f lujo y ref lu jo sob re la costa, i lustra el fe n m en o d e
crec imien to y d i sminuc in . Pero en vez de en focar se
es t rechamente s lo en la o la que se levanta y se rompe
en la cos ta , la t ran sfo rm ac in de conf l ic tos em pieza con
una comprensin de los patrones ms amplios , e l f lu jo
y ref lu jo de energ as , t iem po s e incluso de es tac io nes
completas , en e l enorme mar de las re lac iones .
E l mar como met fo ra sug ie re que hay un r i tmo y
un pa t rn en los mov imien tos de nues t ras r e lac iones
cot id ianas . A veces los 'movimientos del mar son pre-
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D efin iendo la t ransform acin de conf l ic tos
decibles , t ranquilos e incluso, relajantes. Eventos, es-
t ac iones y c l imas se combinan pe r id icamen te pa ra
c rea r g randes cambios mar inos que a fec tan todo a su
al rededor .
U n e n f o q u e t r a n s f o r m a t i v o b u sc a c o m p r e n d e r e l
ep isod io par t icu lar de un conf l ic to , no de manera a is -
lada , s ino inmerso en e l pa t rn ms genera l . E l cambio
comprende t an to e l n ive l inmed ia to de lo s p rob lemas
emergen tes , como e l de lo s pa t rones y p rob lemas ms
ampl ios . E l mar es t en constan te movimien to , f luye y
es d inmico . Al mismo t iempo t iene condic in y fo rma
y p u e d e t e n e r u n p r o p s i t o m o n u m e n t a l .
Corazn
El corazn es el centro de la v ida en el cuerpo huma-
no . F s icamente , genera e l pu lso que sos t iene la v ida .
F igura t ivamente , es e l cen t ro de nues t ras emociones ,
in tuiciones y v ida espir i tual . Es el lugar de donde par-
t imos y a donde regresamos en busca de gu a , sus ten to
y direccin. El corazn const i tuye un punto de in icio
y de retorno. De este centro surgen dos ideas para la
t rans fo rmac in de con f l i c to s :
Relaciones humanas: b ilogos y f s icos sealan que
la v ida en s misma se encuen t ra menos en la sus tancia
f s ica de las cosas que en las conexiones y relaciones
en t re e l las , an cuando sean poco v is ib les . De manera
similar , en la t ransformacin de confl ictos, las relacio-
nes son centrales . Como el corazn en el cuerpo, los
conflictos fluyen de las relaciones y regresan a ellas.
Las re lac iones t ienen d imensiones v is ib les , pero tam-
b in t i enen d imens iones menos ev iden tes . Pa ra es t imu-
lar e l po tencia l pos i t ivo inheren te a l conf l ic to , debemos
con cen t ra rno s en l as d im ens ion es m en os v is ib les de la s
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El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos
re laciones , en vez de hacer lo exclus ivamente en e l con-
ten ido y l a sus tanc ia de l p le i to que es f recuen temen te
mucho ms v is ib le . Las cues t iones sobre las cuales la
gen te d i scu te son impor tan tes y requ ie ren respues tas
creat ivas . S in embargo , las re laciones representan una
red de conexiones que forman e l contexto ms ampl io ,
e l eco-s is tema humano desde e l cual surgen y se da
vida a temas par t icu lares .
Regresando por un momento a nues t ra imagen de l
mar, s i por s sola, una ola representa el pico de los pro-
blemas visibles en la escalada del confl icto social , las
relaciones son el f lujo y ref lujo del oleaje. Las relacio-
nes - visibles e invisibles, inmediatas y de largo plazo
- son e l corazn del proceso t ransformador .
Oportunidades vitales:
e l t rmino
"vitales"
ap l icado a
una s i tuacin de conf l ic to nos recuerda muchas cosas .
Por una parte, esta expresin sugiere que la vida nos
plantea confl ictos, y que el confl icto es una parte na-
tura l de la exper iencia humana. Por o t ra par te , asume
que e l conf l ic to crea v ida , de la misma manera que los
lat idos del corazn en el cuerpo crean el f luir r tmico de
la sangre , que nos mant iene v ivos y en movimiento .
El conflicto es una oportunidad un regalo.
El confl icto f luye de la vida. Como he enfat izado
antes , ms que ver e l conf l ic to como una amenaza, 10
p o d em o s en t en d e r co m o u n a fu en t e d e o p o r t u n i d ad es
para c recer e incremen tar l a comprens in de noso t ras
y nosot ros mismos, de las o t ras personas y de nuest ras
estructuras sociales. Los confl ictos en todos los niveles
de las re laciones , son la manera en que la v ida nos ayu-
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Definiendo la t ransformacin de conf l ic tos
da a hacer un a l to , a evaluar y tomar conciencia . Una
mane ra de conoce r r ea lmen te nues t r a human idad e s
reconocer e l regalo del conf l ic to en nuest ras v idas . Sin
l , la v ida ser a una topograf a p lana y montona de lo
mismo de s iempre , y nues t ras re lac iones se r an in for tu -
nadamen te supe r f i c i a l e s .
El conf l ic to tambin crea vida: a t ravs del conf l ic-
to respondemos , innovamos y cambiamos . E l conf l ic to
puede en tenderse como e l motor de l cambio , lo que
m an t ien e las re lac iones y as es t r uc tura s soc iales ho-
nes tas , v ivas y respondiendo d inmicamente a l a s nece-
s idades , a sp i rac iones y c rec imien to humanos .
M a n o s
Nos r e f e r imos a nues t r a s manos como e sa pa r t e de l
cuerpo capaz de const rui r cosas , de tocar , sent i r y a l te-
rar la forma que toman los obje tos . Las manos nos acer-
can a la prct ica . Cuando decimos "manos a la obra" ,
s ignif ica que es tamos cerca de donde e l t rabajo se de-
sa r ro l la r . Dos t rminos de nues t ra de f in ic in hacen
re fe renc ia a es te pun to :
Constructivo:
es te t rmino puede tener dos s ign i f ica -
dos: Pr imero, en su ra z es un verbo: const rui r , dar for-
ma y moldear . Segundo, es un adje t ivo: ser una fuerza
pos i t iva . La t rans formac in abarca ambas ideas . Busca
en tend er , no neg ar o evitar, la rea l id ad de q ue e l conf l ic-
to soc ia l con f recuenc ia desa r ro l la pa t rones v io len tos y
des t ruc t ivos . La t rans formac in de conf l ic tos pe rs igue
e l desa r ro l lo de p rocesos de cambio que exp l c i t amente
se centren en crear lo posi t ivo a par t i r de lo negat ivo
o 10 di f c il . Pr om ue ve un a ma yor c om pre ns in de los
pa t rones re lac ina les y es t ruc tura les subyacen tes , a l a
par que cons t ruye so luc iones c rea t ivas que mejoren las
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El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos
relaciones. Se incl ina por af i rmar que esto es posible ,
que e l conf l ic to es una opor tunidad.
Procesos de cambio:
pa ra e l enfoque t r ans format ivo ,
son claves los
procesos de cambio,
c o m o c o m p o n e n t e
t r ans formac iona l y fundamento de cmo e l conf l i c to
puede pasar de ser des t ruc t ivo a a lgo cons t ruc t ivo. Es te
cambio slo se puede hacer cul t ivando la capacidad de
ver , comprender y r e sponder a los p rob lemas que van
surgiendo en el contexto de las relaciones y los proce-
sos de cambio en curso. Cules son los procesos que el
conf l ic to por s mismo ha generado? Cmo se pueden
al terar estos procesos u otros ya iniciados, que l leven al
conf l ic to en un a di recc in con s t ruc t iva? En foca rse en el
proceso es c lave de la t ransformacin de conf l ic tos .
La t ransformacin de l conf l ic to g i ra a l rededor de
los aspectos dinmicos del confl ic to social . Al centro
de l enfoque t r ans format ivo yace una convergenc ia de l
contexto re lac ional , u na v is in de l conf l ic to com o opor-
tunidad y e l a l iento de procesos de cambio crea t ivo.
Es te enfoque inc luye una manera episdica de ver e l
confl ic to, s in que est impulsado por el la . El confl ic-
to es pe rcib ido de nt ro del f lujo y ref lu jo de la red de
re l ac iones . Como veremos , una l en te t r ans format iva
observa la generac in de "pla taformas" crea t ivas como
mecanismo para abordar temas espec f icos , a l a vez que
opera tambin para e l cambio de pa t rones de la es t ruc-
tura social .
Piernas y p ies
Las pie rn as y los p ies rep res en tan la pa r te con la q ue
p i sam os t ie r r a , dond e todas nues t r as jo rn ad as in i c ian su
marcha . Como las manos , s te es un punto de acc in,
do nd e los pen sam ien to s y la t idos ca rd acos se t r adu cen
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De fin iendo la t ransform acin de conf l ic tos
en r e spues ta , d i r ecc in y ve loc idad . La t r ans fo rmac in
de confl ic tos ser a slo utopa s i fuera incapaz de tener
respues tas a los desaf os , neces idades y rea l idades de
la vida real .
La v i s in t r ans fo rma t iva
en t ra a dos pa rad o jas r e fe ren -
tes a l lugar donde se pers igue
eje cu tar la accin y pla nte a las
s igu ien te s p regun tas : Cmo
enf ren tamos e l conf l i c to de
maneras t a l e s que se r eduzca
la v io lenc ia y se incremente
la just ic ia en las re laciones
h u m a n a s ? Y c m o d e s a r r o -
l lamos la capac idad para unas
in te r re lac iones cons t ruc t ivas ,
directas, cara a cara y, al mis-
mo t i empo , abordamos los
cambios s i s tmicos y es t ruc-
tura les?
Reducir la violencia e incrementar
la
justicia: la trans-
formacin de conf l ic tos cons idera la paz cent rada y
arraigada en la cal idad de las re laciones. Estas re a-
c iones t i enen dos d imens iones : nues t r a s in t e racc iones
ca ra a ca ra y , l a fo rma en que e s t ruc tu ramos nues t r a s
relaciones sociales , pol t icas , econmicas y cul turales .
En este sent ido, la paz es lo que las Nuevas Ciencias
1
l l aman "es t ruc turas-proceso" : un fenmeno que es s i -
mul t neamente d inmico , adap tab le , y cambian te , y
ms aun , t i ene una forma, props i to y d i recc in que lo
configuran. Lejos de ver la paz como un "estadio f inal"
es t t ico , l a t ransformacin de conf l ic tos conc ibe la paz
como una cua l idad en cont inua evoluc in y desar ro l lo
En lugar de ver
la paz como un
estado
final
esttico, la
t r a n s f o r m a c i n
de confl ictos
concibe la
p a z c o m o
una cua l idad
en cont inua
evoluc in y
desarrol lo de las
re lac iones
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El Pequeo Libro de Transformacin de Confl ic tos
de las re laciones . El t rabajo por la paz, por tanto, se
carac ter iza por los es fuerzos in tenc ionales , or ientados a
a tender e l na tura l f lu jo y re f lu jo de l conf l ic to humano a
t ravs de enfoques nov io len tos , que aborden los t emas
y mejoren la comprens in, la equidad y e l respe to en
las re laciones .
Para reducir la v io lenc ia se requiere que ident i f ique-
mos los t emas emergen tes y con ten idos en un ep i sod io
del conf l ic to y , tambin, sus pa t rones y causas subya-
centes . Para e llo de be m os a bo rda r e l tem a de la jus t ic ia .
Al hace r e s to , debemos proceder de manera equ i ta t iva
encaminada a l cambio sus tan t ivo . Las pe rsonas deben
par t ic ipar y tener voz en las dec is iones que afec tan sus
v idas . Adems , debern tomarse en cuen ta los pa t rones
que generan la in jus t ic ia para cambiar los , tanto en e l
nivel de las re laciones como en el de las es tructuras .
Interaccin directa y estructuras sociales:
como se su-
g i r i an te r io rmente , neces i t amos desa r ro l l a r capac ida -
des pa ra v i sua l iza r y compromete rnos con los p rocesos
de cambio en todos los niveles de las re laciones: in-
te rpersonales , in te rgrupales , y soc io-es t ruc tura les . Un
conjun to de capac idades se enfoca en l a s in te racc iones
direc tas , cara a cara . Y ot ro conjunto deber enfa t izar
la neces idad de ver , perseguir y generar cambios en
nues t ras formas de organizar las es t ruc turas soc ia les ,
desde 10 famil iar hasta las complejas burocracias ; de 10
local a lo global.
La t rans formac in de l conf l i c to sug ie re que una ma-
e ra funda me n ta l de p romove r e l c a mbio c ons t ruc t i vo
en todos estos niveles es el dilogo. El dilogo es esen-
cial para la justicia y la paz, tanto en el nivel interper-
sonal como en e l es t ruc tura l . No es s te e l nico meca-
nismo, pero es esencia l .
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D ef in iend o la t ransform acin de conf l ic tos
Tp icamente pensamos en e l d i logo como la in te -
r acc in d i r ec t a en t r e pe r sonas o g rupos . La t r ans fo rma-
c in de conf l ic tos co m pa r te es te p u nt o de v i s ta . M uc ho s
de los mecanismos basados en las habi l idades bs icas
requer idas para reduc i r l a v io lenc ia es tn a r ra igadas en
las capac idades comunica t ivas para in te rcambiar ideas ,
encon t r a r de f in i c iones comunes a l o s p rob lemas y bus -
car soluciones .
La transformacin de conflictos es
visualizar y responder a los flujos y reflujos
de los conflictos sociales como
oportunidades
vitales para crear procesos de cambio
constructivos que reducen la violencia
incrementan la justicia en la interaccin
directa
y en las estructuras sociales
y responden a los problemas de la vida real
en las relaciones hum anas.
Sin embargo , desde e l punto de v i s ta t ransformat i -
vo, se considera que e l di logo es necesar io , tanto para
crear como para abordar l as es fe ras soc ia l y pbl ica
donde se cons t ruyen las ins t i tuc iones , l as es t ruc turas ,
y los pa t rones de l as re lac iones humanas . Deben c rear -
se procesos y espac ios de t a l manera que las personas
puedan compromete r se y conf igura r l a s e s t ruc tu ra s que
r igen su v ida comuni ta r ia , def in idas en t rminos gene-
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rales . El dilogo es necesar io para dar acceso, tener voz
e in t e rac tua r cons t ruc t ivamente en l a fo rmal i zac in de
nues t ras re lac iones , y en la forma como nues t ras orga-
nizac iones y es t ruc turas se cons t ruyen, se compor tan y
r e s p o n d e n .
En su
corazn, l a t ransformacin de l conf l ic to se d i -
r ige a la creacin de respuestas que se adapten al con-
f l ic to humano a t ravs de procesos de cambio que in-
crementen la jus t ic ia y reduzcan la v io lencia .
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4.
Conflicto y
cambio
l confl ic to se da. Es a lgo normal que est cont inua-
mente p re sen te en l a s re l ac iones humanas . Pe ro e l
cambio se da t ambin . La comunidad humana y l a s re a -
c iones no son es t t icas , s ino s iempre dinmicas , se adap-
t an , cambian .
El conf l ic to t i ene impacto en las s i tuac iones y cam-
bia l a s cosas de muchas mane ras d i s t i n t a s . Podemos
ana l i za r e s tos cambios en cua t ro grandes d imens iones :
la
personal,
la
relacional,
la
estructural
y la
cultural.
E l c o n f l i c t o n o s i m p a c t a
personalmente
en lo relacional
estructuralmente
culturalmente.
T a m bi n pode m os pe ns a r a c e r c a de e s t o s c a m bi os
e n func i n de dos p r e gun t a s :
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El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos
Qu cambios estn ocurriendo
como resu l t ado de
un confl icto? Por ejemplo, cules son los patro-
nes y los efectos de este confl icto?
Qu tipo de cambios buscamos? Para responder
a es ta segunda pregunta , neces i tamos examinar
cules pueden ser nuestros valores e intenciones.
Con es tas dos p regun tas en men te vamos a cons ide-
rar cada una de las d imensiones .
La d imens in personal del confl icto se reere a cam-
bios en los que se ha tenido una afectacin y son de-
seables para el individuo. Estos involucran la total idad
de la persona, incluyendo las d imensiones cogni t iva ,
emocional , percept iva y esp i r i tual .
Desde una perspec t iva des -
cr ip t iva , la t ransformacin nos
recuerda que, como indiv iduos ,
los conf l ic tos nos afectan tan to
de manera nega t iva como po-
sit iva. El conflicto nos afecta el
b ienes tar f s ico , la au toes t ima,
la es tab i l idad emocional , la capacidad de perc ib i r con
precisin y, la integridad espir i tual .
Prescr ip t ivamente , la t ransformacin representa una
intervencin del iberada para minimizar los efectos des-
tructivos del conflicto social y maximizar su potencial
para e l crecimiento personal , tan to como ser humano,
como en los niveles fsico, emocional y espiri tual .
La d i m en s i n relacional rep resen ta cambios en l as
re laciones cara a cara . Aqu consideramos las re lacio-
nes afect ivas , e l poder , y la in te rde pe nd en cia , as com o
los aspectos expres ivos , comunicat ivos e in teract ivos
del confl icto .
El cambio
debe ser visto
de forma
descriptiva y
propos i t iva
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Conf l ic to y Cam bio
Descriptivamente, la t r ans fo rm ac i n r e f ie re la m ane-
ra en que los patrones de comunicac in e in t e racc in
son afectados por e l confl ic to . Mira ms a l l de la ten-
s in en torno a los asuntos vis ibles y se enfoca en los
cambios subyacentes producidos por e l conf l ic to ; es to
inc luye los pa t rones de percepc in de las personas , lo
que desean , lo que pers iguen , y la manera como es-
t ruc turan sus re lac iones in te rpersona les a l igua l que las
in te rgrupa les e in t ra -grupa les . El conf l ic to cambia las
relaciones y, en un nivel ms expl c i to , genera pregun-
tas como s tas : Qu tan cercanas o d is tan tes desean
las personas es ta r en sus re lac iones? Cmo usarn ,
con s t ru i r n y com par t i r n e l pod e r? Cmo se pe rc iben
a s mismas , a las dems personas y a las expec ta t ivas
de e l los y e l las? Cules son sus esperanzas y temores
respec to de sus v idas y sus re lac iones , sus pa t rones de
comunicac in y de in t e racc in?
El aspec to prescr ip t ivo de la t ransformacin impl ica
in te rveni r con la in tenc in de minimizar la comunica-
c in de f i c i en te y max imiza r e l mutuo en tend imien to .
Esto incluye t ra tar de exter ior izar expl c i tamente los
temores re lac ina les , l as esperanzas y las metas de las
pe r sonas invo luc radas .
La d imens in estructural resa l ta las causas subyacen-
tes de l conf l ic to y los pa t rones y cambios que s te pro-
voca en las es t ructuras sociales , pol t icas y , econmicas .
Es te aspec to cent ra su a tenc in en la forma en que las
estructuras sociales , las organizaciones y las inst i tucio-
nes se cons t ruyen , se mant ienen y cambian a ra z de l
conf l ic to . Tambin se re f ie re a la forma como las per -
sonas cons t ruyen y organizan sus re lac iones soc ia les ,
econmicas , po l t i cas e ins t i tuc iona les para sa t i s facer
sus neces idades humanas bs icas , asegurar e l acceso a
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El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos
los recursos , y tomar dec i s iones que a fec tan a grupos ,
comunidades , y soc i edades en t e ra s .
En e l aspec to descr ip t ivo , l a t ransformacin impl ica
anal izar las condiciones socia les que hacen que e l con-
f l ic to af lore y la manera en que s te afecta e l cambio en
las es t ructuras socia les exis tentes y en los pat rones de
toma de dec i s iones .
Desde e l aspec to prescr ip t ivo , l a t ransformacin re -
presenta l a in te rvenc in de l iberada para lograr un me-
jor en tendimiento de l as causas subyacentes y l as con-
d ic iones soc ia les que c rean y fomentan las expres iones
vio len tas de l conf l i c to . Adems , ab ie r tamente , p romue-
ve medios novio len tos de reduc i r in te racc iones adver -
sas y busca minimizar -y en l t imo t rmino, e l iminar
- la violencia . (El lo incluye la incidencia noviolenta por
e l cambio) . Pre tender t a les cambios promueve e l de-
sar ro l lo de es t ruc turas que sa t i s fagan las neces idades
humanas bsicas ( jus t ic ia mater ia l o sustancia l ) a la vez
que maximiza l a par t i c ipac in de l as personas en la
toma de decis iones que les afectan ( jus t ic ia procesal ) .
L a d i m e n s i n cultural se re f ie re a los cambios pro-
duc idos por e l conf l i c to en l os pa t rones ms ampl ios
de la v ida de l grupo, inc luyendo la ident idad y l as for -
mas en que l a cu l tu ra a f ec t a l o s pa t rones de r e spues t a
y conf l ic to .
En e l aspec to descr ip t ivo , l a t ransformacin in ten ta
co m pre nd e r de qu ma ne ra e l conf li c to a f ec t a y cambia
los pa t rones cu l tura les de un grupo, y cmo la suma
de es tos pa t rones compar t idos a fec ta l a forma en que
las personas en t ienden y responden a l conf l i c to en una
s i tuac in dada .
Presc r ip t i vamen te , l a t r ans fo rmac in busca ayuda r
a l as personas en conf l i c to a comprender los pa t rones
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Confl ic to y C am bio
cu l tu ra le s que con t r ibuyen a l conf l i c to en su en torno ,
y luego, a ident i f icar , promover y cons t ru i r a par t i r de
mecan ismos y recursos p rop ios de l a cu l tu ra pa ra re s -
ponde r y ma ne j a r c ons t ruc t i va me n te e l c on f l i c to .
Entonces , como marco analtico, l a t r a ns fo rma c in
busca comprender e l conf l ic to soc ia l como a lgo que
emerge de las d imens iones personal , re lac ional , es -
t ruc tu ra l , y cu l tu ra l de l a exper ienc ia humana y p ro-
duce cambios en e l l a s . Como estrategia de intervencin
l a t rans formac in opera en l a p romoc in de p rocesos
cons t ruc t ivos con e l s iguiente rango de metas or ienta-
das a l cambio.
Las Metas de l Cambio en
la Trans fo rmac in de Conf l i c tos
Personal
M inim izar los e fec tos de s t ruc t ivo s de l conf l ic -
to soc ia l y maximizar su potencia l para e l e re-
c imien to y b ienes ta r de l a pe rsona como se r
humano ind iv idua l a n ive l f s i co , emoc iona l ,
in te lec tua l y espi r i tua l .
Relacional
M in imiza r l a com un icac in de f ic ien te y maxi -
miza r e l en tend imien to .
Exter ior izar y t ra ba jar los tem or es y esperan -
zas re lac ionados con los sent imientos y la in-
te rdependenc ia en l a re lac in .
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El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos
Estructural
E nte nd er y ab ord ar las ra ces y l as con dic ion es
soc ia les que dan lugar a expres iones v io len tas
o dainas del conf l ic to .
P rom over m eca n i sm os nov io l en tos que r eduz -
can la conf rontac in nega t iva y minimicen la
v io lenc ia has ta e l iminar la .
Pro m ove r e l desar ro l lo de es t r uc tura s qu e sa ti s-
faga n las nec es ida des h u m an as bs icas ( jus ti cia
mater ia l o sustancia l ) y maximice la par t ic ipa-
cin de las personas en la toma de decis iones
que afectan su vida ( jus t ic ia procesal ) .
Cultural
Ident i f i ca r y en ten de r los pa t ron es cu l tura les
que con t r ibuyen a l su rg imien to de expres iones
violentas del conf l ic to .
Ident i f i ca r y con s t ru i r m eca nism os y recu rsos
den t ro de l mbi to cu l tu ra l pa ra r e sponde r y
maneja r cons t ruc t ivamente los conf l i c tos .
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5.
Conectando
resolucin y
transformacin
H
e m o s e x p l o r a d o e l e n f o q u e t r a n s f o r m a t i v o c o m o
una perspec t iva de l conf l ic to y e l cambio . Aho-
ra, cmo se l levan a la prctica estas ideas? Al ir al
n ive l de l o p rc t i co , no podemos de j a r comple t amen te
de lado e l n ive l concep tua l . Debemos desa r ro l la r una
imagen c la ra de nues t ro p rops i to -e l "panorama" .
En o t ros t rminos , neces i tamos una v i s in es t ra t -
g ica para va lora r y desa r ro l la r p lanes y respues tas es -
pec cas . E l panorama nos ayuda a ve r e l p rops i to y
la d i recc in . S in l , nos podemos encont ra r fc i lmen-
t e r e spond iendo a una mu l t i t ud de p rob lemas , c r i s i s
y ans i edades sob reca rgadas de ene rg a . Puede s e r que
t e rminemos con un sen t ido de u rgenc i a , pe ro s in en t en -
de r c l a r amen te a qu con t r ibuyen nues t r a s r e spues t a s .
P u e d e s e r q u e r e s o l v a m o s m u c h o s p r o b l e m a s i n m e d i a -
tos s in c rea r , necesa r iamente , n ingn cambio soc ia l que
sea cons t ruc t ivo y de impor t anc i a .
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El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos
Parte de la idea de crear el panorama es ident i f icar y
ana l iza r las m et fo ra s que nos gu an . U na bu en a man e-
ra de empezar es comparando l as met fo ras de reso lu -
c in y t r ans fo rmacin .
He d icho que la transformacin de conflictos b r inda
un a persp ect iv a del conf l ic to d i f ere n te a la de
resolucin
del conflicto.
Creo que es ta reor ien tacin es tan funda-
men ta l que cambia l a esenc ia misma de l modo en que
miramos y respondemos a l conf l i c to soc ia l . Debemos
anal izar es to por sus impl icaciones en la prct ica .
Dir igirse hacia la transformacin y alejarse de la reso
lucin s ign i f i ca que es tamos cambiando o expand iendo
nuest ra idea gua . El lenguaje de resolucin nos ha pro
porc ionado has ta e l momento un ampl io marco es t ruc
tu ra l para nues t ras acc iones e in te rp re tac iones .
La reso luc in de conf l ic tos es un t rm ino reco noc ido
y am p l i am en t e acep t ad o t an t o en l a s co m u n i d ad es q u e
la apl ican, como entre quienes la invest igan. Ha dol
n ido un campo por ms de medio s ig lo . Dent ro de
c.st
c am po , ha y var ios en foques , fo rm as de en te nd er y de li
niciones, algunos de los cuales se asemejan a la mancrt t
en que es toy def in iendo una per spec t iva t r ans fo rmo
cional . Sin embargo, en esta
discusin en part icular , no
es toy tan in teresado en las def in ic iones de reso lucin y
t ransformacin como trminos en s mismos, s ino mfih
bien en el s ignif icado o las implicaciones sugerida poi
l as ideas que rep resen tan .
En su nivel ms bsico, el lenguaje de resolucin
impl ica encont rar una so lucin a un problema,
Orut1ltt
nues t ro pensamien to hac ia l a
t e rminac in de
m|1ullon
eve ntos o pr ob lem as qu e suelen ser expericiu' imi m uy
dolorosas. Hay un carcter definit ivo y una l inelidml
creada en el lenguaje cuando aadimos "re" a "solucin"
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Conectando reso luc in y t ransformacin
buscamos una conclusin. Para la resolucin l a pregunta
gua es : cmo acabamos con a lgo indeseado?
La t r ans fo rmac in nos conduce a l cambio , a cmo
las cosas cambian de una forma a ot ra . El proceso de
cambio e s fundamenta l pa ra e s t e l engua j e o r i en t ador .
Por su na tura leza , cuando aadimos " t rans" a " formar"
debemos con templa r t an to l a s i t uac in en cu r so como
la s i tuacin nueva.
Para latransformacin la pr eg un ta gua es s ta : cmo
acabamos con a lgo indeseado y cons t ru imos a lgo que
s deseamos?
La reso luc in con f recuenc ia d i r ige nues t ra a ten-
c in a los problemas emergentes . Dado su nfas i s en
las so luc iones inmedia tas , t i ende a concent ra rse en l a
sus tanc ia y contenido de l problema. Es to puede ex-
p l icar por qu ha predominado la l i t e ra tura sobre l a
tcnica de negociacin en e l campo de la resolucin
de l conf l i c to -desde los populares pues tos de l ibros de
aeropuer tos , has ta los cor redores de l as grandes ins -
t i tuc iones de inves t igac in . Abreviando, l a reso luc in
es t cent rada en e l contenido .
Por o t ra par te , l a t ransformacin inc luye la preocu-
pac in por e l contenido , pero cent ra su a tenc in en
el contexto de los pat rones de
las re laciones , puesto que ob-
serva que e l conf l ic to es t en-
marcado en una red y s i s te -
ma de pa t rones re lac ina les .
Podemos l levar es to un
pa so m s a l l . Tan to la resolu-
c in como l a t r ans fo rmac in
rec laman es ta r or ien tadas a l
proceso. No obstante , la reso-
La pregunta
gua para la
transformacin
es: cmo
a c a b a m o s c o n
a lgo indeseado y
cons tru imos a lgo
q u e d e s e a m o s ?
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El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos
lucin ve el desarrol lo del proceso centrado en la inmc-
diatez de la relacin, all donde tienen lugar los snto-
mas de cr i s i s y rup tura . La t ransformacin v isual iza e l
p rob lema ac tua l como una opo r tun idad pa ra inc lu i r un
contex to ms ampl io , exp lorar y en tender e l s i s tema de
relaciones y patrones que dan lugar a la cr is is . Busca
dar cuen ta t an to de lo s p rob lemas inmed ia to s , como
del s i s tema de pat rones re lac inales .
Esto requiere una visin de largo alcance que vaya
ms a l l de la p reocupacin por las neces idades inme-
d ia tas . En vez de un enfoque que es conducido por la
cr i s i s , la t ransformacin busca ac t ivamente uno de res-
pues ta es t ra tg ica a la misma. La pres in por resolver
l leva a procurar al iv io de corto alcance al dolor y la an-
s iedad , negoc iando respues tas a lo s p rob lemas de l mo-
men t . S in embargo , e sas respues tas pueden o no de ja r
in tocado el contexto y los patrones de las relaciones
ms p ro fundas que fue ron l a causa de lo s p rob lemas .
F inalmente , a cada perspect iva le aco m pa a un pu nto
de vista del conflicto. La resolucin ha tendido a enfo-
carse principalmente en los mtodos para des-escalar el
confl icto . La t ransformacin involucra tanto el des-esca-
lamiento del confl icto como el compromiso con ste , e
incluso la escalada, en bsqueda del cambio construct i -
vo. El cambio construct ivo requiere una variedad de ro-
les , funciones y procesos, a lgunos de los cuales pueden
an evidenciar la existencia de un conflicto.
En resumen , l a t r ans fo rmac in inc luye l a s con t r ibu -
c iones y en foques p ropues to s po r un l engua je basado
en la resolucin, pero no se l imita a ellos. Va ms all
de un proceso enfocado en la reso lucin de un prob le-
ma par t icu lar o episodio del confl icto para buscar el epi-
centro de l mismo.
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Con ec tando reso luc in y t rans form ac in
U n episodio es la expresin vis ible de un confl ic to
que surge den t ro de l a re lac in o s i s t ema , usua lmente
de n t ro de un e s pa c io de t e rmina do de t i e mpo . Ge ne ra
a tenc in y ene rg a a l rededor de un con jun to de p rob le -
mas pa r t i cu la res que neces i t an re spues ta . E l epicentro
del conf l ic to es la red de pa t rones re lac inales , que con
f recuenc ia p roporc iona una h i s to r ia de ep i sod ios v iv i -
dos , de los cua les emergen nuevos episodios y proble-
mas. Si e l episodio l ibera energa confl ic t iva en la re a-
c in, e l epicentro es donde se produce dicha energa .
La transformacin
aborda tanto
el episodio como
el epicentro del conflicto
El enfoque en e l ep icen t ro p roporc iona una se r ie de
pre gu nta s cen t ra le s : Cu l e s e l pa no ra m a de re lac iones
y pa t rones en los cua les surge e l problema? Cules son
los p rocesos de cambio po tenc ia le s y necesa r ios que
pueden responder t an to a los p rob lemas inmedia tos ,
como a l contexto ms ampl io que genera la c r is is? Qu
vis in a la rgo plazo podemos esperar cons t ru i r a par t i r
de las semil las y e l potencial en la cris is actual?
La idea de t rans formac in of rece una v i s in ampl ia -
da de l t iempo. Local iza problemas y c r is is dentro de
las re laciones y el contexto social . Crea un lente para
ver tanto la soluc in, como los procesos de cambio que
van suced iendo . La t rans formac in sug ie re que l a c lave
para so luc iones c rea t ivas rad ica en d i sea r u na p la ta for -
ma recep t iva y adap tab le pa ra e l cambio cons t ruc t ivo ,
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El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos
que dan lugar a la cr is is y los problemas emergentes. El
ep isod io del conf l ic to se convier te en una opor tun idad
para abordar e l ep icen t ro de l conf l ic to .
Reso lucin de conf l ic tos y
t rans fo rmac in de con f l i c to s :
U n a b r e v e c o m p a r a c i n d e p e r sp e c t i v a s
Perspectiva de Perspectiva de
Resolucin de Transforma cin de
Conflicto Conflicto
La pregunta
clave
. ;Cm o acab am os con algo
;Como acabamos con
, . , .
, . , , destructivo y construim os aleo
algo indes eado . , ?
deseado?
El enfoque
C entrado en el , , . . . .
, . , Ce ntrado en la relacin,
contenido.
El propsito
Llegar a un acuerdo Promover procesos de camb io
y a una solucin al constructivo, incluyendo
problem a emerg ente que soluciones inmediatas, pero sin
gen era crisis. limit arse a ellas.
El desarrollo
del proceso
_ , , . Visualiza el problem a eme rgente
Esta inm erso y , . , ,
, . , . ' , como una opor tunidad para
construid o alrededor , , .
, . . . resp on der a los snto ma s y, al
de las relacione s .
. . . , , . mismo t iempo, comp rometer
inm ediatas, do nd e los . . ,
r
.
r
.
. , los siste ma s en los qu e las
sntomas de rup tura , .relaciones se encuentran
aparecen.
inmersas.
Marco
temporal
, , , , El horiz on te pa ra el cam bio es
El ho rizo nte es el alivio, , ,. . .
. . . . de m edia no a largo alcanc e y es
en el corto plazo, del
L
,
. , , . , , , intencio nalm ente una respuesta
dolor, la ans ied ad y las , . . , , .
.. . ., ,
1
a la crisis, ma s que deja rse
dincu ltades. , . , 7
conducir por esta.
Visin del
conflicto
Visualiza el conflicto como una
ecologa que es racionalmente
... . . , j j j dinm ica con reflu jos
Visualiza la nece sidad de , . , , . ,
n
. ,
, , . desesca lada del conflicto para
des-escalar los proc esos , , . , ,
del conflicto pro cu rar el cam bio constructivo)
y flujos (escalada del conflicto
para procurar el cambio
constructivo).
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6 .
Crear un mapa del
conflicto
l "panorama" de l a t r ans formac in de conf l i c tos
suger ida en e l cap tu lo anter ior puede visua l izarse
como un mapa o diagrama (Figura 1) . Este est integra-
do por t r e s componentes p r inc ipa les , en e l que cada
uno representa un punto a explorar en e l desar rol lo de
la es tra tegia y la resp ue s ta a l conf l ic to . Em pe zam os con
el pr imer punto de explorac in: La s i tuac in ac tua l .
Exploracin 1:
La s i tuac in ac tua l
En la f igura 1 se visu aliza la si tu ac i n ac tua l c om o
un con jun to de es fe ras inmersas una den t ro de l a o t r a
y mos t radas como e l ipses . Una es fe ra e s una met fora
adecuada pa ra ayudarnos a pensa r sobre los e spac ios
de exploracin, s ignif icado y accin. Al contrar io del
c rculo, la esfera t iene l mites algo laxos, como en la
frase "una esfera de act ividad". Por tanto, la esfera nos
invi ta a un espacio d inmico.
Aqu la es fera de los problemas inmedia tos es t in-
mersa en la esfera de los patrones, los cuales , a su vez,
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El Pequ eo Libro de Tran sform acin de C onf l ic tos
estn inmersos en la esfera de la his tor ia . Esto nos re-
cuerda que e l problema inmedia to es t a r ra igado a un
contexto -en los patrones de las re laciones y las es t ruc-
turas , todas con una his tor ia .
Figura 1:
El panorama de la
t r a n s f o r m a c i n d e c o n f l i c t o s
Exploracin2:
El Horizonte
de Futuro
Exploracin 1:
La situacin
actual
Problema Soluciones
Patrones
Relaciones
Historia
Sistema
Personal
Episodio
Relaeional
Cultural
Epicentro
Estructural
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Crear un mapa del confl icto
Una parado ja c l ave de los p rob lemas emergen tes es
la conexin en t re e l p resente y e l pasado . Los pat rones
de "cmo se han venido dando las cosas" proporcionan
el contexto desde el cual emergen a la superf icie los
p rob lemas inmed ia tos de l a d i spu ta . Los p rob lemas ac-
tuales crean la opor tunidad de recordar y reconocer los ,
pero s tos en s mismos, no t ienen e l poder de cambiar
posi t ivamente lo que ya ha t rascendido . El po tencia l
para e l cambio const ruct ivo rad ica en nuest ra capaci -
dad de reconocer , en tender y reparar lo que ha suce-
d ido . El cambio posi t ivo requiere una d isposic in para
crear nuev as fo rm as de in te racc in , para co ns t ru i r r e a -
c iones y es t ruc tu ras con perspec t iva de fu tu ro .
Regresando a nuest ra def in ic in , la inmediatez de
los p rob lemas emergen tes y l a energ a l iberada cuando
las personas luchan por estos, definen la expresin "epi-
sdica" del conf l ic to . I r de los problemas emergentes
hacia las esferas de los pat rones re lacinales e h is t-
r icos nos conduce al epicentro del confl icto , el cual es
s iempre capaz de regenerar nuevos ep isodios , b ien sea
en p rob lemas s imi la res o d i s t in tos . La t r ans fo rmacin
busca ver y entender a los dos: el episodio y el epicen-
tro . Esto nos l leva a indagar en un tercer nivel - la Ex-
p lo rac in Tres - ; pe ro , p r imero neces i t amos examinar
o t ro conjunto de esferas involucradas: e l hor izonte de
fu t u ro .
Exploracin 2:
El ho r izon te de fu tu ro
El segundo punto a explorar nos ayuda a pensar so-
bre e l hor izonte de fu turo . La imagen de un hor izonte
puede se r un modo ap rop iado de imag inar e l fu tu ro ,
puesto que un hor izonte puede ser v is to , pero no toca-
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El Pequ eo Libro de Tran sform acin de C onf lic tos
do . Puede or ien ta r , pero impl ica un avance permanente
en 10 cot idian o. El fu tu ro es a lgo qu e po de m os visual i-
zar , pero no controlar .
En nues t ro panorama , e l fu tu ro e s r ep re sen t ado
como un conjunto de esferas , y s ignif ica que sugiere
algo abier to y dinmico. Inmersas en es te espacio de
compromiso y explorac in hay es fe ras ms pequeas
-so luc iones inmedia tas , re lac iones , es t ruc turas - que in-
volucran pos ib les caminos para t ra ta r los problemas in-
media tos que van surg iendo, as como procesos que in-
volucran p a t ron es re lac ina les y es t ruc tura les . Explorar
dent ro de l hor izonte de fu turo nos t rae preguntas como
s tas : Qu esperamos cons t ru i r? Idea lmente , qu nos
gus ta r a ver operando? Cmo podemos abordar todos
los niveles - tanto las soluciones inmediatas como los
pa t rones subyacentes - de re lac iones y es t ruc turas?
Si es tas dos ser ies de esf era s o niveles de exp loracin
( la s i tuacin actual y e l hor izonte de futuro) fueran los
n icos com po nen te s de l pa no ram a globa l, pos ib l em en te
t endr amos un mode lo de cambio l i nea l : un movimien-
to que i r a de la s i tuacin actual a l futuro deseado.
No obstante , es importante visual izar la imagen
comple t a como un c r cu lo i n t e r conec t ado . Podemos
ver esto en las energas sealadas por las f lechas. Las
esfe ras de l a s i tuac in ac tua l generan pres in para que
se haga algo inmediato. Son un t ipo de energa social
que crea un impulso hacia e l cambio, como lo indica la
f lecha que se mueve hacia delante . En e l ot ro lado, e l
hor i zon te de fu tu ro a r r a s t r a un impu l so que apun ta ha -
cia lo que podr a ser armado y const ruido. El hor izonte
representa una energ a soc ia l que informa y or ien ta .
Aqu la f lecha apunta tanto hacia atrs, a la si tuacin
inmediata , como hacia delante , hacia la ser ie de proce-
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Crear un mapa del confl ic to
sos de cambio que pueden emerger . La combinac in
de f lechas crea un c rculo completo. En otras palabras ,
nues t ro panorama g loba l e s un p roceso t an to c i r cu la r
co m o l inea l, o a 10 qu e an tes no s refe r im os co m o es-
t ruc tu ras -proceso .
Exploracin 3:
El desa r ro l lo de p rocesos de cambio
Lo anter ior nos l leva a la tercera y gran exploracin:
e l d i seo y apoyo a los procesos de cambio. Nueva-
mente , podemos v i sua l i za r lo en l a fo rma de una es -
fe ra con componentes in t e rnos . Es t a e s fe ra comple ta
requ ie re que pensemos l a r e spues t a a l conf l i c to como
el desar rol lo de procesos de cambio que a t ienden a la
red de neces idades , r e l ac iones y pa t rones in t e rconec-
tados con las cuat ro d imensiones : personal , re lac ional ,
cu l tu ra l y e s t ruc tu ra l .
Ntese que escr ibimos "procesos" en plural . Los pro-
cesos de cambio requieren que mantengamos unidas , a l
mismo t iempo, mlt iples iniciat ivas
in t e rdependien tes que son d i f e ren-
tes, pero no incompatibles. La trans-
formacin neces i ta que ref lexione-
mos sobre los mlt iples niveles y
t ipos de procesos de cambio, ms
que encaminarnos a una nica solu-
cin operat iva. El pro ceso de cam bio
aborda tanto el contenido del episodio, como los patro-
nes del contexto o el epicentro. Debemos conceptual izar
ml t ip les procesos de cambio que inc luyen soluc iones
para los problemas inmedia tos y al mismo tiempo, pro-
cesos que creen una plataforma para el cambio a largo
plazo en los pa tron es de las relacione s y las est ructu ras .
Este enfoque
va ms
all de la
negoc iac in
de so luc iones
y construye
algo nuevo.
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El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos
En su sent ido ms ampl io , en tonces , e l marco de la
t r ans fo rmac in comprende t r e s a spec tos a indaga r : l a
s i tuac in ac tua l , e l hor izonte de l fu turo prefer ido y e l
desarrol lo de procesos de cambio que los une a los dos.
E l m ovim ien to pa ra ir de l p re s en te a l fu tu ro desead o n o .
es una l nea rec ta . Ms b ien , s te representa un conjun-
to d inmico de in i c i a t ivas que ponen en movimien to
procesos de cambio y p romueven e s t r a t eg ia s de cambio
a largo plazo, a la vez que ofrecen respuestas a nece-
s idades espec f icas inmedia tas . La t ransformacin de
conf l ic tos enf renta es tos re tos : Qu c lase de cambios
y soluciones se necesi tan? A qu niveles? En torno a
qu temas? Inmersos en qu re lac iones?
Un marco as , enfat iza los re tos de cmo terminar
a lgo indeseado y cmo
construir
algo que s se desea.
Recordemos que e s t e en foque conec ta p rc t i cas de r e -
so luc in que usua lmen te se han en focado en mi ra r fo r -
mas de te rminar una " i te rac in" o repe t ic in par t icu la r
de l conf l ic to , con una or ien tac in t ransformadora que
obra en la cons t rucc in de l cambio en las d imens iones
relacional y es t ructural . Por un lado, es te marco l idia
con los problemas presentes y e l contenido de l conf l ic -
to , buscando encon t ra r so luc iones acep tab le s pa ra am-
bas par tes , en los que suelen ser pro 'cesos que reducen
la violencia y e l escalamiento cont inuo del confl ic to .
Por otro lado, es te enfoque va ms a l l de la negocia-
cin de soluciones y se construye hacia a lgo nuevo. Por
tan to , se requiere la negociac in de procesos de cambio
que su rgen de una vas t a comprens in de los pa t rones
relacinales y del contexto his tr ico.
La t ransformacin negocia tan to las so luc iones como
las inic ia t ivas de cambio social . El lo requiere una capa-
cidad para ver a t