Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

239
Tecnologias DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Transcript of Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 1/239

Tecnologias DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 2/239

Brasília, novembro de 2011

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 3/239

Esclarecimento

A UNESCO mantém, no cerne de suas prioridades, a promoção da igualdade degênero, em todas as suas atividades e ações. Devido à especificidade da língua

portuguesa, adotam-se nesta publicação, os termos no gênero masculino, parafacilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim,embora alguns termos sejam grafados no masculino, eles referem-se igualmenteao gênero feminino. Por exemplo, quando se menciona professor, subentende-setambém estar incluída a ideia de professora.

Os autores são responsáveis pela escolha e apresentação dos fatos contidos nestelivro, bem como pelas opiniões nele expressas, que não são necessariamente as daUNESCO, nem comprometem a Organização. As indicações de nomes e a apre-sentação do material ao longo deste livro não implicam a manifestação de qualqueropinião por parte da UNESCO a respeito da condição jurídica de qualquer país,

território, cidade, região ou de suas autoridades, tampouco a delimitação de suasfronteiras ou limites.

Los autores son responsables por la opción y presentación de los hechos que con-tiene este libro, así como por las opiniones que expresa el mismo, que no sonnecesariamente las de la UNESCO, ni comprometen a su organización. Lasindicaciones de nombres y la presentación del material a lo largo de este libro noimplican que se manifieste cualquier opinión por parte de la UNESCO respectoa la condición jurídica de cualquier país, territorio, ciudad, región o de susautoridades, ni tampoco la delimitación de sus fronteras o limites.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 4/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 5/239

© 2011 UNESCO.Todos os direitos reservados.

Revisão (português): Lúcia Lovato LeiriaRevisão (espanhol): Fernando Campos LezaProjeto gráfico e capa: Unidade de Comunicação Visual da Representação daUNESCO no Brasil

Tecnologias para o desenvolvimento sustentável no Mercosul: edição 2011 doPrêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia. – Brasília: RECyT/ MERCOSUL,UNESCO, CNPq, MBC, Sangari do Brasil e MCTI, 2011.

248 p.

ISBN: 978-85-7652-154-9

1. Tecnologia 2. Desenvolvimento Sustentável 3. Mercosul. 4. AméricaLatina I. Reunião Especializada de Ciência e Tecnologia II. UNESCO III.

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico IV. Movi-mento Brasil Competitivo

Impresso no Brasil

Representação no Brasil

SAUS, Quadra 5 Bloco H, Lote 6,Ed. CNPq/IBICT/UNESCO, 9º andar

70070-912 - Brasília - DF - Brasil

Tel.: (55 61) 2106-3500

Fax: (55 61) 2106-3697

E-mail: [email protected]: www.unesco.org/brasilia

Twitter: @unescobrasil

www.facebook.com/unesconarede

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 6/239

À Comissão de Avaliação dos trabalhos concorrentes ao Prêmio, consti-tuída de representantes indicados pelas coordenações da Reunião Especiali-zada de Ciência e Tecnologia – RECyT dos países-membros do MERCOSUL,que esteve reunida no escritório da UNESCO, em Brasília, no período de 13a 15 de setembro de 2011 para analisar e selecionar os trabalhos premiadosem quatro categorias.

Ao grupo técnico constituído por especialistas pertencentes às instituiçõesorganizadoras e patrocinadoras do Prêmio.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico –CNPq/Brasil, ao Movimento Brasil Competitivo – MBC/Brasil, ao Minis-tério de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina, ao ConselhoNacional de Ciência e Tecnologia do Paraguai, ao Ministério de Educação

eCultura do Uruguai, ao Observatório Nacional de Ciência, Tecnologia eInovação da Venezuela, parceiros na organização e execução desse Prêmio;à Sangari do Brasil e ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação doBrasil – MCTI/Brasil, patrocinadores do Prêmio MERCOSUL de Ciência eTecnologia de 2011.

A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realizaçãodesse Prêmio.

AGRADECIMENTOS

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 7/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 8/239

Abstract....................................................................................................9

Prêmio MERCOSUL de Ciência e Tecnologia – Chamada 2011............11

TRABALHOS PREMIADOS

Categoria Iniciação CientíficaProtótipo de produção do dimetil-éter a partir do bagaço da cana:transformação de rejeito em energia........................................................15

Categoria Estudante UniversitárioBiocompósitos de Poli(etileno-co-acetato de vinila) (EVA)reforçados com fibra vegetal ...................................................................37

Categoria Jovem PesquisadorFilms biodegradables elaborados con nanomaterialespara envases industriales.........................................................................67

Categoria IntegraçãoEl problema del arsénico en el MERCOSUR.Un abordaje integrado y multidisciplinar en la investigacióny desarrollo para contribuir a su resolución.............................................85

SUMÁRIO

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 9/239

TRABALHOS AGRACIADOS COM MENÇÃO HONROSA

Categoria Iniciação Científica

Energía verde: producción de biogás.....................................................111Categoria Estudante UniversitárioSíntesis y estructuración de biomaterialesa partir de precursores de bajo costo e impacto ambiental .....................149

Categoria Jovem PesquisadorProdução de H2 sobre catalisadores Cu/CeO2

sintetizados sem impregnação da espécie catalítica ativa........................177

Categoria IntegraçãoEstrategias biotecnológicas para el control de enfermedadesbacterianas y por protozoarios intracelulares que afectanal ganado bovino del MERCOSUR......................................................199

Nota sobre os autores...........................................................................229

Nota sobre os membros da comissão de avaliação.................................245

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 10/239

ABSTRACT

9

The Mercosur’s Science and Technology Award was established in 1998by the Science and Technology Specialised Meeting – RECyT/Mercosur. Inits eighth edition, the call for submission was launched on the 2nd of May,2011, with partnership from United Nations Educational, Scientific andCultural Organization (UNESCO), Brazilian Competitive Movement (MBC)and National Council for Scientific and Technological Development(CNPq/Brazil), and sponsorship from Sangari/Brazil and the BrazilianMinistry of Science, Technology and Innovation (MCTI). The goal of theAward is to recognize and award prizes to the best research works thatrepresent potential contribution to scientific and technologicaldevelopment of Mercosur countries. It also provides incentives for scientificand technological research to be carried out, directed at the regional integration

process amongst the countries in the block. In 2011, Technologies for sustainable development was chosen as the topic with four categories:Scienti fic Initi ation for students of upper secondary education up to 21 yearsof age,University Student for higher education undergraduates with no agelimit, Young Researcher for graduated scholars of up to 35 years of age andIntegration for teams that have graduated, with no age limit and involving atleast two different countries. This book presents the Award winners and theHonour received works in its four categories.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 11/239

11

Elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

– criada pelas Nações Unidas –, o conceito de desenvolvimento sustentávelestá relacionado à idéia de promover-se uma forma de desenvolvimento capazde suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade deatender às necessidades das futuras gerações. O objetivo da adoção desseconceito é harmonizar o desejo de desenvolvimento econômico contínuocom a imperativa de conservação dos recursos naturais.

De uma forma mais ampla, a tecnologia para o desenvolvimentosustentável está vinculada ao uso da ciência e da tecnologia para melhorar aqualidade de vida e para promover o desenvolvimento socioeconômicobaseado no uso racional dos recursos naturais. É imprescindível, portanto, aarticulação dos diferentes saberes acadêmico-profissionais das engenharias,ciências exatas, ciências biológicas e das ciências humanas e sociais, assimcomo o estabelecimento de parcerias com diferentes atores da sociedade. Astecnologias para o desenvolvimento sustentável envolvem as questões refe-rentes à redução das desigualdades sociais, à conservação da biodiversidade,ao aumento do bem-estar humano, ao aprimoramento dos sistemas sociaismantidos ao longo do tempo e à adoção de novos paradigmas de desenvol-

vimento econômico que levem em conta a redução do impacto da açãohumana sobre o meio ambiente.O enfoque acima é essencial para o momento atual dos países do Cone

Sul. Esses países têm importância crescente no cenário mundial por seuacelerado crescimento econômico e por suas riquezas e reservas naturais.

Existem três aspectos básicos para se trilhar o caminho do desenvolvimentosustentável. O primeiro é conhecimento, e as comunidades acadêmico-científica e empresarial são a base para produzi-lo e disseminá-lo. O segundoé educação promotora da consciência dos cidadãos, relacionando-os com o

PRÊMIO MERCOSUL DE CIÊNCIAE TECNOLOGIA – Chamada 2011

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 12/239

mundo em que vivem. E, por fim, mas também fundamental, tem-se oplanejamento, que será o mapeamento do melhor caminho a ser percorrido.

O Prêmio MERCOSUL de Ciência e Tecnologia em sua versão 2011estimulou membros da comunidade acadêmica e científica a refletirem sobre

este importante tema. O objetivo é estimular a cooperação técnica e científicaentre os países da região, para auxiliar no enfrentamento do desafio dapromoção do desenvolvimento com o uso racional dos recursos dessa regiãocom enormes riquezas naturais.

Em 2011, o Prêmio MERCOSUL de Ciência e Tecnologia foi promovidopela Reunião Especializada de Ciência e Tecnologia para o MERCOSUL(RECyT), em parceria com a UNESCO, o Conselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológico (CNPq/Brasil) e o Movimento Brasil

Competitivo (MBC). Essa edição contou com o patrocínio da Sangari do Brasile do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil (MCTI/Brasil).

São apresentados, a seguir, os trabalhos premiados nas quatro categorias.

1º Lugar – CATEGORIA INICIAÇÃO CIENTÍFICATrabalho: “Protótipo de produção do dimetil-éter a partir do bagaço da cana:transformação de rejeito em energia”Autor: Lucas Ribeiro Mata, 18 anos, estudante da 4ª série no Instituto Federalde Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense – Campus MacaéProfessora-orientadora: Margarida Lourenço CastellóPaís: Brasil

1º Lugar – CATEGORIA ESTUDANTE UNIVERSITÁRIOTrabalho: “Biocompósitos de Poli(etileno-co-acetato de vinila) (EVA) reforçadoscom fibra vegetal”Autor: Rafael Panzetti, 21 anos, estudante do 6º semestre do curso de

Química na Universidade Estadual de Campinas – UNICAMPProfessor-orientador: Marco-Aurelio De PaoliPaís: Brasil

1º Lugar – CATEGORIA JOVEM PESQUISADORTrabalho: “Films biodegradables elaborados con nanomateriales para envasesindustriales”Autora: Lucía Mercedes Famá, 35 anos, pós-doutorado

País: Argentina

12

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 13/239

1º Lugar – CATEGORIA INTEGRAÇÃOTrabalho: “El problema del arsénico en el MERCOSUR. Un abordaje inte-grado y multidisciplinar en la investigación y desarrollo para contribuir a suresolución”

Autores:Marta Irene Litter, 65 anos, argentina, pós-doutoradoAlejo Leopoldo Pérez Carrera, 38 anos, argentino, doutorado completoAlicia Fernández Cirelli, 63 anos, argentina, pós-doutoradoAna María Ingallinella, 68 anos, argentina, doutorado completoAna María Sancha Fernández, 67 anos, chilena, doutorado completoHugo Benjamín Nicolli, 71 anos, argentino, doutorado completoLorena del Pilar Cornejo Ponce, 48 anos, chilena, pós-doutorado

Nelly Angélica Mañay Larrosa, 56 anos, uruguaia, doutorado completoSilvia Sara Farías, 59 anos, argentina, doutorado completoVirginia Sampaio Teixeira Ciminelli, brasileira, doutorado completoPaíses: Argentina, Brasil, Chile e Uruguai

Menção Honrosa – CATEGORIA INICIAÇÃO CIENTÍFICATrabalho: “Energía verde: producción de biogás”Autora: Lisandra Magali Delvalle Guillen, 17 anos, estudante do 2º ano doColégio Nacional São Miguel ArcanjoProfessora-Orientadora: Carmen Saucedo de VillalbaPaís: Paraguai

Menção Honrosa – CATEGORIA ESTUDANTE UNIVERSITÁRIOTrabalho: “Síntesis y estructuración de biomateriales a partir de precursoresde bajo costo e impacto ambiental”Autor: Diego Ariel Onna, 25 anos, estudante do 5º ano da Faculdade deCiências Exatas e Naturais da Universidade de Buenos Aires

Professora-Orientadora: Yanina Susana MinaberryPaís: Argentina

Menção Honrosa – CATEGORIA JOVEM PESQUISADORTrabalho: “Produção de H2 sobre catalisadores Cu/CeO2 sintetizados semimpregnação da espécie catalítica ativa”Autora: Laédna Souto Neiva, 32 anos, doutorado completoPaís: Brasil

13

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 14/239

14

Menção Honrosa – CATEGORIA INTEGRAÇÃOTrabalho: “Estrategias biotecnológicas para el control de enfermedades bacterianasy por protozoarios intracelulares que afectan al ganado bovino del MERCOSUR”

Autores da Argentina 

María Isabel Romano, 59 anos, pós-doutorado completoAngel Adrián Cataldi, 56 anos, pós-doutorado completoBibiana Felicitas Brihuega de Fernández, 56 anos, pós-doutorado completoCarlos Manuel Campero, 65 anos, pós-doutorado completoDadín Prando Moore, 38 anos, pós-doutorado completoFabiana Bigi, 46 anos, doutorado completoFederico Carlos Blanco, 33 anos, doutorado em cursoFernando Oscar Delgado, 36 anos, mestrado completo

Karina Cynthia Caimi, 40 anos, pós-doutorado completoLucas Emilio Vagnoni, 38 anos, ensino superior completoLuis Ernesto Samartino, 57 anos, pós-doutorado completoMarcelo Cristian Fort, 54 anos, mestrado completoMaría Fiorella Alvarado Pinedo, 36 anos, ensino superior completoMaría José Federica Gravisaco, 43 anos, pós-graduação completaMaría Laura Mon, 28 anos, doutorado em cursoMaría Verónica Bianco, 34 anos, doutorado em cursoMaría Virginia Meikle, 43 anos, pós-doutorado completo

Sergio Gabriel Garbaccio, 38 anos, ensino superior completoSilvina Elizabeth Wilkowsky, 44 anos, pós-doutorado completoSilvio Lorenzo Pedro Cravero, 52 anos, ensino superior completo

Autores do Brasil Caroline Rizzi, 34 anos, doutorado em cursoDaniela Fernandes Ramos, 29 anos, doutorado em cursoOdir Antônio Dellagostin, 44 anos, pós-doutorado completo

Autores do Paraguai Guillermo Giménez Bareiro, 31 anos, ensino superior completoJuan Guillermo Cantero Portillo, 29 anos, ensino superior completoMaría Teresa Rovira Díaz de Bedoya, 53 anos, mestrado completo

Autores do Uruguai Alejandra Suanes Martínez, 35 anos, ensino superior completoAlvaro Jorge Nuñez Alesandre, 50 anos, pós-doutorado completoAndrés Domingo Gil Rodríguez, 61 anos, pós-doutorado completoJosé Miguel Piaggio Mazzara, 49 anos, pós-doutorado completo

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 15/239

Cat egoria Iniciação Cient ífica1º Lugar

PROTÓTIPO DE PRODUÇÃ O DO DIM ETIL-ÉTERA PARTIR DO BAGA ÇO DA CANA:TRANSFORM AÇÃ O DE REJEITO EM ENERGIA

Autor: Lucas Ribeiro M ata, 18 ano s, estu dan te d a 4 ª série no

Insti tu to Federal d e Edu cação, Ciência e Tecnolo gia Flum inen se –Campus M acaé

Professora-Orientadora: M argarida Lou renço Castelló

País: Brasil

15

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 16/239

PROTÓTIPO DE PRODUÇÃO DODIMETIL-ÉTER A PARTIR DO BAGAÇODA CANA: TRANSFORMAÇÃODE REJEITO EM ENERGIA

17

RESUMOA matéria lignocelulósica é a biomassa mais abundante na natureza; no

entanto, não é utilizada na alimentação humana, e sua utilização como matériaprima na produção de combustíveis ainda é limitada tecnológica e econo-micamente. A maioria dos municípios do Norte do Estado do Rio de Janeiroé agrícola, tendo como principal cultura a cana-de-açúcar. Cerca de doisterços da energia da cana-de-açúcar está concentrada no bagaço e na palha,sendo esta queimada na colheita e parte do bagaço usada como combustívelpara o aquecimento das dornas nas usinas e na geração de energia elétrica.

O dimetil-éter (DME), desde a década de 60, é utilizado como propelenteem aerossóis, porém, no final da década de 90, descobriu-se que o DMEpode substituir o diesel e o gás de cozinha. O objetivo do projeto foi construirum protótipo de uma planta de termoprocessamento do bagaço da cana,visando à produção do DME, utilizando sucata comum.

Inicialmente foi realizado um estudo para avaliar as rotas de obtenção doDME e do gás de síntese, em seguida foi desenvolvido um pequeno piro-lisador para testar o comportamento do bagaço na obtenção do gás de síntese,sendo também testada a obtenção do DME por meio da desidratação dometanol. Na sequência, foi desenvolvido o protótipo da planta de termo-processamento do bagaço de cana, constituído por forno, desumidificador,reator e coletor de gases. Foram realizados testes de obtenção do DME apartir do bagaço, utilizando o protótipo.

A partir da análise cromatográfica, com detector de ionização de chama(FID), do produto final obtido, pode-se concluir que foi produzido o DME.Os testes mostraram ainda que o protótipo é seguro e pode ser usado emdiversos tipos de termoprocessamento, com aproveitamento de todos osprodutos obtidos.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 17/239

1. INTRODUÇÃO

No Norte do Estado do Rio de Janeiro, as principais atividades econô-micas são a indústria sucroalcooleira e a extração do petróleo (iniciada nadécada de 70). A extração de petróleo é centralizada nos municípios de Campos

dos Goytacazes e Macaé, enquanto os demais municípios possuem comoprincipal atividade econômica a agropecuária, com destaque para a culturada cana-de-açúcar. A produção de cana no Estado do Rio de Janeiro estácentralizada na região. Enquanto a produção dessa matéria-prima, cada vezmais atraente em função da crescente demanda por etanol e açúcar, temaumentado significativamente em todo o país, na região, permanece constante.

Uma prática que poderia contribuir para minimizar, ou mesmo debelar,a atual crise na indústria sucroalcooleira da região é o aproveitamento de toda

a energia dessa matéria-prima, pois o bagaço e a palha da cana-de-açúcar(componentes lignocelulósicos) detêm cerca de dois terços da energia totaldessa biomassa. Parte do bagaço produzido é queimada nos fornos paraaquecimento das caldeiras e geração de energia elétrica, cerca de 40 %,enquanto o restante (60 %) é amontoado no pátio das usinas, sendo poste-riormente queimado. A fuligem que sobe ao céu resultante dessas queimadasé constituída de setenta produtos químicos prejudiciais à saúde humana e aoambiente. Atualmente existe no Brasil uma rota de geração de energia a partirde rejeitos lignocelulósicos viável tecnológica e economicamente que consiste

na queima ou gasificação desses materiais para geração de energia elétrica.Com a construção do porto e do Polo Industrial do Açu na região, haverá

um aumento significativo no consumo de energia elétrica, fazendo-se neces-sária a construção de usinas termoelétricas. Além disso, surgirá na região ademanda por carvão para alimentação dos fornos da siderúrgica que seráinstalada no polo.

A mistura gasosa constituída de monóxido de carbono e hidrogênio recebeo nome de gás de síntese, pois, a partir dessa mistura, é possível obter vários

compostos orgânicos com utilizações nas mais diversas áreas industriais.Recentemente o dimetil-éter (DME), um éter obtido a partir do gás de sín-tese, tem chamado a atenção mundial em função de seu potencial uso comocombustível substituto da gasolina, diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP)(OLIVEIRA, 2005). Embora o DME tenha sido utilizado como insumo naindústria química para obtenção de olefinas e como substituto dos clorofluo-carbonetos em propelentes desde a década de 60, sua aplicação comocombustível só foi descoberta no final da década de 90. No último ano, aChina começou a utilizar o DME como aditivo do GLP. Para sua produção

18

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 18/239

19

atualmente são utilizados como matéria-prima o carvão mineral, o gás naturale o metanol (NIEMEYER, 2007). O DME pode também ser usado comocombustível em termoelétricas sendo um atrativo combustível na região.

O objetivo deste projeto foi construir o protótipo de uma planta para

termoprocessamento do bagaço com a consequente produção do DME(“bio-DME”), utilizando para isso sucata comum. Como se trata de umgrande desafio tecnológico, uma vez que não há relatos da existência de umaplanta de produção do DME a partir de biomassa lignocelulósica, o projetofoi dividido em duas etapas: a primeira etapa foi constituída de estudosbibliográficos, escolha da rota de produção do bio-DME e construção daplanta. Já a segunda consistiu em aprofundamentos teóricos sobre termopro-cessamento de material lignocelulósico (carbonização, pirólise, gasificação),geração de gás de síntese e geração de energia a partir do gás de síntese e conversãode gás de síntese em DME; em ajustes na planta de termoprocessamento;em tentativas de produzir o DME a partir do bagaço da cana-de-açúcar(utilizando a planta construída); em cálculos do balanço de massa e dobalanço energético térmico; em avaliação econômica do custo do protótipoe do processo. Com esta planta, será possível transformar o bagaço, potencialresíduo da região, em um combustível para ser utilizado na própria região.

2. METODOLOGIA

Tendo como princípio norteador do projeto o método de engenharia,nesta seção, serão apresentados todos os materiais e métodos utilizados paraa implementação da solução escolhida para os problemas observados.

2.1. PLANEJAMENTO

Após a escolha de uma solução para as necessidades existentes, seguindoo método de engenharia, esta solução deve ser implementada, para isso, faz-se necessário um planejamento de como será feita essa implementação. Segundo

Amado, “o planejamento é a definição de um futuro almejado e dos meios ealternativas mais eficazes de alcançá-lo” (AMADO, 2010).

Para o planejamento deste projeto, foi escolhido o método 5W2H , queconsiste em responder às seguintes perguntas em inglês:What (o quê)?Why (por quê)?Who (quem)?Where (onde)?When (quando)?How (como)?How much (quanto)?

What? Construir um protótipo capaz de transformar o bagaço da cana-de-açúcar

em um combustível, utilizando como material deste protótipo sucata.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 19/239

Why ?Para solucionar os problemas existentes na região.Who ?O desenvolvimento deste projeto cabe ao seu autor, sob orientação da

professora orientadora e supervisão dos laboratoristas dos laboratórios.Where ?No Instituto Federal Fluminense, campus Macaé, em seus laboratórios de

química, de ajustagem mecânica e de soldagem, em sua oficina de caldeiraria,em sua biblioteca, em sua sala dos projetos de extensão e em seu micródromo.E também na casa do referido aluno e de sua orientadora.

When ?De 01 de agosto de 2010 a 01 de agosto de 2011, conforme cronograma

apresentado na Tabela 1. A primeira etapa consiste no levantamento biblio-gráfico e na construção da planta, enquanto a segunda consiste na realizaçãode experimentos utilizando a planta construída, a fim de elaborar uma análisetecnológica e econômica da solução proposta.

Tabela 1. Cronograma de execução do projeto.

20

Atividade/ Mês

       0       8       /       1       0

       0       9       /       1       0

       1       0       /       1       0

       1       1       /       1       0

       1       2       /       1       0

       0       1       /       1       1

       0       2       /       1       1

       0       3       /       1       1

       0       4       /       1       1

       0       5       /       1       1

       0       6       /       1       1

       0       7       /       1       1

       0       8       /       1       1

Levantamento

bibliográfico X X X X X X X X X X X XExperimentos X X X X X X X X

Tratamento dos dados X X X X X X X X X X X X X

Construção doprotótipo X X X

Obtenção do bio-DME X X X X

Visitas técnicas X X X X X X

Elaboração dorelatório X X X X

Conclusão da primeiraetapa X

Conclusão doprotótipo X

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 20/239

21

Tabela 1. Continuação.

How ?Para a implementação da solução conforme mostra o cronograma, inicial-

mente foi realizado um amplo e criterioso levantamento bibliográfico embibliotecas, emsites de busca científica como Sciencefinder, Googleacademico,Sciencedirect, Scielo e Elsevier, buscando obras de cunho científico, taiscomo, dissertações de mestrado, apostilas e apresentações de professores eespecialistas, artigos científicos, teses de doutorado, projetos de universidadese centros de pesquisa, revistas e periódicos científicos. Essas obras foram tambémbuscadas por meio dos sitesde universidades, como a Universidade de SãoPaulo (USP), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade

Estadual de Campinas (UNICAMP). Em todo o levantamento foram adotadoscritérios para que nenhum dado de fontes não confiáveis fosse utilizado nesteprojeto.

Por meio do levantamento bibliográfico, foram realizadas investigaçõessobre o gás de síntese: histórico, suas rotas de obtenção, importância naindústria química, aplicações na atualidade, processos usados industrial-mente, tecnologias em estudo, estado da arte e viabilidade (tecnológica eeconômica), DME (histórico, panorama mundial de produção, estado da

arte, processos de obtenção, aplicações, importância nas indústrias, tecno-logias em estudo, viabilidade tecnológica e econômica e patentes), bio-DME(estado da arte), bagaço e palha da cana-de-açúcar (composição, cinzas, rotasde aproveitamento, poluição, quantidades produzidas, produtos gerados eprocessos aplicados na atualidade para aproveitamento), região norte fluminense(economia, dados geográficos, histórico e realidade socioeconômica), indústriasucroalcooleira (processos, rejeitos, participação na economia brasileira e suaimportância), poluição atmosférica, demanda energética nacional, fontes deenergia e biomassas.

Atividade/ Mês

       0       8       /       1       0

       0       9       /       1       0

       1       0       /       1       0

       1       1       /       1       0

       1       2       /       1       0

       0       1       /       1       1

       0       2       /       1       1

       0       3       /       1       1

       0       4       /       1       1

       0       5       /       1       1

       0       6       /       1       1

       0       7       /       1       1

       0       8       /       1       1

Entrevistas X X X X X X X X X X

Divulgação científica X X

Registros no diário debordo X X X X X X X X X X X X X

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 21/239

Ao longo deste trabalho foram realizadas entrevistas com profissionais,professores e especialistas em assuntos de interesse para o projeto, consultando--os a fim de obter informações, opiniões, críticas e recomendações de obrascientíficas.

Foram feitas visitas a universidades, indústrias e centros de pesquisa paraa obtenção de informações experimentais e visuais de processos químicosindustriais de aproveitamento de biomassas e equipamentos empregadosnesses processos.

Os procedimentos experimentais realizados no início do projeto tiveramcomo finalidade verificar experimentalmente as rotas de produção do DMEe as rotas de produção do gás de síntese a partir do bagaço. Os procedimentosexperimentais do final do projeto, por sua vez, tiveram por finalidade pro-mover o termoprocessamento do bagaço, utilizando para isso o equipamento

construído por este projeto, com vistas a responder à seguinte pergunta:How much ?O custo do protótipo da planta foi avaliado no fim de sua construção,

levando-se em conta apenas os custos dos materiais adquiridos no comércio.O planejamento apresentado foi elaborado no início do projeto e foi

rigorosamente observado ao longo do seu desenvolvimento.

2.2. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

2.2.1. Desidratação do metanolA produção de éteres simétricos pode ser feita pela desidratação dos

respectivos alcoóis (MORRISON; BOYD, 1972). A reação ocorre com ácidosulfúrico concentrado, sob temperatura controlada, com excesso de álcool afim de deslocar o equilíbrio da reação no sentido da formação dos produtos.

O controle da temperatura é necessário para que se evite a formação doalceno correspondente. Foi utilizada neste experimento vidraria para desti-lação simples, sendo esta montada em capela, conforme ilustra a Figura 1.

Foram colocados 100 ml de metanol (99,9 %) na ampola de decantaçãoe 49,1 ml de metanol 95 % com 50,5 ml de ácido sulfúrico (16 mol/l) nobalão de destilação. Quando a temperatura atingiu 145 °C, foi iniciadoo gotejamento do metanol contido na ampola, mantendo sempre atemperatura reacional na faixa de 135-140 °C. Após acabar o metanolcontido na ampola, aqueceu-se o balão por mais dez minutos.

Como o laboratório não possui recursos que garantam a manutenção datemperatura no frasco coletor do DME produzido abaixo de -25 °C, optou-se por obtê-lo de modo qualitativo, sendo assim, no lugar do frasco coletor,

22

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 22/239

23

foi colocada uma solução de permanganato de potássio (0,5 g/l) que indicariaa produção do DME por meio da mudança de coloração, ocasionada pelaredução do permanganato de potássio pelo DME.

Figura 1. Aparelhagem utilizada na desidratação do metanol.

2.2.2. Pirólise

O gás de síntese pode ser obtido por meio da pirólise de materiaislignocelulósicos secos em retortas com ausência de oxigênio sob pressão

atmosférica e temperatura de 250 °C (FELTRE, 1976).Neste processo, também se obtém mistura gasosa, constituída princi-palmente por gás de síntese, metano, dióxido de carbono e gás nitrogênio,mistura líquida, constituída principalmente por água, ácido acético, metanole acetona, alcatrão e carvão.

2.2.2.1. Construção do pirolisador 

Para a construção do pirolisador, foi usado um tubo galvanizado de 40 mmde diâmetro externo, uma chapa de aço 1020 preta e um parafuso de 3/8. O

tubo foi desbastado em um torno mecânico e cortado com uma serra manualtendo um comprimento de 100 mm. O tubo foi fechado com a chapa de aço pormeio do processo de soldagem por eletrodo revestido; em uma extremidade,foi feito um furo de 17 mm de diâmetro; e em um ponto da lateral foi feitoum furo de 8 mm (usando uma furadeira de bancada), onde foi enroscado oparafuso. Em seguida, foi construído um suporte para o gaseificador, utilizandotrês vergalhões de 3/8 com 150 mm de comprimento e um anel de aço.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 23/239

Figura 2. Pirolisador construído.

2.2.2.2. Pirólise do bagaço.

Utilizando o pirolisador construído, foi realizado o teste da pirólise dobagaço da cana-de-açúcar, que, antes do teste, permaneceu durante 15 h emuma estufa a 150 °C. Realizou-se este experimento três vezes com diferentesmassas para comparar a massa de bagaço usada e a quantidade de carvãoproduzida. Para esses experimentos, foi utilizado, para aquecimento dopirolisador, um bico de Bunsen, conectado a um botijão contendo gás GLP.Para comprovar a produção de gás de síntese, foi aproximada da mistura

gasosa produzida a chama de um palito de fósforo aceso.2.2.3. Construção do protótipo

O protótipo construído inicialmente foi constituído de um forno, umdesumidificador e um reator, conforme apresenta a Figura 3.

Figura 3. Protótipo construído.

24

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 24/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 25/239

2.2.5. Teste do protótipo com bagaço

Para o teste do protótipo com bagaço, foram colocados cerca de cem gramasde bagaço de cana-de-açúcar no forno e, como não havia catalisadores especí-ficos para a síntese do metanol a partir do gás de síntese, apenas pentóxido

de nióbio e zeólita ácida HZM-5, foram colocados esses catalisadores napeneira micrométrica do reator. Depois da vedação do reator, foi iniciado oaquecimento do bagaço. Após vinte minutos, cessou-se o aquecimento.

2.2.6. Ajustes e modificações no protótipo

Considerando-se os resultados obtidos nos testes do protótipo, as entre-vistas com especialistas em equipamentos de pressurização e as informaçõesobtidas por meio dos estudos realizados, foram realizadas algumas alterações

no protótipo.A primeira foi a adaptação de um fogão industrial de uma boca comquatro tochas, adquirido em uma loja de sucatas, ao forno. Para essa adap-tação, fez-se necessária a construção de um suporte para sustentar o forno.A válvula simples utilizada em fogões caseiros, que ligava o botijão contendoGLP ao fogão, foi substituída por uma válvula de gás de alta pressão usadaem fogões industriais. Essa substituição foi realizada para aumentar a tempe-ratura de aquecimento no forno e assim favorecer um aumento na produçãode gás de síntese.

Foram instalados dois termopares na planta, um no forno e outro noreator. O reator, que antes era constituído de duas luvas galvanizadas de 2 ½”,foi modificado, sendo constituído de apenas uma luva e dois bujões galva-nizados de 2 ½”. Uma nova peneira micrométrica para difusão do gás desíntese pelo catalisador foi construída para o novo reator de menorcapacidade. Tal modificação foi realizada tendo em vista um aumento dapressurização do gás de síntese.

No intuito de garantir uma boa vedação na planta, foram construídos três

anéis de aço galvanizado de 2 ½” de diâmetro interno. Esses anéis foramfeitos a partir de tubos de aço ociosos, existentes na oficina de caldeiraria dainstituição, sendo o comprimento de cada anel de 15 mm. Para a construçãodesses anéis, foram utilizados um torno mecânico manual e uma serra manual.Junto com esses anéis, foram colocados anéis de vedação hidráulicos utili-zados em sistemas de esgotos. Dois dos anéis feitos foram colocados no reator,e um deles foi colocado no desumidificador.

26

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 26/239

27

Figura 5. Protótipo após modificações e ajustes.

Para o recolhimento do DME produzido, foi construído um frasco coletorque foi conectado à válvula de controle da saída do reator. O frasco coletoré constituído por uma cuba plástica, um balão volumétrico Bio Cristal de200 ml e um tubo de cobre de ¼” pol. O tubo de cobre liga a saída do reatoraté o balão volumétrico que fica imerso em gelo dentro da cuba plástica.

2.2.7. Teste de obtenção do DME

Para o teste de obtenção do DME a partir do gás de síntese produzido na

pirólise do bagaço, foram colocados cerca de cem gramas de bagaço de cana-de-açúcar no forno; no reator, foram colocados uma mistura física decatalisadores hidrogenantes e desidratantes, cem gramas de dióxido de titânioe cem gramas de zeólita HZMS-05 (respectivamente). A pirólise e a síntesedireta do DME foram realizadas sob pressão de 0,8 mPa. O teste foi realizadodurante 25 minutos. Durante o processo de pirólise, o bagaço foi aquecidosob temperatura de 560 °C. Como o dimetil-éter, sob condições ambientes,encontra-se no estado gasoso e o cromatógrafo gasoso encontrado naUniversidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) não tinha bico deinjeção para gás, o recolhimento do gás produzido foi realizado por meio doborbulhamento do gás em dietil-éter puro pró-análise, único semelhantequímico do dimetil-éter encontrado nos laboratórios pesquisados.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 27/239

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Seguindo o método de engenharia, nesta seção serão apresentados osresultados obtidos e suas respectivas análises.

3.1. PROCESSOS DE OBTENÇÃO DO DMEO DME pode ser obtido a partir do gás de síntese, do metanol e do

dióxido de carbono. A partir do gás de síntese, o DME pode ser obtido deforma direta ou indireta. A síntese direta demanda menos energia e garantealtas taxas de conversão do gás de síntese em DME, consiste basicamente nahidrogenação do gás de síntese para a produção de metanol e, ao mesmotempo, na desidratação do metanol produzido, para a produção do DME. Asíntese indireta consiste na produção do metanol a partir do gás de síntese e

posterior desidratação do metanol para produção do DME (IDA, 2010).A síntese direta é usualmente realizada sob pressão de 3-10 mPa e tempe-ratura de 210-290 °C. Os catalisadores usados nesse processo são compostosde cobre ou zinco, para a hidrogenação do gás de síntese, e de zeólitas ácidas,para a desidratação do metanol, sendo estes misturados fisicamente. Taiscatalisadores garantem altas taxas de conversão e, como as reações sãobastante exotérmicas, o gasto energético é pequeno (AQUINO, 2008). Esseprocesso é muito recente e já é amplamente usado nas indústrias para afabricação do DME a partir do gás de síntese, pois é mais viável econômica

e tecnologicamente (OHNO, 2010).A primeira etapa da síntese indireta, que consiste na hidrogenação do gás

de síntese para a produção do metanol, ocorre sob pressão de 60-70 bar etemperatura de 210-300 °C, catalisada por compostos de cobre, zinco oucromo. A etapa seguinte é a desidratação do metanol sob pressão atmosféricae temperaturas em torno de 400 °C catalisada por zeólitas ácidas, quegarantem uma alta taxa de conversão do metanol em DME.

Na literatura não foi encontrado nenhum resultado da produção do DME

a partir dos rejeitos lignocelulósicos da indústria sucroalcooleira.3.2. TERMOPROCESSAMENTO DE MATERIAIS LIGNOCELULÓSICOS

A literatura relata que a produção do gás de síntese a partir de biomassaslignocelulósicas pode ser feita a partir de três processos distintos: carboni-zação, pirólise e gasificação.

A carbonização é o processo mais simples e amplamente utilizado pelasindústrias carvoeiras para produção do carvão vegetal requerendo tempera-turas mais baixas em relação a outros processos e um intervalo de tempo mais

28

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 28/239

29

longo (acima de dez horas). Geralmente esse processo é realizado em tempe-raturas na faixa de 400-600 °C, quanto mais baixa for a temperatura doprocesso maior é a quantidade de carvão vegetal produzido. No entanto,como o carvão produzido em temperaturas mais baixas possui uma qualidade

inferior, o processo é realizado em torno de 500 °C, para obter um bomrendimento e carvão de boa qualidade. A produção de gás de síntese nesteprocesso é muito pequena, comparada com os demais processos. O calornecessário para a carbonização da matéria-prima, geralmente a madeira, podeser obtido a partir da combustão de parte da carga de matéria prima dentrodo forno ou por aquecimento indireto, utilizando energia elétrica ou gases.Por isso, há um grande interesse por parte das carvoarias em utilizar asretortas, pois o gás produzido pode ser reaproveitado na geração de calor parao processo, tornando-o mais viável economicamente, uma vez que no

aquecimento direto cerca de 30 % da carga é queimada na geração de calor.A pirólise é um processo endotérmico realizado em temperaturas modera-

das. Esse processo pode ser realizado num curto intervalo de tempo (algumashoras ou minutos), sendo denominado pirólise rápida, ou num intervalo detempo mais longo, sendo chamado de pirólise. A pirólise rápida é reali-zada com o objetivo de obter maiores quantidades de frações líquidas, isto é,maior quantidade de alcatrão e ácido pirolenhoso. Na pirólise rápida, aquantidade máxima de mistura gasosa produzida chega a 13 % em massa

(MESA et al., 2003). Em relação ao processo de carbonização, a pirólise produzuma quantidade maior de gás de síntese. A faixa de temperatura em quenormalmente a pirólise é realizada fica entre 500-800 °C, sendo que a piróliserealizada em altas temperaturas produz maior quantidade de gás de síntese.Na pirólise, a quantidade máxima de oxigênio presente no pirolisador, retortaou reator em que a pirólise é realizada, é de 10 % em volume, alguns processosde pirólise são realizados em ausência total de oxigênio (COGO, 2008). Napirólise, é produzida uma mistura gasosa, constituída principalmente por gásde síntese, ácido pirolenhoso, alcatrão e carvão.

A gasificação geralmente é realizada sob pressão atmosférica em tempera-turas em torno de 1000 °C. Nesse processo, pode-se utilizar como oxidanteoxigênio (a partir de 10 % em volume) e/ou vapor d’água. Atualmente existemvários tipos de gasificadores disponíveis no mercado, sendo escolhidos deacordo com as necessidades de cada projeto. Nesse processo, a quantidade degás de síntese produzida pode chegar até 85 % (MESA et al., 2008). A gasifi-cação é um processo constituído de várias etapas, em que existem reaçõesendotérmicas e exotérmicas. O calor liberado pelas reações exotérmicas ésuficiente para sustentar a demanda calorífica das reações endotérmicas.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 29/239

3.3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

3.3.1. Desidratação do metanol

Após quatro minutos do início da reação, a coloração do permanganato

de potássio que era violeta passou a vermelho. Dois minutos após essamudança, a solução foi perdendo a coloração até atingir o ponto incolor,indicando que o permanganato de potássio foi totalmente reduzido adicromato de potássio.

3.3.2. Pirólise do bagaço da cana-de-açúcar

Cerca de dez segundos após o início da pirólise, foi iniciada a liberação damistura gasosa de cor branca e, quando se aproximou dessa mistura a chama

de um fósforo aceso, ela imediatamente entrou em combustão, conformeilustra a Figura 6. Foi produzida também uma mistura líquida de coramarelo-escura, uma mistura líquida de cor preta e carvão, tudo conformeprevisto pela literatura.

Nas três pirólises realizadas, foram medidas as massas de carvão vegetal dobagaço produzidas.

Tabela 2. Massa de bagaço e carvão produzida.

Figura 6. Mistura gasosa produzida em combustão.

30

Massa de bagaço (g) Massa de carvão (g)

0,5 0,11

1,0 0,42

1,5 0,51

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 30/239

31

3.3.3. Construção e testes do protótipo

Na construção da planta, foram encontrados muitos problemas. Inicial-mente em relação a como construir uma entrada para colocar o catalisadorno reator deixando este totalmente vedado, depois relacionados a como cons-

truir uma entrada para colocar o bagaço e a palha no gaseificador deixandoeste totalmente vedado. A sucata comum utilizada foi encontrada na escolae em sucatarias de eletrodomésticos. Como a síntese direta do DME requeralta pressão, a escolha do material demandou um minucioso estudo de suascaracterísticas e a procura de uma sucata adequada.

Depois do teste com água, para verificar a vedação do sistema, e de umensaio da pirólise do bagaço e da tentativa de obtenção do DME, foramrealizadas algumas modificações na planta e a construção de um frasco coletor

para coletar o DME produzido.O protótipo pode ser usado para testes em escala laboratorial, de carboni-zação, pirólise ou gasificação, bastando para isso controlar a temperatura doprocesso através do fornecimento de calor dado pelo queimador (fogão). Asegurança que o protótipo oferece ao operador foi comprovada através deseu uso sob a supervisão dos professores. Em todos os testes, nas temperaturasaté 800 oC, os resultados foram estes: obtenção do ácido pirolenhoso (quesaiu no desumidificador) junto com água e saída de mistura gasosa no coletor.O custo total do protótipo foi de R$ 241,60.

3.3.4. Produção do DME com o protótipo

Como o único cromatógrafo gasoso disponibilizado para esta pesquisausava o método de detecção por ionização de chama (FID), a quantidade deDME produzida não pôde ser quantificada, pois a cromatografia indicava tãosomente se o DME foi produzido e, portanto, se o protótipo estava em condi-ções de produzir o DME. A cada 10 minutos, era realizada a retirada do ácidopirolenhoso e da água produzidos na pirólise, recolhidos na válvula de alívio

do desumidificador. A pirólise foi conduzida sob temperatura de 560 ºC epressão de 0,8 mPa. O teste durou cerca de 40 minutos, e a mistura gasosaproduzida foi borbulhada em dietil-éter, semelhante químico do DME, poiso cromatógrafo não possuía injetor de gás.

Foram realizadas três diferentes cromatografias gasosas: a primeirautilizando dimetil-éter cromatográfico; a segunda utilizando o dietil-éter pró-análise utilizado na coleta do DME obtido no teste; e a terceira com o dietil-éterapós ser borbulhado pelos gases produzidos no teste. A partir da subtraçãodo diagrama obtido na terceira cromatografia do diagrama obtido na segunda

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 31/239

cromatografia e comparando o diagrama obtido ao diagrama da primeiracromatografia, pôde-se observar a produção do DME como principalproduto do processo, como pode ser observado no diagrama abaixo.

Gráfico 1. Cromatografia dos produtos obtidos no teste.

Response – Time – DME

3.3.5. Dificuldades encontradas

Mesmo com o protótipo construído num tempo maior do que o previstopelo planejamento inicial, o principal problema encontrado para a produçãodo DME foi a ausência de catalisadores específicos com funções hidroge-nantes indispensáveis para a realização do processo. O único catalisador

específico obtido inicialmente foi a zeólita ácida HZSM-05. Com o períodode recesso nas universidades, a procura ficou ainda mais difícil. Apesar de nãoser o objetivo deste projeto, pensou-se em estudar um método de obtençãodeste catalisador, mas isso exigiria uma alta tecnologia e demandaria tempo.Apenas no início do mês de maio a UFRJ cedeu 250 gramas de dióxido detitânio para a realização dos testes de obtenção do DME.

Houve dificuldades para encontrar alguns materiais para a construção doprotótipo que demandaram tempo para serem solucionadas. E foram neces-sárias viagens para o município de Campos dos Goytacazes, centro comercial

32

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 32/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 33/239

produzidos na geração do gás de síntese, a indústria lucrará com a venda decréditos de carbono.

Como a região sediará um imenso complexo industrial, a produção do DMEa partir de biomassas lignocelulósicas torna-se ainda mais atraente, pois o

DME produzido pode ser usado como combustível para a geração de energiaelétrica. Além disso, os resultados obtidos neste projeto mostram que umaboa rota de aproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar e outras biomassaslignocelulósicas para a região é a produção do carvão vegetal. Além de oprocesso de carbonização ser viável econômica e tecnologicamente, a regiãonecessitará de matéria-prima para geração de energia elétrica e de carvãovegetal para ser utilizado na siderúrgica mostrando, portanto, que este projetoconseguiu solucionar várias demandas existentes na região.

O protótipo construído neste projeto pode ser utilizado em várias regiões

do planeta. A matéria mais abundante na natureza é a biomassa lignocelu-lósica, que é desperdiçada em várias partes do mundo, e uma das maioresnecessidades do planeta são as fontes limpas de energia para o desenvolvi-mento sustentável.

Sugere-se que no prosseguimento deste projeto sejam estudados eanalisados o balanço de massa e de energia do processo e a sua viabilidadeeconômica.

5. BIBLIOGRAFIAAMADO, D. Admini strar para desenvolver (ADes): experiência de gestão sistêmicae comunitária. Rio das Ostras: Editora Diana Amado de Menezes, 2008.

AQUINO, A. S. de. Análise de rotas alternativas para sequestro químico de CO 2 :produção de metanol, gás de síntese e ácido acético. 2008. Projeto final (Graduaçãoem Engenharia Química) – Universidade Federal do Rio de Janeiro.

COGO, S. L. Um estudo dos subprodutos e rejeitos do xisto por ressonância paramagnética eletrôni ca. 2008. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Universidade Estadual de

Ponta Grossa.FELTRE. R. Química orgânica, v. 4. São Paulo: Moderna Ltda, 1976.

IDA. Welcome to IDA - International DME Association. Disponível em: <http:// www.aboutDME.org>. Acesso em: 06 mar. 2011.

MESA, J. M. et al. Pirólise rápida em leito fluidizado: uma opção para transformarbiomassa em energia limpa.Revista Analytica, n. 4, p. 32-36, mai. 2003.

MORRISON, T. R.; BOYD, R. N. Quími ca orgânica. 6.ed. Lisboa: EditoraFundação Calouste Gulbenkim, 1972.

34

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 34/239

35

NIEMEYER, M. A. L. de.Utilização de publicações científicas em estudos de prospecção da i novação-caso dimeti l éter (DME) e sua apl icação como combustível. 2007.Dissertação (Mestrado em Tecnologias de Processos Químicos e Bioquímicos) –Universidade Federal do Rio de Janeiro.

OLIVEIRA, T. de. Um estudo da prospecção e de estratégias de inovação: o casodimetil-éter e seu uso como combustível. 2005. Dissertação (Mestrado em Tecnologiasde Processos Químicos e Bioquímicos) – Universidade Federal do Rio de Janeiro.

OHNO, Y. New clean fuel DME . Japan: JFE Holdings Inc., 2010.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 35/239

Cat egoria Estudante Universitário1 º Lugar

BIOCOM PÓSITOS DE POLI(ETILENO-CO-ACETATO DE VIN ILA) (EVA) REFORÇADOSCOM FIBRA VEGETAL

Autor: Rafael Panzetti, 21 anos, estudan te do 6 º semestre do curso

de Quím ica na Universidade Estadu al de Cam pinas – UN ICAM P

Professor-Orientador: M arco-Au relio De Paoli

País: Brasil

37

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 36/239

39

BIOCOMPÓSITOS DE POLI(ETILENO-CO-ACETATO DE VINILA) (EVA)REFORÇADOS COM FIBRA VEGETAL

RESUMO

A preocupação com o meio ambiente tem aumentado nos últimos anos,e isso gera uma maior consciência ambiental por parte das indústrias e dasociedade em geral. Visando acompanhar essa tendência, houve uma reduçãosignificativa na introdução de novos polímeros no mercado e também anecessidade de melhorar as propriedades dos polímeros já existentes atravésde técnicas, tais como, modificação química, confecção de blendas e uso deagentes de reforço. Assim, ocorreram grandes avanços em pesquisas commateriais compósitos reforçados, e as fibras naturais passaram a ser vistascomo potenciais candidatas para substituírem a fibra de vidro (inorgânicas).1

O presente projeto promove a adição de uma fibra vegetal, atuando comoagente de reforço, na proporção de 20 % em massa em relação à massa totaldo compósito a ser desenvolvido. Esse compósito apresenta a vantagem denão necessitar de agentes de acoplamento, uma vez que a matriz poliméricaatua com essa propriedade.

O compósito foi sintetizado com sucesso, obtendo-se uma porcentagemfinal dentro de um desvio esperado. O poli(etileno-co-acetato de vinila), EVA,foi caracterizado e analisado por termogravimetria (TGA), espectroscopia na

região do infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), ensaiosmecânicos de tração e impacto, pelo índice de fluidez (MFI) e ressonânciamagnética nuclear (RMN) de 1H. Já o compósito com 20 % de fibra decurauá foi caracterizado e analisado também por TGA, ensaios mecânicos detração e impacto e FTIR.

Os resultados permitem observar que o compósito em relação ao EVA puroapresenta um ganho em propriedades mecânicas, observado pelo ensaio de tração

1. AMICO; MOCHNACZ; SYDENSTRICKER, 2004.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 37/239

dos corpos de prova injetados, e não sofre modificação em suas propriedadestérmicas, observado pela análise termogravimétrica. Já o FTIR e o 1H-RMN, juntamente com a análise das propriedades mecânicas, permitiram observarque as melhorias dessas propriedades foram geradas por uma boa interação

entre a fibra e a matriz sem causar mudanças químicas na estrutura matricial.

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, houve um crescimento no interesse da utilização defibras naturais em substituição às fibras sintéticas como agentes de reforço emcompósitos poliméricos, a fim de reduzir o custo na produção e o peso finaldesses materiais. Fatores econômicos e ambientais fazem com que pesquisa-dores e engenheiros em todo o mundo desenvolvam trabalhos para encontrar

uma tecnologia apropriada para empregá-la na produção de compósitosreforçados. As fibras sintéticas como nylon, vidro, poliéster e carbono sempreforam extensivamente utilizadas para atuar como agentes de reforço emmatrizes termoplásticas. Entretanto, esses materiais são caros, provenientes defontes não-renováveis e a sua produção requer um alto consumo de energia.Outro fator importante a ser considerado é que a incerteza no suprimento eno preço de produtos baseados no petróleo tem acelerado a procura pormateriais provindos de fontes alternativas.2

As fibras naturais são produzidas no coração da região amazônica, apro-veitando-se o enorme potencial ambiental e social existente nessa exuberanteregião. O curauá, a juta e a malva são fibras cultivadas na região há muitosanos que agora recebem uma contribuição importante da Pematec quanto aodesenvolvimento de novas técnicas e procedimentos de plantio, extração ebeneficiamento. Os produtos industrializados com as fibras naturais possuemalto índice de reciclabilidade, os produtos feitos com a fibra do curauá, porexemplo, podem ser reciclados em até sete gerações, ou seja, uma peça nível 1pode ser transformada em outra nível 2, e assim sucessivamente, durante sete

gerações, sem que suas características físico-químicas sejam significativamentealteradas. Além do mercado automobilístico, as fibras naturais podem serutilizadas em outros setores industriais como o têxtil, o calçadista e omoveleiro.3

Materiais compósitos ou plásticos reforçados são largamente utilizadospela indústria automotiva e eletroeletrônica. De um modo geral, são obtidos

40

2. FROLLINI ; LEÃO; MATTOSO, 2000, p, 159.3. PREMATEC TRIANGLE, s.d.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 38/239

41

pela combinação de termoplásticos e fibras curtas de vidro. Porém, a fibra devidro requer uma quantidade de energia considerável para ser produzida,com alto custo e alta abrasividade às máquinas de processamento. O aumentono interesse pela aplicação das fibras naturais ocorre devido a algumas vanta-

gens que elas oferecem, tais como, são atóxicas, obtidas de fontes renováveis,recicláveis e biodegradáveis, além de possuírem baixa densidade, boas pro-priedades mecânicas e baixa abrasividade aos equipamentos de processa-mento.4 As fibras naturais ainda apresentam alguns problemas para alcançarum custo competitivo, porém esse deverá ser solucionado com o aumento dademanda.

1.1. COMPÓSITOS DE MATRIZES POLIMÉRICAS REFORÇADOSCOM FIBRAS NATURAIS

Compósitos são materiais multifásicos e sintéticos e cujas fases consti-tuintes são distintas quimicamente e separadas por uma interface. Materiaiscompósitos são importantes porque permitem a combinação de propriedadesde dois ou mais materiais diferentes para obter um novo material compropriedades distintas, podendo inclusive ser superiores em alguns aspectosàs propriedades dos seus componentes individuais. Muitos compósitos sãomateriais bifásicos, isto é, são constituídos por apenas duas fases: sendo o termo-plástico a matriz, e as fibras, a fase dispersa que atua como reforço. As fibras

naturais são reforços descontínuos e as propriedades dos compósitos, portanto,serão dependentes do comprimento das fibras e de sua adesão à matriz.5

As tensões sofridas pela matriz são transferidas para as fibras a partir desuas extremidades, e, como estas suportam menos tensão que o meio da fibra,a interação com a matriz é interrompida nesses pontos. Logo, para umamesma concentração e diâmetro de fibras, quanto maior o tamanho destas,menor o número de extremidades, resultando em compósitos com proprie-dades mecânicas baixas. Outro fator relacionado ao comprimento das fibrasé o comprimento crítico, acima do qual as fibras são capazes de suportar

tensões de tração transferidas pela matriz. Abaixo desse comprimento, atransferência de tensões para as fibras é limitada a valores baixos.6

A incompatibilidade inerente entre fibras e polímeros resultaria em umafraca adesão e pouca habilidade na transferência de esforço da matriz para afibra. No entanto, com os avanços na tecnologia e nas pesquisas, esses obstá-

4. SPINACÉet al., 2001, p. 594.5. BERNARDES; OLIVEIRA; SOARES, 2006.6. RABELLO, 2000, p. 180.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 39/239

culos vêm sendo vencidos, progredindo e aproximando os biocompósitos desonho em realidade, conseguindo obter propriedades mecânicas cada vezmais próximas dos compósitos que usam fibras inorgânicas.

1.2. FIBRAS NATURAISUma fibra pode ser definida como um corpo flexível, macroscopicamente

homogêneo, com alta razão comprimento/espessura e com pequena seçãode corte transversal.7 As fibras são classificadas como animais, naturais ouinorgânicas. As naturais são extraídas de sementes, talos, folhas etc. e podemser constituídas por pelos vegetais (algodão), por fibras liberianas (linho e juta), por fibras vasculares (sisal e curauá) ou por fibras esclerenquimáticas.8

A composição química das fibras naturais pode variar conforme a estação

do ano, condições do solo, condições climáticas, idade e processos dedigestão. Seus principais componentes são celulose, hemicelulose, lignina,pectina e alguns compostos solúveis em água, Tabela 1.

Tabela 1. Composição química de algumas fibras naturais.9

* Corresponde ao teor de celulose e hemicelulose.

42

7. KROSCHWITZ, 1985.8. VILLAVECHIA, 1963, p. 849; NICKEL; RIEDEL, 2003.9. LEÃO et al., 2002, p. 507.

Composição (%) Algodão Juta Linho Ramie Sisal Curauá

Celulose 82,7 60,0 64,1 68,6 65,8 73,6

Hemicelulose 5,7 22,1 16,7 13,1 12 9,9

Holocelulose* 88,4 82,1 80,8 81,7 77,8 83,5

Pectina 5,7 0,2 1,8 1,9 0,8 -

Lignina - 15,9 2,0 0,6 9,9 7,5

Teor de cinzas 0,6 1,0 1,5 0,3 - 0,9

Umidade 10,0 10,3 10,0 10,0 11 7,9

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 40/239

43

1.3. FIBRAS DE CURAUÁ

O curauá (Ananas erectifolius) é uma planta da família das bromeliáceas,presente na Amazônia paraense. Ela possui duas variedades: o curauá roxo eo branco. Suas folhas são duras, lisas e chegam a ter mais de 1,5 m de

comprimento (Figura 1).10

De suas folhas, extrai-se uma fibra resistente (Figura 2), leve e macia que podeser utilizada em várias aplicações, principalmente na indústria automotiva.11

A composição de suas fibras é de, aproximadamente, 74 % de celulose,10 % de hemicelulose, 8 % de lignina e 8 % de cinzas. Em geral, a fibra decurauá é em torno de cinco a nove vezes mais resistente que as fibras de jutae sisal.12 A produção de curauá fornece uma alternativa de renda para opequeno agricultor que pode cultivá-la junto a produtos alimentares e a matanativa. Ela pertence à mesma família do abacaxi. Em razão da sua “versati-lidade”, está mobilizando pesquisadores, produtores e técnicos do setorindustrial. A planta produz uma fibra que pode ser utilizada na fabricação detecidos, papel, plástico e até de um tipo de anestésico. O curauá é bastanteconhecido no Baixo-Amazonas, região oeste do Pará, onde foram feitos os

primeiros plantios em escala comercial.13

Suas folhas são duras, eretas e têm superfície lisa. A dimensão dessas folhasé de aproximadamente 1,5 m de comprimento e 4 cm de largura. A plantarequer aproximadamente 2 mm de precipitação pluviométrica/ano. Em oito

10. SPINACÉ, 2009, p. 47.11. ZAH et al., 2007, p. 1032.12. TRINDADE et al,, 2004.13. PREMATEC TRIANGLE. op. cit.

Figura 1. Planta de curauá. Figura 2. Fibras de curauá.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 41/239

meses, as folhas podem atingir 1,5 m de comprimento e cinquenta a sessentafolhas por ano. A quantidade de fibras em uma folha seca é de aproximada-mente 5 a 8 %. A fibra é normalmente extraída por um processo chamadodecorticação, lavada, batida e deixada na água para mercerização (imersão em

solução de NaOH) por 36 horas. Após, a fibra é novamente lavada e seca.Além de ser cerca de dez vezes mais barata que a fibra de vidro, a fibra decurauá é biodegradável. Além disso, também é menos abrasiva aos equipa-mentos de processamento. Para completar, o material vegetal ainda possibilitaa produção de plásticos reforçados por meio do método de injeção.14

1.4. POLI (ETILENO-CO-ACETATO DE VINILA) (EVA)

O copolímero poli(etileno-co -acetato de vinila) (EVA) é formado pelo

encadeamento de sequências aleatórias de polietileno (PE) e poli(acetato devinila) (PVAc).Suas propriedades são geralmente intermediárias, quando comparadas às

dos componentes puros, o que se deve à sua complexa morfologia, que écomposta por uma fase cristalina, contendo unidades metilênicas, uma regiãointerfacial, com segmentos metilênicos e segmentos de acetato de vinila(VAc), e uma fase amorfa, com segmentos metilênicos e unidades de VAc.15

Podemos observar a unidade de repetição do EVA descrita na Figura 3.

Se comparado com o polietileno de baixa densidade, por causa da intro-dução de VA (acetato de vinila) na cadeia molecular da resina de EVA, a suacristalinidade é reduzida e suas flexibilidade, resistência ao impacto, compa-tibilidade de enchimento e estabilidade térmica são melhoradas. A resina de

44

Figura 3. Unidade de repetição

do EVA (Primeiro colchetes:

sequências aleatórias de

polietileno; segundo colchetes:

sequências aleatórias depoli(acetato de vinila)).

14. ALVES FILHO, 2004.15. ZATTERA et al., 2005, p. 73.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 42/239

45

EVA tem boa flexibilidade, resistência ao impacto, resistência à rachadura,excelentes propriedades ópticas, resistência a temperaturas baixas e não étóxica em uma ampla faixa de temperatura. Pode ser usada para produzirthermosols, produtos da injeção, filmes, produtos de espuma, canos, fios

elétricos / cabos e folhas, além de ser utilizada na produção de materiais deconstrução, produtos químicos, tintas e revestimentos.16

A produção internacional de EVA está concentrada principalmente naAmérica do Norte, na Europa Ocidental e na Ásia. Os principais produtoresEVA incluem Dow, Du Point, Equistar, Exxon Mobil, Huntsman, WestLake, AtoFina, Basell, Polimeri Europe Srl, BP/Amoco, Borealis, Repsol,Mitsui Chemical, Modern Chemical e Formosa Plastics. Espera-se que acapacidade mundial de EVA aumente mais devagar nos próximos anos, comprevisão de que a China seja seu maior consumidor mundial.17 No Brasil, o

principal produtor de EVA é a Braskem.18

Estudos realizados sobre o EVA têm mostrado o seguinte crescimento deconsumo: 8.142 toneladas ao ano em 1985, passando para 39.103 toneladasno ano de 1999, para 45.780 toneladas em 2003 e finalizando em 59.200toneladas em 2011. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Plásticos(ABIPLAST), em 2010, o consumo aparente de resinas termoplásticas noBrasil foi da ordem de 5,9 milhões de toneladas. O polietilieno representoua maior porcentagem desse montante, cerca de 39 % (2.308.800 toneladas), eo copolímero EVA com um valor de 1 % (59.200 toneladas). Ainda é possívelse observar que o bloco econômico para o qual o Brasil dispara à frente nasexportações desses termoplásticos é o MERCOSUL, com 35 %, o queimplica o crescimento econômico não só do país, mas do bloco inteiro. 19

1.5. PROCESSAMENTO DE POLÍMEROS POR EXTRUSÃO E MOLDAGEMDE POLÍMEROS POR INJEÇÃO

A extrusão é um dos métodos mais comuns de processamento de termo-plásticos sendo um processo que envolve transporte, plastificação e mistura

de um ou mais materiais, formando uma massa homogênea que será moldadaem uma forma pré-estabelecida. O processo de extrusão produz continua-mente produtos com dimensões unidirecionais como fios, fibras, cabos,tubos, mangueiras, perfilados, chapas, filmes e laminados.20

16. GOLIATH BUSINESS KNOWLEDGE ON DEMAND, 2003.17. Idem.18. ABIPLAST,2010.19. BRASKEM, s.d.20. MARTELLI , 1983, p.7-42.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 43/239

46

Em nosso laboratório, é utilizada uma extrusora duplarrosca, corrotatóriae interpenetrante, marca Coperion Werner-Pfleiderer, modelo ZSK-26 Mc.Essa extrusora possui duas zonas de alimentação, uma principal e o side feeder,que pode ser montado em duas zonas distintas, permitindo uma alimentação

lateral para a fibra e aditivos; possui, também, onze zonas de aquecimento,com um mecanismo de degasagem acoplado na última zona e, por fim, ocabeçote, como representado na Figura 4.

Figura 4. Representação esquemática da extrusora e sua estrutura.

Um dos processos mais versáteis e modernos no campo da transformaçãoe do processamento dos polímeros é, sem dúvida, o da moldagem por injeção.21

Esse processo consiste essencialmente no amolecimento do material numcilindro aquecido e em sua consequente injeção em alta pressão para o inte-rior de um molde relativamente frio, onde endurece e toma a forma final,Figura 5. Diversos parâmetros podem ser otimizados para que a moldagempor injeção seja bem-sucedida. O artigo moldado é expelido do molde pormeio dos pinos ejetores, ar comprimido, prato de arranque etc. Compa-rando-se com a extrusão, a moldagem por injeção apresenta-se como umprocesso cíclico.22

21. MANRICH, 2005,p.277-358.22. GURNEE, 1971.

(Side Feeder) 

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 44/239

Figura 5. Representação esquemática da injetora ede suas respectivas áreas e funções.23

Legenda da imagem:1- Área do molde; 2- Área da unidade de injeção (movimento do bico);3- Área do mecanismo de fechamento; 4- Área da alimentação de material; 5- Área dos extratores de machos e

peças (se existentes);6- Área das resistências de aquecimento;7- Área da descarga de peças.

2. PARTE EXPERIMENTAL

2.1. OBTENÇÃO DO COMPÓSITO POR EXTRUSÃO E INJEÇÃO

Foram utilizados copolímero EVA (UE-2866/32), fornecido pela Polieti-lenos União S.A., e fibra de curauá na forma de fibras longas, após colheitae extração seguida de secagem, fornecida pela Embrapa do Pará.

O compósito foi processado em uma extrusora duplarrosca (marca Coperion

Werner-Pfleiderer, modelo ZSK-26 Mc, L/D = 30, D = 26 mm), cujo perfilde processamento foi determinado observando-se os pontos de fusão e aperda de massa pela análise termogravimétrica (TGA), com a finalidade dese aperfeiçoar a extrusão. O perfil adotado está representado na Figura 6.

Figura 6. Parâmetros para a extrusão do compósito.

47

23. INPAME. Imagem disponível no site do Insti tuto Nacional de Prevenção aos Acidentes em Máquinas e Equipamentos .Disponível em:<https://reader009.{domain}/reader009/html5/0301/5a96e660da9aa/5a96e67b7967c.jpg>. Acesso em: 13 ago. 2011.

(Side Feeder) 

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 45/239

48

O poli [(etileno)-co-(acetato de vinila)] foi dosado automaticamente porum dosador Brabender DDW-MD2-DSR28-10 (massa utilizada de 1 kg) auma taxa de 5 kg/h (tempo de extrusão: 12:0469), enquanto a fibra foi dosadamanualmente no side feeder a uma taxa de 8,4 g/30 s (essa massa de 8,4 g era

adicionada continuamente durante os 30 s).O compósito foi obtido (massa de aproximadamente 1,252 kg) na formade espaguetes, o qual se peletizou, secou (2 horas a 80 ºC) para então serinjetado (Injetora Arburg All Rouder M-250) na forma de corpos de provapara ensaios de tração e impacto com as condições de injeção otimizadas,obtendo o perfil ilustrado na Tabela 2.

Tabela 2. Perfil utilizado na injetora para injeção do compósito.

As condições na quais a fibra de curauá foi moída foram pré-determinadaspor Soraya Avelino Luna (Proj. Fapesp nº 04/15084-6). As fibras de curauáobtidas para a realização do projeto foram moídas em um moinho de facas(Rone, NFA 1533) com distância entre facas de 0,30 mm. A fibra permaneceno moinho por aproximadamente um minuto, sendo coletada essa porção e

remoída por mais duas vezes nesse mesmo tempo.2.2. OBTENÇÃO DO EVA POR EXTRUSÃO E INJEÇÃO

Foi utilizado copolímero EVA (UE-2866/32), fornecido pela PolietilenosUnião S.A. O EVA extrudado foi processado em uma extrusora duplarrosca(marca Coperion Werner-Pfleiderer, modelo ZSK-26 Mc, L/D = 30, D = 26 mm),cujo perfil de processamento foi determinado observando-se os pontos defusão e a perda de massa pela análise termogravimétrica (TGA), com a finali-dade de se aperfeiçoar a extrusão.

Parâmetro Valores

Temperatura das zonas |130|140|150|160|170|

Temperatura do molde 25 ºC

Volume para o corpo de tração 13,50 cm3

Volume para o corpo de impacto 9,50 cm3

Velocidade de injeção 3 cm3 /s

Pressão de injeção 1500 bar

Switch over  2 cm3

Recalque 1 s a 900 bar; 3 s a 1000 bar; 10 sresfriamento

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 46/239

O perfil adotado está representado na Figura 7.

Figura 7. Parâmetros para a extrusão do EVA.

O EVA foi dosado automaticamente por um dosador Brabender DDW-MD2-DSR28-10 (massa utilizada de 1 kg) a uma taxa de 5 kg/h (Tempo deextrusão: 6:0249).

O EVA foi obtido (massa de aproximadamente 923 g) na forma deespaguetes, o qual se peletizou, secou (3 horas à 60 ºC) para então serinjetado (Injetora Arburg All Rouder M-250) na forma de corpos de provapara ensaios de tração e impacto, mais uma vez otimizando-se as condiçõesde injeção, obtendo-se o perfil ilustrado na Tabela 3.

Tabela 3. Perfil utilizado na Injetora para injeção do compósito.

49

Parâmetro Valores

Temperatura das zonas |130|140|145|150|155|

Temperatura do molde 16 ºC

Volume para o corpo de tração 13,50 cm3

Volume para o corpo de impacto 9,50 cm3

Velocidade de injeção 3 cm3 /s

Pressão de injeção 1500 bar

Swi tch over  2 cm3

Recalque 1 s a 900 bar; 3 s a 1000 bar; 10 sresfriamento

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 47/239

50

Para o EVA não extrudado, alimentou-se a injetora Arburg All RouderM-250 com os pellets do fabricante, para obter corpos de prova para ensaiosde tração e impacto, utilizando-se as condições de injeção mostradas naTabela 3.

2.3. MEDIDA DO ÍNDICE DE FLUIDEZ DO EVA NÃO EXTRUDADO

Fizeram-se as medidas com base na norma ASTM D 1238, utilizando-seo copolímero EVA (UE-2866/32), fornecido pela Polietilenos União S.A., eo plastômero DSM MI-3T, seguindo-se a mesma norma utilizada para opolietileno, uma vez que essa é a estrutura monomérica em maior proporçãono EVA; portanto, o peso utilizado foi de 2,16 kg e temperatura de 190 ºC.

A massa fluida era cortada a cada 60 s e pesada. O experimento foi feito

em triplicata, para cada replicata obtiveram-se quatro massas. Assim, pôde-se avaliar, por meio das médias dos valores, se haveria alguma degradação docopolímero fornecido.

2.4. CARACTERIZAÇÃO DO EVA NÃO-EXTRUDADO E DOCOMPÓSITO POR FTIR

A análise dos compostos foi feita por espectrofotometria na região doinfravermelho, de 4000 a 400 cm-1, no modo ATR (refletância total ate-nuada) para as amostras opacas e transmitância para os filmes. Utilizou-se oequipamento Smiths IIIuminatIR II – Micro-Sonda de Infravermelho paraMicroscopia Óptica, com uma resolução de 4 cm-1 e 21 scans/min. Para aelaboração do espectro, o software do equipamento trabalhou com a ferra-menta matemática de Transformada de Fourier e recalculou os espectros nomodo transmitância para facilitar a comparação com os espectros de filmes.

Para o EVA não extrudado, o EVA extrudado e o compósito, elaboraram-se filmes de espessura de aproximadamente 0,35 mm através da utilizaçãode uma prensa hidráulica Marconi MA-098/A, utilizando-se pellets do

copolímero EVA (UE-2866/32) para o EVA não extrudado e, para o com-pósito, pequenos pedaços de corpos de prova (retirados preferencialmentede seu centro para obtenção de maior representatividade devido a uma maiorprobabilidade de homogeneidade naquele ponto). Prensamos os fragmentosentre duas placas metálicas por aproximadamente 15 s a uma temperatura de70 ºC em três toneladas de “pressão” (a área da amostra dependia do tamanhodo pedaço prensado) formando os filmes que foram analisados pelo métodode ATR.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 48/239

2.5. ENSAIOS MECÂNICOS DO EVA (EXTRUDADO ENÃO EXTRUDADO) E DO COMPÓSITO

A avaliação das propriedades mecânicas foi feita através de ensaios detração (EMIC DL 2000) com os corpos de prova obtidos por injeção: EVA

não extrudado, EVA extrudado e compósito. Obtiveram-se os corpos deprova do tipo I, de acordo com a norma ASTM D 638. Os corpos de provapara impacto Izod com e sem entalhe (Tinus Olsen, modelo 92T) foramensaiados de acordo com as normas ASTM D 256.

2.6. CARACTERIZAÇÃO POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICANUCLEAR DO EVA NÃO EXTRUDADO (1HRMN)

Para obtenção do espectro de RMN, foi utilizado o copolímero EVA (UE-

2866/32), fornecido pela Polietilenos União S.A., diluído em clorofórmiodeuterado (CDCl3) em uma concentração aproximada de 20 mg/6 mL emum tubo de vidro adequado levado ao equipamento: Bruker Avance III 400MHz, obtendo-se apenas o espectro de hidrogênio.

2.7. CARACTERIZAÇÃO POR TERMOGRAVIMETRIA DO EVANÃO EXTRUDADO E DO COMPÓSITO

A caracterização dos compósitos injetados por TGA foi feita de 25 a 900 oC,taxa de aquecimento 10 oCmin-1 para acompanhamento do início de perdade massa. Para o EVA não extrudado, utilizou-se uma massa de 10,860 mg,enquanto que, para o compósito, utilizou-se uma massa de 7,690 mg.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1. OBTENÇÃO DO COMPÓSITO POR EXTRUSÃO E INJEÇÃO

O compósito foi obtido pela metodologia descrita. Uma ilustração doresultado é mostrada na Figura 8.

51

Figura 8. Foto do corpo de prova

do Compósito.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 49/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 50/239

3.4. CARACTERIZAÇÃO DO EVA NÃO EXTRUDADOE DO COMPÓSITO POR FTIR

Obteve-se, para o EVA não extrudado, o espectro mostrado na Figura 10.

Figura 10. Espectro de infravermelho comTransformada de Fourier para o EVA, obtido por ATR.

Tendo em vista esse espectro, procuraram-se, na literatura, dados paracomparar o espectro obtido com o do EVA, objetivando-se encontrar um

espectro com a proporção de acetato de vinila mais próximo do determinadopelo fabricante, ou seja, 27,8 %. Na Figura 11, pode-se observar o espectroencontrado com o teor de acetato de vinila de 25 %.

Figura 11. Espectro de FTIR para o EVA com 25 % de acetato de vinila da literatura.24

53

24. SIGMA-ALDRICH, s.d.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 51/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 52/239

Através de uma análise comparativa, observamos que as oito principaisbandas estão presentes em ambos os espectros, Figuras 10 e 11. Sendo assim,a caracterização do EVA por FTIR forneceu os resultados com uma ótimaaproximação com o encontrado na literatura.

Obteve-se o espectro para o compósito, o qual foi analisado individual-mente a fim de se observar se a fibra modificou quimicamente a matriz, aponto de aparecer alguma banda diferenciada, Figura 12.

Figura 12. Espectro ATR-FTIR para o compósito.

As bandas numeradas no espectro são caracterizadas e referentes às suasvibrações das funções correspondentes àquelas pertencentes à estrutura dopolímero, Tabela 6.

55

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 53/239

56

Tabela 6. Caracterização das bandas na região do infravermelho para ocompósito.26

*Como a resolução do equipamento era de 4 cm-1, qualquer desvio dentro dessa faixa não é considerado

deslocamento, e sim um desvio dentro do erro.**Na literatura a vibração explicita a vibração para éteres; no entanto, como a função no polímero é uma éster,esperamos um deslocamento dessa faixa dos números de onda para menor energia, uma vez que ligado ao carbonoadjacente, que não o vinílico, temos uma carbonila (=O) que enfraquece a constante de ligação da ligação C-O-C,reduzindo assim o número de onda, o que resulta no encaixe do número de onda encontrado, dentro da faixa esperada.

Banda Número deonda da bandano espectro

(cm-1)

Número de ondada banda

encontrado naliteratura (cm-1)

Atribuição da banda

1 2918,56 2926 ± 10Estiramento assimétrico C-Hdo grupo metileno(asCH2)

2 2850,56 2853 ± 10Estiramento simétrico C-Hdo grupo metileno(sCH2)

3 1737,87 1750 - 1735 Estiramento C=O de ésteres

4 1464,57 ~1465

Bending dentro do plano ouscissoring para o grupometileno.(sCH2)

5 1371,82 ~1375Bending C-H do grupo metila

(sCH3)

6 1238,07 ~1240Estiramento assimétrico

C-C(=O)-O da função acetato(asC-C(=O)-O)

7 1020,44 1075 - 1020 Estiramento simétrico C-O-C(=O) da função éster emposição vinílica (sC-O-

C(=O))**

8 719.806 ~720Bending dentro do plano ou

rocking para o grupometileno.(CH2)

26. SIGMA-ALDRICH op. cit.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 54/239

Como pode ser observado, não houve nenhuma mudança entre osespectros obtidos da matriz pura para com o compósito. Essa comparaçãoevidencia que a introdução da fibra como agente de reforço não provocaalterações na matriz, ou seja, a sua estrutura química se mantém conservada.

A partir desse resultado, é possível afirmar que a interação entre o EVA e afibra de curauá é puramente intermolecular, interações predominantementedo tipo Dipolo-Dipolo e Forças de Van der Waals. Esses fatores podem ser justificados através da análise da fórmula molecular do EVA, Figura 3, e daestrutura da fibra que é composta por principalmente 74 % de celulose, 10 %de hemicelulose, 8 % de lignina e 8 % de cinzas, Tabela 1. As estruturasdesses componentes possuem momentos de dipolo significantes: no EVA,gerados principalmente pela carbonila; e, na fibra, gerados principalmentepelas hidroxilas da celulose entre outras funções, como ligações de amino-ácidos da hemicelulose, éteres e aldeídos da lignina.

Obtiveram-se os espectros para EVA extrudado e para o compósito, junta-mente do espectro do EVA não extrudado. Na Figura 13, estão os espectrosnormalizados.

Figura 13. Espectro ATR-FTIR normalizado para o EVA puro não extrudado,extrudado e para o compósito.

Não se criou uma tabela com a caracterização das bandas e dos númerosde onda para o EVA extrudado, uma vez que seu espectro é idêntico ao donão extrudado, Figura 13, além de o desvio sofrido no número de onda serirrelevante, uma vez que esses desvios não ultrapassaram a diferença de 4 cm-1

(erro do equipamento). Amostras idênticas podem apresentar espectros dife-rentes, mas, nesse caso, com diferenças desprezíveis.

57

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 55/239

58

3.5. ENSAIOS MECÂNICOS DO EVA (EXTRUDADOE NÃO EXTRUDADO) E DO COMPÓSITO.

Os ensaios mecânicos foram devidamente realizados pela metodologiaexplicitada na Parte Experimental (Seção 2).

O primeiro ensaio mecânico foi de tração. Obtiveram-se os resultadospara o EVA extrudado, não extrudado e para o compósito, representados naFigura 14.

Figura 14. Curvas dos ensaios de tração mecânica do EVA extrudado, nãoextrudado e do compósito.

A partir desse gráfico, obtiveram-se os módulos de elasticidade, as tensõesde força máxima e as deformações máximas sofridas por cada material,Tabela 7.

Tabela 7. Valores de tensão e deformação máximas.

Amostra Tensão da forçamáxima (mPa)

Deformaçãomáxima (%)

Módulo deelasticidade (mPa)

Compósito 7,1 ± 0,1 30 ± 5 74 ± 3

EVA nãoextrudado 6,4 ± 0,1 340 ± 9 13,8 ± 0,3

EVA extrudado 6,9 ± 0,2 330 ± 7 17,0 ± 0,4

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 56/239

As diferenças das tensões da força máxima e dos módulos de elasticidadeexplicitam que a fibra atua na matriz de EVA como agente de reforço,aumentando os módulos da tensão na força máxima e da elasticidade em,respectivamente, aproximados 11 %, 435 % em relação à matriz virgem

fornecida pela Polietilenos União S.A.Esses fatores podem ser justificados através da análise da fórmula mole-cular do EVA e da estrutura da fibra como já explicado anteriormente. Logose criam os momentos de dipolo por esses grupos funcionais que interagementre si intermolecularmente através de interações do tipo Dipolo-Dipolo etambém as cadeias carbônicas através de forças predominantemente denomi-nadas Forças de Van der Waals.

Na fibra, essas interações que ocorrem acabam por enrijecer a estruturado material evitando o deslizamento “interlamelar” das cadeias poliméricas,alterando suas características elásticas observadas principalmente peloaumento do módulo da elasticidade, efeito que vem acompanhado direta-mente por uma menor deformação máxima em aproximadamente 91 %,corroborando o fato tem-se também o aumento na tensão da força máxima.

Podemos ainda analisar a diferença entre o EVA extrudado e o nãoextrudado, observando que o processo de extrusão aumentou o módulo daforça máxima, diminuiu a deformação e o módulo da elasticidade. Isso podeser explicado devido ao fato de o EVA quando processado eliminar ácido

acético por um processo de degradação.Isso acarreta o aumento do teor de polietileno (uma vez que processadoele também possui insaturações geradas por reações radicalares entre outras).Além disso, o processamento pode ter acarretado um aumento da crista-linidade do polímero, o que corresponderia ao comportamento apresentado,ou seja, o aumento na tensão da força máxima e uma menor deformação.Não se elimina também a hipótese de uma possível reticulação; no entanto,essa teoria pode ser apenas comprovada pelo 1HRMN do EVA extrudado.

O segundo ensaio mecânico foi o relacionado ao impacto mecânico. Noentanto, essa análise não se mostrou representativa uma vez que o EVAextrudado, o não extrudado e, até mesmo, o compósito possuem proprie-dades elásticas características de borrachas, grandes o suficiente para quenão houvesse a ruptura do corpo de prova. Os corpos de prova foram prepa-rados de acordo com as normas requeridas, com e sem entalhe, mas, mesmodeste modo, a ruptura, que é o parâmetro principal para a representatividadeda análise, não ocorreu, o que torna essa análise inconclusiva.

59

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 57/239

60

Figura 15. Reação de degradação do EVA.27

3.6. CARACTERIZAÇÃO DO EVA NÃO EXTRUDADO POR 1HRMN

A amostra foi analisada segundo a seção 3.6. A partir da análise do

espectro do EVA não extrudado, obteve-se o espectro na Figura 16.Figura 16. Espectro de 1HRMN para o EVA não extrudado dissolvido em CDCI3.

Usaram-se esses deslocamentos químicos devido à facilidade de suanormalização e caracterização, já que são singletos. Não há garantias de quea metila não seja uma ramificação de maior cadeia ou, até mesmo, ligada aalguma outra função, ou seja, a integração de metilas pode não corresponderquantitativamente ao número de funções acetato existente no polímero. Osdeslocamentos químicos foram explicitados na Tabela 8.

27. DE PAOLI, 2009, p. 55.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 58/239

A partir desses dados e observações, calculou-se com uma ótima aproxi-mação, baseando-se na exatidão da análise utilizada, a proporção na qual oacetato de vinila encontra-se no polímero.

Tabela 8. Caracterização dos picos e seus deslocamentos químicos para o

espectro de 1HRMN.28

*O pico com deslocamento químico em 0 ppm é o padrão, que é adicionado para a análise.

** Algum dos hidrogênios, dos dois picos, deve estar sofrendo um efeito de desblindagem maior, ocasionado nessecaso por uma proximidade maior ou por algum efeito diferenciado com a carbonila.

*** A análise não é tão precisa devido ao desconhecimento da isomeria e dos grupos da insaturação; no entanto,ela é exclamativa devido aos acoplamentos que esse hidrogênio sofre, originando um multipleto. Além de que suaanálise não se faz necessária.

Partindo-se da fórmula estrutural do polímero (Figura 3) e dos valoresdas áreas de integração, podemos inferir os pontos abaixo:• temos a área de integração de 79,69 para o grupo metileno da função

do etileno, normalizando esse sinal para apenas 1 hidrogênio teremos:

n = 79,69 = 19,92254

61

28. SILVERSTEIN; WEBSTER; KIEMLE, 2005, p. 72-202.

Deslocamentoquímico () noespectro (ppm)

Deslocamentoquímico ()

encontrado naliteratura (ppm)

Área deintegração

(u.m)Atribuição

1,253 ~1,200 9,80Hidrogênio do metileno dafunção polietileno (CH2)

1,497 ~1,600 79,69Hidrogênio do metileno

adjacente à função acetato(CH2)

2,020 ~2,000 1,15Hidrogênio da metila dafunção acetato (CH3)**

2,034 ~2,000 6,59Hidrogênio da metila dafunção acetato (CH3)**

4,824 - 4,939 ~4,9Hidrogênio de metinosdevido a insaturações

(CH)***

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 59/239

62

• temos a área de integração de 9,80 para o grupo metileno adjacente àfunção acetato de vinila, normalizando esse sinal para apenas 1 hidrogênioteremos:

m = 9,80 = 4,92

Como calculado, podemos traçar a proporção de 4,9 acetatos de vinilapara 19,9225 etilenos, porém, para efeitos práticos, dividimos a proporçãopelo menor inteiro obtendo a seguinte proporção:

n : m => 1: 4,066

Concluímos, portanto, que a proporção de acetato de vinila presente nocopolímero é a razão de n por m, logo temos 24,59 %.O valor, referente na saca da Polietilenos União S.A., que contém ospellets 

do EVA propicia como referência uma proporção de 27,8 %.A partir desse resultado, podemos concluir que o processo degradativo

decorrente do tempo de armazenamento do material não foi grande osuficiente para alterar a estrutura inicial do material (degradação gerandoácido acético), Figura 15.

3.7. TERMOGRAVIMETRIA DO EVA NÃO EXTRUDADOE DO COMPÓSITO

A medida de TGA foi realizada segundo a seção 3.7. A partir da análisedo EVA não extrudado e do compósito, obteve-se a curva da Figura 17.Dessas curvas, obtiveram-se os pontos de inflexões (pelo software OriginPro8.0), que representam o início da degradação do EVA, Figura 15, ou dasfibras. Os valores foram descritos na Tabela 9.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 60/239

Figura 17. Gráfico com os resultados obtidos para o TGA do EVA extrudadoe do Compósito.

Tabela 9. Intervalos de temperaturas referentes ao início e ao fim das quedase massa.

A primeira queda deve-se à degradação do EVA em ácido acético, enquanto

que a segunda queda, mais acentuada, deve-se à decomposição do polímeroou da fibra vegetal, ambos em água e gás carbônico. É importante aindaressaltar que a primeira queda não representa quantitativamente a eliminaçãodas carbonilas, o início da decomposição da matriz omite a continuidadeque a queda poderia apresentar. Além disso, o pequeno declive inicial é prova-velmente devido à perda de água, às impurezas adsorvidas no composto e auma quantidade irrelevante em ácido acético.

As diferenças de temperatura não chegam a ser expressivamente diferentes.Assim, podemos concluir que o fato de a fibra estar acoplada ao EVA não

63

Amostra

Temperatura (ºC)

1ª queda 2ª quedaInício Final Início Final

EVA nãoextrudado 293 - 327 367 - 383 399 - 426 486 - 496

Compósito 300 - 333 380 - 392 415 - 440 492 - 501

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 61/239

64

altera as propriedades relacionadas à decomposição, mantendo as tempera-turas e o comportamento de decomposição individuais e característicos damatriz e da fibra, corroborando o fato de que a fibra adere à matriz predomi-nantemente por interações do tipo Dipolo-Dipolo e forças de Van der Waals,

uma vez que, caso contrário, ter-se-ia observado uma mudança expressiva nocomportamento da curva do compósito.Analisando-se as curvas de perda de massa, podemos notar que a

temperatura de início de decomposição do compósito é mais alta que a doEVA não extrudado, isso se deve ao fato de o compósito interagir/acoplarcom a fibra, requerendo maior energia para separação, rompimento dasinterações intermoleculares, dos componentes e, somente então, sua degra-dação. A justificativa para maior perda em porcentagem de massa na curva,na mesma faixa onde, para o EVA, apenas haveria a decomposição em ácido

acético, justifica-se para o compósito por ele possuir 20 % de sua composiçãoem fibra vegetal, a qual começa, juntamente à degradação do compósito emácido acético, a decompor-se nessa mesma faixa de temperatura, sem que seinicie a decomposição da matriz.

Não obstante, também há a contribuição do processo de extrusão peloqual o compósito passou, ocasionando a presença de ácido acético (íon hidro-gênio) e água (não totalmente eliminada pela degasagem) no compósito. Assimtemos que, com o aumento da temperatura e na presença desses iniciadores,o processo de degradação, além de ser facilitado, é acelerado, explicando uma

perda de massa maior no primeiro intervalo de temperatura, sem que haja oinício da decomposição da matriz.

4. CONCLUSÕES

O processo de formulação do compósito, juntamente com a obtenção dasmatrizes extrudada e injetadas, foi um sucesso, sem que houvesse a interferênciade uma matriz degradada.

Os resultados das análises mecânicas permitiram concluir que a fibra se

apresenta como uma boa alternativa de aditivo, em relação às fibras inorgâ-nicas, uma vez que este melhora as propriedades mecânicas do biocompósitoem relação à matriz virgem, aumentando os módulos da tensão na forçamáxima e elasticidade.

Observou-se pelo TGA e FTIR que a incorporação da fibra modifica aspropriedades mecânicas da matriz sem alterar as suas características térmicase sua estrutura química.

Assim, o biocompósito foi perfeitamente obtido e analisado, podendo-sechegar à conclusão que este é um material alternativo de boa resistência

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 62/239

comparado à sua matriz pura, que existe em diversos materiais no mercado.É necessário, por isso, promoverem-se estudos e pesquisas para aplicaçãodesse novo material nunca antes formulado, cujas vantagens, frente ao fatode se aplicar em um recurso de material renovável, são o fato de possuir em

sua composição fibras vegetais biodegradáveis e ser usado em materiais queestão em alta no mercado mundial, devido à atual e necessária preocupaçãocom o meio ambiente.

Em outras palavras, é um material mais resistente comparado ao EVApuro. Além de possuir diferentes aplicações (as quais podem ser especificadasainda mais com a variação da porcentagem de fibra), possui um custo menorem relação à mesma matriz com fibra de vidro (ressaltando que a fibra decurauá possui propriedades competitivas a ela) e ganha o selo de materialrenovável/biodragradável devido às fibras vegetais.

5. BIBLIOGRAFIA

ABIPLAST. Plástico . São Paulo: Associação Brasileira da Indústria do Plástico, 2010.Disponível em: <http://www.abiplast.org.br/upload/File/2011/PERFIL_2010.pdf>.Acesso em: 13 ago. 2011.

ALVES FILHO, M. Material extraído de planta amazônica substitui fibra de vidrocom vantagens: patenteada, nova técnica possibilita a produção de plásticos refor-çados e já pode ser transferida para a indústria. Jornal da Unicamp, n. 245, 22-28

mar. 2004. Disponível em: <http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_ho je/  ju/marco2004/ju245pag04a.html>. Acesso em: 13 ago. 2011.

AMICO, S. C.; MOCHNACZ, S.; SYDENSTRICKER, T. H. D.Plástico industrial ,n. 72, 2004.

BERNARDES, T. A.; OLIVEIRA, S. S.; SOARES, O. V. Simulação de fratura emmateriais compósitos fibrosos heterogêneos. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIE-DADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA, 58. Florianópolis,

 jul. 2006. Anais ... São Paulo: SBPC, 2006.

BRASKEM.Site . Disponível em: <www.braskem.com.br>. Acesso em: 13 ago. 2011.DE PAOLI, M. A.Degradação e estabilização de polímeros. São Paulo: Artliber, 2009.p 55.

FROLLINI, E.; LEÃO, A. L.; MATTOSO, l. H. C.Natural polymers and agrofibers composites . São Carlos: USP, 2000. p. 159.

GOLIATH BUSINESS KNOWLEDGE ON DEMAND.Present status of ethylene- vinyl acetate copolymer. [China]: China Chemical Reporter, 6 nov. 2003. Disponívelem: <http://goliath.ecnext.com/coms2/gi_0199-3334184/Present-status-of-ethylene-vinyl.html>. Acesso em: 13 ago. 2011.

65

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 63/239

66

GURNEE, E. F. Polímeros orgânicos. São Paulo: Ed. Edgard Blücher, 1971.INPAME. Imagem disponível no site do Insti tuto Nacional de Prevenção aos Acidentes em Máquinas e Equipamentos . Disponível em:<http://www.inpame.org.br/images/ areas.jpg>. Acesso em: 13 ago. 2011.

KROSCHWITZ, J. I. Encyclopedia of Polymer Science and Engineering, v. 6. 2.ed.New York: John Wiley & Sons, 1985. p. 647.LEÃO, A. et al. Apresentação. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM ONCOMPOSITES AND NATURAL POLYMERS, 4. São Pedro, set. 2002.Anais …São Pedro: ISNaPol, 2002. p. 507.MANRICH, S.Processamento de termoplásticos.São Paulo: Artliber, 2005.p. 277-358.MARTELLI , F. Twin-screw extruders. New York: Van Nortrand, 1983. p. 7-42.NICKEL, J.; RIEDEL, U. Materials Today , n. 44, 2003.

PREMATEC TRIANGLE. Fibras naturais . Disponível em: <http://www.pematec.com.br/fibras.htm>. Acesso em: 13 ago. 2011.RABELLO, M. Aditivação de Polímeros . São Paulo: Artliber, 2000. p.180.

SIGMA-ALDRICH. Catalog . Disponível em: <http://www.sigmaaldrich.com/ catalog/>. Acesso em: 13 ago. 2011.SILVERSTEIN, M. R.; WEBSTER X. F.; KIEMLE, J. D. Spectrometric Identi fi cation of Organic Compounds. 7.ed. New York: John Wiley & Sons, Inc.,2005, p. 72-126 e p.127-202.SPINACÉ, M. A. S. et al. Apresentação. In: CONGRESSO BRASILEIRO DEPOLÍMEROS – CBPol, 6. Águas de Lindóia, 2001. Anais... São Carlos: ABPol,2001. p.594.SPINACÉ, M. A. S. et al. Carbohydrate Polym., n. 77, p. 47, 2009.TRINDADE, W. G. et at. Presentation. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUMON COMPOSITES AND NATURAL POLYMERS, 4. São Pedro, Sep. 2004.Proceedings..., São Pedro: ISNaPol, 2004.VILLAVECHIA, V. Tratado de química analítica apl icada. Barcelona: EditorialGustavo Gili, 1963. p.849.

ZAH, R. et al. J. Cleaner Production, n. 15, p. 1032, 2007.ZATTERA, J. A. et al. Polímeros , n. 15, p. 73, 2005.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 64/239

67

Categoria Jovem Pesquisador1º Lugar

FILM S BIODEGRADA BLES ELABORADOSCON NANOM ATERIALES PARA ENVASESINDUSTRIALES

Autora: Lucía Mercedes Famá, 35 anos, pós-doutorado

País: Argent ina

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 65/239

69

RESUMEN

Se desarrolló un nuevo material biodegradable elaborado a partir dematerias primas de origen natural, totalmente renovables, compatibles con laprotección del medio ambiente, y de muy bajo costo; se reforzó con materialesnanométricos y también biodegradables.

Este producto apunta a satisfacer las nuevas demandas derivadas de lanecesidad de las industrias alimenticias, de cosmética, higiene y cuidadopersonal, farmacéutica y de limpieza, de compatibilizar sus materiales deembalaje con las nuevas tendencias y políticas de protección ambiental.

En este sentido, este material respetuoso con el medio ambiente puede

desarrollar soluciones que contribuyan a la mejora de la calidad de vida delas personas, otorgando servicios de alta calidad y con precios competitivosy, en particular, a través de la mejora en el impacto sobre el medio ambiente.

La originalidad tecnológica del nanocompuesto desarrollado, que fue patentado,es la inclusión de nanocristales de almidón waxy de maíz en una matriz de almidón de mandioca.

Tiene como característica que puede obtenerse en forma de gel o depelículas delgadas(films).

El desarrollo y los ensayos realizados permitieron asegurar la viabilidadtécnica del material nanocompuesto y la efectividad de sus aplicaciones yusos específicos.

1. IMPACTO

A través del desarrollo de este nanocompuesto biodegradable a base dealmidón de mandioca se buscó poder solucionar el grave problema ambientalque genera el uso de envases de plásticos obtenidos de fuentes no renovables,como el petróleo. De esta forma, poder integrar los aspectos económicos y

FILMS BIODEGRADABLES ELABORADOSCON NANOMATERIALES PARAENVASES INDUSTRIALES

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 66/239

70

ambientales en el marco del desarrollo de tecnologías más limpias, quecontribuyan a los objetivos de sustentabilidad de la sociedad. La generaciónde nuevos materiales biodegradables permitirá hacer un uso más eficiente dela energía y de los recursos no renovables, disminuir los impactos ambientales

en el aire, agua y suelo, y proteger la salud humana a través de la reducciónde tóxicos.

2. ANTECEDENTES

El reemplazo de los polímeros sintéticos por biopolímeros en el área deenvases y embalajes es uno de los temas con mayor auge en los últimostiempos.1 En este contexto, el almidón, en cuanto material termoplástico, seestudia desde hace unos veinte años, ya que se trata de una materia prima que

es económica, abundante, renovable y biodegradable.2

Sin embargo, hastaahora pocas aplicaciones han podido concretarse debido, principalmente, aque el almidón termoplástico muestra gran sensibilidad al agua, acentuadapor la presencia del plastificante (generalmente un polialcohol). La naturalezahidrofílica del almidón plastificado, lo hace muy susceptible al ataque de lahumedad, resultando en cambios en su estabilidad dimensional y propiedadesmecánicas. Además, la retrogradación y cristalización de las cadenas móviles delalmidón conducen a cambios no deseados en sus propiedades termomecánicas.

Por otro lado, en los últimos años, un tipo de almidón rico en amilopectina,denominado waxy, ha sido empleado para obtener nanopartículas mono-cristalinas que resultan ser rígidas y de tamaño nanométrico. Estasnanopartículas, obtenidas mediante una hidrólisis ácida de los granos dealmidón waxy 3, han sido empleadas como nanorrefuerzos en diferentesnanocompuestos. Por ejemplo, su inclusión mediante mezcla física, en alcoholpolivinílico, en poliuretanos4, en películas de pululano, o en matrices dealmidón,waxy o de mandioca5 condujo a interesantes propiedades de refuerzo.Sin embargo, los cambios que produjo su inclusión en las propiedades de

barrera fueron poco estudiados. Recientemente nuestro grupo mostró que

1. SORRENTINO; GORRASI; VITTORIA, 2007, p. 84-95; MARTIN; AVEROUS, 2001, p. 6209-6219; WU;LIAO, 2007, p. 4449-4458; KIM; LEE; KNOWLES, 2006, p. 1002; SUPRONOWICZ et al., 2002;HARRISON; ATALA, 2007, p. 344-353; KERRY; O’GRADY; HOGAN, 2006, p. 113-130.

2. SALA; TOMKA, 1992, p. 45; RÖPER; KOCH, 1990, p. S123; VAN SOEST et al. 1994, p. 4722.3. ANGELLIER-COUSSY et al., 2009, p. 1558-1566; CHANG; LIN; CHANG, 2006, p. 332-339; MIAO, et

al. 2011, p. 506-513; GARCÍA, et al., 2011, p. 203-210; GOYANES, et al., 2010; VARATHARAJANA et al.,2010, p. 466-475.

4. CHEN et al. 2008, p. 8-17.5. GARCÍA, et al., 2011, p. 203-210; GOYANES, et al., 2010; GARCÍA, et al., 2011, p. 203-210; GOYANES, et al., 2010.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 67/239

su incorporación en una matriz de almidón de mandioca conduce a mejorasdel orden de un 40 % en la permeabilidad al vapor de agua mientras quecuando se incorpora la misma fracción en peso en una matriz de almidónwaxy la permeabilidad al vapor de agua empeora.6 Eso quizá sea consecuencia

de las fuertes diferencias que presenta la distribución de nanopartículas enfunción del tipo de almidón de la matriz, su interacción con el plastificantey la migración del mismo.

En la actualidad, son pocos los trabajos encontrados sobre el estudio demateriales de almidón reforzados con nanocristales. Su principal problemaradica en la funcionalización y obtención de los nanocristales de almidónwaxy que sean compatibles con el almidón de mandioca utilizado comomatriz.

Grupos del Departamento de Física de la Facultad de Ciencias Exactas yNaturales de la Universidad de Buenos Aires y del INTEMA de la UniversidadNacional de Mar del Plata (Argentina), vienen trabajando en el tema propuestodesde el año 2006. Los logros obtenidos hasta la fecha están detallados en lapatente Internacional obtenida sobre el tema7 y en diversas publicaciones enrevistas con referato internacional.8

3. PRODUCTO

El producto que se desarrolló es un compuesto de plástico biodegradableelaborado con almidón de mandioca y nanocristales, y que por sus propi-edades puede ser utilizado como envase de diversos productos.

En su forma de film de plástico forma parte de la nueva tendencia de losenvases «verdes» (biopackaging ), que se alinean con los que utilizan recursosrenovables, materiales reciclables o nuevos materiales, que permiten lareducción de residuos sólidos generando así impactos positivos en el medioambiente, a diferencia de los envases tradicionales que son elaborados a partirde recursos no renovables de difícil degradación en el medio ambiente.

El uso de polímeros naturales (almidón de mandioca) con la combinaciónde nanocristales, otorgan al film las propiedades de ser flexible, biodegradable,biocompatible, no tóxico, comestible, translúcido, inodoro e insípido,permitiendo una buena adhesión a cualquier otro material y alta resistenciaal manipuleo. Estas cualidades del film, lo hacen apto para la protección y

71

6. GARCÍA et al., 2009b, p. 976-982.7. KRISTO; BILIADERIS, 2007, p. 146-158.8. GARCÍA, et al., 2011, p. 203-210; GARCÍA et al., 2009b, p. 976-982.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 68/239

72

conservación de alimentos y sustancias alimenticias, productos farmacéuticos,cosméticos y de limpieza.

Por otro lado, si bien varios compuestos han sido aprobados por agenciasreguladoras internacionales para ser usados como agentes antimicrobianos

alimenticios directos, muchos de ellos producen reacciones adversas enpersonas sensibles. La ventaja de trabajar con nanocristales es que puedenevitar la descomposición de ciertos alimentos sin la necesidad de agregarimperativamente antimicrobiano.

3.1. ATRIBUTOS DISTINTIVOS

Frente a los materiales actualmente utilizados, presenta una serie decaracterísticas diferenciales.

Comportamiento funcional (protección / aislamiento del medio ambiente):

• Retarda la migración de humedad.• Retarda el transporte de gases (O2, CO2).• Retarda la migración de aceites y grasa.• Retarda el transporte de solutos.• Soporta aditivos alimentarios.

Comportamiento funcional (como envase):

• Transparente.• Agrega resistencia mecánica a los alimentos para el manipuleo y les aporta

integridad estructural adicional.• Buena adhesión con sí mismo y con otros materiales.

Beneficios para el consumidor final:

• Comestible / no tóxico.• Soluble en H2O.

• Biocompatible.• Puede comportarse como soporte de aromas, vitaminas y minerales.• En ciertos alimentos o formas de presentación, hace superfluo el agregado

de agentes antimicrobianos.

Ecología / Medio ambiente:

• Biodegradable, generando menos residuos sólidos y contaminación.• Materias primas renovables.• Residuos de producción reciclable o biodegradable.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 69/239

Costo / Proceso industrial:

• Materias primas de muy fácil acceso y disponibilidad.• Su producción no requiere desarrollo de equipamiento especial.• Flexible y termoconformable utilizando equipamiento estándar para la

fabricación de film de polímeros sintéticos.Las características distintivas respecto del proceso de producción están

referidas a la disponibilidad de las materias primas básicas (almidón de maíz,almidón waxy , almidón de mandioca y glicerol) y el bajo requerimiento deequipamiento necesario para su elaboración.

En particular, en Argentina, la producción de mandioca resulta de muyfácil acceso, alcanzando las 200 000 toneladas en el año 2009 y destinandoa la industria el 14 % de la producción.

A pesar de que actualmente un importante número de materiales base delos recubrimientos son polisacáridos (celulosa y sus derivados, quitosano ydistintos tipos de gomas), los procesos de manufactura de los materiales secaracterizan por ser altamente costosos.

3.2. METODOLOGÍA DE CONFORMACIÓN DEL PRODUCTO

3.2.1. Obtención de los nanocristales de almidón waxy.

Los nanocristales se obtuvieron a partir del proceso de hidrólisis ácida.

Se realizó una solución de ácido sulfúrico (3,16 M) sometiendo 200 ml deagua a 5 °C con 178,1 ml de ácido sulfúrico (H 2SO4) y 621,9 ml de agua atemperatura ambiente en de un baño de agua con hielo. La solución de ácidosulfúrico (250 ml) fue calentada sobre un agitador magnético, colocado dentrode una campana con extractor de aire, hasta 40 °C (Figura 1).

Luego, se incorporó 36,7 g de almidón waxy , con agitación entre 200y 300 rpm, y se dejó bajo esas condiciones durante 5 días. Posteriormente,la solución fue centrifugada durante 1 hora a 10 000 rpm y 4 °C. El líquido

fue desechado y el sólido diluido en agua destilada se centrifugó nuevamente,durante una hora. Este proceso se denomina lavado y tiene como fin quitarel ácido de la solución y obtener una mezcla de nanocristales en suspensiónde pH neutro. El proceso fue repetido 5 veces. Para su almacenamiento seincorporaron 3 gotas de cloroformo y se dispersó la mezcla durante 5 minutos,a 13 000 rpm. Finalmente, para medir la concentración de nanocristales dela solución, se secaron 2 ml en un horno a 50 °C durante 2 días.

73

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 70/239

74

Figura 1. Diagrama del dispositivo utilizado para la síntesis de nanopartículas.

3.2.2. Conformación del nanocompuesto almidón-nanocristales.

Los films de almidón se prepararon con almidón de mandioca dispersadoen una solución de agua y glicerol. Se montó el dispositivo de la Figura 1para desarrollar el proceso de gelatinización.

Se mezclaron glicerol (5 g) y agua destilada (185 g) colocados en un baño

de aceite sobre un agitador magnético con placa calefactora a 250 rpm. Luegose añadieron 10 g de almidón. La mezcla se mantuvo en agitación constantepor 30 minutos. Luego, comenzó a calentarse calentamiento durante 30minutos (hasta 65 °C, temperatura a la cual se completaba la gelatinización).A continuación se realizó el proceso de desgasificación de la solución mediantevacío, durante 1 hora. Posteriormente se agregó la cantidad de soluciónde nanocristales deseada y se dispersó durante 20 minutos, a 1300 rpm.Nuevamente se le realizó vacío. Parte del gel resultante fue conservado hasta

su aplicación. Para la obtención del envase en forma de película delgada, elgel sobrante fue volcado en placas adecuadas y secadas en un horno a 50 °Cdurante 3 días.

3.3. APLICACIÓN DEL MATERIAL DESARROLLADO

El producto fue aplicado en sus dos posibles formas: como gel y comofilm (Figura 2).

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 71/239

Figura 2. Producto desarrollado en forma de gel (a) y en forma de película (b).

Se cubrieron trozos de frutas y verduras, como frutillas, kiwis, bananas, peras,manzanas, papas; y diferentes quesos (blandos y duros), con el producto ensu forma gel, mediante el método de inmersión (Figuras 3 - 8) y se los conservóa temperatura ambiente.

Según el tipo de alimento, se observó que a temperatura ambiente los trozosrecubiertos por el gel desarrollado se mantenían en mejores condiciones (sinoxidarse o deteriorarse) con el transcurso del tiempo.

Figura 3. Aplicación del gel desarrollado sobre una frutilla.

75

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 72/239

76

Figura 4. Aplicación del gel desarrollado sobre un trozo de kiwi.

Figura 5. Aplicación del gel desarrollado sobre trozos de banana.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 73/239

Figura 6. Aplicación del gel desarrollado sobre un trozo de manzana.

Figura 7. Aplicación del gel desarrollado sobre un trozo de papa.

77

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 74/239

78

Figura 8. Trozo de «queso duro» recubierto por el gel desarrollado.

Con el prototipo alcanzado se probaron bolsas contenedoras en productoscomo:• Alimentos – se cubrieron bandejas que contenían trozos de frutas como

bananas, peras y manzanas (Figura 9). El envasado a temperatura ambiente

mantuvo los productos sin oxidarse o deteriorarse por tiempos mayores auna semana.• Productos de higiene – como bolsas contenedoras; se envolvió jabón

líquido, alcohol en gel (Figura 10), champú y crema de enjuague, con lafinalidad de que el recubrimiento se disuelva en el momento del uso.

• Otros – las bolsas o sobres preparados a partir de estos films fueronutilizados para envasar café (Figura 11). El aroma del mismo se mantuvopor más de una semana, sin que el producto perdiera su característicaoriginal. Además, el producto fue aplicado en fertilizantes (Figura 12).

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 75/239

Figura 9. Bandejas de frutas con el material nanocompuesto en forma de film.

Figura 10. Aplicación del nanocompuesto en forma de filmen jabón líquido y alcohol en gel.

79

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 76/239

80

Figura 11. Café contenido en el envase desarrollado en forma de film.

Figura 12. Aplicación de la película desarrollada en fertilizantes.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 77/239

4. COMPARACIÓN DEL MATERIAL CON OTROS PRODUCTOS

4.1. PRODUCTOS ELABORADOS CON ALMIDÓN

El material desarrollado, al contener nanocristales de almidón bien dispersos

en el almidón de mandioca, utilizado como material mayoritario, presentauniones fisicoquímicas con este, dando lugar a un material que tiene lassiguientes ventajas frente al de almidón de mandioca sin nanopartículas:• Mayores módulos elásticos.• Mayor resistencia a la ruptura.• Disminución de la permeabilidad al vapor de agua.• Disminución del pardeamiento de frutas y retardo en la generación de

hongos en quesos.

• Opción para el control de la permeabilidad al vapor de agua, modificandola concentración de nanopartículas (probado en dos cantidades).• Soporta elongaciones a ruptura de un 90 % (menor a la del almidón de

mandioca pero mucho mayor que la de otros biofilms).

En valores medidos en el laboratorio

81

Propiedad Films almidón –nanocristales Otros films

Módulo elástico (mPa) > 140 38

Resistencia a la ruptura(mPa) > 3,5 1

Permeabilidad al vapor deagua (gm-1s-1Pa-1) < 2,7 x 10-10 4,5 x 10-10

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 78/239

82

4.2. OTROS BIOFILMS Y PLÁSTICOS NO BIODEGRADABLES (*)Y BIODEGRADABLES (**)

PERMEABILIDAD AL VAPOR DE AGUA (P )

Datos obtenidos de diversas publicaciones internacionales y de la páginade BASF

Film que contiene P (gm-1s-1Pa-1)x1010

*Cloruro de polivinilideno (PVDC ) 0,0007 – 0,003

*Polietileno de alta densidad 0,0024

*Polietileno de baja densidad 0,007 – 0,01

*Poliestireno 0,012 – 0,015

*Celofán 0,8

*Policaprolactona 2,0 – 4,0

**Poliláctico (PLA) 0,1

**Gluten de trigo 14 – 46

**Aislado de proteína de soja 16 – 4,4

**Polihidroxibutirato (PHB ) (Monsanto) 0,02

**Ecoflex (BASF ) (45 % renovable) 0,17

**Ecovio (BASF ) (45 % renovable) 0,092

**Quitosano 0,45

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 79/239

MÓDULO DE YOUNG Y RESISTENCIA A LA RUPTURA

Datos obtenidos de diversas publicaciones internacionales

83

Film que contiene Módulo de Young (mPa) Resistencia frente a laruptura (mPa)

*Cloruro de polivinilideno(PVDC ) 350 – 500 20 – 35

*Polietileno de altadensidad 800 30 – 40

*Polietileno de bajadensidad 200 25 – 32

*Poliestireno 3000 – 3500 35 – 60

*Celofán 3000 50 – 120

*Policaprolactona 190 14

**Poliláctico (PLA) 3000 – 3500 52 – 54

**Gluten de trigo 10 3 – 4

**Aislado de proteínade soja 17 – 370 2,4 – 15

**PolihidroxibutiRato(PHB ) (Monsanto) 900 Elongación a rotura< 15 %

**Ecoflex (BASF )(45 % renovable) 80 – 95 40

**Ecovio (BASF )(45 % renovable) 240 – 840 30 – 40

Quitosano 6 – 10 Sin datos

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 80/239

84

5. BIBLIOGRAFÍA

ANGELLIER-COUSSY, H. et al.Carbohydrate Research , n. 344, p. 1558-1566, 2009.CHANG, Y.-H.; LIN, J.-H.; CHANG, S.-Y. Food Hydrocolloids , n. 20, p. 332-339,2006.

CHEN, Y. et al. Carbohydrate Polymers , n. 73, p. 8-17, 2008.GARCÍA, N. L. et al. Carbohydrate Polymers , n. 84, p. 203-210, 2011.GARCÍA, N. L. et al. Macromolecular materials & engineering , n. 294, p. 169-177,2009a.GARCÍA, N. L. et al. Research International , n. 42, p. 976-982, 2009b.GOYANES, S. et al. INPI (Exp): 20100100044 . Solicitante: Consejo Nacional deInvestigaciones Científicas y Técnicas (CONICET), 2010.HARRISON, B. S.; ATALA, A. Biomaterials , n. 28, p. 344-353, 2007.

KERRY, J. P.; O’GRADY, M. N.; HOGAN, S. A.Meat Science , n. 74, p. 113-130, 2006.KIM, H-W.; LEE, H-H.; KNOWLES, J. C. J. Biomedical Materials Research. Part A, n. 10, p. 1002, 2006.KRISTO, E. ; BILIADERIS, C. G.Carbohydrate Polymers , n. 68, p. 146-158, 2007.MARTIN, O. ; AVEROUS, L. Polymer , n. 42, p. 6209-6219, 2001.MIAO, M. et al. Food Chemistry , n. 126, p. 506-513, 2011.RÖPER, H.; KOCH, H. Starch , n. 42, p. S123, 1990.SALA, R. M.; TOMKA, I. A. A.

Makromolecular Chemistry , n. 199, p. 45, 1992.

SUPRONOWICZ, P. R., et al. Journal of Biomedical Materials Research. Part A., 2002. Disponible en: <http://onlinelibrary.wiley.com/journal/10.1002/ (ISSN)1552-4965>.VAN SOEST, J. J. G. et al. Polymer , n. 35, p. 4722, 1994.VARATHARAJANA, V. et al. Carbohydrate Polymers , n. 81, p. 466-475, 2010.WU, C-S.; LIAO, H-T.Polymer, n. 48, p. 4449-4458, 2007.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 81/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 82/239

RESUMEN

Liderado por grupos de investigación del MERCOSUR, el presente trabajopresenta los resultados de un abordaje sistémico, integrado, multidisciplinaren el tema de la problemática del arsénico (As), especialmente en lo referentea su presencia en agua de consumo humano y en residuos industriales. La ingestade agua con trazas de As por períodos prolongados provoca alteraciones enla salud, principalmente dermatológicas, que pueden derivar en patologíasmás graves, como distintos tipos de cáncer. Se estima que en América Latinala población en riesgo supera los 14 millones de personas, con incidencia entodos los países de la región. Los residuos de la minería, actividad relevante enla región, constituyen una fuente secundaria de contaminación de aguas por As.

Para dar soluciones al problema, un grupo de científicos y tecnólogos delMERCOSUR, pertenecientes a una Red más amplia dentro del ProgramaCiencia y Tecnología para el Desarrollo (CYTED), se han integrado con tresobjetivos generales: (i) disponer de la mayor cantidad de datos sobre la

distribución geográfica y la génesis del As en acuíferos, sedimentos y suelos;(ii) contar con metodologías de determinación de As en agua a niveles traza;y (iii) proveer metodologías para brindar a la población agua segura libre deAs, principalmente a las comunidades aisladas y de bajos recursos. Las tecno-logías propuestas tienen como objetivo último, además de la mitigación delproblema, el mejoramiento de la calidad de vida y el adecuado desarrollosocioeconómico de la población.

Las actividades se han llevado a cabo con la contribución de profesionalesde distintas especialidades trabajando en conjunto con el objetivo de reducir

87

EL PROBLEMA DEL ARSÉNICO ENEL MERCOSUR. UN ABORDAJEINTEGRADO Y MULTIDISCIPLINAR ENLA INVESTIGACIÓN Y DESARROLLOPARA CONTRIBUIR A SU RESOLUCIÓN

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 83/239

88

ladesigualdad, aumentar el bienestar y proteger un recurso natural invalorable,como es el agua, teniendo en cuenta que el acceso a agua potable segura esun derecho humano. Además, se han sentado las bases para un adecuadodesarrollo sostenible de las actividades que pueden contribuir a la resolución

del problema.

1. INTRODUCCIÓN

El agua es un factor estratégico para la generación de las riquezas necesariaspara el desarrollo. El hecho de estar involucrada en todas las actividadesproductivas y su importancia para la vida la convierten en un factor decisivoen la calidad de vida de los pueblos, siendo la disponibilidad de agua de calidady la conservación de los recursos hídricos condicionantes del desarrollo

económico y social, la competitividad y el crecimiento sustentable de lasnaciones. En un escenario que engloba escasez, cambios climáticos, elevaciónde costos y disputa por la utilización de recursos, los gobiernos y organiza-ciones públicas y privadas de los países desarrollados tratan el tema comoestratégico. En los países en desarrollo como los del MERCOSUR, uno de losaspectos que en la actualidad produce mayor preocupación es la desigualdadque enfrentan los grupos económicamente más desfavorecidos en la provisiónde servicios básicos, en particular, el abastecimiento de agua potable.

La presencia de arsénico (As) en matrices ambientales, especialmente enel agua, es un tema prioritario de salud pública, que limita el uso del recursopara la provisión de agua potable y otros propósitos, y restringe el crecimientosocioeconómico, el uso racional de los suelos y el desarrollo sostenible de lasactividades primordiales para la región, como las agropecuarias.

La presencia de As en aguas de consumo ha ocasionado en todo el planetala diseminación de una serie de alteraciones a la salud humana conocidascomoarsenicismo (que en la región latinoamericana se denomina Hidroarse-

nicismo Crónico Regional Endémico, HACRE). Se trata de una enfermedadcrónica que deviene del consumo de agua y alimentos con pequeñas cantidadesde As durante períodos prolongados. El As es un «veneno invisible», ya queno se puede detectar ni por el olor, el color ni el sabor. Sus principalesmanifestaciones son serias alteraciones dermatológicas como melanodermia,leucodermia y/o queratosis palmo-plantar, evolucionando hacia patologíasmás graves que pueden relacionarse con distintos tipos de cáncer en la piel yen órganos internos (esófago, estómago, hígado, colon, pulmón, vejiga). Enlos últimos años, se ha hallado As en aguas de consumo en 14 de los 20 países

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 84/239

de América Latina1, lo cual no significa que el contaminante esté ausente enel resto de países, sino que simplemente no se ha comenzado el estudio enellos. La Organización Mundial de la Salud (OMS)2 y la mayoría de lasagencias ambientales de las naciones recomiendan un límite de concentración

de As en agua potable de 10 µg l–1. De acuerdo al mismo, puede estimarseque la población en riesgo en la región supera los 14 millones de personas,con incidencia en todos los países, siendo las poblaciones más afectadas lasde menores niveles de ingreso. La minería, una actividad relevante en elMERCOSUR, constituye una importante fuente potencial secundaria decontaminación por As.

El problema del As en América Latina es, en general, poco conocido ymás bien ignorado por las autoridades de la región, a pesar de las dramáticasconsecuencias sobre la salud de la población. Por lo tanto, para comenzar adar soluciones al problema, mejorar el estatus socioeconómico y no compro-meterlo en el futuro en las regiones afectadas, se necesitan estudios derelevancia para disponer de la mayor cantidad de datos sobre la distribucióngeográfica y la génesis del As en acuíferos, sedimentos y suelos, los factoresque influyen en su movilidad en el agua subterránea, su acumulación ensuelos, su absorción por las plantas y la transferencia a la cadena agroalimentaria.Se necesita también contar con metodologías de determinación de As enmatrices acuosas a nivel de trazas, compatibles con los límites recomendados

para el agua potable. Para mitigar el problema del As y brindar a la poblaciónagua segura, una estrategia sería buscar fuentes alternativas de agua libre deAs3, pero esta solución es a veces imposible de instrumentar pues, en muchaszonas, la mayoría de las fuentes de abastecimiento poseen niveles relativamentealtos del contaminante, y las aguas de buena calidad están ubicadas enzonas alejadas. En ciudades o pueblos con mayor número de habitantes, elabastecimiento de agua sin As se ha resuelto instalando plantas de abati-miento de mediana o gran escala, conectadas a la red de distribución. Sinembargo, la mayor proporción de la población afectada habita en núcleos de

población rural o periurbana dispersa, sin conexión a redes de agua potabley en condiciones socioeconómicas que impiden la instalación de plantas.Para la mitigación del problema, es fundamental el desarrollo y la puesta apunto de tecnologías de remoción eficientes, económicas y accesibles parapaliar la situación en la población de menores recursos e impedir la afectacióna la salud, al menos hasta garantizar la provisión de agua segura.

89

1. WHO. 2004.2. BUNDSCHUH et al. 2010a, p. 307-315.3. LITTER, 2006; BUNDSCHUH; PÉREZ CARRERA; LITTER, 2008.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 85/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 86/239

Figura 1. Composición de la Red IBEROARSEN.

Los objetivos de la Red en cuanto al avance del conocimiento, formaciónde recursos humanos, intercambio científico y difusión han sido cumplidos enforma prácticamente completa. En particular, se resaltan los siguientes aspecto.• El producto principal de la Red ha sido la Red misma, y su continuidad es

sustentable en el tiempo, como lo demuestran productos recientes comopublicaciones, cursos y eventos, algunos realizados luego de su finalizaciónformal.

• Se ha iniciado la construcción del mapa de distribución geográfica y

geológica del As en aguas y suelos de España, Portugal e Iberoamérica.Para ello, se ha creado IBEROARSEN-BD, una base de datos coninformación de la composición química de muestras de agua naturales deIberoamérica con énfasis en el contenido de As (muestras georreferen-ciadas mediante el sistema de proyección UTM, WGS84). Con los datosdisponibles hasta junio de 2009, se comenzó a levantar una plataformapara el Mapa de Distribución de As, de acceso gratuito en el sitiohttp://sig01.atlasdebuenosaires.gov.ar: 8081/iberoarsen/map.phtml.

• Se han publicado 5 libros4 y varios artículos, entre ellos los indicados enlas referencias5. Se destacan dos volúmenes especiales recientes dedicadosal As en América Latina, uno enWater Research , la revista de mayor factorde impacto sobre el tema del agua (FI = 4,546) y otro en Science of Total Environment (FI = 3,190).

91

4. BUNDSCHUH et al. 2011b, p. 1016; BUNDSCHUH et al. 2010a, p. 307-315; LITTER; MORGADA;BUNDSCHUH, 2010, p. 1105-1118; BUNDSCHUH et al., 2010b, p. 5511; FIGUEIREDO, B. R. et al., 2010.p. 79-106.

5. BUNDSCHUH et al. 2011b, p. 1016; BUNDSCHUH; PÉREZ CARRERA; LITTER, 2008.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 87/239

92

• Se han realizado 9 cursos de capacitación (más de 300 asistentes) yfinanciado 95 viajes de participantes, incluyendo intercambios entre grupos.

• La interacción con el sector industrial en países donde esta actividadinvolucra generación de residuos con As, como Brasil y Chile, ha redundado

en importantes proyectos de colaboración.2.2. SOSTENIBILIDAD DE IBEROARSEN

Las perspectivas de sostenibilidad de la Red derivan de los siguientesaspecto.• Todos los grupos participantes tienen fuerte inserción en instituciones

académicas y cuentan con financiación propia y capacidad documentadapara mantener la conectividad y formulación de propuestas exitosas en

nuevas acciones. Esto permite canalizar la oferta de formación de RR. HH. jóvenes mediante cursos, tesis de posgrado, etc.• Los participantes han demostrado gran capacidad de interacción en otros

ámbitos vinculados al problema del HACRE, favoreciendo futuras accionesy contribuyendo a la visión integral del problema.

• La página web continúa como vía de información y comunicación.• El material de enseñanza de los cursos, los libros y los folletos editados

brinda información básica para un sector importante de la comunidad deCyT, contribuyendo a diseminar la información y al aumento del

conocimiento.• La base de datos y el mapa de distribución de As, aunque no están aún

completos, representan un material de relevancia de consulta pública quese intentará continuar en la medida de lo posible.

• El Congreso Internacional de As de Taiwán en 2010 contó con una SesiónEspecial sobre As en América Latina organizada por miembros de la Red.Varios de estos participantes asistirán y coordinarán sesiones también enel próximo congreso As2012 en Australia.

• El aumento del conocimiento científico y tecnológico podrá aprovecharsepara otros fines similares en aspectos geológicos, tratamiento de metalestraza en aguas, medición de contaminantes, etc.

• La Red se ha constituido en definitiva como una Consultora Internacionalo Grupo de Expertos a los que pueden recurrir las autoridades, ONG ola población en general para asesorarse sobre el problema del As enIberoamérica. La difusión adecuada propende a interesar a estos actores enel emprendimiento de nuevas acciones en el tema del As.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 88/239

3. DISTRIBUCIÓN GEOGRÁFICA DEL ARSÉNICO

IBEROARSEN ha trabajado intensamente en la recolección y ordena-miento de datos sobre distribución de As en España y Portugal, enSudamérica, América Central y México.6 En las siguientes secciones,

se incluyen datos relevados hasta el momento en algunos países delMERCOSUR, que ilustran el espectro amplio de las fuentes de conta-minación por As en Iberoamérica.

3.1. ARGENTINA

En Argentina, las mayores concentraciones de As en aguas subterráneas seencuentran en la Llanura Chaco-Pampeana, Puna y Cuyo, mientras que laPatagonia necesita todavía ser estudiada con mayor detalle.7

Llanura Chacopampeana. Es la región más grande y poblada deArgentina, cubriendo más de un millón de km2. Si bien no se dispone deinformación completa, sistemática e integral sobre las fuentes de As debidoa la extensión de la región, existe un número de estudios locales que señalanpresencia de As en áreas ubicadas en el norte de la provincia de La Pampa(hasta 5300 µg l–1 de As)8, sur y sureste de la provincia de Córdoba (hasta4550 µg l–1), centro y sur de la provincia de Buenos Aires9, oeste de laprovincia de Santa Fe10, provincia de Santiago del Estero (con un valor unvalor máximo de 14 900 µg l–1), áreas del nornoreste de la Llanura Chaco-Salteña11 y zonas de la llanura oriental de la provincia de Tucumán12, áreasen las que el HACRE se manifiesta como endémico.13

El agua de la provincia de Buenos Aires se relaciona particularmente perono exclusivamente al acuífero Pampeano, y representa la mayor fuente deagua subterránea de toda la región con altas concentraciones de As. En laLlanura Chaco-Salteña, se determinaron altos valores de As y F, conmanifestaciones de HACRE y fluorosis dental y esqueletal.14 En Taco Pozo(provincia de Chaco) se consume agua con más de 200 µg l–1 de As y la

93

6. Idem; Idem.7. SMEDLEY et al. 2009. p. 35-45.8. FARÍAS; FERNÁNDEZ-TURIEL; GIMENO, 2009.9. NICOLLI, H . B. et al., (en prensa).10. Idem.11. NICOLLI et al., 2010, p. 5589-5604.12. BUNDSCHUH et al. 2011b, p. 1016; BUNDSCHUH; PÉREZ CARRERA; LITTER, 2008; SMEDLEY

et al. 2009. p. 35-45; NICOLLI, H. B. et al., (en prensa).13. NICOLLI, H. B. et al., (en prensa); NICOLLI et al., 2010, p. 5589-5604.14. NICOLLI, H. B. et al., (en prensa).

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 89/239

94

población presenta manifestaciones de HACRE.15 En la llanura oriental dela provincia de Tucumán (cuencas de Burruyacú y del río Salí), lasconcentraciones de As son superiores a 1600 µg l–1 en acuíferos someros.16 

Provincia geológica de la Puna.Ubicada en el extremo sur del Altiplano

Sudamericano, se extiende desde 21º45’ hasta 26º15’S. El predominio declima árido, condiciones oxidantes y alta salinidad del agua en cuencasendorreicas favorecen concentraciones anómalas de As. En las áreas desurgencia de aguas termales se encuentran altas concentraciones de As. Lamayor concentración de As en agua de bebida (hasta 2030 µg l–1) se encontróen San Antonio de los Cobres.17

Cuyo y Patagonia. Estudios en el SE de la provincia de San Juanrevelaron concentraciones de As mayores de 150 µg l–1 en agua subterráneade El Encón (1000 habitantes). En la provincia de Mendoza, se encontraronelevados niveles de As en agua en el distrito norteño de Lavalle. En laprovincia de San Luis, se determinaron concentraciones de As en agua dehasta 170 µg l–1.18

En la región patagónica los datos hasta ahora son escasos, habiéndosemonitoreado As en agua de bebida de 27 localidades de la provincia deChubut; en 25 de ellas, las concentraciones fueron menores de 20 µg l–1,pero se encontraron 30 y 50 µg l–1 en Garayalde y Camarones, respecti-vamente. Los estudios adicionales en la región son imperiosos ya que el

contexto geológico de la región sugiere que pueden esperarse más altasconcentraciones.19

3.2. CHILE

Aunque los problemas relacionados con la presencia de As en agua deconsumo se resolvieron en la mayor parte de este país, las concentraciones enel norte, desde Arica hasta Antofagasta (17°30’ a 28°30’S) son aún de granpreocupación. En esta región se encuentran 420 volcanes, algunos aún

activos. Las concentraciones de As total en varias fuentes exceden lanormativa nacional e internacional en unas 6 a 300 veces. Las aguas sonconsumidas por algunas comunidades, que viven en medio del mayor desierto

15. BUNDSCHUH et al. 2011b, p. 1016; BUNDSCHUH; PÉREZ CARRERA; LITTER, 2008; NICOLLI etal., 2010, p. 5589-5604.

16. Idem; Idem; FARÍAS et al., p. 397-407.17. Ibid.; Ibid.18. Ibid.; Ibid.19. Ibid.; Ibid.; FIGUEIREDO et at., 2010, p. 79-106.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 90/239

del mundo (Atacama, 250 000 km2), donde las precipitaciones y el agua sonescasas, y el agua superficial puede concentrar de 1000 a 5100 µg l–1 As.20

Arica y Parinacota. Los pobladores de la zona rural de Arica han sidoafectados por HACRE desde hace más de 4500 años. La ocurrencia del As

se debe a procesos relacionados con la actividad volcánica en la Cordillera delos Andes. El río Lluta se extiende por 150 km desde el volcán Tacora haciael mar, llevando aguas con cerca de 200 µg l–1 de As. Pequeñas comunidadesde unos 60 habitantes están expuestas a As por consumo de agua del ríoCamarones (100 km al S de Arica), en algunos casos con concentracionesmayores de 1000 µg l–1.21

Antofagasta y Valle del Elqui (región de Coquimbo). Antofagasta seconoce como la capital minera de Chile y es uno de los productores másimportantes de cobre en el mundo. Los ríos de la región presentan concen-traciones de As de hasta 3000 µg l–1, y el mismo valor se determinó en algunosríos de la provincia de Loa.22

El valle del río Elqui se extiende por unos 9800 km2 y el río drena ensu recorrido importantes zonas de alteraciones hidrotermales y depósitosepitermales de minerales que contienen Cu, Au y As en el contexto delfamoso distrito mineral El Indio. Los sedimentos de ríos y lagos antiguosestán altamente enriquecidos con As, debido no solo a la actividad mineraactual sino principalmente a procesos de erosión de largo plazo que afectaron

ocurrencias naturales de minerales con As.23

3.3. BRASIL

A la fecha, la concentración de As de los principales acuíferos brasileñoses desconocida, con estudios solo en tres áreas: (i) Cuadrilátero del Hierro(CH), (ii) Valle da Ribeira y (iii) distrito Santana.24 Se encontraron otrasfuentes puntuales con concentraciones significativas de As relacionadas conla minería del oro en los estados de Bahia, Goiás y Minas Gerais, así como

en formaciones de carbón al S de Brasil.El Cuadrilátero de Hierro.El CH es una geoprovincia mundialmenteconocida como productora de hierro-oro, ubicada en la parte sur-central delestado de Minas Gerais, donde en los últimos 300 años se han volcado grandes

95

20. Ibid.; Ibid.; Idem.21. Ibid.;Ibid.; Ibid.22. Ibid.; Ibid.; Ibid.23. FIGUEIREDO et at., 2010, p. 79-106.24. BUNDSCHUH et al. 2011b, p. 1016; BUNDSCHUH; PÉREZ CARRERA; LITTER, 2008.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 91/239

96

cantidades de As en drenajes, suelos y la atmósfera como resultado de laminería del oro. Se encuentran concentraciones de hasta 4500 mg kg–1 de Asen suelos y sedimentos (la normativa establece un máximo de 15 mg kg–1) yde hasta 2980 µg l–1 en aguas.25 Sin embargo, el ambiente rico en hierro crea

una condición favorable para procesos de mitigación naturales que hacontribuido a reducir el potencial impacto de la liberación de As de colas yresiduos (véase sección 4.3).

Valle da Ribeira.En esta zona del sureste de Brasil (estados de Paraná ySão Paulo), el As se dispersó como coproducto de la minería de plomo-cincdurante el último siglo y también como resultado de erosión natural deminerales de azufre-oro ubicados corriente abajo del área minera. En el vallemedio, la erosión de rocas mineralizadas originó suelos con contenidos de Asde hasta 764 mg kg–1, en contraste con concentraciones de As menores de

10 µg l–1 en agua superficial.26

Santana.En esta región, ubicada sobre el río Amazonas, el As ocurre enasociación con minerales de manganeso localmente procesados en los últimos50 años. Los residuos contienen hasta 1700 mg kg–1 de As, con algunos pozosde agua con contenidos de hasta 2000 µg l–1. Sin embargo, las bajasconcentraciones de As encontradas en cabello y uñas fueron interpretadas entérminos de relativa inmovilidad del As en suelos y sedimentos bajoinfluencia de fuertes procesos químicos de erosión, y debido al hecho de sercomunidades menos dependientes del consumo de agua subterránea enrelación con el agua superficial.27

3.4. URUGUAY

En este país existen muy pocos antecedentes de estudios sistemáticos dela presencia de As geogénico o contaminación antropogénica en aguassubterráneas, que comenzaron recién en 2005.28 Unos pocos estudios abarcanla evaluación del riesgo ambiental por presencia de As en aguas subterráneasdel acuífero Raigón (Formación Raigón, Plio-Pleistoceno)29 y existencia de

niveles superiores a los recomendados por la OMS para agua potable endiferentes acuíferos del país: Chuy (0,1-41,9 µg l–1), Raigón (3,1-18,9 µg l–1)y Mercedes (9,9-58 µg l–1).30

25. DE CAPITANI et al., 2005.26. FIGUEIREDO et at., 2010, p. 79-106.27. GUÉRÈQUIZ, 2006.28. LITTER, 2006; BUNDSCHUH; PÉREZ CARRERA; LITTER, 2008.29. MANGANELLI et al., 2007, p. 3-6.30. LITTER, M.I.; ARMIENTA, M. A.; FARÍAS, 2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 92/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 93/239

98

4.2. PROBLEMÁTICA Y ESTADO ACTUAL DE LAS DETERMINACIONESANALÍTICAS EN ARGENTINA, BRASIL Y URUGUAY

En Argentina se realizó un reciente relevamiento sobre las metodologíasanalíticas utilizadas por laboratorios oficiales y privados, que indicaron que

30 % de los laboratorios utilizan espectroscopía UV-Vis, 30 % HG-AAS,20 % GF-AAS; solo 8 % usa ICP-OES y otro 8 % ICP-MS. El 4 % restanteutiliza otras técnicas como TXRF, EQ y métodos semicuantitativos con tirasreactivas. Muy pocos laboratorios están acreditados, y solo un 50 % siguelos lineamientos de garantía de calidad.

En Brasil los laboratorios comerciales y de centros de investigación ouniversidades están bien capacitados para la determinación de As total a nivelde trazas. El grupo de la UFMG desarrolló gran competencia en las técnicasRaman, IR y XAFS, que permiten el modelado molecular para establecer elestado de oxidación y la forma de complejación del As en diversos sustratos,así como los mecanismos responsables de la fijación o removilización delelemento (véase sección 4.3). La capacitación en la especiación ha sidorecientemente iniciada mediante resinas intercambiadoras de iones asociadasa ICP-MS y el uso de HPLC-HG-AFS.

En Uruguay se integraron dos grupos multidisciplinarios de la Univer-sidad de la República, ambos con participantes de IBEROARSEN. Uno delos grupos está formado por investigadores en Química Analítica y Toxicología

con vasta experiencia en servicios a la comunidad en análisis de trazas enmedios biológicos, alimentos y muestras ambientales. Los bajos nivelesnaturales de As (sección 3.4) requieren técnicas altamente sensibles comoICP-MS, no disponibles en el país. El trabajo realizado incluyó, por lo tanto,el desarrollo y optimización del análisis por GF-AAS y HG-AASde especiesen agua y orina. El otro grupo (Geología Médica), integrado por especialistasen Toxicología de los Metales, Bioinorgánica, Geología Ambiental, QuímicaAnalítica y Nutrición, realizó estudios multidisciplinarios de As en agua deconsumo, investigación geológica, ambiental y toxicológica de la presencia de

As en acuíferos (sección 3.4) y metodologías para muestreo y análisis deagua y orina de población expuesta. El grupo organizó la 3.ª ConferenciaHemisférica sobre Geología Médica (Montevideo, 2009) con representantesde más de 30 países, varios de ellos miembros de IBEROARSEN. Actualmentese desarrollan metodologías accesibles en Uruguay para identificación ycuantificación de metabolitos urinarios de As, y se han iniciado estudiosepidemiológicos.

Como conclusión, es necesario realizar un importante esfuerzo paraalinear a todos los laboratorios de la región en el mejoramiento de instalaciones

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 94/239

y equipos acordes a las exigencias normativas y legales. Este importanteestudio puede replicarse sin duda en la evaluación y modernización de loslaboratorios analíticos del resto de los países del MERCOSUR y de todaAmérica Latina.

4.3. APLICACIÓN DE TÉCNICAS ANALÍTICAS AVANZADAS PARADETERMINAR LOS FACTORES QUE AFECTAN LA MOVILIDAD DELAS EN SUELOS Y AGUA SUBTERRÁNEA, SU ABSORCIÓN PORPLANTAS Y LA ESTABILIDAD DE LOS RESIDUOS

La comprensión y control de los factores que afectan la movilidad/fijaciónde As son de suma importancia para entender y minimizar el impacto de losprocesos naturales y para prevenir la disponibilidad de As proveniente

de fuentes secundarias (residuos de los procesos de remoción). El grupobrasileño de la UFMG llevó a cabo una investigación sobre la estabilidad alargo plazo de los residuos de As empleando diversas técnicas analíticas decaracterización.

Uno de los trabajos realizados concluyó que a lo largo de más de 20 añosde disposición de residuos mineros se había producido la disolución total delAs(III) que pudiera haber estado presente. La presencia solo de As(V), juntocon exceso de Fe, demostró la importancia del control del estado deoxidación y de mantener alta la relación Fe/As para la estabilidad a largo

plazo de los residuos.32

Se demostró también la importancia de la asociación de Al-Fe para laatenuación de As. Como ejemplo, la presencia de Al estructural en goethitasaumentó la capacidad de captación de As y la estabilidad bajo condicionesreductoras, mientras que la movilización de Fe y As disminuyó con elaumento de Al.33

En otro estudio, una detallada investigación de la complejación de As conuna biomasa vegetal (hojas secas de lechuga) indicó que los grupos carboxilo

de la materia orgánica son activos para la captación de As solo si hayFe disponible para la complejación.34 La Figura 2 muestra la forma decomplejación identificada mediante modelado molecular utilizando latécnica XAFS.

99

32. Idem; Idem; SILVA et al., 2010.33. SILVA et al., 2009, p. 350-356.34. Idem.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 95/239

100

Figura 2. Grupo arseniato unido a Fe(III) en la forma bidentadamononuclear (a) y binuclear (b). El Fe(III) se une

al C de la biomasa vegetal.35

5. REMOCIÓN DE ARSÉNICO

La mayoría de los procesos de remoción de As se basan en una secuenciasimple de tratamientos fisicoquímicos que se pueden aplicar solos ocombinados, simultáneamente o en una secuencia: oxidación/reducción,coagulación/filtración, precipitación, adsorción, separación sólido/líquido y

tecnologías de membrana, entre otros.36

En un escenario como el de AméricaLatina, y más particularmente en el MERCOSUR, con sus diversidades, laelección de la tecnología adecuada para la remoción de contaminación enagua de bebida debe basarse por un lado en factores técnicos como laspropiedades microbiológicas y fisicoquímicas del agua, caudal a tratar, datossobre la capacidad de la planta, requerimientos de concentración final de Asen el agua tratada, tipo de fuente, etc. Por otro lado, los aspectos sociológicosde la población a la cual se le suministrará el agua, tales como pobreza,malnutrición, incidencia de enfermedades crónicas, factores educacionales,

etc., son muy importantes para la selección de la tecnología correcta.Otro aspecto importante es la remoción y disposición de As en la industria

minera (especialmente Cu y Au) y metalúrgica, porque ambas actividadesson relevantes en América Latina y fuentes importantes de residuos de As,para los que las regulaciones ambientales son cada vez más estrictas. Las aguas

35. LIT TER, M. I .; SANCHA, A. M.; INGALLINELLA, 2010; LITTER, M. I .; MORGADA, M. E.;BUNDSCHUH, 2010, p. 1105-1118.

36. LITTER; SANCHA; INGALLINELLA, 2010.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 96/239

residuales conteniendo As requieren remoción y estabilización del As antesde su disposición en vertederos. En ese sentido, el estudio descripto en lasección 4.3 es relevante.

La Red IBEROARSEN ha publicado un volumen completo sobre

Tecnologías de Remoción de Arsénico37

donde, además de la puesta al día yla extensa descripción de los métodos existentes, se detallan experienciasiberoamericanas en la remoción de As a escala de planta de tratamiento(Chile, Argentina y Guatemala), y a nivel familiar y en laboratorio(Argentina, Chile, Perú, México y Ecuador). A continuación daremosalgunos ejemplos de lo realizado en los laboratorios del MERCOSUR.

5.1. REMOCIÓN DE ARSÉNICO A MEDIANA Y GRAN ESCALA(POBLACIONES MAYORES A 1000 HABITANTES)

5.1.1. Argentina

En Argentina existen numerosas plantas para remoción de As instaladasen varias provincias. El uso de la ósmosis inversa es la opción preferida, ya quepermite la eliminación de otras especies químicas como cloruros, sulfatos,nitratos y metales pesados. Sin embargo, y aunque existen plantas de ósmosisinversa en Santa Fe, Córdoba y La Pampa, el método presenta varias desven-tajas entre las cuales se destacan el alto costo y el volumen de agua de rechazo,

que llega al 30-50 % de los flujos de entrada. Por esta razón, se ha intentadoel desarrollo de otras tecnologías más económicas, de las que el procesoArCIS-UNR es uno de los más exitosos.38

El desarrollo del proceso ArCIS-UNR de coagulación-floculación-filtración fue llevado a cabo por un grupo de investigación de la UniversidadNacional de Rosario y permite remover As y fluoruros presentes en agua.Mediante ensayos en laboratorio y en planta piloto, se eligió como coagulanteal PAC (policloruro de aluminio, un polímero inorgánico de aluminio decreciente aplicación en el tratamiento de aguas). Los ensayos a escala de

laboratorio mostraron que se podían obtener concentraciones de As,fluroruros y Al y niveles de turbiedad por debajo de los límites establecidospor la normativa. El esquema de tratamiento se compone de un filtro gruesoascendente de grava y un filtro rápido descendente de arena, tal como semuestra en la Figura 3.

101

37. Idem; LITTER, 2008, p. 41-50 ; INGALLINELLA et al., 2002, p. 53-58; FERNÁNDEZ; INGALLINELLA;STECCA, 2010, p. 589-594.

38. LITTER et al., 2008, p. 41-50.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 97/239

102

Los resultados obtenidos en los ensayos en planta piloto se usaron parainstalar una planta en la ciudad de Villa Cañás (sur de la provincia de SantaFe) para suministrar agua a 11 000 habitantes. La planta se construyó in situ,y consistió de dos módulos de 600 m3 d–1. La concentración de As se redujo

de 200 a 20 µg l–1

, mientras que el fluoruro pasó de 2,3 a 1,5 mg l–1

.Figura 3. Esquema de implementación del proceso de coagulación-

coprecipitación-adsorción ArCIS-UNR a escala real.39

La tecnología ARCIS-UNR fue utilizada para diseñar otras plantas en

Santa Fe (López, 150 m3 d–1, Santa Isabel, 150 m3 d–1 y Andino, 380 m3 d–1).Recientemente se instaló una planta en Lezama, provincia de Buenos Aires(850 m3 d–1), donde se ha llegado al valor de 10 µg l–1 de As en el aguatratada recomendado por la OMS. Los gastos de funcionamiento del procesoson considerablemente económicos, de aproximadamente 0,15 US$ por m3

de agua tratada.

5.1.2. Chile

Chile ha enfrentado exitosamente el desafío de la remoción de As en elnorte del país donde los cursos de agua superficiales contienen elevadasconcentraciones de As y la escasez de agua limita la elección de la tecnologíade tratamiento.40 La crítica situación provocada por el consumo de agua delrío Toconce ([As]: 600-900 µg l–1) condujo al gobierno chileno en la década

39. LITTER; SANCHA; INGALLINELLA, 2010; SANCHA; FUENTEALBA, 2010, p. 581-588; SANCHA,A. M.; HEALTH, 2006, p. 267-272.

40. LITTER; BUNDSCHUH, 2010; BUNDSCHUH et al., 2010c, p. 5828-5845; BUNDSCHUH et al., 2011a,p.1080.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 98/239

de 1960 a comenzar un estudio empresa-universidad, donde participó el grupode la Universidad Católica de Chile. El estudio demostró que una tecnologíabasada en coagulación-floculación era la más conveniente para la solucióndel problema.

La primera planta (1970, Salar del Carmen, Antofagasta) utilizó en primerlugar Al2(SO4)3 como coagulante y luego FeCl3. Más tarde, se construyeronlas plantas de Calama (Cerro Topater), Chuquicamata y Taltal, que utilizanFeCl3. Para la remoción de As de aguas subterráneas, donde la turbiedad esmuy baja y el volumen de partículas que se forma es pequeño, se demostróque se puede simplificar el proceso eliminando la etapa de sedimentación. Enla actualidad, existen cuatro plantas en operación que usan la coagulaciónclásica, con una capacidad total de alrededor de 1800 l s–1 y una planta conel tratamiento simplificado. Las etapas del proceso son un paso de preoxidacióna As(V) por agregado de cloro, seguido del agregado de FeCl3. La eficienciade remoción permite obtener concentraciones de alrededor de 10 µg l–1,demostrando que la coagulación es muy eficaz para alcanzar los nivelesrequeridos de una manera costo-efectiva. El proceso es capaz de tratarcaudales de 30 a 520 l s–1, con 80-100 % de remoción.

5.2. MÉTODOS EMERGENTES Y A PEQUEÑA ESCALA

5.2.1. Uso de materiales adsorbentes naturales y geológicos

El uso de materiales geológicos naturales para la remoción de As es unasolución emergente tanto para comunidades pequeñas y casas aisladas comopara la aplicación industrial. Los bajos costos hacen a estos materiales muyatractivos para la remoción de As, especialmente cuando se encuentrandisponibles localmente y se pueden colectar fácilmente. Una revisión detécnicas usando materiales geológicos (arcillas, lateritas, suelos, calizas),adsorbentes orgánicos naturales (biomasa) y materiales sintéticos fue realizadarecientemente por IBEROARSEN.41 Se han ensayado también materiales

orgánicos de bajo costo como celulosa, hueso molido, juncos, biomasa desorgo y biomasa residual, etc.

Materiales de biomasa rica en cisteína, productos residuales económicosfácilmente disponibles en piel, pelo, uñas, cuernos o plumas de animales,constituyen una opción para la remoción selectiva de As(III) de aguas. En esesentido, el grupo brasileño de la UFMG desarrolló un material con alto

103

41. TEIXEIRA, M. C.; CIMINELLI, 2005, p. 895-900; CIMINELLI et al., 2007b, p. 128-134.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 99/239

104

contenido fibroso proteico (rico en queratina) obtenido de plumas de pollo,con el que la sorción de As alcanzó valores de 270 µmol As(III) g–1 debiomasa (o 20 mg g–1).42

Como ejemplo original de gestión industrial a gran escala de colas de As

en áreas mineras, se ensayó el uso de un oxisol extraído en Paracatu, estadode Minas Gerais (Brasil), con el que se recubrieron las paredes interiores detanques de almacenamiento de colas de sulfuro (15 % S, como pirita yarsenopirita, 100 mg l–1 de As disuelto) generadas en la cianuración de oro,donde se procesan cerca de 50 millones de toneladas de mineral por año quecontienen As. Más de 15 años de monitoreo de agua subterránea probaronque el uso del oxisol enriquecido con Fe y Al es un sistema eficiente para laretención y atenuación de las pérdidas en este sitio minero, e indica laposibilidad de usar estos materiales para la remoción de As en áreas rurales yremotas.43

Se investigó también la capacidad de remoción de As de suelos de Brasilcompuestos por minerales de Mn y óxidos de Fe. Experimentos en columnascon soluciones con 100 µg As(III) l–1 indicaron una muy eficiente remoción; elnivel de 10 µg l–1 As a la salida fue excedido solamente después de 7400 BV(volúmenes de lecho).44

5.2.2. Potencial de macrofitas acuáticas para la remoción de arsénico

En el Centro de Estudios Transdisciplinarios del Agua (CETA, UBA,Argentina), se llevaron a cabo varios estudios para evaluar la remoción de Asdel agua con macrofitas acuáticas (Lemna minor y Spirodela intermedia )recogidas en lagunas de la provincia de Buenos Aires. Las plantas se colocaronen reactores de 2,5 l con agua de la misma laguna (unos 25 g en cada reactor)conteniendo As entre 0,5 y 2 mg l–1 (pH 7-7,5) y se expusieron 8 horas pordía a la luz fluorescente. La mejor remoción se observó con Lemna minor (38-52 %), mientras que Spirodela i ntermedia no dio prácticamenteremoción.45 Aunque deben entenderse aún los mecanismos de sorción por lasplantas, debe enfatizarse la conveniencia de estas metodologías por su bajocosto, operación y mantenimiento simples, y porque las macrofitas estudiadasse encuentran distribuidas ampliamente y son fácilmente cultivables.

42. CIMINELLI et al., 2007a, p. 607-612 ; LADEIRA; CIMINELLI , 2004, p. 2087-2094.43. DESCHAMPS; CIMINELLI; HÖLL, 2005, p. 5212-5220.44. LITTER; SANCHA; INGALLINELLA, 2010.45. Idem; LITTER; MORGADA, M . E.; BUNDSCHUH, 2010, p. 1105-1118; LITTER et al., 2008, p. 41-50 ;

BUNDSCHUH et al., 2010c, p. 5828-5845; LITTER et al., 2011, p. 1016.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 100/239

5.2.3. Tecnología del hierro cerovalente y métodos fotoquímicos

En los últimos años, se ha centrado la atención en métodos basados enprocesos innovadores tales como la fotocatálisis heterogénea (FH) y el uso demateriales de hierro como el hierro cerovalente (ZVI), algunos de los cuales

pueden aprovechar la energía solar. Estas tecnologías son simples, económicas ypromisorias para el tratamiento de aguas de zonas rurales y urbanas aisladas.46

En LIMZA/CIHDE (Chile) se desarrolló una metodología basada en eluso de la radiación solar, ZVI en forma de lana de acero y jugo de limón(citrato), validada con aguas naturales del río Camarones (1000 µg l–1 de Asinicial, que llegó al nivel requerido menor de 10 µg l–1).47 Más tarde, seconstruyeron las primeras unidades de tratamiento a escala domiciliaria parapequeñas comunidades rurales (unas 50 personas). Actualmente se están

desarrollando sistemas continuos a escala de planta piloto (1000 l) concolectores cilindro-parabólicos. Además de una mayor eficiencia del sistemade colección solar, se han ampliado los caudales de entrada y salida y sehan optimizado la naturaleza y disposición de las fuentes de ZVI, y lascondiciones operacionales (pH, potencial rédox (ORP), O2) que favorecenel proceso simultáneo de descontaminación y desinfección para suministraragua química y microbiológicamente segura a comunidades de mayortamaño.

Figura 4. Prototipo de fotorreactor solar para la remoción de As en Arica, Chile.

105

46. Ibid.; CORNEJO et al., 2008, p. 827-831.47. Ibid.; MORGADA DE BOGGIO et al., 2009a, p. 261-268, 2010, p. 209-218, 2009b, p. 677-683.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 101/239

106

En GQ-CNEA (Argentina)48 se llevó a cabo un estudio usando hierrocerovalente nanoparticulado (NZVI) extremadamente reactivo, fabricadopor una empresa nacional. La remoción de As(V) (1000 µg l–1) con NZVI(0,025-0,050 g l–1) fue muy rápida, llegando a más del 90 % luego de 150 min

de tiempo de contacto. La irradiación UV y el agregado de ácidos húmicosmejoró notablemente la remoción, sugiriendo la operación de procesos foto-Fenton y relacionados. El método se ensayó en aguas de pozo reales deLos Pereyra, provincia de Tucumán. Después de 3 horas de contacto entreNZVI (0,025 mg l−1) y una muestra de agua real ([As] = 174 µg l−1), laconcentración de As disminuyó a 42 µg l−1 en la oscuridad y a nivelesmenores de 10 µg l−1 cuando se sometió a la irradiación UV. La determi-nación de As se realizó con el método optimizado por ICP-OES mencionado

en la sección 4.Más adelante se desarrolló un prototipo a escala de banco (Figura 5),compuesto de un reactor anular con un núcleo central concéntrico en el quese ubica la fuente de luz UV. Este diseño puede modificarse sustituyendo lalámpara por un sistema colector/reflector de bajo costo para el aprovechamientode la luz solar. La tecnología innovadora propuesta es competitiva ysustentable ya que aprovecha un material económico fabricado en el país, dealta reactividad, gran superficie específica y máxima estabilidad en suspensionesacuosas con diferentes niveles de contaminación y composición variable.

El prototipo recibió uno de los Premios INNOVAR 2009 otorgado por elMinisterio de Ciencia, Tecnología e Innovación Productiva de Argentina.

Otra tecnología que se puso a punto fue FH en botellas plásticas. Estasinvestigaciones fueron un avance realmente importante, ya que la tecnologíase había ensayado anteriormente solo para mejorar el método SODIS(desinfección solar). El TiO2, material inocuo, origina bajo luz UV reaccionesquímicas que producen la mineralización de materia orgánica, la destrucciónde bacterias y la remoción de metales tóxicos. El TiO2 puede ser soportado

sobre las paredes internas de botellas de PET (PET-TiO2), que luego puedenusarse como fotorreactores para tratar agua en hogares con el agregado deFe para inmovilizar el As(V) sobre los flóculos de óxidos de hierro formadospor corrosión.

48. Ibid.; LITTER; MORGADA; BUNDSCHUH, 2010, p. 1105-1118; MORGADA DE BOGGIO et al.,2010. p. 209-218, 2009b, p. 677-683, 2009b.; MATEU, 2007.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 102/239

Figura 5. Prototipo de fotorreactor para tratamientode As a escala de banco con NZVI (Argentina).

Se realizaron experimentos en botellas de PET-TiO2 con soluciones deAs(III) y As(V) y FeCl3 o trozos de alambre de Fe, expuestas a luz UV (1600-2000 µW cm–2). El método resultó exitoso en aguas de laboratorio y fueprobado luego con aguas reales de pozo de Las Hermanas (provincia deSantiago del Estero, [As] = 800-900 µg l−1), llegándose a menos de 10 µg l–1

al cabo de 6 horas de irradiación. Tres experimentos consecutivos con lamisma botella indicaron que la eficiencia no se afectaba por el reuso del

fotocatalizador.49

6. CONSIDERACIONES FINALES

Científicos y tecnólogos del MERCOSUR han trabajado integradamenteen investigación y desarrollo de tecnologías sustentables para paliar ladramática situación que representa el As en el agua para la salud humana.Esta integración se viabilizó exitosamente a través de la consolidación de laRed IBEROARSEN, que consiguió hacer visible y científicamente verificable

la problemática del As en Iberoamérica, en particular en el MERCOSUR, yatraer la atención de autoridades, ONG y población en general. La Red hacontribuido a fomentar, además, el desarrollo científico-tecnológico generalen la región, con el aumento de grupos de trabajo e investigaciones relacio-nadas, sobre todo en los países menos desarrollados. Ha consolidado ungrupo de expertos internacionales del más alto nivel en el tema, que ha

107

49. Ibid.; LITTER; MORGADA; BUNDSCHUH, 2010, p. 1105-1118; MORGADA DE BOGGIO et al.,2010. p. 209-218, 2009b, p. 677-683, 2009b.; MATEU, 2007.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 103/239

108

contribuido con publicaciones en el campo, incluyendo artículos en revistasinternacionales de alto impacto. Se han realizado también actividades dedifusión de los avances en el conocimiento, formación de recursos humanosy acciones sociales.

Además de contribuir a la comprensión del problema del As, las actividadesapuntan al objetivo más amplio de propender al desarrollo sustentable desdeaspectos económicos, ecológicos, energéticos, sociales, culturales y científicos.Contribuyen también a integrar la infraestructura de ciencia y tecnología delos países del MERCOSUR en el área de los recursos hídricos con la actividadde organismos normativos y de gestión. Toda esta estrategia repercutirá, enúltimo término, en la reducción de las desigualdades sociales y en el aumentode bienestar por la mejoría de las condiciones de trabajo, educación, segu-ridad alimenticia y nutricional, salud y saneamiento de la región, en un

marco de crecimiento orgánico y equilibrado de los países. La experienciaintegrada de los países del MERCOSUR provee, por último, informaciónvaliosa que podría usarse para resolver estos problemas en América Latina eincluso en otras regiones del mundo.

7. BIBLIOGRAFIA

BUNDSCHUH, J.; PÉREZ CARRERA, A.; LITTER, M. I . (Eds.). Distribución 

del arsénico en las Regiones Ibérica e Iberoamericana . Argentina: Editorial CYTED,2008.

BUNDSCHUH, J. et al. Environ. Geochem. Health, n. 32, p. 307-315, 2010a.

BUNDSCHUH, J. et al. Environ. Sci. Health , n. 10, p.1080, 2011a.

BUNDSCHUH, J. et al. Sci. Total Environ., n. 10, p. 1016, 24. Jun. 2011b.

BUNDSCHUH, J. et al. Water Res . n. 44, p. 5511, 2010b.

BUNDSCHUH, J. et al. Water Res. n. 44, p. 5828-5845, 2010c.

CIMINELLI, V. S. T. et al. Presentación. In: ENCONTRO NACIONAL DETRATAMENTO DE MINÉRIOS E METALURGIA EXTRATIVA, 22. OuroPreto, 2007. Proceedings, v.2 ... Ouro Preto: ENTMME, 2007a. p. 607-612.

CIMINELLI , V. S. T. et al. J. Colloid Interface Sci ., n. 315, p. 128-134, 2007b.

CORNEJO, L. et al. Environ. Pollut ., n. 156, p. 827-831, 2008.

DE CAPITANI, E. M. et al. Proc. Int. on Medical Geology . Rio de Janeiro:CPRM/SGB, 2005.

DESCHAMPS, E.; CIMINELLI, V. S. T.; HÖLL, W. Water Res ., n. 39, p. 5212-5220, 2005.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 104/239

DUARTE, G. et al. Geochim. Cosmochim. Acta. (aceptado).

FARÍAS, S. S.; FERNÁNDEZ-TURIEL, J. L.; GIMENO, D.Actas II I Taller sobre arsénico en aguas . La Pampa, Argentina: Santa Rosa, 2009.

FARÍAS, S. S. et al. En SMEDLEY, P. L. et al. Natural arsenic in groundwaters of 

Latin America. Países Bajos: Leiden, Balkema, 2009.FERNÁNDEZ, R. G.; INGALLINELLA, A. M.; STECCA, L. M.En SMEDLEY,P. L. et al. Natural arsenic in groundwaters of Latin America. Países Bajos: Leiden,Balkema, 2009.

FIGUEIREDO, B. R. et al. Medical Geology : a regional synthesis. Netherlands :Springer, 2010. p. 79-106.

GUÉRÈQUIZ, R. Proyecto de tesis de doctorado . Montevideo, Uruguay: UDELAR-FQ, 2006.

INGALLINELLA, A. M. et al. Rev. Ing. Sanit. Amb ., n. 66-67, p. 53-58, 2002.LADEIRA, A.; CIMINELLI, V.Water Res ., n. 38, p. 2087-2094, 2004.

LITTER, M. I. (Ed.). Taller de distribución del as en Iberoamérica : libro deresúmenes. Argentina: Editorial CYTED, 2006.

LITTER, M. I.; BUNDSCHUH, J. (Eds.). Situación del arsénico en la Región Ibérica e Iberoamericana: posibles acciones articuladas. Argentina: Editorial CYTED,2010.

LITTER, M.I.; ARMIENTA, M. A.; FARÍAS, S. S. (Eds.). Metodologías analíticas 

para la determinación y especiación de as en aguas y suelos. Argentina: EditorialCYTED, 2009.

LITTER, M. I.; MORGADA, M. E.; BUNDSCHUH, J. Environ. Pollut ., n. 158,p. 1105-1118, 2010.

LITTER, M. I.; SANCHA, A. M.; INGALLINELLA, A. M. (Eds.). Tecnologías 

económicas para el abatimi ento de arsénico en aguas . Argentina: Editorial CYTED,2010.

LITTER, M. I. et al. Revista Ingeni ería Sani taria y Ambiental , n. 100, p. 41-50,2008.

LITTER, M. I. et al. Sci. Total Environ., n. 10, p. 1016, 2011.

MANGANELLI, A. et al. Geogaceta, n. 41, p. 3-6, 2007.

MATEU, M. 2007. Tesis (Maestría) – Universidad de Buenos Aires.

MORGADA DE BOGGIO, M. E. et al. Catal. Today, n. 143, p. 261-268, 2009a.

MORGADA DE BOGGIO, M. E. et al. En SMEDLEY, P. L. et al. Natural arsenicin groundwaters of Latin America. Países Bajos: Leiden, Balkema, 2009.

109

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 105/239

110

MORGADA DE BOGGIO, M. E. et al. Global arseni c problem and challenges for 

safe water production . Leiden, Holanda: CRC Press/Balkema Publisher, 2010. p.209-218.

NICOLLI, H. B. et al. Sci. Total Environ . (en prensa).

NICOLLI, H. B. et al. Water Res ., n. 44, p. 5589-5604, 2010.PANTUZZO, F.L.; CIMINELLI, V. S. T. Water Res., n. 44, p. 5631-5640, 2010.

SANCHA, A. M. ; FUENTEALBA, C. EnSMEDLEY, P. L. et al. Natural arsenicin groundwaters of Latin America. Países Bajos: Leiden, Balkema, 2009.

SANCHA, A. M.; HEALTH, J.Population and Nutri ti on , n. 24, p. 267-272, 2006.

SILVA, G. C. et al. Environ. Chem ., n. 6, p. 350-356, 2009.

SILVA, J. et al.Water Res., n. 44, p. 5684-5692, 2010.

SMEDLEY, P. L. et al.Natural arsenic in groundwaters of Latin America . Países Bajos:Leiden, Balkema, 2009. p. 35-45.

TEIXEIRA, M. C.; CIMINELLI, V. S. T. Envi ron. Sci. Technol ., n. 39, p. 895-900,2005.

WHO. Guidelines for dri nking water quali ty, v. 1. 3.ed. Ginebra: WHO, 2004.

8. AGRADECIMIENTOS

Este trabajo se dedica a la memoria de R. Gérèquizy W. Höll, por su grancontribución al problema del As en el MERCOSUR y en el mundo. Agrade-cemos a CYTED y a todos los colaboradores de IBEROARSEN. Se hanrecibido subsidios de instituciones de Argentina (ANPCYT, CONICET,Sec. C-T-IP Sta. Fe), Brasil (LNLS, CAPES, FAPEMIG, CNPq, INCT-Acqua), Chile (FONDEF-CONICYT, UTA-MINEDUC) yUruguay (PDT,DINACYT-MEC, CSIC-UdelaR).

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 106/239

Categoria Iniciação Cient íficaM enção Honrosa

ENERGÍA VERDE: PRODUCCIÓN DE BIOGÁ S

Autora: Lisand ra M agali Delvalle Guillen, 17 ano s, estu dan tedo 2 º ano d o Colégio Nacional São M iguel Arcanjo

Professora-Orientadora: Carmen Saucedo de Villalba

País: Paraguai

111

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 107/239

ENERGÍA VERDE:

PRODUCCIÓN DE BIOGÁS

113

RESUMEN

Este trabajo tiene como objetivo principal contribuir al aprovechamientoracional de los recursos naturales con la producción y utilización de energíaalternativa, de biogás. Es una investigación de carácter descriptivo y experi-mental, para la que se llevó a cabo una revisión bibliográfica y un trabajo decampo. Se pretende que este trabajo sirva de modelo para otros proyectossimilares dentro de la comunidad donde está inserto el colegio.

1. INTRODUCCIÓN

La creciente producción de desechos sólidos y líquidos, resultantes de lasdistintas actividades que realizan las poblaciones humanas para satisfacer susnecesidades básicas de supervivencia y confort, ha originado que el medioambiente se vea constantemente contaminado por el inadecuado tratamientoy disposición final de dichos desechos.

Los métodos tradicionales para el saneamiento de efluentes no han logradouna eficiencia óptima en la disminución de los índices de contaminación delas aguas servidas a fin de que no sean agresivas a los cuerpos receptores. Porello se han implementado nuevos métodos de degradación de efluentes,algunos de los cuales permiten además el aprovechamiento energético de losgases que se originan de estos procesos, favoreciendo así a las zonas rurales,

a las que cada vez resulta más problemático proporcionar energía adecuadapor los altos costos del petróleo y de la energía eléctrica.El déficit de abastecimiento y los costos crecientes del petróleo han

impulsado a muchos países a realizar estudios sobre fuentes de energíaalternativas que reemplacen a los habituales derivados del petróleo, queademás causan daños irreparables al medio ambiente en todo el planeta.

En este sentido la biodigestión anaeróbica de los desechos orgánicos comoexcretas de animales y de humanos, restos de cosechas y de procesos agroin-dustriales, se presenta como una alternativa factible en el campo, tanto por

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 108/239

los costos que requiere como por el saneamiento ambiental y la producciónde energía que origina.

El Paraguay no está exento de dicha problemática tan acuciante en otrasregiones. Aun cuando cuente con muchos recursos naturales renovables y no

renovables, es necesario aprender el uso racional de los mismos.Por lo expuesto se considera oportuno este proyecto que propone generarenergía alternativa con la instalación de un biodigestor en el hogar de uno delos alumnos del Bachillerato Técnico en Contabilidad del Colegio NacionalSan Miguel Arcángel de Caacupé, específicamente en la propiedad de lafamilia Martínez, situada a escasos metros de la institución educativa, en elbarrio San Miguel.

El trabajo será ejecutado con los alumnos del segundo curso BachilleratoTécnico en Contabilidad de esta institución, bajo la tutela de los profesoresdel área de Ciencias básicas, Física, Química, Antropología y otras áreasafines.

La materia prima a utilizar en el biodigestor es el estiércol de ganadovacuno, pues se genera en abundancia en el predio de dicha familia y noconstituirá ningún obstáculo la obtención del mismo para la producción depor lo menos 6 horas de biogás por día.

Se estima que al reemplazar la utilización del gas natural (derivado delpetróleo) por el biogás generado en su propio biodigestor, esta familia

ahorrará mensualmente importantes sumas de dinero en la compra de gasen garrafas. Además, contribuirá al cuidado del medio ambiente mitigandola producción de dióxido de carbono en la atmosfera, considerado como unode los gases responsables del calentamiento global.

Es importante mencionar que este trabajo de investigación es prospectivoy longitudinal. Según su análisis y alcance es descriptivo, porque se realiza unarevisión bibliografía sobre el tema, y también experimental, ya que se mani-pularán variables para luego analizar los resultados de las experimentaciones.

2. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA

Los residuos sólidos y líquidos generan problemas ambientales en todaslas regiones del mundo. Por ello es sumamente importante buscar nuevasestrategias para el tratamiento adecuado de esta problemática, sobre todo enlos países en vías de desarrollo, con el fin de:• Evitar el continuo deterioro de los recursos renovables y no renovables.• Mitigar el impacto que produce como consecuencia del desarrollo.• Utilizar los residuos de animales en la producción de energía limpia.

114

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 109/239

115

• Tratar los malos olores que producen los desechos orgánicos.• Disminuir la acumulación de estiércol que contiene microorganismos

patógenos que ponen en peligro la salud de la población.El municipio de Caacupé, en el cual está asentada la institución educativa

responsable de este proyecto, tiene múltiples y serias dificultades para tratarlos desechos orgánicos y las aguas servidas, pues siempre lo ha hecho a cieloabierto, con todas las complicaciones ecológicas, sanitarias y legales que estoimplica.

Otra problemática que se presenta para los pobladores rurales dedicadosa la cría menor de ganado vacuno, porcino y avícola es la eliminación delestiércol, pues la misma no se realiza de manera adecuada, generandoproblemasde salud a los pobladores.

En esta misma población rural se agudiza el déficit de la energía, puesto quela de mayor uso a nivel nacional es la leña, un recurso que se está agotandopor la continua deforestación, pues no existe un plan nacional de refores-tación con fines energéticos.

Esta carencia hace que se recurra a energías comerciales, combustibles ygas licuado de petróleo (GLP) totalmente importados, ocasionando a todala población periodos de escasez y suba exacerbada de costos y, enconsecuencia, los menos favorecidos económicamente del sector rural ya nopuedan adquirirla.

Teniendo en cuenta este planteamiento surgen los siguientes cuestio-namientos:¿Es posible obtener energía económica y limpia (biogás) para uso

doméstico a partir de la fermentación anaeróbica de los desechos de animalesvacunos en una granja del Barrio San Miguel de la ciudad de Caacupé en elpresente año lectivo?

¿Es posible sensibilizar a la comunidad educativa del Barrio San Miguelacerca de la importancia de generar y utilizar energías alternativas como elBiogás?

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 110/239

3. OBJETIVOS

3.1. GENERAL

Contribuir al aprovechamiento racional de los recursos naturales con la

producción y utilización de energía alternativa, biogás.

3.2. ESPECÍFICOS

• Investigar las ventajas económicas y ecológicas del biogás.• Determinar tipos de materia orgánica para la producción de biogás.• Estudiar la estructura básica, tipos y mantenimiento del biodigestor.• Aplicar los conocimientos obtenidos con la investigación en la

construcción de un biodigestor.

• Producir biogás como fuente de energía.• Valorar la importancia de la utilización de energía alternativa para elcuidado del medio ambiente.

• Concienciar a la población acerca de la importancia de la producción yutilización de biogás como energía alternativa.

4. HIPÓTESIS

• Con la instalación de un biodigestor es posible obtener biogás de uso

doméstico a partir de la fermentación anaeróbica del estiércol de ganadovacuno en una granja del Barrio San Miguel de la ciudad de Caacupé, enel presente año lectivo.

• El uso de la energía biogás favorecerá la economía de una familia del BarrioSan Miguel en el periodo de 2009 con la implementación del biodigestor.

• El uso de una energía alternativa como el biogás contribuye al cuidado delmedio ambiente.

5. VARIABLES5.1. INDEPENDIENTES

• Utilización de residuos orgánicos.• Instalación de biodigestor.• Granja de una familia del Barrio San Miguel.• Fermentación anaeróbica de estiércol de ganado vacuno.

116

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 111/239

117

5.2. DEPENDIENTES

• Producción de biogás

6. MARCO TEÓRICO

6.1. ANTECEDENTES

Las primeras menciones sobre biogás se remontan al 1600, en que varioscientíficos se refieren a un gas proveniente de la descomposición de la materiaorgánica.

En el año 1890 se construye el primer biodigestor a escala real en la Indiay ya en 1896 en Exeter (Inglaterra) las lámparas de alumbrado público eranalimentadas por el gas recolectado de los digestores que fermentaban los lodos

cloacales de la ciudad.Tras las guerras mundiales comienzan a difundirse en Europa las llamadas

fábricas productoras de biogás, cuyo producto se empleaba en tractores yautomóviles de la época. En todo el mundo se difunden los denominadostanques Imhoff para el tratamiento de aguas cloacales colectivas. El gasproducido se utilizó para el funcionamiento de las propias plantas, envehículos municipales y en algunas ciudades se lo llegó a inyectar en la red degas comunal.

Durante los años de la segunda guerra mundial comienza la difusión delos biodigestores a nivel rural tanto en Europa como en China e India, quese transforman en líderes en la materia.

Esta difusión se ve interrumpida por el fácil acceso a los combustiblesfósiles y recién en la crisis energética de la década de los setenta se reinicia congran ímpetu la investigación y extensión en todo el mundo, incluyendo lamayoría de los países latinoamericanos.

Los últimos 20 años han sido fructíferos en cuanto a descubrimientossobre el funcionamiento del proceso microbiológico y bioquímico gracias al

nuevo material de laboratorio que permitió el estudio de los microorganismosintervinientes en condiciones anaeróbicas (ausencia de oxígeno).

Estos progresos en la comprensión del proceso microbiológico han estadoacompañados por importantes logros de la investigación aplicada obteniéndosegrandes avances en el campo tecnológico1.

1. Biogás/Textos científicos. [En línea] Disponible en: www.textoscienti ficos.com/energia/biogas Consultado20/03/2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 112/239

Los países generadores de tecnología más importantes en la actualidadson: China, India, Holanda, Francia, Gran Bretaña, Suiza, Italia, EE. UU.,Filipinas y Alemania.

A lo largo de los años transcurridos, la tecnología de la digestión anae-

róbica se fue especializando abarcando actualmente muy diferentes camposde aplicación con objetivos muy diferentes.Como puede apreciarse en el cuadro según los campos de aplicación de

la tecnología de la fermentación anaeróbica los objetivos buscados sondiferentes o tienen un distinto orden de prioridades. Analizaremos brevementela evolución y estado actual de cada uno de los campos descriptos2.

6.2. BIOGÁS

El biogás es una mezcla de gases, principalmente metano (CH4) y dióxido

de carbono (CO2), que se forma cuando la materia orgánica se descomponeen ausencia de oxígeno, es decir en condiciones anaeróbicas. En la naturalezase puede encontrar ejemplos de producción de biogás en las lagunas, en aguasestancadas, en los sedimentos marinos, en el estómago de los rumiantes. Lasburbujas que suben del fondo de las lagunas o los gases que son eructados porlas vacas son efectivamente biogás. Los responsables de la transformación dela materia orgánica en biogás son unos microorganismos especiales quetrabajan en conjunto (bacterias y hongos).

Muchos productos se basan en el uso controlado de microorganismos:vino, chicha, cerveza, queso, yogurt, levaduras, compost, son productos dela acción de algún tipo de microorganismo. De la misma manera se puededejar que los microorganismos del biogás trabajen para nosotros en depósitoscerrados llamados digestores.

6.3. BIODIGESTOR

Un biodigestor es un sistema sencillo de conseguir solventar la problemática

energética-ambiental, así como realizar un adecuado manejo de los residuos,tanto humanos como animales.Los comúnmente denominadosbiodigestores toman su nombre dedigestivo 

o digestión y son máquinas simples que convierten las materias primas ensubproductos aprovechables, en este caso gas metano y abono.

El principio básico de funcionamiento es el mismo que tienen todos losanimales: descomponer los alimentos en compuestos más simples para su

118

2. Ibíd. [En línea]. Disponible en: www.textoscientificos.com/energia/biogas Consultado 20/03/2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 113/239

119

absorción mediante bacterias alojadas en el intestino con condicionescontroladas de humedad, temperatura y niveles de acidez.

En su forma simple es un contenedor (llamado reactor ) el cual estáherméticamente cerrado y dentro del cual se deposita material orgánico,

como excrementos y desechos vegetales (exceptuando los cítricos, ya queacidifican). Los materiales orgánicos se ponen a fermentar con cierta cantidadde agua, produciendo gas metano y fertilizantes orgánicos ricos en fósforo,potasio y nitrógeno3.

Este sistema también puede incluir una cámara de carga y nivelación delagua residual antes del reactor, un dispositivo para captar y almacenar elbiogás y cámaras de hidropresión y postratamiento (filtro y piedras, de algas,secado, entre otros) a la salida del reactor.

El proceso de biodigestión se da porque existe un grupo de microorga-

nismos bacterianos anaeróbicos en los excrementos que, al actuar en elmaterial orgánico, producen una mezcla de gases (con alto contenido demetano), al cual se le denomina biogás .

El biogás es un excelente combustible y el resultado de este proceso generaciertos residuos con un alto grado de concentración de nutrientes el cuálpuede ser utilizado como fertilizante y puede utilizarse fresco, ya que por eltratamiento anaeróbico los malos olores son eliminados4.

6.3.1. Biodigestores familiares

Los biodigestores familiares de bajo costo son sistemas naturales queaprovechan el estiércol del ganado para producir biogás y biol.

El biogás es un gas con alto porcentaje en metano que puede ser empleadoen una concina convencional sustituyendo a la leña o gas licuado de petróleo(GLP). Este biogás también puede ser empleado en lámparas de gas parailuminación.

El biol es un fertilizante ecológico que puede emplearse directamente enel riego de las chacras o decantarlo para obtener fertilizante foliar; de estaforma no se pierde la capacidad fertilizante del estiércol de uso común en elámbito rural.

Los biodigestores familiares de bajo costo son de gran utilidad en las aéreasrurales, periurbanas y urbanas donde las familias poseen ganado, aunque seaen pequeñas cantidades.

3. Universo porcino. El portal del cerdo. Instalaciones porcinas: biodigestores [En línea] Disponible en: www.aacporcinos.com.ar/articulos/que_es_un_biodigestor.html.  Consultado el 20/03/2009.

4. Ibíd. [En línea] Disponible en: www.aacporcinos.com.ar/articulos/que_es_un_biodigestor.html Consultado el

20/03/2009

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 114/239

Cabe señalar que con estos biodigestores de bajo costo no solo se produceenergía barata (biogás) y fertilizante ecológico (biol), sino que también incidedirectamente en la salud familiar al sustituir la leña para cocinar por un gasque no desprende humo en la cocina, tan dañino para las vías respiratorias,

sobre todo para las mujeres5

.La carga de trabajo físico que conlleva la búsqueda de la leña se vereducida. A nivel medioambiental, la carga de estiércol diaria del biodigestorelimina moscas y olores, además de reducir enfermedades del ganado, comola mastitis6.

6.3.2. Tipos de biodigestor

De acuerdo con la frecuencia de cargado, los sistemas de biodigestión sepueden clasificar en:• Bacht o discontinuo• Semicontinuo• Continuos

a) Sistema Bacht o discontinuo

Este tipo de biodigestor se carga de una sola vez en forma total y la descargase efectúa una vez que ha dejado de producir gas combustible. Normalmenteconsiste en tanques herméticos con una salida de gas conectada a un gasómetro

flotante, donde se almacena el biogás.Este sistema es aplicable cuando la materia a procesar está disponible demanera intermitente. En este tipo de sistemas se usa una batería de digestoresque se cargan a diferentes tiempos para que la producción de biogás seaconstante.

Este tipo de digestor es también ideal a nivel de laboratorio si se desean eva-luar los parámetros del proceso o el comportamiento de un residuo orgánicoo una mezcla de ellas.

Es importante considerar la facilidad de construcción del sistema, la sencillez

en el proceso de digestión, puesto que la alimentación del digestor puede sercon residuos vegetales o también mezclando tales residuos con los pecuarios,y su mayor producción de biogás en comparación con el modelo chino ehindú.

120

5. CEDECAP. Biodigestores de polietileno: construcción y diseño. [En línea] Disponible en: www.cedecap.org.pe/ uploads/biblioteca/8bib_arch.pdf Consultado el 21/03/2009.

6. Ibib. [En línea] Disponible en: www.cedecap.org.pe/uploads/biblioteca/8bib_arch.pdf Consultado el 21/03/2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 115/239

121

b) Semicontinuo

i. Modelo hindú

Es el tipo de biodigestor más usado en el medio rural cuando se trata dedigestores pequeños para uso doméstico. Los diseños más populares son elhindú y el chino.

Entre los de tipo hindú existen varios diseños, pero en general son verti-cales y enterrados. Se cargan por gravedad una vez al día, con un volumen demezcla que depende del tiempo de fermentación o retención7. Producen unacantidad diaria más o menos constante de biogás si se mantienen lascondiciones de operación.

El gasómetro está integrado al sistema. En la parte superior del pozo hayuna cámara flotante donde se almacena el gas, balanceada por contrapesos,

y de esta sale el gas para su uso. De esta forma la presión del gas sobre lasuperficie de la mezcla es muy baja.

Gráfico 1. Modelo hindú de biodigestor.

ii. Modelo chino

Los biodigestores de tipo chino son tanques cilíndricos con el techo y elpiso en forma de domo y se construyen totalmente enterrados.

En este tipo de digestores no existe gasómetro, almacenándose el biogásdentro del mismo sistema.

7. Biodigestores. Tipos de biodigestor. [En línea] Disponible en: www.solucionespracticas.org.pe/.../pdf/FichaTecnica8-Biodigestores.pdf. Consultado el 21/03/2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 116/239

A medida que aumenta el volumen del gas almacenado en el domo de laplanta aumenta su presión, forzando al líquido en los tubos de entrada y salidaa subir y llegándose a alcanzar presiones internas de hasta más de 100 cm decolumnas de agua.

A pesar de que el digestor tipo chino es poco eficiente para generar biogáses excelente en la producción de bioabono, ya que los tiempos de retenciónson en general extensos.8

Gráfico 2. Modelo chino.

iii. Biodigestor de tipo tubular de polietileno

Nuevos diseños de biodigestores han logrado disminuir considerable-mente los costos. El biodigestor tubular de polietileno es uno de ellos.

Gráfico 3. Biodigestor de tipo tubular.

122

8. Ibíd. [En línea] Disponible en: www.solucionespracticas.org.pe/.../pdf/FichaTecnica8-Biodigestores.pdf.Consultado el 21/03/2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 117/239

123

c) Continuo

Este tipo de digestores se desarrollan principalmente para tratamiento deaguas residuales. En general son plantas muy grandes, en las cuales seempelan equipos comerciales para alimentarlos, proporcionarles calefacción

y agitación, así como para su control.9

Por lo tanto, este tipo de plantas son más bien instalaciones de tipoindustrial, donde se genera una gran cantidad de biogás, que a su vez seaprovecha en aplicaciones industriales.10

6.3.3. Condiciones para la biodigestión

Las condiciones para la obtención de metano en el digestor son lassiguientes:• Temperatura entre los 20 °C y 60 °C• PH (nivel de acidez / alcalinidad) alrededor de 7• Ausencia de oxígeno• Gran nivel de humedad• Materia orgánica• Que la materia prima se encuentre en fragmentos del menor tamaño

posible• Equilibrio de carbono/nitrógeno• Hermético, para evitar fugas del biogás o entradas de aire

• Térmicamente aislados, para evitar cambios bruscos de temperatura• El contenedor primario de gas deberá contar con una válvula de seguridad• Deberán tener acceso para mantenimiento

6.4. PROCESO BIOQUÍMICO DEL BIOGÁS

6.4.1. Biodigestión anaeróbica

La materia orgánica contenida en los desechos bajo ciertas condiciones sepuede tratar biológicamente por acción de microorganismos en recipientes

herméticamente sellados.Este es un proceso de fermentación en ausencia de oxígeno donde se generauna mezcla de gases que, en su conjunto reciben el nombre de biogás.11

9. Ibíd. [En línea] Disponible en: www.solucionespracticas.org.pe/.../pdf/FichaTecnica8-Biodigestores.pdf.Consultado el 21/03/2009.

10. Ibíd. [En línea] Disponible en: www.solucionespracticas.org.pe/.../pdf/FichaTecnica8-Biodigestores.pdf.Consultado el 21/03/2009.

11. CEDECAP. Biodigestor de polietileno: construcción y diseño. [En línea] Disponible en: www.cedecap.org.pe/uploads/biblioteca/8bib_arch.pdf Consultado el 21/03/2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 118/239

Básicamente el proceso considera tres etapas:• Hidrólisis – etapa en la que los polisacáridos (celulosa, almidón, etc.), los

lípidos (grasas) y las proteínas son reducida a moléculas más simples.• Acidogénesis – etapa en que los productos formados anteriormente son

transformados principalmente en ácido acético (CH3-COOH), hidro-geno (H2) y dióxido carbono (CO2).• Metanogenesis – los productos resultantes de esta etapa son metano

(CH4) y dióxido de carbono (CO2), principalmente.Considerando que las bacterias son el ingrediente principal del proceso es

necesario mantenerlas en condiciones que permitan asegurar y optimizar suciclo biológico. Los principales parámetros que influyen en la producción debiogás son:• Temperatura• Tiempo de retención• Relación carbono/nitrógeno• Porcentaje de sólidos• PH• Agitación12

6.5. VENTAJAS DEL USO DE BIODIGESTOR

• Permite disminuir la tala de los bosques al no ser necesario el uso de la leña

para cocinar.• Humaniza el trabajo de los campesinos, que antes debían buscar la leña

en lugares cada vez más lejanos.• Diversidad de usos (alumbrado, cocción de alimentos, producción de

energía eléctrica, transporte automotor y otros).• Produce biofertilizante rico en nitrógeno, fósforo y potasio, capaz de

competir con los fertilizantes químicos, que son más caros y dañan elmedio ambiente.

• Elimina los desechos orgánicos, por ejemplo, la excreta animal, contami-nante del medio ambiente y fuente de enfermedades para el hombre ylos animales.13

124

12. CEDECAP. Biodigestor de polietileno: construcción y diseño. [En línea] Disponible en: www.cedecap.org.pe/ uploads/biblioteca/8bib_arch.pdf Consultado el 21/03/2009.

13. Análisis de biodigestores. Cubasolar. [En l ínea] Disponible en: www.cubasolar.cu/biblioteca/energia/ Energia22/HTML/articulo04.htm Consultado el 25/03/2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 119/239

125

• Reduce fuentes de olores molestos.• La biomasa tiene un contenido en azufre prácticamente nulo, generalmente

inferior al 0,1 %. Por este motivo, las emisiones de dióxido de azufre, que junto con las de óxidos de nitrógeno son las causantes de la lluvia acida,

son mínimas.• Se considera que todo el CO2 emitido en la utilización energética de labiomasa había sido previamente fijado en el crecimiento de la materiavegetal que la había generado, por lo que no contribuye al incremento degases en la atmosfera y, por lo tanto, no es responsable del aumento delefecto invernadero.

• Bajo costo y poco espacio.• Facilidad de instalación, manejo y mantenimiento.• No requiere energía para funcionar.

6.6. DESVENTAJAS DEL USO DE BIODIGESTOR

• Necesita acumular los desechos orgánicos cerca del biodigestor.• Riesgo de explosión, en caso de no cumplirse las normas de seguridad

para gases combustibles.• Baja presión del gas.• Facilidad de daño en el plástico.14

6.7. EL BIODIGESTOR TUBULAR DE POLIETILENO. CONSTRUCCIÓNY MANEJO.

El biodigestor tubular de polietileno es una cámara de digestión de flujosemicontinuo cilíndrica horizontal y subterránea. No se conoce el origenpreciso de este modelo de biodigestor, pero su uso está ampliamentedifundido en áreas rurales de Latinoamérica y Asia. Muchos de los autores lomencionan como uno de los modelos más económicos y de fácil instalación(Horta Nogueira 1986, Portelli 1986).

La carga de la materia orgánica se realiza diariamente a través de una bocade entrada, situada en un extremo del biodigestor. A medida que se realizala carga el material ya digerido es evacuado a través de una salida, situada enel otro extremo del biodigestor.

Tanto la entrada como la salida están constituidas por un sencillo sistemade sifón, el cual evita la entrada de aire en el sistema, así como la fuga del biogás.

14. Análisis de biodigestores. Cubasolar. [En línea] Disponible en: www.cubasolar.cu/biblioteca/energia/Energia22/ HTML/articulo04.htm Consultado el 25/03/2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 120/239

Gráfico 4. Biodigestor tubular de polietileno.

6.8. CÓMO INSTALAR UN BIODIGESTOR TUBULAR DE POLIETILENO

a) Excavación

La excavación a donde ira el biodigestor debe tener una pendiente del 3 %.Se deben construir las cámaras de entrada y salida con ladrillos y cemento.

Otra alternativa es utilizar como entrada y salida baldes de plástico de 20libros bien sujetados en las bocas de entrada y salida del biodigestor.

Gráfico 5. Excavación para biodigestor.

b) Materiales necesarios para trabajar

Para comenzar a trabajar se necesita de una serie de materiales y herra-mientas de ferretería. Para la excavación se utilizan por ejemplo palas, azadasy pico, cinta métrica y plomada d nivel e hilo de ferretería.15

126

15. Ibíd. [En línea] Disponible en: www.cubasolar.cu/biblioteca/energia/Energia22/H TML/art iculo04.htmConsultado el 25/03/2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 121/239

127

En cuanto al armado del biodigestor en sí, se necesitan los siguientesmateriales: llave de caño, pinza, destornillador, cinta teflón, pegamento paraPVC, cámaras de neumático viejas (para preparar arandelas de goma y para atar).

c) Armado del biodigestor

Se preparan dos mangas de polietileno de 10 m cada una. Una vez cortadoa la medida los tubos que lo componen, se introduce uno dentro del otro,unos 80 cm a 1 metro, para unir los tubos de entrada y salida.16

Gráfico 6. Armado del biodigestor.

d) Materiales necesarios para el biodigestor

Para la construcción de un biodigestor de tipo tubular se necesitan algunosmateriales que pueden ser adquiridos en ferreterías y que se citan a continuación.

Tabla 1. Materiales necesarios para biodigestor y costo estimativo de los mismos.

16. Ibíd. [En línea] Disponible en: www.cubasolar.cu/biblioteca/energia/Energia22/H TML/art iculo04.htmConsultado el 25/03/2009.

Material Cantidad Costo

Biodigestor,gasómetro ysalida del

biogás

Lamina de polivinilo (plástico«cristal» transparente de 40micrones)

10 m 200 000 Gs

Polietileno con protección UVtransparente

50 m2 220 000 Gs

Baldes de plástico de 20 litros 4 unidades 70 000 Gs

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 122/239

Tabla 1. Continuação.

e) Salida de gas

El primer paso es marcar a donde va ir ubicada la salida de gas. Esta debeestar a 1,5 m del extremo del tubo de plástico y en el centro del mismo, enlo que será la parte superior del biodigestor.

El tamaño del corte va a estar determinado por el diámetro externo deladaptador «macho» del PVC.

128

Material Cantidad Costo

Biodigestor,gasómetro ysalida delbiogás

Mangera de plástico de 1pulgada

4 m 30 000 Gs

Brinda de 1 pulgada (salida paratanque de agua)

1 unidad 20 000 Gs

Conexión para manguera de1 pulgada

4 unidades 30 000 Gs

Abrazadera de 1 pulgada 4 unidades 15 000 Gs

Alma doble roscable de 1pulgada

2 unidades 8000 Gs

Codo roscable 90 grados de 1pulgada

3 unidades 15 000 Gs

Válvula deseguridad

Conexión T de 1 pulgada 1 unidad 10 000 Gs

Caño PVC de ½ pulgada 0,3 metros 15 000 Gs

Buge roscable 1 x ½ pulgada 1 unidad 5000 Gs

Botella de plástico de 2 litros 1 unidad 2000 Gs

Quemadorpara cocina Mangera o caño PVC de ¾ 20 metros 160 000 GsCaño galvanizado de ½ pulgadacon rosca en ambos extremos

0,5 metros 18 000 Gs

Llave de paso de ½ pulgada 1 unidad 12 000 Gs

Codo galvanizado de ½ pulgada 1 unidad 4 000 Gs

Cocina para camping 1 unidad 80 000 Gs

Costo total ———————————— ——— 925 000 Gs

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 123/239

El polietileno de los círculos será cortado utilizando los tapones de plásticorígido que se habrán cortado de alguna botella vieja.

Se deberán ensamblar los componentes para comprobar que cabe perfecta-mente uno dentro de otro.

El adaptador «macho» completo con la arandela de plástico y la depolietileno se insertará en el tubo de PVC; lo mismo se hará con la parte«hembra» con la salida de gas. Una vez que esté todo probado se instala enel medio (entre ambas capas) el polietileno del biodigestor.17

Grafico 7: Salida de gas.

f) Inflado del biodigestor

Un método para inflar el biodigestor es con la ayuda de un ventilador depie o de mesa. Otra manera es conectando el biodigestor al escape de unacamioneta, moto o tractor en marcha, utilizándolo en forma de compresor.

En el primer caso, se encierra uno de los extremos del biodigestor. Para ellose ata la punta con una correa de goma (puede ser de neumático viejo) y seembute en uno de los tubos, haciendo pasar unos 0,5 m. El otro extremo semantiene abierto al ventilador encendido para inflarlo. Cuando se llena deaire se sujeta el extremo y se embute en el otro tubo. Se debe controlar quela lámina de polivinilo esté viene bien extendida sin pliegues ni arrugas yalineada a las mangas del polietileno.

129

17. Ibíd. [En línea] Disponible en: www.cubasolar.cu/biblioteca/energia/Energia22/HTML/articulo04.htmConsultado el 25/03/2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 124/239

130

Gráfico 8. Inflado del biodigestor utilizando un ventilador.

Para inflar el biodigestor con ayuda de un motor de explosión se atan ambosextremos de la manga con las correas de goma y se embuten en los tubos.

Se conecta un extremo de la manguera de una pulgada a la salida delbiogás y el otro extremo al caño de escape del motor. Entre la manguera yel escape se debe conectar un caño galvanizado y atarlo bien con las correasde neumático. Se pone en marcha el motor el tiempo necesario para inflarcompletamente el biodigestor.

Durante este proceso se debe mojar continuamente la manguera con aguafría para que no se derrita con el aire caliente del motor. Se desconecta lamanguera y se tapa la salida del biogás.

Una vez inflado el biodigestor, hay que controlar que no presente fugas deaire. Si hay fuga en las conexiones de salida, hay que verificar que se hayanenroscado correctamente y con suficiente cinta teflón. Si hay fuga a través deagujeros en la manga de polietileno, estos deben parcharse con cortes degoma y pegamento.18

18. Ibid. [En línea] Disponible en: www.cubasolar.cu/biblioteca/energia/Energia22/H TML/art iculo04.htmConsultado el 25/03/2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 125/239

Gráfico 9. Inflado del biodigestor mediante motor de explosión.

g) Válvula de seguridad

Esta válvula es un dispositivo que controla la presión del gas en el biodi-gestor. Consiste en tubo sumergido en agua que libera el exceso de gas cuandoel mismo se acumula y no está siendo utilizado. Debe estar cerca de la salidadel biogás.

Gráfico 10. Armado de la válvula de seguridad.

h) Llenado del biodigestor

Se coloca el biodigestor inflado dentro de la fosa. Se acomodan los tubosde entrada y salida en sus lugares correspondientes, se conecta la válvula deseguridad y se empieza a cargar el biodigestor con agua o con la mezcla de

131

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 126/239

132

agua y estiércol. Si se cuenta con agua corriente, se conecta la manguera a unode los extremos del biodigestor y se la amarra bien para evitar la fuga de aire.A medida que el agua va entrando, se libera el exceso de presión lentamentea través de la válvula de seguridad.

Un vez cargado el biodigestor hasta el 75 % de su capacidad y que el aguacubre el extremo inferior de los tubos de entrada y salida, se desatan losextremos sobrantes de la manga y se los dobla hacia afuera por encima de lostubos y se amarran.

Gráfico 11. Boca de entrada del biodigestor.

i) Llevando el gas a la cocina

Para utilizar el biogás en la cocina se puede utilizar la cocina convencionalo una cocinita de camping. Para que esto sea posible se debe agrandar lasentradas de gas a los quemadores. Esto es, porque las entradas preparadaspara gas propano o butano a alta presión, entonces los orificios son muypequeños.

La misma consideración debe tomarse en cuenta al utilizar cualquier otromodelo de cocina u hornallas convencionales.19

19. Ibíd. [En línea] Disponible en: www.cubasolar.cu/biblioteca/energia/Energia22/H TML/art iculo04.htmConsultado el 25/03/2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 127/239

6.9. MANEJO, CUIDADO Y MANTENIMIENTO DEL BIODIGESTOR

Una vez instalado el biodigestor, se procede a cargarlo todos los días con lamateria orgánica a ser digerida (puede ser estiércol de cerdo, de ganadovacuno, de aves o de humanos)

Cabe señalar que el estiércol de cerdo es el que genera más volumen demetano por unidad, solo superado por el estiércol de gallina. Si la granjaposee abundantes residuos de estiércol porcino puede ser tratada con elbiodigestor ya que, aparte de generar biogás, solucionaría la contaminaciónque esta materia orgánica desprende al medio ambiente.

La cantidad mínima diaria de estiércol que se recomienda cargar a unbiodigestor de 8 m de largo y 2 m de circunferencia es alrededor de 10 kg.

La dilución recomendada de la carga es 4:1 (cuatro partes de agua y una deestiércol). El material solido a ser cargado puede transportarse en carretilla obaldes hasta la entrada del biodigestor y mezclarse con el agua en recipientesdestinados a tal efecto.

Una vez realizada la carga se agita la mezcla vertida en el biodigestor conuna pértiga preparada para tal fin. Tal pértiga puede ser, por ejemplo, unatapa de plástico. Este paso es importante para evitar la acumulación de sólidosen la entrada del biodigestor.

A medida que se introduce la carga a través de la entrada, un volumen igual

se descarga a través de la salida del biodigestor. Durante el primer mes, se descargaun líquido que aún no se encuentra lo suficientemente digerido, pero que yapuede usarse para preparar el suelo de la chacra antes de los cultivos.

En el momento del riego el suelo no debe estar muy seco, para evitar lapérdida de nutrientes. Luego de las cuatro semanas el efluente empieza a sermás espeso y tiene menos olor.20

133

20. Ibid. [En línea] Disponible en: www.cubasolar.cu/biblioteca/energia/Energia22/HTML/articulo04.htmConsultado el 25/03/2009.

Gráfico 11B.Quemador de cocina.

Gráfico 12.Cocina convencional.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 128/239

134

a) Tiempo de retención

El tiempo de retención o tiempo es el periodo en el que la materiaorgánica permanece dentro del biodigestor. Se calcula dividendo el volumendel biodigestor entre el volumen de carga diaria.

Horta Nogueira (1986) recomienda un tiempo de retención de 20 a 30días para biodigestores continuos. No obstante, este periodo puede reducirsea 5 o 10 días si la materia orgánica esta previamente diluida, la temperaturaes elevada y la agitación de la mezcla es perfecta.

Para calcular el volumen de carga diaria, se divide el volumen del bio-digestor entre el tiempo de retención que se desea.

b) Cuidados

Ubicación

El biodigestor debe estar situado en un área segura, donde no se transitenanimales y alejados de caminos muy transitados por la gente.

Cercado

Es importante cercar el biodigestor para protegerlo. Puede alambrarse ousar tacuaras, madera para construir el cerco.

Techado

Evitar que el biodigestor este a sol directo. El sol reseca y vuelvequebradizo al polietileno, incluso si tiene protección de filtro ultravioleta(UV). De allí, la importancia de techar el biodigestor o construir una pérgolapara brindarle sombra.

Carga

Es necesario evitar la entrada de agua de lluvia para que el material no sediluya en exceso, de materiales que puedan sedimentar en el fondo del

biodigestor, como arena o piedras, y la entrada de materiales punzantes ofilosos que puedan dañar el plástico, como cortes de rama, vidrios rotos oalambres.21

21. Ibid. [En línea] Disponible en: www.cubasolar.cu/biblioteca/energia/Energia22/HTML/articulo04.htmConsultado el 25/03/2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 129/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 130/239

136

d) Uso del biogás

El biogás produce una llama muy buena que puede utilizarse para todaslas tareas domésticas usuales, especialmente en la cocina. También existenexperiencias de uso de biogás en motores de combustión.

Cuando se utiliza el biodigestor tubular de polietileno se deben colocarpesos sobre la manga para mantener una presión constante del gas. Estospesos pueden ser pedazos de madera, ladrillos u otros, siempre y cuando nopresenten bordes afilados o punzantes que puedan dañar el biodigestor.

e) Uso del fertilizante

El fertilizante obtenido a partir de la biodigestión anaeróbica, el cual esllamado en algunos casos biol, presenta varias ventajas, entre las que cabe citar:

• Alto contenido de nitrógeno.• Debido a su pH (7,5) actúa como un corrector de acidez.• En suelos arenosos, el fertilizante ayuda a evitar la lixiviación.• Se disminuye la posibilidad de quemar los cultivos, ya que gran parte de

la materia orgánica ha sido mineralizada.• El biofertilizante puede ser utilizado en la alimentación de peces.• Como cualquier fertilizante, el obtenido a partir de la biodigestión no

debe ser utilizado en exceso.

7. MÉTODOS Y MATERIALES

Este trabajo es, según su finalidad, una investigación aplicada de alcanceseccional (transversal). Según su profundidad, es un estudio descriptivosustentado en la investigación mixta (documental y de campo). Y tambiénexperimental, ya que permite la manipulación de variables.

El método empleado fue la observación directa, la entrevista y la encuesta.El trabajo de campo abarco desde el diagnostico situacional del lugar

donde se realizó hasta la implementación propiamente dicha del biodigestorcon la producción de energía de biogás.La entrevista fue realizada al dueño de la Granja, el Señor Martínez; las

encuestas fueron aplicadas a una muestra de 30 pobladores del barrio San Miguel.En cuanto a los instrumentos de recolección de datos, se utilizó un

cuestionario para realizar la encuesta a los pobladores, una lista de cotejo parala observación directa y un cuestionario de preguntas para la entrevista.

La revisión bibliográfica se realizó durante los meses de marzo a junio de2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 131/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 132/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 133/239

En cuanto a la pregunta «¿Conoce lo que es un biodigestor?», el 76 % dela población encuestada no sabe en qué consiste un biodigestor; un 16 % sí lo sabe y otro 6 % saben algo del tema. Por tanto, la mayoría de la poblacióndesconoce lo que es un biodigestor y para qué sirve.

Figura 2. Distribución porcentual del conocimiento de la población sobre el

biodigestor.

En cuanto a la pregunta «¿Le gustaría contar con biogás de uso domésticode manera gratuita?», el 60 % de la población respondió que le gustaríacontar con biogás de uso doméstico a bajo costo, un 10 % no lo consideranecesario y un 23 % se muestra dubitativo en su respuesta. Por lo tanto, lamayoría de la población manifiesta su deseo de contar con gas de usodoméstico a bajo costo y en consecuencia ahorraría dinero.

Figura 3. Distribución porcentual del interés de la población sobres el tema.

139

´ ´

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 134/239

140

En cuanto a la pregunta, «¿Cree importante mejorar la calidad del medioambiente?», el 60 % de la población respondió que le gustaría contar con biogásde uso doméstico a bajo costo, el 83 % lo considera importante y un 16 %se muestra dubitativo en su respuesta. Por lo tanto la mayoría de la población

cree importante mejorar la calidad del medio ambiente y en consecuenciadisfrutar los beneficios.

Figura 4. Distribución porcentual acerca de la percepción de la población encuanto a mejorar el medio ambiente.

En cuanto a la pregunta, «¿Le gustaría participar de un proyecto quebeneficie al medio ambiente y a la comunidad?», el 60 % de la poblaciónrespondió que le gustaría participar de un proyecto que beneficiase al medioambiente, el 13 % no lo considera necesario y un 26 % se muestra dubitativoen su respuesta. Por lo tanto a la mayoría de la población le gustaría participarde un proyecto que beneficie al medio ambiente y a la comunidad y, porende, contar con una comunidad saludable.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 135/239

Figura 5. Distribución porcentual acerca de la posible participación de lapoblación en el proyecto.

8.3. RESULTADOS DE LA EJECUCIÓN DEL PROYECTO

Para la ejecución del proyecto, es decir, del trabajo de campo propiamente

dicho, se procedió de la siguiente manera.a) Elección del lugar, limpieza y cercado del mismo; y delimitación del

terreno para la excavación para el lugar del biodigestor.

Foto 1. Cercado del predio para biodigestor.

141

´

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 136/239

142

Foto 2. Alumnos del 2.º curso cercando el terreno.

Foto 3. Alumnos excavando.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 137/239

b) Instalación del biodigestor para el cual se tuvo las orientaciones técnicasdel Ingeniero agrónomo Fernando Gonzales.

Foto 4. Inflado del biodigestor.

Foto 5. Armando las conexiones para el biodigestor.

143

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 138/239

144

c) Conexión del biodigestor a la cocina.

Foto 6. Alumnos conectando el biodigestor.

Foto 7. Alumno del 2.º curso mostrando la conexión.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 139/239

d) Cargado del biodigestor.

Foto 8. Carga al biodigestor.

e) Producción de biogás y utilización del mismo.

Foto 9. Puesta en marcha del biodigestor.

145

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 140/239

146

Foto 10. Uso del biogás.

8.4. ANÁLISIS CUANTITATIVO DE LA EJECUCIÓN DEL PROYECTO

Teniendo en cuenta la producción de biogás obtenido con la instalacióndel biodigestor en la Figura 6 se presenta la cantidad de Energía producidapor día/hora en la segunda semana posterior a la instalación.

Figura 6. Producción de biogás por día / hora.

            ´             ´   ´ ´ ´ ´ ´ ´ ´

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 141/239

9. CONCLUSIONES

La implementación de biodigestores para la producción de energía de usodoméstico es viable desde el punto de vista técnico y económico, además desus beneficios sociales y ambientales.

El clima tropical de nuestro país contribuye a la producción de biogás.La utilización de biogás obtenido del relleno sanitario de la granja de la

Familia Martínez ayudará a reducir los costos en gastos de garrafas de gas ensu cocina.

La implementación de biodigestores en el sector rural o semirruralcontribuirá de manera significativa a la preservación del Acuífero Guaraní.

Se logró obtener energía biogás a partir de estiércol de vaca y fertilizantes.Con la utilización del biogás se contribuye a la mitigación de gases de efecto

invernadero.Los estudiantes y docentes implicados en el proyecto han puesto su mayorempeño y dedicación en la ejecución de este proyecto.

La dirección general del Colegio ha brindado todo el apoyo logístico yeconómico posible para el proyecto.

10. RECOMENDACIONES

A las autoridades municipales y departamentales: gestionar decididamente

la implementación de un relleno sanitario intermunicipal que tenga en cuentael reciclado adecuado de los residuos sólidosy el aprovechamiento del biogáspara abastecer de energía a las comunidades de menores recursos.

A la comunidad del Barrio San Miguel: promover campañas a favor de lamitigación de gases de efecto invernadero.

A los docentes de la institución: trabajar siempre en equipo, impulsandoy gestionando la ejecución de proyectos que contribuyan con el cuidado delmedio ambiente y la solución de problemas sociales de la comunidad.

A los estudiantes: tener en cuenta que el método científico aplicado a lainvestigación es un medio muy valioso para determinar y resolver problemassociales, económicos y ambientales. Por tanto, deben interesare por ella ypracticarla.

147

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 142/239

148

11. BIBLIOGRAFÍA

CEDECAP.Biodigestores de polieti leno : construcción y diseño. [En línea] Disponibleen: <www.cedecap.org.pe/uploads/biblioteca/8bib_arch.pd f>. Consultado el: 21mar. 2009.

CRISTALDO RIENZI, M.; RODRÍGUEZ BÁEZ, D.; LAMBARÉ. Generaciónde energía eléctrica a partir de biogás, parte I. Mundo de la electricidad: revista del sector eléctrico al servi cio del Paraguay, a. 14, n. 123, p. 11-12, mar. 2010.

FAO.Reciclaje de materias orgánicas y biogás : una experiencia en China. Santiago deChile: FAO, 1986.

MAGALHAES, A. P. T. Biogas : um projeto de saneamento urbano. São Paulo:Nobel, 1986.

PEREIRA, M. F. Construções rurais . São Paulo: Nobel, 1986.

SOLUCIONES PRACTICAS ITDG. Biodigestores : tipos de biodigestores.Disponible en: < http://www.solucionespracticas.org.pe/fichastecnicas/pdf/FichaTecnica8-Biodigestores.pdf>. Consultado el: 21 mar. 2009.

TEXTOS CIENTÍFICOS.COM. Biogás . Disponible en: <http://www.extoscientificos.com/energia/biogas>. Consultado el: 20 mar. 2009.

UNIVERSO PORCINO. El portal del cerdo. Instalaciones porcinas : biodigestores.Disponible en: <www.aacporcinos.com.ar/articulos/que_es_un_biodigestor.html>.Consultado el: 20 mar. 2009.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 143/239

Cat egoria Estudante UniversitárioM enção Honrosa

SÍNTESIS Y ESTRUCTURACIÓN DE BIOMATERIALESA PARTIR DE PRECURSORES DE BAJO COSTO EIM PACTO AM BIENTAL

Autor: Diego Ariel Onna, 25 anos, estud ante d o 5 º ano daFaculdade d e Ciências Exatas e Na tu rais da U niversidade d eBuenos Aires

Professora-Orientadora: Yanina Susana M inab erry

País: Argent ina

149

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 144/239

SÍNTESIS Y ESTRUCTURACIÓN DE

BIOMATERIALES A PARTIR DEPRECURSORES DE BAJO COSTOE IMPACTO AMBIENTAL

RESUMENEl aumento de la esperanza de vida está produciendo un incremento en la

demanda de nuevos materiales para aplicaciones en terapias de patologías óseas.Cada año más de 2,2 millones de personas son tratadas quirúrgicamentedebido a desórdenes musculoesqueléticos como consecuencia de trauma oextirpación de tumores. Como alternativa a las piezas de reemplazo e injertos(propios o no), que requieren operaciones traumáticas, largos períodos derecuperación y entrañan la posibilidad de rechazo o transmisión de enferme-

dades, se ha desarrollado la estrategia de sintetizar materiales que actúencomo andamiajes (scaffolds ) que estimulen in situ mecanismos de regeneraciónósea. Hasta ahora los métodos de síntesis desarrollados para estos materialestienen la desventaja de requerir numerosos pasos de síntesis, generalmentepara eliminar residuos tóxicos para el organismo o el ambiente o utilizarcondiciones extremas en ellas (por ejemplo: temperatura, pH, etc.). En nuestropaís y en el MERCOSUR no se han desarrollado estos materiales y las opcionesdisponibles, generalmente prótesis, materiales de relleno o injerto de tejidosprovenientes de material cadavérico, implican un precio elevado debido a la

importación de materiales y al costo de las operaciones que suponen unacobertura médica privada.

Teniendo en cuenta lo anterior, este trabajo se centra en el desarrollo deun material que actúe como andamio para la regeneración de tejidos óseossintetizado a partir de precursores comerciales de bajo costo, silicio comercialy leche, utilizando una síntesis y estructurado de pocos pasos y en condi-ciones de bajo impacto ambiental (utilizando agua como solvente, pHfisiológico y tratamiento térmico medio), para finalmente obtener unmaterial autosoportado con estructura de poros jerárquicos.

151

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 145/239

152

1. INTRODUCCIÓN

1.1. RELEVANCIA DEL TEMA

El desarrollo de nuevos materiales para la regeneración ósea a nivel

mundial es uno de los principales desafíos para mejorar la calidad de vida dela población. Se estima que anualmente el número de operaciones en elmundo para la reparación ósea es de 2,2 millones con un costo de 2500 millonesde dólares estadounidenses (Jones et al ., 2010). En América Latina, debidoa una situación socioeconómica más desfavorable que en países centrales, eldesarrollo de materiales y dispositivos biomédicos aplicados a la reparaciónósea es más limitado por sus elevados costos. Esta situación obliga a la impor-tación de la mayoría de estos insumos que, por los altos valores de mercado,no son accesibles para la mayoría de los pacientes(Abraham 1998). Una delas opciones más empleada para sustituir el tejido óseo dañado es su reemplazopor prótesis artificiales (aleaciones de metales y/o polímeros). Esta soluciónpresenta, entre otras complicaciones, el peligro del rechazo del material o larotura del mismo. Otra posibilidad es el uso de autoinjerto, que es la utilizaciónde hueso del propio paciente. Esta cirugía conlleva un período postoperatoriomás prolongado y que suele ser más doloroso en el sitio donde se extrajo elinjerto que donde se lo colocó. Otra posibilidad es el aloinjerto, que es eluso de material cadavérico. Esta técnica también acarrea los riesgos de

transmisión de enfermedades y de rechazo del injerto. En el caso de defectosóseos una opción es el relleno con gránulos de biocerámicos que contienen ensu fórmula calcio y/o fósforo, los cuales son los principales componentes delhueso, con el inconveniente de que los gránulos se disuelvan rápidamentepudiendo aparecer nuevamente los defectos. La ventaja de esta técnica resideen que no suele producir rechazo en el tejido implantado (Jones et al ., 2010).

En nuestro país todas las técnicas citadas son de alto costo: por ejemplo,en el caso de las prótesis, en su mayoría importadas, el precio varía según lapieza a reemplazar, la calidad de la misma y la cobertura médica del paciente.

Los biocerámicos, también importados, tienen un costo que oscila entre 1000y 2000 dólares por cada 10 gramos de material. Los aloinjertos, según datosrecientes, solo se realizan en una institución privada (Hospital Alemán) queposee un banco de huesos habilitado cuyo funcionamiento se rige por la leyargentina Nº 24.193. La misma establece que los tejidos no se compran nise venden, ya que se trata de la donación voluntaria, solidaria y no remuneradade partes del cuerpo humano. Sin embargo, los bancos pueden facturar, porintermedio de entidades sin fines de lucro, una tasa por las actividades querealiza (Varaona, 2011).

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 146/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 147/239

154

(véase la Figura 1). El monolito (estructura autosoportada) obtenido es luegoliofilizado, dejando en los lugares donde existía hielo cavidades huecas; es así como el hielo funciona como molde de los poros. De este modo se obtieneuna estructura porosa, de altísima direccionabilidad y reproducibilidad de la

estructura final (véase la Figura 1). Así, la porosidad es altamente modulableprincipalmente por medio de la composición inicial de la dispersión o gel(que guarda relación con la cantidad de agua y por lo tanto de hielo que seforma) y el control de la velocidad del frente de congelación (la cual estárelacionada con el mayor o menor crecimiento de los cristales).

Figura 1. (Izquierda) Esquema de segregación de fases causada por el avancedel frente de hielo cristalino (Modificado de Deville, Saiz & Tomsia, 2007).(Derecha) Esquema del proceso de congelado unidireccional a velocidad

controlada seguido por liofilización y sus resultados.

Es importante mencionar que los métodos que generalmente se utilizanpara la síntesis de estructuras tridimensionales o soportes se basan en construirlo que se denominan «espumas». Una desventaja importante es que en suproceso de estructurado se utiliza ácido fluorhídrico concentrado comoacelerador del proceso de espumado y surfactantes y polímeros como «moldes»

de poros (macro / mesoporos), los cuales pueden provocar productos de degra-dación tóxicos para el organismo o para el ambiente (Rezwan et al., 2006).

1.3. ELECCIÓN DE LOS COMPONENTES DEL BIOMATERIAL YCONDICIONES DE SÍNTESIS: BIOVIDRIOS (BIOGLASSES)

Además de la característica de poseer poros, los soportes deben serrealizados con materiales que sean biocompatibles (no generar rechazo oresiduos tóxicos para el organismo), que se unan al hueso (bioactivo),estimulen su crecimiento (osteogénicos) y sean reabsorbidos por el cuerpo.

Dip coating

(-196 ºC)

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 148/239

155

Uno de los materiales que más se utilizan en la reparación de defectos, yacitado anteriormente como biocerámico, es la hidroxiapatita sintética(Ca10(PO)4)6OH2), la cual es similar al mineral que compone el hueso yposee, además de la ventaja de ser bioactiva, la de ser osteoconductiva

(permite el crecimiento de hueso desde su superficie) (Le Geros, 2002). Sinembargo, su reabsorción es muy lenta, lo que hace que no sea utilizada parala regeneración, sino como un soporte mecánico. Una alternativa a esto sonlos llamados biovidrios o vidrios bioactivos (bi oglasses ), los cuales fuerondesarrollados por primera vez por Hench en 1971 (Hench et al., 1971). Ellosposeen la ventaja de unirse al hueso más rápidamente que otros biocerámicos(lo cual se relaciona con el óxido de silicio en su composición), además decumplir con todos los requisitos antes mencionados para la regeneraciónósea. Su composición en general es de óxido de silicio (SiO2), óxido de calcio(CaO) y fosfato (P2O5), pudiendo además contener óxido de sodio (Na2O).Hasta ahora las formulaciones que se encuentran en el mercado constan departículas que se utilizan como relleno de dientes (Perioglas®) o huesos(Novabone®). Debido a que su síntesis se realiza a altas temperaturas (1300-1450 °C) donde los macroporos colapsan no se han podido obtener por estemétodo soportes porosos.

Algunas alternativas en este campo se han desarrollado por medio delmétodo sol-gel, ya que no requiere altas temperaturas para la formación de

soportes, y aumenta la velocidad de degradación de estos comparados conbiocerámicos obtenidos a altas temperaturas y de formulación similar, lo cualestaría relacionado con los nanoporos creados en el mecanismo de gelación.La baja resistencia mecánica de estos materiales ha llevado a combinar laformulación básica de los biovidrios con polímeros orgánicos, los cualescuentan con la desventaja mencionada anteriormente de los productos dedegradación tóxicos. En los últimos años la fabricación de «espumas», auto-ensamblado inducido por evaporación (EISA, por su nombre en inglés) eISISA (Arcos & Vallet-Regí, 2010; Minaberry & Jobbágy, 2011) tambiénha utilizado las ventajas del proceso sol-gel. Sin embargo, debido a que en esteproceso los precursores (alcóxidos) que se utilizan para la formación del gelde óxido de silicio producen compuestos tóxicos (metanol, etanol, etc.), entodos los casos debe tenerse en cuenta un paso en la síntesis que permita suremoción y en los casos de EISA y «espumas» la síntesis consta de varios pasose involucra finalmente la utilización de altas temperaturas (Arcos & Vallet-Regí, 2010).

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 149/239

156

2. OBJETIVO

Teniendo en cuenta lo anterior en este trabajo se propuso:• Elegir precursores que no provoquen residuos tóxicos, ni para el ambiente

ni en el organismo, pero que a su vez permitan conservar las ventajas dadas

por la composición de los biovidrios (SiO2-CaO-P2O4).• Utilizar en la síntesis un solvente inocuo, un pH lo más cercano posible

al fisiológico y una temperatura de calcinado lo más baja posible.• Contemplando la posible aplicación de este producto para la regeneración

ósea y su producción local, minimizar los costos de la síntesis. Para ellose tendrá en cuenta: minimizar los pasos de síntesis y utilizar precursoresde bajo costo y comerciales.

3. HIPÓTESIS¿Es posible realizar un biovidrio que sea bioactivo y que pueda ser utilizado

como soporte o andamio para la regeneración de tejidos óseos in situ , utili-zando precursores comerciales como son la LUDOX® (fuente de silicio) y laleche (fuente de calcio, fosforo y moldes para porosidad submicrométrica),por medio de una síntesis de bajo costo y con un mínimo impacto medio-ambiental?

4. JUSTIFICACIÓN DE LOS PRECURSORES ELEGIDOS

4.1. LECHE EN POLVO: FUENTE DE CALCIO,FOSFORO Y MOLDES ORGÁNICOS

Desde el punto de vista nutricional se dice que es muy difícil cubrir losrequerimientos de calcio si no se incluye en la dieta el consumo regular delácteos, y se establece una asociación directa, aun en la población con escasosconocimientos de alimentación, entre leche y calcio (Carmuega, 2004). La

leche es una dispersión coloidal, la cual está compuesta mayoritariamentepor glóbulos de grasa (de tamaño entre 0,1-10 µm) y micelas de caseína (detamaño entre 20-400 nm) (Figura 2). La leche en polvo es el productoobtenido por deshidratación de leche pasteurizada, que contiene todos loscomponentes naturales de la leche normal y no debe contener sustanciasconservantes ni antioxidantes (Belitz, 2009). El calcio se encuentra principal-mente en las micelas de caseína y también es posible encontrarlo en el suero,mientras que el fosfato se encuentra en las micelas de caseína, en los fosfolí-pidos, en ésteres fosfóricos y en el suero.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 150/239

157

Figura 2. Leche vista con diferentes magnificaciones, mostrando los tamañosrelativos de los elementos estructurales (Tomado de Walstra et al., 2006).

De acuerdo a lo anterior, en este trabajo se utilizó leche en polvo como fuentede calcio y fósforo para la composición del biovidrio. Además debido a lostamaños que presentan las miscelas de caseína y glóbulos de grasa, estos son

considerados como posibles «moldes» de porosidad submicrométrica. Lo cualle dará la posibilidad de ser utilizado para liberación controlada de drogas,factores de crecimiento, etc.

Un aspecto a destacar es que desde el punto de vista del costo y en base adatos estadísticos, Argentina y Uruguay poseen una producción importantede leche a bajos costos. Siendo la producción de leche en el MERCOSURcerca del 5 % de la producción mundial y casi tres cuartos de la producciónsudamericana (Miranda, 2004).

4.2. LUDOX®: FUENTE DE SILICIO

LUDOX® es una marca registrada usada para designar suspensionescoloidales de óxido de silicio en agua (W. R. Grace & Co.-Conn., E. I. DuPont De Nemours and Company). Algunas de las aplicaciones industrialesson las siguientes: modificante de productos de látex; agente para aumentarla fricción interfibras en la industria textil; agente reductor de la pegajosidaden películas o recubrimientos; clarificante de la cerveza, entre otras.

En este trabajo se utilizó un silicio comercial particulado, LUDOX®, quese sintetiza a un pH alto (9,8) por nucleación clásica y crecimiento y cuyodiámetro promedio es de 12 nm. La función de la LUDOX® en el materiala desarrollar es servir como precursor del óxido de silicio (IV), ayudando aestructurar el monolito y promoviendo su bioactividad.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 151/239

158

4.3. MÉTODO PARA DETERMINAR LA BIOACTIVIDAD:ENSAYO DE MINERALIZACIÓN IN VITRO

En general, los primeros análisis de bioactividad que se realizan son losllamados in vitro , en los que se pone en contacto la muestra con fluido

biológico, generalmente fluido corporal simulado (SBF), y el crecimiento dehidroxiapatita es seguido en el tiempo por diversas técnicas. Este métodoposee la ventaja de ser más rápido y económico que las pruebas in vivo (ensayos que utilizan osteoblastos), ya que su resultado acota el número demuestras a ensayar. El fluido corporal simulado, como su nombre indica,simula la composición iónica del plasma humano (Tabla 1) (Kokubo &Takadama, 2006).

Tabla 1. Tabla comparativa de iones y su concentración (mM) en SBF y en

plasma sanguíneo.

4.4. MÉTODO DE ESTRUCTURADO: AUTOENSAMBLADO PORSEGREGACIÓN DE HIELO (ISISA)

Como se vio anteriormente el método ISISA permite modelar la texturay estructura de los monolitos por medio de varios parámetros físico químicos,tales como la cantidad de sólidos respecto al solvente, la velocidad de conge-lado y el gradiente térmico (Gutiérrez, Ferrer & del Monte, 2008). En

este trabajo, se prepararon monolitos usando solamente agua como solvente,actuando el hielo como molde de los macroporos y se utilizó como gradientetérmico la diferencia entre la temperatura ambiente (298 K) y el nitrógenolíquido (77 K). Se estudió la influencia del porcentaje de sólidos totales(variando los porcentajes de leche y LUDOX®) y la velocidad del frente decongelación en la estructura final del monolito.

Concentraciones de iones (mM)

Na+ K+ Mg2+ Ca2+ Cl- HCO3- HPO42- SO4

2- pH

Plasmasanguíneo 142.0 5.0 1.5 2.5 103.0 27.0 1.0 0.5

7.2 –7.4

SBF 142.0 5.0 1.5 2.5 147.8 4.2 1.0 0.5 7.40

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 152/239

159

5. DESARROLLO EXPERIMENTAL

5.1. MATERIALES

Para la preparación de las dispersiones precursoras se utilizó leche en polvo

instantánea (Marca: La serenísima®) y partículas coloidales comerciales desilicio (LUDOX® HS-40, 40 % en agua con diámetro medio de 12 nm).

5.2. SÍNTESIS DE MONOLITOS LUDOX® – LECHE EN POLVO

5.2.1. Preparación de la dispersión de leche

Para este estudio se pesaron 13 g de leche en polvo cada 100 ml deagua bidestilada (temperatura ambiente), según la proporción sugerida en elenvase de la leche utilizada. La mezcla se homogeneizó utilizando un vórtex.

Esta dispersión fue denominada leche madre (LM).La dispersión LM fue centrifugada por 20 minutos, a 10 000 rpm a 20 °C

(condiciones optimizadas) (SIGMA 3-18K), obteniéndose un sistema dondese diferenciaron tres fases: un sobrenadante enriquecido en lípidos, unprecipitado y una fase líquida de apariencia homogénea. Esta fracción liquidahomogénea, denominada leche madre centrifugada (LMC), se extrajo y sereservaron ambas dispersiones (LM y LMC) en heladera (4 °C) para serposteriormente utilizadas en la preparación de la dispersión precursora.

5.2.2. Preparación de dispersiones precursoras de biovidrios

Las dispersiones precursoras se prepararon variando la cantidad deLUDOX®-leche de acuerdo a la composición final que se deseaba alcanzar(teniéndose en cuenta la cantidad de agua aportada por la LUDOX®). Paraello se mezclaron cantidades adecuadas de agua bidestilada con LM o LMCy LUDOX® (Tabla 2), ajustando el pH final a 8,00 ± 0,50 (pHmetro Oakton)utilizando una solución de HCl 6 M, siendo el volumen agregado de estasolución despreciable. Ese pH fue elegido con base en el estudio de estabilidad

de la dispersión de LUDOX® frente al pH. Posteriormente estas dispersionesse dejaron envejecer (ageing ) un día. En este trabajo se utilizaron recipientescilíndricos plásticos con una altura de 65 mm y un diámetro de 12 mm.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 153/239

160

Tabla 2. Denominación de las soluciones precursoras de acuerdo al % P/VSiO2 y leche.

5.3. ESTRUCTURACIÓN DE LAS MUESTRAS POR EL MÉTODO ISISA

Las dispersiones anteriores contenidas en los recipientes cilíndricos fueroncongeladas sumergiendo los recipientes en un baño de nitrógeno líquido(–196 °C) de forma que se mantuviera constante la velocidad de desplazamientodel frente de hielo (velocidad de congelado) a 2 mm/min o 4 mm/min.Luego, las muestras congeladas fueron liofilizadas durante 48 horas utilizandoun equipo Alpha 1-2 LD Plus freeze-drier (4 horas a –25 °C y el tiemporestante a –55 °C). Posteriormente los monolitos obtenidos fueron desmon-tados de sus respectivos recipientes y colocados en un desecador para suposterior tratamiento térmico, ensayos in vitro y/o caracterización.

%P/V SiO2

0 3 5 8 10 14

0 % LM –S 3 –LM 0

S 5 –LM 0

S 8 –LM 0

S 10 –LM 0

12,5 % LM –S 3 –

LM 12,5S 5 –

LM 12,5S 8 –

LM 12,5– –

25 % LM –S 3 –

LM 25S 5 –

LM 25S 8 –

LM 25S 10 –LM 25

50 % LM – S 3 –LM 50

S 5 –LM 50

S 8 –LM 50

S 10 –LM 50

75 % LM – –S 5 –

LM 75S 8 –

LM 75S 10 –LM 75

100 % LMS 0 –

LM 100– – – – –

50 % LMC – –S 5 –

LMC 50

S 8 –

LMC 50

S 10 –

LMC 50–

75 % LMC – –S 5 –

LMC 75S 8 –

LMC 75S 10 –

LMC 75S 14 –

LMC 75

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 154/239

161

5.4. CALCINADO

Los monolitos obtenidos fueron calcinados a 600 °C por 5 horas (condi-ciones optimizadas) en una mufla abierta a la atmósfera para la eliminaciónde la materia orgánica.

5.5. CARACTERIZACIÓN DE LOS MONOLITOS

La estructura (forma, tamaño y distribución de poros y pared) y composiciónde los monolitos fue estudiada utilizando técnicas de microscopia electrónicade barrido y espectroscopía de energía dispersiva acoplada (SEM-EDS) (ZeissSupra-40). Los monolitos fueron adheridos al portamuestras de aluminiocon un cianoacrilato como adhesivo y luego metalizadas con oro para suanálisis por microscopía SEM. En la selección de los monolitos se tuvo en

cuenta que estos posean propiedades mecánicas adecuadas que permitan sumanipulación en el montaje de los mismos. Las mediciones de distancia entrelas paredes que forman el poro y el espesor de pared entre los poros se llevóa cabo por medio del procesamiento de imágenes SEM utilizando el programaImage J. El análisis estadístico del promedio y su desviación estándar fuehecha en base a 100 mediciones.

La estabilidad térmica de las dispersiones de leche, LM y LMC y de losmonolitos obtenidos con distintas proporciones de leche-LUDOX fueestudiada por análisis termogravimétrico (TGA) en condiciones de flujo de

aire de 50 mL/min usando una rampa de calentamiento de 5 °C por minuto(TG50 Shimadzu).

Las diferencias de composición entre las leches y la efectividad delcalcinado fueron analizadas utilizando espectroscopía infrarroja por transfor-mada de Fourier (FTIR) (NICOLET 8700 20 SXC). Para ello se utilizó elmétodo de pastilla de KBr. Los espectros fueron obtenidos en base a 32barridos con una resolución de 4 cm–1 entre 4000 y 400 cm–1.

Las fases cristalinas obtenidas luego del tratamiento térmico de los monolitos

fueron analizadas en un difractómetro de rayos X de polvos (PXRD)(Siemens D5000) utilizando radiación Cu K en el rango de 2 de 10-40º.

5.6. ENSAYOS DE BIOACTIVIDAD IN VITRO: MINERALIZACIÓN EN (SBF)

Los monolitos sometidos a las distintas condiciones se sumergieron enuna solución de SBF (con una relación 200 mg monolito / 50 ml SBF). Lasolución de SBF de pH 7,4 fue preparada según Kokubo y Takadama. Losmonolitos junto con la solución de SBF fueron incubados a 37 °C en estufabajo condiciones estériles por períodos de 1 a 14 días. Una vez removidos de

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 155/239

la solución de incubado las muestras fueron lavadas con agua bidestilada yetanol, secadas a temperatura ambiente y colocadas en un desecador para suposterior caracterización (Kokubo & Takadama, 2006).

5.6.1. Caracterización de la mineralizaciónLa bioactividad de las muestras es verificada por medio de la formación

de hidroxiapatita (HA). Para ello se utilizaron las muestras incubadas en SBFa distintos tiempos y reservadas en un desecador. La formación de HA seanalizó por espectroscopía infrarroja de transmisión por transformada deFourier (FTIR) (NICOLET 8700 20 SXC) y por microscopía electrónicade barrido (SEM) (Zeiss Supra-40). Además la evolución del pH del SBFluego de estar en contacto durante un periodo de tiempo con el monolito se

determinó con un pHmetro Oakton.

6. RESULTADOS Y DISCUSIONES

6.1. ELECCIÓN DE CONDICIONES ADECUADAS DE SÍNTESIS

6.1.1. Reproducibilidad de la centrifugación

Al diseñar la síntesis del material se buscó lograr que la leche utilizadasea lo más homogénea y reproducible posible, para ello se centrifugó leche

reconstituida (LM). Su análisis termogravimétrico demostró que, indepen-dientemente del tiempo de centrifugado el porcentaje de cenizas inorgánicas(mayormente óxidos de Ca (II), Na (I) y fosfatos) no presenta una diferenciasignificativa. Siendo esto importante ya que las cenizas inorgánicas son lafuente de Ca (II) y P (V), los que proveen bioactividad a los monolitos. Seadoptó como metodología la utilización de leche centrifugada por 20minutos con el fin de minimizar el tiempo de síntesis (LMC).

6.1.2. Tiempo de gelificación de LUDOX® respecto al pH

Se estudió el gelificado de la dispersión de LUDOX® a diferentes pH, deacuerdo a estos resultados y teniendo en cuenta que el pH de la leche seencuentra entre 6,6 y 6,8, se optó por trabajar a pH 8, un pH de compromisotal que la LUDOX® pudiera gelificar y que la estructura de los componentesde la leche no sea alterada (desnaturalización de proteínas, ruptura de lamembrana lipídica, etc.).

162

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 156/239

6.2. ANÁLISIS DE COMPOSICIÓN DE LOS MONOLITOS

6.2.1. Estudio del efecto de centrifugado y calcinado enla composición de los monolitos

En la Figura 3A se muestran los termogramas representativos de un grupode monolitos de composición 5 % en silicio y 50 % LM y LMC. En ellos seobservan inicialmente una pérdida de masa asociada a la pérdida de agua(hasta 200 °C), luego una pérdida asociada a la eliminación de los compuestosde moldeo (proteínas y lípidos) en el caso de las muestras que contienen leche,y finalmente la pérdida de los grupos silanoles. En las muestras que contienenleche se observa que la eliminación total de materia orgánica se da tras los500 °C. Por ello, y teniendo en cuenta que se desea que la temperatura decalcinado también ayude a mejorar las propiedades mecánicas de la muestra

(consolidación del material) se adopta como temperatura de calcinado600 °C. Esto es confirmado ya que en la muestra Si 5 – LM 50 calcinado solose observa la pérdida de agua y grupos silanoles. Por otro lado, al compararlos monolitos con LM y LMC se observa una menor pérdida de peso enLMC debido a que la leche centrifugada aporta menos agentes de moldeo.Dicho esto es de esperar que las muestras centrifugadas sean menos porosasque las no centrifugadas debido a la menor cantidad de moldes orgánicos.

Figura 3. Efecto de la centrifugación y calcinado en la composición delos monolitos (A) Termograma (B) Espectros FTIR. Composiciones:5 % Silicio y 50 % leche no centrifugada y centrifugada (Si5-LM/LMC 50).

163

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 157/239

164

La variación de la composición de los monolitos debido al centrifugadoy el calcinado se analizó por espectroscopia IR para las muestras de igualcomposición que las anteriores y tomando como referencia el espectrocorrespondiente a una muestra que contiene solo oxido de silicio, Si 5 – LM 0

(Figura 3B). Al comparar el espectro de Si 5 – LM 0 respecto a Si 5 – LM50 se pueden observar bandas asociadas a la presencia de proteínas: la bandaII de la amida cerca de 1544-1548 cm–1 y la banda I de la amida que seencuentra a 1630-1670 cm–1 superpuesta a una banda de Si-OH. Además seobserva una banda a 1750 cm–1 y las bandas entre 2800 y 3000 cm–1

asociadas a las grasas. Esto muestra que las proteínas y grasas provenientesde la leche están presentes en el monolito sin haber sido demasiado dañadaso alteradas en el proceso de congelado y liofilizado. Una comparación delespectro de las muestras que han sido centrifugadas respecto a las nocentrifugadas

(Si 5 – LM 50 y Si 5 – LMC 50) muestra que al centrifugar se pierdenprincipalmente las proteínas, quedando una cantidad considerable de grasaspor lo que es de esperar que los monolitos LMC posean menos porosidadsubmicrométrica. La eficiencia de la remoción de las sustancias orgánicas porel calcinado (600 °C por 5 horas) se comprueba ya que en las muestras calcinadascon leche (Si 5 – LM 50 y LMC 50 calcinadas), desaparecen totalmente lasbandas asociadas a las proteínas y grasas. Esto además fue confirmado por

la técnica de espectroscopia de energía dispersiva (EDS) la cual permite laestimación de porcentajes de elementos en la muestra. Los resultados para unmonolito calcinado (Si 10 – LMC 75) mostraron en su composición silicio,calcio y fósforo en relación 10/1/1 y no se encontró carbono ni nitrógeno.

6.3. ESTUDIO DE HOMOGENEIDAD ADISTINTAS TEMPERATURAS POR PDRX

El tratamiento térmico para consolidar el bioglass, puede provocar

heterogeneidad química debido a una segregación de fases de las especiesinorgánicas. La homogeneidad química en estos materiales, se relaciona conuna distribución homogénea de las especies, lo cual se manifiesta en la conser-vación de la estructura amorfa de los monolitos respecto a la temperatura, yaque se ha comprobado que una estructura cristalina disminuye la bioactividaddel material. Estos cambios son evaluados por medio de difracción de rayos X.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 158/239

165

Figura 4. Espectros de difracción de rayos X de polvos de monolitosde distintas composiciones (leche, LUDOX ® y Si 10 - LMC 75),

calcinados a 600 u 800 °C.

En la Figura 4 se comparan los difractogramas de monolitos de LUDOX®

y Leche en polvo respecto a una composición tomada como ejemplo (Si 10– LMC 75), todas fueron calcinadas a distintas temperaturas. En ella seobserva que a ambas temperaturas de calcinado la leche calcinada posee unaestructura cristalina, mientras que la dispersión de LUDOX® y los monolitosSi 10 – LMC 75 poseen estructuras amorfas. De estos resultados se deduceque no se produce segregación de fases al calcinar la muestra, mostrando así la homogeneidad química de la muestra que se conserva aún a temperaturasmayores a la del calcinado (800 °C).

6.4. ESTUDIO DE VARIABLES PREPARATIVAS EN LA ESTRUCTURA

Los resultados mostraron que la LM sometida al método ISISA seestructura, mientras que la LUDOX® no lo hace, resultando de esta últimaun polvo. Esto demuestra el papel importante que cumple la leche en laconservación de la estructura de los monolitos. La inspección de la seccióntransversal de los monolitos por microscopía de barrido SEM revela una

textura homogénea, de paredes lisas y sin segregación de fases lo cual coincidecon los resultados obtenidos por difracción de rayos X. Es importante notarque los monolitos exhiben una porosidad submicrométrica dentro de lasparedes (Figura 5).

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 159/239

166

Figura 5. Micrografía SEM de un monolito, donde se observa lahomogeneidad de la pared y la porosidad submicrométrica de la misma.

6.4.1. Efecto del calcinado

Al comparar la estructura de una muestra antes y después de calcinar, nose observa un cambio macroscópico evidente. Sin embargo al observar endetalle la pared por SEM se puede apreciar que la muestra calcinada es másporosa. Esto se debe a que al calcinar la muestra los moldes orgánicos de laleche son eliminados, dejando cavidades vacías de tamaños menores que elmicrón. Lo cual se confirma por la comparación de tamaños de la mediciónde la porosidad submicrométrica a partir de las micrografías SEM (0,23 ±0,04 m y 0,37 ± 0,03 m aproximadamente) y el diámetro de las micelasde caseína (0,2 – 0,4 m) (Figura 6). Por otro lado la comparación de las

mediciones de las distancias promedio entre paredes de los poros y el espesorde pared para las muestras no calcinadas y calcinadas, en los gráficos de laFigura 6, muestra que no hay un cambio apreciable en estos parámetros alincrementar el porcentaje de leche. Sin embargo la variación del espesor depared para estas muestras revela un aumento en el espesor con la calcinación.Este hecho es coherente con el aumento de la consolidación de la estructurapor el calcinado y se asocia a una mejora en las propiedades mecánicas delmonolito.

1 m

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 160/239

Figura 6. Parte superior: Micrografías SEM para un monolito nocalcinado (Si 10 – LM 75 2mm/min) y calcinado (Si 10 – LM 75 Cal

2mm/min). Parte inferior: Gráficos de distancia entre paredes y espesor de la pared promedio para muestras no calcinadas (negro) y calcinadas

con un porcentaje de silicio del 10 % y leche 50 % y 75 %.

6.4.2. Efecto del centrifugado

Para realizar la comparación entre LM y LMC, se ejemplifica con dosmuestras calcinadas de igual porcentaje de silicio y leche (Si 10 – LMC 75 ySi 10 – LM 75), donde se observa que por el proceso de centrifugadodisminuye la cantidad de agentes de moldeo orgánico para porosidadsubmicrométrica, resultando en una menor cantidad de dicha porosidad en

el monolito. Lo cual está de acuerdo con los resultados mencionadosanteriormente por espectroscopía infrarroja. La medición de las dimensionesde los mismos arrojó un valor levemente menor (0,23 ± 0,04 m, 0,14 ±0,02m), que el medido anteriormente para las muestras realizadas a partirde LM (0,37 ± 0,03 m, 0,20 ± 0,02 m). Respecto a su estructura seobserva que las muestras centrifugadas poseen una distribución de porosmenos homogénea y de mayor dimensión (Figura 7).

167

Si 10 – LM 75 2mm/min Si 10 – LM 75 Cal 2mm/min

1m

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 161/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 162/239

169

Figura 8. Gráficos de distancia entre paredes y espesor de pared enfunción del porcentaje de silicio y en función de leche (en particular LMC).

6.4.4. Efecto de velocidad de frente de congelado

Figura 9. Micrografías SEM de dos monolitos calcinadosrepresentativos de igual composición (14 % de silicio y 75 % de LMC),

para distintas velocidades de congelado.

2 mm/min 4 mm/min

60m

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 163/239

170

Se observa que una menor velocidad de congelado provoca un aumentoen el tamaño de los poros, distancia entre paredes y homogeneidad en ladistribución de ellos. Lo cual puede ser explicado teniendo en cuenta quemenores velocidades de congelado permiten la formación de mayores cristales

de hielo, siendo estos los que actúan como moldes de los macroporos. Porotro lado, y en concordancia con resultados previos para estos materiales, seobserva que la variación de la velocidad de congelado influye en mayor gradoque el porcentaje de sólidos en la estructura final. (Gutiérrez, Ferrer & DelMonte, 2008; Deville, 2007; Minaberry & Jobbagy, 2011). En nuestro sistemala medición del espesor de pared para estas dos velocidades dio como resul-tado un aumento del doble del espesor de pared al disminuir a la mitad lavelocidad de congelado (4 mm/min 1,6 ± 0,5m y a 2 mm/min 2,6 ± 0,8m).

6.5. ENSAYOS DE BIOACTIVIDAD:CARACTERIZACIÓN DE LA MINERALIZACIÓN

En estos ensayos se decidió acotar el estudio a las muestras que presentaronpropiedades mecánicas aceptables que permitieron su manipulación. Comoblanco se ensayó una muestra compuesta solamente con LUDOX®. Laformación y crecimiento de hidroxiapatita (HA), considerado como pará-metro de la bioactividad in vitro , fue seguido en el tiempo por espectroscopiainfrarroja (FTIR) y microscopía electrónica de barrido (SEM) a partir de las

muestras incubadas en SBF a 37 °C por diferentes períodos de tiempo (desde1 día hasta 14).

En la Figura 10 se muestra como ejemplo el seguimiento de un monolitobioactivo por espectroscopia IR (Si 5 – LMC 75 calcinada). En él se añadecomo referencia el espectro de HA comercial, el cual presenta un dobletecaracterístico aproximadamente a 560 y 600 cm–1 relacionado con lasvibraciones bending de enlace P-O de la fase hidroxiapatita y que es tomadoen la literatura como indicativo de la formación de HA cristalina y por lo

tanto de la bioactividad de la muestra (Vallet-Regí, 2009; Andersson et al ,2007). En general se observa en el primer día de incubado, una banda débila 600 cm–1, asignable a la vibración P-O amorfo, para luego a la semanaobservarse el desdoblamiento correspondiente al fosfato cristalino (doblete a560 y 600 cm –1 aproximadamente).

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 164/239

Figura 10A. Ejemplo de los espectros IR de una muestra (Si 5 – LMC 75calcinada) incubada en SBF a 37 °C a distintos tiempos.Figura 10B. Imagen SEM de un cristal de hidroxiapatita

crecido luego de un día de incubado.

En la Tabla 3 se muestra un resumen de la bioactividad obtenida para lasmuestras ensayadas, denominándose con un «+» las muestras bioactivas.

Tabla 3. Tabla donde se muestra la bioactividad de los bioglasses, donde«+» indica bioactividad positiva (formación de HA) y «–»

indica que el bioglass no tiene bioactividad.

Es importante notar que en comparación con las muestras no calcinadas,todas las muestras calcinadas exhiben bioactividad, por lo que se observa unarelación entre submicroporosidad y bioactividad. Esto ya ha sido reportadoen la literatura, viéndose además que es necesaria una temperatura decalcinación mayor a 400 °C para que el calcio pueda introducirse en la redy resultar biodisponible (Jones et al., 2010). Como era de esperar, lasmuestras control que contienen solo LUDOX® no mostraron bioactividad,confirmando que la concentración de calcio y fósforo aportada por la lechees necesaria y suficiente para generar bioactividad en las muestras.

171

LM 0 LM 50 LM 50Cal

LMC50

LMC50 Cal

LM 75 LM 75Cal

LMC75

LMC75 Cal

Si 5 – – + + + – + + +

Si 8 + + – + + +

Si 10 – – + + + – + + +

Si 14 – +

(A) (B)400 m

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 165/239

172

Las micrografías obtenidas por microscopia SEM confirman los resultadosobtenidos por espectroscopía FTIR. Por otro lado la técnica SEM mostróser mucho más sensible en la detección de la bioactividad dado que es posiblereconocer algunos pocos cristales de HA (Figura 10B), resultado imposible de

obtener por FTIR. Una inspección detallada de las imágenes (no mostradaspor limitación en la extensión del trabajo) muestran que la HA se formapreferentemente sobre irregularidades de la microestructura. En concordanciacon esto los monolitos que poseen bioactividad son los que mostraron mayoresirregularidades en su estructura (muestras de LMC comparado con las de LM).

6.6. EVOLUCIÓN DEL PH EN SOLUCIONESDE INCUBADO A DIFERENTES TIEMPOS

La evolución del pH de las soluciones de SBF en que fueron incubadas lasmuestras resulta un dato importante ya que una de las desventajas de losbiovidrios es el aumento pronunciado del pH en los primeros períodos deincubado, lo que resulta tóxico para las células y tejidos adyacentes (López-Noriega et al., 2006). En nuestro caso la variación del pH de las solucionesde SBF de las muestras incubadas fue muy poca (entre 7,3-7,6), lo cualresulta ventajoso por lo antes mencionado.

7. CONCLUSIONES

Se pudo obtener un material bioactivo y autosoportable a partir deprecursores comerciales y de bajo costo (LUDOX® – leche) utilizando lasventajas de modulación de la estructura del método ISISA y en condicionesde síntesis de bajo o nulo impacto ambiental. Como valor agregado estosmateriales mostraron una estructura jerárquica con macro y submicroporosidaddisponiéndose además de forma ordenada e interconectada.

En particular los monolitos obtenidos resultaron químicamente homo-géneos, aun después del calcinado, ya que no se observó segregación de fases

en los estudios de XRD y SEM. Además el estudio de las variablespreparativas sobre la estructura final del monolito permitió obtener lassiguientes conclusiones.

7.1. CALCINADO

La temperatura y tiempo seleccionados lograron aumentar la consolidaciónde la estructura sin llegar a colapsar los macroporos, obteniéndose unaestructura bimodal de macroporos con porosidad submicrométrica dedimensiones similares a la caseína de la leche.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 166/239

7.2. CENTRIFUGADO

Se observa que las muestras con leche centrifugada poseen estructuras conporos más grandes y mayor distancia entre láminas. Aunque la cantidad deporosidad submicrométrica es menor se conserva la jerarquía de poros.

7.3. SOLIDOS TOTALES

Para lograr una estructura autosoportada se requiere leche en suformulación ya que las dispersiones de LUDOX® en agua no mantienen laestructura resultando un polvo. En los monolitos estructurados un aumentoen el porcentaje de sólidos por un aumento de LUDOX® o leche provoca unadisminución en el tamaño de poros y un aumento del espesor de los mismosy una mayor interconexión entre paredes.

7.4. VELOCIDAD DE CONGELADOLa velocidad de congelado mostró tener mayor influencia en la modulación

de la estructura final ya que disminuyendo la velocidad a la mitad, se observóun aumento del espesor y tamaño de poro del doble.

Finalmente, se logró obtener un crecimiento de HA en un tiemporazonable, mostrando que la homogeneidad química es suficiente como paraasegurar la biomineralización in vitro de los monolitos. Los resultados tambiénmostraron que la microestructura es un factor importante en la apariciónde HA ya que se obtuvo una formación preferencial de HA en ciertas irregu-

laridades de la muestra, observándose que el calcinado y el centrifugadofavorece el crecimiento de ella.

Como última consideración, se debe tener en cuenta los beneficios quereporta no solo el bajo costo de los precursores de la síntesis (LUDOX®:USD 780,07 por 4 litros y Leche: UDS 1 por l itro) comparado con losbiocerámicos que se encuentran en el mercado (UDS 1000-2000 por 10 g)sino la simplicidad y el bajo impacto ambiental de la síntesis. Lo cual generala posibilidad de producir un biomaterial para la regeneración ósea en laregión del MERCOSUR de manera sostenible.

7.5. PERSPECTIVAS PARA EL FUTURO

Debido al trabajo realizado, han surgido varios puntos interesantes paraseguir desarrollando en un trabajo en el futuro. Por ejemplo, realizar estudiosmecánicos de los monolitos (ensayos de compresión) con muestras calcinadasa distintas temperaturas para poder evaluar su potencial aplicación comoreemplazo óseo.

Además, sabiendo que la velocidad de congelado afecta en alto grado lamicroestructura del material, sería importante completar los estudiosin vitro 

173

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 167/239

174

para las muestras preparadas a velocidad baja. Por otro lado y visto que laleche no solo afecta a la relación Ca/P, sino que también es muy importanteen la estructura de los monolitos, sería interesante extender el estudio amayores concentraciones de leche.

Teniendo en cuenta la aplicación de este material, sería muy importanterealizar pruebas in vivo con cultivos celulares para luego probar ensayos deinjertos en animales.

Finalmente, sería necesaria la interacción con otras disciplinas a fin deestudiar la puesta a punto del desarrollo del material para su posteriorcomercialización.

8.BIBLIOGRAFÍA

ABRAHAM, G et al. La ciencia y la ingeniería de los biomateriales, un desafíointerdisciplinario. Ciencia Hoy , v. 49, 1998

ANDERSSON, J. et al. J. Mater. Chem., v. 17, n. 5, p. 463–468, 2007.

ARCOS, D.; VALLET-REGÍ, M. Sol-gel silica based biomaterials and bone tissueregeneration. Acta Biomaterialia, n. 6, p. 2874-2888, 2010.

BELITZ, H. D.; GROSCH, W.; SCHIEBERLE, P. Food Chemistry . 4.ed. Bonn:Springer, 2009.

CARMUEGA, E. Los beneficios de la leche para la dieta del ser humano. In:

CONGRESO PANAMERICANO DE LECHERÍA, 8. Miami, EE. UU, 2004.Anais … Montevideo: Federación Panamericana de Lechería, 2004.

DEVILLE, S.; SAIZ, E.; TOMSIA, A. P. Ice-templated porous alumina structures.Acta Mater ., n. 55, p. 1965-1974, 2007.

GUTIÉRREZ, M. C.; FERRER, M. L.; DEL MONTE, F. Ice-TemplatedMaterials: Sophisticated Structures Exhibiting Enhanced Functionalities Obtainedafter Unidirectional Freezing and Ice-Segregation-Induced Self-Assembly. Chem.Mater ., v. 20, n. 3, p. 634–648, 2008.

GUTIÉRREZ, M. C. et al. Hydrogel Scaffolds with Immobilized Bacteria for 3DCultures.Chem. Mater., v. 19, n. 8, p. 1968–1973, 2007.

HENCH, L. L. et al. J Biomed Mater Res , n. 2, p. 117, 1971.

HOLY, C. E.; SHOICHET, M. S.; DAVIES, J. E. Engineering three-dimensionalbone tissue in vitro using biodegradable scaffolds: investigating initial cell-seedingdensity and culture period. J. Biomed. Mater. Res., v. 51, n. 3, p. 376–382, 2000.

JONES, J. R et al. Bioactive glass sacffolds for bone regeneration and theirregeneration and their hierarchical characterization. J Engineering in Medicine , v.224, p. 1373-1387, 2010.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 168/239

KOKUBO, T.; TAKADAMA, H. How useful is SBF in predicting in vivo bonebioactivity?. Biomaterials , n. 27, p. 2907–2915, 2006.

LE GEROS, R. Z. Properties of osteoconductive biomateriasl:calcium phosphates.Clin. Orthopaed. Related Res ., v. 395, p. 81-98, 2002.

LÓPEZ-NORIEGA, A. et al. Chem. Mater., v.18, n. 13, p. 3137–3144, 2006.MINABERRY, Y.; JOBBÁGY, M. Macroporous bioglass scaffolds prepared bycoupling sol–gel with freeze drying. Chem. Mater ., n. 23, p. 2327–2332, 2011.

MIRANDA, I. Agroindustr ias Alimentarias del MERCOSUR . 2004. Disponible en:<http://www.neticoop.org.uy/article462.html>. Consultado el: ago. 2011.

REZWAN, K et al. Biodegradable and bioactive porous polymer/inorganiccomposite scaffolds for bone tissue engineering.Biomaterials . v. 27, n. 18, p. 3413-3431, 2006.

VARAONA J. AABT presenta los siguientes Bancos de Tejido. 2011. Disponible en:<http://www.aabtweb.org/huesos.html>. Consultado el: ago. 2011

VALLET-REGÍ, M.; ARCOS, D. Biomimeti c Nanoceramics in Clinical Use : frommaterials to applications; RSC Nanoscience & Nanotechnology. Cambridge: RoyalSociety of Chemistry Publishing, 2009.

175

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 169/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 170/239

RESUMO

O objetivo deste trabalho é sintetizar, em uma única etapa de síntese,amostras de catalisadores compostas por Cu/CeO2, com 0,2 mol de Cu, pormeio de dois métodos de síntese distintos, método da reação de combustãoe método Pechini, de forma que não seja necessária a realização de etapascomplementares para a impregnação da espécie catalítica ativa. Avaliar ainfluência desses métodos de síntese sobre as características estruturais e,sobretudo, catalíticas das amostras obtidas faz parte dos objetivos destetrabalho. As amostras de catalisadores obtidas por ambos os métodos de

síntese mencionados foram submetidas às seguintes caracterizações: difraçãode raios-X com refinamento pelo método Rietveld, análise química por meioda técnica EDX, MEV, análise granulométrica e, por fim, avaliação catalítica,em escala de bancada, na reação de PROX. De acordo com os resultados,o tipo de estrutura apresentada, no tocante à formação das fases que acompõem, por cada amostra de catalisador obtida, variou em função do tipodo método de síntese utilizado na obtenção desta. Assim como nos resultadosda análise estrutural, também na avaliação catalítica, os métodos de síntesedemonstraram ter exercido influência, uma vez que a amostra de catalisadorsintetizada pelo método Pechini mereceu destaque, por ter promovidopercentuais de atividade catalítica mais elevados, além de ter atingido seudesempenho máximo em uma temperatura reacional inferior aos valoresregistrados para a amostra de catalisador com mesma composição, avaliadasob as mesmas condições, porém sintetizada pelo método da reação decombustão.

179

PRODUÇÃO DE H2 SOBRE

CATALISADORES Cu/CeO2SINTETIZADOS SEM IMPREGNAÇÃODA ESPÉCIE CATALÍTICA ATIVA

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 171/239

180

1. INTRODUÇÃO

O gás natural é um hidrocarboneto resultante da decomposição de matériasorgânicas durante milhões de anos. É encontrado no subsolo, em rochasporosas isoladas do meio ambiente por uma camada impermeável. Em suas

primeiras etapas de decomposição, a matéria orgânica produz o petróleo. Emseus últimos estágios de degradação, o gás natural. Por isso, é comum adescoberta do gás natural tanto associado ao petróleo quanto em camposisolados (gás natural não associado) (ANEEL, 2008).

O interesse pelo gás natural está diretamente relacionado à busca dealternativas ao petróleo e de fontes menos agressivas ao meio ambiente. Essecomportamento resultou na intensificação das atividades de prospecção eexploração, particulamente entre os países em desenvolvimento. O resultado

foi não só o aumento do volume, mas também a expansão geográfica dasreservas provadas (ANEEL, 2008).Fishtik et al. (2000) afirmam que, em momentos de escassez de recursos

energéticos, como o atual, é extremamente necessário o desenvolvimento deformas alternativas para a obtenção de energia, e uma dessas formas é autilização do hidrogênio para a geração de energia elétrica através de célulascombustíveis, devido ao alto rendimento energético e à baixa emissão depoluentes ambientais. Esses mesmos pesquisadores também relatam a exis-tência de diferentes processos para produção de hidrogênio a partir decombustíveis primários, também conhecidos como combustíveis fósseis.

Para Pompermayer (2009), a geração de energia é fundamental para odesenvolvimento socioeconômico de um país ou região. De alguma forma,está presente em toda a cadeia de produção, distribuição e uso final de bense serviços. Igualmente importante é o papel da tecnologia no desenvolvimentoequilibrado e sustentável dos vários setores da economia, principalmente o dageração de energia. Quanto mais se agrega conhecimento e tecnologia a umproduto ou serviço, maior seu valor de mercado e seu benefício para a

sociedade. Geram-se empregos qualificados, melhoram-se a distribuição derenda e a qualidade de vida das pessoas, dinamiza-se a economia e aumenta-se a soberania do país.

De acordo com uma pesquisa realizada por Costa et al. (2002), a área dedesenvolvimento de materiais nanoestruturados para uso em catálise temrecebido muita atenção. Isso porque a catálise é um processo que ocorre nasuperfície do sistema catalítico e, nesse sentido, as elevadas áreas superficiais,apresentadas por um conjunto de partículas nanométricas em relação aoseu volume, otimizam ao máximo os processos catalíticos heterogêneos.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 172/239

A referida pesquisa ainda concluiu que muitos métodos de síntese têm sidoempregados nesta área no intuito de produzirem-se catalisadores constituídospor partículas nanométricas, com baixo grau de aglomeração e estreita faixade distribuição de tamanho.

Neiva (2007) concluiu que, para aplicação em processos de catálise hete-rogênea, a forma de preparação do catalisador deve ser capaz de gerar umaporosidade nas matrizes hospedeiras que permitam o acesso dos reagentes, ouseja, das cargas a serem processadas, aos centros hospedeiros dos sítioscataliticamente ativos. Segundo a conclusão deste trabalho, o método depreparação do catalisador exerce forte influência sobre as característicasestruturais formadas no material obtido.

Com base nesse contexto, o objetivo deste trabalho é desenvolver catali-sadores de Cu/CeO2 para serem aplicados especificamente na reação catalíticade oxidação preferencial do CO (PROX), isto é, para purificação de fluxosgasosos ricos em H2, porém contaminados com CO. Em outras palavras,este trabalho objetiva obter um fluxo de H2 de alta pureza, oriundo dometano, principal constituinte do gás natural.

2. JUSTIFICATIVA

O gás natural é considerado o insumo mais adequado para a geração dehidrogênio de alta pureza, e o uso energético do hidrogênio para diversosfins tem sido alvo de numerosas pesquisas no mundo todo que envolvemvultuosas quantias em dinheiro. São pesquisas que não param de criar rami-ficações e, por sua vez, dão origem a outras no sentido de confirmar premissasou otimizar processos já existentes, assim, torna-se muito atrativo o estudode temas pertinentes a esse assunto de um modo geral. Existem incontáveistemas de estudos que envolvem as tecnologias de transformação do gásnatural como um bem de consumo utilizado na geração de outro bem deconsumo, neste caso, o hidrogênio. A questão de preservação ambiental no

tocante à geração de energia, considerando a não emissão de partículas decarbono para a atmosfera, valoriza o estudo dessa temática (ALMEIDA,2008; ANEEL, 2008).

Com a descoberta do pré-sal, no litoral brasileiro, existe a possibilidade dehaver um volume incalculável de gás natural nessa área, e isso pode repre-sentar uma grande oportunidade para uma nova política gasífera que busquedisponibilizar para o Brasil a geração de grande quantidade de energia apreços competitivos. O gás natural tem potencial para tornar-se um fatorimportante de industrialização e desenvolvimento (ALMEIDA, 2008).

181

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 173/239

182

A realização deste trabalho foi motivada pela contribuição que seusresultados poderão agregar à temática da sustentabilidade, isto é, os resultadosdeste trabalho poderão somar novas informações à literatura pertinenteà questão do suprimento da demanda crescente por energia associado à

preservação ambiental. Além desses aspectos, o fator de maior motivaçãopara o desenvolvimento desta proposta de trabalho foi o desafio de sintetizarcatalisadores, compostos por Cu/CeO2, por meio de metodologias que levemà preparação completa desses materiais em uma única etapa, sem ser neces-sária a realização de uma etapa exclusivamente para fazer-se a impregnaçãoda espécie ativa sobre um suporte ou substrato catalítico, como se encontracomumente na literatura em relatos sobre síntese de catalisadores. O desen-volvimento deste trabalho fica justificado por sua relevância tanto no âmbitocientífico associado ao desenvolvimento de materiais para serem empregadosem uma aplicação considerada nobre – a obtenção de um fluxo de hidrogêniode alta pureza –, quanto no âmbito social, dada sua contribuição para ofortalecimento de políticas de geração de energia, de forma alternativa, pormeio da utilização de um combustível limpo.

3. OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é desenvolver (sintetizar, caracterizar e analisar)catalisadores, compostos por Cu/CeO

2, por meio de dois métodos de síntese

distintos: reação de combustão e Pechini. Faz parte do objetivo deste trabalhoavaliar a influência do método de síntese utilizado sobre as característicasfinais dos catalisadores obtidos, na forma de pó cerâmico, com relação àscaracterísticas estruturais e, sobretudo, com relação ao desempenho catalíticodesses materiais ao serem empregados na reação de oxidação preferencial doCO (PROX).

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O catalisador tem a função clássica de acelerar a ocorrência de uma reaçãoquímica, e faz isso por meio da formação de vínculos entre as moléculas quedevem reagir entre si; a reação catalítica, por sua vez, é um evento cíclicoonde o catalisador atua e poderá ser recuperado na sua forma original nofinal do ciclo, ficando disponível para atuar no próximo ciclo de reação(BOWKER, 1998).

Figueiredo e Ribeiro (1987) descrevem o mecanismo de ocorrência deum processo catalítico da seguinte forma, seja a reação R P, cuja velocidade

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 174/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 175/239

184

PROX, é o método mais simples, mais eficiente e o mais usado para aremoção de CO em fluxos de gases ricos em H2. Para um catalisador serconsiderado eficiente para aplicação na reação de PROX, ele deve atender atrês importantes requisitos: (i) alta taxa de oxidação, (ii) alta seletividade com

relação às moléculas de H2 presentes no fluxo gasoso e (iii) alta estabilidadedurante o tempo da reação (AVGOUROPOULOS; IOANNIDES, 2003).Vários estudos têm sido conduzidos no sentido de formular catalisadores

eficientes e altamente seletivos à base de diferentes metais nobres (incluindoAu e Ag) para aplicação na reação de oxidação preferencial do CO (PROX).Na prática, porém, ainda é muito comum a formulação de catalisadores, paraaplicação em PROX, à base do elemento Pt devido a suas propriedades quelevam a uma excelente seletividade, tornando-se ideal para esse tipo de reação(LUENGNARUEMITCHAI et al., 2005).

Kandoi et al. (2004) afirmam que o Cu misturado ao óxido de cério formaum catalisador muito promissor para PROX e que outros sistemas catalíticostêm sido estudados para aplicação em PROX, incluindo catalisadoresbimetálicos, tais como, Pt-Sn e Pt-Au e outros catalisadores combinados deRu, Rh e Pd. Este trabalho, todavia, enfatiza que o catalisador mais tradicionalou clássico para PROX é à base de Pt. No entanto, esse mesmo estudo mostraque, dentre todos esses metais mencionados, o Au e o Cu são os mais indicadospara aplicação em PROX por apresentarem performances superiores aos

demais. Considerando-se esses dois últimos elementos mencionados, o Cuapresenta a grande vantagem do baixo custo.

Dentre os sistemas catalíticos que envolvem metais não nobres, o sistemacatalítico CuO-CeO2 tem sido apontado como o melhor candidato para areação de remoção preferencial do CO em combustíveis fósseis reformados.Esse sistema é capaz de operar na reação de PROX em uma larga faixade temperatura 100-200 °C com alta seletividade. Além de serem estáveis nascondições reacionais do processo de PROX, são capazes de tolerar elevadas

concentrações de CO2 (produzido na reação de PROX) e de H 2O(AVGOUROPOULOS; IOANNIDES, 2003).A maioria dos catalisadores industriais formados por metal-suporte são

usualmente preparados por impregnação dos óxidos refratários, usados comosuporte; a impregnação normalmente é feita em soluções de sais metálicosseguida por tratamentos térmicos. No entanto, no tratamento térmico quesegue a impregnação, uma grande quantidade de poros é comumente obstruídapelas partículas das fases ativas, isso acarreta subsequentes decréscimos dovalor da área superficial desses materiais (TAGUCHI; SCHÜTH, 2005).

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 176/239

Segundo Prasad e Rattan (2010), diversos métodos de síntese distintostêm sido utilizados para a preparação de catalisadores à base de CuO-CeO2.Nessa mesma pesquisa, estão apresentadas as referências encontradas naliteratura pertinentes à obtenção de catalisadores à base de CuO-CeO2 por

meio dos seguintes métodos de síntese: impregnação úmida, co-impregnação,deposição por precipitação, co-precipitação de Cu e Ce, gelificação comureia, reação de combustão, sol-gel com ácido cítrico, solvotérmico, quelaçãoou complexação dos cátions metálicos, condensação com gás inerte (IGC),eletrodeposição, vaporização a laser e condensação controlada, impregnaçãode átomos de metais solvatados, método da lixiviação, método auxiliado porsurfactante e, por fim, o método da síntese combinatória de óxidos metálicosmisturados.

É importante que fique registrado que não foram encontrados na literatura

relatos sobre a síntese de catalisadores à base de CuO-CeO2 (Cu/CeO2), pormeio do método Pechini, exceto no caso das publicações dos próprios autoresdeste trabalho.

5. METODOLOGIA

Duas amostras de catalisadores compostos por Cu/CeO2 foram sinteti-zadas neste trabalho, para isso foram utilizados dois métodos distintos desíntese de pós cerâmicos, método da reação de combustão e método Pechini.

A primeira amostra de catalisador obtida foi sintetizada pelo método dareação de combustão e denominada C2; a segunda amostra foi sintetizada pormeio do método de síntese Pechini e denominada P2. Ambas as amostrassintetizadas incorporaram a concentração de 0,2 mol de cobre na forma deelemento dopante.

5.1. SÍNTESE DA AMOSTRA C2

A amostra de catalisador denominada C2 foi sintetizada por meio do méto-do da reação de combustão, para isso foram utilizados os seguintes reagentes:

nitrato de cério [Ce(NO3)3.6H2O]; nitrato de cobre [Cu(NO3)2.3H2O]; eureia [CO(NH2)2], todos de elevada pureza e de fabricação Aldrich.

A reação de combustão foi realizada em cadinho de sílica vítrea comorecipiente. Os reagentes supracitados foram misturados no cadinho,formando uma mistura redutora, onde o agente oxidante e fonte de cátions(Ce3+ e Cu2+) foram os nitratos de cério e de cobre. Como combustível eagente redutor foi utilizada a ureia. A proporção de cada reagente na misturaobedeceu aos conceitos da química dos propelentes de modo a favorecer arelação oxidante/combustível = 1 (JAIN; ADIGA; PAI VERNEKER, 1981).

185

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 177/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 178/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 179/239

188

As amostras C2 e P2 foram submetidas às seguintes análises: difração deraios-X em um difratômetro da marca Rigaku, modelo Miniflex I comrefinamento pelo método de Rietveld por meio do software Maud; análisequímica por meio da técnica EDX em um espectrômetro de fluorescência

de raios-X por Energia Dispersiva da marca Shimadzu, modelo EDX-720;microscopia eletrônica de transmissão, para isso, foi utilizado um microscópioeletrônico de varredura Phillips, modelo XL30 FEG; análise granulométrica,para a qual foi utilizado um granulômetro CILAS modelo 1064 LD; eavaliação catalítica, em escala de bancada, na reação de oxidação preferencialdo CO (PROX). A reação de oxidação preferencial do CO estudada nestetrabalho foi investigada em uma unidade de testes de bancada contendo ummicrorreator de leito fixo. Os efluentes da reação foram identificados por umcromatógrafo Perkin Elmer, modelo Clarus 500, operando com coluna capilarCarboxen 1010 (0,32 mm x 30 m) e detectores de ionização de chama e decondutividade térmica. As condições do teste catalítico foram as seguintes:• Vazão total da carga gasosa: 100 ml.min-1.• Composição da carga gasosa: 70 % H2, 1 % O2, 1 % CO e 28 % He.• Faixa de temperatura de realização do teste: 50 a 210 °C em intervalos de

40 °C.• Massa da amostra do catalisador testado: 100 mg.• Condições do pré-tratamento da amostra: 30 ml.min-1 de He e 300 °C

durante 1 hora.

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os difratogramas referentes aos dados da difração de raios-X, coletadosantes (referência) e após (experimental) o refinamento pelo método deRietveld, para as amostras de catalisadores C2 e P2 estão apresentados naFigura 4.

De acordo com a Figura 4, observa-se que no difratograma referente à

amostra C2 alguns dos picos de difração registrados foram atribuídos à faseCuO. Isso quer dizer que, na estrutura dessa amostra, formaram-se fasessegregadas, constituídas com a ajuda do elemento dopante, sobre a estruturada matriz hospedeira – CeO2.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 180/239

Figura 4. Difratogramas referentes aos dados coletados antes e após orefinamento pelo método de Rietveld para as amostras de catalisadoresC2 e P2 sintetizadas por meio dos métodos da reação de combustão e

Pechini, respectivamente. Teoricamente (a) C2 e (b) P2 contêm 0,2 mol de Cu.

Por outro lado, no difratograma referente à amostra P2, que assim comoa amostra C2 também incorporou 0,2 mol de Cu, todos os picos de difraçãoregistrados foram atribuídos à fase CeO2. Isso quer dizer que esta amostraapresentou uma estrutura monofásica.

As características das estruturas cristalinas determinadas por meio dométodo de Rietveld para essas duas amostras de catalisadores estãoapresentadas na Tabela 1. De acordo com a quantificação das fases formadasnestas estruturas analisadas, observa-se que a fase predominante, em ambasas amostras, como já era esperado, é o óxido de cério (CeO2). Os dadosestruturais apresentados na Tabela 1 confirmam o que os difratogramas dessasamostras já haviam revelado, ou seja, mostram que apenas na amostra C2foi identificada a presença de fases segregadas, constituídas por CuO em umpercentual mássico de 5,6 %. O fato de a amostra P2 apresentar-se com umaestrutura aparentemente monofásica é um indicativo de que teoricamentetoda a concentração de Cu inserida na estrutura desta amostra foiincorporada em sua totalidade na estrutura atômica da matriz hospedeira

durante o processo de substituição parcial dos íons Ce3+

por Cu2+

, de formaque não sobrou Cu em quantidade suficiente para formar fase segregada sobrea fase da matriz hospedeira. Certamente, o tratamento térmico de 700 °C/1hque esta amostra sintetizada pelo método Pechini experimentou na etapa decalcinação foi o fator determinante para facilitar a difusão dos íons de Cuno interior da rede atômica do CeO2, obviamente, sem exceder o limite deincorporação dessa matriz hospedeira. Com base nestes resultados, pode-seafirmar que a maior energia térmica promovida pelo método Pechinifavoreceu a formação das estruturas atômicas cristalinas sem a presença de

189

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 181/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 182/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 183/239

192

Por meio das micrografias ilustradas na Figura 5, observa-se que, de ummodo geral, as amostras de catalisadores C2 e P2 apresentaram uma fortetendência a um estado de aglomeração das suas partículas unitárias, comformação de ilhas, constituindo estruturas perceptivelmente porosas. Esse

aspecto morfológico mostra-se muito apropriado sob o ponto de vista daspotenciais propriedades catalíticas que são esperadas para estes materiais, hajavista que é necessário que o material catalítico apresente uma estrutura porosapara otimizar a sua interação com a carga gasosa (H2 + CO) que estará emprocessamento no momento da ocorrência do processo reacional de PROX.Não foram observadas diferenças significativas entre os aspectos morfológicosapresentados pelas duas amostras de catalisadores desenvolvidas, de formaque é possível afirmar que o método de síntese aplicado na obtenção de umadestas amostras de catalisadores não exerceu influência sobre a formação dascaracterísticas morfológicas dos aglomerados de partículas unitárias destesmateriais.

Na Figura 6 estão apresentados os resultados da análise granulométricarealizada nas amostras de catalisadores C2 e P2, sintetizadas por meio dométodo da reação de combustão e do método Pechini respectivamente.

Figura 6. Distribuição granulométrica das amostras de

catalisadores C2 e P2 sintetizadas por meio dos métodos

da reação de combustão e Pechini respectivamente.

De acordo com as representações gráficas, em forma de curvas, ilustradasna Figura 6, da distribuição granulométrica das amostras de catalisadores C2e P2, pode-se observar que estas apresentaram valores semelhantes para osseus diâmetros medianos de aglomerados de partículas unitárias. SegundoNeiva, Andrade e Gama (2011), a capacidade de aglomeração das partículasunitárias, em sistemas catalíticos compostos por Cu/CeO2, está diretamenterelacionada, com proporção direta, com o valor da concentração de cobre

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 184/239

incorporada. Dessa forma, o fato de as amostras C2 e P2 terem incorporadoo mesmo valor de concentração de cobre, isto é, 0,2 mol, pode ser aexplicação para essas duas amostras de catalisadores, na forma de pócerâmico, terem apresentado valores bem semelhantes para os seus diâmetros

medianos de aglomerados de partículas unitárias.Os desempenhos catalíticos analisados na reação de oxidação preferencialdo CO, também conhecida como reação de PROX, para as amostras decatalisadores C2 e P2, sintetizadas pelo método da reação de combustão ePechini respectivamente, estão apresentados graficamente na Figura 7.

Figura 7. Atividade catalítica, na reação de PROX, das amostrasde catalisadores C2 e P2 sintetizadas por meio dos métodos

da reação de combustão e Pechini respectivamente.

De acordo com os gráficos apresentados na Figura 7, observa-se que aamostra P2 apresentou valores percentuais de conversão do CO mais elevadose durante uma maior faixa de valores de temperatura reacional. No momentodo seu desempenho catalítico máximo, foi registrado o valor percentual de92,06 % de conversão do CO, sob uma temperatura reacional de 90 °C,para a amostra P2. Enquanto que, no momento do desempenho catalíticomáximo da amostra C2, foi registrado o valor percentual de 90,22 %, sobuma temperatura reacional de 170 °C. Dessa forma, ficou constatado que a

amostra P2 apresentou desempenho catalítico superior frente à amostra C2.Para Zhang e Sachtler (1990), as características físicas formadas na

estrutura do catalisador, tais como, dimensão da porosidade, quantidade defases segregadas e localização destas na estrutura do material, exerceminfluência direta sobre o desempenho catalítico do material. Pois, a dimensãoda porosidade da estrutura e a localização das fases segregadas ou dos óxidosredutíveis nessa estrutura podem favorecer ou dificultar a geração dos sítioscataliticamente ativos na estrutura do material catalítico, quando submetidosà reação de redução termoprogramada (TPR).

193

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 185/239

194

Ainda segundo Zhang e Sachtler (1990), óxidos metálicos redutíveis,localizados em posições atômicas de difícil acesso vão apresentar seus picosde redução em temperaturas muito elevadas quando comparadas às tempe-raturas de redução dos óxidos alojados em posições mais expostas da estrutura

do material catalítico. Dessa forma, pode-se concluir que o tipo de estruturaapresentada pelo material catalítico exerce forte influência sobre a sensibilidadedo material ao processo de redução das espécies presentes nele.

Nele, Moreno e Andrade (2006) afirmam que, quanto mais acessível fora posição das espécies redutíveis, maior será a taxa de redução e, consequen-temente, maior será a quantidade de sítios cataliticamente ativos formadossobre a estrutura do catalisador.

Dentro desse contexto, considerando as amostras de catalisadores sinteti-zadas neste trabalho, C2 e P2, pode-se afirmar que a amostra P2 apresentou

um tipo de estrutura atômica mais favorável à geração de sítios catalicamenteativos, certamente, por essa razão, esta amostra apresentou desempenhocatalítico superior frente à amostra C2. Como já foi mencionado na discussãodos resultados estruturais deste trabalho, o método de síntese utilizado nametodologia de preparação de catalisadores compostos por CeO2 dopadocom 0,2 mol de Cu exerce influência inegável sobre as características físicasformadas na estrutura desses materiais. Dessa forma, associando os resultadosda análise estrutural com os resultados da avaliação catalítica obtidos neste

trabalho, pode-se afirmar que, considerando a síntese de catalisadores com acomposição estudada neste trabalho, ambos os métodos de síntese utilizadosaqui se mostraram eficientes para a preparação completa desses materiais,sem haver necessidade da realização de uma etapa complementar de síntesepara a impregnação da espécie catalítica ativa. No entanto, o método Pechinimostrou-se superior ou mais adequado, por ter levado à obtenção de umaamostra de catalisador que apresentou excelente desempenho dentro daquiloque se espera de uma reação de oxidação preferencial do CO.

Os perfis gráficos que representam a seletividade das amostras de catalisa-

dores C2 e P2, sintetizadas pelo método da reação de combustão e Pechini,estão apresentados na Figura 8. A seletividade, S(%), dessas amostras decatalisadores, à reação de PROX, foi calculada de acordo com a equação 1.

(Equação 1)

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 186/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 187/239

196

métodos de síntese supracitados foram eficientes para a preparação completadesses catalisadores sem haver necessidade da realização de uma etapaexclusiva para a impregnação da espécie catalítica ativa. A amostra decatalisador obtida por meio do método da reação de combustão apresentou

um percentual mássico de 5,6 % de fases segregadas, compostas por CuO,sobre a estrutura da matriz hospedeira – CeO2. Por outro lado, a amostra demesma composição que a anterior, porém obtida por meio do métodoPechini, apresentou-se com estrutura atômica monofásica, unicamentecomposta por CeO2. O tipo do método de síntese utilizado na obtenção dasamostras aparentemente não exerceu influência sobre as característicasmorfológicas dos aglomerados de partículas unitárias, nem no comportamentogranulométrico destas; no entanto, a avaliação catalítica das amostras de

catalisadores obtidas na reação de PROX revelou que a amostra sintetizadapor meio do método Pechini apresentou melhor desempenho catalítico, atin-gindo percentuais de conversão do CO mais elevados. Além disso, a amostrasintetizada pelo método Pechini destacou-se, também, por apresentar o seudesempenho catalítico máximo, tanto em atividade quanto em seletividade,em uma temperatura reacional mais baixa frente à amostra sintetizada porreação de combustão.

8. SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS

Para maior aprofundamento deste trabalho, bem como para a sua conti-nuidade, as seguintes sugestões para pesquisas futuras devem ser consideradas.1. Tentar determinar o exato limite de solubilidade do Cu incorporado na

matriz hospedeira do óxido de cério, de forma que sejam obtidos catali-sadores com a composição Ce1-xCuxO2 (Cu/CeO2), contendo a máximaconcentração de Cu que permite a apresentação de uma estrutura aparen-temente monofásica, constituída unicamente por fases compostas porCeO

2

. Para isso, sugere-se a síntese de catalisadores com a referida compo-sição, por meio do método de síntese Pechini, cujos valores (x) dasconcentrações de Cu variem entre 0,2 e 0,3 mol.

2. Desenvolver um estudo sobre a possibilidade de realizar-se a reação dePROX sob as mesmas condições reacionais consideradas neste trabalho,inclusive, envolvendo os catalisadores que apresentaram os melhoresdesempenhos catalíticos, de forma paralela à operação de um sistema decaptura do CO2 produzido.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 188/239

9. BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, E. L. F.Pré-sal e a política gasífera nacional . Rio de Janeiro: UniversidadeFederal do Rio de Janeiro/Instituto de Economia/ Grupo de Economia da Energia,Blog da Associação Brasileira de Estudos em Energia, 3 nov. 2008. Disponível em:

<http://ab3e.blogspot.com/2008/11/pr-sal-e-poltica-gasfera-nacional.html>. Acessoem: 09 dez. 2008.

ANEEL. Atlas de energia elétrica do Brasi l . 3.ed. Brasília: Editora Brasília, AgênciaNacional de Energia Elétrica, 2008.

AVGOUROPOULOS, G.; IOANNIDES, T. Selective CO oxidation over CuO-CeO2 catalysts prepared via the urea-nitrate combustion method. Applied Catalysis A: General . v. 244, n. 1, p. 155–167, 2003.

AVGOUROPOULOS, G. et al. CuO-CeO2 mixed oxide catalysts for the selective

oxidation of carbon monoxide in excess hydrogen.Catalysis Letters . v. 73, n. 1, p. 33-40, 2001.

BOWKER, M. The basis and appl ications of heterogeneous catalysis. Oxford, UK:Oxford University Press, 1998.

COSTA, A. C. F. M. et al. Synthesis, microstructure and magnetic properties of Ni–Zn ferrites. Journal of Magneti sm and Magneti c Materials , v. 256, p.174-182,2002.

FIGUEIREDO, J. L.; RIBEIRO, F. R. Catálise heterogênea . Lisboa: Ed. Fundação

Calouste Gulbenkian, 1987.FISHTIK, I. et al. Thermodynamic analysis of hydrogen production by stem reformingof ethanol via response reactions. International Journal of Hydrogen Energy , v. 25, n. 1,p. 31-45, 2000.

GOERKE, O.; PFEIFER, P.; SCHUBERT, K. Water gas shift and selective oxidationof CO in microreactors. Applied Catalysis, A: General, v. 263, n. 1, p. 11-18, 2004.JAIN, S. R.; ADIGA, K. C.; PAI VERNEKER, V. A new approach to thermochemical calculations of condensed fuel – oxide mixture.Combustion and Flame, v.40, p. 71-79, 1981.

KANDOI, S. et al. Why Au and Cu Are More Selective Than Pt for PreferentialOxidation of CO at Low Temperature. Journal Catalysis Letters. v. 93, n. 1-2, p. 93-100, 2004.

LUENGNARUEMITCHAI, A. et al. A comparative study of Au/MnOx andAu/FeOx catalysts for the catalytic oxidation of CO in hydrogen rich stream.International Journal of Hydrogen Energy . v. 30, n. 9, p. 981-987, 2005.

MANASILP, A.; GULARI, E. Selective CO oxidation over Pt/alumina catalysts forfuel cell applications.Applied Catalysis, B: Enviromental . v. 37, n. 1, p. 17-25, 2002.

197

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 189/239

198

NEIVA, L. S. Síntese de catalisadores de Ni/Al 2 O 3 dopados com Fe, Zn e Ce para aplicação em processos de reforma de gás natural . 2007. Dissertação (Mestrado emCiência e Engenharia de Materiais) – Unidade Acadêmica de Engenharia deMateriais, Universidade Federal de Campina Grande.

NEIVA, L. S.; ANDRADE, H. M. C.; GAMA, L. CuO-CeO2 catalytic systemsdestined CO removal synthesized by means Pechini method: an evaluation of thestructures obtained. Journal of Chemical Engineering and Materials Science . v. 2, n. 5,p. 69-75, 2011.

NELE, M.; MORENO, E. L.; ANDRADE, H. M. C. Análise estatística eoptimização de perfis de redução termoprogramada (TPR). Química Nova, v. 29,n. 4, p. 641-645, 2006.

POMPERMAYER, M. L. Desafios e perspectivas para a inovação tecnológica nosetor de energia elétrica.Revista Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, v. 2, n. 3, 2009.PRASAD, R.; RATTAN, G. Preparation methods and applications of CuO-CeO2catalysts: a short review.Bulletin of Chemical Reaction Engineering & Catalysis. v. 5,n. 1, p. 7-30, 2010.

TAGUCHI, A.; SCHÜTH, F. Ordered mesoporous materials in catalysis.Microporous and Mesoporous Materials, v. 77, n. 1, p. 1-45, 2005.

TAKENAKA, S.; SHIMIZU, T.; OTSUKA, K. Complete removal of carbonmonoxide in hydrogen-rich gas stream through methanation over supported metal

catalysts. Internati onal Journal of Hydrogen Energy , v. 29, n. 10, p. 1065-1073, 2004.ZHANG, Z.; SACHTLER, W. M. Location, ligancy and reducibil ity of metal ionsin zeolites cages: Co and Pd in NaY. Journal of the Chemical Society: Faraday Transactions , v. 86, n. 12, p. 2313-2319, 1990.

10. AGRADECIMENTOS

À Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis(ANP/PRH-25) pelos recursos destinados à realização desta pesquisa.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 190/239

Cat egoria IntegraçãoM enção Honrosa

ESTRATEGIAS BIOTECN OLÓGICA S PARA ELCONTROL DE ENFERMEDADES BACTERIANAS YPOR PROTOZOARIOS IN TRACELULA RES QU E

AFECTAN A L GAN ADO BOVINO DEL M ERCOSUR

Autores

Argentina

M aría Isabel Rom ano, 59 anos, pós-dou to rado comp letoCarlos M anuel Campero, 65 anos, pós-dou to rado comp leto

M arcelo Cristian Fort, 54 anos, mestrado com pletoFederico Carlos Blanco, 3 3 an os, do ut orado em cursoM aría Verónica Bianco, 34 anos, dout orado em cursoSilvio Lorenzo Pedro Cravero, 52 ano s, ensino superior com plet oDadín Prando M oore, 38 anos, pós-dou to rado comp letoFernando Oscar Delgado, 36 anos, mestrado com pletoSergio Gabriel Garbaccio, 38 anos, ensino superior completoLuis Ernesto Sam artino, 57 anos, pós-dout orado comp leto

Bibiana Felici tas Brihuega d e Fernandez, 56 anos, pós-dout orado comp letoM aría Laura M on, 28 an os, dou to rado em cursoKarina Cynthia Caimi, 40 an os, pós-dou to rado comp letoSilvina Elizabeth W ilkow sky, 44 anos, pós-dout orado comp letoLucas Emilio Vagnoni, 38 anos, ensino superior completoM aría Virginia M eikle, 43 anos, pós-dou to rado comp letoM aría José Federica Gravisaco, 43 ano s, pós-gradu ação com plet aAng el Adrián Cataldi , 56 anos, pós-dout orado com pleto

Fabiana Bigi, 46 an os, douto rado com pletoM aría Fiorel la Alvarado Pinedo, 36 anos, ensino superior com pleto

199

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 191/239

Brasil

Odir Ant ônio Dellagostin, 44 anos, pós-dout orado comp letoCaroline Rizzi, 34 anos, doutorado em cursoDaniela Fernan des Ram os, 29 an os, dout orad o em curso

Paraguai

M aría Teresa Rovira Díaz de Bedoya, 5 3 a no s, mestrado com plet oGuil lermo Giménez Bareiro, 31 anos, ensino superior com pletoJuan Guil lermo Cantero Porti l lo, 29 anos, ensino superior com pleto

Uruguai

An drés Dom ingo Gil Rodrigu ez, 61 anos, pós-dou to rado comp letoJosé M iguel Piaggio M azzara, 49 anos, pós-dou to rado com pletoAlvaro Jorge N uñez Alesandre, 50 anos, pós-dout orado com pletoAlejandra Suanes M artinez, 35 anos, ensino superior com pleto

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 192/239

RESUMENEl proceso de integración económica de la región MERCOSUR hace

indispensable establecer procedimientos sanitarios en los animales quepermitan aumentar los recursos financieros de la región, por aumento de laproducción pecuaria y por incremento del comercio de los animales y susproductos. Es importante principalmente asegurar la salud de la poblacióny el consumo de alimentos sanos y seguros, mediante el control de las

enfermedades zoonóticas.Las principales estrategias para el control y erradicación de las enfermedadesen animales que afectan los indicadores productivos y la salud humana enel MERCOSUR son el diagnóstico y la prevención de las mismas en bovinosy en rumiantes en general en la región. Por lo tanto, este estudio tuvo dosobjetivos generales:• La generación y evaluación de vacunas experimentales contra la tuberculosis

bovina (TBB).• El desarrollo de macroarreglos de antígenos de múltiples patógenos para

el diagnóstico simultáneo de enfermedades en bovinos que son un riesgopara la salud humana, que producen abortos, y que avanzan en los países delMERCOSUR. Las enfermedades que se diagnosticaron con los macroarreglosson: tuberculosis, paratuberculosis, brucelosis, leptospirosis, y neosporosis.Este estudio fue realizado por investigadores de los cuatro países delMERCOSUR, aportando resultados y la capacitación de jóvenes investi-gadores de la región.

201

ESTRATEGIAS BIOTECNOLÓGICAS

PARA EL CONTROL DE ENFERMEDADESBACTERIANAS Y POR PROTOZOARIOSINTRACELULARES QUE AFECTAN ALGANADO BOVINO DEL MERCOSUR

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 193/239

202

1. INTRODUCCIÓN

Latuberculosis bovina(TBB) es una zoonosis producida porMycobacterium bovis . A pesar de que el hospedador primario es el bovino, otras especies deinterés económico, como los cerdos, son infectados conM. bovis . La TBB se

considera una de las zoonosis más importantes. En América Latina, unaestimación indica que, en el hombre, el 2 % de los casos de tuberculosispulmonares y el 8 % de las extrapulmonares son debidos a M. bovis (DEKANTOR apud RITACCO, 2006).

La TBB es un problema recurrente en varios países de América Latina y elCaribe. De aproximadamente 374 millones de cabezas de animales, 240 millonesestán en países con prevalencia de TBB superior al 0,5 %. Brasil y Argentina,con una población de 224 millones de animales, tienen una prevalencia de

3 a 6 %, mientras que Paraguay y Uruguay, con 9 y 11,7 millones de bovinos,tienen una prevalencia estimada entre 0,25 y 0,01 % (DE KANTOR apudRITACCO, 2006).

No existen actualmente vacunas aprobadas contra la tuberculosis bovina.La vacuna humana,M. bovis BCG, se ha probado en bovinos con resultadosvariables e interfiere con la prueba de la tuberculina que se utiliza para eldiagnóstico de TBB (BUDDLE et at., 2011). Estas observaciones sitúan hoyla identificación y la caracterización de nuevos candidatos vacunales entrelas mayores prioridades en materia de investigación en TBB. Las vacunas

vivas atenuadas son las que tienen mayores posibilidades de conferirprotección contra TBB (HERNANDEZ PANDO et al., 2006). La BCG esuna de las vacunas atenuadas más usadas y seguras, ya que produce pocoscasos de infecciones perjudiciales en humanos, pero tiene escasa capacidadprotectiva contra la TB pulmonar (HERNANDEZ PANDO et al., 2006). Sehan generado nuevas cepas atenuadas inactivando genes micobacterianosrelacionados con la virulencia (BIGI, et al., 2005). Algunos investigadoresmutan estos genes utilizando la mutagénesis por transducción con un

micobacteriofago termosensible (PARK, 2008). En nuestro laboratorio semutaron genes empleando la estrategia de mutagénesis de sitio específicoempleando un plásmido «suicida». En un primer paso nuestro grupoidentificó los genes deM. bovis que codifican para la proteína P27 o LprG y lafamilia de proteínas Mce, implicadas en la virulencia de la bacteria(AGUILAR, 2006; BIGI et al. 1997; BIANCO et al., 2011). Así, logramosobtener las mutantes en M . bovis : P27 y mce, las cuales fueronevaluadas en ratones, comprobando su atenuación (AGUILAR, 2006;BIANCO et al., 2011). En el presente trabajo se evaluó la capacidad

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 194/239

inmunogénica y protectiva de estas vacunas experimentales en bovinos. Eneste estudio también se construyeron cepas de BCG recombinantes quesobreexpresan el antígeno protector 85B o fbpB . Este antígeno conservado enlas micobacterias patógenas forma parte de un complejo de proteínas

relacionadas, 85A (32 KDa), 85B (30 KDa) y 85C (32.5 KDa), queposeenactividad enzimática de aciltransferasa (McSHANE, et al., 2004), conocidopor desempeñar un papel fundamental en la introducción de acido micólicoen el arabinogalactano, uno de los componentes esenciales de la paredmicobacteriana. El antígeno 85 inserto en vectores es una nueva vacunacontra la TB que entró en estudios de fase I (McSHANE, et al., 2004).

La técnica diagnóstica por excelencia que se ha utilizado para controlar laTBB es la prueba tuberculina.Esta prueba detecta fenómenos de inmunidadcelular después de la inyección intradérmica de la tuberculina o PPDB,derivado proteico purificado de M. bovis . Otro método utilizado para eldiagnóstico de TBB es la prueba de ELISA, especialmente usando comoantígeno PPDB. Los valores de especificidad y sensibilidad para el ELISA-PPDB son bastante dispares, posiblemente debido a las variaciones en elestado de la enfermedad en las poblaciones escogidas y a la heterogeneidaden el reconocimiento serológico de antígenos por los animales enfermos.Además, hay que tener en cuenta cuando se utiliza el diagnóstico serológicoen TBB que este solo permite detectar animales en estados graves de la

enfermedad. En este estudio se incorporaron a los macroarreglos además dePPDB, proteínas específicas de M. bovis , seleccionadas por ser fuertementeantigénica (SABIO Y GARCÍA, et al., 2010).

La paratuberculosis (PTB).Es una enfermedad infecciosa caracterizadapor una enteritis crónica que resulta en un deterioro progresivo del animalenfermo. Afecta principalmente al ganado bovino, ovino y caprino. La PTBes producida por Mycobacterium avium subsp. paratuberculosis (MAP ). Esuna eventual zoonosis emergente, ya que existe una posible asociación entre

este bacilo y la enfermedad de Crohn en el hombre. Esta última enfermedadproduce íleo-colitis granulomatosa crónica. Se ha aisladoMAP de muestrasde materia fecal y sangre de pacientes con enfermedad de Crohn (SECHI etal., 2005).MAP podría transmitirse al hombre por ingestión de leche, inclusopasteurizada, dado que ha sido demostrada la resistencia de esta micobacteriaal calor.

En Argentina, la seroprevalencia de la PTB está en un rango de 4 a 51 %dependiendo de la región (PAOLICCHI et al., 2003). En Uruguay tambiénse ha establecido una prevalencia similar a la de Argentina (PIAGGIO;

203

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 195/239

204

NUÑEZ; GIL, 2002), mientras que en Paraguay y Brasil no se conoce suprevalencia. El diagnóstico de certeza de PTB es el aislamiento de MAP ,pero este microorganismo depende de la micobactina para su crecimiento. Enmedios enriquecidos con micobactina el crecimiento es lento (NIELSEN;

TOFT, 2008). Debido a estas razones, los métodos inmunológicos para eldiagnóstico de paratuberculosis resultan más efectivos para aplicar en unacampaña de erradicación que el cultivo. El diagnóstico inmunológico de PTButiliza mezclas antigénicas y es principalmente serológico. Contrariamente alo que sucede con TBB, el diagnóstico serológico en PTB permite detectar conmayor especificidad los animales infectados que con las pruebas que midenla respuesta celular. En el presente estudio se propone utilizar mezclas pruebasantigénicas en los macroarreglos para el diagnóstico serológico de PTB.

La brucelosis.Uno de los síntomas más importantes de esta enfermedaden animales es el incremento en los abortos que ocurren en el rodeo. Esta esa su vez una zoonosis mayor y muy difundida en el mundo. Genera barrerasen la comercialización de los animales y sus productos, hecho que puedeafectar a las posibilidades de desarrollo, especialmente de los pequeñosganaderos, el sector más vulnerable en muchas poblaciones rurales,principalmente de América Latina. Las zonas en el MERCOSUR donde sedan la mayoría de los casos de infección humana están directamenterelacionadas con el número y la distribución del ganado enfermo. En las

regiones donde el ganado caprino es importante, prevaleceBrucella melitensis .En donde se cría tanto ganado bovino como el porcino, prevalecenB. abortus yB. suis . En la Argentina, de 10 000 a 20 000 personas adquieren la infecciónanualmente. La OMS comunica anualmente 500 000 nuevos casos humanosque, según estimaciones, representarían solo el 4 % de los casos que realmenteocurren. Para el diagnóstico inmunológico de brucelosis se utiliza un ELISAdirigido a detectar anticuerpos contra el lipopolisacárido (LPS) de la bacteria(NIELSEN et al., 2006). Por lo tanto en los macroarreglos se incluirá tanto

el LPS, como la cadena O del LPS (LPS-O).La leptospirosis.Es producida por la bacteria Leptospira interrogans , queposee distintos serovares agrupados antigénicamente en 23 serogrupos. En losbovinos los serovares preponderantes son pomona y hardjo. Ambos serovaresproducen abortos, pero en particular el serovar pomona se evidencia poranemia hemolítica aguda, y el serovar Hardjo, causa mastitis e infertilidad.La enfermedad ha mostrado una alta prevalencia en la región delMERCOSUR. La importancia de este estudio es evaluar un diagnóstico deleptospirosis, importante en primer término para detectar una enfermedad

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 196/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 197/239

206

Figura 1. Producción de citoquinas a distintos dpi respecto al tiempo T0.Se considera la liberación de citoquinas para todos los animales infectados

sin diferenciar entre las cepas. Gris: 15 dpi, negro 30 dpi y blanco 90 dpi.

Se aislaron células monocucleares de sangre peri férica (CMSP) y seestimularon con el antígeno de M. bovis PPDB. Para la cuantificación decitoquinas producidas por CMSP, luego de la estimulación específica conPPDB, se extrajo el ARN total y se realizó una retrotranscripción in vitro . ElADN copia generado, producto de la retrotranscripción, se empleó para PCRen tiempo real cuantificar la expresión de: IL-2, IL-4, IL-10, IL-12p35,TNF, IL-17 e IFN-. En la Figura 1 los resultados se expresan como nivelesrelativos de expresión con respecto a la producción a tiempo 0 (antes deldesafío). Luego del estímulo in vitro con PPDB casi todos los animalesprodujeron más IL-2 luego de la inoculación, muchos animales produjeronINF-, marcador de respuesta Th1, a los 15 y 30 dpi mientras que todos lo

hicieron a los 90 dpi. No se detectó producción de TNF, IL-12 y pocosanimales produjeron IL-17. La falta de producción de IL-12 en los ani-males infectados es esperable debido a que esta citoquina es producidaprincipalmente por macrófagos y células dendríticas, poblaciones que seencuentran poco representadas en las muestras analizadas. Casi todos losanimales produjeron IL-4, un marcador de respuesta Th2. También sedetermino por citometría de flujo las poblaciones celulares que se activaronluego del estímulo específico. Estos datos se compararon entre los animalesque presentaron lesiones (LM+) luego de la infección y aquellos que no

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 198/239

(LM–), independientemente de la cepa empleada en la inoculación. Se puedeobservar en la Figura 2 una correlación positiva y significativa entre porcentajede activación CD4+CD25+ y CD8+ CD25+ a los 15 dpi y presencia delesiones.

Figura 2. Expresión de CD25 en células CD4+ y CD8+ estimuladasdurante 48 h con PPDB en grupos de animales LM+ y LM– 

Estos resultados indican una respuesta temprana específica de CD4 yCD8 luego de la inoculación con M. bovis , correlacionando positivamentecon la producción de lesiones tuberculosas en bovinos. En la Figura 3 secompararon los datos de producción de citoquinas en los grupos LM+ y

LM–. El nivel de producción de TNF-, INF-, IL-12, IL-4 e IL-10 fueindistinguible entre ambos grupos, mientras que la producción de IL-2 fuemayor en el grupo LM+, pero estas diferencias no fueron estadísticamentesignificativas. La producción IL-17 en los animales del grupo LM+ mostró aun incremento significativo a los 60 y 90 dpi con respecto a los valoresdetectados en el grupo LM– (Figura 3)

207

Días tras la infecciónDías tras la infección

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 199/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 200/239

Esto sugeriría que existe una correlación positiva entre la expresiónde IL-17 y aparición de lesiones tuberculosas luego de la infección deterneros conM. bovis . Así, estos resultados apoyan las evidencias previas queindican que la IL-17 está asociada a la producción de granulomas en ratones

experimentalmente infectados con M. tuberculosis (HAILE; KALLENIUS,2005). Es importante destacar que varias publicaciones indican que elbalance entre IL-23/IL-17 es crucial en la regulación de las consecuenciasinflamatorias producto de la respuesta hacia las infecciones con micobacterias(HAILE; KALLENIUS, 2005). También se evaluó la respuesta inmunecelular frente a la infección, con M. bovis 303 y NCTC 10772. Con larespuesta inmune celular se siguió midiendo liberación de INF con unELISA comercial (Bovigam-Prionic), estimulando la sangre con los antígenosESAT6, PPDB, MPB64, y CFP10. Los niveles de INF fueron dosadosa partir de los sobrenadantes de la sangre entera estimulada durante 18 h.En Figura 4 se muestra el valor medio de ODI más su error estándar y lasletras que corresponden tres niveles de ODI: nivel A, bajo, nivel B,intermedio y nivel C, alto. Todos los animales infectados desarrollaron unarespuesta antígeno-específica con liberación de IFN en respuesta a PPDB,si bien la cepa M. bovis- 04-303 desarrolló una fuerte respuesta a los 15 dpisignificativamente diferente y en el día 30 la respuesta era fuerte para 04-303 e intermedia para UK (Figura 4 B). El IFN- liberado en respuesta a

ESAT-6 o CFP10 (Figura 4 A y D) siguió un patrón similar, con respuestaintermedia y alta a los 15 dpi para 04-303 y a los 30 dpi es similar para ambas.Puede verse que los animales inoculados con 04-303 mostraron respuestasmayores estadísticamente diferentes que los inoculados con UK a los 15 dpiy también a los 60 y 90 dpi, con PPDB, CFP-10 y ESAT-6.

209

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 201/239

Figura 4. Liberación de IFN-  producido luego de incubar la sangrede los animales infectados con la cepa 04-3003 o la cepa

NCTC 10772 de UK con diferentes antígenos.

2.1.2. Validación del procedimiento a seguir en el sacrificio de los animales

Se sacrificaron los animales cinco meses después de la infección conNCTC 10772 y 04-303. El estatus de la enfermedad fue confirmado

post mórtem por la presencia de lesiones en pulmones y en nódulos linfáticoscomo así también por la presencia de bacilos en secciones de tejidos teñidascon Zielh-Neelsen (ZN) (Figura 5A). Se colectaron y se procesaron muestrasde tejido para cultivo bacteriano y análisis histopatológico (WEDLOCK etal., 2008). Se encontraron lesiones compatibles con tuberculosis en tres delos animales inoculados conM. bovis -04-303 en el lóbulo apical del pulmónderecho (Figura 5B). Tres de los animales también mostraron lesionesgranulomatosas y neumónicas en linfonodos y lóbulos pulmonares (Figura

210

Días tras la infección

0 15 30 60 90 120 150

16

12

8

4

0

20

15

10

5

0

20

15

10

5

0

20

16

12

8

4

0

Días tras la infección Días tras la infección

Días tras la infección0 15 30 60 90 120 150

0 15 30 60 90 120 150 0 15 30 60 90 120 150

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 202/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 203/239

212

expresión para ambos tiempos de muestreo mientras que en los dos restantesel nivel de INF disminuyó para el último tiempo. Para este grupo otrascitoquinas cruciales de una respuesta tipo Th1 mostraron un nivel elevado:TNF en tres de los animales e IL-12p35 en dos de ellos, pero a los 90 días.

Para la IL-2 se observó un nivel elevado durante todos los tiempos delmuestreo y en todos los bovinos del grupo. El aumento de citoquinasmarcadoras de una respuesta tipo Th2 solo se pudo observar en el últimotiempo de muestreo con un aumento de IL-10 en dos de los bovinos, si bienlos valores no llegan a más de dos veces sobre el control podría ser unatendencia hacia una supresión de la respuesta inflamatoria.

La expresión de las distintas citoquinas en los animales infectados con lascepas mutantesP27 y mce2 presenta algunas diferencias con respecto alos animales infectados con la cepa salvaje (MbUK), la IL-2 posee menorexpresión en los animales infectados con P27, mientras que para los demce2 su nivel de expresión es comparable al del grupo infectado con lacepa salvaje. Para la IL-12p35 el resultado es opuesto y los animales conP27 muestran una mayor expresión a los 90 días. En la expresión de INFse percibe una disminución en los animales del grupo P27 con respecto alos de mce2 y el grupo con NCTC 10772 y para la citoquina IL-10 elgrupo de P27 y el de mce2 muestran en sus cuatro animales mayorexpresión a los 90 días de la infección, mientras que como se comentó

anteriormente, solo dos de los animales del grupo control inoculado con lacepa salvaje mostraron un aumento de este inmunosupresor, igualmente losvalores no superan un cambio de dos veces con respecto al tiempo preinmune.En cuanto a la IL-4 solo se vio aumento a los 15 días en los vacunados conmce2.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 204/239

Figura 6. Expresión de citoquinas producidas por estimulación específicade sangre entera con PPDB en los animales infectados con M. bovis cepa

salvaje NCTC 10772 ( M. bovis UK), ∆mce2 o ∆P27.

En la Figura 7 se muestra la determinación de la producción de INF ensangre periférica antes de realizarse la infección (T0) y a los 15, 30, 120, 150 dpi

de todos los grupos de animales empleando el kit de ELISA Bovigam(Bovigam de Prionics) y estimulando la sangre con diferentes antígenos. A los15 dpi todos los animales de todos los grupos respondieron al estímulo in vitro con PPDB produciendo INF en sangre periférica. Los animalesinfectados con la mutanteP27 fueron los únicos que a los 150 dpi en queya no hay animales significativamente positivos frente a PPDB. Las muestrasde sangre de muchos de los animales también produjeron INF en respuestaal estímulo con diferentes antígenos de M. bovis, como las proteínas ESAT-6, CFP10, MBP83 y MBP64.

213

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 205/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 206/239

Se sacrificaron los animales 5 meses después del desafío. El estatus de laenfermedad fue evaluado post mórtem mediante la identificación de lesionesen pulmones y en nódulos linfáticos. No se encontraron lesiones compatiblescon tuberculosis en ninguno de los animales inoculados con las cepas mutantes,

ni en los animales inoculados con la cepa parental salvaje. Es importantedestacar que la cepa parental salvaje utilizada en esta última experiencia fuela NCTC 10772, la cual resultó más atenuada que la 04-303 en las experienciasanteriores, mostrando baja capacidad de producir lesiones. Además, en estaúltima experiencia fue inoculada la cepa NCTC 10772 con una dosis más bajaque en la experiencia anterior. Se decidió en esta última experiencia inocularesa dosis más baja de la cepa parenteral para que estuvieraen las mismas condicionesque las utilizadas con los grupos inoculados con las cepas mutantes.

2.1.4. Ensayos de protección en bovinos con las vacunas contra TBBCon base en los resultados previos, que indican que las cepas mutantes no

producen lesiones tuberculosas en los bovinos, se decidió vacunar con loscandidatosmce2 yP27 y emplear la cepa 04-303 que sí produce lesiones,en una dosis de 107 UFC para el desafío.

Se comenzó la experiencia inmunizando grupos de cinco ternerosHolando-Argentino machos de 4-6 meses de edad con 1x107 UFC de lascepasmce2,P27 o la cepa vacunal control BCG por vía subcutánea en la

tabla del cuello. Se dejó un grupo de terneros sin inmunizar, el cual serádesafiado y es el grupo control. Se desafió con la cepa de desafío a los 2 mesesde vacunados y a los 5 meses del desafío se realiza la necropsia.

2.1.5. Resultados de la necropsia

Luego del sacrificio a los 5 meses tras el desafío se realizó la inspección delesiones en pulmones y ganglios linfáticos de todos los grupos de animales.Se tomó registro del número de lesiones por órgano, así también como deltamaño de las mismas y en algunos casos de su aspecto. Se estableció una

categorización de las lesiones por animal y por órgano con base en los parámetrosnúmero de lesiones o número y tamaño de las lesiones. Un animal del grupocontrol, desafiado sin vacunar y que no presentó ningún tipo de lesiones, fueeliminado del ensayo, ya que con base en el análisis patológico del tractodigestivo donde se vieron lesiones se concluyó que hubo una falla en lainfección intratraqueal del animal. Otro animal del grupo control y quepresentó una posible lesión en el ganglio submandibular también se eliminódel análisis. A continuación se presentan las categorías de lesiones por órganoy por animal según un protocolo descripto (WEDLOCK et al., 2008).

215

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 207/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 208/239

2.2. ACTIVIDAD 2: OBTENCIÓN POR PARTE DEL LABORATORIOBRASILEÑO DE BCG RECOMBINANTE PORTANDO COPIASEXTRA DE UN GEN PROTECTOR

Se introdujo el gen que codifica para el antígeno 85B, llamado fbpB,

en un vector de expresión de micobacterias que utiliza complementaciónauxotrófica como marcador de selección. Este antígeno fue clonado en elvector pUP410, el cual contiene el gen leuD. Después de remover el gen deresistencia a la kanamicina y transformar BCGleuD, los clones recombinantesfueron seleccionados y el nivel de expresión estimado por Western blot. Estaes una estrategia para producir una vacuna que no incluye resistencia aantibióticos, lo cual hace la vacuna viable para el mercado. Un clon seleccionadoy propagado para la producción de la vacuna está siendo evaluado en ratones

antes de comenzar la experiencia en bovinos. La actividad de generar lasconstrucciones y evaluarlas en ratones se llevó a cabo en el laboratorio brasileño.En este momento se están inoculando bovinos con la BCG recombinanteen los boxes de seguridad biológica de INTA Castelar y se tendrán los resultadosde protección de esta nueva vacuna, en diciembre del 2011, cuando sesacrifiquen los animales a los 4 meses del desafío con la cepa virulenta deM. bovis .

2.2.1. Clonado del gen fbpB en el vector para expresión en BCG leuD

El gen fbpB y su promotor endógeno fueron amplificados por PCR a

partir del DNA genómico deMycobacterium bovis , resultando en un fragmentode 1500 pb. El fragmento fue digerido con las enzimas de restricción Kpn Iy ligado al vector pUP410. La confirmación del clonado fue realizadadigiriendo el vector recombinante con la enzima de restricción Xho I (Figura 1).El vector recombinante fue introducido en BCG por electroporación, la expresiónde la proteína recombinante Ag85B fue observada en el sobrenadante celular.

217

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 209/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 210/239

2.3.2. Generación de los macroarreglos antigénicos o MAPIA

Los antígenos nombrados fueron inmovilizados en una membrana denitrocelulosa y evaluados con un panel de sueros de animales infectados ysanos. Para esto se procedió de la forma indicada a seguir: Los antígenos

fueron aplicados a una membrana de nitrocelulosa (Amersham TM HybondTM -ECL), utilizando un aerosolizador semiautomático (Linomat IV, CamagScientific Inc., Wilmington, Delaware) y generando bandas paralelasinvisibles. Las membranas fueron bloqueadas durante una hora con unasolución bloqueante de TBS 1x leche, a lo que se le añadió 50 µl de tween20. Por otro lado se realizaron diluciones de los sueros 1:100 en la soluciónbloqueante. Luego las membranas fueron colocadas en un mini blotter (Isogen Biosloutions The Netherland) que posee 45 calles, donde se depositó

180 µl de suero en cada calle perpendicularmente a las bandas del antígeno.Cada membrana fue incubada por 1 h con los sueros. Se ensayaron los suerosadsorbidos y sin adsorber con un extracto de E. coli . Luego de la incubaciónse realizaron lavados con TBS 1x. Posteriormente se incubó la membranacon la proteína G unida a peroxidasa (BIORAD catálogo 1706425) diluida1:500 en solución bloqueante. Se realizaron lavados con TBS 1x. El sustratopara revelar la actividad enzimática fue 4-Cloro-1-naftol (sigma, USA). Laevaluación de MAPIA es visual, donde la presencia de banda coloreada fueconsiderada como resultado positivo.

219

Muestras positivas de campo deUruguay y Paraguay.

Controlespositivos ynegativos.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 211/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 212/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 213/239

222

10, MPB64, extracto celular deM. bovis . 172 sueros de animales positivos aTBB por la prueba comparativa cervical dieron con los antígenos la sensibilidadrelativa de: 13 %, 13 %, 49 %, 3 %, 4 % y 17 %, respectivamente. Laproteína con mayor sensibilidad fue ESAT-6 y si consideramos como

positivos todos aquellos que reaccionaron al menos con un antígeno, estasensibilidad se incrementa a 59 %.Los sueros fueron evaluados para paratuberculosis con la prueba de ELISA

de IDEXX. Eliminando los sueros que dieron resultados dudosos, 933 suerosfueron confrontados con los dos antígenos de Map , WCL y PPA-3 enformato MAPIA.

Tabla 2. Resultados con el primer antígeno.

estatus |ParaTb | WCLELISA | Negativo Positivo | Total—————–+———————————+—————Negativo | 823 44 | 867| 94.93 5.07 | 100.00—————–+———————————+—————Positivo | 50 16 | 66

| 75.76 24.24 | 100.00—————–+———————————+—————Total | 873 60 | 933| 93.57 6.43 | 100.00

ExpectedAgreement Agreement Kappa Std. Err. Z Prob>Z————————————————————————89.92% 87.41% 0.2001 0.0327 6.12 0.0000

El acuerdo de kappa es pobre pero estadísticamente significativo. Con elsegundo antígeno cae la sensibilidad, siendo el kappa no significativo.

En cuanto al diagnóstico de leptospirosis se compararán los resultados demicroaglutinación en placa (MAT) con los resultados de dos antígenos de L.interrogans presentes en las membranas, LipL32 y extracto de pomona. Lacomparación de los resultados de MAT para el serovar Pomona con el primer

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 214/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 215/239

224

Los sueros fueron recolectados de4 establecimientos ganaderos, de losdepartamentos de Central, Cordillera, Paraguarí y Caaguazú de la Repúblicadel Paraguay.

Los sueros fueron obtenidos de establecimientos de bovinos lecheros y decarne, y fueron remitidas al Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria(INTA) de Argentina, para su evaluación con MAPIA.

Las membranas utilizadas para esta experiencia contienen los siguientesantígenos: LPS (brucelosis). NcSAG-1 (neosporosis). WCL (paratuberculosis).PPA3 (paratuberculosis). PPDb (tuberculosis). MPB 83 (tuberculosis). ExtractodeL. interrogans serovar pomona tratado con tritón y la proteína recombinanteLipL32 (leptospirosis). Este último antígeno recombinante de leptospira seutilizó para corregir la falta de especificidad que obtuvimos con el extractode pomona en las primeras experiencias en Uruguay.

2.3.6. Resultados por establecimientos

TAMBO 1De 150 muestras tomadas los resultados son los siguientes: 27 positivos

al antígeno de paratuberculosis, WCL; 2 positivos a antígeno de tuberculosis,PPDB; 8 positivos a leptospirosis (8 a extracto de Pomona y solo 3 de estosa LipL32); 3 positivos al antígeno de neosporosis, NcSAG1.

TAMBO 2De 32 muestras tomadas los resultados son los siguientes: 3 positivos al antí-

geno de paratuberculosis, WCL; 2 positivos a antígeno de neosporosis, NcSAG1.

Figura 10.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 216/239

TAMBO 3De 109 muestras tomadas los resultados son los siguientes: 7 positivos al

antígeno de paratuberculosis, WCL; 3 positivos a antígeno de neosporosis,NcSAG1; 8 positivos a leptospirosis (7 a extracto de Pomona y solo 1 de

estos a LipL 32).TAMBO 4De 68 muestras tomadas los resultados son los siguientes: 2 positivos al

antígeno de paratuberculosis, WCL; 8 positivos al antígeno de brucelosis,LPS.

Tabla 4. Análisis de los resultados con MAPIA y pruebas confirmatorias.

Pruebas confirmatorias utilizadas:•Método laboratorial confirmatorio para brucelosis:Rosa de Bengala,

2-Mercaptoetanol, Wright (Tubo), B.P.A y F.P.A (polarización fluo-

rescente).•Método laboratorial confirmatorio para neosporosis:ELISA.•Método laboratorial confirmatorio para paratuberculosis: Inmuno-

difusión en gel de Agar.•Método laboratorial confirmatorio para tuberculosis:ELISA.•Método laboratorial confirmatorio para leptospirosis:Microaglutinación.

De las 359 muestras procesadas por MAPIA, 76 sueros bovinos dieronreacciones positivas ante los antígenos impresos en las membranas. De las 8

225

AntígenosTotal positivos

MAPIATotal negativos

prueba confirmatoriaTotal positivos

prueba confirmatoria

LPS 8 1 7

NcSAG1 8 1 7

WCL 39 39 0

PPA3 0 0 0

PPDB 2 2 0

MPB 83 0 0 0

Ext. Pomonatratado 15 15 0

LipL 32 4 4 0

Total 76 62 14

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 217/239

226

muestras que reaccionaron con los antígenos de Nesopora caninum y deBrucella abortus en el MAPIA, 7 dan positivo en las pruebas confirmatorias.Así se confirmó la presencia de neosporosis en el tambo 1, 2 y 3 y debrucelosis en el tambo 4. Con respecto a paratuberculosis, los sueros que

dieron positivos con el antígeno WCL en MAPIA, dieron negativos con laprueba confirmatoria, en este caso se usó inmunodifusión en agar. Estossueros debemos reconfirmarlos con el ELISA para paratuberculosis. Encuanto al resultado con LipL32 y extracto de Pomona, nuevamente nosencontramos con una proporción importante de sueros que dan positivoscon ambos antígenos y no pueden confirmarse con microaglutinación.Queda por evaluar estos antígenos con sueros de regiones libres de estaenfermedad para confirmar la especificidad de dichos antígenos.

Conclusiones: El MAPIA aplicado en rodeos seleccionados al azar enParaguay nos permitió identificar rodeos con brucelosis y neosporosis.Determinando que los abortos que se producían en esos rodeos eran porneosporosis para el tambo 1, 2 y 3, y por brucelosis para el tambo 4. Estodemuestra la importancia de estas enfermedades en Paraguay y la necesidadde una técnica que permite la identificación rápida de rodeos infectados, paraintervenir en ellos con pruebas confirmatorias para detectar los animalesenfermos y apartarlos del rodeo.

3. BIBLIOGRAFÍAAGUILAR, L. D. et al. Immunogenicity and protection induced by Mycobacteriumtuberculosis mce-2 and mce-3 mutants in a Balb/c mouse model of progressivepulmonary tuberculosis.Vaccine . v. 24, n. 13, p. 2333-2342, 2006.

ALTON, G. G. et al. Techniques for the brucellosis laboratory . Paris: Institute Nationalde la Recherche Agronomique, 1988.

BAYIN, C. et al. Serodiagnosis of Neospora caninum infection in cattle by enzyme-linked immunosorbent assay with recombinant truncated NcSAG1. Veterinary Parasitology , n. 118, p. 177–185, 2003.BIANCO, M. V. et al. Knockout mutation of p27-p55 operon severely reducesreplication of Mycobacterium bovis in a macrophagic cell line and survival in amouse model of infection. Virulence , v. 2, n. 3, p. 233-237, 2011.

BIGI, F. et al. Mutation in the P36 gene ofMycobacterium bovisprovokes attenuationof the bacillus in a mice model. Tuberculosis , v. 85, n. 4, p. 221-226, 2005.

BIGI, F. et al. A novel 27 kDa lipoprotein antigen from Mycobacterium bovis.Microbiology , n. 143, p. 3599-3605, 1997.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 218/239

BUDDLE, B. M. et at.. Update on vaccination of cattle and wildlife populationsagainst tuberculosis. Vet Microbiol . v. 151, n. 1-2, p. 14-22, 2011.

CARRIZO, A. B. et al. Identificación de antígenos inmunorreactivos deLeptospira interrogans. Revista Argentina de Microbiología . v. 41, n. 3, p. 129-133, 2009.

DE KANTOR apud RITACCO, V. An update on bovine tuberculosis programmesin Latin American and Caribbean countries. Vet Microbiol . v. 112, n. 2-4, p. 111-118,2006.

HAILE, M.; KALLENIUS, G. Recent developments in tuberculosis vaccines. Curr Opin Infect D is, n. 18, p. 211-215, 2005.

HERNANDEZ PANDO, R. et al. The use of mutant mycobacteria as new vaccinesto prevent tuberculosis. Tuberculosis (Edinb) , v. 86, n. 3-4, p. 203-210, 2006.

HOUGHTON, L. M. J. et al. Use of Multiepitope Polyproteins in Serodiagnosis

of active tuberculosis. Clinical and Diagnosti c Laboratory Immunology , n. 9, p.883–891, 2002.

McSHANE, H. et al. Recombinant modified vaccinia virus Ankara expressingantigen 85Aboosts BCGprimed and naturally acquired antimycobacterial immunityin humans. Nat Med, n. 10, p. 1240, 2004.

MEIKLE, V. et al. Evaluation of pathogenesis caused in Cattle and Guinea Pig bya Mycobacterium bovis strain isolated from Wild Boar.BMC Vet Res ., v. 7, n. 1, p. 37, 2011.

NIELSEN, S. S.; TOFT, N. Ante mortem diagnosis of paratuberculosis: a reviewof accuracies of ELISA, interferon-g assay and faecal culture techniques.

Vet Microbiol. Review , n. 129, p. 217–235, 2008.

NIELSEN, S. S. et al. Serological discrimination by indirect enzyme immunoassaybetween the antibody response to Brucella sp. And Yersinia enterocolitica O:9 incattle and pigs. Veterinary Immunology and Immunopathology , n. 109, p. 69-78,2006. Disponible en: <http://www.sciencedirect.com/science/journal/01652427?oldURL=y>.

PAOLICCHI, F. et al. Application of different methods for the diagnosis of paratuberculosis in a dairy cattle herd in Argentina. J. Vet. Med . n. B 50, p. 20–26, 2003.

PARK, K. T. et al. Demonstration of allelic exchange in the slow-growing bacteriumMycobacterium avium subsp.paratuberculosis, and generation of mutants withdeletions at the pknG, relA,and lsr2 loci. Appl Environ Microbiol, n. 74, p.1687–1695, 2008.

PIAGGIO, J.; NUÑEZ, A.; GIL, A. Johne’s disease serological prevalence inuruguayan dairy cows. In: INTERNATIONAL COLLOQUIUM ONPARATUBERCULOSIS, 7. Bilbao, Spain, 11-14 Jun. 2002.Proceedings ... KennethSquare, PA: International Association of Paratuberculosis, 2002. Disponible en:<http://www.paratuberculosis.org/pubs/proc7/>.

227

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 219/239

228

SABIO Y GARCÍA, J. V. et al. Expression of MPB83 from Mycobacterium bovisin Brucella abortus S19 induces specific cellular immune response against therecombinant antigen in BALB/c mice. E. M icrobes Infect., v. 12, n. 14-15, p. 1236-1243, 2010.

SECHI, L. et al. Detection and Isolation of Mycobacterium avium Subspeciesparatuberculosis from Intestinal Mucosal Biopsies of Patients with and withoutCrohn’s Disease in Sardinia. Am J Gastroenterol . n. 100, p. 1529–1536, 2005.

WEDLOCK, D. N. et al. Enhanced protection against bovine tuberculosis aftercoadministration of Mycobacterium bovis BCG with a Mycobacterial proteinvaccine-adjuvant combination but not after coadministration of adjuvant alone.Clin Vaccine Immunol ., v. 15, n. 5, p. 765-772, 2008.

WILKOWSKY, S. et al. An Applied Printing Immunoassay with RecombinatNcSAG1 for Detection of Antibodies to Neospora cani num in Cattle. J. Vet. Diag.Investigation (en prensa).

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 220/239

229

CATEGORIA INICIAÇÃO CIENTÍFICA – 1º LUGAR

Lucas Ribeiro Mata(autor do trabalho) , 18 anos, brasileiro, aluno da quartasérie do E.M.I. com curso Técnico em Eletromecânica do Instituto Federalde Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, campus Macaé. Atua nodesenvolvimento de projetos de pesquisa nas áreas de engenharia mecânica,física e engenharia química, de 2008 a 2011, com duas participações naFEBRACE (USP-Brasil), uma na MOSTRATEC, uma na Intel ISEF (LosAngeles, EUA) e uma na INESPO (Utrecht, Holanda). Seu projeto obteve14 prêmios.

Margarida Lourenço Castelló(Professora-orientadora do trabalho) , 45 anos,brasileira. Doutoranda e Mestre em Tecnologias de Processos Químicos eBioquímicos pela Escola de Química da Universidade Federal do Rio deJaneiro (UFRJ) e Especialista em Educação por essa mesma instituição. Bacha-rel em Engenharia Química e graduada em Licenciatura Plena em Químicapela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Técnica em Químicapela Escola Técnica Federal de Química do Rio de Janeiro (ETFQ-RJ). Possuidiversos trabalhos publicados, alguns em revistas internacionais, como oJournal of Thermal Analysis and Calorimetry , além de participações em eventoscientíficos nacionais e internacionais. Orienta projetos de pesquisa pré-uni-versitária desde 2006, dos quais já resultaram mais de 40 prêmios em con-cursos de ciência jovem no Brasil e no exterior.

NOTA SOBRE OS AUTORES

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 221/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 222/239

231

CATEGORIA INTEGRAÇÃO – 1º LUGAR

Marta Irene Litter,65 años, argentina, doctora en Química, UBA, Argentina(1974) y posdoctorado en la Universidad de Arizona, EE. UU. (1983). Jefa

de división, Gerencia Química, CNEA, Argentina; Investigadora PrincipalCONICET, Argentina. Profesora Titular 3IA, Universidad Nacional deGeneral San Martín, Argentina. Más de 160 publicaciones con referato,incluyendo libros y capítulos de libros. Coordinadora Internacional ProyectoOEA/AE/141 (2002-2006) y Red IBEROARSEN (CYTED), 2006-2009.Premio Mercosur 2006 en Ciencia y Tecnología y Premio Innovar, Argentina,2009.

Alejo Leopoldo Pérez Carrera, 38 años, argentino, veterinario (2000).Doctor de la Universidad de Buenos Aires (2006); investigador asistente deCONICET, Argentina (desde 2007); jefe de trabajos prácticos en la Univer-sidad de Buenos Aires, Argentina; responsable por 36 publicaciones conreferato, incluyendo libros y capítulos de libros; integrante de la RedIBEROARSEN (CYTED), 2006-2009; ganador del Premio Estímulo a laInvestigación Científica de la Facultad de Ciencias Veterinarias, Universidadde Buenos Aires, en 2007.

Alicia Fernández Cirelli,63 años, argentina, doctora en Ciencias Químicasen 1972 y licenciada en Ciencias Químicas en 1968, ambas por la Univer-sidad de Buenos Aires. Profesora titular de la Universidad de Buenos Aires;investigadora principal del Consejo de Investigaciones Científicas y Técnicas(CONICET); secretaria adjunta del Programa Iberoamericano de Ciencia yTecnología para el Desarrollo; coordinadora del Comité Académico AguasAUGM; directora del Centro de Estudios Transdisciplinarios sobre el Agua(CETA) de la Universidad de Buenos Aires/Consejo Nacional de Investiga-

ciones Científicas y Técnicas; y directora de la maestría en Gestión del Agua,Universidad de Buenos Aires.

Ana María Ingallinella, 68 años, argentina, investigadora categoría B,carrera del Investigador Científico de la Universidad Nacional de Rosario.Línea de Investigación: Tecnologías apropiadas para el tratamiento de aguay líquidos residuales. Responsable por 50 trabajos publicados o presentadosa Congresos. Directora de tesis y trabajos finales de carreras de posgrado enIngeniería Sanitaria y Ambiental. Directora de la carrera de posgrado de

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 223/239

232

Especialización en Ingeniería Sanitaria de la Facultad de Ciencias Exactas,Ingeniería y Agrimensura de la Universidad Nacional de Rosario (Argentina).

Ana María Sancha Fernández, 67 años, chilena, química, licenciada en

Química. Profesora asociada, Facultad de Ciencias Físicas y Matemáticas,Universidad de Chile. Docente de pre y posgrado en la Escuela de Ingenieríade la Universidad de Chile. Áreas de interés: calidad y contaminación deaguas, análisis físico-químico de aguas, tratamiento de aguas, remoción dearsénico de aguas, regulación de contaminantes ambientales, evaluación deimpacto ambiental, exposición a contaminantes.

Hugo Benjamín Nicolli, 71 años, argentino. Miembro de la carrera delInvestigador Científico del Consejo Nacional de Investigaciones Científicasy Técnicas (CONICET) y asesor del Instituto de Geoquímica (INGEOQUI),con más de 25 años de experiencia en evaluación de fuentes y de procesos delixiviación y concentración del arsénico y de oligoelementos asociados en lasaguas subterráneas de distintas cuencas de la Llanura Chaco-Pampeanaargentina. Geólogo de la Universidad Nacional de Córdoba (Argentina,Premio Universidad 1960) y doctor en Ciencias Químicas de la Universidadde Salamanca (España, premio en Concurso de Tesis Hispanoamericanas,1967), está especializado en problemas de geoquímica ambiental y en procesos

hidrogeoquímicos. Es autor de más de 100 trabajos de su especialidad publi-cados en congresos, simposios y en revistas internacionales de alto impactoen Ciencias de la Tierra y del Ambiente.

Lorena del Pilar Cornejo Ponce,48 años, chilena. Doctora en Ciencias yPosdoctorado, magíster en Química con mención en Química Analítica,Universidade Estadual de Campinas, Brasil. Profesor titular de la Universidadde Tarapacá. Directora ejecutiva y representante legal del Centro de Investi-gaciones del Hombre en el Desierto. Presidenta del Consejo Consultivo

Regional de Arica y Parinacota, periodo 2008-2011. Directora del magisteren Ciencias Ambientales, mención Gestión Ambiental. Coordinadora delprograma de doctorado en Química de las Universidades Estatales de la MacroZona Norte. Tiene en su haber más de 100 publicaciones entre publicacionesISI, actas de congreso, capítulos de libros y ha ganado y participado enproyectos nacionales e internacionales.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 224/239

233

Nelly Angélica Mañay Larrosa,56 años, uruguaya. Doctor en Química –PhD (2001) y químico farmacéutico (1980) por la Facultad de Química dela Universidad de la República del Uruguay (UdelaR). Profesor agregado ydirector de la Cátedra de Toxicología e Higiene Ambiental, FQ, UdelaR.

Investigador del Programa de Desarrollo de Ciencias Básicas: áreas Químicay Geociencias. Investigador en la Agencia Nacional de Investigación e Inno-vación (ANII), MEC, Uruguay. Miembro de comisiones directivas deSociedades Científicas de Toxicología y Geología Médica. Punto focal deUruguay para la Red IBEROARSEN (CYTED), 2006-2009. Autora ycoautora de más de 100 trabajos científicos, publicaciones y capítulos de libros.

Silvia Sara Farías,59 años, argentina, doctora en Química de la Universidadde Buenos Aires. Ha desarrollado su actividad profesional en la ComisiónNacional de Energía Atómica. Actualmente, su investigación se orienta a laaplicación de metodologías analíticas de última generación para la evaluaciónde contaminación metálica y órgano metálica en matrices medioambientales,farmacéuticas, biológicas y alimentos. Participó en 20 proyectos de investigaciónnacionales e internacionales. Ha publicado más de cuarenta trabajos enrevistas científicas y en cuatro libros y ha realizado más de ciento cincuentapresentaciones en congresos nacionales e internacionales.

Virginia Sampaio Teixeira Ciminelli, brasileira, graduada em EngenheiraQuímica e mestre em Engenharia Metalúrgica e de Minas pela UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG) e doutora em Processamento Mineral pelaUniversidade da Pensilvânia (EUA). Pesquisadora nível 1A do CNPq;professora titular do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiaisda UFMG. Foi coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologiaem Recursos Minerais, Água e Biodiversidade (INCT-Acqua); membrotitular da Academia Brasileira de Ciências; agraciada com a Ordem Nacionaldo Mérito Científico, Classe de Comendador (2011), com o Alumni Achievement Award da Universidade da Pensilvânia (2004) e com o PrêmioFUNDEP (2008). Possui mais de duzentas publicações e já realizousupervisão de 43 teses e dissertações (concluídas).

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 225/239

CATEGORIA INICIAÇÃO CIENTÍFICA – MENÇÃO HONROSA

Lisandra Magali Delvalle Guillen(autora del trabajo) , 17 años, paraguaya,estudiante del segundo año del bachillerato técnico en Contabilidad en el

Colegio Nacional San Miguel Arcángel de Caacupé (Paraguay).

Carmen Saucedo de Villalba(profesora-orientadora del trabajo ), 53 años,paraguaya. Licenciada en Ciencias de la Educación por la Facultad deFilosofía de la Universidad Nacional de Asunción, y profesora de CienciasBásicas por el Instituto de Formación Docente de Eusebio Ayala. Históricolaboral: secretaria del Colegio Nacional San Miguel Arcángel (1996);directora del Colegio Nacional San Miguel Arcángel (1997-2010); y cate-drática de Ciencias Naturales y Salud, Educación Escolar Básica y EducaciónMedia, Colegio Nacional San Miguel Arcángel y Colegio Nacional 8 deDiciembre (1996-2011).

CATEGORIA ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO – MENÇÃO HONROSA

Diego Ariel Onna (autor del trabajo) , 25 años, argentino. Estudiante delicenciatura en Ciencias Químicas en la Facultad de Ciencias Exactas y

Naturales. Docente en el Departamento de Química Inorgánica, Analítica yQuímica Física. Ha participado en diferentes actividades de extensiónuniversitaria como «Expo-UBA», «Semana de la Química», «El Túnel de laCiencia», entre otras. Actualmente realiza investigaciones bajo el marco deBeca Estímulo otorgada por la Universidad de Buenos Aires.

 Yanina Susana Minaberry (profesora-orientadora del trabajo ), 38 años,argentina, con doctorado en Química Inorgánica Analítica y Química Físicay Licenciada en Ciencias Químicas de la Universidad de Buenos Aires(Argentina). Docente e investigadora de la Facultad de Ciencias Exactas yNaturales de la UBA. Actualmente becaria posdoctoral del Consejo Nacionalde Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET). Publicaciones: cuatroen revistas internacionales, un capítulo de libro y más de veinte actas de

234

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 226/239

congresos entre nacionales e internacionales. Participante en más de ochoproyectos de investigación, entre nacionales e internacionales. Ha participadoen proyectos de extensión universitaria, brindando talleres a docentes yestudiantes de escuelas medias del país.

CATEGORIA JOVEM PESQUISADOR – MENÇÃO HONROSA

Laédna Souto Neiva, 32 anos, brasileira, possui graduação em Engenhariade Materiais (2005), mestrado em Ciência e Engenharia de Materiais (2007)e doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais (2011) pela UniversidadeFederal de Campina Grande. Atua principalmente nos seguintes temas:síntese de pós cerâmicos (óxidos metálicos) pelos métodos de síntese da

reação de combustão e Pechini; obtenção de partículas nanométricas; e desen-volvimento de catalisadores para as tecnologias de conversão do gás naturalno tocante ao desenvolvimento de formas alternativas de geração de energia.

CATEGORIA INTEGRAÇÃO – MENÇÃO HONROSA

María Isabel Romano, 59 años, argentina. Doctora en Bioquímica, presen-tada en la Facultad de Farmacia y Bioquímica de la Universidad de BuenosAires, Argentina (1986). Posdoctorados: Instituto Pasteur de Paris, Francia,Laboratorio de Biología Celular, 1987-1988; y Nacional Institute for MedicalResearch, London, UK, Mycobacterial Research Division, 1999-2002. Áreascientíficas relevantes: microbiología, biología molecular, biotecnología y saludanimal. Puesto actual: investigadora principal del CONICET.

Angel Adrián Cataldi, 56 años, argentino. Graduado en bioquímica porla Universidad de Buenos Aires y doctor en Ciencias Químicas por la Univer-

sidad de Buenos Aires. Posdoctorado en la Unidad de Antígenos Bacterianosdel Instituto Pasteur de París. Director de 7 tesis doctorales y 3 de maestría.Autor de 109 publicaciones en revistas internacionales con referatos. Profesorde posgrado en Microbiología Molecular de la Universidad Nacional de SanMartín. Instituto de Biotecnología, CNIA-INTA Castelar, Argentina.

Bibiana Felicitas Brihuega de Fernández, 56 años, argentina. Médicaveterinaria, Universidad de Buenos Aires; doctorada en la Facultad de Veteri-naria de la UBA; posgrado en carrera docente universitaria. Responsable del

235

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 227/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 228/239

CONICET. Directora de proyectos de investigación nacionales e internacio-nales. Directora de tres becarios en la actualidad y directora de tres tesis dela UBA finalizadas. Producción científica: 50 publicaciones científicas conreferato, en su mayoría internacionales. Editora asociada de BMC Microbiology.

Federico Carlos Blanco, 33 años, argentino, bioquímico por la UniversidadNacional del Sur de Bahía Blanca. Desde 2005 es estudiante de doctorado(Beca Doctoral INTA) en el Instituto de Biotecnología de Castelar, BuenosAires. Área de trabajo: tuberculosis bovina, centrado en el estudio de larespuesta inmune del animal frente a la infección. Participante en proyectosdel Instituto de Biotecnología de INTA Castelar, BIOTEC Sur y FONARSEC.

Fernando Oscar Delgado, 36 años, argentino, veterinario, magister enBiotecnología (UBA). Área de interés: patología animal. Investigador delInstituto Nacional de Tecnología Agropecuaria (Argentina) y docente dePatología Animal en la Universidad Nacional de Lomas de Zamora y laUniversidad del Salvador. Participante de proyectos nacionales de investigaciónen enfermedades causadas por micobacterias y enfermedades del sistemanervioso central.

Karina Cynthia Caimi, 40 años, argentina, doctora en Ciencias Biológicas

por FCEN-UBA en 2004. Trabaja en el Instituto de Biotecnología, INTA-Castelar como investigadora asistente de CONICET. Su línea principal detrabajo se basa en el estudio de la leptospirosis bovina encarando distintosaspectos de esta enfermedad: la identificación de nuevos antígenos útiles enel diagnóstico, la tipificación molecular de aislamientos y el desarrollo devacunas recombinantes. Publicaciones relacionadas: Identificación de antígenosinmunorreactivos deLeptospira interrogans.Rev. Arg. Microbiol. 41(3):129-33.

Lucas Emilio Vagnoni, 38 años, argentino. Médico veterinario por la

Facultad de Ciencias Veterinarias de la Universidad Nacional de La Plata(1996). Actualmente cursa máster en Ciencia y Bienestar del Animal deLaboratorio en la Universidad Autónoma de Barcelona. Actividad laboral:responsable por la Coordinación Técnica del Área de Boxes de Alta SeguridadBiológica (NBS 2Ag y NBS 3Ag), Campo Experimental y Bioterio, depen-diendo de la Gerencia de Gestión Estratégica de Procesos Complementarios(GGEPC).

237

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 229/239

238

Luis Ernesto Samartino, 57 años, argentino. Formación académica: médicoveterinario, UNLP, La Plata, Provincia Buenos Aires, Argentina (1978).Master of Science, School of Vet. Med. LSU, Baton Rouge, EE. UU. (1989);PhD, School of Vet. Med. LSU, Baton Rouge, EE. UU. (1991). Posición

actual: director del Instituto de Patobiología. INTA-CICVyA-Castelar.Marcelo Cristian Fort, 54 años, argentino, Médico Veterinario por laFacultad de Ciencias Veterinarias UNLP (1982). Formación en el diagnósticode laboratorio en virología y bacteriología, Laboratorios Regionales de losServicios de Salud Animal de Múnich y Oberschleissheim en Alemania(1991-1992). MSc International animal Health, Royal (Dick) School of Veterinary Science en Edimburgo (Escocia) (2000-2002). Historia laboral:Asesor médico veterinario de la Cooperativa Agropecuaria de Estela (1982-

1983); becario del Instituto Nacional de Investigaciones Agropecuarias, EEAAnguil (1983-1987); encargado del laboratorio de enfermedades infecciosasdel área de Salud Animal de la EEA Anguil (1987-2008); jefe de grupo deSanidad y Mejoramiento Animal de la EEA Anguil (2008 en adelante).

María Fiorella Alvarado Pinedo, 36 años, argentina, graduada comomédica veterinaria y bacterióloga clínica e industrial en la Facultad deCiencias Veterinarias (FCV) de la Universidad Nacional de La Plata (UNLP),Argentina. Trabaja como veterinaria y bacterióloga en el área de microbio-logía del CEDIVE de la FCV UNLP. Plan de tesis doctoral en cienciasveterinarias: «Posibilidades diagnósticas de la PPD aviar en la paratuberculosisbovina en animales jóvenes», en realización. Participa en el proyecto de incen-tivos de la UNLP «Estudios de campo y experimentales sobre diagnóstico ycontrol de enfermedades de rumiantes en su contexto productivo (Parte III)».Docente universitario en la carrera de Ciencias Veterinarias (FCV-UNLP)en los cursos de Enfermedades de los Rumiantes y Cerdos, Clínica y Sanidadde Rumiantes, Histología, Biología Celular y Embriología Veterinaria.

María José Federica Gravisaco, 43 años, argentina. Título universita-rio: bioquímica, Facultad de Farmacia y Bioquímica de la UBA, 1992.Máximo título académico: doctora en Inmunología por la Universidad deBuenos Aires, mayo de 2002. Lugar de trabajo actual: profesional responsabledel área de Citometría de Flujo en el Instituto de Biotecnología, Centro deInvestigaciones en Ciencias Veterinarias y Agronómicas (CICVyA), InstitutoNacional de Tecnología Agropecuaria, INTA-Castelar. Investigadora delgrupo de trabajo de virus animales del Instituto de Biotecnología.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 230/239

María Laura Mon, 28 años, argentina. Licenciada en Ciencias Biológicas,recibida en la Facultad de Ciencias Exactas y Naturales de la UBA endiciembre de 2008. Actualmente realiza la tesis de doctorado en el Institutode Biotecnología del Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria, INTA-

Castelar, en el Laboratorio de Paratuberculosis Bovina bajo la dirección de laDra. María Isabel Romano.

María Verónica Bianco, 34 años, argentina. Títulos de grado: microbióloga;técnica de laboratorio, Universidad Nacional de Río Cuarto. DoctoradoUBA en curso. Tema de tesis: Desarrollo y evaluación de candidatos a vacunascontra la tuberculosis bovina. Directora: Dra. Fabiana Bigi. Cargo obtenido:personal profesional de planta no permanente del Instituto de Biotecnología,INTA, enero de 2008.

María Virginia Meikle, 43 años, natural de Uruguay con nacionalidadargentina. Doctorado en ciencias veterinarias por la Universidad Nacionalde La Plata (1995-1997). Posdoctorado en caracterización de proteínas demembrana externa deMycobacterium tuberculosis , Departamento de Micro-biología, Universidad de Alabama, EE. UU. (2010-2011). Actualmentetrabaja en el Laboratorio de Tuberculosis, Biotecnología, INTA-Castelar, enla caracterización de una proteína de membrana de micobacterias.

Sergio Gabriel Garbaccio, 38 años, argentino. Médico veterinario egresadoen 1998 de la Facultad de Ciencias Veterinarias de la Universidad Nacionalde La Plata. En 2009 obtuvo el título de magíster con orientación en Biotec-nología en la Facultad de Bioquímica y Farmacia de la UBA. Responsable delLaboratorio de Micobacterias del Instituto de Patobiología. Forma parte deproyectos de investigación en los temas concernientes al «diagnóstico ydesarrollo de vacunas» para el control y prevención de la tuberculosis. Realizaapoyo al medio productivo, a través de un servicio de diagnóstico especializado

en la enfermedad.

Silvina Elizabeth Wilkowsky, 44 años, argentina, casada, dos hijas. Doctoraen Biología por la UBA (1999). Es investigadora adjunta en el CONICETdesde 2009 y Prof. Int. en Microbiología Molecular, Universidad Nacionalde General San Martín desde 2000. En los últimos cinco años ha presentado34 resúmenes en congresos nacionales e internacionales. Tiene 18 publica-ciones en revistas internacionales con referato y ha recibido 11 subsidioscomo investigadora y 4 becas para su formación profesional. Desempeñó

239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 231/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 232/239

Universidade Federal de Pelotas e Diretor do Centro de DesenvolvimentoTecnológico dessa universidade. Tem experiência na área de Microbiologia,com ênfase em Biologia Molecular, atuando principalmente no desenvol-vimento de vacinas recombinantes. É membro da Comissão Técnica Nacional

de Biossegurança do MCT desde 2010; Coordenador Adjunto da Área deBiotecnologia da CAPES; e Coordenador do Comitê Assessor de CiênciasBiológicas da FAPERGS.

Guillermo Giménez Bareiro, 31 años, paraguayo, médico veterinarioegresado de la Facultad de Ciencias Veterinarias de la Universidad Nacionalde Asunción (año 2006). Docente y miembro de las cátedras de Microbio-logía e Inmunología y de Enfermedades Infecciosas y Contagiosas delsegundo y tercer curso respectivamente de la carrera de Ciencias Veterinarias,profesional del Departamento de Microbiología de la Facultad de CienciasVeterinarias U.N.A., curso de posgrado en Diagnóstico de enfermedadesanimales en la Facultad de Veterinaria (UNLP-Argentina), participante delBIOTECSUR.

 Juan Guillermo Cantero Portillo, 29 años, natural de Venezuela y naciona-lidad paraguaya. Médico veterinario egresado de la Facultad de CienciasVeterinarias de la Universidad Nacional de Asunción, promoción del 2006.

Actualmente se desempeña como técnico especializado del Departamentode Microbiología e Inmunología, auxiliar de enseñanza de las cátedras deMicrobiología e Inmunología (segundo curso) y Enfermedades Infecciosas yContagiosas del tercer curso de la carrera. Forma parte del grupo de partici-pantes del Proyecto BIOTECSUR. Actualmente se encuentra participandode la segunda serie del Programa ELFS «Executive Leadership in Food Safety ».

María Teresa Rovira Díaz de Bedoya, 53 años, paraguaya, doctora en

Ciencias Veterinarias con magister en Planificación y Proyectos. Docenteinvestigador a tiempo completo con dedicación exclusiva de la Facultad deCiencias Veterinarias de la Universidad Nacional de Asunción (FCV-UNA),con especialidades en proyectos de desarrollo, evaluación de impactoambiental y un diplomado en Gestión de la Innovación. Actualmente a cargodel Departamento de Gestión y Planificación de Proyectos, con variostrabajos de investigación y publicaciones en revistas arbitradas y de materialesdidácticos en biofísica y metodología de la investigación para la FCV-UNA.Idiomas: español, inglés, portugués y guaraní.

241

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 233/239

242

Alejandra Suanes Martínez, 35 años, uruguaya. Educación: doctora enMedicina y Tecnología Veterinaria (2005), Licenciada en Biología-Biotecno-logía (2006), magíster en Salud Animal (2011). Actividad profesional:técnico profesional de la Dirección de Laboratorios Veterinarios del

Ministerio de Ganadería Agricultura y Pesca (2006-presente) y asistentede investigación del Departamento de Bioestadística e Informática de laUniversidad de la República, Facultad de Veterinaria (2001-presente). Autoray coautora de 17 publicaciones y 7 conferencias en actividades científicasy congresos.

Alvaro Jorge Nuñez Alesandre, 50 años, uruguayo, doctor en Medicina yTecnología Veterinaria, MSc en Salud Animal. Posición actual como directorde la División de Laboratorios Veterinarios, DILAVE «Miguel C. Rubino»,de la Dirección General de Servicios Ganaderos del Ministerio de Ganadería,Agricultura y Pesca. Publicaciones: «Paratuberculosis bovina en ganadolechero en la cuenca sur del país», tesis de maestría del posgrado en SaludAnimal de la Facultad de Veterinaria, Universidad de la República Orientaldel Uruguay, mayo de 2006; Prevalencia de las principales enfermedadesinfecciosas que afectan el comportamiento reproductivo en la ganadería decarne y caracterización de los establecimientos de cría en el Uruguay, RevistaVeterinaria Vol. 40, n.º 157, enero-marzo de 2005, indexada en: Vet-CD/ 

BEASTCD; Estudios epidemiológicos de Fiebre Aftosa en Uruguay 2001-2002, Núñez A., Gil A., Vitale E. en Seminario Internacional sobre uso deherramientas seroepidemiológicas y virológicas en la vigilancia de FiebreAftosa COSALFA. PANAFTOSA, 10 y 11 de marzo de 2003, Santiago,Chile; Prevalence of Serum Antibodies to Bovine Herpesvirus-1 and BovineViral Diarrhoea Virus in Beef Cattle in Uruguay. H. Guarino, A. Núñez,M.V. Repiso, A. Gil, D.A. Dargatz. Preventive Veterinary Medicine 85(2008) 34.

Andrés Domingo Gil Rodríguez, 61 años, uruguayo. Profesor titular delDepartamento de Bioestadística de la Facultad de Veterinaria, Universidad dela República (Uruguay). Coordinador de la Unidad de Epidemiología de losServicios Veterinarios Oficiales del Uruguay. Después de recibir el títulode doctor en veterinaria de la Universidad de la República, trabajó en laDirección de Lucha contra la Fiebre Aftosa desde 1979 hasta 1988. Luegoobtuvo los títulos de Master of Science y PhD de la Universidad deMinnesota, retornando al trabajo en la Universidad de la República y en

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 234/239

los Servicios Veterinarios. Desde el 2002, es el coordinador de la Unidad deEpidemiología a cargo de la planeación, diseño y análisis de los programas devigilancia de las principales enfermedades de los animales. Es profesor titularde la Universidad de la República y los principales temas de su interés están

relacionados con la vigilancia, prevención, control y erradicación de fiebreaftosa, brucelosis, tuberculosis, paratuberculosis, inocuidad de alimentos ybienestar animal. Ha sido consultor de corto plazo en proyectos relacionadoscon la epidemiología, bioestadística y sistemas de información para IAEAy FAO en varios países: Argentina, Bolivia, Brasil, Perú, Paraguay y México.En el 2004 recibió el premio «Distinguished Leadership Award forInternationals» de la Universidad de Minnesota.

 José Miguel Piaggio Mazzara, 49 años, uruguayo. Formación académi-ca: doctor en Medicina y Tecnología Veterinaria de la Facultad de VeterinariaUdeLaR (1993). Maestría en Salud Animal de la Facultad de VeterinariaUdeLaR (2006). Estudiante de doctorado en Salud Animal Facultad deVeterinaria UdeLaR (2009). Áreas de actuación: bioestadística y epidemio-logía. Producción científica: 12 artículos publicados en revistas científicas,2 libros y capítulos de libros publicados y 62 trabajos en eventos yproducción técnica.

243

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 235/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 236/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 237/239

247

Professor Eduardo Falabella Sousa-Aguiar, Representante da RECyT/Brasil

Engenheiro químico, graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro,com mestrado e doutorado em Processos Catalíticos pela COPPE/UFRJ.Possui especializações na Universidade Técnica de Viena, Áustria; na Universi-

dade de Brunel, Inglaterra; e no Centro de Pesquisas da AKZO-Nobel emAmsterdam, Holanda. Atualmente é professor da Escola de Química da UFRJe consultor sênior do CENPES/Petrobras, além de autor de trezentostrabalhos internacionais, dois livros e várias patentes, tendo recebido diversosprêmios nacionais e internacionais.

Professor Fernando Luiz Araújo Sobrinho, Representante da RECyT/Brasil

Brasileiro, geógrafo (licenciatura e bacharelado), mestre em Arquitetura e

Urbanismo pela Universidade de Brasília, doutor em Geografia pelaUniversidade Federal de Uberlândia. Atuou como professor, pesquisador econsultor em diversas instituições públicas e privadas. Na esfera pública,atuou como consultor e pesquisador na Empresa Brasileira de Turismo(EMBRATUR), no Ministério do Turismo (MTur), no Instituto de PesquisaEconômica Aplicada (IPEA), na Secretaria de Turismo e na Secretaria deDesenvolvimento Urbano e Habitação do Governo do Distrito Federal,Brasil. Orientou trabalhos de graduação e pós graduação. Atualmente é

professor do Departamento de Geografia no Instituto de Humanidades daUniversidade de Brasília.

Professor Jose Henrique de L. C. Dieguez Barreiro, Representante daRECyT/Brasil

Engenheiro mecânico pela UERJ, com mestrado em Engenharia de Produçãopela COPPE/UFRJ e doutorado em Administração e Economia de Empresaspela Universidade de Salamanca (Espanha). Atua como analista em ciência

e tecnologia no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil emtemas relacionados a inovação tecnológica, políticas públicas para P&Dempresarial e integração universidade-empresa. É professor assistente naUniversidade Católica de Brasília, atuando como docente e pesquisador emtemas de empreendedorismo e inovação, gestão estratégia e jogos de empresascom uso de simulação por computador. Essas atividades profissionais estãorelacionadas ao CNPq, American Bureau of Shipping, CENPES-Petrobrás,Petrobrás Distribuidora.

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 238/239

7/21/2019 Trabalho Unesco Pechini e Combustao.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-unesco-pechini-e-combustaopdf 239/239

Tecnologias para odesenvolvimento sustentável