Streptococcus · GBS – estreptococos grupo B GAS – estreptococos grupo A • Gram-positivo,...
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StreptococcusStreptococcus
S. Grupo viridans
S. agalactiae
S. pyogenes
S. pneumoniae
Rebecca Lancefield
Carbohidratos de superfície
GBS – estreptococos grupo B
GAS – estreptococos grupo A
• Gram-positivo, cocos lanceolados (cocos alongados com uma curvatura ligeiramente pontiaguda)• Geralmente encontram-se em pares (diplococos)• Células têm um diâmetro de 0.5 to 1.25µm• Não móveis, não esporulados• Fermentador e aerotolerante, forma ácido láctico como principal produto• Hidroliza a inulina (característica diferencial)
Streptococcus pneumoniae
• Não produz catalase• >90 serotipos baseados na cápsula polissacarídica• O ácido teicóico é o “polissacárido-C"
Streptococcus pneumoniae
• Microrganismo fastidioso, cresce melhor em 5% CO2
• Cultivado habitualmente em gelose sangue
• Algumas estirpes exibem um melhor crescimento em condições de anaerobiose
• Crescimento requer uma fonte de catalase (ex:sangue)para neutralizar a elevada quantidade de H2O2 produzida
Hemólise Streptococcus Streptococcus pneumoniae
Morfologia do crescimento em placa
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Streptococcus pneumoniae
Difícil distinguir de outros estreptococos “viridans ”
Streptococcus pneumoniaeSolubilidade em sais de bílis (desoxicolato)
Activação das autolisinas (LytA)
Streptococcus pneumoniaeSusceptibilidade à optoquina
Streptococcus pneumoniaeSusceptibilidade à optoquina
Streptococcus pneumoniaePresença de um polisacárido capsularReacção de Quellung
94 serotipos reconhecidos actualmente
Agrupados em 48 serogrupos
Ex: 19F, 19A, 19B e 19C
Existência de vaccinas
Conjugadas que estão a alterar os serotipos
Único nicho ecológico nasofarínge humana
Streptococcus pneumoniae
Causa infecções
sinusite
otite
conjuntivite
pneumonia
bacteriémia
meningite
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Streptococcus pneumoniaeTransmissão por aerosóis
Streptococcus pneumoniae
Otite média
Pneumonia
Bacteriémia
Meningite
Severidade da infecção
Mod
erad
aG
rave
Número de casos por ano
(EUA)
5 milhões
71.000
13.000
700
Prevalência
Aum
enta
Streptococcus pneumoniae
• Uma causa major de mortalidade e morbilidade a nível mundial – Mais de 1 milhão de mortes anualmente
devidas a pneumonia• Incidência da infecção varia a nível global• Grupos de maior risco:
– Bebés e crianças < 2 anos de idade – Adultos > anos de idade
A pneumonia é “The Old Man's Friend” (Sir William Osler)
Streptococcus pneumoniaePneumonia
• 175,000 hospitalizações por ano
• S. pneumoniae responsável:
– 45% de pneumonias adquiridas na comunidade
– 50% de pneumonias relacionadas com cuidados de saúde
•5%–7% taxa mortalidade, mais elevada nos idosos
•Bacteriémia!
Streptococcus pneumoniaePneumonia
• Sangue
• Expectoração
Streptococcus pneumoniaeMeningite
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Meningite
Sequela % dos sobreviventes (%)
Um ou mais deficits neurológicos
30
Atraso mental 19
Perda de audição permanente 17–31
Doença convulsiva 15
Paralisia 11
Streptococcus pneumoniaeMeningite
Streptococcus pneumoniae
• Sangue
• Líquido cefalo-raquídeo (LCR, liquor)
Sinusite
Streptococcus pneumoniae
30% to 40% das sinusites (todas as idades) são causadas por S. pneumoniae
Otite média
Streptococcus pneumoniae
• Otite média aguda > 20 milhões de consultas médicas anuais – ~ 80% das crianças nos EUA tiveram pelo
menos um episódio com < 3 anos
– ~ 50% tiveram > 3 episódios com< 3 anos
– ~ 5 millhões casos são causados por S.pneumoniae1
Streptococcus pyogenes(Grupo A de Lancefield)
Streptococcus pyogenes Aspectos epidemiológicos
• Coloniza o aparelho respiratório superior (15% - 20% crianças e adultos jovens) e transitoriamente a pele
• Sobrevive longo tempo em superfícies secas
• Transmissão por via aérea (faringite) ou contacto directo (pele lesada)
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Streptococcus pyogenes Factores de virulência
Componentesestruturais
• Cápsula• Ácido lipoteicoico• Proteína M
• Proteína F
Toxinas / enzimas• Toxinas
pirogénicas• Estreptolisina S
• Estreptolisina O• Estreptoquinase
• DNAse• Peptidase C5a
Streptococcus pyogenes Factores de virulência
Streptococcus pyogenesInfecções mais frequentes
• Amigdalite / Faringite• Escarlatina
• Infecções cutâneas (impétigo, erisipela, celulite)
• Sindroma do choque tóxico• Fasceíte necrotizante
• Febre reumática• Glomerulonefrite aguda
Streptococcus pyogenesAmigdalite e Escarlatina
Streptococcus pyogenesImpétigo
Streptococcus pyogenesErisipela
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Streptococcus pyogenesChoque tóxico
Streptococcus pyogenesFasceíte necrosante
Streptococcus pyogenesGlomerulonefrite aguda Febre reumática
Streptococcus pyogenes Resistência aos antibióticos
• Penicilina – não descrita!• Macrólidos • Resultante de modificação do alvo
metilação ribossómica (genes erm). Fenotipo MLSB -Resistência a macrólidos, lincosamidas e estreptograminas
• Resultante de efluxoefluxo activo (genes mef). Fenotipo M
- Resistência a macrólidos (eritromicina, claritromicina, azitromicina)
Streptococcus agalactiae(Grupo B de Lancefield)
Streptococcus agalactiae Aspectos epidemiológicos
• Coloniza orofaringe, intestino e vagina (10% a 30% das grávidas)
• Transmissão ao recém-nascido durante a gravidez ou no parto
• Maior risco de infecção:- ruptura prematura de membranas- trabalho de parto prolongado- prematuridade- mãe com infecção por S. agalactiae
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Streptococcus agalactiae
Resistência à opsonização e fagocitose
CápsulaProteína C – alfa e beta
C5a peptidase
Invasão
Hialuronidase
C5a peptidase
Aderência
C5a peptidase
Factores de virulência
Streptococcus agalactiaeInfecções mais frequentes
Período neonatal• Infecções neonatais precoce e tardia
(meningite, septicémia, pneumonia)
Mulher grávida• Infecção pós-parto (endometrite)• Infecção urinária
Adulto não grávida• Infecção urinária• Bacteriémia • Infecções pele e tecidos moles• Outras infecções piogénicas
Streptococcus agalactiaeGrávida colonizadaGastrointestinal / Urogenital
Colonização do Recém-nascido
Doença de início precoce
Septicémia
Pneumonia
Doença de início tardio
Meningite
Streptococcus agalactiaeFactores de risco associados ao hospedeiroFactores de risco associados ao hospedeiro
Raça negraIdade materna <20
anosDoença crónica
Parto pré-termo Baixo peso à nascençaÍndices baixos de AC
capsulares específicos
Ruptura prematura de membranas
Grande intervalo entre ruptura das membranas
e expulsão
Amnionite, febre intraparto
Parto prévio com doença por GBS
Bacteriúria com GBS durante a gravidez
actual
Colonização materna vagino-rectal com GBS
Streptococcus agalactiaeSerotipos capsulares
Ia, Ib, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX
•• III e V:III e V: EUA, Canadá, Zimbabwe,EUA, Canadá, Zimbabwe,França, Turquia, Reino Unido,França, Turquia, Reino Unido,Rep. Checa, Argentina, PortugalRep. Checa, Argentina, Portugal
•• IV:IV: Emirados Árabes UnidosEmirados Árabes Unidos
•• VI e VIII:VI e VIII: JapãoJapão
Streptococcus agalactiaeTerapêutica das infecções
• Penicilina
• Penicilina + Aminoglicosídeo nas infecções graves
• Ampicilina ou Nitrofurantoína na Infecção Urinária
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Streptococcus agalactiaeProfilaxia das infecções
• Rastreio da colonização vaginal nas grávidas (35 - 37ª semana)
• Nas grávidas colonizadas ou em situações de risco aumentado: administração de antibiótico intra-parto (penicilina, amoxicilina, clindamicina, cefazolina, vancomicina)
• Vacina conjugada em desenvolvimento
Género Streptococcus Diagnóstico laboratorial
• Colheita correcta do produto mais adequado
• Exame directo e / ou cultural• Identificação microbiana
• Antibiograma nas espécies em que há resistências
Tempo médio de resposta - 1 a 2 dias
Streptococcus
Enterococcus
Rebecca Lancefield
Carbohidratos de superfície
estreptococos grupo D
Enterococcus faecium (5-10% infecções)
Enterococcus
Enterococcus faecalis (90% infecções)
Enterococcus faecium
Enterococcus
Enterococcus faecalis
Em sangue de cavalo!
Em sangue de carneiro!
Enterococcus faecium
Enterococcus
Enterococcus faecalis
Cresce em meio de MacConkey!
Cresce em meios com elevado teor salino
Cresce numa gama alargada de temperaturas (10-45ºC)
Cresce em meios suplementados com sais biliares e hidrolisa a esculina
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Enterococcus faecium
Enterococcus
Enterococcus faecalis
Comensais do aparelho digestivo
Pouco virulentos
Muito resistentes
Infecções
Associadas a cuidados de saúde
Em imunocomprometidos
Enterococcus faecium
Enterococcus
Enterococcus faecalis
Infecções
Aparelho urinário
Associadas à ferida operatória
Da pele e tecidos moles
Bacteriémia Catéteres
Endocardite
Enterococcus faecium
Enterococcus
Enterococcus faecalis
Intrinsecamente resistentes a baixas concentrações penicilina
CIM 4µg-16µg/ml
Intrinsecamente resistentes às cefalosporinas
Intrinsecamente resistentes aos monobactamos
Enterococcus faecium
Enterococcus
Enterococcus faecalis
Intrinsecamente resistentes clindamicina
Testar susceptibilidade a aminoglicosídeos a elevadas concentrações
Estreptomicina e gentamicina
Glicopéptidos
Ligam-se ao terminal D-ala-D-ala do monómero que contitui a parede
Via parentérica
Resistência por alteração do terminal D-ala-D-ala, genes em plasmídeos e transposões (comum em enterococos)
vancomicina e teicoplanina
Glicopéptidos