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SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE NASCIDOS VIVOS (SINASC): UMA FONTE DE DADOS SOBRE ANOMALIAS CONGÊNITAS NOS RECÉM-NASCIDOS DO MUNICÍPIO DE GURUPI-TOCANTINS Daniela Bezerra Sirtoli 1 , Pollyana Ferreira Gama 1 , Naiana Mota 2 Anomalias congênitas são defeitos estruturais ou funcionais que acontecem durante a vida intrauterina, sendo diagnosticada durante a gravidez, no parto ou numa fase posterior. Aproximadamente 3% dos recém-nascidos são portadores de uma ou mais anomalias congênitas, sendo a mesma responsável por 30 a 50% da mortalidade infantil. O objetivo da pesquisa é realizar um levantamento dos dados do SINASC verificando o número de recém-nascidos com anomalias congênitas, os tipos e quantidades no período de 2003 a 2013 no município de Gurupi/Tocantins. Trata-se de uma pesquisa descritiva documental com dados secundários coletados por meio no banco de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) dos anos de 2003 a 2013. Os resultados encontrados na pesquisa foram de 22.811 registros de nascidos vivos no município de Gurupi/TO. Desse número, 54 correspondem aos recém-nascidos com anomalia congênita. As anomalias congênitas com maior frequência foram malformações congênitas e deformidades osteomusculares (Q65-Q64), 22 casos; as malformações congênitas do sistema nervoso (Q00-Q07), 10 casos; outras malformações congênitas (Q80-Q89), 9 casos e as malformações congênitas do aparelho urinário (Q60-Q64), 5 casos. As com o menor número de casos registrados foram as malformações congênitas do aparelho circulatório (Q20-Q28), 2 casos; fenda labial e fenda palatina (Q35-Q37), 3 casos; outras malformações congênitas do aparelho digestivo (Q38-Q45), 1 caso; malformações congênitas dos órgãos genitais (Q50-Q56), 1 caso e anomalias cromossômicas não classificadas em outra parte (Q90-Q99), 1 caso. O Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos tem a missão de rastrear e monitorar o perfil epidemiológico materno infantil no Brasil. Entretanto, a Declaração de Nascidos Vivos (DNV) que alimenta o sistema é subjugada nos hospitais e estabelecimentos de saúde onde se realizam partos. É preciso realizar cursos e formações para conscientizar os profissionais que lidam com o SINASC sobre a importância da DNV. Palavras-chave: Anomalia Congênita. Defeito Congênito. Malformação Congênita. Congenital anomalies are structural or functional defects that occur during intrauterine life, being diagnosed during pregnancy, at birth or at a later stage. Approximately 3% of newborns are carriers of one or more congenital anomalies, which are responsible for 30 to 50% of infant mortality. The objective of the research is to conduct a survey of SINASC data by checking the number of newborns with congenital anomalies, respective types and quantities from 2003 to 2013 in the municipality of Gurupi / Tocantins. This is a documentary descriptive research with secondary data collected through the System Database Information on Live Births (SINASC) during the period of 2003 to 2013. The results of the study were 22,811 records of live births in the municipality of Gurupi / TO. From this, 54 correspond to newborns with congenital anomalies. The most frequent congenital anomalies were congenital malformations and musculoskeletal deformities (Q65-Q64), 22 cases; congenital malformations of the nervous system (Q00-Q07), 10 cases; other congenital malformations (Q80-Q89), 9 cases and congenital malformations of the urinary system (Q60-Q64), 5 cases. The lowest number of registered cases were congenital malformations of the circulatory system (Q20-Q28), 2 cases; cleft lip and cleft palate (Q35-Q37), 3 cases; other congenital malformations of the digestive system (Q38-Q45), 1 case; Congenital malformations of genital organs (Q50-Q56), 1 case and chromosomal abnormalities not elsewhere classified (Q90-Q99), 1 case. The Live Births Information System is an efficient way to track and monitor the mother and child epidemiological profile in Brazil. However the Declaration of Live Birth (DNV) feeding system is subdued in hospitals and healthcare facilities where childbirths are made. It is necessary to carry out courses and trainings to educate professionals who deal with SINASC about the importance of DNV. Key words: Congenital Anomaly. Congenital defect. Congenital malformation. 1 Acadêmica do curso de Bacharel em Enfermagem; Fundação UNIRG; Centro Universitário UnirG; Av. Guanabara nº 1500, quadra 326, lote 11; CEP 77403-080 - Gurupi TO. Email: [email protected], [email protected] 2 Enfermeira Especialista Docente no curso de graduação em Enfermagem da Fundação UNIRG, Centro Universitário UnirG; Av. Guanabara nº 1500, quadra 326, lote 11; CEP 77403-080 - Gurupi TO. Email: [email protected]

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Daniela Bezerra Sirtoli1, Pollyana Ferreira Gama1, Naiana Mota2 Anomalias congênitas são defeitos estruturais ou funcionais que acontecem durante a vida intrauterina, sendo diagnosticada durante a gravidez, no parto ou numa fase posterior. Aproximadamente 3% dos recém-nascidos são portadores de uma ou mais anomalias congênitas, sendo a mesma responsável por 30 a 50% da mortalidade infantil. O objetivo da pesquisa é realizar um levantamento dos dados do SINASC verificando o número de recém-nascidos com anomalias congênitas, os tipos e quantidades no período de 2003 a 2013 no município de Gurupi/Tocantins. Trata-se de uma pesquisa descritiva documental com dados secundários coletados por meio no banco de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) dos anos de 2003 a 2013. Os resultados encontrados na pesquisa foram de 22.811 registros de nascidos vivos no município de Gurupi/TO. Desse número, 54 correspondem aos recém-nascidos com anomalia congênita. As anomalias congênitas com maior frequência foram malformações congênitas e deformidades osteomusculares (Q65-Q64), 22 casos; as malformações congênitas do sistema nervoso (Q00-Q07), 10 casos; outras malformações congênitas (Q80-Q89), 9 casos e as malformações congênitas do aparelho urinário (Q60-Q64), 5 casos. As com o menor número de casos registrados foram as malformações congênitas do aparelho circulatório (Q20-Q28), 2 casos; fenda labial e fenda palatina (Q35-Q37), 3 casos; outras malformações congênitas do aparelho digestivo (Q38-Q45), 1 caso; malformações congênitas dos órgãos genitais (Q50-Q56), 1 caso e anomalias cromossômicas não classificadas em outra parte (Q90-Q99), 1 caso. O Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos tem a missão de rastrear e monitorar o perfil epidemiológico materno infantil no Brasil. Entretanto, a Declaração de Nascidos Vivos (DNV) que alimenta o sistema é subjugada nos hospitais e estabelecimentos de saúde onde se realizam partos. É preciso realizar cursos e formações para conscientizar os profissionais que lidam com o SINASC sobre a importância da DNV.

Palavras-chave: Anomalia Congênita. Defeito Congênito. Malformação Congênita.

Congenital anomalies are structural or functional defects that occur during intrauterine life, being diagnosed during pregnancy, at birth or at a later stage. Approximately 3% of newborns are carriers of one or more congenital anomalies, which are responsible for 30 to 50% of infant mortality. The objective of the research is to conduct a survey of SINASC data by checking the number of newborns with congenital anomalies, respective types and quantities from 2003 to 2013 in the municipality of Gurupi / Tocantins. This is a documentary descriptive research with secondary data collected through the System Database Information on Live Births (SINASC) during the period of 2003 to 2013. The results of the study were 22,811 records of live births in the municipality of Gurupi / TO. From this, 54 correspond to newborns with congenital anomalies. The most frequent congenital anomalies were congenital malformations and musculoskeletal deformities (Q65-Q64), 22 cases; congenital malformations of the nervous system (Q00-Q07), 10 cases; other congenital malformations (Q80-Q89), 9 cases and congenital malformations of the urinary system (Q60-Q64), 5 cases. The lowest number of registered cases were congenital malformations of the circulatory system (Q20-Q28), 2 cases; cleft lip and cleft palate (Q35-Q37), 3 cases; other congenital malformations of the digestive system (Q38-Q45), 1 case; Congenital malformations of genital organs (Q50-Q56), 1 case and chromosomal abnormalities not elsewhere classified (Q90-Q99), 1 case. The Live Births Information System is an efficient way to track and monitor the mother and child epidemiological profile in Brazil. However the Declaration of Live Birth (DNV) feeding system is subdued in hospitals and healthcare facilities where childbirths are made. It is necessary to carry out courses and trainings to educate professionals who deal with SINASC about the importance of DNV.

Key words: Congenital Anomaly. Congenital defect. Congenital malformation.

1 Acadêmica do curso de Bacharel em Enfermagem; Fundação UNIRG; Centro Universitário UnirG; Av. Guanabara nº 1500, quadra 326, lote 11; CEP 77403-080 - Gurupi – TO. Email: [email protected], [email protected]

2 Enfermeira Especialista Docente no curso de graduação em Enfermagem da Fundação UNIRG, Centro Universitário UnirG; Av. Guanabara nº 1500, quadra 326, lote 11; CEP 77403-080 - Gurupi – TO. Email: [email protected]

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1. INTRODUÇÃO

Anomalia congênita é toda anomalia bioquímica, estrutural ou funcional presente no nascimento. Podendo manifestar de forma visível ou não visível, diagnosticada apenas com a realização de exames mais complexos (SILVA, SILVA e VIANA, 2011).

É uma realidade documentada que os índices de óbitos na infância devido às causas infecciosas vêm decrescendo, em contrapartida houve o aumento da proporção de mortes ligadas aos defeitos congênitos. Este dado também pode ser constatado no Brasil, onde ocorreu entre 1980 e 2000 um grande declínio de óbitos por causas infecciosas e respiratórias, deslocando-se as malformações congênitas de quinta para segunda causa de mortalidade infantil (HOROVITZ, 2006).

Castro et al (2006) firma que aproximadamente 3% dos recém-nascidos são portadores de apenas um ou mais defeitos congênitos, sendo responsáveis por 20% da mortalidade neonatal e 30 a 50% da mortalidade infantil nos países subdesenvolvidos. A Organização Mundial da Saúde, a Sociedade Brasileira de Genética Clínica e a Sociedade Brasileira de Genética, estimam que 5% das gestações terá como desfecho o nascimento de uma criança com algum tipo de anomalia congênita ou doença genética repercutindo no seu desenvolvimento e qualidade de vida (BRASIL, 2012). À frente deste cenário questiona-se o número de recém-nascidos com anomalias congênitas no município de Gurupi-Tocantins documentados no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) no período de 2003 a 2013.

A presente pesquisa teve como objetivo realizar um levantamento dos dados do SINASC verificando o número de recém-nascidos com anomalias congênitas, seus respectivos tipos e quantidades no período de 2003 a 2013 no município de Gurupi-Tocantins.

Brasil (2008) assegura que todo nascimento ocorrido no território nacional é monitorado pelo SINASC que é o sistema de informação sobre nascidos vivos, que tem por objetivo coletar, produzir, analisar e divulgar dados sobre os nascidos vivos no Brasil. O

formulário padrão do SINASC é a declaração de nascido vivo (DNV), que o Ministério da Saúde instituiu em 1990. Em 1999 foi incluído na declaração de nascido vivo (DNV) o campo 34, que faz parte do bloco V referente às anomalias congênitas, suscetível de detecção no momento do nascimento. Quando corretamente preenchido, possibilita conhecer e medir a frequência e a natureza desses eventos.

Tendo em vista os crescentes índices de anomalias congênitas tanto no Brasil como no mundo e o surgimento de surtos de anomalias congênitas já conhecidas, porém, causadas por agentes anteriormente não ligados a elas; a atualidade do tema traz fatores importantes que devem ser estudados, como o aumento da mortalidade infantil ligada a defeitos congênitos, atrasos e sequelas no desenvolvimento, aumento dos gastos públicos com a saúde, monitorização e controle dos casos de anormalidades, adaptação familiar, entre outros.

As anomalias congênitas tanto em seres humanos como em animais sempre despertou o interesse da mente humana. Ainda hoje encontramos anomalias congênitas sobre as quais não se sabe a causa específica. Os motivos são de extrema importância para prevenção e tratamento das anomalias. A importância da pesquisa dá-se à medida que a sociedade Gurupiense terá o conhecimento sobre o número de neonato nascido com anormalidades nesses períodos. 2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Conceito e epidemiologia de anomalia congênita

Anomalia congênita é conceituada como uma anomalia estrutural ao nascer, tendo como consequência um desenvolvimento intrauterino anormal. A expressão “defeito congênito” engloba uma definição mais vasta, que inclui toda anomalia funcional ou estrutural, de fatores originados antes do nascimento, seja genético, ambiental ou desconhecido, mesmo quando o defeito não for evidente no recém-nascido e só se manifestar tardiamente (CARDOSO e CORDOBA, 2014).

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Organização Mundial da Saúde (2015) avalia que a cada ano, 276.000 recém-nascidos morrem durante o primeiro mês de vida no mundo, por conta das anomalias congênitas. Os distúrbios congênitos graves de maior frequência são defeitos cardíacos, do tubo neural e síndrome de Down. Gomes e Costa (2012) afirmam que as malformações congênitas estão entre as principais causas de óbitos infantis em países desenvolvidos, razão de 20,0% dos óbitos neonatais e 30 a 50 % dos óbitos perinatais. No Brasil, os óbitos por malformação congênita aumentaram de 4% em 1980 para 6,7% por mil nascidos vivos (NV) em 1990, alcançando 11,4% por mil nascidos vivos em 2000. No ano de 2004, já representava a segunda causa de óbito infantil no país. 2.2 Causas e fatores de risco para anomalias congênitas

É preciso ter um bom conhecimento sobre o desenvolvimento de distúrbios durante o desenvolvimento do feto, que podem ser originados por infecções, teratógenos, desnutrição da gestante, danos imunológicos ou mesmo efeitos da radiação. As etiologias das doenças humanas podem ser consideradas dentro de um amplo aspecto, desde as condições determinadas completamente por fatores genéticos quanto as que são determinadas por fatores ambientais. A maioria das doenças desenvolve de forma intermediária, o indivíduo demostra certa predisposição genética a uma condição, na qual o ambiente influenciará para determinar se vai se desenvolver ou não (FRASER, 2014). Para Cardoso e Cordoba (2014) os agentes físicos, químicos e biológicos podem ser o motivo de inúmeros defeitos congênitos. Entre esses estão medicamentos como fenitoína, ácido valpróico, ácido retinoico, misoprostol, álcool, drogas ilícitas, como por exemplo, a cocaína. Corradini (2003) cita também que as infecções no feto especialmente as virais como rubéolas, herpes, varicela, citomegalovírus, AIDS, influenza e as protozooses, toxoplasmose, malária, doença de chagas podem causar malformações.

Para Fraser (2014) o ambiente intrauterino é considerado um dos principais fatores de risco para o surgimento de anomalias, podendo ter efeitos intensos e permanentes nos fetos em desenvolvimento. As anomalias placentárias são mais detectadas como um fator etiológico nos transtornos neuroevolutivos, como no caso de paralisia cerebral.

As anomalias congênitas podem ser de origem fetal ou materna. Fatores maternos que elevam o risco de causar anomalias por deformações incluem mãe pequena, útero pequeno, malformações uterinas, mãe primigesta ou oligoidrâmnio. Já os fatores fetais podemos citar gestação múltipla, feto grande, outras anomalias fetais e hipomobilidade fetal (SCHAEFER e THOMPSON, 2015).

2.3 Classificação das anomalias congênitas

Segundo Schaefer e Thompson (2015) anomalias congênitas podem ser classificadas em deformação, disrupção e displasia. Deformação é uma força mecânica aplicada nas estruturas que se desenvolveriam normalmente. Disrupção são defeitos originados devido à ausência de células. As displasias significam má formação, ocorre um desenvolvimento anormal das células e tecidos.

Na CID-10 (classificação Internacional de doenças) as malformações congênitas estão classificadas de acordo com o sistema fisiológico atingido. São eles: sistema nervoso, circulatório, digestivo, geniturinário, osteomuscular, malformação de face, cabeça, pescoço. Acrescentando outras malformações que não se enquadram nesses sistemas (REIS, 2010).

2.4 Prevenção de anomalia congênita

Para a Organização Mundial de Saúde (2015) existem algumas medidas de prevenção contra defeitos congênitos, como por exemplo, vacinação, ingestão suficiente de ácido fólico e iodo pela fortificação de alimentos básicos ou de fornecimento como suplemento e a consulta de pré-natal adequada.

A sustentação da rede de atendimento para detecção e aconselhamento genético clínico no Sistema Único de Saúde (SUS) possibilita a

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diminuição da morbidade e mortalidade ligada às anomalias congênitas. Quando se especializa o atendimento, há redução da demanda, os níveis de saúde são melhorados e a morte no primeiro ano de vida é evitada. Como forma para prevenir anomalias congênitas, ações têm sido planejadas, umas mais fáceis e de rápida execução, outras mais complexas. Entre essas ações podemos citar a imunização contra rubéola, consulta pré-natal para identificar possíveis fatores de risco, exames para identificar toxoplasmose, rubéola e doenças sexualmente transmissíveis (DST) e exames de teor mais complexos e específicos, quando necessários para identificar precocemente defeitos congênitos (GOMES e COSTA, 2012).

2.5 Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC)

No começo da década de 90, os únicos registros de nascimento que se tinham no Brasil eram exclusivamente do Sistema de Registro Civil. Estes continham somente os nascimentos que eram comunicados em cartório, com níveis variáveis de maneiras de registrar de acordo com as regiões do país. Contudo, o Ministério da Saúde notou a necessidade de informação sobre os nascimentos vivos com maior qualidade para que se pudessem realizar as estatísticas de saúde, epidemiologia e demografia. Em 1990, o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) foi implantado no Brasil pelo Ministério da Saúde. Sendo um sistema de amplitude nacional e tendo as Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde como responsáveis por ele (PEDRAZA, 2012).

O Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) tem por objetivo coletar, produzir, analisar e divulgar dados sobre os nascidos vivos no país. O documento padrão que alimenta o SINASC é a Declaração de Nascido Vivo (DNV). Instituída em 1990 pelo Ministério da Saúde é obrigatória sua emissão para os nascidos vivos, em qualquer das circunstâncias em que ocorreu o parto: hospitais, maternidades, serviços de urgência e emergência, residência, ambientes públicos, meios de transporte (BRASIL, 2008).

O Departamento de Informática do SUS elaborou o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) pretendendo agrupar informações epidemiológicas referentes aos nascimentos informados em todo país. Segundo o DATASUS os benefícios do SINASC são: auxiliar nas intervenções à saúde da mulher e da criança em todos os níveis do Sistema Único de Saúde (SUS) e ações de atenção à gestante e ao recém-nascido. O sistema funciona a partir da declaração de nascimento, que é informatizada e se tem a geração de arquivos de informações em diversas extensões para serem analisadas em outros aplicativos; ocorre continuamente a retroalimentação das informações em municípios diferentes da residência do paciente; deve-se ter também o controle da distribuição das declarações de nascimento em esferas municipais, regionais, estaduais e federais e a transmissão de dados é automática, gerando a tramitação de forma ágil e segura entre os níveis municipal, estadual e federal (DATASUS, 2016).

A Declaração de Nascido Vivo foi criada em 1990, é um documento padronizado pelo Ministério da Saúde (MS) e utilizado em todo o país. Seu uso é obrigatório para realizar o registro civil de todas as crianças. Os formulários da DNV já estão pré-numerados, apresentam-se em três vias e somente são preenchidos para os recém-nascidos vivos independentemente do local de nascimento, seja hospitais, maternidades, serviços de urgência e emergência, domiciliar, locais públicos, carros ou qualquer meio de transporte (BRASIL, 2010).

Os formulários da Declaração de Nascidos Vivos seguem um determinado fluxo, as três vias vão para os seguintes destinos: a primeira via (Via Branca) deve ser encaminhada ou recolhida pela secretaria municipal de saúde, a segunda via (Via Amarela) entregue à família, para que se possa levar ao cartório para realizar o registro de nascimento e a terceira via (Via Rosa) ficará arquivada no prontuário da mãe no serviço de saúde em que aconteceu o parto. Em casos de partos domiciliares com assistência médica, a DNV vai ser preenchida por um profissional de saúde que conduzirá a primeira via (branca) para a secretaria municipal de saúde, a segunda via (amarela) será dada ao responsável legal, para

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obter a certidão de nascimento no Cartório de Registro Civil e a terceira via (rosa), também será entregue ao responsável legal, para depois apresentar na unidade básica de saúde na primeira consulta do recém-nascido (BRASIL, 2004).

2.6 O profissional de enfermagem frente às anomalias congênitas

Diferentes reações podem apresentar os profissionais de enfermagem ao cuidar de um recém-nascido com anomalia congênita. Devido ao fato de que cada indivíduo tem seu modo de agir e sentir de acordo com sua construção social, juízos e valores. Alguns estudos retratam reações desses profissionais tais como a insegurança, medo de realizar os procedimentos, de machucar, de não manipular corretamente, de a criança sentir dor. De certo modo não é agradável, pois pode assustar, além de não ser fácil visualizar essas anormalidades (MELO e PACHECO, 2013).

A assistência própria prestada à criança com malformação congênita necessita de treinamento técnico, profissionais com sensibilidade e habilidade. O que o faz ser capaz de perceber e intervir na dimensão biopsicossocial e espiritual, da criança e da família (SANTOS e DIAS, 2005).

Tal qual afirma Melo e Pacheco (2013), o cuidado de um recém-nascido com defeitos congênitos é um desafio para toda a equipe de enfermagem, pois são os profissionais de enfermagem que são responsáveis pela sistematização da assistência e pelo processo ininterrupto do cuidar. A relação dos profissionais de enfermagem com a família do RN é de extrema importância, pois possibilita ainda mais o envolvimento e a construção de um vínculo afetivo entre profissional/família/recém-nascido.

Em consoante com Santos e Dias (2005), a conduta da equipe multiprofissional deve ser específica e de qualidade à frente de recém-nascidos com malformação congênita. Deste modo, fica explícita a importância do conhecimento sobre anomalias congênitas pelos enfermeiros e todos os membros da equipe. Sendo eles responsáveis por orientar os pais e

familiares, dando abertura para que os mesmos possam esclarecer suas dúvidas sobre as anomalias e tenham coragem de participar do cuidado prestado aos seus filhos. 3. METODOLOGIA 3.1 Tipo de pesquisa

Este trabalho é descritivo documental. Foram levantados os dados de todos os nascidos vivos com anomalias congênitas no município de Gurupi/Tocantins no período de 2003 a 2013. Utilizamos para obter esse efeito, dados secundários coletados do banco de dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) mediante o Departamento de Informações do Sistema Único de Saúde (DATASUS). 3.2 Seleção e coleta de material bibliográfico

Foi realizada uma pesquisa documental, tendo como fonte de dados os documentos oficiais do Ministério da Saúde (MS), disponibilizado gratuitamente e livremente pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Portarias ministeriais e manuais, para profissionais de saúde, relacionados ao tema, também foram consultados. O DATASUS desenvolveu o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) para reunir dados epidemiológicos referentes aos nascimentos informados em todo o território nacional. O sistema é sustentado pelas informações contidas na Declaração de Nascido Vivo (DNV), que são distribuídas em todos os estabelecimentos de saúde e cartórios do país, sendo a mesma de preenchimento obrigatório para todos os nascidos vivos. As secretarias de saúde recolhem as DNVs e alimentam o sistema. Foram utilizados artigos científicos, teses de mestrados, trabalhos apresentados em congressos e livros. Pesquisados em bases online como Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS). Utilizamos os seguintes descritores de saúde: anomalias congênitas, anormalidades ao nascimento, defeitos congênitos, malformação

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congênita. Foram selecionados os materiais dos últimos 10 anos.

Fizemos um levantamento de dados sobre os tipos e quantidade de casos registrados de anomalias congênitas em recém-nascidos vivos do município de Gurupi/Tocantins através da página online do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) por meio do DATASUS selecionando os períodos de 2003 a 2013, tipos de anomalias congênitas e conteúdo de nascimentos por ocorrência. Foi excluída toda literatura que ultrapasse os últimos 10 anos e anomalias em natimorto. 3.3 Procedimentos metodológicos

A pesquisa documental é a pesquisa feita com base na documentação primária como, por exemplo, os questionários, entrevistas, formulários ou secundária, que é resultado da extração de produtos de origem de outras publicações oficiais ou privadas encontradas em arquivos de uma ou várias fontes (LOPES, 2006). 3.4 Análise e interpretação dos dados

Nesta pesquisa, os dados encontrados referentes às anomalias congênitas no município de Gurupi/Tocantins segundo o SINASC foram descritos ano a ano e posteriormente organizados segundo a classificação já estabelecida pelo Sistema de Informação Sobre Nascidos Vivos

(SINASC) e suas quantidades demonstradas. Sendo organizados e apresentados em tabelas e gráficos do Programa Word e Excel (Microsoft Word e Excel, 2010) para melhor representação dos dados adquiridos. Como também em alguns dados foram utilizados os métodos de cálculos para porcentagem simples, o que fez com que os valores pudessem ser apresentados em formas diversas. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Ocorrência de anomalias congênitas no município de Gurupi/Tocantins

Na Figura 1 podemos observar que na época selecionada da pesquisa (últimos 10 anos), verificou-se 22.811 registros de nascidos vivos no município de Gurupi. Desse total, 54 correspondem aos recém-nascidos com algum tipo de anomalia congênita, ou seja, 0,24%.

Na Tabela 1, constatamos que os quatro anos em que houve os maiores números de casos registrados de recém-nascidos com anomalias congênitas ocorreram nos anos de 2011, com 18 casos; 2004 com 10 casos; 2012, com 9 casos e 2013 com 8 casos notificados. Os anos em que ocorreu o menor número de casos registrados foram: 2003, com 1 caso; 2005, com 1 caso; 2007, com 2 casos e 2009 com 2 casos. Cabe ressaltar que nos anos de 2008 e 2010 não houve nenhum caso registrado.

Tabela 1- Proporção de anomalias congênitas em recém-nascidos no município de Gurupi-Tocantins, no período de 2003 a 2013 por ano de ocorrência, publicada pelo MS/SVS/DASIS- Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC).

Ano Nascidos Vivos Nascidos Vivos com

anomalias Proporção

2003 1.967 1 0,05%

2004 1.942 10 0,51%

2005 2.092 1 0,04%

2006 2.056 3 0,14%

2007 1.980 2 0,10%

2008 2.131 0 0%

2009 1.896 2 0,10%

2010 2.011 0 0%

2011 2.337 18 0,77%

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2012 2.333 9 0,38%

2013 2.066 8 0,38%

TOTAL 22.811 54 0,24%

Fonte: Dados organizados pelas autoras a partir do MS/SVS/DASIS ‐ Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC).

Figura 1- Representação gráfica dos recém-nascidos vivos do município de Gurupi-Tocantins e a parcela portadora de anomalias congênitas, do período de 2003 a 2013 tendo como fonte: Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Fonte: Dados organizados pelas autoras a partir do MS/SVS/DASIS ‐ Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC).

4.2 Ocorrências por tipo de anomalias congênitas no município de Gurupi/Tocantins

Na Tabela 2 encontramos o total de cada

tipo de anomalia congênita do município de Gurupi/Tocantins entre 2003 e 2013, registrado e publicado pelo DATASUS por meio do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. Seguindo a ordem de classificação do CID-10 (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde).

As anomalias congênitas registradas com maior frequência foram malformações congênitas e deformidades osteomusculares (Q65-Q64), com um total de 22 casos; malformações congênitas do sistema nervoso (Q00-Q07), com 10 casos; outras malformações congênitas (Q80-Q89), com 9 casos

e as malformações congênitas do aparelho urinário (Q60-Q64), com 5 casos.

As anomalias congênitas com o menor número de casos registrados foram as malformações congênitas do aparelho circulatório (Q20-Q28), com 2 casos; fenda labial e fenda palatina (Q35-Q37), com 3 casos; outras malformações congênitas do aparelho digestivo (Q38-Q45), com 1 caso; malformações congênitas dos órgãos genitais (Q50-Q56), com 1 caso e anomalias cromossômicas não classificadas em outra parte (Q90-Q99), com 1 caso registrado.

Tabela 2- Caracterização das anomalias congênitas segundo CID-10. Ed. em recém-nascidos do município de Gurupi-Tocantins, do período de 2003 a 2013, segundo MS/SVS/DASIS- Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos.

Código Sistemas e Órgãos acometidos Frequência Percentual (%)

Q00-Q07 Malformações congênitas do sistema nervoso

10 18,51%

Q20-Q28 Malformações congênitas do aparelho circulatório

2 3,70%

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Q35-Q37 Fenda labial e fenda palatina 3 5,55%

Q38-Q45 Outras malformações congênitas do aparelho digestivo

1 1,85%

Q50-Q56 Malformações congênitas dos órgãos genitais

1 1,85%

Q60-Q64 Malformações congênitas do aparelho urinário

5 9,25%

Q65-Q79 Malformações e deformidades congênitas do sistema

osteomuscular

22 40,74%

Q80-Q89 Outras malformações congênitas 9 16,66%

Q90-Q99 Anomalias cromossômicas não classificadas em outra parte

1 1,85%

TOTAL

54

100,00%

Fonte: Dados organizados pelas autoras a partir do MS/SVS/DASIS ‐ Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC).

A Figura 2 representa de forma distinta a

quantidade de cada tipo de anomalias congênitas de acordo com o SINASC, referente ao município de Gurupi/Tocantins no período de 2003 a 2013; valores demonstrados em porcentagem simples. Nota-se que as de maiores ocorrências são as malformações e deformidades congênitas do sistema osteomuscular, as quais representam 41%

do total de anomalias documentadas; seguida pelas malformações congênitas do sistema nervoso, que são 18% e por outras malformações que são 17%. As de menores frequências são outras malformações do aparelho digestivo e a malformação congênita dos órgãos genitais, cada uma representa 2%.

Figura 2- Percentual das anomalias congênitas segundo CID-10. Ed. em recém-nascidos do município de Gurupi-Tocantins, do período de 2003 a 2013, segundo MS/SVS/DASIS- Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. Fonte: Dados organizados pelas autoras a partir do MS/SVS/DASIS ‐ Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos ‐ SINASC.

O estudo realizado por Ramos et al (2008) com o objetivo de estimar a prevalência de

malformações congênitas em recém-nascidos do Hospital Geral Prado Valadares no município de Jequié-BA, constatou que 71% dos óbitos

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ocorridos entre os recém-nascidos são devido a malformações específicas do sistema nervoso.

As anomalias congênitas dos lábios surgem por volta da 4ª a 8ª semana de gestação e as malformações congênitas do palato aparecem por volta da 6ª a 10ª semana de gestação. As anomalias com maior frequência na região perioral são as fendas labiais. Podendo apresentar de forma unilateral ou bilateral. E ainda são capazes de estar ou não associadas às fendas palatinas. Já se tratando das fendas palatinas elas são as anomalias mais constantes da cavidade oral. Podendo aparecer de modo unilateral, bilateral ou mediana. Manifesta-se de maneira variada, desde fendas completas onde há comunicação com a cavidade nasal até uma simples úvula bífida (BRASIL, 2008).

Segundo Silva e Santos (2004) as fissuras lábio palatinas são oriundas de uma má formação congênita que ocorre em momentos embriológicos diferentes, podendo ser originadas por diversos agentes, destacando-se a hereditariedade, fatores tóxicos, infecciosos, estresse emocional, radiação ionizante e algumas drogas.

Brasil (2008) explica que são diversos os tipos de pé torto. Em alguns casos o problema do desvio pode ou não ser reduzido por manobras manuais. É definido que pé torto é uma anomalia congênita do membro inferior devido à falta de movimentação adequada durante a gestação.

As malformações do tubo digestivo só são diagnosticadas após 24 horas. As DNVs devem ser recuperadas para serem descritos os tipos de anomalias. Entre as diversas malformações que podem existir no aparelho digestivo, podem ser citadas como exemplo a atresia de esôfago, ausência da úvula, malformação congênita do palato, macroglossia, megacolo congênito, ânus ectópico entre outros (BRASIL, 2008).

As malformações congênitas do aparelho geniturinário são defeitos diagnosticados ao passar as primeiras 24 horas; portanto, é de extrema importância prestar atenção para que se possa realizar o registro fidedigno na DNV. Exames de imagem são essenciais para a correta identificação (BRASIL, 2008).

Um estudo sobre a avaliação das declarações de nascido vivo como fonte de informação sobre defeitos congênitos em um

hospital público do município de São Paulo no período de 01/01/2006 a 30/06/2006, publicado em 2009, verificou que a anomalia mais prevalente segundo o SINASC foi a malformação congênita e deformidades do aparelho osteomuscular, representando 44,7%.

De acordo com Brasil (2012) o sistema osteomuscular é um grupo muito propenso a anomalias congênitas, pois seu desenvolvimento é muito complexo. As anomalias nesse sistema são, em sua grande parte, fáceis de identificar ao exame clínico. A radiografia, por exemplo, é um importante exame para o correto diagnóstico e caracterização das anomalias.

Uma pesquisa realizada por Ramos et al (2008) sobre a prevalência de malformações congênitas em recém-nascidos em hospital da rede pública corrobora que as malformações dos órgãos genitais exibiram 75% dos casos para hipospádia e 25% para sexo indeterminado ou pseudohermafroditismo.

Brasil (2012) explica a definição de hipospádia como sendo determinada pela abertura da uretra na face ventral do corpo pênis. Já o sexo indeterminado é caracterizado pela ambiguidade genital ao nascimento que não possibilita a definição imediata do sexo fenotípico, ao realizar o exame clínico. Podendo envolver hermafroditismo ou pseudo-hermafroditismo feminino e masculino.

Os dado sobre a presença de anomalias congênitas pode sofrer com algumas variáveis como, por exemplo, as anomalias mais complexas e inaparentes, pois as mesmas apresentam menores chances de serem diagnosticadas a tempo de serem registradas na DNV, enquanto as mais evidentes podem ser mais fáceis para diagnosticar e registrar na DNV. Outra razão é por não haver um diagnóstico confirmado das anomalias complexas no pós-parto imediato, uma vez que quando normalmente é realizado o preenchimento da DNV, a possibilidade de se realizar o registro inadequado do campo 34 é grande, contribuindo para a menor segurança na utilização desse dado do SINASC (GABRIEL, 2014).

Em um estudo feito por Nhoncanse e Melo (2012) sobre a confiabilidade da Declaração de Nascido Vivo como fonte de informação sobre os

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defeitos congênitos no Município de São Carlos, São Paulo, Brasil, verificaram-se alguns erros como de acurácia e precisão, envolvidos principalmente a transcrição do tipo de anomalia congênita do prontuário para a DNV, o processo de codificação e a alimentação do SINASC, prejudicando a credibilidade da DNV como fonte de informações sobre as anomalias congênitas.

O mesmo estudo sugere que para aprimorar o SINASC, é importante o envolvimento das Secretarias Municipais de Saúde, uma vez que esse é o local que codifica e alimenta o sistema. Outro ponto fundamental é a capacitação dos profissionais que preenchem a DNV, as quais poderiam ser realizadas a partir de orientações sobre a importância e o funcionamento da DNV. Contudo, o SINASC é capaz de se tornar um ótimo sistema para monitorar e vigiar as anomalias congênitas no Brasil 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O tema de recém-nascidos acometidos por anomalias congênitas nos faz repensar o quanto é doloroso para os acometidos por anomalias congênitas e suas famílias. Principalmente para as mães que sofrem diariamente com os diagnósticos dados e tratamentos submetidos, mas sempre com a esperança de seus filhos terem a melhor recuperação possível. Ao iniciarmos as buscas no banco de dados do SINASC, despertou-nos a atenção e a preocupação, o baixo número de notificações no município de Gurupi/Tocantins. Uma vez que o hospital regional do município é dado como referência para encaminhamento nos pequenos municípios vizinhos. Como também por ser um município considerado grande no estado com o número populacional de 82.762 habitantes segundo o IBGE (XXXX). População essa que não tem até o momento aconselhamentos genéticos disponibilizados pelo SUS. O aconselhamento genético reduz o número de recém-nascidos com anomalias congênitas, assim como a mortalidade neonatal por essas causas. Contudo, no município são realizadas cirurgias para correção em recém-nascidos com fenda labial e fenda palatina. Uma ação que modifica para melhor a qualidade de vida das crianças e suas famílias.

O Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos é uma maneira eficiente para rastrear e monitorar o perfil epidemiológico materno infantil no Brasil. Entretanto, a Declaração de Nascidos Vivos (DNV) que é responsável por alimentar o SINASC é subjugada nos hospitais e estabelecimentos de saúde onde se realizam partos, quando são preenchidas de qualquer maneira ou deixam os campos sem preencher. Cabe ressaltar a questão diagnóstica, diversas vezes o diagnóstico não acontece até o preenchimento da DNV havendo subnotificação por ser a DNV o único instrumento de quantificação para os dados nacionais. Os dados do sistema passam a não ter confiabilidade, repercutindo de forma negativa na formação das políticas públicas de saúde que ajudam a população a ter acesso à saúde. É necessário disponibilizar cursos e formações para a conscientização da importância da DNV com os profissionais responsáveis, assim também dispor de uma maior fiscalização da DNV como, por exemplo, se os dados que nela foram preenchidos conferem com os dos prontuários.

Cabe ressaltar que são raros os estudos sobre anomalias congênitas no estado do Tocantins utilizando os dados do SINASC. Perde-se muito sem realizar pesquisas nessa linha, pois a população não tem o conhecimento desse sistema e das inúmeras informações que o mesmo disponibiliza livre e gratuitamente. Os profissionais e estudantes da área da saúde têm em mãos uma fonte de dados segura para verificar as informações do perfil epidemiológico materno infantil do estado do Tocantins e de todo o Brasil. Assim, podem planejar ações educativas, produzir pesquisas por meio desses dados, ministrar cursos e formações, aumentar a divulgação de informação, realizar ações de prevenção, entre outros.

6. REFERÊNCIAS BRASIL, Lei nº 12.662, de 5 de junho de 2012. Assegura validade nacional à Declaração de Nascido Vivo - DNV regula sua expedição, altera a Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e dá outras providências. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília, 5 de junho de 2012. 191º da Independência e 124º da República. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-

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