Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 16 - Edição 164 - março 2018 … · 2018-10-01 · como...

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Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 16 - Edição 164 - março 2018 - [email protected] • Editorial...............................Pág 02 • Ante os Pequeninos...........Pág 02 Importância da Afetividade..Pág 03 • Como estás?.......................Pág 03 • Tudo Novo..........................Pág 04 • Sob a Luz do Evangelho....Pág 04 • Mural de Recados..............Pág 05 • Movimento Espírita.............Pág 06 • Movimento Espírita.............Pág 07 • ESPIRITIMO... e ponto.......Pág 08 • Não só Justiça......................Pág 09 • Luz da Alma........................Pág 10 • A Roda da Vida...................Pág 10 • Parasitose Mental e Vampirismo .. ..............................................Pág 11 • Informação Espírita............Pág 12

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Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 16 - Edição 164 - março 2018 - [email protected]

• Editorial...............................Pág 02• Ante os Pequeninos...........Pág 02• Importância da Afetividade..Pág 03• Como estás?.......................Pág 03• Tudo Novo..........................Pág 04• Sob a Luz do Evangelho....Pág 04• Mural de Recados..............Pág 05• Movimento Espírita.............Pág 06• Movimento Espírita.............Pág 07• ESPIRITIMO... e ponto.......Pág 08• Não só Justiça......................Pág 09• Luz da Alma........................Pág 10• A Roda da Vida...................Pág 10• Parasitose Mental e Vampirismo ................................................Pág 11• Informação Espírita............Pág 12

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EXPEDIENTEO IDEALISTAÓrgão de divulgação do Movi-mento Espírita da Região de Jaú.Editado pela USE - União das So-ciedades Espíritas - Regional Jaú.Órgão da USE - União das So-ciedades Espíritas do estado de São Paulo.

Jornalista Responsável:

Rodrigo Galvão CastroMTb 25.315

Coordenador:

Alvaro Francisco [email protected]

Diretor:

Secretário: Sônia Marli Albino Vernier

Diretor Tesoureiro:

Antonio Aparecido Rossi

Conselho de Redação:

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Martha Triandafelides [email protected]

Diagramação e Impressão:Gráfica e Editora Rimi Ltda. R. Angelo Piva, 471 - Brotas - SPFone (14) [email protected]

Só serão publicadas matérias que estiverem de acordo com a orien-tação doutrinária do Jornal. Os originais dos artigos que não forem publicados não serão de-volvidos aos seus autores.Correspondência para este jornal enviar para: Rua General Izidoro nº 453 - sala 6Cep 17.207-270 - Jaú / [email protected]

O Idealista

Editorial

SINAL VERDE (pelo Espírito André Luiz)

A criança é uma edificação espiritual dos responsáveis por ela.

Não existe criança nem uma só que não solicite amor e auxílio, educação e entendimento.

Cada pequenino, conquanto seja, via de regra, um espírito adulto, traz o cérebro extremamente sensível pelo fato de estar reiniciando o trabalho da reencarnação, tornando-se, por isso mesmo, um observa-dor rigorista de tudo o que você fala ou faz.

A mente infantil dar-nos á de volta, no futuro, tudo aquilo que lhe dermos agora.

Toda criança é um mundo espiritual em construção ou reconstrução, solicitan-do material digno a fim de consolidar-se.

Ajude os meninos de hoje a pensar com acerto dialogando com eles, dentro das normas do respeito e sinceridade que você espera dos outros em relação a você.

A criança é um capítulo especial no livro do seu dia-a-dia.

Não tente transfigurar seus filhinhos em bibelôs, apaixonadamente guarda-dos, porque são eles espíritos eternos, como acontece a nós, e chegará o dia em que despedaçarão perante você mesmo quaisquer amarras de ilusão.

Se você encontra algum pirralho de maneiras desabridas ou de formação inconveniente, não estabeleça censura, reconhecendo que o serviço de reeduca-ção dele, na essência, pertence aos pais ou aos responsáveis e não a você.

Se veio a sofrer algum prejuízo em casa, por depredações de pequeninos travessos, esqueça isso, refletindo no amor e na consideração que você deve aos adultos que respondem por eles.

Ante os Pequeninos

Toda mudança gera de alguma forma, apreensões, inconstâncias e uma certa instabilidade; pois nos obriga a deixamos a zona de con-forto, aquele local que dominamos, que temos pleno controle, que sabe-mos como agir e interagir.

A perspectiva de elevação da Terra para o nível de regeneração, já programado por Jesus, vai ocor-rendo dia a dia, e, se analisarmos o momento que vivemos, fácil é re-conhecer que estamos como num grande banquete, que está chegan-do ao fim, vale tudo. Tudo é possí-vel e tudo posso fazer sem que me responsabilize na totalidade pelos acontecimentos. Sempre é possível passar ou dividir a responsabilidade com alguém. Quando não temos esse alguém perto, co-dividimos com Deus.

Todos os acontecimentos, a vio-lência exacerbada, o não cumpri-mento das leis organizadas pelos próprios homens, a corrupção que assola em todos os níveis, em todas as culturas e em todos os povos; os programas televisivos que exploram pessoas de baixa cultura ou que mos-tram e expõe a sexualidade; progra-mas que tem por premissa explorar as situações mais constrangedoras e bizarras da população, são os campe-ões de audiência. As festas regadas a bebida, drogas e sexo, são procura-das por jovens de maneira alucinada, e tão alucinados ficam que nada re-cordam de onde estiveram e o que fizeram, muitos ainda chegando ao

óbito por over doses de drogas e ál-cool, verdadeiros suicidas.

Qual alunos rebeldes, grande parcela da população, parece não estar ligada ou interessada nas mu-danças, e menos ainda naquilo que Jesus nos orienta, muito antes de sua vinda a este orbe. A lei de evo-lução será realizada, e os infratores contumazes, os detratores, deverão adaptar-se ou irão realizar a tarefa evolutiva em outros orbes.

Somos, certamente, os trabalha-dores da última hora. Após esse ci-clo muitos aqui não retornarão.

Necessário é, serenarmos nosso coração e nossa mente e trabalhar-mos intimamente a correção que se faz necessário a cada dia. Qual ocorre na esfera simples da Natureza, acon-tece no reino complexo da alma.

A terra, sob a pressão do arado, rasga-se e dilacera-se, no entanto, a breve tempo, de suas leiras retifica-das brotam flores e frutos deliciosos.

A árvore, em regime de poda, perde vastas reservas de seiva, des-nutrindo-se e afeando-se, todavia, em semanas rápidas, cobre-se de nova robustez, habilitando-se à be-leza e à fartura.

A água humilde abandona o aconchego da fonte, sofre os im-positivos do movimento, alcança o grande rio e, depois, partilha a gran-deza do mar.

A corrigenda é sempre rude, desagradável, amargurosa; mas, na-queles que lhe aceitam a luz, resulta sempre em frutos abençoados de experiência, conhecimento, com-preensão e justiça.

A terra, a árvore e a água supor-tam-na, através de constrangimento, mas o Homem, campeão da inteli-gência no Planeta, é livre para recebe--la e ambientá-la no próprio coração.

O problema da felicidade pes-soal, por isso mesmo, nunca será resolvido pela fuga ao processo re-parador. Ninguém dará testemu-nho de nós pelo que parecemos, pela superficialidade de nossa vida, pela epiderme de nossas atitudes ou expressões individuais percebi-das ou apreciadas de passagem, mas sim pela substância de nossa cola-boração no progresso comum, pela importância de nosso concurso no bem geral.

Exterioriza-se a correção celeste em todos os ângulos da Terra.

Não percas, portanto, a tua precio-sa oportunidade de aperfeiçoamento.

A dor e o obstáculo, o trabalho e a luta são recursos de sublimação que nos compete aproveitar. Aceita a correção, que, “na verdade, toda correção, no presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” – (Paulo – Hebreus, 12:11)

Árvore alguma será conhecida ou amada pelas aparências exteriores, mas sim pelos frutos, peja utilidade, pela produção. Assim também nos-so espírito em plena jornada...

- “Pelos frutos os conhecereis” — disse o Mestre.

- “Pelas nossas ações seremos co-nhecidos” - repetiremos nós.

(base – Fonte Viva – Emmanuel)Boa Leitura

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Como vai você?

Uma pergunta que escutamos quase todos os dias, porém, a resposta nem sempre é simples.

Geralmente respondemos: — Tudo bem! Mesmo quando não está, mas é uma expressão quase mecânica, apenas para fazer a ma-nutenção das questões sociais.

O Idealista Página 03

Roosevelt Andolphato TiagoBarra Bonira - SP

Como em todas as questões que a criatura humana enfrenta, no sentido de ainda estar distan-te das realizações mais elevadas no campo do amor, da moral e da espiritualidade, desenvolver o afeto, que é o primeiro passo para a vivência do amor incondi-cional, é tarefa das mais árduas.

O alimento afetivo é essencial para o equilíbrio do ser huma-no. Apesar dessa relevância, a humanidade terrena estagia nos primeiros degraus do aprendi-zado relativo a questões da vida afetiva.

Várias abordagens podemos fazer, iniciando dizendo que a afetividade é inerente ao desen-volvimento dos valores do Espí-rito na sua caminhada milenar na aquisição de sua maturidade. Conflitos e frustrações, traumas e carências, culpas e ódios, in-disciplina e revolta, seja dessa ou de outras existências carnais, são os componentes principais de quem não conseguiu estabilizar sua vida emocional e psíquica, sendo essas “feridas do coração” que irão determinar inibições nas relações interpessoais.

Assim, conhecer a fundo as

nossas emoções, através do processo do autoconhecimen-to, tão falado e decantado, e que poucos se propõem a realiza-lo, reeducar as nossas tendências, adquirindo, grada-tivamente, o controle sobre as reações emocionais, exercitar a sensibilidade, são medidas de extrema profilaxia para o de-senvolvimento afetivo.

A inteligência é um atribu-to do Espírito. Muito embora alguns animais já tenham uma espécie de inteligência, o que na verdade nos difere dos mes-mos é que detemos a capaci-dade de pensar com continui-dade e de decidir sobre nossas ações. Em assim sendo, força descomunal tem o afeto sobre a inteligência dos raciocínios, manifestando a intuição, a fé e a capacidade de escolha em sintonia com o bem. Porém, a educação do coração no estágio em que nos encontramos conta com os empecilhos acima no-minados para o exercício do Amor, já que o afeto é o cami-nho para ele.

Numa obra maravilhosa de Ermance Dufaux, intitulada “Laços de Afeto”, capítulo 8, ela nos orienta que “de todos

os meios que dispomos para o de-senvolvimento do afeto em nós, o mais relevante é a reeducação da sensibilidade, nos habituando a olhar o mundo, a natureza, os acontecimentos, as pessoas, sob uma ótica reflexiva, pelas vias da “meditação espontânea”, buscando sempre os “porquês” de tudo, ain-da que a princípio, não tenhamos condições de compreender com profundidade em nossas análises.” Trocando em miúdos, e para uma fácil compreensão, precisamos aprender a sensibilizar-nos com os dramas da vida, com a dor alheia, com a fome de milhões, com as ocorrências desastrosas por toda parte, pelo abandono dos seres, pela carência do outro, por tudo enfim, que saia do nosso próprio mundo, dos nossos desejos, das nossas necessidades.

Há que se ressaltar que sensibili-dade não se confunde com emotivi-dade ou comoções sentimentalistas que, muitas vezes, são manifesta-ções do afeto comprometido pelos traumas, culpas e frustrações.

A elevação espiritual nos leva ao desenvolvimento da sensibili-dade que sempre ilumina o ra-ciocínio, levando-nos a entender os motivos subjetivos de cada um e, assim, impedindo de nos abstermos das preciosas lições evangélicas do perdão, da tole-rância e da solidariedade e, mais do que isso, da compreensão, único meio seguro de entender-mos as razões e os porquês da conduta de cada um.

Assim, concluindo o que de-sejaria externar, desenvolver o afeto em nós é de extrema rele-vância para que possamos me-lhorar as nossas relações inter-pessoais, seja qual for o campo em que elas acontecerem.

Como é possível depreen-der, temos um longo caminho a percorrer para que tenhamos relações mais saudáveis, menos complicadas, menos recheadas de melindres e incompreensões, menos destoantes com o senti-mento de Amor autêntico, fonte de saúde e vitalidade para todos.

Porém, por mais estranho que pareça, nem mesmo nós, muitas vezes, temos condições de responder a esta questão de forma clara, pois saber “como estamos” implica em profunda reflexão.

Para ilustrarmos essa ques-tão, imaginemos nosso extintor de incêndios que fica debaixo do banco do carro, praticamen-te esquecido por anos... Caso alguém nos pergunte: — Você tem um extintor? – geralmente responderemos que sim... sem perceber que ele se encontra vencido há anos e, sendo assim, sem condições de uso.

Mas seguimos a vida, cer-tos de que temos o extintor, até que um dia, diante de um acidente qualquer, necessita-mos utilizar esse dispositivo e aí vem a surpresa:

Descobrimos que NUNCA ti-vemos um extintor!

Francisco Cândido Xavier, psi-cografou uma mensagem do Es-pírito Couto e Silva na seguinte trova:A crise que te procura.Furtando-te os dons da pazÉ a benção que Deus te enviaPara saber como estás.

O que aprendemos com isso é que se estamos vivendo um mo-mento de calmaria, tranquilidade na vida, não temos condições de saber como estamos, afinal, para viver quando tudo vai bem, não precisamos de muito!

Somente os momentos de cri-ses é que sabemos, na realidade, como estamos.

São as dores e as crises que nos mostram como está:

A nossa resistência no bem.A nossa capacidade de manter o bom ânimo.A nossa confiança na Providên-cia Divina.A nossa vontade de vencer.A nossa capacidade de manter pensamentos elevados.A nossa inteligência para encon-trar soluções.O nosso equilíbrio emocional.A nossa paciência para esperar.A nossa fé em Deus...

Afinal, esses elementos apenas se revelam quando são necessá-rios. Quando não necessitamos deles, não sabemos se os possu-ímos.

Conclusão: quando a vida estiver tranquila, sem desafios e em absoluta paz e alguém lhe perguntar: — Como estás?

Responda: — Não sei!

A importância da AfetividadeMartha Triandafelides CapelottoJaú / SP

Como estás?

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O IdealistaPágina 04

A Terra hoje, segue mais ra-pidamente para

a transformação em mundo de regeneração.

Essa transformação não será da Terra, mas sim da população que aqui se estabeleceu (encar-nados e desencarnados).

Somos aprendizes impacientes e devido a isso a bondade Divi-na nos prepara a cada momento de acordo com nossa evolução, concedendo-nos o tempo de encarnação necessário para que essa evolução se processe e vá se solidificando, de acordo com o aprendizado que ainda temos por

fazer. Porém, ainda há irmãos que não acreditam nessa transforma-ção, justificando que a Terra se tornará pior do que se apresenta, com exacerbação ao extremo dos sentimentos negativos.

Vivem na Terra, mas não estão olhando para os acontecimentos, veem somente as tragédias huma-nas e como profetas do apocalip-se tingem nas cores mais intensas os quadros cotidianos.

É como ter um copo cheio de água e derramar dele a metade. Lamentam a metade perdida e não dão importância à metade que sobrou.

Assim, é comum observarmos crentes inquietos, utilizando os sagrados recursos da oração para que se perpetuem situações injustificáveis, somente porque envolvem certas vantagens ime-diatas para suas preocupações egoísticas. Essa atitude mental

constitui resolução muito grave.A regeneração nos leva a bus-

car uma transformação interior, que se expresse no exterior. Trazer Cristo para dentro de nossa cons-ciência, renova a criatura e é essa a base da regeneração. Cristo ain-da vive nos altares das diversas re-ligiões espalhadas pela Terra, é o exemplo máximo da bondade de Deus para conosco, mas ainda O deixamos nos altares, não permi-tindo que adentre ao nosso cora-ção e ainda mais, nos recusamos a vivermos plenamente de acordo com seus ensinamentos contidos no evangelho.

Paulo de Tarso nos alerta que; “Assim é que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. – (2ª epístola aos Coríntios – cap 5 v. 7)”.

É necessário nos renovarmos diariamente buscando prati-car os ensinamentos do Cristo, quebrando as barreiras da nossa mente egoística, pré-histórica, trazendo para patamares das exi-gências atuais onde partilhe soli-dariedade e fraternidade.

Cristo ensinou a paciência, a

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMOCAPÍTULO III – HÁ MUITAS MORADAS NA

CASA DE MEU PAI

PROGRESSÃO DOS MUNDOS19. O progresso é lei da Natureza. A essa lei todos os seres da Cria-

ção, animados e inanimados, foram submetidos pela bondade de Deus, que quer que tudo se engrandeça e prospere. A própria destrui-ção, que aos homens parece o termo final de todas as coisas, é apenas um meio de se chegar, pela transformação, a um estado mais perfeito, visto que tudo morre para renascer e nada sofre o aniquilamento.

Ao mesmo tempo em que todos os seres vivos progridem mo-ralmente, progridem materialmente os mundos em que eles ha-bitam. Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferen-

tes fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos destinados e constituí-lo, vê-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso. Marcham assim, paralelamente, o progresso do ho-mem, o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habita-ção, porquanto nada em a Natureza permanece estacionário. Quão grandiosa é essa ideia e digna da majestade do Criador! Quanto, ao contrário, é mesquinha e indigna do seu poder a que concentra a sua solicitude e a sua providência no imperceptível grão de areia, que é a Terra, e restringe a Humanidade aos poucos homens que a habitam! Segundo aquela lei, este mundo esteve material e moral-mente num estado inferior ao em que hoje se acha e se alçará sob esse duplo aspecto a um grau mais elevado. Ele há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que, de orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens serão di-tosos, porque nele imperará a lei de Deus.

Santo Agostinho. (Paris, 1862)

Alvaro Francisco ButtignonJaú - SP

Tudo Novo

tolerância, mas nunca determinou que seus discípulos estabelecessem acordo com os erros que infelici-tam o mundo. Devido a esse ensi-namento, foi à cruz e legou o últi-mo testemunho de não violência, mas também de não acomodação com as trevas em que se compraz a maioria das criaturas.

Não se engane o crente sobre o caminho que lhe compete trilhar.

Em Cristo tudo deve ser reno-vado. O passado delituoso estará morto, as situações de dúvida te-rão chegado ao fim, as velhas co-gitações do homem carnal darão lugar a vida nova em espírito, onde signifique sadia reconstru-ção para o futuro eterno.

É contrassenso valer-se do nome de Jesus para tentar a con-tinuação de antigos erros.

Quando notarmos a presença de um crente de boa palavra, mas sem o íntimo renovado, dirigin-do-se ao Mestre, mas sem se livrar dos velhos costumes, estejamos certos de que esse irmão pode es-tar à porta do Cristo, pela since-ridade das intenções; no entanto, não conseguiu, ainda, a penetra-ção no santuário de seu amor.

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Página 05O Idealista

Não procure colecionar tesouros apenas nesta terra, porque os ladrões podem roubá-lo e seu tesouro pode envelhecer.Além disso, não se esqueça de que, quando partir da terra, aqui deixará tudo, até seu próprio corpo.Então, porque ser avarento?Colecione os tesouros das boas obras, do bem que pratica em benefício do próximo, porque essas riquezas o acompanharão além-túmulo.

* * * * * * * Procure interessar-se pelas crian-ças, que são o futuro do mundo.Cuide delas com amor, e não com indiferença.Quantos cárceres estão cheios, por falta de carinho nos lares!Não se esqueça de que o crimi-noso mais cruel foi, um dia, uma criança pura e inocente como todas as outras...Cuide das crianças com desvelo e carinho, e terá preparado um futuro feliz para a humanidade.

* * * * * * * Não desanime, não pare no primeiro degrau da ascensão.Se a dúvida o assaltar, se a tristeza bater à sua porta, se a calúnia o ferir, erga sua cabeça corajosamente e contemple o céu iluminado e tranquilo.Embora recoberto de nuvens, você sabe que elas passarão, e o céu voltará a brilhar.Siga à frente, que todas as nuvens da existência também hão de passar e voltará a brilhar o sol da alegria.

* * * * * * * Não dê ouvidos às intrigas e calúnias; só a árvore que produz frutos é que se vê apedrejada, para deixá-los cair.À árvore estéril ninguém dá importância.A calúnia, muitas vezes, é uma honra para quem a recebe.Não pare seu serviço por causa da calúnia.Se para de fazer o que estava fazendo, dá razão ao caluniador.Siga à frente, e todos acabarão calando-se e no fim ainda baterão palmas ao seu trabalho.

* * * * * * * O homem é o que pensa.Se você insistir em pensar no mal,

na dor, na doença, você os atrairá para si.Pense na saúde, na alegria, na prosperidade, e sua vida tomará novo rumo.Afirme sempre que é feliz, que as dores passam, que a saúde se consolida cada vez mais, e a felicidade baterá à sua porta.Seja otimista e permaneça o mais possível ligado ao Pai Celestial.

* * * * * * * Cuide bem do seu corpo, dando--lhe alimentação sadia e frugal.Não abuse de carnes nem de bebidas alcoólicas.Mas não esqueça também que a alma precisa de alimentação!Procure ler bons livros.Faça da leitura um hábito diário.Não é só de pão que vive o ho-mem: é também da Sabedoria.E esta você a encontrará nos bons livros, companheiros deliciosos e cheios de ensinamentos úteis.

* * * * * * * A cooperação é uma das coisas mais sublimes da vida, mas a interferência é uma das mais desagradáveis.Ajude sem interferir.Não imponha seu ponto de vista quando ajuda alguém.A cooperação ajuda, a interferência atrapalha.Então, coopere com todos, mas sem interferir em sua maneira especial de agir e de pensar.Não temos o direito de interferir na vida de ninguém.

* * * * * * * Não fique remoendo as coisas do passado.Ficar preso ao passado não dá futuro.Não se deixe prender por mágoas e ressentimentos.Não se atormente com o que passou, mesmo que reconheça seu erro.Levante-se e siga à frente, o mais rapidamente que puder.Faça as pazes com seus adversários, envie pensamentos de simpatia e amor, e todas as mágoas se afastarão e você viverá feliz e risonho.

* * * * * * * “Levante todos aqueles que estive-rem caídos em seu redor.Você não sabe onde seus pés tropeçarão”.

Livro: Minutos de Sabedoria

Carlos Torres Pastorino

Estas palavras de André Luíz nos alertam quanto ao dever de ajudar a todos os que caem, não só física, como moralmente.Não critique quem cair.Ajude-o a erguer-se, tal como você gostaria que fizessem com você, se estivesse no mesmo caso.

* * * * * * * Quando der uma esmola, não anuncie a todos.“Não saiba sua mão direita o que faz a esquerda”.Ajude sem alarde, para não humilhar aquele a quem sua generosidade ajudou.Respeite o próximo e ajude sempre, mas em silêncio, porque o Pai, que vê no segredo, o recompensará muito mais do que o reconhecimento público que tiverem seus atos.

* * * * * * * Interprete corretamente a frase de Juvenal: “mente sã - corpo são”.Não é a mente que depende da saúde do corpo.Ao contrário, é o corpo sadio que depende da mente sadia.Quando o espírito está perfei-tamente equilibrado, não há enfermidades que nos ataquem.Cuide de sua mente, para que a saúde se reflita em todo o seu corpo.

* * * * * * * Para você subir na vida, dois degraus existem de suma impor-tância.São representados por dois verbos: AMAR e SERVIR.Jamais desanime na escalada dos valores da alma, e procure em todas as circunstânciasAmar e Servir a todos e a tudo, para ajudar ao máximo o progres-so do planeta que o recebe tão generosamente, auxiliando lhe a evolução.

* * * * * * * Tenha coragem em todas as circunstâncias da vida.Por piores que lhe pareçam as dificuldades, tenha a certeza de que pode superá-las com a persistência e a força que provêm de seu íntimo.Deus está dentro de cada um de nós, pronto a dar-nos energia e vigor, ânimo e incentivo.Confie na bondade do Pai, que jamais desampara nenhum de seus filhos.

* * * * * * * O minuto que você está vivendo agora é o mais importante de sua vida, onde quer que você esteja.Preste atenção ao que está fazendo.O ontem já lhe fugiu das mãos.O amanhã ainda não chegou.Viva o momento presente, porque dele depende todo o seu futuro.

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Página 06 O Idealista

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Página 07O Idealista

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e críticas.

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Página 08 O Idealista

AO APRESENTAR O ESPI-RITISMO à humanidade, Allan Kardec o definiu como sendo, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica; como ciência, trata da natureza, da origem e da desti-nação dos espíritos, e das suas relações com o mundo corporal; como filosofia ele compreende todas as consequências morais que decorrem dessas relações.

Em O Livro dos Espíritos, fez inserir nos prolegômenos o esclarecimento de que a obra foi escrita por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores e que lhe coube a ordem e a dis-tribuição metódica das matérias, assim como as notas e a forma de algumas partes da redação.

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, logo no capítu-lo primeiro, apresenta as três revelações divinas como sendo representadas por Moisés, Jesus e o Espiritismo, nessa ordem. Deixou claro que, se as duas eram personificadas, a terceira e última era obra coletiva dos Mi-nistros de Deus e agentes de Sua Vontade.

Ao conjunto dos ensinamentos espirituais Allan Kardec denomi-nou Espiritismo ou Doutrina Es-pírita, vocábulos por ele criados. Muitas vezes, Kardec se utilizou do termo Espiritismo para se re-ferir aos fenômenos espíritas em geral, que sempre existiram, mas a doutrina em si mesma somente se constituiu com a publicação de O Livro dos Espíritos, em 18 de abril de 1857.

Porque os fenômenos mediú-nicos estão na origem da doutri-na e lhe constituem uma prática natural e permanente, muitos leigos confundiram o Espiritis-mo, e ainda o confundem, com todas as outras formas de se exer-cer a mediunidade.

Daí o surgimento de algumas expressões incorretas, que todos nós espíritas devemos cuidar de corrigir esclarecendo, a bem da verdade.

Não devemos estimular o uso do termo Kardecismo (ou a deri-vação Kardecista), porque, como mencionamos no início, o Codi-ficador deixou claro que a nova doutrina não surgiu do seu pen-samento e sim de um conjunto de ensinamentos divinos trazidos pelos Espíritos Superiores. Espí-rito superior e sábio, sincero, hu-milde e com bom senso, não se intitulou profeta dos tempos atu-ais e não assumiu para si a condi-ção de chefe da doutrina, apesar de ter dado a ela toda a estrutura pedagógica e interpretação pesso-al dos ensinamentos espirituais.

Se muito usual foi o termo Espiritismo-Cristão, quando se queria referir à vivência da me-diunidade sob a orientação da caridade, como recomendado por Jesus ao afirmar que deve-mos dar de graça o que de graça recebemos, hoje podemos e de-vemos dispensar a qualificação, pois a moral da doutrina espírita é a mesma moral do Cristo, que é o nosso modelo e guia. Do con-trário, pode-se supor que há um Espiritismo que não é cristão, e isso não existe. Diferente quanto à classificação de espírita-cristão, utilizada pelo Codificador para designar os verdadeiros espíritas, aqueles que aceitam o Espiritis-mo e o praticam.

Uma questão que gerou debates e discórdias no movimento espíri-

ta foi a pretensão de se fatiar o Es-piritismo conforme seus variados aspectos, surgindo então os defen-sores de um Espiritismo-científi-co, do Espiritismo-filosófico e do Espiritismo-religioso, cada qual priorizando, enganadamente, um único aspecto, quando a definição oferecida por Allan Kardec indica que todos os três lhe são ineren-tes e essenciais. Hoje, quase que de forma pacífica, aceita-se que o Espiritismo tem um tríplice cará-ter: é ciência, filosofia e também religião (no sentido da comunhão com Deus e não de uma religião institucionalizada).

E não existe Espiritismo de mesa branca, expressão que sur-giu do fato de as mesas usadas para a prática da mediunidade, em alguns centros, serem reco-bertas por uma toalha branca, para diferenciá-lo dos trabalhos de umbanda, quimbanda ou candomblé, respeitáveis quando dedicados ao bem. Estes são sei-tas ou religiões que vivenciam a mediunidade de modo particu-lar, podendo ou não se utilizar de adereços especiais, músicas, danças, etc, ao passo que no Es-piritismo isso tudo é dispensável. A mediunidade, sob orientação da Doutrina Espírita, pode ser exer-cida com naturalidade, pois é um fenômeno de natureza espiritual e prescinde de aparatos exteriores.

E a falta de conhecimento da realidade espiritual levou à crença de um Espiritismo for-te e um Espiritismo fraco, mais uma vez fruto da confusão com mediunidade e com a ação dos

espíritos. Imaginam alguns lei-gos, que problemas e aflições graves decorrentes de influências obsessivas só podem ser trata-dos por espíritos enérgicos ou até violentos, que são capazes de expulsar os perseguidores espiri-tuais. Embora não se negue essa possibilidade, são intervenções pontuais que não resolvem a ob-sessão definitivamente e nem es-tão conforme a proposta divina da reconciliação, e esta só é pos-sível quando há amor. A solução não está no simples afastamento do espírito inferior, mas na eli-minação das causas, que estão na criatura, mediante a mudança de vida para o bem e aquisição de novos hábitos. Ademais, é falso que os espíritos superiores, porque são bons e afáveis, não conseguem afastar os inferiores, porque a ascendência moral é ir-resistível (vide questão 274 de O Livro dos Espíritos).

Essas nossas considerações são relevantes para que as pesso-as não sejam levadas a enganos ao procurarem as instituições ou centros espíritas, inclusive por-que muitos destes grupos fazem um inadequado sincretismo, as-sim podendo fazer suas escolhas com conhecimento e segundo seus próprios interesses.

A nós espíritas compete a tarefa da informação, do escla-recimento, ainda que isso nos exija o investimento de algum tempo. Se alguém nos perguntar se somos espíritas “kardecistas”, podemos dizer: Sou espírita... e expliquemos.

ESPIRITIMO... e ponto. Donizete Pinheiro

Marília / SP

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e críticas.

Obra: Espírito e Vida, de Joanna de Ân-gelis, psicografia Divaldo Pereira Franco

“Todos os Espíritos tendem para a perfei-ção e Deus lhes faculta os meios de alcançá--la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes con-cede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa pri-meira prova’’.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS (Comentá-rios de ALLAN KARDEC à resposta 171).

-“Vale de lágrimas”! - exclamam corações em tormento.

- “Região de trevas e desespero”! - pro-põem sofredores de diversos matizes.

-“Oásis de gozo” - afirmam os doentes do prazer.

-“Recanto de delícias” - esclarecem os for-nicadores da loucura.

-“Colônia de alegrias ao alcance da sagaci-dade” - expõem cerebrações enrijecidas no mal.

-“Punição, viver” - bradam uns.-“Vivamos e gozemos” - proclamam outros.“Viver é pagar alto tributo à vida” - gri-

tam alguns revoltados.“Viver é aproveitar o favor da oportuni-

dade” - repitam os desassisados.A carne, como porta de renascimento, é

alta concessão da Divinidade para a felicida-de do espírito.

A Terra é abençoado educandário onde se formam valores e se afirmam expressões su-periores para a Vida.

Atados à conceituação deficitária da uni-cidade da experiência carnal para o espírito, os discípulos de tal escola, contemplam, es-

tarrecidos, a dor, formulando hipóteses cru-éis, nas quais mentalizam a Justiça Divina através dos recursos mesquinhos da arbitra-riedade humana...

Vinculados a um materialismo grotesco e revel, homens e mulheres desnorteados, de-rivam no prazer, as apreensões que mantêm quanto à vida-além-túmulo.

Informados da pluralidade das experiên-cias carnais, face ao sofrimento, há quem diga que a reencarnação é justiça, severa justiça...

Não só justiça mas misericórdia também.Alta e valiosa misericórdia significa o

trânsito na carne, a recapitulação entre novo berço e novo túmulo.

Por natural evocação das paisagens da vida extra-física, todos guardamos nas telas mentais os sinais da imortalidade.

Estes relutam e asfixiam as lembranças nos nimbos cerrados da rebeldia.

Esses reagem e apagam as evocações com a borracha da indiferença.

Aqueles insistem na negativa e anulam as recordações ante a teimice do prazer.

Todos, no entanto, renascem assinalados pelos caracteres trazidos da vida espiritual onde foi cultivada a aflição ou a ventura de-corrente da jornada precedente...

Aguça os ouvidos e registrarás vozes de ontem, falando hoje.

Educa os olhos e enxergarás compa-nheiros que a morte não consumiu nem aniquilou.

Aprimore a mente e decifrarás os enigmas do momento encontrando-lhes as chaves no pretérito.

Recorda e sentirás que viveste, vives e vi-verás...

Diante do arguto doutor do Sinédrio, a serenidade e segurança de Jesus afirmaram: “É necessário nascer de novo”. E ante as in-terrogações e dúvidas que assomavam ao in-terlocutor, Ele expôs: “O vento so¬pra onde quer, ouves-lhe a voz, mas não sabes donde vem nem para onde vai. Assim é o espíri-to”... ensejando-nos a marcha da evolução, o grande porvir hoje em começo, através da Justiça e da Divina Misericórdia também.

Não só Justiça

Liberte Sua AlmaFrancisco Cândido Xavier - Agenda Cristã - pelo Espírito André LuizNão se prenda à beleza das formas efêmeras. A flor passa breve.Não amontoe preciosidades que pesem na balança do mundo.As correntes de ouro prendem tanto quanto as alge-mas de bronze.Não se escravize às opiniões da leviandade ou da ignorância. Incitatus, o cavalo de Calígula, podia comer num balde enfeitado de pérolas, mas não deixava, por isso, de ser um cavalo.

Não alimente a avidez da posse. A casa dos numisma-tas vive repleta de moedas que serviram a milhões e cujos donos desapareceram.Não perca sua independência construtiva a troco de considerações humanas. A armadilha que pune o animal criminoso é igual à que surpreende o canário negligente.Não acredite no elogio que empresta a você qualidades imaginárias.Vespas cruéis por vezes se escondem no cálice do lírio.Não se aflija pela aquisição de vantagens imediatas na experiência terrestre. Os museus permanecem abarrotados de mantos de reis e de outros “cadáveres de vantagens mortas”.

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Livro: Roteiro – Emmanuel – psicografia Francisco Cândi-do Xavier

Quando a criatura passa a interrogar o porquê do destino e da dor e encontra a luz dos princípios espiritistas a clarear--lhe os vastos corredores do san-tuário interno, deve consagrar--se à apreciação do pensamento, quanto lhe seja possível, a fim de iniciar-se na decifração dos segredos que, para nós todos, ainda velam o fulcro mental.

Se as incógnitas do corpo fazem no mundo a paixão da ciência, que designa exércitos numerosos de hábeis servidores para a solução dos problemas de saúde e genética, reconforto

e eugenia, além túmulo a gran-deza na mente desafia-nos todos os potenciais de inteligência, no trato metódico dos assuntos que lhe dizem respeito.

A psicologia e a psiquiatria, entre os homens da atualidade, conhecem tanto do espírito, quanto um botânico, restrito ao movimento em acanhado círcu-lo de observação do solo, que tentasse julgar um continente vasto e inexplorado, por alguns talos de erva, crescidos ao alcan-ce de suas mãos.

Libertos do veículo de carne, quando temos a felicidade de so-bre pairar além das atrações de natureza inferior, que, por vezes, no imantam à crosta da Terra,

indefinidamente, compreende-mos que o poder mental reside na base de todos os fenômenos e circunstâncias de nossas experi-ências isoladas ou coletivas.

A mente é manancial vivo de energias criadoras.

O pensamento é substância, coisa mensurável.

Encarnados e desencarnados povoam o Planeta, na condi-ção de habitantes dum imenso palácio de vários andares, em posições diversas, produzindo pensamentos múltiplos que se combinam, que se repelem ou que se neutralizam.

Correspondem-se as ideias, segundo o tipo em que se ex-pressam, projetando raios de força que alimentam ou depri-mem, sublimam ou arruínam, integram ou desintegram, arro-jados sutilmente do campo das causas para a região dos efeitos.

A imaginação não é um país de névoa, de criações vagas e in-

certas. É fonte de vitalidade, energia, movimento...

O idealismo operante, a fé construtiva, o sonho que age, são os pilares de todas as realizações.

Quem mais pensa, dando corpo ao que idealiza, mais apto se faz à recepção das cor-rentes mentais invisíveis, nas obras do bem ou do mal.

E, em razão dessa lei que preside à vida cósmica, quan-tos se adaptarem, ao reto pen-samento e à ação enobrecedo-ra, se fazem preciosos canais da energia divina, que, em efusão constante, banha a Humani-dade em todos os ângulos do Globo, buscando as almas evo-luídas e dedicadas ao serviço de santificação, convertendo-as em médiuns ou instrumentos vivos de sua exteriorização, para benefício das criaturas e erguimento da Terra ao con-certo dos mundos de alegria celestial.

A roda da vida continua giran-do, sem cessar,

independente de nossa vontade objetiva, mas, mesmo não tendo consciência objetiva disso, nossa participação é muito marcante nos moldes que esse giro da roda da vida irá tomar e nos resultados que ele irá produzir.

Todos os processos de transfor-mação e evolução, nos modos de sustentação da vida e, consequente-mente, da própria vida em si, estão sujeitos às atividades dos próprios seres viventes, principalmente do homem, o qual é o grande agente transformador da face do planeta.

Impulsionada pela força da própria Consciência Cósmica que dá existência e sustentação a tudo que existe; quer seja perceptível ou não aos nossos limitados sen-tidos objetivos, a vida, em todos os sentidos, está sempre se trans-mutando. Apesar de, em períodos curtos de tempo, essa transmuta-ção ser quase imperceptível, ela pode ser notada quando estuda-mos, pesquisamos ou aprofunda-mos nossos conhecimentos sobre a evolução da vida sobre a terra.

Essa transmutação é, com grande intensidade, afetada pe-las atividades dos próprios seres que dela tomam parte. Todos os seres viventes sofrem os efeitos dessa transmutação e, ao mesmo tempo, são agentes transmutado-res. Em outras palavras, o planeta sofre transformações provocadas pela ação do homem e este sofre as

consequências das transformações que ele mesmo provocou.

Cada ser humano tem a sua cota de participação nas mudan-ças que acontecem em todo o pla-neta e, consequentemente, mes-mo que em menor escala, em todo o universo. Somos co-criadores do universo. O passado remoto, o presente e o futuro distante sofre-ram, sofrem e sofrerão as influên-cias da participação do homem no processo de co-criação.

Não só pela atividade material e objetiva do homem, mas, muito mais, pela sua atividade mental e psíquica é que se manifestam as maiores consequências da ativida-de humana no processo de trans-mutação da matéria e da própria existência na face do planeta. To-dos os espíritos, encarnados ou de-sencarnados, exercem forte influ-ência nessas mudanças. Todos nós estamos criando. Cada um con-tribui para essa criação ou para es-sas mudanças, de acordo com sua própria essência. Ninguém pode dar aquilo que não tem. Cada um de nós fornece elementos para as grandes transformações no pla-neta e na humanidade de acordo com a sua própria essência. Se a

essência é boa ou inferior, as trans-formações serão feitas na mesma proporção e no mesmo nível.

Nós, os espíritas e espiritua-listas em geral, não podemos nos quedar à margem da vida e dos marcantes acontecimentos que assolam a humanidade. Não po-demos ficar à beira do caminho vendo a vida passar.

É necessário que cada um de nós, tome consciência da sua par-ticipação nesse processo evolutivo e participe dele, ativamente, cons-cientemente, procurando elevar seus próprios padrões vibratórios para que sua contribuição seja a mais saudável possível para toda a humanidade e, consequentemen-te, para cada um de nós.

Mesmo que nos machuquemos, que sejamos criticados pela nossa incapacidade de fazer melhor, que não nos apercebamos dos resulta-dos de nossos esforços, não justi-fica qualquer tipo de comodismo ou de alheamento, pois, se nós não concordamos com as transforma-ções que estão sendo feitas através dos tempos, é nosso dever refazer a semeadura e assegurar mudanças evolutivas seguras e espiritualizadas para a humanidade.

Ante a Vida Mental

Valentim Antonio RodriguesJaú - SP

A Roda da Vida

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Parasitas ou parasitos são organismos que vivem em associação com outros dos quais reti-ram os meios para a sua sobrevivência, normal-mente, prejudicando o organismo hospedeiro, um processo conhecido por parasitismo. (1)

De conhecimento comum, a existência e mecanismo de atuação dos parasitas ocorrem em amplo espectro nos reinos animal e vege-tal. Em alguns casos a convivência é pacífica, chegando a produzir efeitos positivos no hos-pedeiro, enquanto que em outros podem levar o hospedeiro à morte e esta, em consequência, também aniquila o parasita.

Desejamos, no entanto, traçar apontamen-tos sobre uma espécie de parasitose pouco co-nhecida, mas, largamente, presente na espécie humana.

Trata-se da parasitose provocada pela pre-sença junto aos seres encarnados, de um ou mais indivíduos viciosos desencarnados, que continuam, no plano espiritual, a incessante busca pela satisfação de suas viciações à custa da viciação de suas vítimas.

Sabemos que o que atrai os espíritos para junto de nós são as vontades e pensamentos que geramos e sustentamos e, por isso, toda e qualquer viciação do encarnado permite a sintonia com desencarnados viciosos compa-tíveis.

Toda viciação começa na mente do Ser.A esse respeito, encontramos esclarecedora

mensagem espiritual transmitida pelo Espírito Dias da Cruz, que foi médico na Terra em sua última existência, ao médium Francisco Cân-dido Xavier (2), de onde tiramos os seguintes apontamentos:

“Avançando em nossos ligeiros apontamen-tos acerca da obsessão, cremos seja de nosso interesse apreciar o vampirismo, ainda mesmo superficialmente, para figurá-lo como sendo inquietante fenômeno de parasitose mental”.

Após identificar o fenômeno obsessivo vin-culado à viciação como Parasitose Mental ou Vampirismo, continua o Benfeitor:

“No vampirismo, devemos considerar igual-mente os fatores externos e internos, compre-endendo, porém, que, na esfera da alma, os externos dependem dos internos, porquanto não há influenciação exterior deprimente para a criatura, quando a própria criatura não se deprime”.

No apontamento acima o Benfeitor identi-fica o encarnado como sendo o responsável di-reto pela atração e hospedagem do “Parasita Es-piritual” e, abaixo, esclarece o modus operandi:

“É que pelo ímã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em dese-quilíbrio, capazes de conduzi-lo à escabiose e à

ulceração, à dipsomania e à loucura, à cirrose e aos tumores benignos ou malignos de varia-da procedência, tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral, e, através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como sejam as psicoses de angústia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinquência, desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patogênicos indefiníveis, que lhe favorecem a derrocada ou a morte”.

Aqui o Benfeitor deixa claro que todo pro-cesso espiritual-parasitário pode provocar doen-ças físicas e mentais de profundidade, levando o hospedeiro ao encurtamento da vida física, em processos de suicídio direto e indireto, que trará, como consequência, sofrimentos variados nas esferas espirituais, bem como reclamará a corrigenda futura, também com muito sofri-mento, em outras reencarnações, decorrente do necessário reparo da tessitura perispiritual através das mais diversas más formações e mau funcionamento dos órgãos físicos.

Finalizando o assunto o Benfeitor nos orienta:

“Imprescindível, assim, viver em guarda contra as ideias fixas, opressivas ou aviltantes, que estabelecem, ao redor de nós, maiores ou menores perturbações, sentenciando-nos à vala comum da frustração.

Toda forma de vampirismo está vinculada à mente deficitária, ociosa ou inerte, que se ren-de, desajustada, às sugestões inferiores que a exploram sem defensiva.

Usemos, desse modo, na garantia de nossa higiene mento-psíquica, os antissépticos do Evangelho. Bondade para com todos, trabalho incansável no bem, otimismo operante, dever irrepreensivelmente cumprido, sinceridade, boa vontade, esquecimento integral das ofensas recebidas e fraternidade simples e pura, cons-tituem sustentáculo de nossa saúde espiritual.

– “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” recomendou o Divino Mestre.

– “Caminhai como filhos da luz” – ensinou o Apóstolo da gentilidade.

Procurando, pois, o Senhor e Aqueles que o seguem valorosamente, pela reta conduta de cristãos leais ao Cristo, vacinemos nossas al-mas contra as flagelações externas ou internas da parasitose mental”.

Pensemos nisso.

Referências Bibliográficas:(1) Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Parasita;(2) Livro Instruções Psicofônicas. Lição nº 34. Página 159.

Parasitose Mental e VampirismoAntônio Carlos Navarro

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