Reivista Terra Forte - Outubro

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A FORÇA DO AGRONEGÓCIO ANO 1 | Nº02 | OUTUBRO 2010 WWW.REVISTATERRAFORTE.COM.BR HISTÓRIA E CONQUISTA NOS 60 ANOS DO MAIOR EVENTO DO AGRONEGÓCIO DE ALAGOAS CANA-DE-AÇÚCAR: INÍCIO DA SAFRA 2010/2011 E AS PERSPECTIVAS CULTURA DO COCO: A PÉROLA VERDE

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Revista Terra Forte de Outubro.

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HISTÓRIA E CONQUISTA NOS 60 ANOS DO MAIOR EVENTO DO AGRONEGÓCIO DE ALAGOAS

CANA-DE-AÇÚCAR: INÍCIO DA SAFRA 2010/2011 E AS PERSPECTIVAS CULTURA DO COCO: A PÉROLA VERDE

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2 Terra Forte | Outubro 2010

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4 Terra Forte | Outubro 2010

ÍNDICE

PALAVRA FORTEPedro Robério Nogueira, presidente do Sindaçucar

PANORAMAO setor sucroalcooleiro

OVINOCULTURAA cultura do coco

CAPAEXPOAGRO 2010 - 60 anos

Criatório SMP

Criatório Olival Tenório

Dia de Campo IBC

Rebanho Caroatá

Cajucultura

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Pag. 20

CAPAEXPOAGRO 2010História e sucesso nos60 anos do maior evento do agronegócio de Alagoas

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Outubro 2010 | Terra Forte 5

Diretores:Almir Lira José Nogueira Neto

Editora Executiva:Luana [email protected]

Jornalísta:João Mousinho [email protected]

Fotos:Miguel Mata Barros

Projeto gráfico:LiraPub | www.lirapub.com

Contatos para anunciar:[email protected](82) 3317 6941

Atendimento ao leitor / Solicitação de exemplarDisponível de segunda-feira a sexta-feira, das 8 às 18 horas. Telefones: (82) 3317 6941 www.revistaterraforte.com.brEmail: [email protected]

Tiragem: 10 mil exemplares # A comercialização desse impresso é proibida.

EXPEDIENTE

EditorialPara se consagrar como um dos maiores eventos do agronegócio no Brsail é preciso dedicação, paixão e muito trabalho. É assim que a Expoagro chega a sua 60ª edição. De 22 a 31 de outubro, o universo do agro-negócio se volta para Alagoas, que será palco, mais uma vez, de grandes leilões das maiores raças de gado, ovinos e caprinos do País. A Expoagro 2010 conta ainda com uma vasta programação de shows, oficinas, capacitações e exposições. Serão dez dias de festa e ne-gócios, que irá movimentar a economia agropecuária de Alagoas.

Para contar um pouco da história e do sucesso da Expoagro, a revista Terra Forte traz nesta edição um histórico desses 60 anos e uma entrevista com o presi-dente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Domício Silva. Vamos falar também da história de dois criatórios importantes: Olival Tenório e Mauro Paiva, parceria que mais uma vez estará presente na Expoa-gro.

O setor sucroalcooleiro é destaque na Terra Forte. O presidente do Sindaçúcar, Pedro Robério Nogueira, faz um panorama geral da situação sucroalcooleira, fala das perspectivas para a safra 2010/11 e das difi-culdades do setor, que é o carro-chefe da economia alagoana.

Na Terra Forte número 2 vamos ainda mostrar como anda a produção de coco no Estado e o grande cami-nho que a cajucultura está abrindo no Nordeste.Saindo da fronteira de Alagoas, apresentamos o Re-banho Caroatá, em Gravatá, Pernambuco, onde raças como Boer, Santa Inês e Doper são destaques na ovi-nocaprinocultura.

Estes e mais uma série de assuntos estão presentes na Terra Forte nº 2, que mais uma vez vem mostrando a força do agronegócio em todo o Nordeste.

ANO 1 | Nº02 | OUTUBRO 2010

www.revistaterraforte.com.br

Almir LiraDiretor

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6 Terra Forte | Outubro 2010

PALAVRA FORTE

De Alagoas para o mundo

Para fortalecer o setor sucroalcooleiro em Alagoas, os usineiros do Estado se uniram e criaram o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL). O Sindaçúcar tem o objetivo de defender o mercado bem como seus trabalhadores, o meio ambiente e Alagoas. Com o lema “o açúcar e o álcool construindo o desenvolvimento”, o principal órgão de defesa do setor vem agregando, ao longo do tempo, valores ao mercado e trazendo desenvolvimento para o Estado.

“ Em que pese a recente implantação de novas indústrias no Estado, o setor sucrualcooleiro continua sendo um dos segmentos mais importantes da economia alagoana”

Presidente do Sindaçúcar, Pedro Robério, destaca o papel da cana-de-açúcar na economia de Alagoas

Cana-de-Açúcar ainda é o xodó do agronegócio

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Outubro 2010 | Terra Forte 7

TERRA FORTE: Como o senhor avalia o setor da cana-de-açúcar em Alagoas atualmente?PEDRO ROBÉRIO: Considerando a crise econô-mica-financeira, que atingiu todo o mundo nos últimos três anos, Alagoas igualmente foi afetado com seus reflexos, e em particular, a agroindús-tria da cana-de-açúcar. Somado a isso, tivemos nas duas últimas safras uma acentuada redução na precipitação de chuva. Entretanto, para a sa-fra que ora estamos iniciando, em decorrência de uma melhor distribuição pluviométrica e de uma sensível melhoria nos preços do açúcar  no mercado internacional, acreditamos que nessa moagem teremos uma situação econômica mais equilibrada.

TF: Quais as maiores dificuldades que o setor vem enfrentando?PEDRO: Dentre as dificuldades destaca-se, como a de maior peso, a falta de linhas de financia-mentos adequados para o setor e dificuldade de competividade no mercado interno de etanol por razões de maior carga tributária do ICMS em Ala-goas.

TF: Em comparação com o mercado nacional, como o setor sucroalcooleiro alagoano vem se com-portando?PEDRO: Decorrente da significativa expansão da agroindústria canavieira nos Estados do Centro-

esde 2003, o administrador Pedro Robério Nogueira está à frente do Sindaçúcar. Como presidente da

entidade, vem desenvolvendo um trabalho de defesa ao setor sucroalcooleiro. Pedro Robério conversou com a Terra Forte e falou sobre as dificuldades e perspectivas do mercado da cana-de-açúcar em Alagoas para a próxima safra, além da constante luta em prol de melhores incentivos fiscais.

-Sul, os quais tem obtido tratamentos diferencia-dos no que tange à concessão de incentivos fis-cais, temos nos defrontado com uma crescente concorrência dos produtores daquela região, jun-to aos nossos mercados tradicionais.

TF: A produção de cana ainda é o setor de maior destaque no agronegócio alagoano. Como o senhor vê esta posição e como superar os problemas para permanecer sendo destaque?PEDRO: O setor da cana-de-açúcar continua sen-do realmente o de maior destaque no agronegó-cio alagoano, em que pese a impossibilidade de expansão em termos de área. Com o intuito de mantermos nossa atividade nessa posição, temos envidado esforços através da aplicação constante de tecnologias de ponta.

TF: Quais as principais ações do Sindicato e como ele colabora na melhoria da atividade no Estado?PEDRO: fora a realização de seminários técnicos, o Sindaçúcar tem mantido uma rede de convê-nios com entidades de pesquisas, a exemplo da UFAL/PMGCA, do CEPEA/ESALQ, como tam-bém participação nas reuniões técnicas do Fórum Nacional Sucroenergético, visando os constantes avanços tecnológicos quer para a área agrícola quer para a área industrial.

TF: Como se comporta o setor açucareiro no que tange a geração de empregos? Existe algum projeto para o período de entressafra?PEDRO: Vale ressaltar, no período de moagem, a atividade gera cerca de 100 mil empregos dire-tos, induzindo assim a criação de um montante de mais 400 mil empregos indiretos, o que resulta num universo final de 500 mil empregos propicia-dos pelo setor.

TF: Quanto Alagoas produz hoje de açúcar e quan-to de álcool, e quanto isso é exportado? Para onde vai o açúcar e o álcool do nosso Estado?PEDRO: Na safra recém concluída, 09/10, foram esmagadas 24,3 milhões de toneladas de cana, re-sultando na produção de 2,1milhões de toneladas

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8 Terra Forte | Outubro 2010

PALAVRA FORTE

Esperamos produzir 26,6 milhões de toneladas de cana, 2,4 milhões de toneladas de açúcar e 700 milhões de litros de etanol.”“de açúcar e 626 milhões de litros de etanol. Foram exportados 1,7 milhões de toneladas de açúcar e 109 milhões de litros de etanol. Como destaque maiores temos a Rússia, os Estados Unidos, Ar-gélia e Espanha. Entretanto, os nossos mercados estendem-se pela América Latina, África, Ásia e Médio Orinete.

TF: Qual a perspectiva para a safra de 2010/2011?PEDRO:   Estima-se um cenário mais otimista para a safra que ora estamos iniciando. Deste modo, esperamos produzir 26,6 milhões de tone-ladas de cana, 2,4 milhões de toneladas de açúcar e 700 milhões de litros de etanol.

TF: Quais as maiores conquistas do setor nos últi-mos anos?PEDRO: Como maior conquista destacamos a constante melhoria da qualidade da matéria-pri-ma, através da disseminação de novas variedades de cana, resistentes a mutações climáticas, pragas e enfermidades, e por outro lado, com maior ín-dice de produtividade de açúcar produzido por hectare cultivado.

TF: Como o senhor vem trabalhando para condu-zir e unir o setor açucareiro?PEDRO: Procurando desenvolver uma atuação estritamente profissional no que concerne às reinvidicações dos empresários do setor frente ao poder público, além de desenvolver permanente ação de intercâmbio comercial e tecnológico en-tre  produtores do estados e outras regiões.

TF: Qual a importância do setor açucareiro para o

estado de Alagoas?PEDRO: Em que pese a recente implantação de novas indústrias no Estado, o Setor Sucroalcoo-leiro continua sendo um dos segmentos mais im-portantes da economia alagoana, visto a geração de empregos e renda que propicia, além de uma contínua contribuição no que diz respeito a im-postos, a exemplo, dentre outros, do ICMS com cerca de R$ 170 milhões de reais/ano.

TF: Quais as principais mudanças na sua gestão?PEDRO: A continuidade de uma diligente repre-sentação dos interesses institucionais no setor agrocanavieiro de Alagoas, desenvolvido com de-dicação e profissionalismo constantes.

Foto: arquivo

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Outubro 2010 | Terra Forte 9

lagoas é um estado eminentemente agríco-la, onde se predomina como carro-chefe de sua economia o cultivo da cana-de-açúcar e a

produção de seus derivados. Das antigas usinas a vapor às modernas usinas, Alagoas se atualizou, modernizou e deu continuidade ao trabalho de cultivo à cana. Em-bora o setor sucroalcooleiro tenha sofrido uma baixa nos últimos anos, é evidente a força do mercado sob as demais culturas produzidas no Estado.

Atualmente, Alagoas possui 24 usinas de açúcar e ál-cool. O setor é o que mais gera empregos, seja de for-ma direta como indireta. Além disso, a cana-de-açúcar predomina na geração de riquezas e desenvolvimento

no Estado. Segundo dados do Sindicato do Açúcar e do Álcool do Estado de Alagoas (Sindaçúcar), o mer-cado sucroalcooleiro é responsável hoje pela geração de mais de 90 mil empregos diretos e até 270 mil em-pregos indiretos, sendo neste caso o maior gerador de empregos formais no Estado.

Mas este número apresenta grande variação devido a sazonalidade da produção, ou seja, o número de em-pregos gerados pelo setor é maior durante o período de safra, que em Alagoas varia entre setembro e março. Na entressafra, período de descanso do solo nas usi-nas, projetos sociais vem sendo desenvolvidos para garantir a renda e ocupação dos trabalhadores. Um

Cana-de-açúcarA força da principal cultura agrícola de Alagoas

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10 Terra Forte | Outubro 2010

PANORAMA RURAL

exemplo é o projeto Barriga Cheia, que cede as áreas não usadas para os trabalhadores cultivarem feijão e milho para consumo próprio e venda.

Ainda assim, a cultura da cana-de-açúcar vem passan-do por dificuldades que vão desde a liberação de cré-ditos até a questão do clima. De olho no passado, Ala-goas passou por altos e baixos na produção da cana, e agora o setor procura uma estabilização e retorno ao crescimento. Uma prova disto é a perspectiva aponta-da pelos produtores para o ano de 2010/2011. A época de safra em Alagoas começa em meados de agosto. A previsão de crescimento para esta nova safra é de 10%, e as máquinas já começaram os trabalhos. Com duas exceções: as usinas de Uruba e Laginha, localizadas

no município de União dos Palmares, que foram atin-gidas pelas enchentes ocorridas no Estado em junho passado.

Para 2010/2011, a estimativa é moer neste novo ciclo, cerca de 26,6 milhões de toneladas de cana, onde deve-rão ser produzidas 2,4 milhões de toneladas de açúcar e cerca de 700 milhões de litros de etanol. De acordo com o boletim quinzenal do Sindaçúcar, até a primeira quinzena de setembro, foram processadas 399.496 mil toneladas de cana. Em comparação a igual período da safra passada, os números representam uma variação positiva de 78,70%. Na safra 09/10, Alagoas moeu 24,3 milhões de toneladas de cana e produziu 2,1 milhões de toneladas de açúcar e 626 milhões de litros de eta-nol.

A primeira usina a iniciar os trabalhos da safra 2010/2011 foi a usina Santo Antônio, localizada no município de São Luiz do Quitunde. No entanto, as máquinas hoje já trabalham nas 22 usinas em funcio-namento no Estado.

Para 2010/2011, a estimativa é moer neste novo ciclo, cerca de 26,6 milhões de toneladas de cana, onde deverão ser produzidas 2,4 milhões de toneladas de açúcar e cerca de 700 milhões de litros de etanol

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Outubro 2010 | Terra Forte 11

Com a cana-de-açúcar, Alagoas trabalha dois pontos fortes: o açúcar e o etanol. Em relação à produção de açúcar, em quase três décadas, o crescimento foi de mais de um milhão de toneladas. A safra de 1981/82, que foi de 1.188.865 toneladas, chegou a 2.601.877 em 2007/08, mostrando a força do setor no Estado.A produção do álcool também aumentou. Em 1981/82, a produção foi de 417.748 m³. em 2007/2008 a produ-ção praticamente duplicou, indo para 852.907m³.(FONTES: IAA, DATAGRO,MICT, DAA/MAPA e Sindaçúcar-Al, Sindaçúcar-PE, Fórum Nac. Sucroal-cooleiro, UNICA, Sindalcool-PB).

Para preservar a área de trabalho das usinas, fortale-cendo o meio ambiente, em Alagoas vem sendo de-senvolvido um projeto para recuperar as áreas degra-dadas pelo avanço da cana-de-açúcar. Um total de 22 usinas de Alagoas são filiadas ao IPMA (Instituto de Preservação da Mata Atlântica), onde elas assumem o compromisso de plantar um total de 500.000 mudas de essências nativas ao ano. Paralelo ao projeto de reflo-restamento, as empresas vem implantando programas de Educação Ambiental junto à rede municipal de en-sino. A estimativa é de que em um prazo de 10 anos as áreas então degradadas estejam recuperadas.

Meio ambiente

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12 Terra Forte | Outubro 2010

AGENDA DO CAMPO

De 7 a 14 de novembro acontece em Recife, Pernam-buco, a 69ª Exposição Nordestina de Animais e Pro-dutos- Expo 2010. Promovido pela Associação dos Criadores de Pernambuco, o evento tem entre seus principais leilões o 2º leilão ACQM de quarto de mi-lha, no dia 9 de novembro, às 19h; o leilão Campolina Pernambuco, no dia 10, às 19h; o leilão Recife Marcha-

dor, de mangalarga machador, no dia 11, às 20h; o lei-lão Seleções Nelore 2010, no dia 12, às 20h; e o leilão 3 ases e 1 curinga, da nordestina, com ovinos e caprinos das raças Boer, Santa Inês e Doper, no dia 13, às12h. A Exposição Nordestina acontece no Parque de Expo-sição Professor Antônio Coelho, no Cordeiro.

69ª Expo Nordestina

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Outubro 2010 | Terra Forte 13

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14 Terra Forte | Outubro 2010

A pérola verde

MERCADO

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Outubro 2010 | Terra Forte 15

O sabor e as dificuldades para manter a cultura agrícola do coco

Artesanato, sobremesas, água sa-

borosa, material de decoração, co-

midas, substratos agrícolas, esco-

vas, tecidos para sacos, energia,

sabão, cosméticos e detergentes.

Estes e mais uma dezena de deriva-

dos são provenientes do coco, uma

espécie vegetal encontrada em áre-

as litorâneas e que, com toda sua

beleza, enfeita as praias de norte e

sul do País.

ode-se dizer que do coco, tudo se aproveita. Tanto sua camada externa, a casca, a polpa branca, a água, o farelo e o óleo. Este produ-to tão rico está presente na cultura de Alagoas

e vem passando por um momento de alerta. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Coco do Estado de Alagoas (Prococo), Eurico Uchôa, os fi-nanciamentos a curto prazo, a falta de incentivos e as pragas são alguns dos pontos de dificuldade do setor. No entanto, os produtores continuam apostando no mercado e já somam mais de cinco mil produtores em todo o Estado.

Para resguardar o mercado interno, foi criada pelo go-verno Federal, em 2002, a Salvaguarda, que restringe

a importação de coco seco. Com este documento, a entrada de coco do estrangeiro fica limitada, dando maior sobrevivência ao mercado interno. A produção de coco é o único setor do agronegócio que conseguiu um documento de tamanha importância para a prote-ção do mercado. “A salvaguarda veio de um trabalho junto com empresas como a Sococo e o governo. Ela saiu de um esforço muito grande. Foi conseguida para gente em Genebra, na Suíça, no Conselho Mundial de Comércio, e limita a quantidade de coco ralado para o Brasil”, explica Eurico Uchôa.

Em outros países o coco também é usado na produção de biodiesel e de madeiras para casas. Sua produção é em grande escala em lugares como a Indonésia, Hon-

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Em Alagoas, o coqueiro tratado dá uma média de 45 frutos por pé ao ano.

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16 Terra Forte | Outubro 2010

duras e México. Este produto se distingue ainda pelo tempo de cultivo: são sete anos para que o coqueiro gigante, reprodutor do coco seco, comece a dar fru-tos. Apenas a partir do terceiro ano de plantio é que o produtor passa a saber se o coqueiro vai produzir ou não, além dos cuidados que devem ser tomados duran-te este período. “É alto o índice de coqueiros que não completam o ciclo por queimadas, pragas, ou doen-ças”, afirma Uchôa.

Para que não haja prejuízos, os produtores de coco precisam ter o máximo de cuidado com as pragas e doenças. Atualmente, uma média de 32 pragas pode afetar os coqueirais. Uma das mais graves doenças é chamada “amarelo letal”. Essa é uma chaga que não tem controle e põe em risco tanto a saúde da popula-ção que consome o coco como a dos coqueiros conta-minados por ela. A doença não tem cura e pode dizi-mar plantações inteiras

O presidente da Prococo ressalta que é preciso unir mais o setor e investir em novas alternativas como a produção de madeiras e isotônicos. Novidade no setor, os isotônicos à base de água de coco vem ganhando o mundo. No Brasil, a Sococo lançou o isotônico de água de coco com tangerina.

Em Alagoas, o cultivo do coco é feito de norte a sul, nas faixas litorâneas que seguem até a faixa do Rio São Francisco, no início do município de Penedo. Os coqueiros, principalmente o coqueiro anão, também

Prococo

A maior dificuldade é convencer as pessoas de que isso aqui não é uma brincadeira, mas sim um agronegócio.”

“Eurico Uchôa

MERCADO

podem ser plantados em lugares com irrigação ade-quada. Segundo estudos da Embrapa, Alagoas conta com cer-ca de 5.300 produtores. Destes, 400 produtores são cadastrados pela Associação, mas apenas uma média de 35 são efetivos. “A maior dificuldade é convencer as pessoas de que isso aqui não é uma brincadeira, mas sim um agronegócio. Mesmo que não seja a ativi-dade principal, mas tem que abraçar a causa”, ressalta Eurico Uchôa, destacando que a entidade existe há quase 20 anos.

Para fortalecer o setor, Uchôa enfatiza ações impor-tantes que contribuem para a volta do crescimento do cultivo do coco no Estado, como a elaboração de um projeto de criação da cadeia produtiva do coco, com o apoio do governo do Estado, a inserção do fruto na merenda escolar, pelas fontes de riquezas nutricionais e a criação de uma Guia de Transporte do Coco, a GTC, que daria suporte à proteção de venda do coco, uma vez que a salvaguarda tem prazo de validade.

“É preciso ter representatividade. Aqui em Alagoas te-mos a cana-de-açúcar, o gado, o caju e o coco. Com o advento da cana, o coco ficou um pouco de lado, mas é preciso resgatar a força do setor”, afirma.Alagoas já esteve no segundo lugar do ranking de pro-dutores de coco. Hoje, ocupa a 7ª posição no País, que detém 3% da produção mundial. A área de ocupação já chegou a 25 mil hectares, chegando atualmente a 13 mil. Dois tipos de coqueiros são predominantes:

Alagoas já esteve no segundo lugar do ranking de produtores de coco. Hoje, ocupa a 7ª posição no País

O coco é rico em proteínas, gorduras, calorias, carboidratos, vitaminas (A, B1, B2, B5e C)

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Outubro 2010 | Terra Forte 17

avan

tico

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Genética de ponta. Um dos leilões mais tradicionais está de volta

29 de outubro 2010

Sexta-feira • 19hs (horário de Brasília)

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Durante a Expoagro 2010

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18 Terra Forte | Outubro 2010

MERCADO

o coqueiro anão e o gigante. Em Alagoas, o coqueiro tratado dá uma média de 45 frutos por pé ao ano. Segundo números apresentados pela Prococo, Alago-as produz uma média de 80 milhões de frutos ao ano, em safras intercaladas de dois em dois meses. Os cus-tos de produção incluem o controle de praga, a limpe-za dos coqueiros e a retirada do fruto, que custa, em média, R$ 0,50 por cada pé, mais a diária do tirador.

Apesar das dificuldades, Alagoas é autossuficiente em coco seco, segundo o Sindicato Nacional dos Produ-tores. Porém, 50% da produção local é vendida para fora do Estado e outra parte do produto consumido vem de fora.

O coqueiro gigante é bastante explorado pelos produ-tores de coco. É a espécie que gera o conhecido coco seco. Possui uma variedade rústica e seu florescimen-to inicia entre 5 e 7 anos. No Brasil, é muito emprega-do na culinária, com a produção de doces, bolos, bem como na agroindústria, como leite de coco, farinha, entre outros. O coqueiro anão dá fruto ao conhecido coco verde, de água doce e mais usado comercialmen-te no Brasil.

O coco é rico em proteínas, gorduras, calorias, carboi-dratos, vitaminas (A, B1, B2, B5e C), e ainda em sais minerais, principalmente potássio e magnésio. Por isso, além de saboroso, é considerado um alimento muito saudável, nutritivo.

Os maiores compradores de coco no Estado é a Com-panhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), onde de lá é distribuído para outros compradores, além da Central de Abastecimento de Alagoas (Ceasa) e indústrias e entidades do próprio Estado, como a cooperativa Pindorama.

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Ind

uzido

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20 Terra Forte | Outubro 2010

ESPECIAL EXPOAGRO

início desta história conta com mui-tos fatos e personagens do agrone-gócio alagoano. Estes personagens

ficaram marcados e foram responsáveis pela cria-ção da Sociedade de Criadores de Alagoas. Anos mais tarde, sob orientação de Humberto Pontes Lira, chefe de Produção Animal do Ministério da Agricultura, a Sociedade passou a se chamar As-sociação dos Criadores de Alagoas (ACA), como

60 anos de histórias e sucessoNo ano de 1950 aconteceu o fato que ficaria marcado na história de Alagoas e que ajudou a mudar a cena do agronegócio no Nordeste: a primeira Expoagro. Este ano, o evento realiza sua 60ª edição entre os dias 22 e 31 de outubro.

afirma o impresso do ano de 1955. Essa Socieda-de tinha como finalidade fomentar a produção de animais, melhorar a qualidade dos rebanhos e incentivar os registros dos criadores.

Seus primeiros associados sempre se reuniam no Parque de Exposições, no antigo bairro do Pra-do, para debater os assuntos de interesse do setor e delimitar as metas da Sociedade. O que faltava

O

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Outubro 2010 | Terra Forte 21

para alavancar o setor e atrair a notoriedade para Alagoas, um estado reconhecido pela qualidade de seus rebanhos, era fazer parte da organização do maior evento de exposições agrárias local, a Expoagro, o que mais tarde viera acontecer.

A Expoagro sempre foi uma festa reconhecida nacionalmente, por Alagoas possuir animais de ponta. No início dos festejos, na década de 50, os mascates da região sudeste eram figuras marcan-tes no evento, sempre trazendo seus animais de

qualidade para serem adquiridos por pecuaristas de todo o Nordeste, em especial de Alagoas.

As transações de compra e venda de animais eram feitas sem maiores burocracias. Os animas eram postos para desfilar e logo depois vinham os inte-ressados para saber a procedência e o requinte da raça. Sem qualquer tipo de leilão ou intermédio de terceiros, os proprietários faziam suas negocia-ções.

Desfile de animais da raca Gi no antigo palanque do parque de exposicoes

Convite para reunião de formação da Associação de Criadores (ACA)em 1955.

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22 Terra Forte | Outubro 2010

As duas primeiras décadas da Expoagro foram marca-das pela troca de animais e as negociações de maneira pessoal, de criador para criador. A mudança para os leilões acontece a partir da década de 70. Em meados deste ano, os famosos leilões começaram a ser peça chave no espetáculo, que era conhecido por atrair gen-te de todo o Estado.

Com a chegada da tecnologia, já nos anos 80, várias máquinas agrícolas eram objeto de desejo para investi-dores e a festa ganhou um contorno mais profissional. Depois das figuras folclóricas, das três décadas pas-sadas, e dos negócios realizados de forma impessoal, a prática profissional de leilões e de animais cada vez

ESPECIAL EXPOAGRO

mais gabaritados foi tomando maiores proporções. A década de 90 e os anos 2000 foram afirmação das grandes bilheterias em shows e festejos diversos. O que era um evento regional, passou a atrair investido-res de todas as partes do país. Assim como os masca-tes desbravaram o Brasil nos anos 50, o atual homem do campo sabe a qualidade do animal produzindo em Alagoas.

As figuras de todos os presidentes e membros direto-res da ACA, que lutaram por um agronegócio melhor em Alagoas, estão representadas na solidez dos 60 anos do mais importante evento no calendário agrária do Estado.

A Expoagro sempre foi uma festa reconhecida nacionalmente, por Alagoas possuir animais de ponta.

Animais da raca Indu Brasil em exposicao decada de 40

Autoridades avaliam caneiros

durante Expoagro no início decada

de 70

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Outubro 2010 | Terra Forte 23

osé da Silva Nogueira foi a face viva da defesa do agronegócio do Estado. Por diversas vezes foi presidente da ACA e acostumado à lida do campo, sempre na presença de vaqueiros inseparáveis,

como era o caso de Zé Vaqueiro, Nogueira era um in-centivador do agronegócio em Alagoas.

No ano de 1966 o Parque de Exposições passou a per-tencer a Associação dos Criadores de Alagoas. Nos anos 60, existia um receio por parte dos criadores que o parque poderia ser utilizado para outros fins, devido ao governo do Estado ser comandado por um inter-ventor militar.

Mas, nada passou de temor, uma vez que um dos dire-tores da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), José da Silva Nogueira, foi propor ao General João José Batista Tubino, interventor de Alagoas da época, um arrendamento de 20 anos do Parque para a Asso-ciação. O arrendamento foi negado por parte do Gene-ral, mas ele propôs que ao invés de arrendar, mandaria um Projeto de Lei para que Assembleia Legislativa aprovasse a doação do Parque do Estado para ACA, o que foi feito no ano de 66. A dedicação e o amor de José Nogueira por tudo que envolvia a ACA e seus pares era visível. Com grandes

serviços prestados a toda categoria de criadores, em 1973, o então presidente da Associação, João Carlos Albuquerque, o homenageou em vida, colocando o nome do Parque de Exposições de José da Silva No-gueira, o conhecido Parque da Pecuária.

José da Silva Nogueira faleceu em 1980, aos 74 anos, e deixou o legado de trabalho duro e dedicação aos produtores e criadores de Alagoas. Com a posse do Parque, a Associação viveu dias de tranquilidade. A partir de então a organização da ACA sabia que a Expoagro teria todos os anos uma data certa no calendário de exposições agropecuárias no Brasil.

Um nome: José da Silva Nogueira. O Parque da pecuária

J

Sr. Jose da Silva Nogueira, Granja, o locutor das principais exposicoes do NE e Sra. Carmem Nogueira em cerimôania de nomeacao do Parqueda Pecuária em 1973

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24 Terra Forte | Outubro 2010

EXPOAGRO 2010

Fixar-se no calendário nacional de eventos vol-tados ao agronegócio é um trabalho que requer dedicação e profissionalismo. A Expoagro chega a sua 60ª edição com a promessa de bater recordes de investimentos e apresentar o que a agropecuá-ria alagoana tem de melhor.

A Expoagro é uma realização da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA) e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Fa-eal), com apoio da Organização Arnon de Mello (OAM) e da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri).

O evento acontece de 22 a 31 de outubro, no Par-que da Pecuária, Maceió, Alagoas. Cerca de dez leilões e uma série de shows vão atrair os maiores criadores do Brasil para a capital alagoana.

Palestras e minicursos serão promovidos pela Cooperativa da Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), Agência de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário Alagoano (Sebrae), Univer-sidade Federal de Alagoas e Secretaria de Estado da Agricultura.

Palestras, minicursos, shows e leilões serão algumas das atrações do principal evento agropecuário de Alagoas

Presidente da Associação dos Criadores de Alagoas enaltece a importância do evento

ESPECIAL EXPOAGRO

Domício Silva: “A Expoagro é a grande festa de Alagoas”

“A Expoagro é a grande festa de Alagoas”, essas foram as palavras do presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Domício Gre-gório Arruda Silva, para dizer a importância do principal evento agropecuário de Alagoas. Entre os dias 22 e 31 de outubro, acontecerá inúmeras programações na 60ª Exposição Agropecuária e Produtos Derivados de Alagoas (Expoagro). Du-rante os dez dias do encontro cerca de 140 mil

pessoas visitarão o parque José da Silva Nogueira, a Pecuária, que se localiza no bairro do Trapiche, em Maceió.

Domício Silva diz que o evento tem grandes par-ceiros, como: A Federação da Agricultura, a Or-ganização Arnon de Melo, tudo em parceria com a ACA. “As parcerias são importantes para que a organização da feira saia perfeita”, comentou.

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Outubro 2010 | Terra Forte 25

Este ano teremos uma previsão de movimentar

em torno de R$ 12 milhões, superando a

marca de R$ 10 milhões do ano passado”

“A Expoagro é um evento que está consolidado no cenário nacional de exposições agropecuárias. É um projeto que é uma realidade, faz pelo menos 15 edições que eu acompanho de perto. Esse ano temos uma previsão de movimentar em torno de 12 milhões de reais, superando a marca de 10 milhões de reais do ano passado”, confidenciou o presidente da ACA.

O montante arrecadado durante os nove dias de evento se deve aos dez leilões que serão realizados e das vendas de maquinários agrícolas. “Creio que entre R$ 5 e 6 mi serão arrecadados nos leilões e o restante de vendas indiretas e de transações futuras”, contou Domício Silva, sobre uma análise dos negócios.

Atrações já tradicionais de shows, fazendinha para as crianças, estão no roteiro da realização. “Vamos ofertar atrações para todo o tipo de pú-blico. Esse ano terá um parque de diversões, para atrair toda a família maceioense que passará pelo Parque da Pecuária”, disse o representante dos criadores.

Durante a Expoagro será proferido pela Secreta-ria de Agricultura do Estado de Alagoas um curso de inseminação artificial, como foi feito durante a Expobatalha desse ano. “Esse curso vai facilitar a

vida do homem do campo que mora na região da zona da mata e de cidades mais próximas de Ma-ceió, que não puderam estar no sertão para acom-panhar esse ótimo curso”, informou Domício.

O primeiro curso de adestramento de cães pasto-res, concurso da cadeia produtiva de leite, palestra sobre apicultura, ovinocultura, caprinocultura, produtores e indústria, feira de agricultura fami-liar de produtos orgânicos, essas e outras atrações marcarão a 60º Expoagro 2010.

“O evento do ano passado foi muito bom, esse ano dever ser melhor ainda”, afirmou Domício. Ao ser indagado pela Terra Forte, sobre qual era o ponto alto, do maior evento de agronegócio de Alagoas, ele foi enfático: “A qualidade genética que é pro-duzida em nosso Estado. Num local (Alagoas) de dimensões tão pequenas existe genética e animais de referência nacional.”

“Tem gente do Brasil todo comprando a nossa ge-nética aqui em Alagoas e na Expoagro isso será facilmente observado”, concluiu.

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26 Terra Forte | Outubro 2010

Leilões da Expoagro 2010 primam pela qualidade dos rebanhos

ESPECIAL EXPOAGRO

A 60ª Expoagro terá dez leilões, entre os dias 22 a 02 de novembro. A expectativa é que mais de R$ 6 milhões sejam gerados em negócios, no período da festa. Os criadores que promovem seus eventos esperam que aumento no montante arrecadado em relação ao ano anterior aconteça devido a facilidade de pagamentos e a excelente qualidade dos animais que serão apresentados.

PRENHEZES NELORE 22 DE OUTUBRO DE 2010 (SEXTA-FEIRA)20:00 HORASTRANSMISSAO AO VIVO: CANAL RURALMACEIÓ - ALPROMOÇÃO: IBC IRMAOS BARROS CORREIA

Celso Barros Correia

“Você realiza os leilões e mostra que existe nível genético aqui no Estado, além de trazer genética também de outros lugares. É um leilão consolidado a nível nacional.”

6º Leilão Nelore Barros Correia

Alvaro Vasconcelos Filho

“Além dos criadores de Alagoas, os criadores de outros esta-dos também estão vindo participar do remate. Desta forma, esperamos superar nossas expectativas assim como o fatu-ramento do ano anterior”

NELORE25 DE OUTUBRO DE 2010 (SEGUNDA-FEIRA)19:00 HORASLOCAL: PQ. DE EXPOSIÇÕES JOSÉ DA SILVA NOGUEIRA (PECUÁRIA) - MACEIÓ - ALPROMOÇÃO: ÁLVARO VASCONCELOS E FILHOS

4º Leilão Nelore AV Edição comemorativa de 30 anos

MATRIZES E REPRODUTORES NELORE23 DE OUTUBRO DE 2010 (SÁBADO)12:00 HORASTRANSMISSAO AO VIVO: CANAL RURALLOCAL: PQ. DE EXPOSIÇÕES JOSÉ DA SILVA NOGUEIRA (PECUÁRIA) - MACEIÓ - ALPROMOÇÃO: IBC IRMAOS BARROS CORREIA

9º Leilão Nelore Barros Correia

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Outubro 2010 | Terra Forte 27

“A novidade que estamos trazendo este ano é o concurso de bezerros de corte, os melhores animais serão ofertados num primeiro momento do leilão

GUZERÁ29 DE OUTUBRO DE 2010 (SEXTA-FEIRA)12:00 HORASLOCAL: PQ. DE EXPOSIÇÕES JOSÉ DA SILVA NOGUEIRA (PECUÁRIA) - MACEIÓ - ALDURANTE A EXPOAGRO 2010PROMOÇÃO: FELLIPE E JOÃO VITOR MOREIRA

SANTA INÊS , BOER , DORPER , WHITE DORPER E ANGLO-NUBIANO29 DE OUTUBRO DE 2010 (SEXTA-FEIRA)19:00 HORASLOCAL: PQ. DE EXPOSIÇÕES JOSÉ DA SILVA NOGUEIRA (PECUÁRIA) - MACEIÓ - ALPROMOÇÃO: VARRELA PECUÁRIA E MARCO MARANHÃO

Celso Pontes de Miranda Filho

6º Leilão Nelore PositivoTOUROS, NOVILHAS, BEZERROS E BEZERRAS PARA CRIA, RECRIA E ENGORDA26 DE OUTUBRO DE 2010 (TERÇA-FEIRA)19:00 HORASLOCAL: PQ. DE EXPOSIÇÕES JOSÉ DA SILVA NOGUEIRA (PECUÁRIA) - MACEIÓ - ALPROMOÇÃO: CELSO PONTES DE MIRANDA FILHO

“Serão ofertados aos compradores lotes de fêmeas puras a pasto paridas ou prenhes e touros P.O de campo para produção comercial de bezerros”

4º Leilão Nelore UniãoNELORE27 DE OUTUBRO DE 2010 (QUARTA-FEIRA)19:00 HORASLOCAL: PQ. DE EXPOSIÇÕES JOSÉ DA SILVA NOGUEIRA (PECUÁRIA) - MACEIÓ - ALPROMOÇÃO: AGROPECUÁRIA OLIVAL TENÓRIO E SILVIO MÁRCIO CONDE PAIVA

Mauro Paiva

“Trazer essa raça para a Expoagro 2010 é mostrar a qualidade desse animal e apontar aos criadores uma nova oportunidade.”

1º Leilão Guzerá Alagoas

Felipe Moreira

Marco Maranhão

Leilão Alagoas 2010

“Animais de elite estarão presente na Expoagro. Raças que demonstraram todo seu potencial através do alto nível genético”

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28 Terra Forte | Outubro 2010

MUARES E JUMENTOS PÊGA30 DE OUTUBRO DE 2010 (SABADO)12:00 HORASLOCAL: PQ. DE EXPOSIÇÕES JOSÉ DA SILVA NOGUEIRA (PECUÁRIA) - MACEIÓ - ALPROMOÇÃO: MANUEL VALENTE DE LIMA NETO (MUARES MV)

QUARTO DE MILHA28 DE OUTUBRO DE 2010 (QUINTA)20:30 HORASLOCAL: PQ. DE EXPOSIÇÕES JOSÉ DA SILVA NOGUEIRA (PECUÁRIA) MACEIÓ - ALPROMOÇÃO: HARAS SOL NASCENTE/RANCHO SANT’ANA

NELORE02 DE NOVEMBRO DE 2010 (TERCA)12:00 HORASLOCAL: PQ. DE EXPOSIÇÕES JOSÉ DA SILVA NOGUEIRA (PECUÁRIA) - MACEIÓ - ALPROMOÇÃO: AGROP. OLIVAL TENÓRIOEMILIO OMENAVARRELA PECUÁRIAASSESSORIA: DR. FRED ANDRADEDR. GUALTER PEIXOTODR. HERBERT CALHEIROS

“Serão leiloados em torno de 40 lotes, entre mulas, bur-ros de sela e jumentos Pêga. Outra novidade são as éguas campolina, que são muito utilizadas no cruzamento com jumento Pêga, produzindo um excelente muar de sela”

“O Leilão Produção é voltado para vender o animal de criação, ou seja, o que vocé criou, preparado para provas de diversas modalidades, especialmente a vaquejada”

Manuel Valente

Caleb Loureiro

2º Leilão Mulas e Jumentos Pêga de Alagoas

2º Maceió Horse Show Produção 2010

31º Leilão Nelocampo

“Vamos ofertar 15 touros Nelore PO entre outros animais, mantendo a tradição do nosso almoço seguido da entrega de premios para os criadores.”

Marla Tenório

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Outubro 2010 | Terra Forte 29

Tipica III OJC Finta FIV B. Correia Gipsy I TE da SabiáFajardo da GB x Sombra TE B. Correia (Inca POI da 3 Cox.)

Bitelo da SS x Outra B. Correia (Inca POI da 3 Cox.)

Helíaco da Java x Gipsy TE da Sabiá (Panagpur Al da Paul.)

Ecologia TE M. VerdePanagpur x Estimada TE da Juísa (Visual da Zeb. VR)

Prop.: Themis Brandão VilelaCondominio Nelore POI e PO Themis & Fabiano Falcão(82) 3325.6204 - 9137.8322 - Viçosa - ALwww.harasboasorte.com.br - E-mail: [email protected]. responsável: Dr. Davi Soutinho de Paiva - CMRV-AL 425

Marca de TradiçãoA n o v a f o r ç a d o N e l o r e N a c i o n a l

avan

ticom

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30 Terra Forte | Outubro 2010

ntes da liquidação do plantel do Grupo, com o auxílio do veterinário Hélio Tei-xeira, Silvio Paiva retirou 20 novilhas e 70 matrizes da cabeceira do plantel da Terley, em uma criteriosa seleção feita

entre as mais de 1500 matrizes P.O. Esses animais deram origem ao plantel SMP, tendo como base genética algumas das mais provadas linhagens, como Golias Imp, Karvadi, Taj Mahal Imp, en-tre outros. Além dos animais, o Nelore SMP deu continuidade a filosofia de criação já utilizada no rebanho da Terley, que tinha como objetivo pro-duzir animais para frigorífico, corrigidos, com al-tos níveis de rusticidade, fertilidade e habilidade maternal. Em meados de 2000, o incremento do rebanho já se dava a todo vapor com a produção de matrizes

e touros a campo por T.E. e por meio de aquisi-ções de consagradas genéticas, como Terra Boa, VR, IBC, Sabiá, Olival Tenório, entre outras, nos principais leilões da raça no Brasil.

Em uma dessas aquisições, em 2003, foi arrema-tada a vaca Vagalume Barros Correia, que já car-regava no ventre o início de uma nova era para a SMP. Ao bezerro, foi dado o nome de Inriti da Terley.

Inriti desde então, já se anunciava como um gran-de raçador, herdeiro das melhores características genéticas presentes em sua linhagem, como be-leza racial e propriedade de imprimir capacida-des de fertilidade e leiteira provenientes da linha materna, com Nobre da Primavera e Himalaya do BR. Tais características se confirmaram nas pis-

Nelore SMP, porteiras abertas para o sucesso

A

Os clientes que adquirem touros a campo da SMP estão adquirindo a mesma base genética dos animais de pista, consequentemente, a mesma produtividade”Hélio Teixeira, veterinário responsável da criação SMP

Há 17 anos, o engenheiro Silvio Marcio Conde de Paiva dava início a uma história de superação e paixão pela pecuária. Quando o Grupo Tércio Wanderley resolveu liquidar seu plantel, focando seus recursos apenas na produção sucroalcooleira, Silvio Paiva deu início a um grande sonho.

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Outubro 2010 | Terra Forte 31

tas, nas quais ele, por anos, não teve concorrência, apresentando-se como indivíduo de extraordiná-rio arqueamento de costelas, convexidade de car-caça, e, principalmente, um posterior inigualável.

Sua morfologia premiadíssima nas pistas leva-va a crer que Inriti também brilharia como um grande reprodutor. Dito e feito! Após vários tes-tes de qualidade, prática comum na seleção SMP, confirmou-se que sua progênie era portadora das características mais exigidas pelo mercado, como habilidade maternal, capacidade leiteira de suas filhas, precocidade reprodutiva na idade ao pri-meiro parto, rusticidade, precocidade no acaba-mento de carcaça, sempre volumosas, arqueadas, compridas e com posteriores bem revestidos, além de um ótimo temperamento.

A união de beleza racial, funcionalidade e ho-mogeneidade levaram Inriti a uma posição de destaque como um dos campeões de venda de sêmen na Alta Genetics, consagrando-se como um efetivo melhorador em inúmeros plantéis no Brasil e na América Latina, que priorizam tanto carne, quanto pista. O fator fertilidade o coloca como um dos touros mais usados nos trabalhos de inseminação artificial em tempo fixo, (IATF), no Brasil e América Latina. Neste processo é es-sencial o uso de sêmen com altíssimo índice de fecundidade. “Os resultados do Inriti nos proje-tos de IATF que realizamos em nossos clientes são excelentes, com uma taxa de prenhez de 60,57 %

em média. Para nossa empresa, que realiza um volume significativo de IATFs todos os anos em rebanhos comerciais, ter disponível no mercado um touro que apresenta não somente esses resul-tados elevados na taxa de prenhez, mas também excelentes resultados de produtividade em sua progênie: ganho de peso, fertilidade, habilidade materna e conformação de carcaça, sem duvida nenhuma nos proporciona total segurança de in-dicar e utilizar o Inrit cada vez mais em nossos projetos como uma das grandes opções de touros nelore para aumentar a produtividade dos reba-nhos” , explica o veterinário Luciano Penteado, da Firmasa Tecnologia para Pecuária Ltda. Des-de então, sua progênie começou a se destacar em todo Brasil, como no Campeonato de Bezerros de Campo, realizado em Camapuã (MT), onde sua progênie se sagrou campeã e obteve recorde de preço na venda.

O uso de Inriti na genética SMP, associado ao uso dos principais raçadores nacionais, multiplicou a velocidade do processo evolutivo da produção do plantel.

Quando se questiona sobre a razão pela qual a SMP iniciou sua trajetória nas pistas, a resposta é simples: “O início do time de pista foi uma conse-quência do processo evolutivo da nossa genética.

A elite SMP

Iriti marcou umanova éra para a SMP

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32 Terra Forte | Outubro 2010

Ludy de Garça Bitelo da SS arefa da SS Nobre TE PRIM Vagalume B. Correia Lanna

Peso: 51 meses - 1.191 Kg

Mais de 70 mil doses de sêmen vendidas

para o Brasil e América Latina.

Inrit da Terley

sêmen disponível:

modernidade

Prop.: Silvio Márcio Conde de PaivaFone/Fax: 82 3217.2100Vet. Resp. : Dr. Helio: 82 - 9981.3806

TradiçãoResultadoN e l o r e S M P • G e n é t i c a d e r e s u l t a d o s

avan

ticom

.com

.br

Fot

os: F

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Outubro 2010 | Terra Forte 33

Não houve a formação de um novo plantel com esse propósito. Os clientes que adquirem touros a campo da SMP estão adquirindo a mesma base genética dos animais de pista, consequentemente, a mesma produ-tividade”, afirma Hélio Teixeira, veterinário responsá-vel da criação SMP. Segundo ele, ao verem a robustez das matrizes a campo, muitos chegam a duvidar que elas realmente não consomem nenhum suplemento ou ração, além da pastagem.

Toda essa qualidade deve-se a um conjunto de fato-res. O manejo correto e planejamento genético é um deles. Além disso, a fazenda está localizada em uma privilegiada região do agreste alagoano, onde o clima e a fertilidade do solo proporcionam um alto valor nu-tritivo das pastagens. Ao mesmo tempo, a área terri-torial restrita e o relevo acidentado fazem com que os espaços disponíveis sejam ocupados somente por ani-mais criteriosamente selecionados pela superioridade genética. Não há espaço para o mediano ou o “quase bom”. As matrizes doadoras “TOP” só são reconhe-cidas como tal depois de avaliadas e provadas como reprodutoras de qualidade. Só as fêmeas de elevado valor zootécnico e alta fertilidade permanecem.Atualmente, seguindo os passos do pai, os engenhei-ros Mauro e Marcio Paiva, também apaixonados pela atividade, dão andamento ao planejamento estraté-gico da empresa SMP que conta com uma equipe de colaboradores fixos e alguns profissionais agregados. Como perspectiva de futuro, a SMP acredita em um crescimento planejado que inclui a modernização da estrutura reprodutiva dentro da fazenda, a ampliação

da área útil para o aumento significativo da pro-dução, uma vez que o Nordeste, ainda este ano, terá suas barreiras comerciais abertas; a aquisi-ção de novas matrizes e indivíduos de genética superior que atendam às exigências do planeja-mento genético do criatório e o reforço cada vez maior das parcerias produtivas.

O presente

Ludy de Garça Bitelo da SS arefa da SS Nobre TE PRIM Vagalume B. Correia Lanna

Peso: 51 meses - 1.191 Kg

Mais de 70 mil doses de sêmen vendidas

para o Brasil e América Latina.

Inrit da Terley

sêmen disponível:

modernidade

Prop.: Silvio Márcio Conde de PaivaFone/Fax: 82 3217.2100Vet. Resp. : Dr. Helio: 82 - 9981.3806

TradiçãoResultadoN e l o r e S M P • G e n é t i c a d e r e s u l t a d o s

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ticom

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Hélio Teixeira, veterinário responsável da criação SMPe a equipe.

Noiva

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34 Terra Forte | Outubro 2010

nício da Agropecuária Olival Tenório se deu há 41 anos, quando o Industrial Olival Tenó-rio Costa, fundador de um dos mais tradicio-nais grupos sucroalcooleiros do País, juntou a paixão pela pecuária com sua visão empre-

endedora. Na época, paralelamente a implantação da Usina Porto Rico S.A., Olival Tenório preparou algumas de suas fazendas no município de Campo Alegre, em Alagoas, com o objetivo de formar um dos melhores planteis de gado Nelore PO, visando melhoramento genético da raça, não só no estado de Alagoas, quanto em todo país.

Os primeiros animais foram adquiridos nas ca-beceiras dos planteis das Fazendas Santa Aminta (Eduardo Duvivier) e Indiana (Durval Garcia de

Agropecuária Olival Tenório O encontro entre tradição, modernidade e funcionalidade

Sr. Olival Tenório eseu esposa

Induzido

I

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Outubro 2010 | Terra Forte 35

Menezes). Também foram adquiridas excepcio-nais matrizes de renomados criatórios como VR, Terra Boa, Sabiá, Sete Estrelas, Alfredo de Maya, Tércio Wanderley entre outros. Com uma base genética invejável, Olival Tenório formou seu seleto plantel de doadoras, com mui-tas matrizes de destaque. Seu pioneirismo e inovacão já se mostravam pre-sentes quando, inicialmente, utilizou suas matri-zes Nelore padrão para produção de gado Nelo-re Mocho, usando a genética de criadores como Geraldo Ribeiro (GR) e Ovídio Brito (OB). Essa estratégia, no mínimo questionável por muitos na época, provou sua eficiência nas pistas. Com o Nelore Mocho, Olival Tenório consagrou-se Tri-campeão Nacional, tendo como destaques Vera-no do Recanto, grande campeão Expozebu 1996; Granfa TE do Recanto, grande campeã 30º Ex-poinel 2001 e Hathani do Recanto, grande cam-peã Expozebu 2003 (comercializada por mais de R$ 300 mil, no Leilão OB).

Na época, o cargo de veterinário responsável pela reprodução na agropecuária, já era ocupado pelo respeitado veterinário e conhecedor da raça Nelore, Carlos Moraes, responsável pelo acasala-mento dos animais, sempre preocupado em aliar beleza racial à precocidade e habilidade materna. Para Olival Tenório, os desafios se davam por etapas. Cada meta cumprida nada mais era do que o início de um novo desafio. Foi então que, em 1995, já consagrado na raça Nelore mocho, iniciou a formação do plantel de Nelore Padrão. Não demorou muito para que a Agropecuária Olival Tenório ganhasse um lugar de destaque entre os criatórios nacionais, também nessa

raça. Conquistando inúmeros títulos como Me-lhor Criador e Expositor em exposições do Norte e Nordeste do Brasil. Entre os principais títulos pode-se citar a Palma de Ouro da Exponordesti-na - principal prêmio dado ao Melhor Expositor da raça no Nordeste - sendo ganhador de nove destes prêmios. Em Alagoas, a Agropecuária Oli-val Tenório consagrou-se como Melhor Criador e Expositor durante 11 anos seguidos. 

Em 2004, Tenório foi homenageado em grande evento em Uberaba, MG, por sua representativi-dade no setor. Outro fato que se tornou um mar-co na evolução genética da Agropecuária Olival Tenório foi o touro Induzido do Recanto. Nasci-do em 2001, Induzido já se diferenciou como um extraordinário bezerro que iniciaria uma carreira brilhante nas pistas e, posteriormente, como re-produtor. Foi Grande Campeão na Expoema 2003 e Grande Campeão Nordestino em Recife – PE, 2003.

Em 2005, Induzido tornou-se um dos recordistas em vendas de sêmen com cerca de 60.000 doses vendidas não só no mercado nacional, como em outros países da América Latina, principalmen-te na Bolívia onde seus produtos e progênies se consagram nas pistas. Em 2008, Induzido do Recanto foi negociado 50% no valor total de R$ 1.400,000,00, adquirido pelo grupo Colorado, fa-zendo assim uma sociedade de grande sucesso.

Induzido tornou-se um símbolo da qualidade ge-nética da Olival Tenório, pois além de ser reco-nhecido como um funcional melhorador de plan-teis de produção, também fez sua história como grande pai e avô de Campeões nas pistas de todo Brasil.

Em 2005, Induzido tornou-se um dos recordistas em vendas de

sêmen com cerca de 60.000 doses vendidas não só no mercado

nacional, como em outros países da América Latina

Doadora e filha Induzido

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36 Terra Forte | Outubro 2010

Indu

zidoGrande Campeão na Expoema - 2003

Grande Campeão Nordestino - 2003

Um dos recordistas em vendas de sêmen na Alta Genetics, com mais de 60.000 doses vendidas no Brasil e na América Latina, principalmente na Bolívia onde seus produtos e progênies se consagram nas pistas.

Produtor do Grande Campeão Nacional Expoinel Uberaba - MG 2009 - Touro da Central Alta Genetics

Rima FIV Capolavoro 2

quarta-feira

Reservas e cadastro : (82) 3036-7070 Info.: (82) 9327-6315 c/ Carlos Moraes

ou (82) 9981-3806 c/ Dr. Helio

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tico

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Produtor das Campeãs:

Big Ben da SN X Floema do Rec ( Panagpur AL da Paulicéia)RGD: APOT A 2681 - Nasc: 08/12/2001

Flôr Katispera

Noiva do Rec

Luma FIV RMV

• Campeã Bezerra Feapam Ribeirão Preto - SP 2007; • Campeã Bezerra Fernandópolis 2007; • Res. Campeã bezerra Expoinel Mineira 2007

• Bi-Grande Campeã Expoagro Maceió - AL 2006 e 2007

• Grande Campeã 2007 em: Redenção, Xinguara, Marabá, Rodon do Pará, Paragominas e Belém;

Sua filha, Faguna Ouro Fino (Induzido X Jupia III) foicomercializada 50% no valor total de R$1.040.000,00 aos sete meses de idade no Leilão EAO/Guadalupe 2010, ao Sr. Ivan Zurita.

Faz. Recanto - Limoeiro de Anadia / AL - Fone: Fax: (82) 3271-9262 (Escritório) Vet. Responsável - Dr. Carlos Moraes Fone: (82) 9327-6315

Sêmen à venda na

Condomínio Induzido do Recanto:

Nelore Colorado

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Outubro 2010 | Terra Forte 37

nejado pelo seu visionário fundador. Em uma história muitas vezes contrária a maioria dos criatórios que iniciam suas atividades focadas na produção para posteriormente ingressar nas pis-tas, a Olival Tenório investiu pesado na genética de elite, para que essa fosse realmente a base do plantel de produção.

Hoje, o plantel da Agropecuária Olival Tenório é composto por 500 matrizes Nelore PO e 120 ma-trizes Nelore Mocho PO de alto valor genético, exclusivamente para produção de Tourinhos e mais 1500 matrizes Nelore PO, selecionadas para a produção de Bezerras e Bezerros Cara Limpa vendidos para recria e engorda.  Ciente das necessidades de um mercado cada vez mais exigente e competitivo, a atual diretoria da Agropecuária Olival Tenório busca aprimorar os serviços através de investimentos na área de ges-tão empresarial, firmando uma parceria com a empresa Agropllan, representada pelo conceitua-do Consultor Fernando Meireles, sempre visando à vanguarda no setor Agropecuário brasileiro.

Atualmente, dirigida por Marla Tenório, neta de Olival Tenório, a Agropecuária tem sede no mu-nicípio alagoano de Limoeiro de Anadia. Lá é fei-ta a pré-seleção dos bezerros e bezerras que são avaliados mensalmente quanto à sua morfologia e precocidade, para  só então serem escolhidos os que farão parte do seleto time de pista da Agrope-cuária Olival Tenório, bem como, aqueles que são ofertados nas principais feiras e leilões durante o ano.

O pioneirismo na montagem de um laboratório para manejo reprodutivo no início dos anos 90, proporcionou parcerias com os principais reba-nhos do Nordeste como Irmãos Barros Correia, Emilio Omena, Nelore SMP, Varrela Pecuária, Celso Pontes de Miranda, Adeilson Loureiro,  Marcelo Loureiro, Agropecuária Pitú, Afrânio Jatobá, Toinho do Charque, Nô Izidoro, José Ge-nildo Pessoa entre outros. Atualmente a Agrope-cuária fechou parceria de FIV com a Imbiribeira Pecuária de Luiz Jatobá, sendo o veterinário Car-los Moraes responsável pelos acasalamentos.A trajetória da Olival Tenório segue o rumo pla-

Hoje, o plantel da Agropecuária Olival Tenório é composto por 500 matrizes Nelore PO e 120 matrizes Nelore Mocho PO de alto valor genético

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38 Terra Forte | Outubro 2010

EDUCAÇÃO

que serão expostos em concursos. Altura, largu-ra, caixa torácica, perímetro escrotal, dentição, essas e outras mensurações são levadas para os juízes, para que eles possam saber do potencial do animal e sua qualidade, antes mesmos da nota final”, explicou Clemens Fortes.

Estabelecer a cultura técnica no trabalho do ho-mem do campo é uma das intenções desse pro-jeto promovido pelo Ceca-Ufal e Associação dos Criadores de Alagoas (ACA). “Durante 24 ho-ras, em todos os dias do evento, vão ter alunos e membros da Adeal cuidando da parte técnica de inspeção”, comentou Fortes.

Mini-cursos serão promovidos por especialistas da Ufal e criadores. A novidade é a participação de estudantes de medicina veterinária da cidade de Viçosa. “A visão de trazer pessoas da academia é algo que engrandece o processo técnico e práti-co. Isso se deve também ao presidente da ACA, Domício Silva”, contou Fortes.

O coordenador do Ceca-Ufal finalizou dizendo que será dado um certificado da ACA e da Ufal para os estudantes que participarem do processo. Uma oficina com o minicurso de compostagem será ministrado por Clemens Fortes no dia 28, às 17:00 horas.

Estudantes dos cursos de engenharia agrônoma, zootecnia e medicina veterinária vão adquirir experiências práticas durante feira agrária

Alunos a partir do 5º período de engenharia agrônoma, zootecnia e medicina veterinária vão participar de forma prática da 60ª Expoagro. Pela quinta edição consecutiva, a feira agrária vai tra-zer estudantes da Universidade Federal de Ala-goas (UFAL) para inspecionar animais e fazer as

mensurações avaliati-vas de cada lote.

“Estar presente na Ex-poagro é uma experi-ência única para os estudantes das áreas de Ciências Agrárias. Esperamos contar com a participação maciça desses alunos, para poder agigantar ainda mais o tradi-cional evento”, falou o coordenador da Uni-dade Didática e Ex-perimental do Centro de Ciências Agrárias (Ceca-Ufal), Clemens Fortes.

Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) e os futuros profissionais de Ci-ências Agrárias vão começar seus trabalhos pelo menos duas semanas antes do início da Expoa-gro, já que os animais chegam de todas as partes de Alagoas e precisam ser analisados antes de po-der ter a liberação de sua comercialização e ex-posição.

“Além das inspeções em conjunto com Adeal, os alunos vão fazer as pré-avaliações dos animais

Alunos da UFAL participam de atividades na 60ª Expoagro

Estar presente na Expoagro é uma

experiência única para os estudantes das áreas de

Ciências Agrárias.”Professor Clenes Fortes, coordenador da

Unidade Didática e Experimental do Centro de Ciências Agrárias (Ceca-Ufal),

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Outubro 2010 | Terra Forte 39

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40 Terra Forte | Outubro 2010

o último dia 25 de outubro, os irmãos Celso, Aloísio e Ricardo Barros Correia reuniram na Fazenda Recanto, em Chã Preta/AL, mais de 600 agropecuaristas e empresários do setor do agronegócio ala-

goano para a segunda edição do Dia de Campo Nelore Barros Correia.

O evento contou com palestras, ilhas técnicas e principal, com a apresentação do gado Nelore, e foi direcionado para produtores de pequeno, mé-

dio e grande portes, além de criadores de outros estados como Sergipe, Rio Grande do Norte e Paraíba. Na palestra que abriu o evento, o veteri-nário Leonardo Brant, consultor da Exagro, falou sobre a “Gestão em Pecuária de Corte”.

A palestra abordou questões como a adminis-tração na pecuária e a rentabilidade em fazendas que apresentam as mesmas características. Com mais de 18 anos no mercado e um portfólio de 300 fazendas assistidas em todo Brasil, com um

ACONTECEU

Dia de Campo dos IrmãosBarros CorreiaEvento se consolida no calendário do agronegócio

ACONTECEU

N

Ricardo, Celso e Aloísio Barros Correia no já consagrado dia de campo

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Outubro 2010 | Terra Forte 41

milhão e cem cabeças de gado no total, a Exagro tem sede em Belo Horizonte, capital mineira.

Para Brant, o objetivo da palestra foi mostrar por-que fazendas com a mesma consultoria, na mes-ma região e área, podem apresentar resultados financeiros diferentes. “Neste momento percebe-mos que, embora elas tenham condições físicas, climáticas, de gado e de rebanho iguais, a gestão aplicada pelo proprietário da fazenda é o diferen-cial nos resultados financeiros”, explica.

Especializado na parte financeira das fazendas, Leonardo Brant se disse impressionado com o trabalho desenvolvido em Alagoas. “O potencial de produção e financeiro que existe em Alagoas é algo que ninguém imagina. Aqui é competitivo com qualquer região do País, e os alagoanos tem condições de expandir a pecuária e ter uma lucra-tividade tão boa quanto em São Paulo ou Goiás. É diferente de tudo que eu já vi até hoje”, ressaltou.Leonardo disse ainda que o produtor precisa ter mais conscientização sob a lucratividade das fa-zendas, assumindo para si a mudança de gestão dentro de suas propriedades.

Dando continuidade às palestras, o supervisor técnico da Tortuga, empresa pioneira em nutrição e saúde animal, Carlos Santos, levou à discussão as Estratégias Nutricionais para Bovinos de Corte na Seca, com Ênfase em Cana-de-Açúcar e Se-miconfinamento. Santos explicou que é possível

criar uma alimentação rica em nutrientes para a época da seca. “Foi possível apresentar um retor-no que possibilite ao pecuarista condições de en-gordar seus bois em regime de pasto, de forma rá-pida na pré-seca, e com isso ser remunerado com o melhor preço da arroba”, relata Carlos. Finalizando a parte de palestras, Celso Barros Correia falou sobre tecnologia, produção e sus-tentabilidade na pecuária. “Existe hoje uma ten-dência na pecuária de Alagoas que se consolida por aplicar tecnologia e conhecimento. Procurei mostrar a filosofia do momento, projetando o que nós queremos ter de filosofia no nosso processo futuro. Defender nossa atividade com uma ima-gem positiva, mostrando que não basta produzir e vender, mas ser respeitado pelo seu produto”, destacou Celso.

Para ele, o Dia de Campo já se consolidou como um evento importante na pecuária alagoana. “Acredito que próximo ano a gente possa ampliar, porque é importante você trazer a experiência e a visão de outros pecuaristas do Brasil”, afirma.

Os irmãos Barros Correia realizaram ainda uma mostra genética do gado Nelore Selecionado. Na ocasião foi inaugurado também um amplo centro de manejo, onde foram apresentados os animais da raça Nelore Barros Correia que serão leiloados no Leilão Nelore BC.

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ACONTECEU

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Outubro 2010 | Terra Forte 43

SOMBRA TÍPICA OUTRA VALA BATONA

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44 Terra Forte | Outubro 2010

OVINOCAPRINOCULTURA

utra importante característica da raça é a grande produção de leite, as altas taxas de desmame, de fertilidade e fecundida-

de com alta incidência de partos duplos.

Esta raça pode ser encontrada hoje em diversas regiões do País. Um exemplo de criação do capri-no Boer que é sucesso no Brasil encontra-se no Rebanho Caroatá, em Gravatá, Pernambuco. No ano de 1998, o pecuarista Luiz Felipe Bren-nand começou a investir na criação de uma eli-te de animais capaz de oferecer uma genética

Rebanho Caroatá é referência em Pernambuco e na BahiaAnimal forte, robusto, aparência vistosa, com pelos curtos sobre uma pele solta, macia e pregueada. Essas são algumas das características da raça de caprino Boer. Originário da África do Sul, o Boer nasceu de uma mistura de animais oriundos da Índia e da Espanha, e transformou-se em um verdadeiro caprino de corte.

de altíssima qualidade. Aproveitando a vocação natural da região, o primeiro passo foi importar embriões da raça Boer, direto da África do Sul, e campeões e filhos de campeões do Texas, nos Estados Unidos. A raça é capaz de produzir carne de excelente qualidade e com baixo teor de gor-dura. “A raça Boer possui grande potencial e reú-ne qualidades essenciais para uma criação produ-tiva”, justifica o pecuarista.

Posteriormente, o Rebanho Caroatá expandiu suas atividades com a aquisição de ovinos da raça

O

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Outubro 2010 | Terra Forte 45

Santa Inês. A raça é originária do nordeste bra-sileiro e resultado do cruzamento das raças Ber-gamácia, Morada Nova e Somális. A raça surgiu como uma excelente alternativa para os criadores brasileiros que buscavam animais de grande por-te, pelo curto, produtivos e perfeitamente adapta-dos às condições climáticas do Brasil. Os animais Santa Inês do Rebanho Caroatá foram comprados de tradicionais pecuaristas do País e teve como objetivo incrementar o rebanho com uma raça tipicamente brasileira.

Em 2003, com o objetivo de acompanhar o cresci-mento do mercado de carnes caprinas e ovinas no Brasil, o Rebanho importou 250 embriões da raça Dorper, especializada na produção de carne. Nes-ta época o Caroatá já mostrava frutos de seu tra-balho por meio da expansão de sua fazenda. Em Baixa Grande, a 240 Km do Salvador, teve início o Rebanho Caroatá na Bahia. A terceira raça foco do rebanho ganhou os territórios baianos.

Atualmente, O Rebanho Caroatá possui mais de 1700 animais, entre matrizes e reprodutores ca-prinos e ovinos.

Para alcançar um alto padrão de qualidade destes animais, o Rebanho Caroatá se utiliza das mais modernas técnicas de reprodução. Na fazenda foi implantado o programa de coleta de embriões com cerca de 300 matrizes doadoras. Este tra-balho fez da genética do rebanho um modelo e referência para todos os criadores e interessados na atividade no país. Resultado disso, durante seis anos o pecuarista Luiz Felipe Brennand foi esco-lhido o melhor criador e expositor da raça Boer do Brasil, e os animais com o afixo Caroatá estão sempre se destacando em exposições.

“Optamos por trabalhar com melhoramento ge-nético desde o início da criação. Nosso objetivo é ajudar no desenvolvimento de uma raça, possi-bilitando a expansão da ovinocaprinocultura no Brasil”, explica Brennand.

Para manter a qualidade dos animais, o Rebanho possui cuidados especiais como alimentação, alo-jamento e cuidados veterinários. Durante todo o ano, as matrizes são criadas totalmente no cam-

Optamos por trabalhar com melhoramento genético

desde o início da criação. Nosso objetivo é ajudar no

desenvolvimento de uma raça, possibilitando a expansão da ovinocaprinocultura no

Brasil”

Luiz Felipe Brenand

po, em regime de pastejo, e tem sua alimentação complementada com dois tipos de sal proteinado, um para a época das águas e outro para a seca. Já os cordeiros e cabritos são semi-confinados nos galpões, mesmo depois de apartados, até atingi-rem 30kg a 35kg.

Se há mais de 12 anos a ovinocaprinocultura para corte no Brasil era uma atividade pratica-mente inexistente, atualmente os criadores vem investindo no crescimento e fortalecimento do setor, como faz o rebanho Caroatá. No início da

O pecuarista, Luiz Felipe Brenand

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46 Terra Forte | Outubro 2010

OVINOCAPRINOCULTURA

O Rebanho Caroatá promove todos os anos os leilões Caroatá, Pompeu Borba e Três Ases e Um Curinga, realizados nas cidades de Gravatá, Recife e João Pessoa. A novidade é que alguns dos leilões Três Ases são itinerantes e são realizados nas cidades onde acontecem exposições nacio-nais das raças. Outros são virtuais. O pecuarista destaca os leilões como um evento importante para mostrar e diversificar seus animais a outros criadores. Os eventos são parada obrigatória para quem deseja entrar na ovinocaprinocultura.

Leilões

produção, os criadores agiam de forma isolada, e posteriormente começaram a enxergar a opor-tunidade de profissionalizar o setor e iniciar a se-leção genética das raças. O objetivo era conseguir chegar a um melhor padrão racial que atendesse ao mercado de carne no país. O Rebanho Caro-atá destaca-se por começar sua criação já com animais de importantes portes, como os Boer e Dorper, conseguindo assim um excelente nível de qualidade já no início da criação. Luiz Felipe Brennand ressalta que para manter este padrão de qualidade é preciso realizar um

trabalho constante. “Em genética o trabalho de aprimoramento deve ser feito diariamente, esco-lhendo a melhor genética a ser trabalhada, a do-adora com melhor histórico familiar. Assim con-seguimos produzir animais campeões”.

A tecnologia também é um fator essencial no tra-balho com a genética nos rebanhos. “Nós temos na fazenda uma central de tecnologia de repro-dução, a Caroatá Genética”, informa Luiz Felipe. A Caroatá Genética é considerada a maior e mais bem equipada central de reprodução de caprinos e ovinos do Brasil.

Pode-se dizer que este trabalho diário é o que di-ferencia o Rebanho Caroatá de outras criações. “Investimos muito para começar bem a atividade. Acrescento que gostamos do que fazemos, tra-balhamos com seriedade e temos uma excelente equipe. Graças a isso, conseguimos ser referência em alta genética de caprinos e ovinos”, enfatiza.

As fazendas de Pernambuco e Bahia somam cer-ca de 30 funcionários, entre tratadores, gerentes, administrativo/financeiro, marketing, e veteriná-rios, sendo um responsável técnico pelo rebanho e dois especialistas em tecnologia de reprodução.

Rebanho da Raça Boer

Rebanho da RaçaSanta Inês

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Outubro 2010 | Terra Forte 47

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48 Terra Forte | Outubro 2010

MERCADO DO BOI

Mercado do boi gordo

Antônio Carlos Farias Brandão*

*É engenheiro agrônomo, pecuarista, MBA em Gestão Empresarial pela FGV e presidente da comissão de pecuária de corte da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas.

O Mercado do boi gordo está em alta e vai con-tinuar subindo pelos mesmos motivos que eleva-ram os preços até agora. O quadro não mudou em nada e continua com demanda alta e oferta em declínio, acelerando a procura de animais por parte dos frigoríficos e matadouros municipais das cidades do interior de Alagoas, Pernambu-co, Paraíba e em praticamente todos os estados do nordeste. As unidades produtoras de açúcar de Alagoas estão em plena safra e com o quadro de trabalhadores completo, fazendo circular mais dinheiro na economia e consequentemente au-mentando a demanda por alimentos, mais espe-cificamente a proteína animal, que é tão cobiçada pela população.

Em todo o Brasil as cotações continuam firmes, inclusive com aumento de preços de forma su-cessiva em diversas praças, fazendo o pecuarista esperar o momento adequado para a venda dos animais. Desde Janeiro os preços subiram mais de 25% em vários estados, mas em Alagoas as cotações só agora começaram a subir com inten-sidade por falta de bois que atendam a demanda aquecida do momento. Continuamos alertando o

produtor para ter calma na venda, indo em busca do melhor preço e se possível com a antecipação da reposição, pois se venderem gado sem a repo-sição imediata, correm o risco de venderem bara-to e comprarem caro.As escalas estão encurtando rapidamente, os pre-ços estão aumentando como havíamos previsto, os compradores vão ter de ir buscar gado em outros estados para atenderem a demanda e não conseguirão chegar com eles por menos de 95 re-ais a arroba. Este é o quadro atual de mercado e não vai mudar no curto prazo. Após meses de es-tabilidade de preços, o boi gordo saiu de 84 para 88 reais em uma semana e vários municípios che-garam a registrar 90 reais. Vai continuar subindo até um piso de R$95,00 que é o preço do boi de outros estados mais o custo do transporte.

Os preços pagos ao produtor ainda estão bastante defasados em relação à inflação e ao custo de pro-dução, mas tende a aliviar a pressão sobre as con-tas dos pecuaristas. Assim, quem sabe não voltam a investir nas propriedades e a produzir mais para atender a demanda crescente e contribuem para segurar a inflação dos alimentos no futuro.

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Outubro 2010 | Terra Forte 49

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50 Terra Forte | Outubro 2010

CAJUCULTURA

ruto considerado pequeno, de coloração vermelha, alaranjada ou amarela, que é apreciado pela sua maciez e abundância em sumo. Estas são algumas das caracte-

rísticas do caju. Em Alagoas, a cultura deste fruto vem sendo ampliada de forma considerável, tor-nando-se um dos estados do Nordeste que mais aumentam seus investimentos nesta cultura. Na contramão do que acontece no mercado nacio-nal, que vem sofrendo uma queda de produção, Alagoas desenvolverá um plantio de grande esca-la, em 2010, para ampliar seus negócios.

A cajucultura vem basicamente da agricultura fa-miliar e é predominantemente realizada na região do nordeste brasileiro. Ao todo, no Nordeste já existe uma área plantada superior a 650 mil e o caju já responde por mais de 95% da produção nacional, sendo os estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia os principais produto-res. Destes, destaca-se o Ceará, que colheu no ano 2009, 104.421 toneladas, só de castanha de caju. A expectativa é que para esse ano mais de 153 mil toneladas de castanha estejam no mercado.

Cajucultura: uma realidade nordestinaO Ceará é o maior produtor de caju do país. Alagoas investe no plantio para ampliar sua produção

F

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Outubro 2010 | Terra Forte 51

CAJUCULTURA

Por suportar elevadas temperaturas, de até 37º, o cajueiro é uma árvore frutífera de grande resis-tência, ideal para regiões com estiagens e de solos não muito férteis. Em Alagoas, a região sertaneja do município de Olho d’ Água das Flores já inicia o projeto de lucratividade com a cajucultura.

Os investimentos realizados pelo Banco do Nor-deste e Banco do Brasil, em parceira com o go-verno estadual de Alagoas, possibilitaram o de-senvolvimento em grande quantidade do caju e a sua castanha. Em Olho d’Água das Flores essa econômica vem beneficiando dezenas de famílias que vivem do cultivo do Anacardium Occidentale (nome científico do caju).

O município vislumbra, a médio e longo prazos, entrar para um seleto mercado que movimenta um negócio em torno R$ 150 milhões/ano so-mente com a produção de amêndoa da castanha do caju. Prova do crescimento da atividade, é que o município de Olho D’Água já vem agregando indústrias do segmento, como a Fruteb, de Sergi-pe. Alagoas exportou recentemente cerca de 800 caixas de castanha somente para essa empresa sergipana.

Atualmente, Olho D’Água das Flores se prepara para receber mais uma fábrica de produção de castanhas. Com as duas fábricas, a cidade terá po-tencial para produzir até 10 toneladas/mês ou 120 toneladas/ano.

A primeira fábrica do município foi entregue em 2007, ao custo de R$ 43 mil, com a doação do pré-dio pela prefeitura. A segunda será entregue em dezembro, já com o financiamento de R$ 283 mil do Banco do Nordeste, divididos entre os cotistas. Nessa unidade, o município entrou com mais R$

17 mil para aquisição do galpão.

“Alagoas desponta como um dos potenciais pro-dutores de caju no Nordeste. A cajucultura tem crescido a cada ano e surge como alternativa na difusão da economia do Estado. Primeiro, porque tende a substituir as culturas tradicionais, como a da cana-de-açúcar, em função da tendência em mecanizar o setor até 2014”, comenta Alberto Es-pinheira, coordenador do programa de Cajucul-tura da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário de Alagoas.

O município de Olho D’Água das Flores vislumbra, a médio e longo prazo, entrar para um seleto mercado que movimenta um negócio em torno R$ 150 milhões/ano somente com a produção de amêndoa da castanha do caju

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52 Terra Forte | Outubro 2010

O potencial e a importância da cultura do caju vão além dos benefícios produtivos da fruta. A cajucultura é vista atualmente na região do mé-dio Sertão alagoano porque, segundo dados da Embrapa, a aceitação do caju traduz-se pelo nú-mero de empregos diretos que gera, dos quais 35 mil no campo e 15 mil na indústria, além de 250 mil empregos indiretos nos dois segmentos. Para o Semiárido nordestino, a importância é ainda maior, pois os empregos do campo são gerados na entressafra das culturas tradicionais como mi-lho, feijão e algodão, o que reduz o êxodo rural.

Os produtos derivados do caju apresentam ele-vada importância alimentar. O caju contém cerca de 156 mg a 387 mg de vitamina C, 14,70 mg de cálcio, 32,55 mg de fósforo e 0,575 mg de ferro por 100 ml de suco, sendo assim um importante alimento para o brasileiro.Além do desenvolvimento econômico para as re-giões que vivem da cajucultura, outro fator im-portante, é o reflorestamento que se dá em todos os locais de plantio.

Alberto Espinheira aponta ainda outra qualidade do caju. “É um produto que se adapta a pratica-mente qualquer tipo de solo, com exceção daque-le muito encharcado”, revela.

Além de Olho d’Água das Flores, outros municí-pios que já vêm desenvolvendo plantação regular do caju são: Arapiraca, Penedo, Monteirópolis, Olha D’Água do Casado, Olivença, Junqueiro e Teotônio Vilela.

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Outubro 2010 | Terra Forte 53

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54 Terra Forte | Outubro 2010

BENEFÍCIOS

ma boa notícia para os agricultores fa-miliares de Alagoas. O Conselho Na-cional de Política Fazendária (Confaz) aprovou neste mês de outubro a medida

que isenta os agricultores familiares do pagamen-to do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A medida vale apenas para aqueles agricultores que vendem ou pretendem vender sua produção para os municípios incluí-rem na merenda escolar e deve entrar em vigor em poucos dias, após tramitação na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).

A aprovação da medida é resultado da apresenta-

Confaz aprova isenção de ICMS para agricultores alagoanos

Medida pode ser ampliada para outros estados

ção de um convênio feito pela Sefaz, e que deve beneficiar também os estados do Acre, Bahia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Tocan-tins. De acordo com o convênio, publicado no Diário Oficial da União, no dia 28 de setembro de 2010, os estados incluídos estão autorizados a “isentar o ICMS devido na operação relativa à sa-ída de gênero alimentício produzido por agricul-tores familiares que se enquadrem no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Fa-miliar (Pronaf) e que se destinem ao atendimento da alimentação escolar nas escolas de educação básica pertencentes à rede pública estadual e mu-nicipal de ensino do Estado”.

U

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Outubro 2010 | Terra Forte 55

L e i l ã o

Quarto de Milha • Paint Horse

L e i l ã o

Portal

L e i l ã o

Quarto de Milha • Paint Horse

L e i l ã o

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A u n i ã o p e r f e i t a e n t r e g e n é t i c a , t r a d i ç ã o e d e d i c a ç ã o

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Celso Pontes Miranda Filho

Marcus de Sales Loureiro

Parque Arthur Filho

Durante A Grande Vaquejada do Parque Arthur Filho

e a entrega do Prêmio do Site Portal Vaquejada

“Melhores do Ano da Vaquejada”

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56 Terra Forte | Outubro 2010

MERCADONOTAS

O governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho recebe do diretor da revista Terra For-te, José Nogueira Neto (foto), o novo veículo que vem para mostrar a força do agronegócio no Nordeste. Vilela destacou a importância de existir um material editorial exclusivo que trate do assunto e falou da excelente qualida-de do periódico.

Terra Forte 1

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Outubro 2010 | Terra Forte 57

O lançamento da revista Terra Forte aconte-ceu em conjunto com o Dia de Campo, pro-movido pelos irmãos Barros Correia. A apre-sentação do novo impresso alagoano causou alvoroço nos criadores, que estiveram presti-giando o evento, que foi um grande sucesso.

O setor pecuarísta está de luto pela morte do patriarca da família Barros Correia, Sr. Celso Barros Correia (foto). O engenheiro agronomo deixa um legado que é orgulho para seus filhos e netos. Fica aqui registrado os sentimentos de toda a equipe da revista Terra Forte.

Agência de Apoio ao Empreendedor e Peque-no Empresário de Alagoas (Sebrae/AL), em parceria com o Serviço Nacional de Apren-dizagem Industrial (Senai), contará na 60ª Expoagro com 16 palestras e sete minicursos que tratarão de mercado, legislações, políti-cas, qualidade e tecnologias. O conhecimento será transmitido para o homem do campo por quem entende do assunto.

Terra Forte 2

Sebrae e SenaiLuto

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58 Terra Forte | Outubro 2010

GESTÃO

om 85 anos de existência, a Usina Co-ruripe, instalada no município de Co-ruripe- AL, começa a dar novos rumos para a sua história. Administrada desde

1941 pelo Grupo Tércio Wanderley, a usina tem como principais atividades a produção de álcool, açúcar e energia. Hoje, são cinco uni-dades da usina: a matriz, em Alagoas; e mais quatro filiais, em Minas Gerais.

Dando continuidade ao ciclo de investimen-tos, a Coruripe agora agrega à sua gestão o sistema SAP- Sistema Integrado de Gestão Empresarial. Criado na Alemanha, o sistema é líder global de mercado em soluções de ne-gócios colaborativas e multiempresas.

Com isso, após oito meses de treinamento, a usina Coruripe estará pronta para entrar no roll das maiores e melhores empresas do mun-do. Para melhor adaptar a gestão atual com o novo sistema, a Coruripe criou o GPC- Ges-tão de Processos Coruripe, que vai padroni-zar e unificar os processos administrativos das empresas do Grupo Tércio Wanderley.

A intenção, segundo o assessor de comuni-cação da empresa, André Muricy, é utilizar o SAP em sua forma original, sem nenhuma alteração. “O SAP vai uniformizar nosso sis-tema, o que é uma mudança de paradigma. Vamos aproximar e unificar os procedimentos

de Alagoas e Minas Gerais”, explica.Atualmente, a usina Coruripe mói 12 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, destacando-se como a maior no norte-nordeste. A missão do SAP é o de padronizar e unificar os processos administrativos de todas as unidades da Usina Coruripe, com foco nas normas legais, nos re-quisitos de auditoria e na sustentabilidade. O processo de instalação do GTC contempla cinco fases: preparação de projeto, desenho de solução, realização, preparação final e suporte. Os traba-lhos foram iniciados em junho e serão finaliza-dos em maio de 2011. Para melhor desempenho e adaptação das atividades dentro das usinas, 80 pessoas, entre analistas de sistemas, consultores externos, diretores, gerentes e coordenadores da Coruripe foram enviados para a cidade de Arara-quara, em São Paulo, para participar dos treina-mentos e servirem como multiplicadores. Serão 700 funcionários, apenas em Alagoas, que em breve estarão aptos ao melhor sistema de gestão do mundo.

O SAP vai uniformizar nosso sistema, o que é uma mudança de paradigma. Vamos aproximar e unificar os procedimentos de Alagoas e Minas Gerais”

“André Muricy

Programa alemão eleva a empresa às melhores do mundo

Usina Coruripe investe no sistema SAP

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COOPERATIVISMO

A Cooperativa Pindorama, localizada no mu-nicípio de Coruripe, Alagoas, está desenvolven-do mais um projeto de ação sustentável. Junto ao Centro de Treinamento Rural de Pindorama (Cetrup), a instituição reuniu artesãs alagoanas que estão trabalhando na fabricação de palito de churrasco a partir do bambu.

A ideia nasceu quando a cooperativa começou a fabricar móveis de bambu, mas uma praga deixou o projeto sem matéria prima. Com uma estrutu-ra de máquinas e espaço, o Núcleo Incubador de Empresas Pindorama (NIEP) intermediou uma capacitação entre as artesãs da região, com pro-dutores da Associação Artesanal dos Paliteiros de Viçosa (Aspiva), que produz mais de 500 mil pa-litos de bambu por semana.

O grupo de artesãs da Associação Papelaço, parti-cipante do projeto, faz trabalhos confeccionando bijuterias, pastas, caixas de presentes, cadernos e outros materiais de escritório a partir do bagaço da cana. Agora, estão sendo capacitado para mais esta atividade, que vai trazer inovação à Coope-rativa.

Segundo a gerente do Niep, Marinalva Nanes, a expectativa é envolver, de início, 30 famílias no projeto. “O grupo já passou pela primeira capa-citação e conheceu os processos de fabricação, como o de lapidação e esterilização. Agora esta-mos aguardando o financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Fami-liar (Pronaf) através do Banco do Nordeste para darmos o próximo passo que é a estruturação da fábrica”, revelou.

Para reforçar o projeto, o Serviço de Apoio às Mi-cro e Pequenas Empresas de Alagoas (Sebrae) vai incluir, a partir de janeiro, o projeto no Programa de Desenvolvimento Sustentável das Associações. “O projeto é muito promissor e a expectativa é que a partir do ano que vem já iniciemos nossa produção. A meta é beneficiar 100 famílias em toda a comunidade de Pindorama”, destacou Ma-rinalva Nanes.

Cooperativa Pindorama vai comercializar palitos de churrasco

A meta é beneficiar 100 famílias em toda a comunidade de Pindorama”Marinalva Nanes

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