Reinos africanos
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margarethfranklim -
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A FRICA ANTES DO SCULO XV
Profa. Margareth Cordeiro Franklim - CEFET MG
Grande mesquita Djenne,- Mali
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No final do sculo VII, os muulmanos concretizaram definitivamente sua expanso no norte da frica.
Mesquita Ibn Tulun, no Egito
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Na regio mais setentrional, outro comandante rabe, Mousa ibn Noayr submeteu o Magreb e imps definitivamente o Islamismo s tribos berberes.
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Durante anos, os emires das provncias africanas do Magreb reconheceram os califas do Oriente como seus soberanos
Ptio do Ribat de Monastir Tunsia- Ano 796
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Esses reinos africanos desenvolveram com sucesso vrias formas artsticas a msica, a filosofia, a poesia, a arquitetura, a pintura e as artes menores (azulejos, estampas em tecidos, vasos de cristal, etc.).
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Estudiosos do Isl brilhavam no ensino de teologia, astronomia, matemtica e medicina.
Estudo tico de Al-Hazim Incio sculo XI Alhazen ou Al-Hazim (965-1040)
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No extremo oeste da frica setentrional, entre os atuais pases de Mali e da Mauritnia, ao longo do rio Nger ,com limite ao sul nos rios Senegal e Bakoy, desenvolveram-se as primeiras civilizaes negras conhecidas
Escultura tradicional - Mali
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Graas a rotas de comrcio transaarianas estabelecidas pelos berberes islamizados que se tem notcia escrita das civilizaes negras ao sul do Saara.
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Na trilha da famosa rota saariana do ouro havia o reino do Tekrur
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O Tekrur,era um reino com um soberano independente, que possua tropas e muitos escravos. Seu primeiro rei a converter-se ao Islamismo foi War Jabi Ndiaye. Com ele, todos os sditos tambm se converteram (Jabi Ndiaye morreu em 1040)
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Com um comrcio ativo, o reino de Tekrur importava l, cobre e prolas do Marrocos e exportava ouro e escravos para o norte berbere-muulmano.
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Muitos sculos antes da chegada dos brancos europeus frica, as tribos, reinos e imprios negros africanos praticavam largamente o escravismo, da mesma forma os berberes e demais etnias muulmanas.
Antigo forte muulmano de escravos, na Tanznia
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Mercado de escravos no Ymen - manuscrito rabe (1236-1237)
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O Imprio de Gana (c. 300-1075) O reino de Gana chamado assim por causa do ttulo de seus soberanos. Era tambm chamado de Ugadu (pas dos rebanhos).
http://3.bp.blogspot.com/-JNdZzsqXxvc/TgPMm0izRtI/AAAAAAAABtQ/bsqlHvm5ypU/s1600/25.+Mapa+imp%C3%A9rio+Gana.jpg
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Sabemos da existncia desse rico imprio negro e escravocrata graas aos viajantes islmicos e cronistas muulmanos na regio.
Arqueiro de terracota, de Mali (sc. XIII-XV?
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A mesquita de Djenne (Jenne, Djena), no Mali
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O cronista Al-Bakri nos conta em 1087: O reino de Gana est povoado pelos povos de Soninke, que chamam sua terra de Wagadugu ou Wagadu. O Estado de Soninke forte, e seu rei controla 200.000 soldados, 40.000 dos quais arqueiros que protegem as rotas de comrcio de Gana. O poder do rei de Gana provm do monoplio da enorme quantidade de ouro produzida em seu reino.
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A populao de Gana era animista. Viviam do cultivo de vegetais e da criao de animais em uma espcie de osis na fronteira sul do deserto.
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O Imprio de Mali (c. 1235-1500) A queda do Imprio de Gana aps o sculo XI criou um vcuo de poder na regio. No se conhecem as origens do reino de Mali (ou Mandinga) formado das diferentes etnias que viviam naquela regio. Paralelo a um processo de integrao converteram-se ao Islamismo.
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A partir de 1150 se conhece relativamente bem a cronologia dos reis de Mali.com estrias recheadas de lendas e mitos e transmitidas pelos griot, os contadores de histria de cada etnia.
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Mali era um reino essencialmente agrcola. Os malinqus desenvolveram a cultura do algodo, do amendoim e da papaia, alm da criao de gado.
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Com Sundjata (ou Mari Djata, o Leo do Mali) e seus sucessores at Mansa Mussa (ou Kandu Mussa, 1312-1332), o reino de Mali passou a ser conhecido no mundo ocidental.
Mapa do Norte da frica (manuscrito catalo de 1375)
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Em 1324, Mansa Mussa realizou uma peregrinao a Meca, passando pelo Egito e com a inteno de maravilhar os soberanos rabes Sua peregrinao fez o Imprio de Mali ser conhecido por todo o mundo, e os mapas europeus passaram a cit-lo.
Detalhe do mapa do Norte da frica (manuscrito catalo de 1375)