PROBLEMA DO DIAMANTE DO ALTO PARANAfBA ...boletim.siteoficial.ws/pdf/1970/19_1-69-76.pdfCom a...

8
o PROBLEMA DO DIAMANTE DO ALTO PARANAfBA, ESTADO DE MINAS GERAIS (1) Por YOCITERU HASUI (2) e FAUSTINO PENALVA (2) RESUl\IO Os autores r esumem 0 problema da orig em do diamante do Alto Paranaiba, MG, e com b as e em evld encias mineral6gicas, geol6gicas e tectOnicas, apontam a possibilid ade de ex isten cia de intruso es quimberliticas n eocretaceas. Discute-se resumida- m ente a aplicabilidade dos div ersos rnetodos de prospeccao de tais intrusces . Um a nova ab ertura no probl ema da origem do diamante se en contra no Conglomerado Abaete, da base do Grupe Areado ,e e ela apres ent ad a. ABSTRACT In this pap er, th e Auth or s summariz e the pro- bl em of diamond origin at Alto Paranaiba provin ce, in Minas Gerais Stat e, and based on mineralogic al, geologic and tectonic evidences they point out the possibilities of existenc e of Neocretac eous ktm, berlitic intrusions. A short dis cussion d ealing with the aplicabiJity of some prospection m ethods for its research is present ed. A new ou tle t on the diamond ori gin at Alto Paranaiba is discuss ed, in relation with the Abaete Conglomerate (Areado Group, of Eocretaceous ag e). INTRODUC}AO Com a descoberta do diamante no Rio Abaete em 1728 e os achados que se segutram, delineou-se uma vasta provincia diamantifera no Alto Paranaiba, de quase 100.000 kme, que abrange notadamente duas areas: toda a regtao delimitada pelo Rio Paranaiba, a montante do Rio Bagagem, e pelo Rio Quebra-Anwl. Alern desses rios, ai se en- con tram 0 Dourados, Douradinho, Santo Inacio, Santo Antonio das Minas Verme- lhas, Santo Antonio do Bonito, Pedras, Perdizes, Misericordia e outros cursos me- nores; os flancos setentrional e oriental da Serra da Mata da Corda, onde tern desenvolvi- mento os Rio da Prata, Santo Antonio, Abaete, Indaia, Borrachudo e outros. Essa provincia produziu dezenas de gemas com mais de 100 quilates (ate 726 quilates) e tern fornecido volume regular de pedras meno- res, de excelente qualidade, tornando-se mere- cedora dos esrorcos atuais de prospeccao e lavra sistematicas, em substituicao ao regime impro- visado de garimpagem, Nesta nota, os Autores discutem a possibi- lidade de ocorrencia de intrusdes quimberliti- cas no Alto Paranaiba e resumem os metodos de prospeccao aplicavets. Agradecemos a Fundaeao de Arnparo a Pesquisa do Estado de Sao Paulo pelo auxilio concedido a urn dos autores (YH ) para estudos geol6gicos no oeste mineiro. HISTORICO o diamante tern sido encontrado em alu- vioes modernas, em terraces e em depositos re- siduais (rnonchoes e grupiaras ), remobilizado da Formacao Uberaba. Em Romaria (Campos, 1891; Hussak, 1891 ; Leonardos e Saldanha , 1939; Hasui, 1967; Ferreira, 1968) e em Co- romandel (Hasui, 1967; Maack, 1968), 0 dia - mante ocorre na Formacao Uberaba, que ea sua matriz secundarla, Esta formacao, de idade neocretacea, e constituida de uma sequencia, de ate 140 me- tros de espessura, de rochas detriticas conglo- meraticas, arenosas e de tipos Intermediaries, com forte contribuicao de fragmentos de ro- chas igneas, principalmente de natureza basi- ( 1) Pesquisa realizada com auxllio da Fundacao de Arnp aro a P es qui sa do Estado de Sao P au lo. (2) Do Departamento de En genharia de Minas dn Escola Po litecnica da Universidade de Sao Paulo.

Transcript of PROBLEMA DO DIAMANTE DO ALTO PARANAfBA ...boletim.siteoficial.ws/pdf/1970/19_1-69-76.pdfCom a...

Page 1: PROBLEMA DO DIAMANTE DO ALTO PARANAfBA ...boletim.siteoficial.ws/pdf/1970/19_1-69-76.pdfCom a descoberta do diamante no Rio Abaete em 1728 e os achados que se segutram, delineou-se

o PROBLEMA DO DIAMANTE DO ALTO PARANAfBA,ESTADO DE MINAS GERAIS (1)

Por

YOCITERU HASUI (2) e FAUSTINO PENALVA (2)

RESUl\IO

Os autor es r esumem 0 problema da origem dodiamante do Alto Paranaiba, MG, e com bas e emevldencias mineral6gicas, g eol6gicas e tectOnicas,apontam a possibilidade de ex istencia de intrusoesquimberliticas neocretaceas. Discute-se resumida­mente a aplicabilidade dos div ersos rnetodos deprospeccao de tais intrusces.

Um a nova abertura no problema da origem dodiamante se encontra no Conglomerado Abaete, dabase do Grupe Areado, e e ela apres entad a.

ABSTRACT

In this paper, the Author s summarize the p ro­bl em of diamond origin at Alto Paranaiba provin ce,in Minas Gerais State, and based on mineralogical,geologic and tectonic evidences they point out thepossibilities of existence of Neocretaceous ktm,berlitic intrusions. A short discussion dealingwith the aplicabiJity of some prospection methodsfor its research is presented.

A new outlet on the diamond origin at AltoParanaiba is discussed, in relation with the AbaeteConglomerate (Areado Group, of Eocretaceous age).

INTRODUC}AO

Com a descoberta do diamante no RioAbaete em 1728 e os achados que se segutram,delineou-se uma vasta provincia diamantiferano Alto Paranaiba, de quase 100.000 kme, queabrange notadamente duas areas:

toda a regtao delimitada pelo Rio Paranaiba,a montante do Rio Bagagem, e pelo RioQuebra-Anwl. Alern desses rios, ai se en­contram 0 Dourados, Douradinho, SantoInacio, Santo Antonio das Minas Verme­lhas, Santo Antonio do Bonito, Pedras,Perdizes, Misericordia e outros cursos me­nores;

os flancos setentrional e oriental da Serrada Mata da Corda, onde tern desenvolvi-

mento os Rio da Prata, Santo Antonio,Abaete, Indaia, Borrachudo e outros.

Essa provincia produziu dezenas de gemascom mais de 100 quilates (ate 726 quilates) etern fornecido volume regular de pedras meno­res, de excelente qualidade, tornando-se mere­cedora dos esrorcos atuais de prospeccao e lavrasistematicas, em substituicao ao regime impro­visado de garimpagem,

Nesta nota, os Autores discutem a possibi­lidade de ocorrencia de intrusdes quimberliti­cas no Alto Paranaiba e resumem os metodosde prospeccao aplicavets.

Agradecemos a Fundaeao de Arnparo aPesquisa do Estado de Sao Paulo pelo auxilioconcedido a urn dos autores (YH ) para estudosgeol6gicos no oeste mineiro.

HISTORICO

o diamante tern sido encontrado em alu­vioes modernas, em terraces e em depositos re­siduais (rnonchoes e grupiaras ), remobilizadoda Formacao Uberaba. Em Romaria (Campos,1891; Hussak, 1891 ; Leonardos e Saldanha,1939; Hasui, 1967; Ferreira, 1968) e em Co­romandel (Hasui, 1967 ; Maack, 1968 ), 0 dia ­mante ocorre na Formacao Uberaba, que e asua matriz secundarla,

Esta formacao, de idade neocretacea, econstituida de uma sequencia, de ate 140 me­tros de espessura, de rochas detriticas conglo­meraticas, arenosas e de tipos Intermediaries,com forte contribuicao de fragmentos de ro­chas igneas, principalmente de natureza basi-

( 1) Pesquisa realizada com auxllio da F undacao deArnparo a P esquisa do E sta do de Sao P au lo.

(2) Do Departamento de Engenh ar ia de Minas dnEscola Politecnica da Universidade de SaoPaulo.

Page 2: PROBLEMA DO DIAMANTE DO ALTO PARANAfBA ...boletim.siteoficial.ws/pdf/1970/19_1-69-76.pdfCom a descoberta do diamante no Rio Abaete em 1728 e os achados que se segutram, delineou-se

72 BOL. DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA - V. 19, No I, 1970

ca ou ultrabasica, e de minerais delas prove­nientes (Hasui, 1968). l1J de origem fluvial et~m arnpla distribulcao geografica, mas sob for­ma de restos descontinuos e festonados, nasregioes de Uberaba-Sacramento, Romaria-Es­trala do SuI, Chapadao do Ferro, Coromandel­Serra dos 6culos, Presidente Olegario, CamposAltos-Carmo do Paranaiba-Tiros, Serra do Ca­pacete e, possivelmente, no alto do chapadaoentre Patos de Minas e Silo Goncalo do Abaete.Alem de dlamantifera, a rormacao contern,ainda, platina (F. P. Boanova, in RelatorioAnnual do Director, Anno 1930 e Anno 1931).

Essa forma de ocorrencia do diamante emmatrlz secundarla, desde longa data chamou aatencao dos pesquisadores. Afora as Ideias deDerby (1898), Porcheron (1903) e Hussak(1906), vinculando a origem do diamante achamines pr6ximas de Romaria (antlga AguaSuja) , as investiga~i5es se voltaram quase ques6 para a reglao de Patos de Minas.

Em 1915, em dois trabalhos, Rimann apon­tou a extstencla de quimberlitos na extremida­de setentrional da Serra da Mata da Corda,cortando arenitos (Grupo Areado) e cobertospor derrames de perovskita-picrito porfiritico(Forma~o Patos), Esses vulcanitos ja ha­viam side identificados por Hussak (1906 a)dentre seixos coletados por Oliveira (1881) naregiao de Chumbo. Em 1917, Rimann reafirmaa existencia de quimberlitos, no que foi seguidopor Maack (1926) e Freyberg (1932), que in­clusive supuseram ter localizado varias cha­mines:

Todavia, Guimaraes, em 1927, reestudou 0

material de Rimann e analisou amostras daregtao de Patos de Minas, mostrando que asroehas ate entao deseritas e mapeadas naoeram quimberlitos, mas intermediarias, basicase ultrabaslcas de natureza alealina. 0 estudodesas roehas foi estendido por Barbosa (1936)e Guimariles (1955), resultando numerosos ter­mos petrograficos daquelas familias de rochas,interessando sobretudo aos componentes de ni­veis piroclasticos da Formacao Patos. Os der­rames dessa formacao pareeem ser de ollvina­basaltos porfiritieos e nlio de pierltos. Nenhumdiamante fol eneontrado em tals rochas, em­bora Oppenheim (1934) tenha a elas filladonao s6 0 diamante como a platina das aluvoesdo Rio Abaete. Deseendo este rio da Serra daMata da Corda, e possivel que a filia~iio dodlamante e da platina esteja relaeionada coma Formagao Uberaba.

Sabre a parte media da Serra da Mata daCorda, nenhuma referencia existe, mas alguns

dlamantes provsm da reglao de Tiros, aparen­temente remobilizados da Formacao Uberaba,

No terce meridional da Serra, raros sao osgarimpos. A dificuldade que ai se salienta ea inexistencia de abundante cascalho, issoporque nem a Formacao Uberaba, nem os Gru­pos Areado ou Bambui tern litologia para osgerar.

Na regiao de Coromandel, a sttuacao geo­logica e analoga a de Patos de Minas (Hasui,1968). Os trabalhos de Boanova (op, cit.) naoencontraram quimberlitos e Guimaraes (1932)sugeriu como localtzacao provavel de antigacharnine 0 Poco Verde, a norte da cidade,mas a magnetometria nao corrobora essa ideia(,N. Ellert e Y. Hasui, dados ineditos).

Na regiao de Romaria, apenas Poreheron(1903) argumenta existirem evidencias de cha;mine proximamente situada. Todavla, faltamestudos no chapadao de Rornaria-Irai-CelsoBueno-Monte Carmelo.

Em 1956, Leonardos resumiu as ocorren­cias de diamante no Alto Paranaiba e em 1959,analisando os esroreos desenvolvidos na Africae na Siberia, clamava por pesquisas sistema­ticas de chamines quimberliticas tambem noBrasil.

Em 1968, alguns resultados foram apresen­tados no Slmposio sabre 0 Manto SuperIor.Barbosa, eonsiderando 0 tamanho das gemase os mlnerais satelttes, sugeriu como fontesprlmanas as chamlnes, tufos e basaltos alcall­nos conhecidos no Alto Paranaiba, mas tatsocorrencias nao forneceram ate hoje urn sodlamante. Ferreira chama aten~ao para osdlamantes octaedrlcos e para satelltes, suge­rindo a exlstencia de chamlnes qulmberlltlcas,posslvelmente de varias Idades e pelos menosuma eretaeea, relacionada com a ReativagaoWealdeniana.

Como se ve, a mantfestacao de Leonardosem 1959 e ainda atuaI. Hoje, em 17 paises outerrltorlos sao conheoldos enxames de eorposqulmberltticos em boa parte dlamantiferos, en­quanto no Brasil pesqulsas nesse sentido naoforam ainda eneetadas eriteriosamente.

possmILlDADE DE EXIST£:CIA DEINTRUSOES QUThmERLlTICAS

A existencia de intrus5es quimberliticas eatualmente admitida no Alto Paranaiba a luzde elementos esparsos ou por intui«;§.o. Toda­Via, muitos dados geo16gicos, mineral6gicos etectonicos foram oonseguidos nos ultimos anosno Alto Paranaiba e, permltem, ja, ponderara possibilidade de existencia de tais intrus5es.

Page 3: PROBLEMA DO DIAMANTE DO ALTO PARANAfBA ...boletim.siteoficial.ws/pdf/1970/19_1-69-76.pdfCom a descoberta do diamante no Rio Abaete em 1728 e os achados que se segutram, delineou-se

Y. HASUI e F. PENALVA - 0 problema do diamante do Alto ... 73

Lembramos que as Intrusoes quimberliticas po­dem ser chamines, diatremas, sills, diques eveios. Equivalente extrusivo do quimberlitotern sido reconhecido na Uniao Sovietica(meimechito) .

Tamanho e morfologia dos diamantes

Nao ha entre n6s registro de caracteris­ticas fisicas, como forma e tamanho das pedrasgarimpadas, naturalmente devido ao pr6prioregime improvisado de exploracao, S6 as pedrasmaiores mereceram estudos descritivos, como asde Leonardos e Saldanha (1939) e Reis (1959).

Leite (1969) realizou 0 primeiro estudo deformas, valendo-se de mais de duas centenasde amostras. Verificou que rombododeeaedrossao mais comuns, seguindo-se octaedros, dosquais exemplares perfeitos sao citados por Sal­danha ('1941) e Ferreira (1968). Cubos saoraros. Geralmente as faces sao curvas e irre­gulares, e form as combinadas e geminadas saocomuns. Tambem s6lidos de clivagem e formasirregulares aparecem,

As dtmensoes avantajadas de dezenas degemas e a forma poliedrica perfelta de algumassao sugestlvas de derlvacao em primeiro cicIo,de fontes prlmarias nao multo afastadas.

Inelusoes dos diamantes

As Inclusoes contidas em diamantes doAlto Paranaiba foram estudadas por Camargoe Leite (1968) e Leite (1969), que encontra­ram olivina (forsterita), plropo , magnesio­cromita e pentlandita.

Tais estudos nao fornecem indicacao sa­bre a localtzacao de tntrusoes no Alto Paranai­ba, mas apontam a assoctacao do diamantecom magmas ultrabasicos.

Condi90es geol6gicas

Os satelttes piropo, ilmenita magnesiana eperovskita falam por uma derivacao de quim­berlitos se lembrarmos os campos diamantife­ros africanos e siberianos, e nao ha razoes parasupor que seja diferente no Brasil. AMm des­ses satelites, instavels mecanica e qutmicamen­te frente as vicissitudes de transporte prolon­gada ou a retrabalhamento em sucessivos ciclossedimentares, estao tambern presentes na For­macae Uberaba fragmentos de rochas magma­ticas alteradas, ao que parece de natureza ba­sica ou ultrabaslca, Essa assoclacao atesta umaderrvaeao em primeiro ciclo, com transportecurto por agente de alta competencia,

Magmatismo neocretaceo

Na Africa e na Siberia, as intrusoes quim­berUticas aparecem em areas onde se deramoutras manifestacoes eruptivas contemporaneas,ultrabasicas e basicas de natureza alcalina, comtermos petrograficos que incluem carbonatito(Bardet, 1965). Alem da associaeao no espa­QO, no tempo e no mesmo ambiente tectonico,tambem evidencias petrol6gicas e experlmen­tais tern constituido suporte para as modernasideias de relacao petrogenetica entre quimber­litos, carbonatitos e complexos baslco-ultraba­sicos alcalinos (Dawson, 1967 e 1967 a; Ecker­mann, 1967; Davidson, 1967; Kennedy e Nord­lie, 1968; Wyllie, 1969).

No oeste mineiro, desde longa data sao co­nhecidas as chamines de Tapira (Alves, 1960),Araxa (Guimaraes, 1957), Serra Negra (Cam­pos, 1939; Guimaraes e Sad, 1966) e Salitre(Guimaraes e Sad, op. cit .). Carbonatitos pa­recem ocorrer em Tapira e Araxa, enquantoem Serra Negra sao conhecidas ultramaficas eem Salitre, rochas intermedlarias.

Recentemente, nova chamine fol assinaladaem Pantano pela equipe da Prospec, constitui­da de basalto alcalino. Na regiao de Sao Go­tardo, evidenclas seguras exlstem de uma intru­sao com rochas alcalinas e carbonatito asso­ciado (Hasui e Hassano, 1968: Ellert e Hasui,1969). Derrames de olivina-basalto porfiritico,e quiQa outros termos petrograficos, constituema Formacao Patos (Hasul, 1970). Alern detais ocorrenctas, na Serra do Bueno existe urndique de basalto alcalino, exposto em corte daRodovia Belo Horizonte-Araxa.

Em conexao, podemos citar as lavas potas­sicas (olivina-Ieucititos ou uganditos) de Sa­cramento, descritos por Murta (1966) e cujaposicao estratlgrafioa e ainda desconhecida,bern como as chamlnes goianas. Esta sao a deCatalao, de natureza alcaUna, estudada recen­temente por Hasui, Ellert e Damasceno (1969),e as da regiao de Ipora, com rochas ultraba­sicas a Intermediartas alcalinas, descritas porG. Guimaraes et. al, (1968 ). Na Serra de Cal­das tem-se suposto uma nova chamlne, masnenhum dado positivo foi ate agora apresen­tado nesse sentido.

Amostras de Tapira, Araxa, Salitre, Pan­tano, Patos de Minas, Sao Gotardo e Oatalaoforam datadas pelo metodo K-Ar por Hasui eCordani (1968). Piroxenitos de Serra Negra eamostras de POQos de Caldas foram analisadaspor Amaral et al, (1967). Os resultados mos­tram variaQao entre 60 e 96 m.a ., com notavel

Page 4: PROBLEMA DO DIAMANTE DO ALTO PARANAfBA ...boletim.siteoficial.ws/pdf/1970/19_1-69-76.pdfCom a descoberta do diamante no Rio Abaete em 1728 e os achados que se segutram, delineou-se

74 BOL. DA SOCIEDADE BRASILEffiA DEl GEOLOGIA - V. 19, N~ 1, 1970

concentraeao em tome de 80 m.a.. 0 ollvina­basalto da Serra do Bueno acusou tdade mi­nima de 52 m.a, (Hasui, 1970) e 0 vulcanitode Sacramento forneceu dois resultados concor­dantes de 44 e 47 m .a, em leucita e rocha total(essencialmente leucititica) , materiais que di­ficultam a interpretacao (U. G. Cordani, in­formacao verbal). Em Ipora, uma idade de72 m.a. foi obtida (U. G. Cordani, inforrna­«ao verbal).

Desses dados geocronologicos, podemos in­ferir uma rase de intenso vulcanismo no Creta­ceo superior, bastante posterior aos derrarnesbasalticos da Bacia do Parana (Amaral et al.,1966), que se estendeu ate 0 Alto Paranaiba.

Em t6das essas ocorrencias vulcanicas ne­nhum diamante foi encontrado, 0 que leva apensar que 0 mesmo deve derivar de mtrusoesquimberliticas. A descoberta da chamine dePantano e as evidencias de exlstencia da cha­mine de Sao Gotardo sao bastante estimulan­tes para novos achados, quer estejam expostosou cobertos por sedimentos neocretaceost For­macoes Uberaba e Bauru) .

Condi~oes tectontcas

Os estudos da tect6nica das regloes commtrusoes qulmberhticas tem mostrado que elas5e distribuem em faixas mais ou menos regu­lares, parecendo que fraturas de tensao de pro­fundidade constituem 0 primeiro fator a con­trolar tal distribuicao (Dawson, 1967). Alemdisso, mostram que elas se situam em plata­formas estaveis ou em suas rnargens, podendoaquela tensao relacionar-se com aconteclmen­tos circum-plataformais ou com zonas de tran­sl«ao de anteclise para slneclise ou outras cir­cunstancias tect6nicas (Bardet, 1965; Dawson,1964 ; Harris, 1968) .

Na figura 1, tem-se urn esquema tectontco­geologico do Alto Paranaiba e sui de Golas ,com extensao para sui ate a regiao de Pocosde Caldas.

A Sineclise do Parana estabeleceu-se noPaleozoico, evoluindo entre 0 Devoniano e 0

Permiano. Dos tempos mesoz6icos constitui aprim eira unidade , a Formacao Botucatu (Ju­ra ssico Su per ior a Eocret liceo ). Ella se expoeno vale do Rio Araguari, com espessura quenao ultrapassa urna vintena de metros, rnos­trando que 0 limite nor-nordes tino da forma­«ao nao ultrapassou de muito 0 atual.

No Eocretaceo, constltulu-se 0 Grupo Area­do, no alto Rio Sao Francisco, achando-se ex­posto de Campos Altos Para N e NE. No

flanco ocidental da Serra da Mata da Cordaele e descontinuo e quando emerge de sob for­macoes posteriores nao ultrapassa uma dezenade metros de espessura, mostrando adelgaca­mento e desapareclmento para W, SW e S.

Essa sltuacao geologica sugere urn regimeascensional do Corredor do Quebra-Anzol, istoe, da area pre-cambriana entre as duas zonasde sedimentacao, ja em tempos juro-eocreta­ceos (Hasui, 1970). Nao e ainda sabido se vi­gorou ai uma tectonica de falhamentos, comoqueria Brajnikov (1953).

Na smecltse do Parana, ainda no Eocre­taceo, processou-se ativo vulcanismo de fissura,de natureza basaltica (Formacao Serra Geral),cujo advento foi vtnculado ao diastrofismo ger­manottpo, denominado Reativacao Wealdeniana(Almeida, 1967). Aparentemente, 0 desenvol­vimento desse vulcanismo imp6s um regime detensao as areas marginais da Bacia do Paranaem subsidencia, Alguns campos de diques dediabasio no Brasil meridional e algumas charni­nes alcalinas se constituirarn penecontempora­neamente aos derrames, como mostram as data­«oes K-Ar (Amaral et al., 1966 e 1967; Cor­dani e Hasui, 1968).

Um novo alivio substancial de tensao sedeu no Neocretaceo, com 0 vulcanismo prlnci­palmente alcalino, que afetou as arias da Sine­elise do Parana, desde 0 sui de Golas ateSanta Catarina. Nota-se, na figura 1, que aschamlnes, diques e derrames eonhecldos emMinas Gerais e Ooias se dispdem segundo doislineamentos marginais a Bacia do Parana. Asestruturas Araxaides, Brasilides e outras da pe­riferia da Bacia (Loczy, 1966; Almeida, 1967 a)parecem nao ter influido nos citados lineamen­tos. Loczy (op, cit.) sugere falhamentos pa­ralelos ao lineamento SE-NW que teriam con­dicionado a borda da sineclise naquela regiiio .

S6 apos esse vulcanismo se constltuiu aFormacao Uberaba no Triangulo Mineiro e AltoParanaiba, culminando a hist6ria cretacea coma deposicao da Formacao Bauru na sineclisesuperirnposta aos basaltos na regiiio do alto RioParana, ap6s a fase erosiva triassico-jurassica.

As chamines do oeste mineiro, bern comoos diques e derrames neocretaceos, nao foramainda estudados petrograficarnente de modoadequado e Isso se cornpreende em face da ra­ridade de afloramentos. Todavia, 0 conheci­mento e suficiente para se presumir que exis­tiram condieoes para intrusoes qulmberltticas,em conexao com 0 epis6dio magmatico neo­cretaceo. 0 epis6dio eoeretaceo parece nao tergerado tais Intrusces, se atentarmos para as

Page 5: PROBLEMA DO DIAMANTE DO ALTO PARANAfBA ...boletim.siteoficial.ws/pdf/1970/19_1-69-76.pdfCom a descoberta do diamante no Rio Abaete em 1728 e os achados que se segutram, delineou-se

Y. HASUI e F. PENALVA - 0 problema do diamante do Alto . . .

olBRASlLIA

Legendo

FAIXAS DAS OCORRENCIAS vULcANICAS NEoCRE.n(cEAs

CHAMINES

CHAMINE PRESUMIDA

DERRAMESDIQUE

' i'.:' :';!/i"' RESTOS DA FORMAl;AO UBERABA (NEOCRETACEOI•••••• •• LIMITE DOS DERRAMES BASALTICOS (EOCRETACEOI.

~ BORDA DA SINECLISE 00 PARANA

LIMITE MiNIMO DA AREA DE SEDIMENTA(CAO_----EOCRETACEA DO ALTO RIO SAO FRANCISCO

:

75

N

ERUPTIVASI. Iporo'

2. Coldas Novas3. Cataloo4. Serra Negra5. Salitre6. Sdo Gotarda

ESCAl-A

Fig 1 - ESQUEMA

NEOCRETACEAS7. Serra do Bueno8. Pont-ano9. Araxo

10. TapiraII . Sacramento12. P~s de Caldas

"1.: 5 .000.000

TECTONICO - GEOLOGICO

Page 6: PROBLEMA DO DIAMANTE DO ALTO PARANAfBA ...boletim.siteoficial.ws/pdf/1970/19_1-69-76.pdfCom a descoberta do diamante no Rio Abaete em 1728 e os achados que se segutram, delineou-se

76 BOL. DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA - V. 19, NQ I, 1970

ideias vigentes de que os magmas basalticosprocedem de profundldade bern menores dacrosta.

Lembramos que quatro Idades de qulmber­lites sao reconhecidas no mundo, sendo a rnaisj6vem de 80-100 m.a, (Dawson, (1967). Bar­det e Vachette (1966) relacionaram essas ida­des com diferentes fases de intrusao quimber­litica. Seria de presumir que os provaveisquimberlitos do Alto Paranaiba pertenceriam afase neocretacea.

METODOS DE PROSPEC\JAO

o esforQo para a descoberta de chamlnesquimberliticas envolveu, na Africa e na Siberia,metodos diversos bern sucedidos. No oeste ml­nelro praticamente nada se fez nesse sentido.

Urn mapeamento regional sistematico foirealizado por Hasui (1967). Estudos fotogeo­l6gicos, com controle de campo. foram realiza­dos recentemente pela Prospec. Tais estudos,todavla, ainda estao restritos a reconhecimen­tos e semi-detalhamentos. Apesar disso, resul­tados significativos foram obtidos, com relacaoa descoberta de novas chamines, como ja foidito.

o estado de alteraeao intempertca quasegeneralizada da Formacao Uberaba pareee-nosserio obstaculo a prospeccao puramente geo­l6gica, como por exemplo 0 estudo de zonea­mento granulometrico no conglomerado basal,de paleocorrentes fluviais, de composieao deseixos e fragmentos de roehas vulcanlcas, etc.

Prospeccao geoquimica de Cr, Ni e Zn emrochas e aguas foi realizada, entre outros, porCorreia (1965) em Angola e Kosolapova (1963)em Yakutia, com bons resultados. Outros ele­mentos quimicos talvez possam ser prospecti­vos. Dawson (1967 a) classifica os elementos­trace dos quimberlitos em duas categorias:

- aqueles que ocorrem em quantidades simi­lares as das ultrabasicas em geral: Ni, Co,Cr e Ge;

aqueles que ocorrem em quantidades maio­res que nas ultrabasicas em geral: Li, B, Sc,V, Cu, Ga, Rb, Y, cs, Ba, Ta, Pb, La,Zr e Nb (estes tres ultrmos ocorrem emquantidades similares as dos carbonatitos ealcalinas associadas).

A prospeccao de minerais tipicos e metodosimples e que pode levar a excelentes resulta­dos. Em Yakutia, 0 piropo foi pesquisado ex­tensivamente. Em Angola, a presenca de diop-

sidio cromifero nos casealhos, mineral essemuito pouco estavel, foi utilizado como Indiceseguro de proximidade de intrusoes quimberli­ticas (Real, 1959). Platina foi inclusive pros­pectada na Formacao Uberaba e sua origempode estar relacionada com ultrabasitos aindadesconhecidos, e dos quais se originaram partedos detritos presentes na formacao.

Metodos geoIisicos foram tambem apllca­dos intensivamente. Reis (1966) relata a expe­rimentaqao dessesmetodos em Angola. 0 me­todo da resistividade eletrlea (Bchlumberger)pode ser usado para detalhamentos, mas epouco eflcaz em reconhecimentos. A radiome­tria aerea ou no terreno e totalmente ineficaz.sobretudo se existirem coberturas sedimentaresespessas, A aeromagnetometria mostrou-se 0

melhor metodo para definiQao de linhas de fra­tura de profundidade, que sao vias de acessopara as intrusOes. Este metoda ja fol aplicadopara delimitar algumas chamines alcalinasconhecidas, como na de Araxa (Leonardos,1956). Balakhshln et al. (1967) relata suaaplicaQiio em Yalmtla. A magnetometria noterreno mostrou-se tambem eflciente em An­gola, mas experlenclas realizadas no oeste mt­nelro (N. Ellert e Y. Hasul, dados lnedltos)mostrani. que pode ser aplicada all restrita­mente. Nos altos nivelados dos chapadoesobtem-se excelentes resultados (como a ano­malia de Sao Gotardo) , mas nas encostas eareas mats baixas os valores sao incoerentes,influenciados que sao por magnetlta erratlca,Embora a Formacao Uberaba em geral sus ­tente chapadoes, a area dos tOpos aplainados,que e prospectiva par magnetometrla no ter­reno, e relativamente pequena, Finalmente,Balakhshln (1964) relata a apllcacao local degravimetria. Pode ela vir a ser interessante noAlto Paranalba, em vista da lltologla relati­vamente simples e com densidades varladas,mas apenas para detalhamentos.

o CONGLOMERADO ABAET£

Uma nova possibilidade para 0 dlamantedo Alto Paranaiba e a associacao com 0 cha­made Conglomerado Abaete. Alguns garimposnos Rios Santo Antonio, da Prata e Abaeteparecem relactonar-se a ele.

Esse conglomerado foi descrito por Lisboa(1906) e depois por Freyberg (1932), sendohoje colocado na base do Grupo Areado. So­brepoe-se a ardoslas dobradas do Grupo Bam­bui, nas regtoes oriental e setentrional daSerra da Mata da Corda, bern como nos sopes

Page 7: PROBLEMA DO DIAMANTE DO ALTO PARANAfBA ...boletim.siteoficial.ws/pdf/1970/19_1-69-76.pdfCom a descoberta do diamante no Rio Abaete em 1728 e os achados que se segutram, delineou-se

Y. HASUI e F. PENALVA - 0 problema do dlamante do Alto ... 77

das Serras Grande, das Almas e das Qulnas.Nao e ele continuo e sua espessura Ii multopequena, nao ultrapassando alguns metros.

o Grupo Areado e consider ado cretaceo(Santos, 1955). Sotopondo-se as FormacoesUberaba e Patos, Ii anterior ao vulcanlsmo neo­cretaceo, Nessas circunstanclas, Ii de se pre­sumir uma geragao pre-cretacea de dlamantes,cuja localizacao no tempo e no espaco e pro-

blematica, pols nao ha unldades litol6glcas pos­Bambui e pre-Areado conhecidas.

Essa nova abertura no problema da deri­vacao do diamante esta ainda por ser investi­gada. 0 pr6prio Grupo Areado e ainda malconhecido, sobretudo em sua extensao para 0

norte e relaeao com a Serie Urucula. Atemesmo uma idade pre-cambriana para essediamante nao pode, de momento, ser excIuida.

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, F. F. M. de (1967) - Origem e evolu­l;aO da Plataforma Brasileira. Div. de Geo!. eMin ., 241. D.N.P.M. - Rio de Janeiro.

ALMEIDA, F. F . M. de (1967) - Evolul;/io tee­tonica do Centro-Oeste brasileiro no Protero­z6ico Superior. Acad. Bras. de Clencias. Noprelo.

ALVES, B. P. (1969) - Distrito ni6bio-titaniferode Tapira. Div. de Fom. da Prod. Min., Bol.108. D.N.P.M. - Rio de Janeiro.

. AMARAL, G. - CORDANI, U. G. - KAWASHITA,K. e REYNOLDS, J. (1967) - Potassium-argondates of basaltic rocks from Southern Brazil.Geoch. et Cosmo Acta, V. 30, pags, 159-189.

AMARAL, G. - BUSHEE, J. - CORDANI, U. G.- KAWASHITA, K. e REYNOLDS, J. (1967)- Potassium-argon ages of alkallne rocks fromSouthern Brazil. Gooch. et Cosmo Acta, v, 31,pags. 117-142.

BALAKHSHIN, G. D. (1964) - Prospection desdiamants par des methodes geophysiques. Re­sumo In Chron. des Mines e de la Rech. Mlniereno 343, P. 207, 1965 - Paris.

BALAKHSHIN, G. D. - SAVRASOV, D . I. e FE­DOROV, N. N. (1967) - Possibillt6 d'applica­tlon des Ieves aeromagnetiques a la recherchedes venues de kimberlite et de carbonatites enYakoutie. Resumo in Chron. de Mines et de laRech. Miniere no 376, p. 260, 1968 - Paris.

BARBOSA, O. (1936) - Noticia de estudos geol6­gtco-econemtcos em Patos. Rev. da Esc. de Mi­nas de Ouro Preto, Ano I, no 5 e 6, pags, 165­169.

BARBOSA, O. (1968) - The diamond In WesternMinas Gerais, Brazil, and its origin. AnalsAcad. Bras. de CiE!n., v, 40 (Suplemento) , p, 79.

BARDET, M. G. (1965) - Les gisements de diamantd'URS'S - Chron. des Mines et de la Rech.Minlere no 345, pags, 246-258; no 346, pags. 275­292; nO 347, pags. 315-324 - Paris.

BARDET, M. G. e VACHETTE, M. (1966) - De­tennlnatlons d'ages de kimberlite de I'OuestAfricain, et essai d'interpretation des diversesvenues dtamantireres dans Ie monde. 3d. Sym­posium on African Geology, Abstracts - Brus­sels-Tervuren.

BRAJNIKOV, B. (1953) - A geologia, a fisiograflae a hidrografia da Bacia do Paranalba. Div. deA.guas. Bol. Pluviometrico no 12, pags. 65·102.D.N.P.M. - Rio de Janeiro.

CAMARGO, W. G. R. e LEITE, C. R. (1968)Inclusoes em diamantes brasileiros : olivina.Anals Acad. Bras. de CHin., v, 40 (Suplemento),pags, 89-92.

CAMPOS, J. M. (1939) - 0 Chapadao de Ferro,em Minas Gerais, e suas possibilidades econo­micas. Eng. Min. e Met., v . XVIII, pags,314-316.

CAMPOS, L. F. G. de (1891) - Jazidas diaman­tiferas de A.gua Suja (BagagemJ, Estado deMinas Gerais. TyP. da Cia . Edit. Fluminense- Rio de Janeiro.

CORREIA, E. (1965) - Prospeccao geoquimica dequimberlitos na Luanda. Resumo in Chron. deMines et la Recher. Miniere, no 360, P. 79,1967 - Paris.

DAVIDSON, C. F. (1967) - The kimberlites of theUSSR. In Ultramafic and related rocks, ed. P.J . Wyllie, paga, 251-261. John Wiley & Sons.

DAWSON, J. B. (1964) - An aid to prospectingfor kimberlltes. Econ. Geo!. 57 (7): 1.385-1.386.

DAWSON, J. B. (1967) - A reviev of the geologyof kimberlite. In Ultramafic and related rocks,ed, P . J . Wyl1le, pags. 241-251. John Wiley &E''Ons.

DAWSON, J. B. (1967) - Geochemistry and originof kimberlite. In Ultramafic and related rocks,ed . P . J . Wyllie, pags. 269-278. John Wiley &Sons.

DERBY, O. A. (1898) - Brazilian evidence on thegenesis of the diamond. J. of Geol., v, 6, pags,121-146.

ECKERMANN, H. von (1967) - A comparison ofSwedish. African and Russian kimberlites. InUltramafic and related rocks, ed. P. J. Wyllie,pags. 302-312. John Wiley & Sons.

EDWARDS. C. B . e HAWKINS. A. S. (1966) ­Kimberlites in Tanganyka, with special referen­ce to Mwadui occurrence. Econ. Geol., v. 61,n. 3.

ELLERT, N. e HASUI, Y. (1969) - Magnetometriaaplicada a regiao de Sao Gotardo, MG. Bol. Soc.Bras. de Geo!. (no prelo) ,

FERREIRA, J. P. Rache (1968) - 0 diamantemesoz6ico brasileiro. Anals Acad. Bras. CHin.v. 40 (~plemento), pags. 81-84.

FREYBERG, B. von (1932) - Ergebnisse geologis­her forschungen in Minas Gerais (Brasilien) .Neues Jahr. f. Min., Geo!. und Palaorit., S . II.

GUIMARAES, D. (1927) - 0 dlamante no Estadode Minas Gerais. Servo Geol. e Min ., Bo!. 24.

GUIMARAES, D. (1932) - Sobre a rocha matriz dodlamante de MinaS" Gerais. Anals Acad. Bras.de Cienc, 4(4) : 173-176.

GUIMARAES, D. (1955) - Contrtbuicao ao estudodos turos vutcanicos da Mata da Corda. Inst.de Tecn. Jnd., Bol. 18 - Belo Horizonte.

Page 8: PROBLEMA DO DIAMANTE DO ALTO PARANAfBA ...boletim.siteoficial.ws/pdf/1970/19_1-69-76.pdfCom a descoberta do diamante no Rio Abaete em 1728 e os achados que se segutram, delineou-se

78 BOL. DA SOCIEDADE BRASILEIRA DID GEOLOGIA - V. 19, N9 1, 1970

GUIMARAES, D. (1957) Relat6rio s6bre a jazid a depirocloro de Barreiro, Araxa, MG. Div. Fom.do. Prod. Min., Bol. 103. D .N.P.M. - Rio deJaneiro.

GUIMARAES, G. - GLASER, 1. e MARQUES. V.J . (1968) - Sobre a ocorrencia de roches alca­Hnas no. regiao de Ipora. Min. e Met.XLVIII(283): 11-15.

HARRIS, P. G. (1968) Genesis of kimberlites.In 12 tho Annual Report on E''Cientific Results(Session 1966-1967), Un iv. Leeds, Res. Inst. Afr.Geol., Dept. Earth Sci .. pags, 26-29.

HASUI, Y. (1967) - Geologia das rormacoes ere­taceas do oeste de Minas Gerais. Tese de Dou­toramento, E scola Pol itricnloa , Univ. de SaoPaulo.

HASUI, Y. (1968) - A Formacao Uberabn, AnnisXXII Con gr. Bras. Geol . (Belo Horizonte). Noprelo.

HASUI, Y. (1970) - 0 Cretaceo no oeste mineiro.Bol. Soc. Bras. Geol. No prelo.

HASUI, Y. e CORDANI, U. G. (1968) - Idades 1'0­

tassto-argcnlo de rochas eruptivas mesoz6icas dooeste mineiro e sui d e Golas. Anais XXIICon gr. Bras. Geol. (Belo Horizonte). No prelo.

HASUI, Y. - ELLERT, N. e DAMASCENO, E. C.(1969) - Nota sobre a mtrusao de Cetalao, GO.Anais Acad. Bras. Cleri c. No prelo.

HASUI, Y. e HA~-SANO, S. - (1968) - Indicio deum novo foco de rochas alcalinas em Sao Go­tarde, Estado de Minas Gernis. Anais Acad.Bras. Cienc. 41(2) : 149-154.

HUSSAK, E. (1891) - Noticia dos minerais dasareias diamantiferas da Bagagem de Agua Suja.Typ. da Cia . Edit. Fluminense - Rio d e Janeiro.

HUSSAK, E. (1906) - Uber diamantlager in Wes­tern des Staates Minas Gerais und del' angren­zenden Staaten Sao Paulo und Goyaz, Brasilien.Zeitschr, f . Prak. Geol., pags, 318-333.

HUSSAK, E. (1906) - Uber das vorkommen vonPalladium und Platin in Brasili en . Zeitschr. r.Prakt. Geo!. 14. pags. 284-293.

KENNEDY. G. C. e NORDLIE, B. E. (1968) - Thegenesis of diamond d eposits. Econ. Geol 63(5) :495-503.

KOSOLAPOVA, M. I. e KOSOLAPOV, A. 1. (1963)Chemical prospecting for kimberlite bodies.Mining Mag. 109(1) : 9-13.

LEITE, C. R. (1969) - Mineralogia e Crtstalo­g rafia do diamante do Triangulo Mineiro. Tesede Doutoramento, Fac. Fi!. Cleric. Letras , Univ.Sao Paulo.

LEONARDOS, O. H. (1956) - Recursos mineralsdo Triangulo Mineiro. Eng. Min. Met. 24(140) :71-77; 24(141): 133-142; 24(142) : 219-226.

LEONARDOS, O. H. (1956) - Carbonatitos comapatita e pirocloro. Div. Fom. Prod. Min., Av.80. D.N .P.M - Rio de Janeiro.

LEONARDOS, O. H . (1959) - Diamante. Eng. Min.Met. XXX(175): 5-8.

LEONARDOS, O. H. e SALDANHA, R. (1939) ­Diamante Darcy Vargas e outros grandes dia­mantes brasileiros. nor, FFCL, XVIII, Miner. 3,p. 3-27. Univ. Sao Paulo.

LISBOA, M. A. R. (1906) - Ocorrencia de seixosfacetados no Planalto Central do Brasil. An . Esc.de Minas de Ouro Preto, nv 8, pags. 23-74.

LOCZY, L. de (1966) - Evolu~ao paleogeograficae geotectonica do. bacia gonduilnica do Paranae do seu embasamento. Div. Geol. Min., Bol.234. D .N.P .M . - Rio de Janeiro.

MAACK, R . (1926) - Eine forschungsreize libel' dasHochland yon Minas Gerais zum Paranahyba .Zeitschr. d. Gesellsch. f. Erdk, pags. 310-32:1

- Berlim.MAACK. R. (1968) - Diamante no tufito de Co-

rorr.andel , Minas Gerais. Anais Acad. Bras.Cienc., \. . 40 (S-uplemento). p. 85.

MURTA, R. L. L. (1966) - 0 vulcanito leuciticod e Sa cramento, MG. Bol , Inst. Geocienc. I(1) : 13-20. trntv . Fed. Minas Gerais.

OLIVEIRA, F. P . de (1881) - Exploracao das mi­nas de galena do Ribeirao do Chumbo, arnuen­te do Abaete. Estudo da zona percorrida deOuro Prete ate esse lugar. Anais Esc. MinasOuro Pretc, v. 1, pags, 39-105.

OPPENHEIM, V. (1934) - Estudo da zona dtaman­tifera do Rio Abaete, Estado de Minas Gerais .Div. Fom. Prod. Min.. Bol. 3, pags, 65-74.

PORCHERON. H. (1903) - Sur les mines de dia­mants de Agua Suja dans I'Etat de MinasGerais. Rapport. Imp. Lecoq et Mathorel ­Paris.

REAL, F. (1959) - Intrusces quimberliticas daLuanda - coritrfbuicao para 0 conhecimento doKarroo de Angola . Sen'. Geol. de Portugal,Mem . 5 (serie nova).

REIS, B. (1966) - Consideracoes sobre a aplica­~1io de metodos de prospeccao de estruturasquimberl iticas, no nordeste de Luanda (Angola).Sen'. de Geol. e Minas de Angola, Bo!. 14, p .49·60.

REIS, E. (1959) - Os grandes diamantes brasi­leiros. Div, Geol. Min ., Bo!. 191. D.N.P.M. ­Rio de Janeiro.

RELAT6RIO ANNUAL DO DIRECTOR - Anno1930 - 1931, Serv, Geol. Min .. pags. 29-31.

RELAT6RIO ANNUAL DO DIRECTOR - Anno1931 - 1932, Servo Geol. Min., pags. 73-75.

RIMANN, E. (1915) - Uber kimberlit and alnoit inBrasilien. T'scherrn. Min. under Petro Mitteil.33, 2, 244 bls, 262.

RIMANN, E . (1915) - Zur geologie del' diamanten-ftihrenden gebiete Brasililiens. Zeitschr. f.Prakt. Geol. 23. pags, 168-169.

RIMANN, E . (1917) - A kimberlita no Brasil.Anais Esc. Minas de Ouro Preto, nv 15, pags,27-32.

SANTOS', R . S. (1955) - Descrlc;iio dos peixes fos­seis, In ocorreneta de folhelho fossilifero ere­tacico, no Municipio de Presldente Olegarto,Minas Gerais. m«, Geot. Min., Bol. 155, pags,17-27. D.N.P .M - Rio de Janeiro.

SALDANHA. R. (1941) - 0 diamante Coromandel.Bot. FFCL, XXI. Min. 4, pags, 15-23. univ.Sao Paulo.

WYLLIE, P. J . (editor) - (1967) - Ultramafic andrelated rocks. John Wiley & Sons.

WYLLIE. P. J. (1969) - The origin of Ultramaficand ultrabasic rocks. Tectonophysics 7 (5 e6): 437-455. Elsevier, Amsterdam.