Prevenção e Combate a Incêndios · Prevenção e Combate a Incêndios Formação Inicial para...

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Prevenção e Combate a Incêndios Formação Inicial para Vigilantes PSG- Serviços Integrados, Lda. Rua de S. Remo, nº 311- Salas A e B Monte Estoril 2795-447 Estoril Nº Azul: 808 202 976 E-mail: [email protected] Website:www.psg-servicos.pt

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Prevenção e Combate

a Incêndios

Formação Inicial para Vigilantes

PSG- Serviços Integrados, Lda.

Rua de S. Remo, nº 311- Salas A e B

Monte Estoril

2795-447 Estoril

Nº Azul: 808 202 976

E-mail: [email protected]

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ÍNDICE

1 – Segurança Contra Incêndio em Edifícios (SCIE) 3

2 – A fenomenologia da combustão 8

3 – Extintores 11

4 – Evacuação 14

5 – Equipamentos de protecção individual 15

Bibliografia 16

Manual elaborado pelo formador Rui Afonso

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1 Segurança Contra Incêndio em Edifícios (SCIE)

Uma situação de emergência pode provocar lesões nas pessoas ou danos nasinstalações e no meio ambiente.

Para evitar ou minimizar os referidos danos, a empresa deverá prever e organizaradequadamente o modo de actuação perante situações de emergência.

Consoante a dimensão e a actividade da empresa, a actuação a ser adoptada serámais ou menos complexa.

Estão sujeitos ao regime de SCIE:

Os edifícios ou as suas fracções autónomas, qualquer queseja a utilização e respectiva envolvente;

Os edifícios de apoio a diversas instalações (ex:armazenagem, combustíveis, gás natural, indústria extractivae de pirotecnia, entre outros).

Projecto da Especialidade de SCIE- Documento que define as características do edifício ou recinto no que se refere

à especialidade de segurança contra incêndio, do qual devem constar as peçasseguintes: Memória descritiva e justificativa; Peças desenhadas a escalas convenientes.

Medidas de Autoprotecção - As MAP são um conjunto de acções e medidas destinadas a prevenir e controlar os

riscos que possam visar pessoas e bens, bem como dar uma resposta adequada àspossíveis situações de emergência e garantir a integração destas acções como uminstrumento de prevenção e emergência.

Responsáveis pela aplicação e verificação das condições de SCIE:- Autores e coordenadores dos projectos;- Director e fiscalização de obra, quanto à conformidade da execução da mesma

com o projecto aprovado (subscrevem termos de responsabilidade);- Empresa responsável pela execução da obra.

Medidas de Autoprotecção- Os edifícios, os estabelecimentos e os recintos devem, no decurso da exploração

dos respectivos espaços, ser dotados de medidas de organização e gestão dasegurança, compostas por:

• Medidas preventivas, que tomam a forma de procedimentos de prevenção ouplanos de prevenção, conforme a categoria de risco;

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• Medidas de intervenção, que tomam a forma de procedimentos de emergência(incêndio, evacuação, primeiros socorros, ameaça de bomba, pacote suspeito,sismo, explosão, fuga de gás, derrames, etc.) ou de planos de emergênciainternos, conforme a categoria de risco;

• Registos de segurança onde devem constar os relatórios de vistoria ouinspecção, e a relação de todas as acções de manutenção e ocorrênciasrelacionadas com a SCIE;

• Formação em SCIE, sob a forma de acções destinadas a todos os funcionáriose colaboradores das entidades exploradoras, ou de formação específica,destinada aos delegados de segurança e às equipas de emergência (primeirossocorros, combate a incêndios e evacuação);

• Simulacros para teste das medidas de autoprotecção e treino dos ocupantescom vista à criação de rotinas de comportamento e aperfeiçoamento deprocedimentos.

Classificação das Utilizações-Tipo

• Tipo I «habitacionais»• Tipo II «estacionamentos»• Tipo III «administrativos»• Tipo IV «escolares»• Tipo V «hospitalares e lares de idosos»• Tipo VI «espectáculos e reuniões públicas»• Tipo VII «hoteleiros e restauração»• Tipo VIII «comerciais e gares de transportes»• Tipo IX «desportivos e de lazer» • Tipo X «museus e galerias de arte»• Tipo XI «bibliotecas e arquivos»• Tipo XII «industriais, oficinas e armazéns»

Classificação dos Locais de Risco

Local de risco A- Presença dominante de pessoal afecto ao estabelecimento, em pequena

quantidade (não excede 100 pessoas e o público não excede 50).- Local que não apresenta riscos especiais e mais de 90% dos ocupantes não se

encontrem limitados na mobilidade ou nas capacidades de percepção e reacção a umalarme.

Local de risco B- Presença dominante de pessoas (pessoal > 100 e público > 50), em razoável ou

grande quantidade. - Local que não apresenta riscos especiais e mais de 90% dos ocupantes não se

encontrem limitados na mobilidade ou nas capacidades de percepção e reacção a umalarme.

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Local de risco C- Riscos agravados de eclosão e desenvolvimento de incêndio devido, quer às

actividades nele desenvolvidas, quer às características dos produtos, materiais ouequipamentos nele existentes, designadamente à carga de incêndio.

Local de risco D- Presença de pessoas acamadas ou crianças ou pessoas limitadas na mobilidade

ou nas capacidades de percepção e reacção a um alarme.

Local de risco E- Local de um estabelecimento destinado a dormida, em que as pessoas não

apresentem as limitações indicadas nos locais de risco D.

Local de risco F- Local que possua meios e sistemas essenciais à continuidade de actividades

sociais relevantes, nomeadamente os centros nevrálgicos de comunicação, comando econtrolo.

As Medidas de Autoprotecção exigíveis para cada UT dependem da categoriade risco (CR), e organizam-se em quatro níveis de risco para qualquer UT de umedifício e/ou recinto, atendendo a factores de risco.

Categorias de risco: 1ª - risco reduzido 2ª - risco moderado3ª - risco elevado4ª - risco muito elevado

Factores de risco :- Altura da UT; - Efectivo total; - Efectivo dos locais de risco D e E; - Espaço coberto ou ao ar livre; - O número de pisos abaixo do plano de referência; - A carga de incêndio; - Saída directa para o exterior no plano de referência, para as 1.ªs categorias de

risco.* Estes factores são critérios que vão influenciar a classificação da CR para cada

UT.

As Medidas de Autoprotecção exigíveis para cada categoria de risco nasdiversas utilizações-tipo contemplam:

• Registos de segurança;• Procedimentos de prevenção;• Plano de prevenção;

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• Procedimentos em caso de emergência;• Plano de emergência interno;• Acções de sensibilização e formação em SCIE;• Simulacros.

Registos de Segurança :São um conjunto de documentos que contém os registos de ocorrências relevantes

e de relatórios relacionados com a segurança contra incêndios e a manutenção deequipamentos.

Procedimentos de Prevenção :Documento que descreve um conjunto de regras de exploração, comportamentos

humanos e técnicos a adoptar pelos ocupantes, em situação de rotina e normalidadeda vida de uma empresa ou entidade, destinados a garantir a manutenção dascondições de segurança.

Plano de Prevenção :Documento no qual estão indicados a organização e os procedimentos a adoptar por

uma entidade, para evitar a ocorrência de incêndios e para garantir a manutenção donível de segurança e a preparação para fazer face a situações de emergência.

Procedimentos em caso de Emergência :Para cada tipo de UT devem ser definidas as técnicas e as acções

comportamentais, individuais e colectivas para de uma forma organizada, coerente erápida, fazer face a uma emergência.

Plano de Emergência Interno :Documento com as medidas de autoprotecção a adoptar, para fazer face a uma

situação de incêndio nas instalações ocupadas por uma entidade, nomeadamente aorganização, os meios humanos e materiais a envolver e os procedimentos a cumprirnessa situação.

Contém os planos de actuação e de evacuação e as plantas de emergência.

Formação em Segurança Contra Incêndios :Um plano de formação é um instrumento de gestão dos recursos humanos;A formação inclui uma série de acções que visam melhorar as competências dos

utilizadores dos espaços, nomeadamente as equipas de emergência;Tem como objectivos atribuir actos e conceitos, procedimentos e implementar

atitudes, valores e regras.

Simulacros :O simulacro é a representação de uma resposta a uma emergência provocada por

um ou mais fenómenos;Deve simular diversos cenários, os mais próximos da realidade, com a finalidade de

testar e preparar a resposta mais eficaz perante eventuais situações reais;Cria rotinas, dá a conhecer as condições dos edifícios e sensibiliza os seus

utilizadores.

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Inspecções regulares a realizar pela Autoridade Nacional de Emergênciae Protecção Civil (ANEPC)

Verificação da manutenção das condições de SCIE aprovadas; Realização das inspecções regulares obrigatórias pela ANEPC ou por

entidade por si credenciada: 1.ª categoria de risco – prazo máximo de 6 anos 2.ª categoria de risco – prazo máximo de 5 anos 3.ª categoria de risco – prazo máximo de 4 anos 4.ª categoria de risco – prazo máximo de 3 anos

Excetuam-se do disposto no número anterior os edifícios ou recintos esuas frações das utilizações-tipo I, II, III, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII da 1.ªcategoria de risco e os edifícios de utilização exclusiva da utilização-tipo Ida 2.ª categoria de risco.

Organização de Segurança:

O Responsável de Segurança ao definir as Medidas de Autoprotecção deve criaras equipas de segurança constituídas por trabalhadores, prestadores deserviços ou terceiros que, durante o funcionamento da Utilização-Tipo deve serassegurada a presença simultânea do número mínimo de elementos da equipade segurança, apoiados pelo posto de segurança (ou central de segurança) quedeve ser mantido ocupado, em permanência, no mínimo por um agente desegurança.

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Organização das equipas

Responsável ou Delegado de SegurançaAvalia eventuais situações de emergência e coordenação de acções.

Coordenador de pisoCoordena e orienta a acção das equipas de intervenção.

Equipa de alarme – acciona o alarme acústico e denuncia a ocorrência;

Equipa de alerta – avisa os bombeiros;

Equipa de 1ª intervenção – usa extintores e socorre vítimas;

Equipa do corte de energia – corta água, luz e gás;

Equipa de evacuação – reúne no ponto de encontro e procede à contagem.

O Responsável Segurança deve garantir a existência de Registos de Segurança,(arquivados durante 10 anos) destinados à inscrição de ocorrências relevantes eà guarda de relatórios relacionados com a SCIE:

Relatórios de vistoria e inspecção ou fiscalização; Informação sobre anomalias; Relação de todas as acções de manutenção; Descrição sumária das modificações e trabalhos perigosos efectuados; Relatórios de ocorrências; Cópia dos relatórios de intervenção dos bombeiros; Relatórios sucintos das acções de formação e dos simulacros.

Instruções de segurança São imprescindíveis para uma prevenção eficaz e deverão ser simples e claras.

Instruções gerais– devem ser afixadas em locais estratégicos, junto dasplantas de emergência.

Instruções especiais– respeitantes ao pessoal encarregue de accionar e porem prática o plano de emergência até à chegada de socorro externo.

Instruções particulares – para locais que apresentem riscos específicos(laboratórios, cozinhas, caldeiras, entre outros).

2 A fenomenologia da combustão

O fogo é uma combustão. Esta é uma reacção química particular acompanhada pelalibertação de calor, isto é, uma reacção exotérmica.

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(Papel, madeira, tecido, líquidos inflamáveis, plástico…)

O fogo e o incêndioAmbos são uma manifestação da combustão. Quando o fogo deixa de ser

controlado surge o incêndio.

O triângulo do fogo

CombustãoReacção de oxidação, com libertação de energia.

Tipologia: A) Lenta: fogo sem emissão de luz e libertação de pouco calor (ex: oxidação do

ferro); B) Viva: fogo com libertação de chamas e brasas incandescentes; C) Violenta: explosão.

Produtos libertados:a) Fumo , pequenas partículas sólidas, líquidas, ou vapores condensados, que em

combinação com o monóxido de carbono pode ser fatal;b) Gases , em geral tóxicos, asfixiantes e irritantes ou corrosivos;c) Calor , energia transferida entre dois corpos;d) Chamas , que mais não são do que gases incandescentes visíveis.

PropagaçãoA energia libertada pela combustão pode propagar-sepor:

Condução - contempla o contacto entre estruturas; Convecção - ocorre apenas nos líquidos e nos gases e processa-se através

de todas as comunicações interiores de um edifício; Radiação - a energia transmite-se através do espaço, em todas as direcções; Projecção e deslocamento de matéria - projecção de materiais sólidos

inflamados (incandescentes) a certa distância.

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(Oxigénio)

(Cigarros, isqueiros e fósforos acesos , curto-circuito, faíscas…)

COMBUSTÍVEL COMBURENTE

ENERGIA DE ACTIVAÇÃO OU FONTE DE IGNIÇÃO

Tetraedro do fogo

Processos de extinção 1. Carência por remoção do combustível que não esteja em combustão; 2. Limitação do comburentepor abafamento ou asfixia; 3. Arrefecimento, baixando a temperatura do incêndio e eliminando o calor; 4. Inibição, actuando directamente sobre a reacção química que a combustão

provoca (reacção em cadeia).

A prevenção

Como evitar incêndios?• Mentalidade prevencionista e espírito de colaboração.• Evitar a formação do Triângulo do Fogo.

Como?1. Armazenamento adequado de material;2. Organização e limpeza dos ambientes;3. Instalação de pára-raios;4. Manutenção adequada de instalações eléctricas, máquinas e equipamentos.

1. ArmazenamentoOs materiais inflamáveis devem ser guardados fora dos edifícios principais, em

locais bem sinalizados, onde a proibição de fumar deve ser rigorosamente obedecida.

2. Organização e limpeza• Para além do ambiente mais agradável, evita que o fogo se inicie e se prolongue

por um qualquer descuido.• Lixo espalhado geralmente é fonte inflamável, podendo ter como consequência a

ocorrência de incêndio.

3. Pára – Raios• É composto por uma haste metálica e por uma ligação à terra por meio de um

cabo metálico, que é introduzido profundamente no subsolo.• Deverá ser colocado no ponto mais alto do edifício a proteger.

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Proibido Fumar

4. Manutenção adequada de instalações eléctricas, máquinas e equipamentos• As instalações eléctricas, devem ser projectadas adequadamente e receber

manutenção frequente.• Os equipamentos e máquinas devem receber manutenção e lubrificação

periódicas, para evitar o aquecimento que gera calor, colocando em risco o ambientede trabalho.

3 Extintores

Os agentes extintores actuam de maneira específica sobre cada um dos quatrométodos de extinção (carência, limitação do comburente, arrefecimento e inibição).

A avaliação e escolha do agente extintor adequado são realizadas em função do tipode combustível que se encontra a arder.

Classes de fogos

CLASSEDE

FOGOSTIPO DE FOGOS EXTINGUEM-SE COM:

Sólidos de natureza orgânica(madeira, papel, tecido, cortiçae borracha)

Água aditivada ABF Espuma Pó químico seco ABC

Líquidos ou sólidos liquidificáveis (álcool, acetona, gasolina, gasóleo, cera, tintas, etc.)

Água aditivada ABF Espuma Pó químico seco ABC Dióxido de carbono (CO2)

Gases (butano, propano, metano, acetileno, etc.)

Pó químico seco ABC Dióxido de carbono (CO2)

Metais (sódio, potássio, magnésio, urânio, zircónio e alguns tipos de plásticos)

Pó químico seco apropriado a cada tipo de metal

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CLASSEDE

FOGOSTIPO DE FOGOS EXTINGUEM-SE COM:

Óleos e gorduras vegetais ou animais

Água aditivada ABF Manta ignífuga

Nota: Para os fogos envolvendo equipamentos eléctricos (sem classe de fogodefinida) pode ser indicado o agente extintor de dióxido de carbono (CO2) ou a águaaditivada ABF, desde que esteja a 1 m de distância e sob tensão que não ultrapasse os35000 V.

Agentes extintores

ÁguaActua por arrefecimento do combustível, por contacto directo ou indirecto e,

secundariamente por abafamento na forma de vapor deslocando o oxigénio doambiente.

EspumaActua por abafamento e arrefecimento cobrindo o combustível, isolando-o do

oxigénio do ar (comburente).

Pós químicos secosOs pós extinguem o incêndio por inibição, actuando na reacção em cadeia.

Gases sintéticos e inertesO dióxido de carbono, também conhecido por anidrido carbónico, é um gás liquefeito

armazenado sob pressão. Ao vaporizar-se, pode atingir temperaturas da ordem dos70ºC negativos.

Actua por redução do teor de oxigénio e por diminuição da temperatura.

Extintor portátil

O extintor é um meio de primeira intervenção utilizado no combate a um incêndio nasua fase inicial, podendo ser utilizado por qualquer pessoa.

A cor definida para os extintores de combate a incêndios é a cor vermelha.

Sempre que um extintor seja utilizado deve-se proceder de imediato à sua recarga,mesmo que não tenha sido totalmente descarregado.

O tempo médio de descarga de um extintor de 6 a 10 kg de pó químico é de cercade 12 segundos.

Os extintores devem ser colocados de modo a que o seu manípulo fique a umaaltura máxima de 1,20 m do pavimento, geralmente, ao longo dos percursos normais

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(vias verticais e horizontais), junto aos acessos e nas áreas de trabalho em locaisvisíveis e de fácil acesso.

Inspecção, manutenção e recarga

Ainspecção é feita, por norma, por pessoal designado pelo proprietário ou entidadeexploradora (p.ex. Vigilante).

É uma operação rápida, efectuada por pessoas não especializadas para verificar seum extintor está em condições de operacionalidadee no local adequado.

A manutenção é uma operação detalhada, efectuada por empresa com serviço demanutenção certificado para realizar os trabalhos, de acordo com a NP 4413.

Essa manutenção é anual e obrigatória e/ou sempre que o extintor forutilizado.

A recarga é uma operação efectuada por empresa com serviço de manutençãocertificado pela ANEPC, que substituem ou reabastecem o agente extintor e gáspropulsor.

Pó Químico Seco ABC

Vida útil = 20 anos

Carregamento a cada 5 anos

Dióxido de Carbono (CO2)

Vida útil = 30 anos

Carregamento a cada 10 anos

Activação e utilização do extintor

Remover a cavilha de segurança;

Realizar a aproximação ao fogo, sempre no sentido do vento ou da

tiragem normal do edifício;

Apertar o gatilho, efectuando um curto disparo e com o extintor em

posição vertical, atacar o fogo dirigindo o jacto do extintor à base das

chamas;

Contudo, em líquidos derramados de canalizações, manobrar o jacto do

extintor de cima para baixo (chuveiro);

Assegurar um número suficiente de extintores e de pessoas para

combater o incêndio;

Prever a possibilidade de reacendimento do fogo;

Enviar o extintor descarregado para o serviço competente, que

providenciará a respectiva recarga.

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4 Evacuação

A evacuação dos ocupantes de um edifício é prioritária sobre quaisquer outrasacções, como o de combate a incêndios.

Trata-se de um conjunto procedimentos que visam o encaminhamento rápido e fácildos ocupantes de um edifício, pelos seus próprios meios, para um local seguro noexterior.

Zona de segurançaLocal ou conjunto de locais, normalmente no exterior do edifício, onde as pessoas

possam permanecer em segurança, sem serem afectadas pelo incêndio ou suasconsequências.

Ponto de encontroLocal da zona de segurança para onde se devem dirigir ou ser encaminhadas as

pessoas, após a evacuação do edifício sinistrado.Pode ser necessário definir vários pontos de encontro (dimensão dos edifícios ou

elevado número de ocupantes).

Equipa de evacuação Um elemento para cada 20 a 25 ocupantes, para edifícios que recebem público; Dois a três elementos para cada 100 ocupantes, para edifícios que não recebem

público.

Por cada zona de trabalho deverá ser designado um chefe de fila e um cerra fila: O chefe de fila deverá ser sempre a pessoa mais próxima da saída (porta); O cerra fila deverá ser a pessoa mais distante.

Funções do chefe de fila (após sinal de evacuação): Deve colocar-se se costas viradas para a porta ou saída de emergência de

braço estendido ao alto; Confirmar se todos os elementos do grupo estão presentes; Após indicação do cerra fila, garantir uma saída rápida e controlada até ao ponto

de encontro; Não esquecer possíveis visitantes ou público que por ocasião se encontrem no

interior das instalações; Na eventualidade de suspeitar que alguém “da sua responsabilidade” se

encontra numa zona afectada informar o delegado de segurança; No ponto de encontro efectuar o controlo de todas as pessoas do respectivo

sector e informar a contagem ao delegado de segurança; Eventuais faltas poderão desencadear processos de busca e salvamento; Coordenar a saída com outros grupos da mesma, ou outras organizações; Após chegada ao ponto de encontro deve efectuar a contagem e transmitir ao

delegado ou coordenador de segurança.

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Funções do cerra fila (após sinal de evacuação): Deve auxiliar os indivíduos do seu grupo a formar a fila; Confirmar ausências após a fila estar formada; Aguardar o movimento da fila e colocar-se no seu extremo(fim da fila); Garantir que a fila não se parte ou os seusseparam; Assegurar que todos os elementos da sua área deresponsabilidade deixaram as

instalações; No ponto de encontro ajudar a manter os elementos juntos, permanecer junto ao

grupo e aguardar ordens; À semelhança do chefe de fila, também o cerra fila deve estar preferencialmente

identificado, com o objectivo de ser facilmente detectado em caso de evacuação; Uma das formas de identificação poderá passar pela utilização de coletes de

sinalização de emergência iguais aos utilizados nos veículos em caso deacidente.

5 Equipamentos de protecção individual

São meios ou dispositivos destinados a serem utilizados por uma pessoa contrapossíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de umadeterminada actividade.

Um equipamento de protecção individual pode ser constituído por vários meios oudispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um ou vários riscossimultâneos.

O uso deste tipo de equipamentos só deverá ser contemplado quando não forpossível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que sedesenvolve a actividade.

Riscos a proteger Quedas, projecção de objectos; Afogamento, contaminação (águas insalubres), diminuição da temperatura do

corpo, ferimentos vários e exaustão; Acidentes de viação e outros (ferimentos graves eatropelamentos); Risco das matérias envolvidas com destaque para a toxidade ecorrosibilidade. Contágio e infecções.

Os equipamentos de protecção individual a utilizar devem ter em consideração: Os riscos a estão expostos; As suas condições de trabalho; As partes do corpo a proteger (protecção da cabeça, protecção visual, protecção

auditiva, protecção respiratória, protecção do tronco e a protecção dosmembrosinferiores e superiores).

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Bibliografia

Combate a Incêndios Urbanos e Industriais, 2005, 2ª Edição, ENB.

Manual de Brigadas de Incêndio, 2005, 2ª Edição, ENB.

Segurança e Protecção Individual, 2005, 2ª Edição, ENB.

Fenomenologia da Combustão e Extintores, 2006, 2ª Edição, ENB.

Manual de Extintores, 2007, 2ª Edição, ENB.

Manual de Segurança contra Incêndio em Edifícios, 2009,2ª Edição, ENB.

Notas Técnicas– 22 Especificações de SCIE, 2013, ANEPC.

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