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PANORAMA E PERSPECTIVA DA AVIAÇÃO DE COMBATE NA
AMÉRICA DO SUL
Roberto Portella Bertazzo, Bacharel em História pela UFJF,
Membro da Sociedade Latino Americana de Historiadores Aeronáuticos (LAAHS) e
Membro de Centro de Pesquisas Estratégicas “Paulino Soares de Sousa” da UFJF.
Ao iniciar esta breve análise do poderio das Forças Aéreas Sul-americanas, no
que se refere à sua aviação de combate, dividiremos as mesmas em pequenas,
enfraquecidas e fortalecidas, inserindo a seguir a Força Aérea Brasileira neste contexto.
Forças Aéreas Pequenas
Bolívia: A Força Aérea Boliviana não possui aeronaves de alto desempenho e sua
aviação de combate está limitada a antigos Lockheed AT-33 e alguns turbo hélice Pilatus PC-7. Sua capacidade se limita ao máximo a missões de ataque ao solo sem oposição aérea inimiga, muito embora no momento político atual possa receber ajuda
externa da Venezuela, o que em pequena escala já está acontecendo.
Paraguai: A situação atual da Força Aérea Paraguaia é ainda mais precária que a boliviana,
pois seus Lockheed AT-33 doados por Formosa estão sem voar já faz alguns anos, o mesmo ocorrendo com os seus Embraer AT-26 Xavante. Os únicos aviões operacionais com alguma capacidade de combate são os poucos turbo hélice Embraer T-27 Tucano, muito embora possa também ser a próxima a receber ajuda externa, diante o quadro político que se vislumbra no horizonte.
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Uruguai: A aviação de combate da Força Aérea Uruguaia está composta por um
esquadrão de Cessna A-37B e outro de turbohélices FMA IA-58 Pucará, de fabricação Argentina.
Das pequenas é a mais bem equipada no continente, mesmo não possuindo
aviação de alto desempenho, pode realizar missões conjuntas com nações amigas como
ficou demonstrado no exercício Cruzex III em 2006.
Cessna A-37B e FMA IA-58 Pucará da Força Aérea Uruguaia na Cruzex 2006. (Fotos: autor)
Forças Aéreas Enfraquecidas
Argentina: Sem dúvida, é a que mais se enfraqueceu, desde a Guerra das Malvinas, em
1982. Seu poder relativo tem diminuindo gradativamente, refletindo também na
Aviação Naval.
Apesar da demonstração de enorme capacidade e coragem nas Malvinas, ao
enfrentarem as forças da Inglaterra, seu poderio vem decaindo desde então, inclusive
por questões ligadas ao revanchismo dos políticos locais contra os militares.
A Força Aérea Argentina - FAA incorporou, nesse período, alguns Douglas A-4M, modernizados para o padrão A-4AR, mas que não têm condições de competir com os Lockheed F-16C ou mesmo F-16A MLU do Chile. Nos últimos anos muitos aviões de combate da FAA foram desativados como os
A-4 mais antigos e agora os Dassault Mirage III após um acidente com uma destas aeronaves, durante as comemorações pelos 25 anos do fim da Guerra das Malvinas.
Os jatos nacionais AT-63 Pampa estão sendo modernizados e alguns novos estão sendo fabricados.
Já os FMA IA-58A Púcara também estão passando por um processo de modernização para o padrão IA-58D.
A aquisição de uma nova aeronave supersônica de primeira linha é primordial, e
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talvez a escolha recaia sobre alguns Dassault Mirage 2000C ou Lockheed F-16 usados.
Douglas A-4M, modernizados para o padrão A-4AR, e AT-63 Pampa da Força Aérea Argentina. (Fotos: autor)
Equador:
A Força Aérea do Equadror – FAE, foi uma das mais bem equipadas durante as
décadas de 1980 e 1990, como demonstra os resultados na Guerra do Cenepa, em 1995
contra o Peru, o Equador perdeu muito da sua capacidade com a desativação de mais de
25 Lockheed AT-33 e dos Specat Jaguar que não foram substituídos. Os Dassault Mirage F-1C ainda estão operacionais, mas não passaram por
nenhuma modernização importante, limitando-se a dotá-los dos mísseis israelenses
Python III.
Os únicos aviões de combate atualizados são partes da frota de IAI Kfir C-2 que foram modernizados para o padrão CE, com aviônica desenvolvida por Israel para o cancelado programa do jato Lavi. O Kfir CE leva mísseis Ar-Ar Python III e IV, podendo ser reabastecido em vôo, ainda que a FAE não possua no momento aviões
cisterna.
Os Cessna A-37C e Bae Strikemaster também estão no final de sua vida útil.
IAI Kfir C-2 modernizados para o padrão CE e Mirage F-1 da Força Aérea Equatoriana. (Foto: FAE)
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Peru: A Força Aérea Peruana – FAP foi a primeira na América do Sul a empregar
aviões supersônicos, ao adquirir os Dassault Mirage 5P em 1968, e vem perdendo bastante poder em sua aviação militar.
Seus Camberra foram desativados, juntamente com os Mirage 5P e os Sukhoi SU-22. Sua aviação de primeira linha se limita atualmente a um esquadrão de Dassault Mirage 2000P, com aviônicos inferior até mesmo aos Mirage 2000C comprados de segunda mão pelo Brasil e por um esquadrão de MiG-29A9.13 comprados da BieloRussia e armados com mísseis ar-ar de médio alcance R-27R e reforçados por duas
aeronaves MiG-29SE comprados da Rússia e armados com mísseis R-77. A capacidade peruana em utilizar o máximo potencial destes aviões é
constantemente questionada. Possui também 18 Sukhoi Su-25 de ataque ao solo, com características de certo modo semelhante ao AMX. Na segunda linha a FAP opera
também os Cessna A-37B.
Mig 29 A9.13 e Mirage 2000P da Força Aérea Peruana. (Fotos: FAP)
Colômbia:
Apesar dos grandes recursos alocados por Colômbia para defesa, inclusive com
ajuda dos Estados Unidos, o grosso das verbas são destinadas à luta contra os grupos
guerrilheiros que atuam no país.
A Força Aérea Colombiana - FAC opera aviões supersônicos Dassault Mirage 5CO e IAI Kfir C-7, modernizados na década de 1990, podendo inclusive utilizar bombas guiadas a laser, sendo o primeiro país da região a utilizar estas armas em
combate.
A aquisição mais importante da FAC nos últimos anos foi a do Embraer AT-29 Super Tucano, justamente para serem empregados contra os grupos guerrilheiros, junto com os Cessna A-37B ainda operacionais. Os OV-10 Bronco já estão no final da vida útil.
O grande problema colombiano está na aquisição por parte da Venezuela de
aeronaves Sukhoi SU-30 MK2 que desequilibram totalmente a situação da aviação de combate na região.
Provavelmente a FAC vai adquirir aviões Lockheed F-16 para equilibrar a situação, devido às suas boas relações com os Estados Unidos.
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Mirage 5CO com bomba guiada a laser e Kfir C-7 da Força Aérea Colombiana. (Foto: FAC)
Forças Aéreas Fortalecidas
Chile:
Historicamente a Força Aérea Chilena - FACh é sem dúvida, a que se manteve
mais equilibrada no que se refere à capacidade de combate na América do Sul.
Seus programas de modernização e aquisição são feitos com competência e no
prazo correto.
A seu favor está a alocação dos recursos necessários, inclusive por uma lei que
destina 10% dos lucros com as exportações do cobre chileno para gastos com defesa.
A desativação dos Hawker Hunter na metade da década de 1990 foi imediatamente compensada pela aquisição de Dassaut Mirage 5 da Bélgica, que passaram por um programa de modernização e receberam a designação de Elkan.
Após isso, os Northrop F-5E foram rapidamente modernizados com tecnologia israelense dando origem ao chamado Tiger III, cujo programa de modernização é de dar inveja aos militares brasileiros pela rapidez e competência com que foi levado a
cabo.
Posteriormente, o Chile escolheu o Lockheed F-16C como futuro caça para equipar sua Força Aérea. Os primeiros exemplares de um total de dez F-16C/D Block 50 foram recebidos em 2006.
Coerentemente, para reforçar os F-16 novos e substituir ao Dassault Mirage 5 foram adquiridos 18 Lockheed F-16A MLU da Holanda.
O Chile é ao lado do Brasil o único país a utilizar aeronaves AEW na região,
apesar de possuir um velho avião Boeing 707 modificado em Israel. Especula-se se o Chile já tem operacional mísseis Derby nos F-5 TigerIII e
AIM 120 Amraam nos F-16.
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Lockheed F-16 e Boeing 707 AEW da Força Aérea Chilena. (Fotos: autor)
Venezuela: A Força Aérea da Venezuela – FAV, há várias décadas, possui uma das mais
fortes aviação de combate na América do Sul.
Aos Dassault Mirage IIIEV (depois modernizados para o padrão 50 EV), se juntaram os Canadair F-5A, graças às excelentes relações que então existiam com os Estados Unidos. Foi o primeiro operador dos Lockheed F-16 na região, tendo-os recebidos em 1982.
Com a subida do Coronel Hugo Chávez ao poder, houve uma rápida
deterioração das relações com os Estados Unidos, embora seja o maior parceiro
comercial da Venezuela Bolivariana, mas tem tido dificuldades de conseguir peças de
reposição para as aeronaves de origem americana.
A tentativa de comprar aviões Embraer AMX-T e Super Tucano, no Brasil, foram vetadas pelo governo Americano.
Em resposta a isso, o tempestivo Cel. Chávez adquiriu da Rússia trinta e seis
caças Sukhoi SU-30 Mk II. A capacidade de manobra, alcance, carga de armas e o radar dos SU-30 junto com os mísseis ar-ar R-27 e R-77, estes com alcance estimado em mais de 100 km, dão
aos aviões venezuelanos um poderio que não pode ser igualado no momento por
qualquer força da região. O SU-30 também pode empregar bombas guiadas a laser de 500kg, que lhe conferem um grande poder de destruição contra alvos de valor
estratégico.
Os primeiros Sukhoi SU-30 venezuelanos chegaram ao país em dezembro de 2006 e foram declarados operacionais em maio de 2007 no Grupo Aéreo de Caza, “Libertador Simón Bolívar”, Nº 13, na Base de Aérea Luís del Valle Garcia -
Barcelona. Atualmente a FAV opera oito SU-30 e este número chegará a vinte e quatro até
2009.
A Venezuela ainda carece de uma aeronave AEW que permita um melhor
emprego destes poderosos vetores, porém a fartura de dólares provenientes das
exportações de petróleo permitiriam uma aquisição da Rússia sem maiores problemas.
No futuro, a FAV poderá adquirir os novos Sukhoi SU-35.
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Os moderno Sukhoi SU-30 e Mirage IIIEV da Força Aérea Venezuelana. (Foto: FAV e autor)
O caso do Brasil A aviação de combate brasileira está centrada em um esquadrão de Dassault Mirage 2000C comprado de segunda mão da França e ainda incompleto em número de aeronaves, armados com mísseis Matra Magic II e Super R-530, dois esquadrões de
Northrop F-5E com algumas aeronaves modernizadas para o padrão F-5M, armadas
com mísseis Pyton IV, Derby e com pods eletrônicos israelenses Litening III e Sky
Shield. O programa de modernização dos F-5 se arrasta por um período tão longo que quando os aviões começam a se tornarem operacionais o cenário regional já mudou
completamente. Claro que a grande mudança na capacidade da Força Aérea
Venezuelana não podia ser previstas, mas o exemplo serve para se adotar medias mais
rápidas com responsabilidade no caso, tanto para os militares quanto para os políticos.
F-5M e Mirage 2000D da Força Aérea Brasileira. (Fotos: Embraer e FAB)
A capacidade de ataque e reconhecimento da FAB está composta pelos
esquadrões de Embraer AMX que nunca tiveram todo o seu potencial desenvolvido por falta de recursos. Um programa de modernização para os AMX está sendo preparado no momento.
Um trunfo a favor do Brasil é o fato de ainda possui a maior e mais moderna
frota de aeronaves AEW/SR da América do sul, composta por oito aviões Embraer R-99.
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Embraer R-99 da Força Aérea Brasileira. (Foto: autor)
Os Embraer AT-26 Xavante estão no fim da vida útil e são destinados basicamente a missões de treinamento. Os Embraer AT-29 ALX formam uma força de segunda linha, com emprego limitado ao controle de fronteiras e ataque leve.
A necessidade de um novo vetor para a FAB, que equilibre o poderio na região é
inquestionável.
A compra de um vetor Russo, neste momento seria claramente contraria aos
interesses nacionais porque a Sukhoi está desenvolvendo um avião de passageiros, o
Sukhoi 100 Jet que concorre diretamente no mercado internacional com os produtos da
Embraer.
Resta a opção francesa, com o Dassault Rafale, a opção norte americana com o Boeing F-18E/F e a opção Européia com o Eurofigther. Não devemos esquecer das necessidades da Aviação Naval que será muito
importante para quando necessitarmos projeção de poder. Os Douglas A-4KU que equipam o porta-aviões São Paulo estão totalmente obsoletos e a aquisição de caças F-18A de segunda mão e mesmo Rafale M novos deve ser seriamente considerada,
deixando aos A-4 tarefas de treinamento e ataque. A compra de aviões AEW também é urgente.
Ao contrário do Chile e da Venezuela, onde se nota uma clara decisão política
por manter ou aumentar o poderio da aviação de combate e da defesa em geral, no
Brasil esse tema sempre causou polêmica.
Um argumento muito utilizado é de que o Brasil não possui inimigos e por isso
todo gasto com defesa se torna um desperdício em um país com tantas necessidades
sociais.
Ao iniciar o seu governo, o Presidente Luis Inácio Lula da Silva se serviu destes
argumentos para cancelar o programa FX que se destinava a adquirir um novo vetor
para a FAB.
O problema é que a situação confortável que vivíamos nas décadas 1980 e 1990,
sem conflitos com nossos vizinhos e com uma boa superioridade bélica regional mudou
para uma situação totalmente inversa.
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Muitas das causas destas mudanças no cenário regional podem ser atribuídas em
parte ao próprio governo brasileiro que em muitas ocasiões atuou mais por ideologia
que pelos interesses nacionais.
A verdade é que no momento o Brasil tem vários conflitos potenciais localizados
que põem em risco nossa economia e nosso suprimento energético.
Que poderá acontecer se um governo hostil assumir o poder no Paraguai?
Qual será a reação do Cel. Chávez e de Evo Morález?
Qual a capacidade do Brasil de lutar pelos seus interesses?
Somos sem dúvida a maior potência da região, com o maior PIB e a maior
população. O problema é que nunca assumimos nossa posição de potência e isso pode
trazer conseqüências catastróficas para o futuro da nossa nação.
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