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    Nova MagiaPor Eduardo Pinheiro (AiwaSS)

    Dois tipos de magia so discriminados pelos estudiosos de todas aspocas: a Alta Magia e a Baixa Magia. Jamais devem ser confundidas com

    magia negra ou magia branca, que se tratam de tipos de magia

    arbitrariamente designados como tal pela idiossincrasia da moral de quemas trata assim.

    A Baixa Magia seria a magia de cunho terrestre, geralmente pag (naacepo etimolgica original da palavra: "do campo" e no como

    posteriormente adotada "no cristo") e baseada no desregramento dossentidos. baseada na carne, na terra, no suor, no sangue. o tipo de

    ritual praticado pelas tribos ditas "primitivas" e pelos cultosafro-americanos em geral.

    A Alta Magia seria a magia do controle, a magia do domnio da realidadepelo homem. um tipo de magia intelectualizada e fria, baseada no "puro

    esprito", ou melhor, na separao platnica da carne e do esprito. OMago escraviza entidades, ordena coisas, e para tal tem que sercontrolado tanto por dentro quanto por fora. O Mago Cerimonial (de Alta

    Magia) um sujeito que pratica a abstinncia dos prazeres corporais,pois s pode dominar o macrocosmo se seu microcosmo estiver dominado. A

    missa um exemplo de ritual de Alta Magia, no sentido de que o padreprega, faz sermo, amedronta, os outros participantes do ritual. Eles

    comem a carne e bebem o sangue de cristo (resqucio pago) e recebem oEsprito Santo. Tudo muito frio e ordenado, baseado no dogma de um

    livro. (A missa j foi ainda mais cerimonial e cheia de etiqueta, mas umconclio resolveu popularizar o ritual, trocando o latim e o padre de

    costas pela conversa franca e ameaadora de um padre regendo pessoas.)Na verdade a maioria dos magos cerimoniais eram padres ou abades.Eliphas Levi o maior exemplo.

    Existe um sistema, um dogma, comum entre ocultistas modernos, que pregaa sucesso onica. ons seriam perodos de tempo regidos por uma

    divindade ou caracterstica dominante. Assim, perodos de tempo grandes,mais ou menos 2000 anos, recebem um rtulo, uma divindade, um signo

    zodiacal, uma caracterstica poltica, social e uma caractersticareligiosa dominante. No vou aqui discutir a propriedade do sistema,pois de certa forma ele pode ser entendido de diversas formas e em

    alguns casos fica evidente. Acredita-se que o presente on comeou neste

    sculo ou est por comear, e as caractersticas desse Novo on aindaso enevoadas. O que pretendo aqui associar os "estilos" de magias comseus respectivos ons, e delinear o que pode ser o novo tipo, o que pode

    ser a magia da "Nova Era".O primeiro on (da poca histrica) seria o da Deusa, como geralmente a

    iconografia egpcia (a idia de "Aeons" seria originalmente egpcia),sis ou Nut ficam como regentes desse perodo. Geralmente se atribui uma

    organizao social matriarcal a este perodo, mas esta idia

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    historicamente incorreta. A organizao era tribal ou em cls, em geralpatriarcais mesmo. (Algumas sociedades j tinham at um estado

    semelhante ao moderno, mas baseado em dinastias, como o Egito. Naverdade o Egito e o Oriente Mdio nos deram a religio e a organizao

    social do prximo on, o de Osris, e mesmo hoje existem tribos que

    vivem no on de sis, os compartimentos no so estanques.) Os homensque viviam em meio a natureza abundante ainda no tinham desenvolvidoagricultura, simplesmente colhiam as ddivas da Deusa. Politesmo, amor

    filial, culto da terra, etc, como valores essenciais. No se conhecemuito a respeito das culturas verdadeiramente do on de sis

    simplesmente porque elas no dominavam a escrita.O segundo on se atribuiu ao deus Osris. E basicamente o que

    conhecemos por cristianismo, feudalismo, patriarcado, exploraoindmita da terra, organizao rgida, medo como mtodo de coero

    social, "progresso" cientfico, absolutismo, etc.Neste sculo ocorreu uma mudana mais brusca do que nos outros ons. O

    mundo est mais unificado e age mais em conjunto, apesar das diferenas.Todo o progresso cientfico gerou uma revoluo a nvelpsicolgico-antropolgico muito maior do que ns, que s conhecemos

    isto, podemos notar. Crianas s conhecem leite de caixinha, e s viramvacas pela TV. A famlia se dissolveu, os ncleos familiares so cadavez menores. As pessoas jovens so essencialmente no religiosas eadogmticas. Isso visto como catstrofe por muitos. Na verdade

    qualquer transformao dolorosa, mas no podemos ser larvas parasempre.

    No possvel, hoje em dia, ser sincero com relao a rituais sazonais,de colheita, etc. O homem moderno no depende mais da capina, ele compra

    no supermercado. Ele devia fazer rituais quando os preos subissem, eno quando a estiagem chegasse, se fosse o caso. O movimento neopagocresce a cada dia, mas est fadado ao anacronismo, ns perdemos o

    contato com a terra. Faz mais sentido ir a um show de rock do que danarem torno de uma fogueira pedindo para que no falte milho.

    O individualismo no permite mais religies de massa. A religio dofuturo ou a ausncia de religio ou uma religio individualizada. Aspessoas no precisam mais serem aceitas em seu grupo social para

    sobreviverem, como antigamente. As pessoas no dependem mais dos filhospara comerem, portanto no precisam de muitos filhos. Controlamos nossa

    fertilidade. Isso um marco pouco percebido. A TV foi a ltima e

    grandiosa manifestao do on passado, com sua pregao para as massas.Em pouco tempo, via Internet, ningum vai assistir a mesma novela que ovizinho, a diversificao vai ser tamanha que vai ser impossvel passar

    uma mensagem coerente no sentido de um conspiratrio e paranico domniodas massas.

    Enquanto a Baixa Magia ressurge em alguns movimentos, como num canto docisne, a Alta Magia morre. Ningum mais agenta uma ladainha fora darealidade como a que acontece nas Igrejas, ningum agenta aprender

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    hebraico e grego para chamar espritos, estudar cabala, e ficar fazendopose de srio dentro de um crculo. As pessoas esto cnicas e

    irreverentes demais para isto. Se sentiriam ridculas fazendo isso.O futuro da magia est na fsica quntica e na realidade virtual. A

    catarse das raves prova que o homem no deixou o corpo para trs, como

    se esperava no on passado. Informao o poder do Mago moderno, queno trabalha nem com a pena tampouco com a espada, trabalha com oteclado, velocidade da luz. O mago no trabalha na inocncia ou na

    ordem, trabalha no Caos. E que fique entendido que isso no evoluo,progresso, melhoria. transformao.

    CronosVamos a um pouco de histria. Na Espanha Sarracena, ou seja,sob o domnio rabe, houve uma unio dos sbios das 3 religiessemiticas. Haviam os sufis, msticos muulmanos, entre eles IbnEl-Arabi, que estava em contato com Rumi, que influenciaram Al-

    Ghazali. Os cabalistas, msticos judaicos, como Moiss de Leo,

    provvel autor do Zohar, o Livro do Explendor, Moiss Cordovero, osistematizador da antiga rvore da Vida e da Cabal em geral.Assim como os Ctaros, que viviam prximos na Frana,representantes Gnsticos, o cristianismo esotrico, a Igreja Celtadas ilhas britnicas. Alm disso, o mundo rabe chegou a India,fez comrcio com a China e se apoderou de Jerusalm e do Egito.Diferentemente dos europeus, os rabes incetivavam a cultura eeram menos severos quanto a perseguio do que podemoschamar de heresia e misticismo. Ou seja, menos severos e noreticentes.

    Essa unio das trs religies na peninsula ibrica, causou umagrande circulao de idias, que at hoje so sentidas de formamarcante no misticismo, esoterismo e ocultismo ocidental. Sufisdiscutiam com cabalistas, confrontavam a Tor com o Al Coran,com os Evanglios Apcrifos e etc. A Cabal foi sriamenteinfluenciada pelos gnsticos, o que podemos notar at nas teoriasdos hassidin da Alemanha, bem distante dali, no conceito, porexemplo, do Querubim. Ou seja, o conceito do demiurgo aplicadoao conhecimento judaico, gerando uma mitologia judaica. Isso extremamente interessante.Ao mesmo tempo, ainda a Igreja no havia criado a Inquisio, e

    quando a criou, apenas pegou fora e forma durante a ContraReforma. Por isso, muitos conhecimentos mgicos,remanescentes do Imprio Romano circularam na Europa, almdas antigas formas de cultos vikings, normandas, celtas e etc.Havia, portanto, um clima de conhecimentos e integrao deculturas impares at hoje.Imaginemos portanto, um "sbio" cristo da poca, que percebeque o nmero de captulos do Apocalipse 22. E por um acaso,

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    esse nmero o mesmo do nmero de letras do alfabeto hebraico.Isso d muito o que pensar. No h como negar que havia umferrenho debate na poca de circulao de idias.Sem uma anlise detalhada de cada captulo, vejamos:16:1 - "E ouvi ainda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete

    anjos: Ide e derramai sobre a terra as sete salvas da ira de Deus."A idia de derramar fica bem expressa por exemplo da concepode Crowley do Tarot, quando afirma que o Atu XVI corresponde ejaculao. O restante do captulo fala de todas as desgraaspossiveis que caem sobre a terra.17:1 - '"E veio um dos sete anjos que tinham as sete taas, e faloucomigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenao da grandeprostituta que est assentada sobre muitas guas."Nesse caso a alegoria com A Estrela muito clara. Um mulhercom uma taa sobre as guas. Esse captulo fala de Babilonia,que Crowley chama de Babalon, ou Nossa Senhora Babalon. A

    correlao com Nuit e Isis.O restante do captulo continua a explanar Babalon, a mulher coma taa das abominaes mo. Na magia enochiana, Babalon uma deusa que "reina" sobre os anjos. Podemos associ-la aDeusa da Bruxaria, assim como a Nossa Senhora, no seu aspectode Virgem Negra. Gnsticamente falando, corresponde esposado Logos Negro, ou Isis Negra, Hcate, Ishtar e etc.19:12 - "E os seus olhos eram como chamas de fogo; e sobre asua cabea haviam muitos diademas; e tinha um nome escrito,que ningum sabia seno ele mesmo.'"19:17 - "E vi um anjo, que estava no sol, e clamou com grande

    voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do cu: Vinde,e ajuntai-vos ceia do grande Deus;"Interessante notar que todo o captulo 19 do Apocalipse trata desimbolos solares, potentes e flicos. A prpria expresso doLogos Solar, masculino e viril.Evidentemente isso uma breve e curta descrio. A buscaprofunda do texto, no original grego deveria ser utilizada.

    Para os apreciadores da arte, vai uma traduo do Liber KKK, disponvelno site do Pacto Gnstico NOX http://www.psynet.net/nox

    Consideraes Iniciais

    O Liber KKK - Kaos Keraunos Kybernetos - o primeiro programa detreinamento mgico sistemtico e completo dos ltimos tempos. um

    substituto definitivo para a Magia Sagrada de Abramelin, O Mago, cujosistema tornou-se obsoleto devido a seu transcendentalismo monotesta e

    sua dependncia em formas repressivas de gnosis inibitria, no maisreconhecidas como apropriadas. Kaos Keraunos Kybernetos pode ser

    http://www.psynet.net/noxhttp://www.psynet.net/nox
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    livremente traduzido do grego como "o raio do caos dirige todas ascoisas".

    O Liber KKK apresentado como uma srie de tcnicas mgicas genricas,as quais devem ser transformadas pelo mago em um programa funcional,

    utilizando quaisquer smbolos, instrumentos e formas de gnosis quepreferir. No seria apropriado para um texto de Magia do Caos prescreverquaisquer crenas ou dogmas em particular, exceto que a magia funcionase certos princpios gerais forem seguidos. No seria apropriado para

    qualquer mago Catico aderir cegamente aos mnimos detalhes de qualquersistema. O Liber KKK pode ensinar bastante sobre o processo de adaptarprocedimentos gerais ao gosto e objetivo pessoal. O Liber KKK pode ser

    experimentado por qualquer adulto. A palavra "mago" se aplica igualmentea qualquer um dos sexos.

    O Liber KKK uma srie de vinte e cinco operaes mgicas, ou

    "conjuraes". As cinco conjuraes clssicas de Evocao, Divinao,Encantamento, Invocao e Iluminao so realizadas nos cinco nveis:Feitiaria, Magia Xamnica, Magia Ritual, Magia Astral e Alta Magia.Assim, todo o trabalho resume sistematicamente toda a tradio de

    tcnica mgica, guiando o mago de prticas simples e da manufatura deinstrumentos at o domnio de experimentos mais complexos a nvel

    psquico. altamente desejvel que o mago possua alguma forma de templo privativopara suas conjuraes. ainda essencial que o mago mantenha-se ativo nomundo durante todo o perodo do trabalho. O trabalho no impe nenhumaforma de recluso; ao contrrio, o mundo que envolve o mago utilizado

    como campo de provas para a magia. Assim, os assuntos sociais eprofissionais do mago so o foco primordial de toda sua magia.Realizando esta magia, ele gradualmente define seu estilo ou

    espiritualidade. tolice definir a espiritualidade de outra forma a noser a maneira como a pessoa vive. S atravs da prtica pode-se

    descobrir se o Caminho da Magia deve possuir um componente espiritual;quaisquer constries ou exortaes so inteis.

    No h limite mximo quanto ao tempo que ser reservado para completar otrabalho, mas ele no pode ser concludo em menos de um ano. Qualquerpessoa com tempo para completar a operao em menos de um ano deve

    pensar em adotar mais compromissos terrenos para servirem como metasarbitrrias, que sero sustentadas por vrias partes do trabalho.

    Resultados objetivos so a prova da magia; todo o resto misticismo.

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    Para o propsito desta operao, os cinco atos mgicos classicos deEvocao, Divinao, Encantamento, Invocao e Iluminao so definidos

    da seguinte forma:

    Evocao o trabalho com entidades que podem existir naturalmente ou ser

    criadas. Podem ser consideradas como espritos independentes, fragmentosdo subconsciente do mago, ou como egrgoras das vrias espcies de

    formas de vida, de acordo com gosto pessoal e estrutura de crenas. Naprtica, a Evocao normalmente praticada para o Encantamento, no qualas entidades evocadas so levadas a criar efeitos em benefcio do mago.Entidades evocadas tambm so teis na Divinao, onde so utilizadas

    para descobrir informaes para o mago.

    DivinaoInclui todas aquelas prticas nas quais o mago tenta expandir suapercepo por meios mgicos.

    EncantamentoInclui todas aquelas prticas nas quais o mago tenta impor sua vontade

    sobre a realidade.

    Invocao a afinao deliberada do consciente e do inconsciente com alguma idia

    arquetpica ou significativa. As concepes clssicas das formas dedivindade Pags so comumente usadas, mas outros princpios tambmservem. A Invocao cria estados de inspirao ou possesso durante os

    quais o Encantamento, a Divinao e ocasionalmente a Evocao podem serrealizados.

    Iluminao a auto-modificao deliberada por meio de magia, e pode incluir

    feitios de Encantamento usados por algum para reparar fraquezas eaumentar foras, e Divinao e Invocao realizadas para inspirao e

    direo.Assim, todas as operaes mgicas baseiam-se no uso da vontade,percepo e imaginao, o que significa que todas so espcies de

    Encantamento ou Divinao. Imaginao o que ocorre quando a vontade ea percepo estimulam uma outra.

    Os cinco nveis de atividade mgica (Feitiaria, Xamnica, Ritual,

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    Astral e Alta Magia), so definidas da seguinte maneira para o propsitodesta operao:

    Feitiaria a magia simples, que depende das conexes ocultas que existem entre os

    fenmenos fsicos. A Feitiaria uma arte mecnica que no requer ateoria de que existe a conexo entre a mente do operador e o alvo.

    Quaisquer efeitos que venham a surgir de tal conexo podem, entretanto,ser encarados como um bnus adicional. Trabalhando no nvel da

    feitiaria, o mago cria artefatos, instrumentos e ferramentas queinteragem magicamente com o mundo fsico, podendo ser usadas de forma

    mais sutil nos outros nveis. O trabalho do nvel da feitiaria deve serrealizado em seus mnimos detalhes; por mais simples que paream suas

    prticas, elas so a fundao sobre a qual reside o trabalho mais

    elevado.

    Magia XamnicaTrabalha nos nveis de transe, viso, imaginao e sonho. Abre o

    subconsciente do mago negando o censor psquico, atravs de vriastcnicas. O mago enfrenta um perigo considervel neste nvel e pode ter

    que recorrer freqentemente s tcnicas da feitiaria ou a rituais debanimento, se houver risco de obsesso ou de ser dominado.

    Magia RitualCombina as habilidades desenvolvidas nos nveis de Feitiaria e

    Xamnico. O mago rene o uso de ferramentas da Feitiaria com os poderessubconscientes liberados no nvel Xamnico e combina-os de formacontrolada e disciplinada.

    Magia Astral realizada atravs da visualizao e dos estados alterados de

    conscincia, ou apenas pela gnosis. No utilizada nenhuma parafernliafsica, apesar das ferramentas e instrumentos dos nveis anteriorespoderem ser usadas sob a forma de imagens visualizadas. No incio, o

    mago provavelmente precisar de recluso, silncio, escurido e esforos

    considerveis em concentrao e transe para ter xito neste tipo demagia, mas a prtica lhe permitir realiz-la em qualquer lugar.

    Alta Magia aquela que ocorre quando no h impedimento ao efeito mgico direto da

    vontade, nenhuma barreira clarividncia e prescincia, e nenhumaseparao entre o mago e qualquer forma de conscincia que ele decida

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    assumir. Para a maioria das pessoas, os portais da Alta Magia soabertos em alguns poucos pontos culminantes da vida. medida que o Magoprogride em seu treinamento, o momentum que adquire forar os portes

    do miraculoso a abrirem-se mais seguidamente. No se oferece aqui os

    procedimentos para as cinco conjuraes da Alta Magia. Ela representa oponto onde a tcnica d lugar mais alta capacidade intuitiva, e cadaum deve intuir a chave para libertar tais poderes para si mesmo.

    As primeiras vinte conjuraes ensinam toda a gama de truques e tcnicasartificiais para lanar e capturar o raio mgico. Na Alta Magia, o Caosprimordial no centro de nosso ser agarra ou arremessa o raio por si s.As cinco conjuraes em cada nvel podem ser praticadas em qualquerordem, mas todas devem ser completadas antes de se comear o nvel

    seguinte. O mago deve preparar-se para iniciar a operao como um todo

    em uma data auspiciosa ou com significado pessoal; talvez um aniversrio

    ou data de mudana sazonal. Um livro preparado, no qual o mago deveregistrar os resultados com cada uma das vinte e cinco conjuraes.

    Apenas os resultados satisfatrios devem ser anotados, e o mago devemodificar sua abordagem a cada conjurao at que resultados dignos de

    nota sejam alcanados. Resultados menores podem ser anotados em qualqueroutro lugar, para referncia. O registro da operao do Liber KKK,

    entretanto, deve conter um relato de sucessos notveis com cada uma dasvinte e cinco conjuraes. Um nico sucesso com cada uma deve ser

    considerado como um mnimo absoluto, enquanto cinco sucessos em cada umadas vinte e cinco pode ser visto como um trabalho perfeitamente

    consumado. Com a possvel exceo dos atos de Alta Magia, todas asconjuraes devem ser planejadas detalhadamente de forma antecipada.

    Antes de entrar no templo para iniciar o trabalho, o mago deve saberprecisamente o que ele pretende fazer. Muitos magos preferem escrever um

    roteiro para uma conjurao, mesmo que raramente venham de fato aus-lo. O mago ter muitas vezes que fazer mais do que foi planejado,movido pela inspirao e pela necessidade. Ainda assim, nunca dever

    esquecer de realizar o que planejara ou comear a trabalhar com apenasuma vaga idia do que ir fazer.

    O Ritual Gnstico do Pent AgramaDurante o perodo da realizao do Liber KKK, o mago pode ter que

    defender-se contra os resultados de seus prprios erros e de influnciaspsquicas hostis. Ele tambm precisar revitalizar suas prprias forasvitais e psquicas. O Ritual Gnstico do Pentagrama pode ser usado para

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    estes propsitos. uma conjurao poderosa e tecnicamente compacta deEncantamento Ritual, que serve para todos os propsitos acima. Pode ser

    usada livremente durante todo o trabalho e particularmente como umpreldio e um eplogo para cada uma das primeiras quinze conjuraes.

    Procedimentos Rituais1.Fique de p, de frente para qualquer direo que preferir.

    2.Inspire profundamente. Expire lentamente, vocalizando o som "I"(em um tom agudo) enquanto visualiza um brilho de energia na rea dacabea. 3.Inspire profundamente. Expire lentamente, vocalizando o

    som "E" (em um tom menos agudo que o anterior) enquanto visualiza umbrilho de energia na rea da garganta. 4.Inspire profundamente.

    Expire lentamente, vocalizando o som "A" (em um tom profundo e maisgrave que o anterior) enquanto visualiza um brilho de energia no

    corao e nos pulmes, que se espalha para os msculos dos membros.5.Inspire profundamente. Expire lentamente, vocalizando o som "O"(ainda mais grave) enquanto visualiza um brilho de energia na rea

    da barriga. 6.Inspire profundamente. Expire lentamente, vocalizandoo som "U" (da forma mais grave e profunda possvel) enquantovisualiza um brilho de energia na rea genital/anal. 7.Repita o

    passo 6, seguido dos passos 5,4,3 e 2, trabalhando de volta at acabea. 8.Inspire profundamente. Expire lentamente, vocalizando os

    sons IEAOU, um de cada vez, enquanto, com a mo esquerda, traa um

    pentagrama no ar, que tambm deve ser visualizado fortemente. 9.Vire25 graus para a esquerda e repita o passo 8, e ento continue a

    virar-se e a traar os pentagramas com os mantras e asvisualizaes, at retornar posio inicial. 10.Repita os passos 2 a

    7 (inclusive).

    Feitiaria - Conjuraes Um a CincoA Feitiaria depende da explorao das conexes psquicas entre os

    fenmenos fsicos, e apenas secundariamente em estabelecer conexes

    psquicas entre os fenmenos mentais e fsicos. Cada uma das conjuraes

    requer o uso de intrumentos fsicos que podero ser usados novamente emoutros nveis. altamente desejvel que o mago faa estes instrumentoscom suas prprias mos. Entretanto, ele pode adaptar objetos existentes

    para seu uso se estes tm um significado pessoal, so raros, tm odesign criado pelo mago, ou se tais objetos tornam-se disponveis de

    forma incomum ou significativa. No acidentalmente que as tcnicas de

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    feitiaria muitas vezes lembrem certos padres de comportamentoinfantil. Crianas geralmente tm uma familiaridade natural com os

    princpios mgicos mais simples, mesmo que no possuam a persistncia oua coragem para faz-los funcionar. O mago adulto busca reconquistar este

    senso infantil de imaginao, fluidez e pensamento fantasioso, paratorn-lo algo com poder real.

    Conjurao Um - Evocao em FeitiariaCom suas prprias mos, O mago cria uma representao fsica de umaentidade fetiche, seja esculpindo, moldando ou montando. Suas funesso, em geral, atrair sucesso, proteger do azar e agir com uma reservade poder para o mago. Sua forma deve lembrar algum tipo de ser vivo

    verdadeiro ou quimrico, cuja forma sugere sua funo. Se possui formavagamente humanide, conhecido como um Homunculus. Deve conter partes

    do corpo do mago, ou pelo menos ser ungido com sangue ou fluidossexuais. O mago trata o fetiche como um ser vivo, dizendo-lhe sua

    vontade, comandando-o a exercer sua influncia a seu favor ecarregando-o junto a si em momentos cruciais. Alguns magos preferemfazer dois fetiches, um como instrumento de vontade e o outro para

    trazer conhecimento e informaes.

    Conjurao Dois - Divinao em FeitiariaO mago prepara um modelo simples do universo para ser usado como

    instrumento divinatrio. Um jogo de Runas o ideal para este propsito.Bastes de geomancia oferecem um modelo mais simples, enquanto o Tarot eo I Ching podem provar-se muito complexos para o trabalho posterior nosnveis Xamnicos, a menos que sejam abreviados de alguma forma. O mago

    deve realizar a divinao tanto de forma geral quanto para responderperguntas especficas. O instrumento divinatrio deve ser tratado como

    um elemento diretamente relacionado s partes da realidade querepresenta, e os procedimentos do sortilgio devem ser considerados comoum espelho do processo atravs do qual a realidade toma suas decises. A

    ao divinatria deve ser afinada a uma frequncia e complexidade que

    permita que as respostas sejam lembradas. prefervel realiz-la parafenmenos que sejam passveis de confirmao positiva ou negativa dentro

    de um perodo de tempo relativamente curto.

    Conjurao Trs - Encantamento em FeitiariaPara o trabalho da terceira conjurao, o mago pode precisar preparar ou

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    adquirir alguns instrumentos, sendo o mais importante dentre eles umaferramente especial ou arma mgica, para encantamento. Um pequeno basto

    pontudo ou uma faca so especialmente convenientes. Este instrumento ouarma especial pode tambm ser muito til para traar os pentagramas no

    Ritual Gnstico do Pentagrama. Um pedao de argila do dimetro de umpunho pode ser o nico outro instrumento requerido. Para realizar oEncantamento em Feitiaria, o mago faz representaes fsicas de suavontade e desejo. Quando possvel, a arma mgica deve ser usada paraajud-lo a fazer ou manipular essas representaes. Como sempre, eledeve ter como meta influenciar os eventos antes que a natureza tenhatomado uma deciso. No exija muito da natureza conjurando eventos

    altamente improvveis.

    Conjurao Quatro - Invocao em Feitiaria

    A meta da quarta conjurao criar mudanas radicais no comportamentoatravs de alteraes temporrias no ambiente. No h limite para asvariaes de experincia que o mago pode querer ter. Ele pode, por

    exemplo, depois de uma pesquisa cuidadosa, seguir disfarado at umlugar estranho e interpretar um papel social completamente novo. Da

    mesma forma, ele pode querer equipar seu templo e a si mesmo de formaque possa experimentar ser um deus egpcio durante algum tempo. Na

    Invocao em Feitiaria, o mago testa os limites mximos de suahabilidade de criar mudanas arbitrrias modificando seu ambiente e seu

    comportamento.

    Conjurao Cinco - Iluminao em FeitiariaNos trabalhos de iluminao, o mago procura se auto-aperfeioar de

    alguma maneira especfica e precisamente definida. Planos grandiosos deiluminao espiritual devem ser abandonados em favor de um trabalho que

    identifique e supere suas fraquezas mais bvias e fortalea asqualidades existentes. Para o trabalho de iluminao, o mago faz ou

    adquire algum objeto para representar sua busca como um todo. Este

    objeto tecnicamente conhecido como uma "lmpada", embora possa tomar

    qualquer forma, desde um anel at uma mandala. A "lmpada" utilizadacomo uma base sobre a qual proclamar pactos e resolues variadas. Taispactos e resolues podem tambm ser marcadas no design da lmpada. O

    mago pode precisar realizar vrios atos suplementares de invocao,encantamento, divinao e mesmo evocao para ter progresso no trabalho

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    de iluminao. No incomum para o mago destruir e refazer a lmpadadurante o trabalho de iluminao.

    Conjuraes Seis a Dez - Magia XamnicaA Magia Xamnica depende do uso de estados alterados de conscincia nos

    quais a visualizao ativa e a busca da viso passiva possam ocorrermais facilmente. Os estados alterados mais fceis e seguros de obter so

    aqueles de quase-sono, sonho e transes leves obtidos atravs demeditao silenciosa. Entretanto, qualquer mtodo de Gnosis pode serusado de acordo com o gosto do mago. Nos exerccios iniciais, sbioevitar certas prticas perigosas e extticas que possam levar a umaperda de controle. Em geral, prefervel tentar aprofundar o transe

    atravs de concentrao na visualizao e na viso do que aprofund-loatravs de Gnosis extrema. Na Magia Xamnica, o mago est buscando

    descobrir e estabelecer conexes entre sua imagtica mental e osfenmenos do mundo. As vises ocorrem freqentemente em linguagem

    simblica; assim, por exemplo, doenas podem tomar a forma de insetos ouanimais repugnantes, e medos ou desejos podem surgir como espritos. O

    mago ou o xam deve lidar com tais coisas como as imagens que seapresentam, banindo ou invocando tais formas atravs de visualizao e,

    quando necessrio, interpretando seu significado fsico. A magiaxamnica tende a se tornar um exerccio extremamente livre e

    idiossincrtico, no qual o mago tambm explora sua capacidade de

    sintetizar smbolos.

    Conjurao Seis - Evocao XamnicaNeste trabalho, o mago se esfora para estabelecer uma viso de uma

    entidade que ele cria para obedecer suas ordens. sempre til trabalharcom as formas visualizadas das entidades utilizadas para a evocao em

    feitiaria, embora outras formas possam ser escolhidas. Em geral,entidades so usadas para encorajar eventos desejados a se

    materializarem, ou para buscar informaes, em situaes que sejam muito

    complexas para que simples encantos ou divinaes resolvam o caso.

    Entidades agem como encantos semi-inteligentes como um nvel limitado deao independente. O mago intenta construir uma comunicaes crescentecom as entidades que conjurou em sua imaginao at que elas comecem ater verdadeiro efeito sobre o mundo. Alguns dos melhores trabalhos comentidades podem ser mais facilmente realizados interagindo com elas em

    sonhos.

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    Conjurao Sete - Divinao XamnicaNa Magia xamnica, a divinao consiste em uma busca de vises que

    respondam a algumas perguntas em particular. Entretanto, o termo "buscade vises" deve ser compreendido de forma a incluir uma busca para uma

    resposta captada de qualquer forma, seja atravs de vozes alucinatrias,sensaes tteis ou qualquer coiisa. Em geral, o mago se concentra napergunta que deseja fazer, enquanto adentra seu estado de sonho,

    quase-sono ou transe, e ento permite que um fluxo de imagens, vozes ououtras sensaes surjam dento de si. Uma viso de forma completamentelivre pode ser buscada e mais tarde interpretada, ou o mago pode tentar

    estruturar sua experincia procurando por smbolos especiais,especialmente aqueles escolhidos para o trabalho de divinao em

    feitiaria.

    Conjurao Oito - Encantamento XamnicoNo Encantamento Xamnico, o mago busca impor sua vontade sobre o mundo

    atravs de uma visualizao direta ou simblica de seu desejo. Assim,enquanto em sua forma escolhida de transe, ele convoca uma imagem dofenmeno alvo e visualiza seu desejo se realizando. O mago comumentedescobrir que til visualizar-se viajando em esprito at a pessoa ou

    situao que deseja influenciar. Ele ento visualiza uma encenaoimaginativa durante a qual a situao ou o comportamento da pessoa mudapara adequar-se a seu desejo. No incomum que a visualizao torne-se

    um tantgo simblica ou distorcida ou colorida pela imaginao do mago.Em geral, estas distraes devem ser banidas por meio de uma

    concentrao ainda maior na visualizao desejada. Entretanto, se forempersistentes, eles podem revelar algum conhecimento sobre o alvo ou

    sobre a relao do mago com ele, e isto pode ser usado para melhorar seuencantamento. Por exemplo, se uma pessoa-alvo repetidamente parece

    possuir algum tipo de aura ou forma animal durante uma viso, normalmente melhor trabalhar a visualizao diretamente sobre isto. Da

    mesma forma, se uma situao-alvo parece ter algum tipo de vibrao

    caracterstica ou "sensao", provavelmente o mago ser maisbem-sucedido se trabalhar sua magia sobre uma visualizao disto, aoinvs da imagem real da situao.

    Conjurao Nove - Invocao XamnicaNa Invocao Xamnica, o mago obtm conhecimento e poder a partir de

    Atavismos, normalmente atavismos animais. Existe um bom nmero de

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    explicaes engenhosas sobre o porqu dessas experincias serempossveis. O cdigo gentico humano contm uma enorme quantidade deinformaes que aparentemente no so utilizadas. Muitas delas podem

    estar relacionadas nossa histria evolucionria. O crebro humano

    desenvolveu-se atravs de um processo de adio, ao invs de modificaocompleta. As partes mais antigas de nossos crebros contm circuitos eprogramas idnticos aos de outros animais. Alguns magos consideram que aporo psquica dos humanos construda a partir do entulho psquico de

    muitas criaturas anteriores, incluindo os animais, do mesmo modo queacontece com o corpo fsico. Outros argumentam que as psiques coletivas

    das vrias espcies animais esto disponveis telepaticamente.Para realizar a Invocao Xamnica, o mago se esfora para obter algum

    tipo de possesso por um atavismo animal. A seleo de uma forma

    particular de animal uma questo muito pessoal. Pode ser que o mago

    tenha certa afinidade com um animal desde a infncia, ou tenha algumacaracterstica fsica ou mental que sugira um animal, ou pode ser quesurja uma intuio ou que ocorra uma revelao visionria repentina.

    Para desenvolver a invocao, o mago deve tentar visualizar-se na formaanimal durante o transe, e at mesmo tentar projetar-se em viagem astralsob a forma do animal escolhido. Costuma ser til imitar o comportamento

    do animal em um ambiente adequado. Com a prtica, vrios graus dediviso da conscincia podem ser alcanados, nos quais possvel para o

    mago interrogar seu atavismo sobre assuntos que ele compreenda, e pedira ele que fornea seus poderes que podem ser suportados pelos corpos

    fsico e astral do mago.

    Conjurao Dez - Iluminao XamnicaA assim chamada jornada medicinal da Iluminao Xamnica uma busca por

    auto-conhecimento, auto-renovao ou auto-desenvolvimento. Ela podetomar muitas formas. Tradicionalmente ela costuma tomar a forma de uma

    experincia de morte e renascimento, na qual o mago visualiza suaprpria morte e o desmembramento de seu corpo, seguidos por uma

    reconstruo de seu corpo e "esprito", e um renascimento. Este processo algumas vezes acompanhado de privaes fsicas, como insnia, jejum edor, para aprofundar os transes. Outro mtodo conduzir uma srie de

    jornadas visionrias convocando os assim chamados "espritos" dosfenmenos naturais, animais, plantas e minerais, e pedir a eles que

    concedam conhecimento. O mtodo mais simples de todos recolher-se poralguns dias em um lugar selvagem e afastado, longe de habitaes

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    humanas, e ali conduzir uma completa reviso de sua vida at o presente,e tambm de suas expectativas para o futuro.

    Conjuraes Onze a Quinze - Magia RitualNa magia ritual, o uso fsico de instrumentos mgicos combinado com

    estados alterados de conscincia em uma srie de cerimniasestruturadas. Voc, o mago, comea tambm a incorporar certas teoriasmgicas dentro do projeto de seu trabalho, para faz-lo mais preciso eefetivo. Em particular, voc deveria buscar ampliar seu uso de transe,

    utilizando variadas tcnicas de gnosis. Isto tem o efeito de trazer maiscompletamente tona as partes inconscientes da mente, as quais

    realmente fazem a magia. Na magia ritual feito um uso considervel devrios sistemas de correspondncia simblica, pensamento analgico esigilos. Eles so usados para se comunicar com o inconsciente e para

    preocupar a mente consciente enquanto a magia est sendo realizada.

    A magia ritual sempre estruturada como uma abordagem indireta dodesejo no nvel consciente. O mago ritualstico nunca trabalha com umarepresentao ou visualizao direta do que deseja, mas sim com algumsigilo ou analogia simblica, que dentro de um estado gnstico estimula

    o real desejo no inconsciente.

    Conjurao Onze - Evocao Ritual

    Para a evocao ritual, os magos podem escolher continuar usando asformas de entidade desenvolvidas nos nveis de feitiaria ou xamnicos,ou podem querer experimentar com as formas tradicionais dos clssicosgrimrios de espritos. Alternativamente, eles podem tentar construir

    suas prprias formas de entidade. Reza a tradio que um mago no devemanter mais que quatro entidades ao mesmo tempo, e na prtica issoparece uma boa regra. Na evocao ritual sempre se utiliza uma base

    material, mesmo que seja apenas um sigilo grfico desenhado em um papel.Nas evocaes iniciais, o mago constri uma forte imagem visualizada da

    entidade, usando gnosis completa. Nas evocaes seguintes, voc enviavrias ordens e orientaes para a base material da entidade, ou buscareceber informaes dela. A base material deveria ser manejada

    ritualisticamente e durante o estado de gnosis, sempre que possvel.Quando no estiver em uso, ela deveria estar escondida.

    Conjurao Doze - Divinao Ritual

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    Na divinao ritual, algum tipo de instrumento fsico manipulado paradar uma resposta simblica ou analgica durante o estado de gnosis.

    Estados profundos de gnosis tendem a impedir o uso de instrumentosdivinatrios complexos, como a Cabala ou o I Ching, para muitas pessoas.

    Outros podem achar que sistemas muito simples, tais como o lanamento deossos, tendem a conceder muito pouca informao para este tipo detrabalho, enquanto sistemas de complexidade intermediria, como as

    runas, o tarot ou a geomancia ocidental so freqentemente maisproveitosos. Antes da divinao o mago deveria carregar

    ritualisticamente o instrumento divinatrio com um sigilo ourepresentao analgica da questo. A seleo divinatria entorealizada sob gnosis. A interpretao pode ser feita sob gnosis, ou

    depois do retorno conscincia comum.

    Conjurao Treze - Encantamento Ritual

    Para o encantamento ritual, o mago pode escolher usar o instrumentoespecial de encantamento do trabalho no nvel de feitiaria, a menos queesteja particularmente inspirado para criar um instrumento melhor. O

    instrumento de encantamento ou "arma mgica" usado para traar sigilosno ar e, quando possvel, na manufatura e manipulao de vrios

    encantos. Todo encantamento ritual depende do uso de algum tipo deencanto para ocupar e driblar a mente consciente, trazendo o poder do

    inconsciente para a ao. Um encanto pode consistir de virtualmentequalquer coisa, desde a manufatura e consagrao de um sigilo at amanipulao de imagens de cera ou uma encenao ritual de alguma

    analogia de um desejo. Em todos os casos, o mago precisa usar a gnosis ea concentrao sobre o encanto em si, ao invs de no desejo que ele

    representa, para realizar encantamentos efetivos.

    Conjurao Catorze - Invocao Ritual

    Na invocao ritual, voc, o mago, busca saturar seus sentidos com

    experincias que correspondam ou simbolizem alguma qualidade particularque voc deseja invocar. Assim, pode-se adornar o templo e a si mesmocom cores, aromas, smbolos, nmeros, pedras, plantas, metais e sons

    correspondentes quilo que ser invocado. Voc pode tambm adaptar seucomportamento, pensamentos e visualizaes, enquanto em gnosis, em umatentativa de ser possudo pelo que voc invoca. Na prtica, as formas de

    divindade clssicas so usadas freqentemente, j que os pantees pagos

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    oferece um espectro de qualidades que resumem toda a psicologia. Vocno deve restringir-se a invocar apenas aquelas qualidades pelas quais

    tem uma simpatia pessoal. Qualquer invocao particularmentebem-sucedida deveria ser seguida, algum tempo depois, por uma invocao

    de qualidades completamente diferentes. Um programa meticuloso deinvocao ritual deveria abranger o sucesso com pelo menos cincoinvocaes completamente diferentes.

    Conjurao Quinze - Iluminao Ritual

    Na iluminao ritual, o mago aplica a si mesmo vrios atos rituais dedivinao, encantamento, evocao e invocao, com fins de

    auto-desenvolvimento. Como com todos os atos de iluminao, as mudanaspretendidas devem ser especficas, ao invs de vagas e gerais. Para esta

    conjurao, voc pode achar til preparar uma "lmpada" mais elaborada,talvez na forma de uma mandala representando seu eu ou sua alma.

    indicemagia.html indicemagia.html

    Mulheres Fada da EscociaExistem tantas similaridades encontradas na crena das fadas Escocesa,

    que nao resta duvida das diversas migraoes de povos, indo e vindo,entre a Escocia e Irlanda. Muitos sabem sobre a ultima onda de

    imigrantes Gaelicos na Escocia vindos da Irlanda no seculo quinto, maspor muitos seculos antes disso, os Irlandeses se relacionavam com os

    Cruithne (Pictos) da Escocia e isso e mencionado em alguns textosprimitivos. Assim sendo, houve um longo intercambio entre as duas

    naoes, o que levou a uma mistura no folclore e nas crenas.

    A mais conhecida das mulheres fada tanto na Escocia como na Irlanda e aBean Sidhe (Bean = Mulher ou relativo a mulher, Sidhe = Fada ou relativoa fada, podendo ainda significar o nome da morada das fadas), a Banshee.

    Na Irlanda ela e a antepassada das velhas familias aristocraticas, osclans Irlandeses. Quando morte ou infortunio esta para ocorrer na

    familia, seus sobrenaturais lamentos podem ser ouvidos. Considerava-seum sinal de status ter uma Banshee incorporada a sua familia! Ela e maiscomumente ouvida do que vista, porem se for vista, ela provavelmente

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    estara penteando seu longo cabelo com um pente de prata. Ela e tambemconhecida como Bean Chaointe, a mulher que lamenta, e ainda como Badhbh

    Chaointe. Badhbh e o irlandes para "corvo escaldado", porem maisinteressantemente e o nome de uma Deusa Celta da guerra que gritava

    sobre os campos de batalhas na forma de um corvo.

    Nas Terras Altas da Escocia essa especie de Banshee e conhecida como aBean Tighe, a fada empregada, ou em alguns lugares como a GlaistigUaine, a Dama Verde, que e constantemente vista nos quartos e recintosdos velhos castelos dos clans Escoceses, observando e tomando conta de

    tudo. Ha tambem uma selvagem especie de Banshee encontrada nos lugaresmais remotos. Essa especie de Banshee vaga atraves das florestas e por

    sobre os pantanos ao anoitecer, atraindo viajantes para a morte.A Gruagach e a mulher fada que cuida do rebanho a noite e garante a

    qualidade do leite. Em Skye, Tiree a outras ilhas sao encontradas'gruagach stones' (pedras de gruagach), pedras com concavidades nas

    quais eram despejadas libaoes de leite como oferendas a ela. Se essas

    oferendas diarias fossem esquecidas, a melhor vaca do rebanho seriaachada morta durante a manha. O Livro de Arran menciona uma Gruagach quecuidou de um rebanho no distrito de Kilmory

    Existem varias estorias de mulheres fadas que ajudam donas de casa com afiaao, o trabalho domestico, a debulhaao do milho e etc. Porem, se

    elas fossem interrompidas por qualquer motivo, mesmo para a entrega deum presente, elas nao retornariam jamais. Alexander Carmichael menciona

    a "bean chaol a chot uaine's na gruaige buidhe', a magra mulher devestido verde e cabelo amarelo, que consegue transformar agua em vinho,tecer mantas com teias de aranha e tocar agradavel musica na flauta das

    fadas.

    Encontramos tambem na Escocia a terrivel Bean Nighe, tambem conhecidacomo a "Lavadeira do Rio"(Washer at the Ford). Ela pode ser vista a meianoite lavando a mortalha de alguem que esta para morrer. Geralmente apessoa que a encontra percebe que e seu proprio destino que ela prediz.

    Ao lavar ela cantarola uma triste canao: "Se do leine, se do leine gami nigheadh"(E sua mortalha, sua mortalha que estou lavando).

    Varios espiritos de rios e montanhas na Escocia aparecem na forma de umavelha feiticeira, a Cailleach. A mais conhecida e a Cailleach bheara que

    lava suas roupas no redemoinho do Corryvreckan de Jura, e vaga atravesda regiao na forma da "egua noturna".

    Existe outro ser da raa das fadas que e mencionado nos escritos de

    Fiona MacLeod e e intensamente temido entre os Gaelicos. Ele e o AmadanDubh, o "Tolo" das Fadas, que traz loucura e esquecimento. As vezes eleaparece como uma figura obscuramente vestida no pe de uma colina depois

    do sol se por, fazendo um encantamento com sua flauta.Podemos concluir entao, que na crena nas fadas da Escocia e Irlanda sao

    achados vestigios da velha religiao paga, com Deuses e Deusas sendorelembrados como guardioes ancestrais dos clans. De fato, todos os clansclamam descender de uma deidade em particular, portanto isso nao e nada

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    novo. Os antigos Deuses continuam a aparecer em lendas locais, como reise rainhas de palacios de fadas, ou como gaurdioes de lagos. Em outras

    palavras, eles continuam fazendo parte da terra e da memoria popular dopovo. Contudo, a crena nos sidhe tem diminuido com o declinio do idiomaGaelico, e com ele muitas das lendas que somente eram contadas nesse

    idioma. E triste a atitude de muitas pessoas que consideram esses contoscomo meras 'estorias de crianas', e os deixarem de lado quando nostornamos mais velhos. O quao longe da realidade isso esta, se apenas

    elas podem ver? As fadas sao os poderes elementais da terra, os antigos'Moldadores da Terra' que vivem nas colinas ocas, para quem o mundo do

    humanos nao e mais que um sonho...

    Principia Caoticapor PeterJ. Carroll

    Na Magia do Caos, crenas no so vistas como fins em si, mas como

    ferramentas para criar os efeitos desejados. Entender isto completamente

    encarar uma terrvel liberdade na qual nada verdadeiro e tudo permitido, que o mesmo que dizer que tudo possvel, que no h

    certezas, e que as conseqncias podem ser desastrosas. A gargalhadaparece ser a nica defesa contra a compreenso de que no se possui

    sequer um Eu real.O objetivo dos rituais do Caos criar crenas agindo como se elas

    fossem verdadeiras. Nos Rituais do Caos voc finge at sentir, paraobter o poder que uma crena pode prover. Em seguida, se fores sensato,voc rir delas e buscar as crenas necessrias para qualquer coisa que

    queira fazer depois, medida em que movido pelo Caos. Assim, o

    Caosmo proclama a morte e o renascimento dos deuses.Nossa criatividade subconsciente e nossos poderes parapsicolgicos somais que adequados para criar ou destruir qualquer deus ou Eu ou demnio

    ou qualquer outra entidade espiritual na qual possamos acreditar oudesacreditar, pelo menos, para ns mesmos e, s vezes, tambm para os

    outros. Os resultados freqentemente aterradores alcanados pela criaode deuses atravs do ato de comportar-se ritualisticamente como se eles

    existissem no dever conduzir o mago Catico no abismo de atribuirrealidade definitiva a qualquer coisa. Este o engano

    transcendentalista, que leva a um estreitamento do espectro do Eu. Overdadeiro terror reside no leque de coisas que podemos descobrir que

    somos capazes de fazer, mesmo se tivermos que temporariamente acreditar que os efeitos se devem a algo externo para que possamos cri-los. Osdeuses esto mortos. Longa vida aos deuses.

    A Magia apela aos que tm muito orgulho e uma imaginao frtil, somadasa uma forte suspeita de que ambas, a realidade e a condio humana,possuem as caractersticas de um tipo de jogo. O jogo possui final

    aberto, e joga a si mesmo por diverso. Os jogadores podem criar suasprprias regras at certo ponto, e, se desejado, trapacear usando

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    parapsicologia. O tipo de magia apresentado aqui, consiste em uma sriede tcnicas que atuam como extenses extremas das estratgias normaisque so possveis dentro do jogo. Um mago algum que vendeu sua alma

    pela chance de participar mais inteiramente da realidade.Apenas quando nada verdadeiro e a idia de um Eu verdadeiro

    abandonada, tudo se torna permitido. Existe alguma exatido no mito deFausto, mas ele falhou ao lev-lo sua concluso lgica. Precisa-seapenas da aceitao de uma simples crena para que algum se torne ummago. Esta a metacrena de que a crena uma ferramenta para obter

    efeitos. Este efeito geralmente muito mais fcil de observar nosoutros do que em ns mesmos. comumente muito fcil ver como outras

    pessoas e, at mesmo outras culturas, so mais ou menos capazes, deacordo com as crenas que possuem.

    Crenas tendem a levar a atividades que tendem a reconfirm-las, numcrculo normalmente chamado de virtuoso, ao invs de vicioso, mesmoquando os resultados no so agradveis. O primeiro estgio de ver

    atravs do jogo pode ser uma iluminao chocante, que leva a um cinismotedioso, ou ao Budismo. O segundo estgio de real aplicao do insightem si mesmo pode destruir a iluso da alma e criar um mago. A

    compreenso de que crena uma ferramenta, ao invs de um fim em si,tem imensas conseqncias se aceita por completo.

    Dentro dos limites impostos pela possibilidades fsicas, e estes limitesso muito mais vastos e maleveis do que a maioria das pessoas imagina,

    pode-se fazer reais quaisquer crenas escolhidas, incluindo crenascontraditrias. O mago no aquele que busca por uma identidade

    particular e limitada, mas aquele que deseja a meta-identidade que otorna capaz de ser qualquer coisa.

    Assim, seja bem-vindo ao Kali Yuga do pandaemonaeon, onde nada verdadeiro e tudo permissvel. Nestes dias de ps-absolutismo, melhor construir sobre areia movedia que em pedra, que lhe confundirno dia em que vier a rachar. Os filsofos tm se tornado no mais do queproprietrios de sarcasmos teis, pois foi revelado o segredo de que no

    h segredo no universo.Tudo Caos, e a evoluo no est indo a nenhum lugar em particular. o puro acaso que comanda o universo, e assim, e apenas assim, a vida

    boa.Nascemos acidentalmente em um mundo aleatrio, onde apenas causas

    aparentes levam a efeitos aparentes, e muito pouco pr-determinado,

    graas ao Caos. Como tudo arbitrrio e acidental, talvez estaspalavras sejam muito simplrias e pejorativas; ao invs disso seriamelhor dizer que a vida, o universo e todo o resto so espontaneamentecriativos e mgicos. Deleitando-se com a realidade estocstica, podemos

    nos regalar exclusivamente com as definies mgicas da existncia.As estradas do excesso podem ainda levar ao palcio de sabedoria e

    muitas coisas indeterminadas podem acontecer no caminho do equilbriotermodinmico. intil buscar cho slido onde pisar. A solidez uma

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    iluso, como o p que a pisa, e o Eu que pensa possu-los a maistransparente de todas as iluses. As pesadas embarcaes da f estofuradas e afundando juntamente com todos os botes salva-vidas e suas

    jangadas engenhosas.Ento voc vai fazer compras no supermercado de crenas ou no

    supermercado de sensaes e permite que suas preferncias de consumodefinam seu eu verdadeiro? Ou voc, em um estilo corajoso e alegre,roubaria ambos apenas por diverso? Pois a crena uma ferramenta para

    obter qualquer coisa que se considere importante ou prazerosa, e asensao no tem nenhum outro propsito alm da sensao.

    Assim, ajude-se a obt-las sem pagar o preo. Sacrifique a verdade pelaliberdade, em cada chance que tiver. O maior divertimento, liberdade e

    realizao esto em no ser voc mesmo. H pouco mrito em simplesmenteser quem quer que voc seja por um obra congnita acidental e

    circunstancial. Inferno a condio de no ter alternativas. Rejeiteento as obscenidades da uniformidade planejada, da ordem e do

    propsito. Vire-se e encare as ondas das mars do Caos, das quais osfilsofos tm fugido apavorados por milnios. Pule para dentro e saiasurfando em sua crista, exibindo-se em meio estranheza sem limites e omistrio em todas as coisas, rejeitando falsas certezas. Graas ao Caos

    isso nunca terminar.

    Cronos 2Seguindo a tese de que o Tarot seria uma inveno crist do

    sculo XII, misto das fontes iniciticas judaicas/cabalisticas,islamicas/sufis e crists/gnsticas podemos chegar a comparar oque transmite com os modernos sistemas de ocultismo e magia.

    Seguindo o esquema de associaes propostos com o alfabetohebraico e com a rvore da Vida, cada um diferente do outro e emnada coincidentes, percebemos alguns nuances interessantes.Primeiramente, o esquema cabalistico sempre se adapta aos

    modernos sistemas de planificao do universo, o que o Tarot nemsempre acompanha. Isso fcil de ser demonstrado. O ocultismosempre trabalha com opostos, visto que isto o que ordena as leis

    hermticas. A dualidade um componente de vrias correntesfilosficas e principalmente da Kabalah. No momento da criao

    do mundo, D-us, ao se contrair durante o Tzim-Tzum, formou duasrealidades, o que a Ele pertencia em sua essncia e o que Ele no

    permeava. Estava criada a dualidade.A dualidade pode se extender a conceitos infinitos. No oriente comumente estudada, principalmente do ponto de vista do

    Taoismo ecorrelatos. O Yin, o Yang e etc. No Tarot podemos perceber a dualidade

    perfeitamente, uma vez que a rvore da Vida tem 11 emanaes, ouSefiroth, e existem 22 Arcanos maiores. Assim, vejamos a relao:

    Kether - Mago / Fora

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    Chokmah - Sacerdotiza / EnforcadoBinnah - Imperatriz / Morte

    Chesed - Imperador / TemperanaPechad - Hierofante / DiaboTiferet - Amantes / Torre

    Netzach - Carro / EstrelaHod - Justia / LuaYesod - Eremita /Sol

    Malkuth - Roda / JulgamentoDaath - Louco / Mundo

    Essas polaridades podem representar vrias coisas. Inicialmentepodemos atentar para o fato de que o Mago e a Fora correspondem a

    duas diferentes formas de controle, a habilidade no Mago e o dominio naFora. Mas em Daath que a formula realmente faz sentido, uma vez que o

    Louco a armadilha do conhecimento e o Mundo sua recompensa. Decerta forma, essas duas energias, Louco e o Mundo, so grandes

    desafios e formas de iluso.Atualmente, os ocultistas mergulham no estudo da rvore da Morte, oreino das Klifah, ou das cascas. Originalmente Klifah o prepucio que

    retirado no momento da circunciso. O reino das Klifoth se projeta abaixoda rvore da Vida (Etz Chaim), formando uma rvore invertida, ondeMalkuth o ponto mais alto e Kether se aproxima das profundesas,

    correspondendo primeira forma de organizao das energias do Caos,que emanam do infinito tanto do desconhecido macrocosmico, quanto

    do microcosmico. Kether da rvore da Morte est nas profundesas dacoluna vertebral, refletido nos genes adormecidos de nosso DNA. Essasprofundesas, muito longincuas de qualquer acesso ou conhecimento da

    moderna psicologia, podem apenas serem acessadas por mtodos deresurgencia atvica, muito bem conhecidos por praticantes do Zos KiaCultus. L, nesse universo obscuro e desconhecido, muito alm de onde

    o caricaturesco demnio cristo pode sequer imaginar a existncia, moratoda a fonte do Caos.

    Normalmente, representaes da rvore da Morte tem o desenho darvore da Vida invertida, com dez Klifoth que correspondem a inversodas qualidades das Sefiroth. Mais modernamente, ocultistas como FrankRipel (membro do ramo italiano da OTO), afirmam que a rvore da Morte

    teria treze emanaes, correspondentes aos treze globos de Yogg-Sothoth, o Mercrio Negro do Caos e companheiro de Asa-Thoth, o

    senhor louco e cego do Caos. Esses seres so pertencentes acosmogonia e mitologia do Necronomicon. De forma semelhante, arvore da Vida teria tambm treze emanaes.

    Esse esquema, como o de dezesseis do Voodoo, manda para o buracotoda relao do alfabeto hebraico com a rvore e qualquer tentativa de

    associar o Tarot a ambos. Resta a soluo de se "criarem" novosArcanos para completar a rvore. Mas esse estudo no cabe aqui.

    Considerando-se que existe uma rvore invertida, que Atu

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    corresponderia a cada Klifah ? Podemos argumentar que o Atu I seencaixa em Kether da rvore da Vida e o Atu XI na da Morte. Isso

    lgico, mas no provvel, uma vez que a rvore da Vida o conjunto dequatro rvores, uma para cada mundo, ou seja Atziluth, Briah, Yetzirah e

    Assiah. Cada mundo desses se relaciona com um elemento e com um

    naipe, segundo o esquema da Golden Dawn e derivados:Atziluth - Paus - FogoBriah - Espadas - Ar

    Yetzirah - Copas - AguaAssiah - Pentculos - Terra.

    Assim, existe um Atu I para cada elemento, assim como um Atu XI. Issotambm se deve ao fato que a real colocao dos Arcanos Maiores nosCaminhos e no nas Emanaes. Para as Sefiroth, os Arcanos Menoresso melhores indicados. Assim, devido ao fato de serem caminhos, os

    Arcanos Maiores no tem elementos definidos, uma vez que se refletemtanto nos quatro mundos, como no Caos da rvore da Morte, governada

    por Lilith, a rainha das Klifoth.Todavia, na magia enochiana, revelada por John Dee e Kelly, podemosnotar algumas deficincias do Tarot. Segundo as Tbuas Enochianas,

    existe primordialmente 5 elementos. Os quatro elementos, primeiramenteestariam relacionados nas 4 tabuas e na Tbua de Unio estaria o Eter.Todavia, no Enochiano, o Ether se divide em Aethyrs (ou teres). EssesAethyrs se espalham pela rvore da Vida. O Tarot, a principio no temrelao com o Eter, ou seja, no existe um naipe que se associe a ele.Podemos at dizer que os Arcanos Maiores seriam o Eter. uma tese

    plausivel, a no ser por um ponto.Atualmente, modernos pesquisadores como Schuler, descobriram a sexta

    tablita, a Tbua do Caos. Assim, o mundo das correspondencias sefecha. Como o Ar se opoe Terra, sendo seu oposto complementar, oFogo se opoe gua. E agora, o Caos se opoe ao Eter. Se unirmos as

    tbuas, podemos criar um hexaedro, uma vez que temos tbuasquadradas, ou cubo se preferirem. Esse cubo enochiano seria uma

    perfeita planificao do universo, uma vez que dentro dele circulamenergias, de uma tbua para outra, formando caminhos diversos e

    desconhecidos. Se uma explicao para o Eter j era complicada para oTarot, uma para o Caos mais complicada ainda.

    Atualmente se acredita que os Aethyr se espalham pela rvore da Vida,se dividindo entre os trs vus, ou seja, Massak, Paroketh e Abismo.

    Podemos chegar a supor que existiriam opostos aos Aethyr, pela rvoreda Morte, mas isso s tese. A verdade que no existe um Tarot para oEter nos moldes conhecidos pelos tarologos. Schuler criou um TarotEnochiano, onde relaciona os Aethyr com cartas, mas isso de certa

    forma incipiente e criado conforme as viagens que teve pelos Aethyr. Omesmo deveria ser feito a partir da explorao da tbua do Chaos.

    Ou seja, ainda existem dois naipes do Tarot desconhecidos para ns eque, pelo jeito, ainda estaro ocultos por muito tempo...

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    MAGICK SEM LGRIMASporAleisterCrowleyO QUE MAGICK?I. DEFINIO

    Magick a cincia e a arte de causar mudana de acordo com a Vontade.II. POSTULADOQualquer mudana que se queira, pode ser efetuada pela aplicao do tipoe grau de fora adequados do mesmo modo atravs do medium e objetoapropriados.III. TEOREMAS1. Todo ato intencional um ato de Mgick. 2. Todo ato bem sucedidoconfirma o postulado. 3. Toda fracasso prova que um ou mais requisitosdo postulado no foram preenchidos. 4. O primeiro requisito para causarqualquer mudana atravs do entendimento qualitativo e quantitativo dacondio. 5. O segundo requisito para causar qualquer mudana ahabilidade prtica para estabelecer o corrento movimento das forasnecessrias. 6. "Todo homem e toda mulher uma estrela."Isto significaque cada ser humano intrinseca e independentemente individual com seu

    prprio carter e mudana. 7. Todo homem e toda mulher tem uma direo,dependendo parcialmente do Self e parcialmente do meio ambiente que natural e necessrio para cada um. Qualquer um que forado na sua

    prpria direo, atravs do desconhecimento de si mesmo, ou por oposioexterna, entra em conflito com a ordem do Universo e sofre de acordo. 8.Um homem cujo desejo consciente est em disputa com a sua VerdadeiraVontade est desperdiando a sua fora. Ele no pode esperar influenciaro seu meio ambiente eficientemente. 9. Um homem que faz a sua VerdadeiraVontade tem a inrcia do Universo para ajud-lo. 10. A natureza umfenmeno contnuo, apesar de ns no sabermos em todos os casos como ascoisas esto vinculadas. 11. Cincia nos possibilita tomar vantagem dacontinuidade da natureza pela aplicao emprica de certos princpioscuja interao envolve diferentes ordens de idia, vinculadas com outras

    num caminho alm da nossa compreenso atual. 12. O homem ignorante danatureza da sua prpria existncia e poderes. Mesmo a idia de suaslimitaes est baseada na experincia do passado e cada passo no seu

    progresso aumenta o seu imprio. No h, portanto, nenhuma razo paraestabelecer limites tericos para o que ele pode ser ou o que ele podefazer. 13. Todo homem mais ou menos ciente de que sua individualidadecompreende vrias ordens de existncia, mesmo quando afirma que seusmais tnues princpios so meramente sintomticos de mundanas do seuveculo inteiro. Uma ordem similar pode ser aceita para extender atravsda natureza. 14. O homem capaz de ser e usar qualquer coisa que ele

    perceba; para cada coisa que ele perceba est em certo sentido uma partedo seu ser. Ele pode deste modo subjugar o Universo inteiro de que ele cnscio para a sua Vontade individual. 15. Toda fora no Universo

    capaz de ser transformada numa outra espcie de fora pelo uso dos meiosadequados. H, deste modo, um suprimento inexaurvel de qualquer espcieparticular de fora de que ns possamos necessitar. 16. A aplicao dequalquer fora dada afeta todas as ordens de existncia que subsista noobjeto para o qual aplicada, qualquer destas ordens diretamenteafetada. 17. Um homem pode aprender a usar qualquer fora de modo aservir a qualquer propsito, tomando vantagem dos teoremas acima. 18.Ele pode atrair a si mesmo qualquer fora do Universo tornando a simesmo um receptculo ajustado para ela, estabelecendo um vnculo comela. 19. O senso humano de si mesmo como separado do e oposto ao

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    Universo uma barreira para conduzir seus fluxos. and opposed to, theUniverse is a bar to his conducting its currents. Isto o isola. 20. Ohomem pode somente atrair e empregar as foras para as quais ele estrealmente ajustado. 21. No h nenhum limite para a extenso dasrelaes de qualquer homem com o Universo em essncia; assim, to logo ohomem se torne a si mesmo um com qualquer idia, os meios de medio

    cessam de existir. Contudo, seu poder para utilizar esta fora limitado pelo seu poder e capacidade mental e pelas circunstncias dasua ambincia humana. 22. Todo indivduo essencialmente suficiente emsi. Contudo, ele insatisfatrio em si at que tenha estabelecido suacorreta relao com o Universo. 23. Magick a cincia de entender a si

    prprio e suas prprias condies. a arte de aplicar este entendimento ao. 24. Todo homem tem o direito de ser o que ele . 25. Todo homem

    precisa fazer Magick a cada momento em que ele age ou mesmo pensa, jque o pensamento um ato interno cuja influncia definitivamente afetaa ao, pensamento no pode faz-lo deste modo no tempo. 26. Todo homemtem um direito, o direito da auto-preservao, para se realizar aomximo. 27. Todo homem deveria fazer Magick a pedra fundamental da suavida. Ele deveria aprender suas leis e viver atravs delas. 28. Todohomem tem o direito de satisfazer seus desejos , sem temer que possainterferir com a dos outros; pois, se ele estiver em seu prpriocaminho, um erro dos outros se interferirem com ele.

    Por que magia do Caos ?Phil Hine

    Como nosso mundo evolui, tambm evolui nossa magia. Atravs da histria,a forma pela qual a magia descrita e entendida tambm se transforma;

    desde o incio, no "proto-Xamanismo", at o grande "renascimentomgico", na virada deste sculo. A Magia do Caos estabelece e faz a

    nossa entrada para o prximo sculo. Tm havido revolues na cincia,literatura e arte. A Magia do Caos a primeira revoluo no campo da

    magia. Filosofias mgicas antigas tm sido enraizadas em conexo com opassado, como dos ancestrais ou historicamente (romantismo mgico).Embora muitos dos pilares da Magia do Caos estejam em construes feitasna magia, ela amplia mudanas em vez de continuidade, como uma constanteuniversal ou nica. Ns vivemos num mundo que est mudando rapidamente,

    um mundo onde as aplicaes da alta tecnologia e a saturao de nossomeio nos permite misturar estilos de infinitas maneiras, onde elementos

    do passado, presente e possivelmente do futuro esto presentes em muitosaspectos de nossa vida cotidiana, desde as roupas que vestimos at ascrenas que adotamos. Enquanto outros sistemas mgicos prometem

    estabilidade, um tempo fixo e um universo ordenado e todo fechado, a

    Magia do Caos se modifica com a fuso e a fluidez da vida moderna. AMagia do Caos comeou a atuar no fim dos anos 70, como o rock punk,amedrontando o status quo. Vemos agora a teoria do caos se movendo deobscuros setores da matemtica at ser aceita como uma nova cincia.

    Temos visto Fractais gerados por computador se tornarem moda, "mandalas"para a nova gerao. Caos tem se tornado moda. Ns no rejeitamos acultura moderna, ns a aproveitamos. Ento como a Magia do Caos se

    diferencia de outros sistemas em evidncia em nosso mundo moderno? Em

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    primeiro lugar, a Magia do Caos um paradigma ao invs de um sistemanela mesma. Ela uma aproximao ou uma viso geral, onde cada um,

    individualmente, cria seu prprio psicocosmo mgico. Ao invs de seguirum caminho, a Magia do Caos "traa" e segue seu prprio caminho,buscando o que melhor para ela. Os magos caticos tm, desde o

    princpio, a opo de serem to eclticos quanto desejarem, selecionandocondies e tcnicas de qualquer sistema mgico que acreditem ser til,sejam do passado, presente ou futuro, da literatura, arte, cincia,pseudo-cincia, tecnologia ou fantasia. O impacto revolucionrio da

    Magia do Caos dar nfase experincia prpria. O que interessa aexperincia de vida ao invs de se acomodar a crenas, segredos ou

    listas de correspondncias. No existem professores. No Caos no hprofessores, livros "sagrados" ou tradies que ditem crenas e

    comportamentos. Os magos do Caos so livres para agirem primeiro,escolherem suas questes e depois suas respostas. Este o mago do Caos

    ao invs de guru ou professor, ele responsvel pelo desenvolvimento,

    experincia, criatividade e resultado de suas aes. A magia tem sido umcaminho ou uma forma de criarem ilhas de ordens, tema que Austin Sparechamou de "caos normal". Como a realidade se tornou mais complexa,

    parece que realidades se tornaram incrivelmente abstratas erelativamente simples. O mundo de um Xam tribal o reflexo do seu

    mundo dirio, em contraponto ao mundo interior de "vises" cabalistas dosculo XX.(...) A viso geral da Magia do Caos que qualquer ilha de

    ordem que criarmos melhor em claves temporrios, que acreditamos seremuma ferramenta e no um conjunto de limitaes que podem rapidamente setornar um dogma estagnado. Ento, o mago catico deve escolher e adaptaro complexo sistema cabalista como um parmetro temporrio, exatamente

    como deveria, dado o tempo suficiente, esvaziam-se de suas crenaspessoais que governam todos os aspectos de seu comportamento e de suaatitude. "Nada verdadeiro, tudo permitido" um dos poucos slogansdo Caos. No entendemos porque alguns ocultistas reagem ao Caos, ainda

    que militantes anarquistas. Como nos movemos em direo ao sculo 21, umnmero de conceitos que, at recentemente pareciam estveis e

    entendidos, tm sido questionados. Um dos conceitos indistintamentepronunciados sobre a Magia do Caos a falta de base tica. A maioria

    das ordens e sistemas ocultos postula claramente o estabelecimento desua tica, e isso no quer dizer que o praticante precise cumpri-la. O

    paradigma do Caos rejeita a necessidade desta atitude e, ao invs disso,

    pende na direo de que pessoalmente a moralidade cresa dentro de cadaum e individualmente, se defina e aplique seus prprios princpiosticos, em contraponto sua imposio. Tendo dito isso, a Magia do Caos

    , em geral, pr-vida e pr-liberdade de expresso.A magia tende a ser tratada como separada ou alm da nossa existncia do

    dia a dia. A Magia do Caos, contudo, sustenta que os trabalhos mgicosfuncionam melhor quando so adaptados s situaes de nossa vida. (...)O ajuste do Caos se tornar mais flexvel e adaptado no mundo em que

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    vivemos, para abrir um vasto ngulo em vez de uma nica visodirecionada do universo e abrir novas alternativas para encontrar a

    posio e perspectiva para agir e atuar decisivamente. Magia se tornano somente o que fazemos, mas como vivemos. A magia se estagna quando

    se torna presa em um conjunto de formulaes e procedimentos. Olhar alm

    do que conhecemos como magia, ir alm.Aproveite.Phil Hine, janeiro de 1993

    Kalee, voc ama a guerra; voc branca eseus olhos tem a cor da fumaa; voc negra eseus olhos so muitos, seus olhos soamarelos, seus olhos so ouro. Voc viveescondida em lugares tenebrosos, e emtroca da vitria eu me curvarei diante de voccomo um filho seu.O homem que ousa conversar com a deusade madrugada no pode ter inimigos;serpentes e todos os animais que possuem

    garras e dentes, ele no os teme, como no temeos reis. Se estiver preso, ser libertado.Vitria e riquezas lhe esto asseguradas.Ele certamente superar todas as dificuldades.Com sade e vigor, viver por umacentena de anos.Razes da Nossa Religio Parte I: Wicca Gardneriana Por Merlyn(Traduo: Andr Corra [email protected])IntroduoQuanto Gerald Gardner escondeu ou maquiou na Wicca que ele apresentou ao

    pblico? Muitos estudiosos Pagos incluindo Isaac Bonewits, James W.Baker, e Aidan Kelly, afirmam que a Wicca de Gardner amplamente

    baseada em prticas criadas por ele ou copiadas da tradio Ocidental de

    magia cerimonial dos sculos IXX e XX. Em contraste Wicca Gardneriana,remanescentes de uma autntica magia popular (folk magic) sobrevivem nosculo XX. Esta magia popular, cujos praticantes foram Cristos porsculos, podem ser os verdadeiros remanescentes sobreviventes dasantigas religies Europias. Neste artigo, descreverei o que sabidosobre as origens da Wicca Gardneriana, e ento descreverei duastradies mgicas populares Americanas, A Southern Appalachian magic, ea Pennsylvania Dutch hexcraft ou "pow-wow."Wicca Gardneriana:O renascimento da bruxaria moderna pode ser largamente atribuda a

    publicao do livro de no-fico de Gardner Witchcraft Today (BruxariaHoje) em 1954. A anulao da ultima lei inglesa contra bruxaria em 1951tornou possvel para Gardner, um funcionrio pblico aposentado com umalonga carreira no leste, divulgar abertamente sua religio bruxa.Witchcraft Today descrevia uma religio pr-crist sobrevivente quecelebrava as mudanas sazonais com Sabbats e os ciclos lunares comEsbats. O modelo de coven Gardneriano consistia de treze pessoas quetrabalhavam juntos nus (skyclad no original) em rituais bastanteelaborados. A Alta Sacerdotisa e o Alto Sacerdote participavam dOGrande Rito de sexo ritual pelo menos de forma privada, quando no emeventos do coven. Gardner chamou esta religio Wica. Mais tarde outroc foi adicionado Wica para formar a palavra Wicca, comumenteutilizada nos dias de hoje. Wicca a palavra anglo-sax para um bruxo

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    macho de acordo com Baker, que aponta que este termo esteve fora de usodurante sculos antes de Gardner adot-lo. Nos treze anos que seseguiram aps a morte de Gardner em 1964, Wicca teve um crescimentoespantoso. Esta religio obviamente preencheu uma necessidade na vida de

    pessoas que buscavam espiritualidade mas que rejeitavam o patriarcalismoe as alternativas anti-sexuais. Wicca, ou A Arte, o caminho mais

    seguido pelos membros da comunidade neo-Pag, atualmente estimada em500.000 por Aidan Kelly, que acredita que Wiccans devem saber destinguirentre a mitologia da Wicca Gardneriana e sua verdadeira histria. Afonte de informao de Gardner sobre Wicca veio, segundo ele, do covende New Forest na Inglaterra onde ele foi iniciado como witch em 1939

    pela Velha Dorothy Clutterbuck (Old Dorothy, no original). Eletambm traou as razes do coven de New Forest at antes docristianismo, e afirmou que um Livro de Sombras (Book of Shadows nooriginal) era a fonte de seus antigos rituais. Entretanto, comeando coma vida de Gardner e continuando at hoje, muitos crticos persistentesdesafiaram sua afirmao de que a Wicca era uma antiga religiosobrevivente. Seus crticos primeiramente apontam o fato de que nenhuma

    pesquisa independente validou a existncia da Wicca. Baker, por exemplo,aponta que Gardner foi membro da Sociedade de Folclore da Inglaterra,mas membros desta sociedade, entrevistados aps a sua morte, disseramnunca Ter ouvido falar do secto Wicca que Gardner afirmara terdescoberto.As Quatro Crticas:Agora irei examinar em detalhes quatro das crticas levantadas Wicca

    por aqueles que acreditam que Gardner a fabricou totalmente. A primeiracrtica a que afirma que o coven de New Forest seguia o modelo deWitchcraft que Margaret Murray descreveu em seu livro de 1921, The WitchCult in Europe. A tese de Murray era de que uma religio universal,

    pr-crist, baseada em uma Deusa existiu por toda a Europa. Esta idiafoi recebida como ridcula por seus colegas acadmicos e feriu suacredibilidade como uma respeitada Egiptologista. Hoje, poucos estudiososconsideram que suas interpretaes de tais fatos como tendo sido

    acurados. Entretanto, Murray trouxe a idia do culto Deusa, que aWicca Gardneriana praticava, de volta ao centro das atenes aps umalonga ausncia. A Segunda crtica a de que a Velha DorothyClutterbuck e o coven de New Forest realmente nunca existiram, exceto namente de Gardner. Entretanto, Doreen Valentine, que nos idos de 1950

    pertenceu ao coven de Gardner (que no era o coven de New Forest),localizou as certides de nascimento e morte de Dorothy Clutterbuck noincio dos anos 80. Clutterbuck nascera na ndia em 1881 e morrera naInglaterra em 1951. Ela deixou um montante de 60,000 libras, que mostrouser razovel para ela Ter possudo a grande e antiga casa perto de NewForest onde Gardner disse Ter sido iniciado. Um terceiro desafio o queafirma que o ocultista Aleister Crowley foi pago por Gardner paraescrever seus rituais. Valiente, que o autor de vrios livros sobre

    bruxaria moderna, a fonte de vrios fatos sobre Gardner. Aps unir-seao coven de Gardner, ela diz ter ajudado-o a escrever ou rescreveralguns de seus rituais originais. A cpia do Livro de Sombras queValiente primeiramente viu realmente tinha semelhanas com os trabalhosde Aleister Crowley, assim como incluam uma adaptao do poema deRudyard Kipling chamado A Cano da rvore. Quando ela confrontouGardner, ele admitiu ter copiado livremente algum material dos escritosde Aleister Crowley para preencher lacunas nos originais de New Forest.Valiente, entretanto, desmente a acusao de que Aleister Crowley quemorreu em 1947, vrios anos antes de Witchcraft Today ter sido

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    publicado, tenha escrito os rituais de Gardner. Valiente acredita aindaque os termos de maons como the working tools, como referncia aoscandidatos estarem devidamente preparados para a iniciao, assim como osistema de trs graus de iniciaes, foi incorporado da ritualsticaManica por Gardner, que era tambm Co-Maon.A quarta crtica, feita por Isaac Bonewits, a de que a Wiccan Rede

    tambm de origem moderna. Bonewits um Druida erudito independente, ecrtico de Gardner de longa data. Ele apontou que Crowley escreveu Dowhat thou whilst, that is the whole of the Law, no incio do sculo XX.Esta afirmao bastante similar segunda parte da Wiccan Rede Do asthou whilst A primeira parte da Wiccan Rede Na ye harm none, pode Tersido adicionada por Gardner, Bonewits acredita, para evitar acusaes deque a Wicca era uma religio negativa envolvida com maldies.

    Nos idos de 1960 e 70, era muito importante para alguns bruxos se eraverdade ou no que Gardner havia descoberto um verdadeiro covensobrevivente, ou se havia criado a religio Wiccan baseado em seusvastos conhecimentos sobre o oculto. verdade que Gardner gabou-se deseu vasto conhecimento sobre o oculto em Witchcraft Today. Baseado nascrticas feitas por Bonewits, Baker, Kelly e outros, hoje em dia amaioria dos Wiccans aceitam que Gardner adicionou livremente material deoutras tradies ocultistas em sua descrio da Wicca.A Wicca Gardneriana nos proporciona uma mitologia positiva de umareligio pr-crist que gostaramos que tivesse sobrevivido. Mas sobreisto no h praticamente nenhuma evidncia histrica. O culto Deusa eao Deus Cornfero da Natureza em celebraes sazonais e lunares soautenticamente muito antigas/ Apenas os rituais e ferramentasGardnerianos utilizados por ns so de origem moderna.Pra incentivar, algumas coisas que voc vai encontrar no texto: Vocsabia que:1)Os celtas nunca chamaram pelos quatro elementos da maneira comofazemos? 2)A cabala veio de brinde com os Dez Mandamentos? 3)A cabalavisa, de certo modo, a unio do Deus e da Deusa? 4)Que fazer sexo podelevar voc at uma harmonia universal? (mas no necessrio conhecer

    Qabala pra saber disso..:o) 5)Os Rosacruzes sempre foi mais msticos eesotricos do que os Maons? 6)Quando Cristo morreu e ressucitou isso jtava at demod de tantos que j haviam feito isso antes?============================================== Raizes da Nossa ReligioParte II: Elementos da Tradio da Magia (k) Ocidental (1a metade) Por:Merlyn Publicado originalmente na revista pag Connections (traduoAndr Corra [email protected])Introduo:

    Neste segundo artigo sobre as raizes da Wicca, irei examinar algumasprticas mgicas e religiosas (Hermetismo, a Qabala, e o Tarot)incluidas na Tradio da Magia (k) Ocidental, tambm chamado de MistrioOcidental, Tradio Oculta, ou Caminho Ocidental. Todas estas prticasforam introduzidos na Europpa Ocidental durante o final da Idade Mdia e

    Renacensa. Organizaes fraternas secretas como os Maons e osRosacruzes ajudaram a preservar estas prticas e conhecimentos ocultosatravs dos sculos, Muitos dos feitios, charmes e elementos (convocaros quatro pontos cardiais, por exemplo) comumente utilizado por wiccansoriginaram-se na Tradio Ocidental de Magia (k). Francis King, autor deRitual Mgico na Inglaterra (Ritual Magick in England), afirma que estatradio mgica baesada em 1) na crena em um sistema decorrespondncias operando no universo e no ser humano individualmente;2) na crena de que a vontade humana devidamente treinada praticamentecapaz de qualquer coisa e a fora motriz em todas as operaes mgicas

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    a vontade (will) do mago treinado; e 3) a crena de que outros planos deexistncia (a Luz Astral, por exemplo) e outras inteligncias fora dasencarnaes fsicas podem ser contactadas pelo mago treinado.Os tempos entendidos entre os sculos XIII e XVII foram tempos desublevao poltica e cultural no Oeste Europeu, enquanto que a IgrejaCatlica lentamente perdia seu prticamente completo poder de dominao

    sobre as vidas cultural e intelectual das sociedades. Velhas idias, hmuito suprimidas como heresias punveis com a morte, comearam aressurgir abertamente incluindo quelas pertencentes a Tradio Mgica(k) Ocidental.A Tradio Mgica (k) Ocidental comeou a se coligar depois dasCrusadas, enquanto estas retornavam do meio oriente trazendo idiasgnsticas sobre como alcanar a salvao pessoal obtendo-se conhecimentoou gnosis, ao invs de na crena de escrituras "reveladas". OsCavaleiros Templrios foram a maior e mais rica das sociedades secretascrists fundada por Cruzados que retornavam do oriente, mas foramdeclarados hereges e brutalmente suprimidos pela Igreja Catlica Romanano comeo do sculo XIV. A Tradio Mgica (k) Ocidental sobreviveu,entretanto, porque comeou a ser eventualmente tolerada pela IgrejaCatlica. Em um exemplo, a Cabala Judaica foi "cristianizada" econfundida com uma certa extenso do Velho Testamento.

    Nas sesses seguintes, descreverei como o Hermetismo, o Tarot, e aQabala contribuiram para a Wicca moderna.Hermetismo Salvao Atravs da Sabedoria EternaHermetismo, baseado no antigo gnosticismo grego, proveu quase atotalidade do racionalismo para a prtica da magia ocidental. Nognosticismo Hermtico nenhuma figura de um Salcador como Jesus necessrio, porque cada indivduo deve alcanar sua salvao com asucessiva obteno de gnosis.A filosofia mgica Hermtica mais claramente vista na alquimia, que

    pode ser vista como uma alegoria da transformao dos humanosincompletos (os metais bsicos) em criaturas mais divinas (o ouro)atravs da aquisio de gnosis. O Hermetismo tambm baseado na crena

    de que, ao contrrio das afirmaes da Igreja, poderes ocultos no souniformemente malvolos. Ao contrrio, eles podem ajudar no retorno daalma Deus provendo o conhecimento de feitios protetores, palavras de

    poder, e palavras-chave necessrias para que a alma possa seguir ajornada ps-morte com sucesso.As maiores idias Hermticas foram encontradas no Corpus Hermeticum(originalmente quarenta e dois livros em extenso), que foi escrito emAlexandria, Egito, nos sculos II e III A. C. Estes livros foramoriginalmente atribudos a Hermes Trimegistus, uma figura legendria

    possuidora dos atributos positivos de Thoth e Hermes.Em 1460, Cosimo de Medici, o governante de Florena, obteve um fragmentogrego do Corpus Hermeticum. Seu escriba clerical, Marsilio Ficino,traduziu o texto para o latim, linguagem compreendida pela elite

    educada. Esta verso em latim e outras tradues dos textossobreviventes foram de extraordinria importncia, pois incluiamtratados em astrologia, medicina astrolgica, alquimia, magia e osistema de correspondncias ocultas que formam a base da Tradio Mgica(k) Ocidental.A Tbua Esmeralda um documento de uma pgina que resume todo oconhecimento Hermtico. Ela circulou pelo Ocidente durante a IdadeMdia, e comea com o conhecido ditado "O que est em cima como o queest em baixo e o que est embaixo como o que est em cima" (N. do T:traduo livre minha. No original: "That which is above is like that

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    which is below and that which is below is like that which is above.").Muitos dos rituais e do simbolismo esotrico encontrados na bruxarianeo-pag hoje em dia so baseados em prticas Hermticas. Por ecemplo,eram os Hermticos, e no os antigos Celtas, que chamavam pelos quatro

    pontos cardiais correspondendo aos clssicos elementos do ar, fogo, guae terra.

    A Qabala Influncia Judaica nas Tradies OcidentaisNo difcil encontrar ma bruxa qabalista, apesar do fato que a maioriados qabalistas no so bruxos. Em Uma Bblia das Bruxas Completa (AWitches Bible Compleat), Janet e Stewart Farra descrevem o uso de um

    jogo de cartas de Tarot na forma da rvore Qabalstica e fornecem umainterpretao Qabalistica. Will Parfit define que a palavra Qabalasignifica "revelar" em Ebreu. A palavra Qabala tambm escrita comoCabala, Kabala, e Kabbalah. Muitos ocultistas preferem escrever"Qabala", que eu utilizarei.A histria da Qabala consiste em uma histria "mistica"e uma "mundana",segundo Parfitt. De acordo com a histria mistica, Moiss recebeu osensinamentos esotricos da Qabala junto com os Dez Mandamentos. Aps amorte de Moiss, um grupo de homens sbios preservou em segredo osensinamentos da Qabala atravs de geraes.Os registros histricos da Qabala comeam com os Judeus vivendo naEspanha no sculo XIII. Nesta poca estudos Qabalisticos, baseados nomaterial Judaico datando dos ultimos sculos Antes de Cristo, sofreramum renascimento popular. A Qabala tornou-se disponvel para os msticoscristos que rpidamente adotaram-na. partir do sculo XV seu uso

    passou a ser visto como uma prtica crist aceitvel. Dois livrosQabalistas hebreus deste perodo, o Sephir Yetzirah (Livro da Formao)e o Zohar (Livro do Esplendor) formaram a base de todos os ensinamentosQabalisticos subsequentes.Ambos os livros enfatizavam que o propsito maior da Qabala reunir aDeusa deposta Shekina com seu marido (JHVH) para assim restaurar atotalidade de Deus. Barbara Walker aforma mais enfaticamente que a

    premissa bsica da Qabala a de que todos os males do mundo derivam da

    perda de contato de Deus com a Shekina. A unio sexual humana representaa unio do Deus com sua Deusa e isto um "ato sacramental" que visa aharmonia universal. A Qabala ainda enfatiza um balano entre pensamentose sentimentos.A filosofia Qabalista representada esquemticamente por um complexodiagrama chamado de "A rvore da Vida". Este diagrama umarepresentao simblica compreendendo dez esferas (embora uma sejageralmente invisvel) ou sephirot (o singular sephirah). Vinte e doiscaminhos interconectam as sephirot. Cada sephirah representa a obtenode um tipo de conhecimento divino. A sephirah Hod, por exemplo,representa pensamentos e oposta a Netzach, que representa sentimentos.Wiccans eclticos que trabalham com tradies fora daquelas originadasno noroeste europeu podem encontrar na Qabala um sistema para

    desenvolvimento pessoal e individual altamente desenvolvido, afiado porcentenas de anos de prtica.Nenhuma organizao representa melhor o final do sculo XIX e incio doXX falando-se sobre magia cerimonial ocidental do que a Ordem Hermticada Aurora Dourada (Hermetic Order of the Golden Dawn, doravante chamadaneste texto somente de Golden Dawn ou OGD). A Golden Dawn fazia parte deum grande renascimento ocultista que ocorreu aps vrios intelectuaisIluministas, como o filsofo David Hume, terem espalhado desprezo portodas as religies e crenas ocultistas por mais de um sculo. Uma viso

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    mgica do mundo, no entanto, se encaixava perfeitamente na mentalidadeRomntica do final do sculo XIX.Duas outras organizaes bem diferentes que promoveram este renascimentoocultista foram a Sociedade Teosfica (Theosophical Society), que

    precedeu a Golden Dawn em alguns anos e em certos termos serviu como seumodelo, e a Ordo Templi Orientis, um grupo do incio do sculo XX que se

    focalizava em magia sexual Tntrica. Trs ocultistas influentes a seremabordados neste artigo so Aleister Crowley, Israel Regardie e DionFortune. Cada um deles ajudou a preservar muito do que sabemos sobre amagia da Golden Dawn. Tambm falarei sobre o que se sabido sobre ainfluncia de Aleister Crowley em Gerald Gardner. O Comeo doRenascimento Mgico - Barret e LeviO retorno da magia uma posio de respeito entre as classes educadascomeou em Londres, 1801, quando Francis Barret publicou seu livro OMagus (The Magus). Ele descrevia extensivamente magia e ocultismo,cobrindo tpicos como magia natural de ervas e pedras, magnetismo,talisms mgicos, alquimia, numerologia, os elementos, e magiacerimonial, e ainda fornecia biografias de Adeptos famosos. Por ser umanica fonte de informao sobre ocultismo no incio do sculo XIX, OMagus se tornou bastante influente. Barrett escreveu pela perspectiva deum devoto Cristo que afirmava abominar Bruxas, mas seu livro capturoumuito da informao ainda conhecida sobre a Bruxaria Tradicional(Traditional Witchcraft). Portanto, de acordo com Doreen Valentine, seulivro foi muito valorizado pelos Bruxos literados o bastante para l-lo.Duas geraes depois, Eliphas Levi, o mais influente ocultista francsde seu tempo, glorificava enormemente O Magus. Levi, cujo nome denascimento era Alphonse Louis Constant, tentou princpio uma carreiraeclesistica mas nunca completou seus votos clericais. O primeiro e maisimportante livro de Levi foi Dogma e Ritual de Alta Magia (The Dogma andRitual of High Magic), publicado primeiramente na Frana em 1856. EmDogma ele liga os vinte e dois Arcanos Maiores do Tarot s vinte e duasletras do alfabeto Hebrico. Ele ainda enfatiza a importncia da forade vontade dos praticantes de magia para alcanarem seus objetivos. Levi

    atraiu um grupo de seguidores incluindo alguns ocultistas ingleses. Umadcada aps sua morte em 1875, sua teoria mgica foi incorporada Golden Dawn por seus fundadores.A Sociedade Teosfica Os Mestres do Leste vo para Oeste.Helena Petrova Blavatsky (1831-1891), russa, foi a fundadora daSociedade Teosfica. Coronel Henry Steel Olcott, um proeminente advogadode Nova York, uniu-se a Blavatsky para iniciarem a sociedade em 1875.Olcott e Blavatsky se encontraram pela primeira vez na fazenda do irmode Eddy em Chittenden, Velmont, em 1874. Olcott estava profundamenteenvolvido na defesa do movimento esprita, que estava povoado por vriosmdiums fraudulentos e Blavatsky foi levada fazenda pelas notcias de

    jornal de Oscott que reportavam aparecimentos de parentes mortos dosparticipantes das sesses. Blavatsky e Oscott logo tornaram-se grandes

    amigos, e, apesar de logo estarem dividindo um apartamento em Nova York,eles nunca foram amantes.Blavatsky seguiu os modelos ocultistas das escolas, ou "lodges"asiticas, que tinham uma linhagem inquebrvel que se extendia pormilhares de anos. Seus Adeptos ou Mestres, que viviam no plano astral,

    permitiam que apenas os nefitos mer