ÍNDICE...Tema 5 Filosofía do Século XIX Dun xeito ou doutro, as catro correntes sinaladas...

Tema 5 Filosofía do Século XIX

ÍNDICE 1. CONTEXTO HISTÓRICO. .................................................................................................................. 2 2. INTRODUCCIÓN: A FILOSOFÍA DO SÉCULO XIX. ...................................................................... 2 3. O IDEALISMO ALEMÁN. ................................................................................................................... 3

3.1. Fichte (1762-1814). ........................................................................................................................ 3 3.2. Schelling (1775-1854). .................................................................................................................. 3 3.3. Hegel (1770-1831). ......................................................................................................................... 4

4. O POSITIVISMO. ................................................................................................................................. 5 4.1. Auguste Comte (1798-1857) .......................................................................................................... 5 4.2. O utilitarismo de Stuart Mill (1806-1873) ...................................................................................... 5

5. O MARXISMO ...................................................................................................................................... 5 5.1. Introducción. ................................................................................................................................... 5 5.2. A xénese do seu pensamento. ......................................................................................................... 6 A. A filosofia post-hegeliana. ................................................................................................................ 6 B. O socialismo francés. ........................................................................................................................ 6 C. A critica da economía tradicional. ..................................................................................................... 6 D. Temática dos seus primeiros escritos. ............................................................................................... 6 5.3. O materialismo histórico. ................................................................................................................ 7 5.4. O materialismo dialéctico. .............................................................................................................. 8

6. Vitalismo e historicismo. ....................................................................................................................... 8 6.1. Introducción. ................................................................................................................................... 8 6.2. Wilhelm Dilthey (1833-1911) ......................................................................................................... 9 6.3. Ortega y Gasset (1883-1955). ......................................................................................................... 9

7. NIETZSCHE (1844-1900) ................................................................................................................... 10 A. Vida e obras. ................................................................................................................................... 10 B. Introducción. ................................................................................................................................... 10 C. A metáfora do “camelo”. ................................................................................................................. 10 D. A metáfora do "león". ..................................................................................................................... 11 D.1. Crítica da moral. ........................................................................................................................... 11 D.2. Crítica da relixión cristiá. ............................................................................................................. 11 D.3. Crítica da filosofía tradicional. ..................................................................................................... 12 D.4. Crítica da ciencia. ......................................................................................................................... 12 E. A metáfora do neno. ........................................................................................................................ 12 E.1. O superhome. ................................................................................................................................ 12 E.2. A morte de deus. ........................................................................................................................... 12 O nihilismo. .......................................................................................................................................... 13 E.3. A vontade de poder. ...................................................................................................................... 13 E.4. O eterno retorno. ........................................................................................................................... 13 F. Valoración final. .............................................................................................................................. 14 H. Textos de Nietzsche. ....................................................................................................................... 15

Resumo Tema 5: K. MARX (1818-1883) Século XIX ........................................................................... 17 Resumo Tema 5: F. NIETZSCHE (1844-1900) Século XIX .................................................................. 18

BIBLIOGRAFÍA COPLESTON, F.: Historia de la filosofía Vol. 7. Ed. Ariel.Historia de la filosofía SIGLO XXI . Ed. Siglo XXI. Vols. 7 e 8.GARCIA MORENTE, M.: lecciones preliminares de filosofía Ed. Porrúa.FINK: La filosofía de Nietzsche. AlianzaVATTIMO: Introducción a Nietzsche. PenínsulaSABATER: Nietzsche. MontesinosHistoria de la filosofía C.O.U. Ed. Anaya.DELEUZE: Nietzsche y la filosofía. Anagrama

REALE e ANTISERI: Historia del pensamiento filosófico y científico. Ed. Herder.

Filosofía II 2ºBacharelato1


TEMA 5. O SÉCULO XIX: NIETZSCHE. 1. CONTEXTO HISTÓRICO.

O século XIX comenza con dous feitos que

sacuden o continente: a Revolución francesa e as conquistas napoleónicas. Falamos dun século enormemente axitado, coñecido como o “século das revolucións”(1830, 1848 e 1871). As raíces desta axitación atópanse no Antigo Réxime e nas transformacións económicas e sociais producidas pola revolución industrial (a burguesía se transforma en clase dominante, o proletariado comenza a tomar conciencia da súa condición, e se desenrolan as clases medias). Diferentes movementos se desenrolan por

Europa, como o LIBERALISMO. Podemos falar dun liberalismo económico (riqueza, propiedade privada); un liberalismo político (negación do despotismo ilustrado, goberno representativo, parlamentarismo, etc.); e dun liberalismo intelectual (tolerancia e conciliación). Xunto ó liberalismo se desenrola o TRADICIONALISMO, que defende os intentos contrarrevolucionarios e a restauración, e se basa nas ideas de lexitimidade e tradición. MOVEMENTOS DEMOCRÁTICOS prolongan o liberalismo, pedindo liberdade para todos e igualdade de oportunidades (batalla polo sufraxio universal). Na segunda metade do século notarase a influencia do SOCIALISMO e do ANARQUISMO. Sinalar, por último, os NACIONALISMOS, coa súa defensa do imperialismo (ideal civilizador materializado no colonialismo).

O século XIX tamén se caracteriza por unha notable difusión da cultura: alfabetización, obrigatoriedade da ensinanza, multiplicación dos periódicos, etc. Atopamos dúas correntes enfrentadas, o Romanticismo e o Positivismo. O ROMANTICISMO é unha nova concepción do mundo que se enfrenta á Ilustración. Frente ó racionalismo ilustrado propoñen o irracional; frente á universalidade abstracta ilustrada, a individualidade; frente á visión mecanicista da historia, unha natureza viva e orgánica; frente á desvalorización ilustrada do pasado, a exaltación da tradición e da historia; frente á concepción abstracta da verdade; o concepto de verdade como creación humana (subxectivismo: un eu libre e creador). Entre os seus representantes podemos destacar a Byron (Inglaterra), Espronceda (España), Hugo (Francia), Leopardi (Italia), Heine (Alemania) e Pushkin (Rusia).

O romanticismo agótase na segunda metade do século, dando paso, por oposición, ó POSITIVISMO. Trátase dunha nova postura que quere basarse nos feitos e na ciencia. Desde un punto de vista artístico correspóndese co realismo (Stendhal, Balzac, Zola, Dickens, Tolstoy, Dostoievski en literatura; e Manet , Renoir, etc. en pintura). A aparición de novas ciencias e os seus bos resulados fomentan a idea de que non hai máis razón ca razón científica.2. INTRODUCCIÓN: A FILOSOFÍA DO SÉCULO XIX.

Para poñer unha certa orde na historia da filosofía do século XIX habería que falar de catro grandes liñas de pensamento:

a) A filosofía do idealismo alemán: representada por FICHTE, SCHELLING e HEGEL.b) A filosofía positivista: que comprendería o positivismo de COMTE e o utilitarismo de

STUART MILL.c) A filosofía marxista: con MARX e ENGELS.d) O vitalismo e o historicismo: representada, entre outros por DILTHEY, ORTEGA y

GASSET, e polo filósofo que centrará este Tema 5, FRIEDRICH NIETZSCHE.



Dun xeito ou doutro, as catro correntes sinaladas entroncan as súas filosofías con certos problemas que quedaran plantexados no pensamento de Kant. Por un lado explica-la historia da humanidade; e por outro, situa-la razón práctica por riba da razón teórica. ¿Que significa situa-la razón práctica por riba da razón teórica? Según Kant, polo camino do coñecemento é imposible chegar ós obxectos da metafísica. E esto é moi preocupante, xa que ditos obxectos son os que dan sentido á nosa existencia. Por eso é unha sorte que o camiño da moral nos permita o acceso. Por este camino o home sábese libre, pero dase conta tamén que vive condicionado polo mundo que o rodea. O home aparece como un ser finito, limitado polos obxectos, pola natureza, polo mundo do ser, polas necesidades que impoñen os fenómenos. O home é un ser finito e limitado que aspira ó infinito e ó ilimitado. A súa é unha condición contradictoria, xa que é consciente do tráxico abismo que separa o ser do deber-ser, o obxecto do suxeito, a necesidade da liberdade, a natureza do espirito.

A misión que encarnará a filosofía no idealismo será a de superar estas escisións, estes dualismos. O punto de partida será afirma-la existencia do Absoluto, do ilimitado, do incondicionado. Un Absoluto que é de índole espiritual (acción, razón, espírito), e que se vai a ir concretando, materializándose ou expandíndose. O método da filosofía será a intuición intelectual.

Co idealismo alemán a filosofía dá un xiro cara a metafísica e, nalgúns casos, cara o misticismo. Como reacción aparecerá a filosofía positivista, influida polo naturalismo e polos saberes científico-técnicos.

O primeiro dos problemas deixados por Kant, o de explicar o sentido da historia humana, será recollido polos autores marxistas, pero para darlle unha solución totalmente inesperada para Kant.

Por último, o vitalismo e o historicismo afirmarán a vida humana na súa historicidade como realidade radical.3. O IDEALISMO ALEMÁN.3.1. Fichte (1762-1814).

Fichte sustituíu o nome de filosofía polo de Teoría da Ciencia. A Teoría da Ciencia está composta por cinco momentos: Fundamentación, Filosofía Teórica, Filosofía Práctica, Dereito e Estética. As catro últimas, a xuízo de Fichte, foron ben desenroladas por Kant, por eso el só se ocupará da primeira, da Fundamentación. Dita parte será a máis importante, unha especie de filosofía da filosofía, na que han quedar

solucionados os problemas esenciais: o da existencia do suxeito, a existencia do mundo, o método científico, etc. Según Fichte, se Kant non logrou elevar a filosofía a rango de ciencia foi por non contar cun método específico.

Trátase, en esencia, de construír unha filosofía que garantice a existencia da conciencia e a súa concordancia co mundo para, desde este fundamento, deduci-la existencia doutras conciencias que esixa a elaboración dun dereito e dunha moral.

Para Fichte, os abismos que se lle presentaban a Kant entre ser e deber-ser, natureza e espírito, liberdade e necesidade, debíanse a que o home non era totalmente libre. Había algo que se lle resistía, que o condicionaba, e do que non se podía apropiar. Falamos da cousa-en-si. Para recalca-la liberdade do suxeito, e para situa-la razón práctica por riba da razón teórica, Fichte suprimirá a cousa-en-si. Queda, polo tanto, o suxeito só, que determina desde si mesmo toda a realidade.

O punto de partida será, polo tanto, o Eu (tese), pero non un eu empírico, individual, senón un Eu Absoluto, supraindividual. O Eu é acción, e para desenrola-la súa acción precisa un algo, un Non-Eu (antítese). Temos así unha contradicción entre o Eu e o Non-Eu, que se resolverá nunha síntese cando ambos se limiten mutuamente. O resultado será un Non-Eu limitado polo Eu, o suxeito determina ó obxecto (Filosofía Práctica); e un Eu limitado polo Non-Eu, donde é agora o obxecto o que determina ó suxeito (Filosofía Teórica).3.2. Schelling (1775-1854).

O punto de partida da súa filosofía será tamén o Absoluto, pero non o Eu Absoluto de Fichte. Schelling acusou a Fichte de reduci-lo mundo ó Eu, de non dar importancia á



natureza, que aparece como un mero oposto, un mero obstáculo que o Eu precisa para desenrola-las súas accións. Schelling caracteriza ó Absoluto como armonía, como identidade, unidade vivinte, espiritual, dentro da que se agochan, como en semente, tódalas cousas que coñecemos. Natureza e Espírito son unha mesma cousa: a Natureza é o Espírito visible; e o Espírito é a Natureza invisible. O Absoluto como identidade vaise desplegando en Natureza e en Espírito.

3.3. Hegel (1770-1831).A misión da filosofía será a de supera-las oposicións e divisións. Por eso parte do Absoluto, xa que partindo do suxeito nunca poderiamos chegar ó Absoluto. Pero

xa non se trata do Absoluto de Schelling, aquela identidade sobre a que nada se podía dicir, intuición mística que estaba máis alá do pensamento. Para Hegel deberá ser posible capta-lo Absoluto mediante a razón, e expresalo mediante conceptos. Pero

¿como un ser finito pode capta-lo infinito? Na resposta a esta pregunta atopamo-la orixinalidade de Hegel: o finito non e máis ca un momento da vida do infinito. Ese ser finito que é o home, é donde o Absoluto toma conciencia da súa existencia, facéndose autoconsciente.

Para comprender esta verdade debemos abandoa-lo punto de vista cotián do pensamento humano. Éste só capta as oposicións, as contradiccións, as diferencias. Debemos elevarnos por riba do entendemento común e recurrir á facultade da Razón. Faise preciso prescindir da vella 1óxica, rexida polos Principios de identidade e non contradicción; e sustituíla por unha nova lóxica, unha 1óxica dialéctica: desde este novo punto de vista as cousas son e non son; xa que cada cousa é o que é nun proceso continuo. Ser significa chegar a ser, a realidade non está fixa dunha vez e para sempre, está en constante movemento, movemento orixinado pola contradicción.

O esquema dialéctico é o seguinte:1º Simplicidade ou Identidade indiferenciada. O punto de partida é o

Absoluto, a unidade dun obxecto e dun suxeito que aínda non se opoñen. O saber correspondente ten que ser un saber abstracto como o da Lóxica.

2º Escisión da Identidade. O Absoluto négase a si mesmo e aparecen tódalas oposicións: suxeito-obxecto, pensar-ser, etc. Esta escisión da realidade produce un desaxuste, unha negatividade que vai a xenera-lo cambio. O Absoluto, na súa autonegación, vaise desplegando en Natureza. A Natureza é o ser-en-outro, unha multiplicidade de obxectos na que non hai subxectividade. O saber en cuestión será a Filosofía da Natureza.

3º Reconciliación da Escisión ou Unidade Diferenciada. O Absoluto é agora Espírito, e toma conciencia do que é. O saber respectivo será a Filosofía do Espírito.

A misión da filosofía será construi-la vida do Absoluto, xa que só así poderemos superar tódalas oposicións. Por eso faise imprescindible tomar Conciencia do movemento dialéctico. O desenrolo de calquer aspecto da realidade percorre as tres fases anteriores. A dialéctica representa o propio movemento das cousas, por eso non ó un simple método, algo externo que se aplica para coñece-las cousas. A dialéctica é o propio modo de ser das cousas.

Dialéctica significa a oposición de Hegel a toda concepción fragmentaria ou atómica da realidade. Cada cousa é o que é, e chega a selo, en íntima relación, unión e dependencia, coas outras cousas. Para Hegel a realidade é un todo. Frente as concepcións empiristas da realidade, que só perciben as cousas na súa diversidade, Hegel afirma que a realidade non é senón o producto dun subterráneo xogo de relacións, que constitúen a auténtica natureza das cousas. A realidade non é algo fixo, é procesual, un continuo devir rexido e movido pola contradicción, internamente relacionada e constituida por oposicións de contrarios. Desta forma, cada realidade particular remite ó Todo, e só pode ser explicada en relación ó Todo. Cada realidade non é máis ca un momento do Todo, de aí a frase de Hegel "o verdadeiro é o Todo".

Un bo exemplo da teoría hegeliana é a súa análise da relación dialéctica entre o amo e o escravo (Fenomenoloxía do Espírito). Hegel analiza o laborioso proceso polo que na natureza o home logrou ter conciencia reflexiva de si mesmo (autoconciencia). A dialéctica entre o amo e o



escravo é un dos episodios deste proceso. Hegel parte do axioma de que un individuo non ten conciencia de si se non é recoñecido como tal por outro individuo. A sociedade básase, en consecuencia, nunha loita a morte polo recoñecemento e o prestixio. A existencia do amo depende de que o escravo o recoñeza como tal amo; e viceversa, a existencia do escravo depende do recoñecemento como tal por parte do amo. Xurde, entón, o que Hegel denomina a Conciencia Infeliz, pois nin o amo nin o escravo logran recoñecerse a si mesmos como independentes, acusándose mutuamente da súa falta de independencia. Xurdindo, como consecuencia, unha conciencia alienada en ambos. Hegel entendeu que a solución dialéctica desta cotradicción xeraba outras formas de autoconciencia máis cercanas á verdadeira Idea Absoluta de Home, considerando que a evolución dialéctica pasaba polo lado do escravo ó ter este a vantaxe do traballo directo coa natureza.4. O POSITIVISMO.4.1. Auguste Comte (1798-1857)

Con COMTE asistimos a un xeito oposto de racha-los abismos e as oposicións que facían a vida imposible aos idealistas: todo pode reducirse a Natureza, o espiritual pode reducirse a fenómenos naturais. Se todo é natureza o que é preciso coñecer é a natureza. Ademais, os bos resultados das ciencias naturais fomentaron a crenza na necesidade de exportar o seu método a tódalas ciencias. O modelo de saber será o saber cientifico-técnico: o único importante son os datos, os feitos, o observable, medible ou

verificable. O único que importa é o que está diante, “posto” (positum), de aí o nome de positivismo.

Aplicando este Naturalismo á historia do espírito humano, Comte propón a súa lei dos tres estadios. O máis antigo sería o estadio teolóxico, centrado en Deus, encargado de lexitimar a orde social. Cando os homes se cansaron de buscar a Deus sen atopalo, apareceu o segundo estadio, o metafísico ou crítico, destructivo das falsas estabilidades do estadio anterior pero incapaz de construír nada novo. Por eso se fai necesario un novo e definitivo estadio, o estadio positivo, caracterizado polo coñecemento científico da natureza mediante a observación e a experiencia. Non se trata de recurrir a Deus, nin de ocupar o lugar dun Deus morto, senón de aterse aos fenómenos constantes e visibles, buscando as leis polas que se rixen ditos fenómenos.

O lema do Positivismo será "saber para prever, e prever para proveer".4.2. O utilitarismo de Stuart Mill (1806-1873)

Empirista inglés, seguidor de Hume, é un dos máximos representantes do utilitarismo como teoría ética e política. Defensor das ideas liberais criticou a Comte por considerar que a súas ideas da ciencia entendida como relixión dos tempos modernos; e os sociólogos como novos sacerdotes encargados de dirixir á humanidade, só podían conducir cara unha nova forma de despotismo.

Poderiamos definir o utilitarismo como aquela ética que propón como contido das nosas accións morais facer sempre o útil. Mill entende o útil como aquelo que proporciona máis felicidade, xa que esta é o obxectivo que tódolos humanos perseguimos. Por tanto, deberiamos facer sempre aquelas accións que proporcionasen unha maior cantidade de felicidade ao maior número de personas posible (entre as que eu tamén me inclúo).5. O MARXISMO5.1. Introducción.

O marxismo foi a obra de MARX (1818-1883) e de ENGELS (1820-1895). Coñecéronse en París no ano 1844, e logo fundaron o Primeiro Congreso da Internacional Socialista (1866).

O marxismo está composto por dúas disciplinas: unha ciencia, o Materialismo Histórico; e unha filosofía, o Materialismo Dialéctico.



5.2. A xénese do seu pensamento.Según Lenin, "o marxismo é o sucesor natural do mellor que a humanidade creou no século

XIX: a filosofía alemana, a economía política inglesa, e o socialismo francés". Polo tanto, para comprender a Marx, debemos asistir á confluencia dos tres mencionados factores.A. A filosofia post-hegeliana.

Morto Hegel, o seu sistema, que só permanecía unido pola súa autoridade, disgrégase. Aparece unha escisión, dúas correntes opostas que se diron en chamar a dereita e a esquerda hegelianas. A primeira desenrolará os aspectos máis conservadores de Hegel: defenderán o Estado prusiano e a relixión cristiana como as definitivas realizacións da Razón na Historia. Por contra, a esquerda hegeliana (DAVID STRAUSS, BRUNO BAUER, MAX STIRNER e LUDWIG FEUERBACH), que insistindo no propio movemento dialéctico que rixe a Historia, falarán da necesidade dunha superación das institucións arriba mencionadas.

Neste contexto aparece Marx, que se declara partícipe da esquerda hegeliana. Para Marx, o que Hegel pretende é transformar en verdade filosófica o que non son máis que simples feitos históricos e empíricos.

Pero Marx tamén será crítico coa esquerda hegeliana. Cren que se pode transforma-lo mundo real transformando as conciencias dos homes, porque se equivocan ó pensar que as cadeas que atan ós homes están nas súas ideas, e non no mundo real. Por eso só combaten contra frases, non contra a realidade que aparece reflexada en ditas frases. Por eso conclúe Marx que a esquerda hegeliana non é máis cá expresión da impotencia revolucionaria. O seu principal erro foi manter separadas teoría e praxe.B. O socialismo francés.

O concepto socialismo apareceu simultaneamente en Francia e en Inglaterra entre os anos 183O e 1840. A Revolución Industrial é o feito histórico que diferencia este socialismo das vellas utopías humanitarias e de reforma social.

En Francia ten dúas liñas de actuación: os que cren que a participación na política, mediante a democracia, pode producir unha reforma social (LEROUX, BLANQUI, etc.); e os que cren que a reforma social é independente da política (SAINT-SIMON, FOURIER, PROUDHON, etc.). Entre ambos grupos atopamos opinións moí variadas: desde meros filántropos ata reformadores sociais, pasando por revolucionarios e anarquistas.

Pero todas estas opinións son, para Marx, diferentes formas de utopismo, incapaces de transforma-las condicións reais do proletariado. Frente ó "socialismo utópico" Marx e Engels van a propoñe-lo seu "socialismo científico": único coñecedor da lei do desenrolo do capitalismo e, polo tanto, único capacitado para soluciona-los seus males.

C. A critica da economía tradicional.No ano 1844 comenza Marx os seus estudios de economía política, ese mesmo ano lee un

artigo de Engels sobre crítica económica. O resultado será a crítica dos economistas tradicionais (SMITH, RICARDO). Estes non se limitan a describir como funcionan as cousas, senón que pretenden dicir que deben funcionar así. A súa ciencia é unha forma de ideoloxía, porque o que fan e transformar en lei eterna o que non son máis que feitos históricos e empíricos. Obviamente, non din por que as cousas funcionan así, e moito menos tratan de cambialas.

D. Temática dos seus primeiros escritos.O tema principal dos seus primeiros escritos é o da ALIENACIÓN. A alienación relixiosa da

que falara Feuerbach non é máis ca unha manifestación secundaria da alienación económica. Na sociedade capitalista o traballador vive alienado, tanto con respecto ó producto do seu traballo, como con respecto a si mesmo,

na súa propia actividade. Existen diferentes tipos de alienación. O resultado de todo traballo é unha obxectivización: o home convirte os seus desexos e necesidades en obxectos. Pero no capitalismo, a obxectivización (que é algo normal) é sinónimo de alienación. O traballador produce un obxecto, pero



inmediatamente se ve desposuído de dito obxecto. O producto é algo que non lle pertenece, algo estraño e alleo que adquire un ser e un poder independentes. O traballador está alienado con respecto ó obxecto porque o valor do traballador depende do valor do obxecto. O traballador, asimilado ó seu producto, non é máis ca un servo do obxecto. Ademais, o home aparece como unha mercadoría máis, tanto máis barata canto máis produce. “O valor dun home depende dos cartos que leva no peto”.

Pero o home tamén vive alienado de si mesmo. O traballo, que debería ser un medio para a autorrealización do "ser xenérico" do home transformase, no capitalismo, en todo o contrario. O traballador vese condeado a non poder desenrolar tódalas súas capacidades, por eso non se sinte realizado no traballo. O home síntese estraño no traballo, só se sinte el mesmo cando está fóra, por eso non realiza o traballo voluntariamnte, e “fuxe do traballo como da peste”.

Pero na sociedade capitalista non só o traballador vive alienado. Tamén vive alienado o capitalista quen, para xustifica-la súa forma de existencia parasitaria, ten que recurrir a certas ideoloxías que non son máis que formas de autoengano colectivo.

5.3. O materialismo histórico.Engels deu este nome ó canon de interpretación da historia proposto por Marx, e que consiste

en recoñecer ós factores económicos un peso preponderante na determinación dos acontecementos históricos. As formas que, historicamente, adquire a sociedade dependen das relacións económicas que prevalezan nunha fase determinada dela.

O Materialismo Histórico é unha ciencia do feito social. Unha teoría científica sobre a formación e o desenrolo das sociedades.

Para Marx a Historia é a loita dos homes por realiza-las súas potencialidades (“o ser xenérico”). Para o que tratará de liberarse das forzas naturais que o rodean e condicionan. Esta liberación non se produce por medio da actividade intelectual, senón por medio do traballo. Polo tanto, a historia das sociedades é a historia dos diferentes tipos de traballo.

A historia arranca cun home caracterizado como "productor universal", pero o traballo vai a comenzar a dividirse, producíndose unha especialización. A especialización produce un aumento de productividade, o que permite acumular riquezas. A acumulación de riquezas ten unha consecuencia positiva, permite o tempo libre e a cultura. Pero tamén ten consecuencias negativas: os acumuladores de riqueza comenzan a explotar ós outros homes. Aparecen entón as diferentes clases sociais: explotadores-explotados, amo-escravo, señor feudal-campesiño, capitalista-obreiro. Desde ese momento a loita de clases convertirase no motor da historia. A historia é a historia da loita de clases. Esta loita dará lugar ó que Marx chama Modos Históricos de Producción, son os seguintes: Comunidade primitiva: colectivismo. Sociedade escravista: total sometimento do escravo ó amo. Sociedade feudal: o señor feudal ten a propiedade completa dos medios de producción e case completa do campesiño. Sociedade capitalista. Sociedade comunista.

Os diferentes tipos de sociedades débense a un aumento progresivo na división do traballo. A división do traballo é sinónimo de alienación, xa que a especialización négalle ó home o seu carárter de “productor universal”. A maior división do traballo, maior alienación. A sociedade burguesa, fundada na propiedade privada dos medios de producción, é a que ten unha maior división do traballo e, polo tanto, unha maior alienación. O traballador é libre xuridicamente, pero como só ten de seu a forza de traballo, vese obrigado a firmar “libremente” o contrato de traballo. Esta forma histórica de liberdade é a condición mesma da explotación do obreiro.

Os beneficios obtidos polo capitalista dependen da forza de traballo empregada polo obreiro e non pagada. O traballador precisa x horas para produci-las mercadorías equivalentes ó seu salario, esas horas engadidas a x que o obreiro traballa e polas que non cobra, son as que producen beneficios, ou como di Marx, plusvalía. Hai dúas formas de aumenta-la plusvalía: plusvalía absoluta, aumentando a xornada de traballo; e plusvalía relativa, disminuindo o tempo de traballo



pero perfeccionando os medios e contratando a man de obra barata (gracias a existencia de parados ou “exército de reserva”).

As contradiccións existentes no capitalismo levarán a unha revolución do proletariado. O capitalismo é contradictorio porque a progresiva acumulación de riqueza leva a unha progresiva acumulación de pobreza, e ó aumento do número dos desposuídos. Os capitalistas, mediante o emprego da técnica, tamén compiten entre eles, e a consecuencia é que a propiedade irase concentrando en poucas mans. Aparecerán as multinacionais, que non só explotan ós traballadores senón tamén a outros paises, mediante colonialismo. O desenlace final será a ausencia de mercados, un mundo cunha alta productividade pero con moi pouca xente con cartos para merca-los productos.

5.4. O materialismo dialéctico.O Materialismo Dialéctico é aquela filosofía que afirma a existencia dun mundo aparte de

nós, suxeito a cambios, cambios que son a veces graduais e a veces bruscos; e que as sociedades desenrólanse a través de tensións internas que se resolven en novos estados de equilibrio.

O nome designa a filosofía oficial do comunismo, en canto teoría dialéctica da realidade. Está cimentada sobre uns principios expostos por Marx e desenrolados por Engels. Materialismo significa que non existe máis realidade cá materia, o mundo exterior ten existencia propia, independente de calquera mente ou espírito. Dialéctico significa que a causa de todo o movemento da natureza reside na loita de contrarios e na súa contradicción. A materia é creadora do seu propio movemento.

6. VITALISMO E HISTORICISMO.6.1. Introducción.

Retomemos por un momento a filosofía positivista: todo saber reducido ao saber científico, a ciencia convertida nunha nova relixión, a negación dos valores espirituais propiciada por un naturalismo que pretendía estudiar ao home como un elemento máis da natureza. Pois ben, frente a esta filosofía, o vitalismo e o historicismo (Nietzsche, Dilthey, Bergson, Ortega) supoñen unha reacción filosófica que conducirá a un alonxamento do racionalismo. A razón vai a perder terreo frente a unha nova forma de captar a realidade: a intuición. Os autores que incluímos neste epígrafe afirmarán a posibilidade do coñecemento a través da intuición e os seus intereses: a vida, os valores, a evolución, o home na historia darán lugar a un novo humanismo.

Baixo a denominación de "Vitalismo" atopamos un conxunto de filósofos que teñen, como tema central das súas reflexións, o tema da vida. É o caso de NIETZSCHE, DILTHEY, ORTEGA Y GASSET e BERGSON (1859-1941). Dita agrupación é problemática, xa que o termino vitalismo pode facer referencia a dous conceptos distintos da vida: a vida en sentido biolóxico e a vida en sentido biográfico, é dicir, como existencia humana vivida. DILTHEY centrou a súa atención na vida entendida do segundo xeito. ORTEGA ocupouse da vida en ambos sentidos, se ben é certo que nas súas primeiras obras centrouse máis no aspecto biolóxico, mentras que na súa producción posterior prestou unha atención preferente á vida humana, nun sentido moi próximo ó de Dilthey. No caso de NIETZSCHE o concepto de vida é biolóxico-cultural e abarca, polo tanto, ambas dimensións, o impulso e a vivencia. O vitalismo de BERGSON, en fin, formula o concepto de vida como impulso vital universal que se expande evolutiva e ascendentemente en loita contra o peso retardario da materia.

Por “Historicismo” entenderemos aquelas correntes que poñen como centro da atención o carácter histórico do ser humano. A historia é entendida como obra dos homes, das súas relacións recíprocas, condicionadas pola pertenza a un proceso temporal. As manifestacións culturais son o resultado de ditas obras humanas, e caracterízanse pola súa individualidade, frente ao carácter uniforme e repetible dos obxectos das ciencias naturais. Ademais, as accións humanas, frente aos procesos naturais, oriéntase a fins, por eso hai que contemplalas desde a perspectiva duns determinados valores. Polo que, na filosofía dos historicistas, sempre se atopa unha teoría dos valores. Se as ciencias naturais usaban como instrumento do coñecemento a conexión causal, para as ciencias do espírito a ferramenta será a comprensión.



O seu máximo representante foi Dilthey.6.2. Wilhelm Dilthey (1833-1911)

O obxectivo da filosofía de Dilthey será desmentir a filosofía positivista que reducía o home a natureza, negándolle todo valor espiritual. Igual que Kant coa súa Crítica da Razón Pura establecera o fundamento das ciencias naturais, Dilthey pretenderá facer o mesmo coas ciencias do espírito. É necesario establecer unha clara distinción entre ciencias da natureza e ciencias do espírito, só desta maneira podremos comprender a realidade da vida humana. As ciencias do espírito teñen por obxecto o home na totalidade das súas manifestacións e expresións culturais; manifestacións que, como o home mesmo, teñen un carácter histórico.

6.3. Ortega y Gasset (1883-1955).O problema central da filosofía de Ortega é entender que é a vida humana.

Ata agora o problema da vida sempre fora deixado á marxe por parte dos filósofos debido a súa esencia intelixible, propiciada, sen dúbida, pola súa irracionalidade. De aí que o cometido de Ortega sexa un intento de racionaliza-lo seu significado. Pero pronto descubrirá que o sentido da vida propiamente humana só se desvela no curso da historia, e en consecuencia, a filosofía de Ortega se constituirá nunha análise da índole da vida e do devenir histórico. Ditas análises farán necesaria a aparición dun

novo concepto de razón; así como de novas ferramentas conceptuais sen as que se faría imposible todo intento por facer intelixibles tanto a vida como a historia.

A característica máis elemental da vida é que non ven dada, senón que a temos que ir facendo, cada quen a súa: “a vida é quefacer”. O home debe escoller entre diferentes posibilidades, que tampouco veñen regaladas, senón que dependen da nosa imaxinación. Temos que elexir un programa vital, “o home é novelista de si mesmo”. De aí que o proxecto sexa unha das categorías esenciais da vida humana. Supón a idea da vida como un drama entre o eu e as circunstancias, por eso o dato radical da filosofía non é que eu existo, senón a miña coexistencia co mundo (“eu son eu e a miña circunstancia”). A estructura da vida consiste na respectiva tensión entre un eu ou proxecto dunha determinada vida, e unhas circunstancias ou conxunto de medios e estorbos, facilidades e dificultades coas que, para vivir, me atopo. Por eso a vida é drama, xa que se establece unha frenética loita para conseguir ser de feito o que somos en proxecto.

Aquí se abre unha nova dimensión radical: a liberdade. O home, por carecer de identidade constitutiva, é libre, non está adscrito a un ser determinado. A principal característica do ser humano é non ser nada definitivo, senón ir sendo o un ou o outro.

O proxecto vital do home adquire connotacións morais a través do concepto de autenticidade. En efecto, a vida é quefacer, pero non un quefacer calquera, senón o que cada quen ten que facer imposto polo seu eu íntimo, pola súa vocación. Cada individuo ten un proxecto individual e intransferible, aínda que teoricamente a súas posibilidades sexan infinitas. A liberdade fai que cada home poida elexi-la súa realidade, de tal maneira que ata é posible escoller unha realidade que non nos corresponde, seguindo unha vocación que non é a nosa, falsificando a vida e convertíndoa, así, en inauténtica. Esto é posible porque o home non ten natureza, xa que na natureza cada cousa é o que é, e non cabe o máis ou o menos, non hai graos de realidade.. Realidade, verdade e autenticidade son usados, pois, como sinónimos. Verdade é, na analítica orteguiana, a coincidencia do home consigo mesmo, ó estar en claro con respecto ós seus propios pensamentos; é dicir, ser auténtico.

En consecuencia, a realidade radical é a vida humana (a miña vida), todo o demais son xa interpretacións desa realidade primaria. Pero debemos ter en conta que estamos ante unha realidade difícil de aprehender, xa que a miña vida se me presenta como transparente, pero o transparente e o máis difícil de ver. Por eso precisaremos de novas ferramentas conceptuais, e ata dun novo tipo de razón, que supere as dificultades causadas pola forma tradicional de entende-la razón.



7. NIETZSCHE (1844-1900)A. Vida e obras.

1844. Nace en Röcken (Alemania) o 25 de novembro. É fillo dun pastor protestante, que morrerá cinco anos máis tarde. Queda coa súa nai e a súa irmá.1851. Ingresa no ríxido Colexio de Pförta, donde gaña fama de estudiante disciplinado e tranquilo.

Só falla nas matemáticas (M.D.).1863. Trasládase a Bonn, para estudiar Teoloxía e Filosofía na súa Universidade.1865. Consigue a aprobación da súa familia para ir a estudiar a Leipzig, e seguir os célebres cursos

de filoloxía de F. Ritschl.1866. Descubre o libro de Schopenhauer, O mundo como vontade e representación.1869. Recomendado por Ritschl é designado para ocupa-la cátedra de filoloxía na Universidade de Basilea. Entabla amistade con Burckhardt e con Franz Overbeck. Un ano despois coñece a wagner e

a súa esposa Cósima, de quen se enamora.1877. Acosado or unha serie de enfermidade renuncia á súa cátedra de Basilea. Rompe violentamente a súa amistade con Wagner.1879-1883. Longa tempada no retiro montañés de Sils-Maria. Viaxes por Italia na percura de climas que atenúen os seus sufrimentos.1884. Coñece a Lou Salomé, coa que planea casar, e a causa de quen racha a súa amistade con Paul Rée. Dous anos máis tarde, Lou abandoao.1889. En xaneiro, mentres realizaba unha viaxe por Italia, sofre un colapso mental. Envía mensaxes delirantes ós seus amigos, mentres vaga sen rumbo por europa. Primeiras mostras de recoñecemento da súa obra.1890. Reclusión nun sanatorio psiquiátrico en Jena. Os médicos diagnostican unha parálese cerebral progresiva.1892. A enfermidade é calificada como equizofrenia e corrobórase que é irreversible. Trasládano a unha clínica de Basilea.1893-1899. Confirmado o diagnóstico dado polos médicos, a enfermidade agudízase ano tras ano. Vivo interese pola súa obra en Francia.1900. os médicos autorizan o traslado a casa dos seus familiares; o cuidado do enfermo queda cargo da súa irmá Elisabeth e da súa nai. Morre o 25 de agosto.OBRAS: PRIMEIRA ETAPA:A orixe da traxedia a partir do espírito da música (1872). Sobre verdade e mentira en sentido extramoral (1873). Consideracións intempestivas (1873-1876).SEGUNDA ETAPA:Humano, demasiado humano (1877). O viaxeiro e a súa sombra (1879). Aurora (1881). A gaia ciencia (1882).TERCEIRA ETAPA:Así falou Zarathustra (1884). Máis alá do ben e do mal (1886). A xenealoxía da moral (1887). O caso Wagner (1888). O ocaso dos ídolos (1888). O anticristo (1888). Ecce Homo (1888).

B. Introducción.Na obra máis famosa de Nietzsche Así falou Zaratustra, aparece o discurso sobre as tres

metamorfoses do espírito: “Tres transformacións do espírito vos menciono: como o espírito se converte en camelo, o camelo en león, e o león, por fin, en neno”. Interpretemos dito texto. O "camelo" simboliza a aqueles que se contentan con obedecer cegamente e que, como os camelos, axeónllanse para recibi-la pesada carga das obrigacións sociais e dos valores tradicionais. O "león” simboliza, pola contra, un estado de ánimo crítico, negador, o de quen rexeita tódolos valores tradicionais. Por fin, o "neno", simboliza o estado de ánimo necesario para crear unha nova táboa de valores. Utilizaremos estas tres metáforas para describi-lo desenrolo do pensamento de Nietzsche.

C. A metáfora do “camelo”.Nesta primeira etapa os puntos de referencia de Nietzsche serán as obras de Schopenhauer e

Wagner. Ata o punto de adicarlle a este último o que máis tarde sería a súa tese doctoral, O nacemento da traxedia. Atopámonos cun home que, como filólogo, pon os seus ollos na cultura clásica. Para describi-la realidade utiliza como símbolos as imaxes de dous deuses gregos antitéticos: Dionisio e Apolo. Dionisio representa a embriaguez, é o deus que destrúe, que nega, que racha a individualidade das cousas permitindo a fusión coa totalidade, coa natureza; é o deus da forza instintiva, da saúde. Apolo, deus do arte, representa a creación, o principio de individuación. Para Nietzsche os gregos eran coñecedores das ensinanzas de Sileno: “unha vella lenda conta que durante moito tempo o rei Midas intentara cazar na fraga ó sabio Sileno, acompañante de Dionisio, sen poder collelo. Cando por fin caeu nas súas mans, o rei pregunta que é o mellor e máis preferible para o home. Ríxido e inmóbil cala o demón; ata que, forzado polo rei, acaba prorrumpindo nestas verbas, no medio dunha risa estridente: “Estirpe miserable dun día, fillos do azar e da fatiga, ¿por qué me forzas a decirte o que para ti sería moi



ventaxoso non oír? O mellor de todo é totalmente inalcanzable para ti: non ter nacido, non ser, ser nada. E o mellor en segundo lugar é para ti morrer pronto”.” (O nacemento da traxedia).

Ditas ensinanzas manifestábanse a través dun sentimento de traxedia ante a inutilidade da existencia. Na embriaguez dionisíaca tódalas figuras desaparecen e coñecemo-la unidade de todo o existente; pero a embriaguez non é eterna, e ó seu fin volve o sentimento tráxico. Aparece entón Apolo, que crea, que representa algo para poder sobrevivir á traxedia. O pesimismo pasivo sustitúese polo sentimento tráxico; e en vez de fuxir do mundo, tratamos de transformalo mediante a arte. A arte é a auténtica actividade metafísica do home, xa que o fenómeno estético xustifica o mundo, dándolle un sentido a nosa existencia.

Esta concepción dos gregos ráchase cando entra en escea Sócrates. Sócrates representa a decadencia, é o contrario da sabedoría tráxica, xa que pretende que todo sexa pensable, racional e lóxico. Sócrates representa unha actitude vital que, ó non atoparse a gusto neste mundo, invéntase un mundo do máis alá dos fenómenos, distinguindo o real do aparente, e fundindo moral e metafísica: o real é o bo, pero a auténtica realidade está no mundo do máis alá, non neste.

D. A metáfora do "león".Nesta segunda etapa atopámonos cun home convertido no máis furibundo crítico dos valores

da cultura europea. A cultura occidental está viciada desde as súas orixes. O seu erro consiste en instaura-la racionalidade a toda costa. Os gregos inventaron o estatismo do Ser, o "ben en si", o "espírito puro", e ditos conceptos dogmáticos son un síntoma de decadencia, xa que é decadente todo aquelo que se opoña ós valores da existencia instintiva e biolóxica do home.

D.1. Crítica da moral.O erro da moral tradicional é a súa antinaturalidade, pois impón as leis e os

imperativos en contra dos instintos primordiais da vida. O ideal desta moral é o imperio da virtude, é dicir, facer bo ó home. Pero este ideal é alienante xa que convirte ó home no escravo dunha ficción.

A moral cristiá convírtese en valor supremo, pero trátase dun valor que non está neste mundo. A moral tradicional postula outro mundo como verdadeiro, o mundo do máis alá, o mundo da perfección platónica. E por contra resta valor a todo o que teña relación co máis acá.

Unha mostra do carácter inmoral da moral europea é que os triunfos dos ideais morais 1ógranse polos mesmos medios inmorais que calquer outro triunfo: a violencia, a mentira e a difamación (“a verdadeira divinidade é a que comete a falta, non a que imprime o castigo”). O moralista despreza tódolos valores do eu sendo o altruísmo a norma suprema da súa conducta, pero o altruísmo non é outra cousa cá xustificación da decadencia persoal.

O fundamento desta moral atopámolo nunha alteración da personalidade: considera o poderoso, o forte, como algo suprahumán; sendo o débil, o vulgar, o propio do home. As accións sublimes e elevadas non son obra do home, senón doutro "eu" máis perfecto ó que denomina Deus.

En moitas linguas o concepto de “bo” nace do aristocrático, do nobre, mentras que o de “malo” nace do vulgar, do simple. Pasando o tempo bo e malo adquiriron connotacións morais. A orixe de dita transmutación atopámola nos xudeos e nos cristiáns. Que cambian a denominación e pasan a denominarse a si mesmos bos, e a chamar malo ó que antes era o nobre. Así pois, a moral nace como rebelión dos escravos, e é froito do resentimento.

D.2. Crítica da relixión cristiá.A relixión nace do medo que ten o home de si mesmo. Trátase da incapacidade de asumi-lo

propio destino, pois cando ó home lle invade un sentimento de poder e teme quedar avasallado por el, mediante un mecanismo de defensa patolóxico, atribúlleo a outro ser máis poderoso, a Deus.

A relixión aliena ó home, pois os estados sublimes sonlle alleos, e elude toda responsabilidade persoal nos actos supremos.

Nietzsche chega a afirma-lo carácter decadente da relixión, pois degrada ó home a unha pura ficción mezquina: o cristianismo só fomenta valores mezquinos como a obediencia, o sacrificio ou a



humildade; sentimentos propios dun animal de rebaño. O cristianismo é unha moral vulgar, xa que se opón a tódolos valores que tenden a engrandecer ó home.

D.3. Crítica da filosofía tradicional.A filosofía tradicional foi a que instaurou Platón cando falou da existencia dun mundo

perfecto e absoluto. A filosofía dogmática considera ó ser como algo estático e inmutable; ser que existe nun mundo propio, ó marxe do mundo sensible; mundo sensible que non é máis ca unha apariencia, pois dilúese no fluír do devir.

Para o metafísico, a verdadeira realidade carece de movemento, permanece sempre idéntica a si mesma, estática e inmutable. Para Nietzsche, o ser do metafísico é o máis baleiro e abstracto que o home pudo imaxinar, e por eso equivale á pura nada.

D.4. Crítica da ciencia.A ciencia non é a verdadeira interpretación da realidade. A ciencia nace dun sentimento: a

repugnancia do intelecto ante o suposto caos do mundo exterior. Pero Nietzsche non ataca toda a ciencia, senón só un tipo determinado, o positivismo e o mecanicismo. No mundo real non hai regularidades, nen leis que rixan o comportamento das cousas; porque as cousas non son, e en consecuencia o determinismo é falso.

A conclusión que se extrae desta segunda etapa do pensamento de Nietzsche é doada, a cultura occidental é unha crítica deste mundo e dos seus valores, polo que inventou outro de carácter verdadeiro, perfecto, racional, en definitiva, divino.

E. A metáfora do neno.Como xa dixemos, en Así falou Zaratustra, é donde conta Nietzsche as tres metamorfoses

do espírito. Un sabio chamado Zaratustra abandoa o seu retiro na montaña para, nun estilo profético, vir a comunicar ós homes a súa sabedoría. Comenza co discurso sobre as tres metamorfoses: o "camelo" representa a obediencia; o "león" a rebeldía; e o "neno", o propio Zaratustra, representa a creación dunha nova táboa de valores. Valores que, a diferencia dos vellos, deben ser alegres, por eso utiliza a metáfora do neno que, como xogando, será o encargado de crear novos valores.

Catro son as ideas fundamentáis que expón Nietzsche no "Zaratustra", e que se repetirán nas obras deste periodo: o "Superhome", a "Morte de Deus", a "Vontade de Poder" e o "Eterno Retorno".

E.1. O superhome.O home é un ser miserable, inmundo. Un ser a medio camiño entre a besta e o superhome,

un tránsito da pura animalidade á superhumanidade. Un animal fundamentalmente defectuoso, unha enfermidade da pel da terra. Pero o home, a diferencia do animal, está volto cara o futuro. En virtude da súa radical esponteneidade pode concebir novos ideais. Foron tres as versións do ideal humano:

a) O ideal ascético. Donde a vida do home é interpretada como traxedia.b) O ideal científico. Donde o ideal humano se concibe como sabedoría.c) O Superhome. Personifica o valor supremo da vida.

Se houbo un tempo no que o home despreciaba a terra e o corpo porque non tiñan sentido para a alma, o Superhome é todo o contrario. É amor á vida, o sentido da terra, a exaltación dos instintos ascendentes. Está por riba da alabanza e da censura, e a súa vontade desexa ordear tódalas cousas. A súa moral é nobre, aristocrática. O seu talante é egoísta, pero un egoísmo rico, que busca o continuo perfeccionamento. Rexeita o mundo estático da filosofía dogmática, rexeita tamén o desprecio de si mesmo. Pola contra, exalta os instintos primarios de vida, afirmando que a vontade de vida debe impoñerse á vontade de nada.

E.2. A morte de deus.Zaratustra abandoa o seu retiro da montaña e baixa á praza do pobo para predica-lo

Superhome. Rinse del. As súas ideas posteriores xa non as dará a coñecer ó gran público. A idea da Morte de Deus só llela contará a un pequeno grupo de discípulos.



A Morte de Deus significa a fin duns valores morais e metafísicos. A fin do desprezo á Terra, a Gran Nai. É a morte de toda idealidade, de toda trascendencia. Deus simboliza a relixión da contranatureza, a corrupción dos instintos humanos. Deus é o símbolo dunha metafísica que non é máis ca unha ética encuberta: buscamos a Deus, todo acto relacionado con El é bo; todo acto relacionado co mundo sensible é malo, pecado. Metafísica e moral estaban fundidas. A Morte de Deus é a eliminación dos trasmundos, da diferencia entre mundo real e mundo aparente.

Pero a Morte de Deus acarrea tráxicas consecuencias: por un lado pode ocurrir que a vida humara se empobreza, se torne ilustrada, racionalista e banal; por outro lado, o nihilismo.

O nihilismo.A loita contra a alienación desemboca no nihilismo: os vellos valores xa non valen, e o

home desespérase ante a inutilidade de descubrir un novo camiño. O nihilista ten vontade, pero é unha vontade da nada, unha vontade ascética. O que busca o asceta é a nada.

Pero o nihilismo non é só a situación creada ante a perda dos vellos valores, senón que ditos valores xa eran nihilistas. Querían a nada, aínda que durante séculos estivera enmascarada tras Deus ou tras o Sumo Ben. Deus é a máscara da nada, amar a Deus é amar á nada.

O nihilismo non ten só un significado negativo, como símbolo da desintegración e da decadencia dos vellos valores; tamén ten un significado positivo, xa que é a condición de posibilidade para un novo comenzo.

E.3. A vontade de poder.A aparición do Superhome dependía do recoñecemento da morte de Deus e da aceptación do

nihilismo. Tomar conciencia do nihilismo depende, a súa vez, de comprende-lo significado da Vontade de Poder.

A través do nihilismo maniféstase a mentira da moral. Esta pretendía impoñer uns valores que, supostamente, fundamentábanse na verdade, pero o que facía era ocultar que o fundamento de ditos valores estaba arraigado na Vontade de Poder de individuos e grupos. Os débiles decían que a súa moral se fundaba na verdade, mentras que a moral dos transgresores, dos fortes, fundábase na súa Vontade de Poder e dominación. Nietzsche desvela que todo é Vontade de Poder, e que os débiles e os fracasados xa non teñen a protección da moral que lles permitía desprezar e condear ós máis fortes. Todo o que existe é Vontade de Poder e a loita entre as diferentes vontades depoder.

A loita entre as diferentes vontades de poder é, ante todo, unha loita entre diferentes interpretacións. Frente ó positivismo, manterá Nietzsche que non hai feitos, só interpretacións. Estamos así ante un perspectivismo. Pero esto non significa que todalas perspectivas teñan o mesmo valor, e non poidamos elexir entre unha delas. Os criterios sinalados para levar a cabo tal elección son de tipo fisiolóxico: forza frente a debilidade, saúde frente a enfermidade, creatividade frente a resentimento, actividade frente a reactividade. A súa crítica á moral tradicional non é máis cá manifestación da súa elección pola saúde e a forza: a moral é unha Vontade de Poder que se caracteriza como vinganza; non é a aposta por un valor, senón a negación de todo valor ó mundo, e a conseguinte vontade de rebaixalo, desprecialo e humillalo. Por contra, a forza e a saúde maniféstanse como a capacidade de vivir activamente a experiencia do nihilismo.

Para Nietzsche só existe unha forma de coñecer, perspectivista: cantos máis sentimentos deixemos falar sobre unha cousa, cantos máis ollos saibamos empregar para mirar unha cousa, tanto máis completo será o noso concepto dela, tanto máis completa será a nosa obxectividade.

E.4. O eterno retorno.. “-¿Que ocurriría se día e noite te perseguise un demo na máis solitaria das soedades, decíndote: “Esta vida, tal como ao presente a vives, tal como a viviches, terás que vivila outra vez e outras innumerables veces, e nela nada haberá de novo; pola contra, cada dor e cada alegría, cada pensamento e cada suspiro, o infinitamente grande e o infinitamente pequeno da túa vida reproduciranse para ti, pola mesma orde e na mesma sucesión; tamén aquela araña e aquel raio de lúa, tamén este instante, tamén eu. O eterno reloxo de area da existencia será volto de novo e con el



ti, polvo do polvo?” ¿Non te botarías ao chan rechinando os dentes e maldecindo ao demo que así te falaba? ¿Ou terás vivido o prodixioso instante no que poderías contestarlle: “¡Eres un deus! ¡Nunca oín linguaxe máis divina” Se este pensamento arraigare en ti, tal como eres, se cadra te transformaría, pero acaso te aniquilara: a pregunta, “¿queres que esto se repita unha e innumerables veces?” ¡pesaría con formidable peso sobre os teus actos, en todo e por todo! ¡Canto necesitarías amar entón a vida e amarte a ti mesmo para non desexar outra cousa que esta suprema e eterna confirmación!”. A Gaia Ciencia.

A idea do eterno retorno é a idea fundamental do pensamento do último Nietzsche. Se Zaratustra falou do Superhome na praza pública; se as ideas da Morte de Deus e da Vontade de Poder só llelas contou a uns poucos discípulos; por contra, a idea do Eterno Retorno é privada. O Eterno Retorno é o que vai a posibilitar e dar sentido á construcción dunha nova táboa de valores: se a chegada do Superhome dependía da Morte de Deus, e este dependía de tomar conciencia de que todo o que existe é Vontade de Poder, a Vontade de Poder dependerá dunha nova concepción do tempo.

A Vontade de Poder estaba limitada pola vella concepción do tempo. Un tempo lineal, dirixido cara o futuro, só nos posibilita querer cara adiante, posto que o tempo corre cara adiante. A vontade non podía querer cara atrás, por eso estaba limitada.

O Eterno Retorno é, en principio, unha nova concepción do tempo. Frente a temporalidade lineal do pensamento xudeo-cristián, o Eterno Retorno é unha temporalidade cíclica, donde cada instante da nosa vida vai a repetirse ata o infinito, facéndose eterno. Na concepción lineal do tempo o home nunca pode ser verdadeiramente feliz, xa que cada instante vivido non pode ter unha plenitude por estar condeado a ser devorado polo instante seguinte.

O Eterno Retorno ten un aspecto ético, xa que se o tempo vivido se repetise infinitamente, teriamos un criterio de valoración moral sumamente esixente: só un home verdadeiramente feliz podería querer tal repetición eterna. Pero tamén ten un aspecto cosmolóxico: o Eterno Retorno so pode ser desexado por un home verdadeiramente feliz, pero un home verdadeiramente feliz só pode darse nun mundo totalmente distinto a este.

Nietzsche deduce a idea do Eterno Retorno da contradicción existente entre un tempo infinito e un número finito de acontecementos posibles. Se os acontecementos son finitos, e o tempo é infinito, necesariamente terán que estar repetíndose eternamente, de forma cíclica. Pero non lle preocupa demostra-la idea, é suficiente crer na súa posibilidade, como foi suficiente crer na condeación eterna para transforma-lo pensamento e a vida dos homes.

O Eterno Retorno ten un aspecto negativo e outro positivo. Se todo o que ocorre é só repetición do anterior, entón tamén o futuro está fixo, establecido de antemán, e toda acción e atrevemento son absurdos e banais, pois todo está decidido. Pero tamén se pode pensar á inversa: todo está por facer, e o que fagamos agora repetirase eternamente. Cada instante posúe un significado que trascende ó momento actual. No tempo cristián cada instante na terra decide o futuro da nosa alma no máis alá; no Eterno Retorno cada instante na terra decide as infinitas repeticións da nosa existencia terrena. Así, o Eterno Retorno elimina a contraposición entre o pasado e o futuro ou, millor dito, otorga ó pasado un carácter de aberta posibilidade. A vontade pode agora non só querer cara adiante, senón tamén pode querer cara atrás.

F. Valoración final.Poderíamos dicir, a modo de conclusión que a filosofía de Nietzche ten dúas caras.

Por unha banda unha cara eminentemente destructiva, negadora e crítica. Baixo a súa análise faise unha diagnose da patoloxía da cultura occidental e das súas produccións fundamentais: o cristianismo, as morais do resentimento, e a ciencia. O error básico de toda a cultura occidental está na negación da propia vida, de todo o positivo. Nietzsche nega e destrúe todo o que negue a vida, de ahí que Nietzsche diga que el filosofa a martelazos.

É por eso que a filosofía de Nietzsche ten unha segunda cara que non pode ser esquencida: unha cara positiva, constructiva e afirmativa. A filosofía de Nietzsche é unha



afirmación sen precedentes da vida, da ciencia e da filosofía que fomenten, e dunha moral nobre. Nietzsche valora todo o que afirma a vida.

Calquera dos temas tratados na exposición da filosofía nietzscheana seguindo a métafora do Así falou Zaratustra contén elementos sempre entretecidos, destructores e constructores, da tremenda afirmación vital que supón a obra deste filósofo. A súa filosofía é un profundo vitalismo.

H. Textos de Nietzsche.1 “A moral do escravo precisa, para xurdir, sempre en primeiro lugar, un mundo oposto e exterior, precisa, falando fisioloxicamente, unha excitación exterior mesmo xa para actuar. A súa acción é radicalmente unha reacción. 0 contrario acaece no modo de valoración distinguido: actúa e medra espontaneamente, busca o seu oposto unicamente para darse a si mesmo un si aínda máis agradecido, máis alegre -0 seu concepto negativo "baixo", "ruín", "malo" é só unha pálida e tardía imaxe contrastiva en relación co seu concepto fundamental positivo, totalmente impregnado de vida e de paixón "¡nos os distinguidos", "nós os bos", "nós os fermosos", "nós os felices!”.DA XENEALOXÍA DA MORAL, Trat. I, 10, T. III, páx. 606.

2 “Pola súa orixe Sócrates pertencía ao pobo baixo: Sócrates era plebe. É sabido, e aínda se pode ver perfectamente, o feo que el era. Pero a fealdade, que en si é unha obxección entre os gregos é unha refutación. Pero, ¿Sócrates era verdadeiramente un grego? A fealdade é ben a miúdo a expresión dun desenvolvemento cruzado, obstaculizado por cruzamento. Noutros casos aparece como un desenvolvemento decadente. Os antropólogos críminalistas dinnos que o delincuente típico é feo: monstrum in fronte, monstrum in animo. Pero o delincuente é un decadente. ¿Sócrates era un delincuente típico? Polo menos non contradiría aquel célebre xuízo do fisionomista, que tan escandaloso soara aos oídos dos amigos de Sócrates. Un estranxeiro, que era entendido en rostros, nunha ocasión, estando de paso por Atenas, díxolle a Sócrates na cara que era un monstro que acubilla en si todos os peores vicios e cobízas. E Sócrates respondeulle simplemente-. "Señor, vostede coñéceme!”. O CREPÚSCULO DOS ÍDOLOS

3 “Dei a entender de que xeito fascinaba Sócrates: parecía que era un médico, un salvador. ¿E necesario aínda sinalar o erro contido na súa crenza na "razoabilidade a calquera prezo"? E un autoengano por parte dos moralistas e filósofos de creren que xa saen da decadencia polo simple feito de faceren a guerra contra ela. Saír fóra está máis alá das súas forzas: o que eles escollen como remedio, como salvación e á súa vez novamente unha expresión da decadencia. Eles modifican a súa expresión, pero non a eliminan. Sócrates era un malentendido; toda a moral de mellora, tamén a cristiá, era un malentendido... A máis cegadora luz do día, a razoabilidade a calquera prezo, a vida clara, fría, atenta, consciente, sen instinto, en oposición aos instintos era tamén unicamente unha enfermidade, outra enfermidade e, dende logo, ningunha volta á "virtude", á "saúde", á felicidade... Ter que loitar contra os instintos é a fórmula para chegar á decadencia: mentres a vida está en fase ascendente, a felicidade é igual a instinto. O CREPÚSCULO DOS ÍDOLOS.

4 “¿Vostedes pregúntanme en que consiste a idiosincrasia dos filósofos?... Por exeniplo, a súa carencia de sentido histórico, o seu odio contra a mesma noción de devir, o seu exipticismo. Cren facerlle unha honra a unha cousa se a deshistorizan, sub specie aeterni, se fan dela unha momia. Todo canto os filósofos manipularon dende hai milenios eran momias conceptuais; das súas mans non saíu ningunha realidade viva. Matan, desecan eses señores servidores de falsos deuses conceptuais, vólvense un perigo mortal para todo, cando adoran. A morte, o cambio, a idade e, asemade a procreación e o crecemento son para eles obxeccións incluso refutacións. 0 que é non devén; o que devén non e... Agora ben, todos eles, aínda con desconcerto, cren no ser. Pero, como non se poden apoderar del, buscan razóns para explicar por que se lles oculta. "Ten que haber unha



aparencia, un engano, de modo que nos non poidamos percibir o ser: ¿Onde se agacha o enganador?". "Aquí o temos, berran, felices. ¡E a sensibilidade! Eses sentidos, que, ademais, son tan inmorais, engánannos sobre o mundo verdadeiro”.O CREPÚSCULO DOS ÍDOLOS.

5 “Poño a un lado, co máis alto respecto, o nome de Heráclíto. Cando o restante pobo dos filósofos rexeitaba o testemuño dos sentidos porque estes amosaban pluralidade e cambio, el rexeitou as súas testemuñas porque amosaban cousas, coma se estas tivesen duración e unidade. Tamén Heráclito tratou incorrectamente os sentidos. Estes non menten coma os eleatas crían que o facían nin tampouco coma Heráclito cría. Non menten en absoluto. 0 que nós facemos coa súa testemuña e o elemento introductor da mentira, por exemplo a mentira de unidade, a mentira de causalidade, a da substancia, a da duración... A "razón" é a causa de que falseemos o testemuño dos sentidos. Na medida en que os sentidos amosan o devir, o desaparecer, o cambio, non menten... Pero Heráclito vai ter eternamente razón cando dique o ser é unha ficción baldeira. 0 mundo "aparente" é o único: o "mundo real" é só unha mentira...” O CREPÚSCULO DOS ÍDOLOS.

6 “Cantos hai aínda que pensan deste modo: “¡Se non houbese deus a vida sería intolerable!”. Ou ben, como se acostuma a dicir nos medios idealistas: “¡A vida sería intolerable se non tivera no fondo unha significación moral!” Por conseguinte, é necesario que haxa un Deus (ou ben que a existencia teña unha significación moral). No fondo, o que sucede é que quen se habituou a esta idea non pode vivir sen ela; é pois, necesaria a súa conservación; mais, ¡que presunción decretar que todo o que é necesario para a nosa conservación debe existir “en realidade”! ¡Como se a nosa conservación fose unha cousa necesaria! ¡Que sucedería se outros tivesen o sentimento contrario, se negasen precisamente a vivir sobre as condicións destes dous artigos de fe e se, unha vez realizadas estas condicións a vida lles parecese indigna de ser vivida! E, con efecto, así é”. AURORA, T. II, 1. 1º, & 90, páx. 52.

7 “Háseme de agradecer que condense unha concepción tan fundamental, tan nova, en catro teses: deste xeito fago máis lixeira a comprensión e con iso provoco a contradicción.

Primeiro enunciado. As razóns polas que “este” mundo foi calificado como aparente fundamentan máis ben a súa propia realidade, outro tipo de realidade é absolutamente indemostrable.

Segundo enunciado. As características que se lle atribuíron ao "verdadeiro ser" das cousas, son as características de non-ser, de nada construíuse o “mundo verdadeiro" a partir da contradicción do mundo real: un mundo posible, en efecto, na medida en que unicamente e unha ilusión moral-óptica.

Terceiro enunciado. Fabular sobre "outro" mundo distinto deste non ten sentido ningún, supoñendo que non esteamos dominados por un instinto de difamación, da diminución, da sospeita da vida: neste último caso, vingariamonos da vida coa fantasmagoría de “outra” vida, dunha "mellor” vida.

Cuarto enunciado. Dividir o mundo entre un mundo verdadeiro e un mundo "aparente", sexa á maneira do cristianismo ou sexa á maneira de Kant (dun cristiano pérfido en resumidas contas) e só unha suxestión da decadencia, un síntoma de vida decadente... Que o artista aprecie máis a aparencia que a realidade non é ningunha obxección contra este enunciado. Porque aquí a "aparencia" significa unha vez máis, e só selectivamente, reforzamento, corrección... 0 artista tráxico non e ningún pesimista, el di xustamente si, mesmo a todo canto e dubidoso e terrible; é dionisíaco...” O CREPÚSCULO DOS ÍDOLOS.



RESUMO TEMA 5: K. MARX (1818-1883) SÉCULO XIX

1.Contextualizacióna. Na historia e na problemática da época.Tres son as fontes das que se nutre a filosofía de Marx:

1. A filosofía alemana: debemos situar ó xoven Marx dentro da liña de influencia da esquerda hegeliana, criticando os aspectos conservadores de Hegel e suliñando a importancia da dialéctica.

2. O socialismo francés: inflúe en Marx aínda que o calificará como socialismo utópico, sendo unha mostra máis da impotencia revolucionaria.

3. A economía política dos británicos, que converterán a economía non nunha ciencia senón nunha ideoloxía, pois adicábanse á xustificación do sistema económico vixente.

b. Obxectivos xerais.“Ata agora os filósofos adicáronse a interpreta-la realidade, do que se trata é de trasnformala”, ista tese número 11 resume perfectamente a intencionalidade básica da filosofía de K. Marx. Aparece a intención marxista de non separa-la teoría da praxe, e poñer todo o esforzo intelectual ó servicio da transformación da realidade social e económica dende a concienciación política.c.Preguntas claves¿Como é que os seres humanos permitimos e mantemos unha sociedade da explotación? Se a historia e a sociedade son productos humanos, posto que a ideoloxía relixiosa só manten o status social existente, ¿que fai que os seres humanos aturemos sen rebelarnos ista situación?2.TextosTeses sobre Feuerbach [aforismos]a. (4, 6, 7): o enfoque de Feuerbach como un

enfoque non histórico: o home aparece como algo abstracto;

b. (3): Materialismo inxenuo; reciprocidade entre realidade material e superestructura.

c. (1,2,5,8,9,10,11): o materialismo de Feuerbach como un materialismo pasivo ou contemplativo.

Contribución a crítica da economía política [ensaio] a. Notas autobiográficas; relacións entre a

realidade material e a conciencia.

Manuscritos de economía e filosofía [ensaio]a. A alienación; interpretación da filosofía

hegeliana baixo o prisma da economía do capitalismo industrial.

3. Conceptos fundamentais. a. Idealismo: idea, dialéctica, dialéctica amo/

escravo, conciencia, razón, alienación, extrañamento;

b. Marx: plusvalía, ideoloxía, infraestructura, superestructura, modo de producción, forza productiva, relacións de producción; materialismo histórico; alienación, explotación, cosificación.

4.Críticas1. Oponse en bloque a toda a filosofía anterior

por limitarse a interpreta-la realidade2. HEGEL: Tensión entre a esquerda e a

dereita hegeliana; o idealismo;3. FEUERBACH: comparar a alienación

relixiosa coa alienación económica;4. NIETZSCHE: Marx como modelo

moderno da moral dos escravos;5. MARCUSE: a Teoría Crítica como o

marxismo da súa época; diferencias históricas con Marx;

6. SOCIALISMO FRANCÉS: comparar o socialismo utópico francés co socialismo científico de Marx.

5.Corrente de pensamentoMARXISMO: Marx (materialismo histórico) + Engels (materialismo dialéctico). [É imprescindible definilos]



RESUMO TEMA 5: F. NIETZSCHE (1844-1900) SÉCULO XIX

1.Contextualizacióna.Na historia e na problemática da épocaA filosofía nietzcheana situase en aberta crítica contra a totalidade da cultura occidental, pois el a diagnostica como viciada e decadente. Unha decadencia que xa comenzou con Sócrates. Sócrates representa a actitude de quen, ó non estar a gusto niste mundo invéntase un mundo do máis alá. Con Sócrates entra en xogo a metafísica e o desprezo deste mundo e desta vida.Atopamos en Nietzsche unha crítica da moral tradicional por ser unha moral de escravos, unha moral antinatural que nega a vida. O seu síntoma fundamental é a relixión cristiana, pois é a expresión institucionalizada dun complexo de inferioridade, o deus cristiano non sería máis ca expresión deste complexo de inferioridade. Atopamos tamén unha crítica á filosofía tradicional, por terse convertido en metafísica, o máis baleiro dos inventos do home; e tamén, unha crítica da ciencia, cando ésta se entende como frío positivismo.b.Obxectivos xeraisOs valores da cultura occidental están caducos, e precisamos crear uns novos valores. A morte de Deus representa o fin dos vellos valores nihilista e o inicio do camiño na aparición dunha nova taboa de valores. O superhome será o representante dunha “verdadeira” táboa de valores; novos valores que dependen do exercicio dunha vontade de poder totalmente diferente á anterior: saúde frente á enfermedade; forza frente a debilidade; alegría frente a tristeza; orgullo frente a humildade; instintos frente a razón; vida frente a metafísica.c.Preguntas claves¿Chegou xa o tempo de que o home asuma o que realmente é? ¿Que fai que os seres humanos vivan como borregos?¿Que é a relixión?

2.TextosO crepúsculo dos ídolos. (Aforismos)Crítica da filosofía tradicional: crítica a Sócrates e á razón como único instrumento do coñecemento.A xenealoxía da moral. (Aforismos)Crítica da moral e da relixión: xénese da moral, moral de escravos / moral distinguida.3.Conceptos fundamentaisVitalismo, superhome, eterno retorno do mesmo; nihilismo pasivo / nihilismo activo; Zaratustra; Dionisio / Apolo; traxedia; vontade de poder; mal - malo / ben - bueno; decandencia; perpectivismo; a morte de deus; inversión, transmutación dos valores; xenealoxía da moral; gai saber; coñecemento; metafísica.4.Críticasa. SÓCRATES-PLATÓN: comenzo da

decadencia: dualismo, metafísica, nihilismo, moral de escravos, etc.

b. TOMAS DE AQUINO: un exemplo da moral cristiana como moral de escravos.

c. KANT: xustificación da ética do deber (Kant) frente a ética do querer (Nietzsche).

d. MARX: a solidariedade e a preocupación social frente ó egoísmo individualista nietzscheano.

e. MARCUSE: coincidencia na crítica á moral represiva, pero desatrosas consecuencias da filosofía de Nietzsche para a convivencia.

f. SÓCRATES-PLATÓN: necesidade de xustificar o coñecemento obxectivo cunha finalidade práctica (ética).

5.Corrente de pensamento• VITALISMO: e imprescindible definir o

vitalismo de Nietzsche frente outras filosofías vitalistas (Berson, Ortega e Gasset, etc.).

• Inclasificabilidade do pensamento de Nietzsche


ÍNDICE...Tema 5 Filosofía do Século XIX Dun xeito ou doutro, as catro correntes sinaladas...

Documents

Transcript of ÍNDICE...Tema 5 Filosofía do Século XIX Dun xeito ou doutro, as catro correntes sinaladas...