"Mi Árbol de Navidad" Capítulos 1, 2 e 3

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CARLO ANCELOTTI CAPÍTULO 1 E 2 (RESUMO) MI ÁRBOL DE NAVIDAD

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C A R L O A N C E L O T T I !C A P Í T U L O 1 E 2 ( R E S U M O )

M I Á R B O L D E N AV I D A D

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1 . D E F U T E B O L I S TA A T R E I N A D O R

“O sistema de jogo deve ser concebido como um traje à medida dos jogadores, para que estes possam manifestar plenamente as suas qualidades num jogo ótimo que represente a realidade cultural e histórica do clube.”

“Frequentemente tem-se a ideia que, depois de muitos anos jogando como profissionais, os futebolistas têm conhecimentos suficientes para treinar em qualquer nível. Enganam-se: a experiência como jogador pode ajudar a dirigir as relações interpessoais com os jogadores, apenas isso.”

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“É importante aprender com os melhores treinadores do mundo. Aprendi muito de Sacchi. Era muito exigente, tanto consigo mesmo como com os que estavam a seu lado.”

“O método (de trabalho) é um aspeto muito importante do trabalho de um treinador. É o bilhete de identidade, o fruto e a síntese das suas experiências e conhecimentos.”

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“Treinar significa desempenhar umas funções que pressupõem cer tos conhec imentos técn icos , psicológicos e organizativos, para além de um grande equilíbrio emocional.”

“Na qualidade de líder da sua equipa, o treinador deve converter-se no seu centro de unidade e coesão, ao mesmo tempo que assume todas as responsabilidades. O treinador pensa sempre na equipa; o futebolista quase sempre em si mesmo.”

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2 . D E T R E I N A D O R A COACH

2.1. Método e relação no futebol atual

“Hoje em dia dedica-se espaço a aspetos como a potenciação muscular e a exercícios para prevenir lesões.”

“A atual organização da sessão de treino, inclui momentos de análise e debates em profundidade entre os membros de todo o pessoal, com utilização de métodos e tecnologias que permitem quantificar com certeza o trabalho coletivo e individual.”

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2 . D E T R E I N A D O R A COACH

“Na atualidade, a tecnologia é uma companheira indispensável de trabalho.”

“O treinador tem de delegar algumas das decisões que afetam cada âmbito da programação para poder construir um team, isto é, um grupo de trabalho compenetrado e capaz de desenvolver uma ação integrada.”

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2 . D E T R E I N A D O R A COACH“O treinador hoje em dia é mais um coach (uma figura que exerce sobretudo um papel de controlo, de supervisão do trabalho dos outros profissionais. O contributo dos diferentes membros que integram um pessoal de confiança sério e preparado melhora o serviço que permite o crescimento do futebolista; por este motivo o técnico que pretende coordená-lo deve ampliar os seus conhecimentos).”

“Um treinador nunca se pode deter no presente; pelo contrário, deve trabalhar sem parar para que o método que utiliza evolua continuamente e lhe permita não só estar a par das transformações, mas sim antecipar-se a elas.”

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2.2. Valor da programação:

“Uma correta programação confere grande eficácia ao trabalho.”

“Em linhas gerais considero que a programação deve ter sempre:

🌲 Um objetivo claro (jogo de equipa);

🌲 Uma correta preparação do macrociclo, isto é, de uma ampla parte da temporada de competição;

🌲 Uma planificação coerente dos meios a utilizar (exercícios);

🌲 Uma programação da sessão diária que tenha em conta o número de jogadores disponíveis.”

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“Programar um macrociclo específico pode ser simples, frequentemente é mais difícil planificar a sessão de trabalho diária, porque está sempre condicionada pelo número efetivo de jogadores que temos à disposição.”

“Os programas estão feitos para serem modificados, isto é, a realidade pode mudar a planificação do trabalho estabelecida depois de uma análise atenta da última sessão (preparar um grupo completo é muito diferente que preparar um em que faltam jogadores lesionados ou convocados para as seleções nacionais).”

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“Mudar sem perder a eficácia e a finalidade do trabalho coletivo e pessoal supõe que o treinador deve procurar estabelecer sempre um equilíbrio com a ajuda dos seus colaboradores.”

“Hoje em dia, graças aos novos sistemas de monitorização, o fator recuperação é o que mais incide na planificação e na programação do treino.”

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“O principal objetivo é obter entre um jogo e outro a reintegração completa tanto do indivíduo, considerando a sua participação direta ou não na competição, como da equipa na sua totalidade, colocando-os, assim, em condições de aguentar plenamente as sessões programadas.”

“Existe uma grande diferença entre a programação de uma semana tipo e de uma durante a qual se joga mais do que um jogo.”

“Independentemente da realidade em que se trabalha, quando se planificam duas semanas diferentes há que ter em conta dois aspetos importantes:

1.Uma gestão distinta da relação carga/recuperação;

2.Uma adequada gestão do aspeto físico dos jogadores que não foram utilizados na competição.”

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Exemplo de uma Semana Tipo sem Jogos durante a mesma e com Jogo ao Domingo:

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2 ª F E I R A F O L G A

3 ª F E I R A O B J E T I V O : R E C U P E R A Ç Ã O AT I VA M E I O S : E X E R C Í C I O S D E B A I X A I N T E N S I D A D E

4 ª F E I R A O B J E T I V O P R I N C I PA L : M E L H O R A R A F O R Ç A M E I O S : E X E R C Í C I O S C O M A B O L A E M E S PA Ç O S E S P E C Í F I C O S

5 ª F E I R A O B J E T I V O P R I N C I PA L : M E L H O R A R A R E S I S T Ê N C I A M E I O S : E X E R C Í C I O S TÁT I C O S

6 ª F E I R A O B J E T I V O P R I N C I PA L : M E L H O R A R A V E L O C I D A D E M E I O S : E X E R C Í C I O S C O M E S E M B O L A

S Á B A D O O B J E T I V O P R I N C I PA L : A U M E N T O D A R E AT I V I D A D E M E I O S : E X E R C Í C I O S S E M B O L A

D O M I N G O J O G O

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Exemplo de uma Semana com Jogo depois de Dois ou Três Dias:

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2 ª F E I R A O B J E T I V O : R E C U P E R A Ç Ã O AT I VA M E I O S : E X E R C Í C I O S C O M C A R G A M U I T O B A I X A D E C A R ÁT E R A E R Ó B I C O

3 ª F E I R A O B J E T I V O S : T R A B A L H A R A R E A T I V I D A D E E T R A B A L H O TÁT I C O E S P E C Í F I C O

4 ª F E I R A J O G O

5 ª F E I R A O B J E T I V O S : R E C U P E R A Ç Ã O AT I VA E T R A B A L H O D I F E R E N T E PA R A Q U E M N Ã O PA R T I C I P O U N A C O M P E T I Ç Ã O

6 ª F E I R A O B J E T I V O : T R A B A L H O M I S T O D E C A R ÁT E R T É C N I C O E F Í S I C O

S Á B A D O O B J E T I V O S : T R A B A L H O D E R E AT I V I D A D E E TÁT I C A E S P E C Í F I C A

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2.3. O trabalho centrado na utilização da bola:

“Na atualidade quase todas as atividades no campo realizam-se utilizando a bola.”

“Tendo em consideração o tipo de prestação que realiza um futebolista, é fundamental perseguir a sua melhoria física global empregando os meios que melhor se adaptem ao trabalho que realiza no campo.”

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“Para isso há que avaliar corretamente dois aspetos fundamentais:

1. O conhecimento da carga resultante de um treino de caráter técnico-tático. Isto permite, com um equilíbrio correto entre o trabalho e a recuperação, que um treino mantenha o seu objetivo sem que o trabalho de caráter físico seja excessivo;

2. Um uso correto do espaço quando o treino técnico-táctico é utilizado com um objetivo físico. Regra geral, em relação às dimensões do campo utilizado, o princípio é:

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🌲Se queremos fazer um trabalho de força, o espaço do campo deverá ser de dimensões pequenas para permitir que o futebolista realize repetidas acelerações, desacelerações, travagens e novos arranques;

🌲Se, pelo contrário, queremos melhorar a resistência, utilizaremos grandes dimensões, inclusivamente todo o campo de jogo.”

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2.4. A construção tática da equipa:

“Para que um sistema de jogo seja eficaz é indispensável passar muito tempo no campo, porque o jogador deve saber exatamente o que deve fazer nas diferentes situações de competição.”

“Este objetivo só se pode alcançar com um trabalho prático que permita ensaiar várias vezes situações que sejam o mais reais possíveis.”

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“Já se sabe que os grandes resultados atingem-se com os bons jogadores, mas apenas se estes conseguirem formar uma grande equipa.”

“O facto de colocar em campo grandes jogadores não é, por si só, garantia de êxito; para além disso é necessário um trabalho profundo que lhes permita identificar-se com o jogo, a mentalidade e o processo de sintonia do grupo.”

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“A experiência leva-me a pensar que, a largo prazo, quando temos de treinar equipas sem uma estrutura construída e pretendemos que o jogo seja natural e eficaz temos que dar prioridade ao trabalho tático, inclusivamente em detrimento do trabalho físico.”

“Uma pequena sugestão: uma vez que a posição do treinador é sempre precária e que a paciência que nos concedem é pouca, enquanto esperamos que se produzam os efeitos desejados, é aconselhável manter a condição atlética da equipa a um bom nível. Uma vez alcançado este objetivo podemos reequilibrar a relação e combiná-la de forma a que a carga global seja ótima.”

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2.5. Criar a relação:

“Para alcançar grandes resultados e, sobretudo, para os conservar de uma forma duradoura, é necessário manter sempre elevado o nível de concentração e de adesão ao projeto coletivo de todos os elementos que o compõem. Para isso o treinador deverá vigiar constantemente e de uma forma atenta a condição mental e relacional dos indivíduos e o grupo.”

“A criação de um grupo forte e coeso depende também, diria que por cima de tudo, da relação que o treinador estabelece entre ele e os jogadores, para além de entre estes.”

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“Em geral, o êxito de um treinador passa por uma boa relação com os seus jogadores.”

“Por este motivo a comunicação tem um papel tão fundamental na gestão do grupo.”

“Tal comunicação inclui a negociação entre o desejo do jogador e o do coach. Nesse espaço define-se a relação, que pode oscilar entre a confiança absoluta e a desconfiança.”

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“Comunicar bem significa ensinar melhor e, portanto, aprender melhor.”

“Uma comunicação correta melhora a relação, seja no âmbito individual ou no do grupo, favorecendo umas melhores prestações.”

“Comunicar significa pôr comum o que é nosso, isto é, transmitir conteúdos, compartilhar. O primeiro pressuposto para uma comunicação eficaz é ter claros os próprios valores e a própria filosofia.”

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“Assim será fundamental ter sempre presente:

🌲A tarefa a desenvolver;

🌲O que se comunica na realidade;

🌲A quem se comunica;

🌲Como se comunica.”

“Só com estes princípios é possível determinar os objetivos a perseguir.”

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“Alguns pontos importantes na relação entre o treinador e a equipa, e na minha maneira de relacionar-me com os jogadores:

1. Frequentar o balneário:

Considero importante que o treinador frequente o balneário, ainda que não de forma regular. Os balneários são o lugar onde se pode criar um momento de comunicação igualitário com os futebolistas. Isto permite estabelecer um diálogo informal no qual é possível abordar com maior liberdade inclusivamente os temas mais delicados.”

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2. A procura do diálogo, a coerência e a objetividade:

“O treinador deve tomar decisões e isso, por muito que tente ser coerente e imparcial, pode gerar momentos de incompreensão com os seus jogadores. Trata-se de um aspeto muito delicado que, por vezes, pode comprometer a relação entre o treinador e os jogadores. Por isso é necessário ponderar todas as situações e procurar a todo o momento transmitir o caráter objetivo e coerente das suas decisões, de forma que o jogador compreenda que estas nunca se tomam em função de um valor absoluto mas sim de considerações de caráter técnico-tático. Não é, à partida, uma tarefa simples, inclusivamente quando é realizada com a maior delicadeza não é fácil manter continuamente uma relação ótima com todos os jogadores (especialmente com os que jogam menos).”

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“Atenção: disse que a busca do diálogo é fundamental, mas isso não implica que o coach deva explicar constantemente as suas decisões, porque, com o tempo, perderia a sua credibilidade aos olhos dos jogadores. Tão pouco pode expor sempre o seu pensamento de forma exaustiva, dado que a sua tarefa consiste em manter sempre alta a motivação dos futebolistas. Cada jogador tem como primeiro objetivo jogar todos os jogos, é natural, e é complicado explicar os motivos de uma ou ainda pior, de muitas e consecutivas exclusões.”

“A realidade fica por cima de qualquer discurso e se um futebolista não joga as palavras podem converter-se num feedback negativo.”

“Em qualquer caso, o treinador deve estar sempre preparado e disposto a falar com os jogadores quando estes o solicitam.”

“A dificuldade que enfrentámos para manter em condições ótimas os jogadores que não jogam não é de caráter físico mas sim mental.”

“É a motivação, por vezes até a autoestima, a que corre o risco de baixar, e o treinador pode aceitar ter um jogador <chateado>, mas disponível e ativo no treino e no campo, mas não pode permitir que um jogador esteja sem vontade e desmotivado. Neste caso deve intervir drasticamente.”

2 . D E T R E I N A D O R A COACH

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3. Uma correta e sábia alternância entre momentos lúdicos e profissionais:

“Em qualquer nível que se pratique, no final de contas, o futebol é um jogo. Assim, no espaço de trabalho, extremamente profissional, há que dedicar certo tempo à diversão.”

“O treinador deve procurar que na sessão de treino haja uma alternância equilibrada, correta e eficaz de momentos em que se pode (e deve) rir e brincar com outros em que se exige a máxima seriedade, atenção e concentração. Educar o grupo e o indivíduo a distinguir corretamente os momentos faz com que o trabalho seja mais frutífero e permite abordar com serenidade as pressões que impõe o campo.”

2 . D E T R E I N A D O R A COACH

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4. A coerência nos próprios princípios orientadores:

“O treinador deve ser o primeiro a transmitir:

🌲Seriedade;

🌲Disciplina;

🌲Profissionalismo;

🌲Atenção ao interesse do grupo por cima do individual.”

2 . D E T R E I N A D O R A COACH

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5. A criação de uma própria filosofia de trabalho baseada em:

🌲”O pessoal: competente e em sintonia;

🌲Uns futebolistas responsáveis;

🌲Um comportamento disciplinado.”

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6. Transmissão das próprias ideias de jogo com:

🌲”Comunicação verbal;

🌲Comunicação prática mediante o trabalho no campo;

🌲Confiança;

🌲Exercícios coerentes com a ideia e presentes no sistema;

🌲Participação dos futebolistas.”

2 . D E T R E I N A D O R A COACH

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2.6. A relação com o clube:

“Outro aspeto imprescindível do trabalho de um treinador é a sua relação quotidiana com o clube.”

“Trata-se de uma relação profissional muito importante que exige ao treinador uma grande capacidade de integração e adaptação positiva, dado que cada clube se diferencia dos outros pela sua estrutura social, cultural e tradição.”

“A possibilidade de despedimento pende sempre sobre os treinadores mais cedo ou mais tarde, todos os treinadores vivem períodos de resultados negativos, mas ter ou não a possibilidade de aplicar correções e, portanto, superá-los, depende também do tempo que o clube concede, tempo que pode variar segundo a relação que os une.”

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“Penso que a relação entre o treinador e o clube deve ser, antes do mais, de tipo informativo. Assim, considero que o treinador deve manter sempre o clube ao corrente:

🌲Do trabalho que realiza;

🌲Da maneira como pretende realizá-lo;

🌲Das decisões que pretende tomar em cada ocasião, tanto no âmbito técnico como estratégico;

🌲Do que sucede nas sessões diárias.”

2 . D E T R E I N A D O R A COACH

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“A sintonia entre um treinador e as pessoas que representam o clube a qualquer nível baseia-se na clareza inicial e na coerência do clube com os objetivos fixados inicialmente. Uns objetivos que não dizem apenas respeito aos resultados em termos de vitórias a alcançar, mas também aos aspetos inerentes à filosofia do clube.”

“À margem da estrutura do clube, o que é importante é poder escolher um clube onde existem:

🌲Figuras reconhecíveis e reconhecidas em cada função;

🌲Uma divisão correta e nítida das tarefas;

🌲Um projeto claro e coerente.”

2 . D E T R E I N A D O R A COACH

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3.1. Sistema de Jogo e Importância das Tarefas Designadas

Definição de Carlo Ancelotti de Sistema de Jogo: “através das tarefas designadas, sobretudo no âmbito defensivo, o Sistema de Jogo define o Modelo de Jogo (vivo e dinâmico) que qualquer treinador, de acordo com a sua interpretação e respeitando os conceitos básicos, pode criar à medida dos jogadores que tem à sua disposição.”

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“À margem da escolha que faz um treinador, qualquer Sistema de Jogo deve ser:

• Concreto:

Isto é, que funcione, sendo assim:

🌲Necessita de futebolistas capazes de se integrarem entre eles, de forma que se dê valor às suas qualidades e se anulem os defeitos de cada um;

🌲Faça sair para o terreno de jogo o jogador da maneira mais apropriada e evidencie as suas qualidades.

• Eficaz:

E, portanto:

🌲Equilibrado, isto é, capaz de garantir solidez nas duas fases do jogo (posse e não posse da bola);

🌲Elástico, isto é, capaz de adaptar-se às exigências e às diferentes posições táticas dos adversários;

🌲Racional, em outras palavras, suscetível de evidenciar e refletir as caraterísticas dos jogadores.”

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“Por exemplo:

🌲Setor Defensivo:

Se o grupo de jogadores deste setor tem sobretudo fortes defesas centrais, é natural adotar-se um sistema com uma defesa de três. Seria diferente se tivesse laterais capazes de garantir as duas fases do jogo, porque aí optaria por uma linha defensiva formada por quatro jogadores.

🌲Setor Médio:

Neste setor encontramos habitualmente, vários jogadores de Top que desempenham pouco mais que as mesmas funções, de forma que nos vemos obrigados a fazer exclusões e limitar o uso do melhor potencial disponível. A capacidade do treinador na eleição e modelação do sistema de jogo permitirá a utilização simultânea da maior parte dos talentos presentes no setor (por exemplo o nascimento da “Árvore de Natal”).

🌲Setor Atacante:

É importante encontrar o sistema que permita a maior utilização possível de campeões e que destaque ao máximo as caraterísticas individuais. Os atacantes são os que contribuem para que o jogo seja mais ou menos produtivo e eficaz, graças à sua capacidade e disponibilidade para colaborar com o resto da equipa.”

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3.2. Tarefas e Caraterísticas dos Jogadores

“Consciente da importância das tarefas designadas para o desenvolvimento do sistema de jogo, o treinador sabe que as mesmas estão em boa medida vinculadas às caraterísticas dos jogadores. Em linhas gerais, uma vez estabelecido o sistema a adotar, quando se designam as tarefas individuais não só se tem em conta as caraterísticas do jogador em concreto e do papel tomado em consideração, mas também as particularidades técnicas e físicas do companheiro mais próximo. O treinador vê o conjunto, conjuga as qualidades individuais e compõe a equipa.

Por exemplo, quando designo a tarefa a um lateral tenho sempre em consideração as caraterísticas do defesa central que tem próximo e do médio centro que se encontra à sua frente. Se o meu lateral tem à sua frente um médio centro hábil na hora de roubar a bola, mas não muito dinâmico, designarei-lhe a tarefa de pressionar e atacar com maior frequência, porque considero que o médio centro poderá garantir-lhe uma cobertura adequada. Desta maneira, assegurar-se-á à equipa a ação ofensiva necessária e ao mesmo tempo o equilíbrio que exige o desenvolvimento do jogo.

Quando os jogadores disponíveis são uns campeões cujas caraterísticas se sobrepõem em vez de se complementarem, o equilíbrio pode e deve-se perseguir mediante a designação de tarefas táticas individuais.”

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“Resumindo, os fatores relevantes para o desenvolvimento de um sistema de jogo dependem de:

🌲As caraterísticas dos jogadores;

🌲As tarefas designadas;

🌲Uma combinação correta entre as tarefas individuais que permita manter um bom equilíbrio à equipa.”

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3.3. O redescobrir do contra-ataque

“O contra-ataque volta a utilizar-se com frequência na tática como estratégia de jogo.

O contra-ataque organizado permite-nos, depois de termos recuperado a bola, usar a nosso favor o que deveria ser um momento de pressão por parte dos adversários. Esta estratégia consiste em atacar (velozmente) o espaço que há nas costas dos adversários com um passe direto a um companheiro que se oferece em profundidade.

É uma solução tática que permite usar de maneira ótima a superioridade numérica que se cria e, para a empregar o melhor possível, é necessário compreender que a mesma só será realmente eficaz com certos movimentos coletivos corretos.”

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“Como não poderia deixar de ser, contará também o comportamento do adversário, mas, em todo o caso, é importante ter presentes vários princípios fundamentais:

🌲Aproveitar o campo (parte ofensiva) em toda a sua amplitude;

🌲Lavar a bola para o exterior;

🌲Sobrepor-se ao companheiro que possui a bola (fundamental);

🌲Atacar a profundidade com o jogador em posição central. Na execução é decisiva a eleição do tempo certo;

🌲Ter uma posição ampla, por parte do jogador oposto à bola.”

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3.4. A preparação do jogo

“O jogo é o evento que sintetiza e manifesta o complexo e profundo trabalho desenvolvido pela equipa, uma tarefa em que participam, de distintas formas, todos, realmente todos, desde o clube até ao último dos colaboradores.

Assim, a preparação dos encontros converte-se num estudo detalhado e o tempo que se dedica às situações de bola parada e à análise dos pontos fortes ou débeis do adversário são aspetos que podem determinar o resultado final.

A preparação do jogo, uma tarefa que começa logo após terminar o jogo anterior, é o fruto de todas as ações que o treinador, seja pessoalmente ou através dos seus colaboradores, realiza com dois objetivos:

1. Melhorar a prestação da sua equipa;

2. Contrariar na medida do possível a estratégia do adversário.”

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“Como referido anteriormente, o futebol é também fantasia, criatividade e qualidades individuais. A atividade preparatória serve para exaltar tudo isto e para não dispersar as potencialidades. No fundo, a tarefa de um treinador que guia uma equipa de Top consiste em permitir que os seus jogadores manifestem o grande nível técnico que possuem. O conhecimento melhora a atividade, por isso é importante colocar à disposição do que sai ao campo a maior informação possível e tudo o que possa constituir um apoio útil para a concretização da estratégia do jogo. Isso permitirá reduzir ao mínimo os riscos devidos ao caráter imprevisível das situações.

Para além do importante atributo do clube, a força de uma equipa e, portanto, da sua trajetória, depende da qualidade de seus jogadores e do seu empenho constante que permite construir uma equipa forte e coesa que não descuida nenhum aspeto.

Como treinador centro-me no momento fundamental do trabalho preparatório realizado, porque penso que o resultado final que obtenhamos será a expressão do que os jogadores fizeram e do seu empenho na planificação semanal tanto em termos de trabalho no campo como de estudo e investigação sobre eles mesmos e sobre os adversários.”

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“As fases de preparação de um jogo contemplam:

🌲A observação direta, por parte dos meus colaboradores, de, pelo menos, dois jogos do adversário;

🌲A preparação de um estudo detalhado sobre as caraterísticas do jogo do adversário;

🌲A visualização da minha parte de vários vídeos nos quais se evidenciem algumas caraterísticas específicas do adversário;

🌲Tendo como base os relatórios e os filmes vistos, a realização de um vídeo de uns 15 minutos de duração, que se mostrará aos jogadores para que conheçam as qualidades e defeitos dos adversários;

🌲Em função do conteúdo do filme, a preparação de várias sessões de treino específicas;

🌲Perto do encontro, a exposição aos jogadores de uma série de dados simples que lhes ajudem a ter no campo um comportamento individual e coletivo correto.

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“Tendo como base a informação recolhida através do Protocolo Guia para a Observação dos Adversários prepara-se uma estratégia de jogo que favoreça a vitória no jogo e que tenha em conta tanto as caraterísticas do adversário como a própria identidade.”

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3.5. A motivação coletiva

“A meticulosa preparação estratégica de um jogo será inútil se a equipa chega ao evento sem um correto foco mental coletivo. Para se obter grandes resultados é necessário que o objetivo seja comum, que todos os jogadores o sintam.

Não é simples motivar continuamente os futebolistas sobretudo os que jogam menos. Trabalhar sobre a motivação coletiva (sobre a máxima participação de todos no lento e longo percurso que leva a equipa até um objetivo importante) é uma tarefa difícil para o treinador, mas é indispensável.

É importante tocar o lado emocional dos jogadores e o sentido de pertença ao que sucederá. Se o conseguirmos aumentar jogo após jogo converter-se-à num rio imparável.”

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“Para o construir é necessário que todos se sintam representados no resultado, isto é, que cada jogador sinta que contribuiu, muito ou pouco, ao que ocorreu em campo.

Para se atingir as grandes finais e os grandes títulos é necessário jogar-se os jogos anteriores. Desta forma é necessário o contributo de todos e às vezes a mudança numa trajetória pode-se produzir graças à pequena mas decisiva contribuição de quem jogou pouco tempo.

Penso que quando se produzem acontecimentos de alcance extraordinário ou, em todo o caso, fundamentais para os objetivos da própria equipa, um treinador deve encontrar a forma de manter viva a motivação de todos os seus jogadores.”

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3.6. A gestão do jogo

“Uma vez iniciado, o jogo pode desenvolver-se de uma maneira completamente distinta à inicialmente projetada. Por esta razão o treinador deve dirigir o acontecimento desde o banco.

É uma fase na qual o treinador, prestando a máxima atenção ao que sucede e conservando um estado de ânimo o mais alheio possível às inevitáveis emoções, deve estar atento a perceber, corrigir ou favorecer os sinais, com frequência imperceptíveis que, recolhidos a tempo, podem imprimir ao jogo um andamento favorável.

É óbvio que as situações que devemos enfrentar variam de um jogo para outro, de maneira que é difícil identificar uns princípios gerais, mas, ainda assim, tentarei centrar-me em alguns que, de acordo com a minha experiência pessoal, possam integrar uma casuística indicativa.”

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“O treinador desde o banco:

1. Olha e observa os seus jogadores, isto é, a sua atenção concentra-se cerca de 70% no que sucede à sua equipa, e comprova se a estratégia preparada previamente se adequa ao que ocorre no campo. Por exemplo, verificará:

🌲A atitude dos seus jogadores; As dificuldades que cria o adversário; Onde e como se criam tais dificuldades.

2. Interage com os jogadores que tem mais próximos para comunicar-se com eles e adverti-los, por exemplo, de que a posição de um futebolista ou de um setor é incorreta;

3. Aponta sinteticamente a informação que é, na sua opinião, importante de forma a poder comunicá-la eficazmente aos jogadores quando a 1ª parte finalizar.”

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“Durante o jogo, sobretudo quando este tem lugar num estádio com mais de 60.000 espectadores, é praticamente impossível efetuar grandes correções e que os jogadores te oiçam. Por isso o intervalo entre a 1ª e a 2ª parte é um momento fundamental. Nele podem-se criar os pressupostos para que o treinador consiga intervir amplamente e realizar umas modificações apropriadas e eficazes.

Assim, é importante saber organizar com sabedoria este momento, de maneira que seja possível aproveitar ao máximo os minutos disponíveis antes que inicie a 2ª parte.”

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“Normalmente, organizo-me da seguinte forma:

1. Quando finaliza a 1ª parte do jogo os meus colaboradores, incluindo o que segue o encontro desde a tribuna, e eu, reunimo-nos nos balneários para discutir sobre os nossos respetivos pontos de vista e procurar juntos uma solução para o problema, caso exista. São poucos minutos nos quais cada um expressa a sua ideia, antes de tomar a decisão final (entretanto os jogadores já descarregaram um pouco a tensão, executaram alguma ação individual ou foram assistidos pela equipa médica);

2. Os jogadores, sentados e dispostos em círculo, escutam as indicações e os papéis táticos que devem executar coletivamente na 2ª parte. Falo durante uns 3 minutos. Os jogadores escutam sem intervir;

3. Nos 5 minutos restantes, antes de voltar ao campo, falo e troco opiniões com cada um dos jogadores.”

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“O tempo de que dispomos é precioso e devemos estar em condições de dar indicações úteis antes que o jogo se reinicie. Por este motivo no encontro com os colaboradores a informação deve ser precisa e essencial, de forma que eu possa utilizá-la no diálogo posterior com a equipa. Isto ajuda a compreender a importância de se contar com uma equipa competente e que, para além disso, esteja em grande sintonia com o treinador.”

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3.7. Depois do jogo

“O treinador deve saber manter um correto equilíbrio geral de forma que, tanto no âmbito coletivo como individual, o resultado do campo ou os eventuais episódios do jogo não prejudiquem a boa continuidade do trabalho;

Na minha opinião, quando finaliza um jogo o treinador deve:

🌲Conter as tensões e tratar de anular, com a ajuda dos seus colaboradores, os momentos de agitação que se podem gerar;

🌲Evitar intervir nas discussões e permanecer à margem das polémicas;

🌲Comunicar de maneira geral alguns aspetos da partida que considera importantes, mas procurando não entrar em detalhes. Posteriormente, sobretudo depois de ter visto e analisado os vídeos do jogo, poderá deter-se neles. Frequentemente a sensação que se tem da partida vendo-a desde o banco pode diferir da que mostram as imagens televisivas;

🌲Dialogar com a direção quando necessário ou haja uma solicitação nesse sentido, ou então como uma troca de opiniões serena sobre a partida.

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