Método de enseñanza de elocución para intérpretes
14
Método de enseñanza de elocución para intérpretes liona Zalea Cada día son más las instituciones educacionales en las cuales se introduce la formación de traductores y de intérpretes, bien en forma independiente, bien como parte del curriculum de la enseñanza de idiomas. En este trabajo recopilamos y analizamos, desde el punto de vista metodo- lógico, la experiencia obtenida, durante seis años, de trabajo docente en la formación de traductores e intérpretes y en la elaboración del material do- cente para la misma. El curso de Elocución, del que trata nuestro tema, formaba parte del conjunto de asignaturas de especialización en traducción e interpretación que se elaboró en la Universidad de La Habana. El Departamento de Traducción e Interpretación de dicha Universidad fue organizado en 1972 y constaba de cuatro secciones: alemán, francés, inglés y ruso. En los dos primeros años de la licenciatura se impartían asignaturas generales y de nivelación del cono- cimiento en el idioma. La especialización comenzaba en el tercer año con una asignatura introductoria de Práctica de traducción. En el cuarto año se impar- tía Teoría de traducción, Práctica de traducción, Elocución y Toma de notas; en el quinto año, Práctica de traducción, Interpretación consecutiva y Tra- ducción oral a simple vista. Elocución era la asignatura base para todos los idiomas, y se impartía en español, o sea, en la lengua materna de los alumnos, durante dos semestres, normalmente dos horas semanales en el primer semes- tre y una hora semanal en el segundo. Cuando se habla de traducción o de interpretación siempre se tiene presente el dominio del idioma extranjero, lengua de partida, los aspectos metalingüísticos o el conocimiento de la especialidad de que trata el texto o discurso; pero la lengua de llegada, la lengua materna, como aparentemente no presenta dificultades, no se menciona, pues se considera un requisito indispensable y a priori que el traductor o intérprete debe tener. Y es cierto: para poder realizar esta ¡abor, la primera condición es un conocimiento cabal de los dos idiomas que intervienen en el proceso. Sin embargo, como en todo oficio, en éste también es necesario conocer los útiles de trabajo. Pero como uno de esos instrumentos, en nuestro caso es la lengua materna, no se le presta mucha atención, pues se supone que no debe presentar ninguna dificultad. Y verdaderamente, el problema no surge del conocimiento de esa lengua, sino de la forma de su aplicación como instrumento de trabajo. Martín Vivaldi dice en su Curso de redacción: «... el uso del lenguaje —del que todos tenemos un conocimiento práctico— es un fenómeno complejo; no es tan fácil como se cree el hablar o escribir con corrección.» Los conocimientos BOLETÍN AEPE Nº 25. Ilona ZALCA. Método de enseñanza de elocución para intérpretes
Transcript of Método de enseñanza de elocución para intérpretes
Método de enseñanza de elocución para intérpretes
liona Zalea
C a d a día s o n m á s las i n s t i t u c i o n e s e d u c a c i o n a l e s e n las c u a l e s se i n t r o d u c e la f o r m a c i ó n d e t r a d u c t o r e s y d e i n t é r p r e t e s , b i e n e n f o r m a i n d e p e n d i e n t e , b ien c o m o parte de l c u r r i c u l u m d e la e n s e ñ a n z a d e i d i o m a s .
En e s te trabajo r e c o p i l a m o s y a n a l i z a m o s , d e s d e el p u n t o d e vista m e t o d o lóg ico , la e x p e r i e n c i a o b t e n i d a , d u r a n t e seis a ñ o s , d e trabajo d o c e n t e e n la f o r m a c i ó n d e t r a d u c t o r e s e i n t é r p r e t e s y e n la e l a b o r a c i ó n de l mater ia l d o c e n t e para la m i s m a .
El c u r s o d e E l o c u c i ó n , de l q u e trata n u e s t r o t e m a , f o r m a b a parte d e l c o n j u n t o d e as ignaturas d e e spec ia l i zac ión e n t r a d u c c i ó n e i n t e r p r e t a c i ó n q u e se e l a b o r ó e n la U n i v e r s i d a d d e La H a b a n a . El D e p a r t a m e n t o d e T r a d u c c i ó n e In terpre tac ión d e d i c h a U n i v e r s i d a d fue o r g a n i z a d o e n 1 9 7 2 y c o n s t a b a d e c u a t r o secc iones : a l e m á n , f rancés , i n g l é s y r u s o . En los d o s p r i m e r o s a ñ o s d e la l icenciatura se impart ían a s i g n a t u r a s g e n e r a l e s y d e n ive lac ión d e l c o n o c i m i e n t o e n el i d i o m a . La e spec ia l i zac ión c o m e n z a b a e n el t ercer a ñ o c o n u n a as ignatura i n t r o d u c t o r i a d e Práctica d e t r a d u c c i ó n . En el c u a r t o a ñ o se i m p a r tía T e o r í a d e t r a d u c c i ó n , Práctica d e t r a d u c c i ó n , E l o c u c i ó n y T o m a d e notas ; e n el q u i n t o a ñ o , Práctica d e t r a d u c c i ó n , I n t e r p r e t a c i ó n c o n s e c u t i v a y T r a d u c c i ó n oral a s i m p l e vista. E l o c u c i ó n era la a s i g n a t u r a base para t o d o s los i d i o m a s , y se impart ía e n e s p a ñ o l , o sea, e n la l e n g u a m a t e r n a d e los a l u m n o s , d u r a n t e d o s s e m e s t r e s , n o r m a l m e n t e d o s h o r a s s e m a n a l e s e n el p r i m e r s e m e s tre y u n a h o r a s e m a n a l e n el s e g u n d o .
C u a n d o se habla d e t r a d u c c i ó n o d e i n t e r p r e t a c i ó n s i e m p r e se t i e n e p r e s e n t e el d o m i n i o del i d i o m a e x t r a n j e r o , l e n g u a d e part ida , los a s p e c t o s meta l ingü í s t i co s o el c o n o c i m i e n t o d e la e s p e c i a l i d a d d e q u e trata el t e x t o o d i scurso ; p e r o la l e n g u a d e l l egada , la l e n g u a m a t e r n a , c o m o a p a r e n t e m e n t e n o p r e s e n t a d i f i cu l tades , n o se m e n c i o n a , p u e s se c o n s i d e r a u n requis i to i n d i s p e n s a b l e y a priori q u e el t r a d u c t o r o i n t é r p r e t e d e b e t ener . Y e s c ier to : para p o d e r realizar esta ¡abor, la p r i m e r a c o n d i c i ó n e s u n c o n o c i m i e n t o cabal d e los d o s i d i o m a s q u e i n t e r v i e n e n e n el p r o c e s o . S in e m b a r g o , c o m o e n t o d o of ic io , e n és te t a m b i é n e s n e c e s a r i o c o n o c e r los út i les d e trabajo. P e r o c o m o u n o d e e s o s i n s t r u m e n t o s , e n n u e s t r o c a s o es la l e n g u a m a t e r n a , n o se le presta m u c h a a t e n c i ó n , p u e s se s u p o n e q u e n o d e b e p r e s e n t a r n i n g u n a di f icul tad. Y v e r d a d e r a m e n t e , el p r o b l e m a n o s u r g e de l c o n o c i m i e n t o d e esa l e n g u a , s ino d e la f o r m a d e su ap l i cac ión c o m o i n s t r u m e n t o d e trabajo. Mart ín Vivaldi d ice e n su Curso de redacción: «... el u s o de l l e n g u a j e — d e l q u e t o d o s t e n e m o s u n c o n o c i m i e n t o p r á c t i c o — es u n f e n ó m e n o c o m p l e j o ; n o es tan fácil c o m o se c r e e el hablar o escribir c o n correcc ión .» Los c o n o c i m i e n t o s
BOLETÍN AEPE Nº 25. Ilona ZALCA. Método de enseñanza de elocución para intérpretes
de l i n t é r p r e t e d e b e n ser práct icos , sobre t o d o , e n c a m i n a d o s a cons t i tu ir u n a a m p l i a reserva d e e x p r e s i o n e s , d e g iros q u e le p e r m i t a n t r a s p o n e r u n a m i s m a idea d e d i f e r e n t e s m a n e r a s . C u a n d o se habla c o n e l o c u e n c i a , el f lujo d e palabras p a r e c e natural y las ideas se e x p r e s a n sin n i n g ú n e s f u e r z o , sin t i tubeo .
Para lograr esa e l o c u e n c i a , e n la f o r m a c i ó n de l i n t é r p r e t e se d e s a r r o l l a n varias c u a l i d a d e s . Las c u a l i d a d e s in te l ec tua le s son: el c o n o c i m i e n t o l ingüís t ico y la cu l tura genera l . Y las m e n t a l e s : el j u i c i o , la m e m o r i a , la c o n c e n t r a c i ó n y la d iv i s ión d e la a t e n c i ó n . Estas c u a l i d a d e s in te l ec tua le s y m e n t a l e s d e b e n ir a c o m p a ñ a d a s d e c ierta e l o c u e n c i a natural y d e c ierta faci l idad para i m p r o v i sar.
La c o m p r e n s i ó n y la e x p r e s i ó n clara y fiel d e u n m e n s a j e f o r m u l a d o p o r o tra p e r s o n a es u n factor q u e se basa e n la c u l t u r a g e n e r a l de l i n t é r p r e t e . La c o m p r e n s i ó n es d e p r i m e r a i m p o r t a n c i a , p u e s e s o b v i o q u e lo q u e n o se e n t i e n d e n o se p u e d e ver ter a o t r o i d i o m a . Por e s o es p o r lo q u e se le pres ta tanta a t e n c i ó n al c o n o c i m i e n t o de l i d i o m a e x t r a n j e r o , o l e n g u a d e part ida, p o r q u e el p r i m e r p a s o e s comprender. P e r o n o es m e n o s i m p o r t a n t e q u e lo q u e se haya c o m p r e n d i d o se e x p r e s e correc ta y fielmente.
Para lograr e sa e x p r e s i ó n correc ta y fiel se neces i ta t e n e r u n a b u e n a m e m o r i a . Mientras la m e m o r i a de l t r a d u c t o r es só lo a c u m u l a t i v a , la de l i n t é r p r e t e e s , a d e m á s d e a c u m u l a t i v a , activa y c o n s c i e n t e .
T a n t o la cu l tura g e n e r a l c o m o la m e m o r i a s o n requ i s i tos q u e el i n t é r p r e t e utiliza al desarro l lar su c a p a c i d a d d e r á p i d o anális is y s íntes is . La c a p a c i d a d d e la d iv i s ión d e la a t e n c i ó n necesar ia e n la i n t e r p r e t a c i ó n c o n s e c u t i v a y e n la s i m u l t á n e a , así c o m o la c o n c e n t r a c i ó n , s o n facu l tades q u e se o b t i e n e n solam e n t e c o n u n a a b n e g a d a ejerc i tac ión , tanto d e los trabajos rea l i zados e n clase , c o m o d e la práctica ind iv idua l .
Las c u a l i d a d e s físicas q u e se r e q u i e r e n e n la rea l izac ión de l trabajo d e in terpre tac ión abarcan la voz, la resp irac ión , la res i s tencia y el equi l ibr io n e r v i o s o .
La voz e s el i n s t r u m e n t o d e trabajo m á s i m p o r t a n t e d e l i n t é r p r e t e y al q u e g e n e r a l m e n t e m e n o s a t e n c i ó n se le presta . El i n t é r p r e t e , al igual q u e el o r a d o r al q u e sust i tuye , e s u n a r t e s a n o de l habla . D e b e p o s e e r u n a voz d e ca l idad y saber serv irse d e ella. A u n aque l las p e r s o n a s q u e n o p r e s e n t a n def ic ienc ias e n el habla, d e b e n estar c o n s c i e n t e s d e los factores q u e par t i c ipan e n el p r o c e s o d e resp irac ión y art icu lac ión , t e n i e n d o e n c u e n t a d e q u e hablar b ien es respirar b i en .
El q u e desarro l l e b u e n o s háb i tos resp ira tor ios se cansará m e n o s , y logrará , p o r lo tanto , u n a m e j o r rea l izac ión de l trabajo y p o d r á m a n t e n e r c o n m a y o r faci l idad su equi l ibr io n e r v i o s o .
El obje t ivo de l c u r s o d e E l o c u c i ó n , c u y o m é t o d o d e trabajo p r e s e n t a m o s a c o n t i n u a c i ó n , es desarro l lar e sas c u a l i d a d e s , hábi tos y h a b i l i d a d e s q u e s o n tan necesar ios e n la e j e c u c i ó n c o n é x i t o de l trabajo d e i n t e r p r e t a c i ó n .
D u r a n t e el c u r s o se le b r i n d a a los f u t u r o s i n t é r p r e t e s u n a ser ie d e ejercicios c o m b i n a d o s p o r m e d i o d e los cua le s , c o n u n trabajo ind iv idua l in tens ivo , l ograrán p e r f e c c i o n a r s e y real izar c o n m a y o r e f e c t i v i d a d la n o fácil tarea d e in terpretar .
En es te trabajo el hab la e s u n q u e h a c e r t a n t o pas ivo c o m o act ivo. Por lo tanto , el d e s a r r o l l o d e la c a p a c i d a d de l habla es u n p r o c e s o c o m p l e j o . Se d e b e d e t e r m i n a r t a m b i é n c u á l e s s o n los a s p e c t o s d e la retór ica q u e p u e d e n a d a p -
BOLETÍN AEPE Nº 25. Ilona ZALCA. Método de enseñanza de elocución para intérpretes
tarse. T e n i e n d o e n c u e n t a la d i f e r e n c i a e n t r e c a p a c i d a d y facul tad , t a m b i é n se d e b e d e t e r m i n a r e n q u é m e d i d a se d e b e desarro l lar , d u r a n t e la f o r m a c i ó n , la c a p a c i d a d c r e a d o r a y el habla d ir ig ida , cuá le s s o n las facu l tades , a p e s a r d e q u e t o d o s las t e n e m o s , q u e e n esta act iv idad se ut i l izan e n m a y o r m e d i d a y p o r esa razón d e b e n desarro l larse .
C o m o h e m o s m e n c i o n a d o , la f o r m a c i ó n d e i n t é r p r e t e s e s u n p r o c e s o c o m p l e j o . Se utiliza u n a g r a n v a r i e d a d d e e jerc ic ios d e a c u e r d o a los hábi tos y h a b i l i d a d e s q u e se q u i e r e n desarro l lar d u r a n t e el c u r s o . Por r a z o n e s d e d a r c o h e r e n c i a y c lar idad a es ta e x p o s i c i ó n , h e m o s a g r u p a d o los e jerc ic ios s e g ú n c u a t r o a s p e c t o s q u e ref le jan, a g r a n d e s rasgos , las c u a l i d a d e s q u e el i n t é r p r e t e d e b e t ener , y q u e s o n : voz y re sp i rac ión; lectura; m e m o r i a activa y c o n s c i e n t e , y vocabular io . En la práct ica diaria d e las c lases los ejerc ic ios e s t á n e s t recham e n t e l i gados y se d i s t r i b u y e n e q u i t a t i v a m e n t e d u r a n t e el p e r í o d o d e la clase. En c a d a u n i d a d se p r e s e n t a n los ejerc ic ios c o m e n z a n d o p o r los m á s s i m p l e s y fáciles hasta l legar a los m á s c o m p l e j o s y dif íc i les . El obje t ivo final e s la apl icac ión d e todas las h a b i l i d a d e s d e s a r r o l l a d a s p o r m e d i o d e la e jerc i tac ión .
Al p r e s e n t a r los ejercic ios , h e m o s t e n i d o e n c u e n t a el v o c a b u l a r i o , c o n t e x t o y d i f i cu l tades q u e se p r e s e n t a n e n el trabajo de l i n t é r p r e t e . H e m o s s e l e c c i o n a d o a q u e l l o s q u e a y u d a r á n a v e n c e r las d i f i cu l tades c o n las c u a l e s t i e n e n q u e e n f r e n t a r s e e n el trabajo y h e m o s c o n s i d e r a d o q u e , c o m o c o n t e n i d o d e los ejercic ios , e s d e m a y o r p r o v e c h o uti l izar mater ia l q u e f u e r a u n r e p a s o o adqui s i c ión d e c o n o c i m i e n t o s g e n e r a l e s s o b r e t e m a s c o n los q u e p o s i b l e m e n t e t e n g a n q u e trabajar o s i m p l e m e n t e a m p l i a r su bagaje d e cu l tura genera l . Por e j e m p l o , e n el e jerc ic io d e v o c a b u l a r i o se p u e d e n util izar palabras d e cua lqu ier t ipo , p u e s t o q u e lo q u e se q u i e r e e s l ograr c a p a c i d a d d e m a n e j a r palabras , g i ros y e x p r e s i o n e s c o n so l tura; y h e m o s s e l e c c i o n a d o palabras d e c o n t e x t o p o l í t i c o - e c o n ó m i c o p o r ser é s e u n o d e los c a m p o s m á s c o m u n e s e n el trabajo del i n t é r p r e t e .
T a m b i é n h e m o s c o n s i d e r a d o m u y i m p o r t a n t e el h e c h o d e q u e esta as ignatura f o r m a la base p a r a las d e m á s a s i g n a t u r a s d e i n t e r p r e t a c i ó n — t o m a d e notas , in t erpre tac ión c o n s e c u t i v a , t r a d u c c i ó n oral a s i m p l e v is ta—, y al se lecc ionar los ejerc ic ios s i e m p r e h e m o s t e n i d o p r e s e n t e e n q u é a s p e c t o d e la in t erpre tac ión se r e q u i e r e t e n e r la hab i l idad q u e d e s a r r o l l a m o s . C o n s i d e r a m o s q u e para el a l u m n o e s vital r e c o n o c e r e s to y d e b e tratar d e apl icar e n la práctica, y c o n las d e m á s a s ignaturas , los n u e v o s hábi tos y h a b i l i d a d e s desa rro l lados e n E locuc ión .
El c u r s o dará u n m e j o r r e s u l t a d o si el a l u m n o practica c o n s t a n t e y diariam e n t e los ejercic ios s eña lados . Los e jerc ic ios le b r i n d a n o p o r t u n i d a d d e a u t o -anal izarse e incidir c o n m a y o r i n t e n s i d a d d o n d e c o n s i d e r e q u e sea necesar io .
El p r o f e s o r , al c o m e n z a r c a d a u n i d a d , hace u n a i n t r o d u c c i ó n y p r e s e n t a el obje t ivo q u e se p e r s i g u e c o n los e jerc ic ios , la c u a l i d a d física, m e n t a l o inte lectual q u e desarro l l an ; e s b o z a los m é t o d o s para real izar los y su ap l i cac ión e n los d i f e r e n t e s t ipos d e i n t e r p r e t a c i ó n .
La p r i m e r a u n i d a d a g r u p a los ejerc ic ios d e re sp irac ión . G e n e r a l m e n t e se le presta p o c a a t e n c i ó n a la voz y re sp irac ión del i n t é r p r e t e . Ex i s ten c u r s o s d e e l o c u c i ó n para actores , l o c u t o r e s , etc . , q u e se d e d i c a n f u n d a m e n t a l m e n t e al e s t u d i o y al p e r f e c c i o n a m i e n t o d e la ca l idad vocal c o m o m e d i o d e e x p r e s i ó n . En n u e s t r o caso n o p o d e m o s d e d i c a r l e el t i e m p o n e c e s a r i o a e s te t e m a e n su c o m p l e j i d a d . N u e s t r o obje t ivo f u n d a m e n t a l es , p o r m e d i o d e los ejerc ic ios d e resp irac ión y d e art icu lac ión , a y u d a r al a l u m n o a d e t e c t a r las d i f i cu l tades q u e
BOLETÍN AEPE Nº 25. Ilona ZALCA. Método de enseñanza de elocución para intérpretes
p u e d a t e n e r e n el habla, s u p e r a r las q u e s o n c a u s a d a s p o r m a l o s hábi tos , e instarle a q u e a c u d a al espec ia l i s ta e n c a s o d e d i f i cu l tades q u e se d e b a n a causas m á s c o m p l e j a s .
En la p r i m e r a clase , e n la q u e se i n t r o d u c e n los e jerc ic ios d e re s p i ra c i ó n , el p r o f e s o r e x p l i c a b r e v e m e n t e los a s p e c t o s fisiológicos, s i co lóg i cos y l ingüíst i c o s d e l habla y la i m p o r t a n c i a q u e t i e n e la r e s p i r a c i ó n d e n t r o d e el la. D e f i n e los d i f e r e n t e s t ipos d e re sp irac ión ( a b d o m i n a l , torácica y d e f lancos) y segu i d a m e n t e pasa a la p r e s e n t a c i ó n práctica de l p r i m e r e jerc ic io d e resp irac ión . En total hay d o c e e jerc ic ios d e re sp irac ión . E n c a d a c lase se i n t r o d u c e u n ejerc ic io n u e v o y se s i g u e n p r a c t i c a n d o a l g u n o s d e los a n t e r i o r e s . A c o n t i n u a c i ó n p r e s e n t a m o s a l g u n o s d e los ejerc ic ios bás icos d e resp irac ión:
1. Sentado, erguido, los músculos relajados: antes de comenzar el ejercicio debemos verificar que el relajamiento de los músculos sea total, debemos concentrar nuestra atención sobre todos los músculos del cuerpo —comenzando por los pies hasta llegar a los músculos faciales— y asegurarnos de que ninguno está en tensión. Debemos concentrarnos en el movimiento de los músculos abdominales y torácicos que participan en la respiración. El pecho no debe moverse durante la inspiración. Inspiración: nasal, la boca cerrada. Espiración: bucal, silente.
Inspiración Retención Espiración
Fase 1. 2 1 2 Fase 2. 3 2 3 Fase 3. 5 3 5
segundos
2. Este ejercicio se hace en pareja. De pie, con las palmas de las manos apoyadas fuertemente contra las partes laterales de las últimas costillas, con el pulgar hacia arriba y los otros dedos unidos; inclinar la mitad superior del cuerpo hacia adelante unos 45° y exhalar todo el aire posible por la boca mientras las costillas son comprimidas como si una mano quisiera ir al encuentro de la otra. Una vez exhaustos de aire, cerrar la boca e inspirar lenta y silenciosamente por la nariz intentando separar las manos con la expansión de las últimas costillas.
3. El ejercicio se hace de pie con las palmas de las manos colocadas sobre el pecho, sin presión, y después de hacer una inspiración de flancos, emitir un sonido neutro, débil, sin interrupción y lo más largo posible. Intentar cada día hacer más largo el sonido que el día anterior, aunque sólo sea una fracción de segundo.
4. Respiración mixta torácica y abdominal. Espiración: con sonido s. Posición: de pie.
Inspiración Retención Espiración
Fase 1. (3 + 2) 5 1 10 ] Fase 2. (5 + 2) 7 1 20 f segundos Fase 3. (5 + 5) 10 1 30 j
El primer número entre paréntesis indica la inspiración básica profunda, y el segundo, la incorporación paulatina de la expansión de los músculos intercostales. Ejercicio de respiración acompañado por los brazos. De pie. Inspiración: nasal, lenta, amplia, suave, con los brazos a los lados, primeramente; después subirlos lentamente hasta llegar a la altura de los hombros.
BOLETÍN AEPE Nº 25. Ilona ZALCA. Método de enseñanza de elocución para intérpretes
6.
Espiración: bucal, larga, controlada, silente, los brazos se irán bajando lentamente. Ejercicio de respiración realizada caminando con un ritmo regular.
4 4 4 4 4 1 , . 4 6 8 10 12 I numero de pasos
El tiempo de la espiración debe aumentar paulatinamente. Hasta que no se logre realizar la respiración 4-4 sin esfuerzo, no se debe pasar al siguiente.
7. Ejercicio de soplo: inflar salvavidas, globos, cartuchos. Llenarlos lentamente, sin interrupción en la salida de aire.
8. Ejercicio d e vela: la vela debe estar lejos. Trate de mover la llama soplando. Acérquela más e inténtelo de nuevo. A continuación debe ponerla a una distancia cercana en la cual la pueda apagar y debe alejarla un poco cada vez que haga una inspiración hasta llegar a una distancia en que ya no pueda ni siquiera mover la llama con el soplo. Descanse. Repita el ejercicio. Anote todos los días la distancia más cercana a la que tuvo que poner la vela para poder apagarla.
Los ejerc ic ios d e r e s p i r a c i ó n se h a c e n al c o m e n z a r c a d a c lase . P u e d e n ser a p r o v e c h a d o s p o r el p r o f e s o r p a r a l o g r a r q u e los a l u m n o s se c o n c e n t r e n para los d e m á s ejercic ios . Los e jerc ic ios bás icos d e r e s p i r a c i ó n se c o n t i n u a r á n practic a n d o al pr inc ip io d e c a d a clase, a pesar d e q u e d e s p u é s d e los d o c e ejercicios bás icos se pasa a u n a f o r m a m á s c o m p l e j a d e e jerc i tac ión , la ap l i cac ión d e los hábi tos d e resp irac ión al habla. Este s e g u n d o t i p o d e e jerc ic ios se h a c e p o r m e d i o d e la lectura. P r i m e r a m e n t e se le p i d e al a l u m n o q u e lea t e x t o s , u n párra fo c o r t o , i n s p i r a n d o aire u n a so la vez al p r i n c i p i o . E n e s te e jerc ic io n o i m p o r t a la e n t o n a c i ó n , s o l a m e n t e q u e le d u r e el a ire hasta el final d e l párrafo . S e g u i d a m e n t e se i n t r o d u c e el e jerc ic io c o n i n s p i r a c i ó n ad ic iona l , e n el cual se h a c e u n a insp i rac ión p r o f u n d a al c o m e n z a r la l ec tura y se h a c e n insp irac iones a d i c i o n a l e s al f inal izar c a d a p á r r a f o o u n a u n i d a d lóg ica . Finalm e n t e , l l e g a m o s al e jerc ic io q u e d e n o m i n a m o s l ec tura p r e p a r a d a o l ec tura d i cc ión . La lec tura p r e p a r a d a t i e n e c o m o obje t ivo dar l e o p o r t u n i d a d al a l u m n o a e x p r e s a r s e e n alta voz p r e s t a n d o a t e n c i ó n a la ar t i cu lac ión y e n t o n a c i ó n correctas y p e r f e c c i o n a n d o los háb i tos d e r e s p i r a c i ó n d u r a n t e el habla . En el e jerc ic io d e l ec tura p r e p a r a d a , c o m o ind ica su n o m b r e , el a l u m n o t i e n e q u e p r e p a r a r la lectura: d e b e b u s c a r las pa labras d e s c o n o c i d a s , c o m p r e n d e r c a b a l m e n t e el s e n t i d o de l t e x t o y, d e e s a f o r m a , d a r l e la e n t o n a c i ó n a d e c u a d a . Para q u e el a l u m n o , a d e m á s de l c o n o c i m i e n t o práct ico , t e n g a c o n o c i m i e n t o t eór i co t a m b i é n , se le a s i g n a la l ec tura d e los c a p í t u l o s p e r t i n e n t e s d e Manual de Pronunciación Española y de l Manual de Entonación Española d e T o m á s N a v a r r o T o m á s . Los t e x t o s q u e los a l u m n o s s e l e c c i o n a n para el e jerc ic io t i e n e n q u e estar a c o r d e s c o n el t ipo d e e n t o n a c i ó n e s t u d i a d o e n c lase (carácter i n f o r m a t i v o , oficial , e c o n ó m i c o , c o n mat iz e m o c i o n a l o m e n t a l ; t e m o r , súpl ica , a legr ía , a n s i e d a d , d u d a , d e s d é n , e tc) . Se d e b e n s e l e c c i o n a r t e x t o s d e u n a d u r a c i ó n d e u n m i n u t o . Para c a d a c lase d e b e n p r e p a r a r la l ec tura d o s o tres a l u m n o s , d e p e n d i e n d o d e l n ú m e r o d e a l u m n o s e n el g r u p o , a los c u a l e s se les a s igna la tarea e n la c lase p r e c e d e n t e .
D u r a n t e el c u r s o , el a l u m n o se e n f r e n t a t a m b i é n c o n la l ec tura d e s d e o t r o p u n t o d e vista: la l ec tura c o m p r e n s i ó n , o sea , d e anál is i s y s íntes is , q u e n o se p u e d e cata logar e s t r i c t a m e n t e bajo el c o n c e p t o d e e l o c u c i ó n , p e r o q u e a y u d a al a l u m n o e n los trabajos d e t r a d u c c i ó n oral a s i m p l e vista, e n la t o m a d e
BOLETÍN AEPE Nº 25. Ilona ZALCA. Método de enseñanza de elocución para intérpretes
notas y hasta sirve c o m o d e e jerc ic io p r e l i m i n a r para la i n t e r p r e t a c i ó n s imul tánea .
El obje t ivo d e e s tos e jerc ic ios e s desarro l lar t écn icas in tens ivas d e lectura p o r m e d i o de l d e s a r r o l l o d e los a s p e c t o s f i s io lóg icos e in te l ec tua le s — c o n c e n trac ión d e la a t e n c i ó n — q u e a y u d a r á n e n el trabajo e n g e n e r a l y espec í f icam e n t e e n la t raducc ión oral a s i m p l e vista. E m p e z a m o s n u e s t r o e jerc ic io c o n el a s p e c t o f i s io lóg ico y m á s a d e l a n t e se i n t r o d u c e el a s p e c t o inte lec tual . La ag i l idad e n la l ec tura e s tá e n re lac ión d irec ta c o n el m o v i m i e n t o d e los ojos . Así p u e s , t e n e m o s aquí a g r u p a d o s los ejerc ic ios e n c a m i n a d o s a desarro l lar la c u a l i d a d física q u e i n t e r v i e n e e n la lectura: el m o v i m i e n t o d e los o jos , la fijación d e la vista y la e l i m i n a c i ó n d e la r e g r e s i ó n (con q u e se a y u d a a desarro l lar la c o n c e n t r a c i ó n ) . Es tos se basan e n los e jerc ic ios s imi lares d e cursos d e lectura p r o g r a m a d a ráp ida . S e h a c e n ejerc ic ios c o n n ú m e r o s p r i m e r o , c o n letras d e s p u é s , hasta l l egar a pa labras y frases . Se t e r m i n a la ejercita-c i ó n c o n t ex tos d e 3 -4 párrafos e n los c u a l e s se m i d e el t i e m p o e n q u e se realiza la tarea. C o m o e n las o tras u n i d a d e s , aquí t a m b i é n t e n e m o s la p r o g r e s ión d e los ejerc ic ios d e lo s i m p l e a lo c o m p l e j o .
A l g u n o s d e los e jerc ic ios para desarro l lar la t écn ica d e lectura:
1. Trabaje con la fila vertical. Con una tarjeta destape el primer número, letra o palabra, durante un segundo. Levante la vista y diga lo que percibió; por ejemplo:
2 4 3 a s d mixto sintetizar la colaboración entre 1 9 7 o g m norma movimiento es significativo que 8 1 1 i c p golpe distribuir en algunos casos lo es,
etcétera
Ejercicios d e c o n c e n t r a c i ó n d e la a t e n c i ó n :
1. Números que se repiten. Tiene que trabajar con la fila horizontal. Tiene que percibir en la fila, con mucha rapidez, el número que se da al principio. N o debe marcarlo; cuando encuentra el número pase a la línea siguiente. Mida el t iempo de la realización del ejercicio.
43 23 45 67 89 10 26 43 15 76 89 12 75 15 34, 95
etcétera.
2. Busque el número erróneo entre el par de números. Tiene que trabajar con la fila horizontal. Con una tarjeta destape el primer par de números durante un segundo. Levante la vista y diga si los dos números son iguales o no.
En la t r a d u c c i ó n oral a s i m p l e vista d e u n t e x t o es i n d i s p e n s a b l e t e n e r la c a p a c i d a d d e l ec tura rápida . P e r o t a m b i é n m u c h a s v e c e s se d a n casos , c u a n d o n o hay q u e traducir el mater ia l c o m p l e t o , e n los q u e hay q u e l e e r el mater ia l para h a c e r u n r e s u m e n d e l m i s m o y es i m p o s i b l e h a c e r l o sin u n a técnica d e lectura e f i c i ente , q u e p e r m i t a real izar el trabajo e n el m e n o r e s p a c i o d e t i e m p o pos ib le . C o n es te fin se h a c e n los e jerc ic ios d e lectura , m i d i e n d o el t i e m p o d e la real ización y el r e s u m e n d e i d e a s pr inc ipa l e s y c o m p l e m e n t a r i a s .
Los ejercic ios q u e i n c l u i m o s e n esta u n i d a d se l imi tan s o l a m e n t e a m e j o r a r los hábi tos d e l ec tura c o n el fin d e m e j o r a r t a m b i é n el r e n d i m i e n t o e n el trabajo d e i n t e r p r e t a c i ó n .
BOLETÍN AEPE Nº 25. Ilona ZALCA. Método de enseñanza de elocución para intérpretes
La u n i d a d q u e a g r u p a los ejerc ic ios e n c a m i n a d o s a desarro l lar la m e m o r i a activa y c o n s c i e n t e trata tres a s p e c t o s d e la ca l idad m e n t a l , co sa d e g r a n i m p o r t a n c i a e n t o d o trabajo inte lec tual . S in m e m o r i a , c o n c e n t r a c i ó n y capacid a d d e anális is n o p o d e m o s hablar d e i n t e r p r e t a c i ó n .
P o r m e d i o d e l p r i m e r g r u p o d e ejerc ic ios los a l u m n o s d e s a r r o l l a r á n la c a p a c i d a d d e r e t e n e r u n a e n u m e r a c i ó n d e p r o d u c t o s , n ú m e r o s , n o m b r e s , cargos , etc . El obje t ivo de l e jerc ic io n o es q u e el a l u m n o s e p a dec i r d e m e m o r i a u n a c a n t i d a d d e da tos , i n f o r m a c i o n e s , p u e s e s o varía c o n s t a n t e m e n t e d e a c u e r d o al t e m a q u e se trate, s i n o q u e m i e n t r a s hace el e jerc ic io , se anal ice a sí m i s m o para estar c o n s c i e n t e d e cuál e s el m e c a n i s m o q u e p u e d e uti l izar para desarro l lar su c a p a c i d a d d e r e t e n c i ó n y d e c o n c e n t r a c i ó n . T i e n e q u e buscar el m e c a n i s m o — q u e es i n d i v i d u a l — q u e le a y u d e e n su trabajo, c o m o , p o r e j e m p l o , anal izar la re lac ión q u e ex i s te e n t r e los fac tores e n u m e r a d o s o si los re lac iona a a l g ú n c o n o c i m i e n t o p r e v i o , o si el m é t o d o q u e e s c o g e es el d e r e c o r d a t o r i o visual .
El p r i m e r ejerc ic io e n es ta u n i d a d es la d e a d i c i ó n y r e c u e r d o d e palabras: el p r o f e s o r d ice u n a palabra, p o r e j e m p l o : n o m b r e d e u n país u o r g a n i z a c i ó n , e tcé tera , u n a l u m n o r e p i t e la palabra; el p r o f e s o r d i ce la s e g u n d a palabra, o t r o a l u m n o rep i t e la p r i m e r a y la s e g u n d a ; y así s u c e s i v a m e n t e . En e s te e jerc ic io se l lega hasta s iete palabras . Has ta q u e n o r e t i e n e n tres o c u a t r o palabras n o se d e b e a u m e n t a r el n ú m e r o d e pa labras e n un lote . C u a n d o p u e d e n m e m o r i z a r c u a t r o o c i n c o palabras c o n fac i l idad se s i g u e a u m e n t a n d o su n ú m e r o y se i n t r o d u c e el e jercic io d e r e c o r d a r n ú m e r o s u t i l i zando el m i s m o m é t o d o . P r i m e r o se ut i l izan n ú m e r o s d e d o s c i fras , m á s a d e l a n t e se p u e d e n uti l izar d e tres y c u a t r o cifras. C u a n d o l o g r a n r e c o r d a r n o m b r e s y n ú m e r o s sin d i f i cu l tad se ejercita c o n f echas . Se trabaja c o n lotes d e tres y c u a t r o . S i g u e el trabajo c o n g r u p o s d e palabras , n o m b r e s d e e s t a d o s , d e prov inc ias , d e ins t i tuc iones , etc .
El p a s o s i g u i e n t e e n los ejerc ic ios es el d e e n u m e r a c i o n e s e n c o n t e x t o . El p r o f e s o r l ee varias o r a c i o n e s , u n párra fo , p o r e j e m p l o , q u e c o n t i e n e n e n u m e rac ión d e p r o d u c t o s , n ú m e r o s , n o m b r e s d e o r g a n i s m o s , c a r g o s c o n n o m b r e s d e p e r s o n a s , etc. D e s p u é s d e oír el p á r r a f o los a l u m n o s d e b e n a p u n t a r o dec i r s o l a m e n t e las e n u m e r a c i o n e s . En la s e g u n d a fase d e e s te ejerc ic io , se les lee u n a e n u m e r a c i ó n d e n o m b r e s d e p r o d u c t o s a c o m p a ñ a d o s d e n ú m e r o s . D e s p u é s d e e s c u c h a r el t e x t o d e b e n a p u n t a r los n ú m e r o s s o l a m e n t e y d e b e n e n u m e r a r d e m e m o r i a a lo q u e se r e f i e r e n los n ú m e r o s . A c o n t i n u a c i ó n se pasa al ejercic io d e r e p r o d u c i r u n t e x t o e s c u c h a d o : a) c o n sus p r o p i a s palabras, b) e x a c t a m e n t e c o m o lo e s c u c h ó , c) h a c i e n d o u n r e s u m e n . No deben faltar datos e información importantes.
En los ejercic ios c o m b i n a d o s d e m e m o r i a y c o n c e n t r a c i ó n d e la a t e n c i ó n se e n t r e g a u n t e x t o al a l u m n o q u e p u e d e l eer lo u n a vez y s e g u i d a m e n t e t i ene q u e r e s p o n d e r , sin vo lver a mirar el t e x t o , a p r e g u n t a s q u e se r e f i e ren t a n t o a las ideas pr inc ipa les y s e c u n d a r i a s c o m o a d a t o s e spec í f i cos . O sea, d e b e ser capaz d e o b t e n e r la i n f o r m a c i ó n d e u n t e x t o y c o n la a y u d a d e la c a p a c i d a d d e c o n c e n t r a c i ó n r e t e n e r l o i m p o r t a n t e , d a t o s , f echas , n o m b r e s , etc. Al pr inc ip io , el e jercic io se h a c e d e f o r m a escrita: c a d a a l u m n o lee el t e x t o y r e s p o n d e a las p r e g u n t a s i n d i v i d u a l m e n t e . Más a d e l a n t e , el e jerc ic io se h a c e d e f o r m a oral: el p r o f e s o r l e e el t e x t o , los a l u m n o s e s c u c h a n y r e s p o n d e n a las p r e g u n t a s o r a l m e n t e , u n a l u m n o d e t e r m i n a d o , o d e f o r m a escrita, el g r u p o c o m p l e t o .
BOLETÍN AEPE Nº 25. Ilona ZALCA. Método de enseñanza de elocución para intérpretes
A E P E . A Ñ O X I V , N . ° 25
Al final l l e g a m o s a l o s ejerc ic ios d e anál is is y s íntes is d e t e x t o s p o r escr i to y d e f o r m a oral . En e s t e e jerc ic io los a l u m n o s n o só lo d e b e n r e t e n e r la i n f o r m a c i ó n para p o d e r r e s p o n d e r a las p r e g u n t a s , s i n o q u e d e b e n d a r u n a vers ión abrev iada , p e r o q u e c o n t e n g a t o d a s las i n f o r m a c i o n e s re l evante s .
Las h a b i l i d a d e s d e s a r r o l l a d a s p o r e s te t ipo d e e jerc ic ios t i e n e n ap l i cac ión e n las d iversas f o r m a s d e i n t e r p r e t a c i ó n , t a n t o e n f o r m a i n d e p e n d i e n t e c o m o e n f o r m a c o m b i n a d a . El c o n t e n i d o d e los e jerc ic ios p o d r í a ser d e c u a l q u i e r t e m a . En el c u r s o se e s c o g i e r o n n o m b r e s d e pa í ses , s iglas, n o m b r e s d e o r g a n i s m o s , e tcé tera , para q u e así, m i e n t r a s se hac ía el e jerc ic io d e m e m o r i a , se r e p a s a b a n t e m a s q u e el i n t é r p r e t e sue l e e n c o n t r a r f r e c u e n t e m e n t e e n su trabajo. Los t ex tos ut i l i zados e r a n d e t e m a s e c o n ó m i c o s , po l í t i cos e i n f o r m a t i v o s .
En la u n i d a d q u e t i e n e c o m o obje t ivo desarro l lar y activar el v o c a b u l a r i o se a g r u p a el m a y o r n ú m e r o d e ejercic ios q u e a y u d a r á n a adqu ir i r u n a g r a n reserva d e e x p r e s i o n e s , g i ros id iomát i cos , e q u i v a l e n c i a s , e tc . , t o d o s e l los e n c a m i n a d o s a desarro l lar la ag i l idad m e n t a l , o sea , la a u t o m a t i z a c i ó n y rap idez e n la s e l ecc ión del vocabular io y la c o r r e c c i ó n e n la e x p r e s i ó n . Los ejerc ic ios t i e n e n c o m o obje t ivo act ivar y a m p l i a r el v o c a b u l a r i o d e l f u t u r o i n t é r p r e t e . Se aspira a p r e p a r a r al a l u m n o para el m a n e j o r á p i d o , casi a u t o m á t i c o , d e equ iva lenc ias . T a m b i é n el obje t ivo q u e se p e r s i g u e l ograr p o r m e d i o d e e s tos ejercic ios es el d e s a r r o l l o d e la ag i l idad m e n t a l . La e jerc i tac ión c o m i e n z a c o n la d e f i n i c i ó n d e c o n c e p t o s . S e uti l izan para e s e fin d i f e r e n t e s e jerc ic ios para e s c o g e r la palabra c u y a d e f i n i c i ó n se da:
— dar la definición de una palabra; — seleccionar la definición correcta entre varias dadas; por ejemplo:
Designar - mostrar algo en una exposición tener propósito de hacer una cosa señalar una persona o cosa con determinado fin.
En los ejerc ic ios d e s i n ó n i m o s y d e a n t ó n i m o s t a m b i é n se ut i l izan las d e
— seleccionar el s inónimo/antónimo entre las palabras dadas; — subrayar las palabras que son sinónimos/antónimos del primero; — colocar en el espacio en blanco la palabra que venga bien en el contexto
de la oración: preguntar - indagar
es una de las mejores formas de conocer. Como el resultado de sus lecturas generales sobre el tema no le satisfacían, comenzó a en los libros especializados.
— Escribir de nuevo la oración utilizando un sinónimo de la palabra subrayada: La producción se eleva cada año. La producción aumenta cada año.
— En cada una de las siguientes oraciones buscar la palabra omitida: La superficie de nuestro planeta se compone de
a) ríos y mares c) países y mares
b) tierra y agua d) continentes y océanos.
En los ejerc ic ios d e e q u i v a l e n c i a s se ut i l izan var ios t ipos :
— dar la sigla del nombre de un organismo, institución, partido, etc.; — dar el nombre completo por la sigla; — hacer una lista de los nombres de partidos de los países cuya lengua
BOLETÍN AEPE Nº 25. Ilona ZALCA. Método de enseñanza de elocución para intérpretes
Por lo g e n e r a l , las pa labras ut i l izadas e n los ejerc ic ios d e v o c a b u l a r i o n o son d e s c o n o c i d a s para el a l u m n o . T o d o s e s to s e jerc ic ios se h a c e n m i d i e n d o el t i e m p o d e la real izac ión. Así se p r e s i o n a al a l u m n o p a r a q u e p i e n s e y real ice las tareas c o n m a y o r rap idez .
T a m b i é n se h a c e n ejerc ic ios d e t r a n s f o r m a c i ó n e n el o r d e n d e las palabras e n las o r a c i o n e s :
— en cada grupo busque la mejor y más sencilla oración: En cuanto llegue se lo diré. Tan pronto él viene, yo se lo diré. En llegando se lo diré;
— haga las transformaciones posibles cambiando el orden de las palabras de la oración. Las variantes deben ser gramaticalmente correctas;
— transforme la oración cambiando la causa por el efecto.
estudia usted. Hacer la lista de siglas equivalentes en la lengua de partida y en español;
— transformar las horas: 8 p. m. - 20 ,00 horas 1 p. m. - 13,00 horas;
— buscar el mayor número de palabras que pertenecen al grupo señalado por el nombre genérico:
cítricos: l imón, naranja, mandarina, toronja; — buscar el nombre de todas las personas, según su oficio, que trabajan en
las siguientes industrias: azucarera, textil, etc.
Para desarro l lar la ag i l idad m e n t a l e n la ut i l i zac ión de l v o c a b u l a r i o se h a c e n ejerc ic ios c o n cl isés y d e s e l e c c i ó n d e pa labras m o d i f i c a d a s :
— hacer una lista d e palabras que puedan formar un clisé con la palabra que se da a continuación:
M U N D O progresista industrial por la paz, etc;
— buscar las palabras que puedan utilizarse junto con los verbos que se dan a continuación:
TRABAJAR eficientemente diariamente, etc.;
— escoger un texto, leerlo y apuntar cuatro palabras. Preparar listas de palabras que se pueden combinar con las que se escogió;
— leer un texto y apuntar todas las expresiones que: introducen una explicación: debido a que, introducen una oposición: aunque, introducen una restricción: sin embargo, introducen una suposición: suponiendo que, introducen una referencia: en lo relativo a, introducen una conclusión: así;
— entre las dos columnas d e palabras que se dan a continuación, escribir una tercera que forme una expresión tanto con la primera como con la segunda:
país POBRE hombre
guerra M U N D I A L de boxeo
BOLETÍN AEPE Nº 25. Ilona ZALCA. Método de enseñanza de elocución para intérpretes
T a m b i é n se le e n s e ñ a al a l u m n o a h a c e r fichas y a e m p e z a r a recop i lar palabras , t é r m i n o s t écn icos d e u n a e s p e c i a l i d a d , frases h e c h a s , c l isés , y crear su p r o p i o g losar io . S e p u e d e e s c o g e r u n t e m a para t o d o el g r u p o o t e m a s ind iv idua les , d e los cua le s d e b e n recop i lar u n g losar io d e 5 0 a 1 0 0 palabras d u r a n t e el s e m e s t r e . En el caso d e las e x p r e s i o n e s d i f e r e n t e s q u e a p u n t a r o n d e los d i v e r s o s t ex tos t i e n e n q u e buscar y a p r e n d e r sus e q u i v a l e n t e s e n la l e n g u a d e l l egada .
C o n cada u n i d a d se facilita al a l u m n o u n a b r e v e b ib l iograf ía q u e le a y u d a r á a a m p l i a r y p e r f e c c i o n a r sus c o n o c i m i e n t o s t eór i cos y práct icos sobre el t e m a .
En la p r i m e r a clase se h a c e la i n t r o d u c c i ó n a la a s igna tura , se h a c e u n breve r e c u e n t o s o b r e la historia d e la i n t e r p r e t a c i ó n e n n u e s t r o s t i e m p o s y se e x p l i c a n d i f e r e n t e s t ipos d e i n t e r p r e t a c i ó n q u e se ut i l izan e n los e n c u e n t r o s in ternac iona le s o bi laterales . S e d a n los a s p e c t o s o r g a n i z a t i v o s d e la as ignatura: la re lac ión q u e t i e n e c o n las d e m á s a s ignaturas d e i n t e r p r e t a c i ó n , los objet ivos q u e se p e r s i g u e n y los m é t o d o s ut i l i zados para l l egar a e s o s objetivos . Esta p r e s e n t a c i ó n o c u p a r á los p r i m e r o s q u i n c e m i n u t o s d e la c lase . A c o n t i n u a c i ó n se realiza u n test d u r a n t e tre inta m i n u t o s . El test c o n t i e n e ejercic ios d e s i n ó n i m o s , a n t ó n i m o s y h o m ó n i m o s . T a m b i é n se l e e n d o s t ex tos . De l p r i m e r o , d e s p u é s d e e s c u c h a r l o , los e s t u d i a n t e s t i e n e n q u e r e s p o n d e r a p r e g u n t a s sobre la idea principal y c o m p l e m e n t a r i a y s o b r e a l g u n o s d a t o s espec í ficos; del s e g u n d o t i e n e n q u e escribir u n r e s u m e n breve . T o d o s los ejercicios se h a c e n e n u n t i e m p o d e t e r m i n a d o . Al t e r m i n a r el t i e m p o se d e b e pasar al o t r o ejerc ic io y se le p i d e al a l u m n o q u e d e j e d e trabajar u n a vez c o n c l u i d o el t i e m p o , a u n q u e n o h a y a p o d i d o t e r m i n a r el e jercic io .
El obje t ivo d e h a c e r u n test e n la p r i m e r a c lase es d o b l e : p o r u n l a d o , el pro fe sor , p u e d e m e d i r la c a p a c i d a d d e activar u n v o c a b u l a r i o c o n o c i d o , la ag i l idad m e n t a l y la c o m p r e n s i ó n , p o r o t r o d a r al a l u m n o la pos ib i l idad d e t e n e r u n a r e f e r e n c i a p a r a p o d e r c o m p r o b a r el g r a d o d e d e s a r r o l l o a l c a n z a d o e n su a p r e n d i z a j e al final de l c u r s o . P o r s u p u e s t o , es te test n o se e v a l ú a c o n nota .
En la s e g u n d a c lase se i n t r o d u c e n tres t ipos d e ejercic ios . La e x p l i c a c i ó n del p r o f e s o r sobre la c a p a c i d a d q u e se desarro l lará p o r m e d i o d e ejerc ic ios d e resp irac ión , m e m o r i a y vocabu lar io , l leva e n cada caso a l r e d e d o r d e c i n c o m i n u t o s c a d a u n a . D e s p u é s d e p r e s e n t a r el a s p e c t o t eór i co se pasa a la e x p l i c a c i ó n d e la real izac ión d e los ejerc ic ios y se p r o s i g u e c o n la práct ica d e las m i s m a s ; t i e n e n u n a d u r a c i ó n d e c i n c o a d iez m i n u t o s c a d a u n o .
En las s i g u i e n t e s c lases se h a c e n d i v e r s o s t ipos d e e jerc ic ios e n c a m i n a d o s a desarro l lar hábitos y c a p a c i d a d e s . C a d a clase t i e n e q u e estar m u y b i e n p r e p a rada, y d e b e m a n t e n e r u n r i t m o d e trabajo t e n s o q u e m a n t e n g a a los a l u m n o s act ivos d u r a n t e t o d a el la.
H a b l a n d o c o n c o l e g a s q u e i m p a r t e n c lases d e f o r m a c i ó n d e i n t é r p r e t e s , s u r g i ó la d u d a d e si era factible uti l izar el p o c o t i e m p o d i s p o n i b l e e n ejercic ios e n la l e n g u a m a t e r n a de l a l u m n o . Es c o m p r e n s i b l e el a f á n d e a p r o v e c h a r t o d o el t i e m p o d e q u e se d i s p o n e e n pract icar la l e n g u a e x t r a n j e r a . S in e m b a r g o , c o n s i d e r a m o s — y h e m o s visto los r e s u l t a d o s e n la p r á c t i c a — q u e e n la f o r m a c i ó n y d e s a r r o l l o d e las h a b i l i d a d e s y hábi tos ha d a d o b u e n r e s u l t a d o hacer ejercic ios e n la l e n g u a m a t e r n a , q u e a su vez p r e p a r a a los a l u m n o s a a frontar la ya m á s difícil tarea e n la clase b i l i n g ü e d e t o m a d e no tas , i n t e r p r e tac ión c o n s e c u t i v a y t r a d u c c i ó n oral a s i m p l e vista.
BOLETÍN AEPE Nº 25. Ilona ZALCA. Método de enseñanza de elocución para intérpretes
Las práct icas rea l i zadas e n l e n g u a m a t e r n a p e r c a t a n al a l u m n o d e las d i f i cu l tades técnicas , y la a d q u i s i c i ó n c o n s c i e n t e d e c o n o c i m i e n t o s a y u d a al d e s a r r o l l o d e la hab i l idad .
En los c u r s o s d o n d e p o r falta d e t i e m p o hay q u e c o m b i n a r los ejercic ios rea l i zados e n l e n g u a m a t e r n a c o n los e jerc i tados e n el i d i o m a e x t r a n j e r o p o d e m o s segu ir el s i g u i e n t e m é t o d o :
1. Siempre se debe introducir, en esa clase práctica, el ejercicio en lengua materna.
2. En la clase siguiente se practica ese tipo de ejercicio como repaso en el idioma materno y se introduce el ejercicio en la lengua extranjera.
3. Se practica el ejercicio en la lengua extranjera y se introduce el ejercicio bilingüe.
T o m e m o s c o m o e j e m p l o el e jerc ic io p r e p a r a d o para desarro l lar el v o c a b u lario y la ag i l idad m e n t a l : t r a n s f o r m a r n o m b r e s d e ins t i tuc iones e n siglas. En la p r i m e r a c lase se le d a el n o m b r e q u e t i e n e q u e t r a n s f o r m a r e n sigla, y la sigla q u e t i ene q u e t r a n s f o r m a r e n n o m b r e c o m p l e t o , a m b o s e n l e n g u a m a terna. En la s e g u n d a c lase , si l o p u e d e n h a c e r c o n r a p i d e z y sin d i f i cu l tad , se pasa al ejercic io e n l e n g u a ex tranjera ; y finalmente se pasa a la e jerc i tac ión b i l ingüe: se da el n o m b r e o la sigla e n l e n g u a m a t e r n a y el a l u m n o t i e n e q u e dec i r lo e n la l e n g u a e x t r a n j e r a y v iceversa . En la t ercera c lase se h a c e el e jerc ic io e n a m b a s l e n g u a s . L o s a l u m n o s d e b e n recibir la lista d e n o m b r e s y siglas c o n sus e q u i v a l e n t e s a n t e s de l p r i m e r e jerc ic io y d e b e n a p r e n d e r las q u e se ut i l izarán e n la c lase s i g u i e n t e . En la práct ica m o n o l i n g ü e se p u e d e n util izar n o m b r e s d e o r g a n i s m o s o in s t i tuc iones n a c i o n a l e s , e n la b i l i n g ü e se p r e f i e r e n las i n t e r n a c i o n a l e s .
Otra pos ib i l idad d e e jerc i tac ión b i l i n g ü e es la d e s i n ó n i m o s y a n t ó n i m o s . P r i m e r a m e n t e se le d a al a l u m n o u n a palabra para la cual t i e n e q u e e s c o g e r el s i n ó n i m o d e e n t r e tres o c u a t r o pa labras q u e se le o f r e c e n . En la s e g u n d a fase se le d a al a l u m n o la pa labra e n la l e n g u a e x t r a n j e r a , y e n la t ercera fase, se d a la palabra e n u n a l e n g u a y t i e n e q u e e s c o g e r el e q u i v a l e n t e e x a c t o e n t r e las palabras d e s ign i f i cado s imilar, p e r o ya e n la l e n g u a ex tranjera .
Por ejemplo: divulgar - to show to publish to delate
En los ejerc ic ios d e vocabu lar io — t a n t o e n f o r m a escrita c o m o o r a l — es i m p o r t a n t e la rap idez , p o r lo q u e se le p o n e u n l ímite d e t i e m p o para h a c e r l o p o r escr i to . O r a l m e n t e , si n o r e s p o n d e i n m e d i a t a m e n t e , se pasa a o t r o a l u m n o . C o n e l lo se l ogra o b t e n e r r a p i d e z e n la s e l e c c i ó n de l vocabu lar io , m u c h a s veces pas ivo , y se h a c e n t a m b i é n e jerc ic ios d e c o n c e n t r a c i ó n .
H a y ejercicios , sin e m b a r g o , q u e n o se p u e d e n h a c e r d e f o r m a b i l ingüe . Estos se d e b e n realizar p r i m e r o e n la l e n g u a m a t e r n a y d e s p u é s e n la e x t r a n j e r a . En és tos t a m b i é n s o n obje t ivos i m p o r t a n t e s la r a p i d e z y la ex a c t i tud .
D u r a n t e el p r i m e r s e m e s t r e se rea l izan los e jerc ic ios q u e e n el s e g u n d o s e m e s t r e l l egan a f o r m a r háb i tos d e trabajo, o sea , se a u t o m a t i z a n p o r c o m ple to .
En el s e g u n d o s e m e s t r e los trabajos se h a c e n e n f o r m a d e ejercic ios b i l ingües . N u e s t r o objet ivo es apl icar e n la m a y o r m e d i d a pos ib le las habi l idad e s desarro l ladas e n el p r i m e r s e m e s t r e . El m a r c o q u e p r o p o n e m o s para e l lo es el d e s i m u l a r u n a m e s a r e d o n d a o u n s i m p o s i o . Para c a d a u n a d e estas
BOLETÍN AEPE Nº 25. Ilona ZALCA. Método de enseñanza de elocución para intérpretes
act iv idades se e s c o g e u n t e m a d e in teré s para los a l u m n o s . Se d i s tr ibu irán los s u b t e m a s y cada u n o t e n d r á q u e p r e p a r a r u n a p o n e n c i a , e n el caso de l s i m p o s i o , o f o r m u l a r p r e g u n t a s s o b r e el t e m a d e la m e s a r e d o n d a . C a d a a l u m n o d e b e p r e p a r a r su i n t e r v e n c i ó n d e d o s o tres m i n u t o s d e d u r a c i ó n . El d e s a r r o l l o d e l «evento» se h a c e d e f o r m a tal q u e u n a l u m n o habla e n u n a l e n g u a y o t r o a l u m n o lo pasa a la o tra l e n g u a . C o n c a d a o r a d o r trabaja u n « in térpre te» , d e esta f o r m a se l ogra h a c e r part ic ipar e n a m b a s tareas a t o d o el g r u p o . El « intérprete» se e s c o g e e n la clase: n a d i e sabe d e a n t e m a n o a q u i é n le tocará traducir . C a d a a l u m n o t a m b i é n d e b e e s c o g e r a u n c o m p a ñ e r o de l g r u p o para p r e s e n t a r l o y p a r a c o m e n t a r b r e v e m e n t e su e x p o s i c i ó n , h a c i e n d o el pape l d e p r e s i d e n t e o m o d e r a d o r . En el c a s o d e la m e s a r e d o n d a se e s c o g e u n a l u m n o q u e hará el p a p e l d e m o d e r a d o r y gu iará la d i s c u s i ó n .
En las c lases se real izan c i n c o t ipos d e ac t iv idades :
— se sigue con el ejercicio de lectura preparada en lengua extranjera; — se hacen ejercicios de interpretación oral a simple vista en ambas direc
ciones; — se hacen ejercicios de vocabulario, definiciones, sinónimos, antónimos,
etcétera, relacionados con el tema del texto a interpretar, en lengua extranjera;
— se hacen reseñas de libros tomados de la bibliografía de temas referentes al curso, y
— se revisa el material, esquema, borrador, preparado para el ejercicio.
Se p r o p o n e q u e el c u r s o sea rea l i zado e n d o s h o r a s d e c lase s e m a n a l e s d u r a n t e d o s s e m e s t r e s . En el p r i m e r s e m e s t r e se real izan los d i f e r e n t e s ejercic ios e n c a m i n a d o s al d e s a r r o l l o d e hábi tos y h a b i l i d a d e s , p r i m e r o e n la l e n g u a m a t e r n a , d e s p u é s e n la l e n g u a e x t r a n j e r a y f i n a l m e n t e d e f o r m a b i l i n g ü e .
U n a vez q u e el a l u m n o a d q u i e r e la e s t ruc tura y uti l iza c o n so l tura las facu l tades desarro l ladas , le será m á s fácil l l enar e sa e s t ruc tura c o n i n f o r m a c i ó n rec ib ida e n l e n g u a e x t r a n j e r a o real izar la t r a n s f o r m a c i ó n d e u n a l e n g u a a otra. T o d o s los ejerc ic ios van d e lo s i m p l e a lo c o m p l e j o , d e lo fácil a lo difícil . T o d o e l lo a y u d a al a l u m n o , q u e casi sin d a r s e c u e n t a adquir i rá la técnica necesar ia para la i n t e r p r e t a c i ó n y p o d r á real izar el trabajo sin t i tubeos y sin c o m e t e r los e r r o r e s l óg i cos p o r la falta d e e x p e r i e n c i a .
Bibliografía
B U Z A N , R.: Speed Reading. Londres: Sphere, 1971. COOK, G. J.: The Art of Making People Listen to You. West Nyack, New York: Parker
Publishing Company, 1976. FRUMKINA, Vasilevich-Guerganov: «Subiectivnie otcenki chastot elementov tecsta y zri-
telnoe vospriyatie rechevoy informacii». Tecnichescaya lnformaciya, Seriya 2, 1970. HOLMSTROM, J. E.: «How Translators Can Contribute to Improving Scientific Termi-
nology». Babel, 1, num. 2, diciembre, 1955. KlRST-SlEKMEYER: Intelligenz Training. Stuttgart: Deutsche Verlags Anstalt, 1970. LEEDY, P. D.: Reading improvement for adults. New York: McGraw-Hill, 1956. MARTÍN VIVALDI , G.: Curso de Redacción. La Habana: Editora Pueblo y Educación,
ICL, 1969. NAVARRO TOMÁS, T.: Manual de pronunciación española. La Habana: ICL, 1968.
BOLETÍN AEPE Nº 25. Ilona ZALCA. Método de enseñanza de elocución para intérpretes
NAVARRO TOMÁS, T.: Manual de entonación española. La Habana: ICL, 1968. OTT, F.: Optimales Lesen. Schneller lesen + mehr behalten. Ein 25-Tage-Programm. Stutt
gart: Deutsche Verlags-Anstalt, 1970. QuiLIS, A., y FERNÁNDEZ, J.: Curso de Fonética y Foniatría Españolas. Madrid: CSIC,
Instituto Miguel de Cervantes, 1973. Understanding and being understood. New York-London-Toronto: Longmans, Green and
Co., 1975.
BOLETÍN AEPE Nº 25. Ilona ZALCA. Método de enseñanza de elocución para intérpretes
BOLETÍN AEPE Nº 25. Ilona ZALCA. Método de enseñanza de elocución para intérpretes
