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MÓDULOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
R1
Curitiba, julho de 2018.
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu I
ÍNDICE
1 APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 3
1.1 EMPREENDEDOR ....................................................................................................... 3
1.2 EXECUTOR ................................................................................................................ 3
1.3 EQUIPE TÉCNICA ....................................................................................................... 3
2 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 4
3 OBJETIVOS ............................................................................................................... 4
4 METODOLOGIA ......................................................................................................... 5
5 MÓDULOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................................ 6
5.1 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE EM RESERVATÓRIO ARTIFICIAIS ..................... 6
5.2 CORREDORES ECOLÓGICOS ..................................................................................... 13
5.3 ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO ........................................................................ 18
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 29
Lista de Tabelas
Tabela 1. Unidades de Conservação de Proteção Integral ............................................. 15
Tabela 2. Unidades de Conservação de Uso Sustentável .............................................. 16
Tabela 3. Espécies ameaçadas de extinção no Brasil .................................................... 22
Lista de Figuras
Figura 1. Exemplos áreas de preservação permanente. ................................................... 8
Figura 2. Esquema APP em rios e reservatórios. ............................................................. 9
Figura 3. Conceitos reservatórios artificiais .................................................................... 10
Figura 4. Reservatório UHE Baixo Iguaçu ...................................................................... 11
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu II
Figura 5. APP da UHE Baixo Iguaçu .............................................................................. 12
Figura 6. Corredor da Biodiversidade Santa Maria ......................................................... 14
Figura 7. Mapa Corredor da Biodiversidade Santa Maria ............................................... 15
Figura 8. Corredor Ecológico UHE Baixo Iguaçu ............................................................ 18
Figura 9. Grau de ameaça segundo classificação da IUCN ............................................ 20
Figura 10. Mutum-do-nordeste (Pauxi mitu) – Extinto na natureza (EW) ........................ 24
Figura 11. Onça-pintada (Panthera onca) – Criticamente em Perigo (CR) ..................... 25
Figura 12.Xyris sororia – Criticamente em Perigo (CR) .................................................. 25
Figura 13. Paca (Agouti paca) - Em Perigo (EN) ............................................................ 26
Figura 14. Imbuia (Ocotea porosa) - Em Perigo (EN) ..................................................... 27
Figura 15. Bugio (Alouatta guariba) - Vulnerável (VU) .................................................... 28
Figura 16. Cedro-rosa (Cedrela fissilis) - Vulnerável (VU) .............................................. 28
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 3
1 APRESENTAÇÃO
O presente relatório tem por finalidade apresentar ao Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu
(CEBI) o relatório dos Módulos de Educação Ambiental para UHE Baixo Iguaçu, previsto no
Contrato 4600046959 firmado entre o CEBI e a Juris Ambientis Consultores:
1.1 Empreendedor
Razão social: Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu (CEBI)
CNPJ: 19.469.993/0001-73
Endereço: Rua Tupinambás, 1187, Centro, Capanema/PR - CEP: 85.760-000.
Contato Operacional: Bruno Henrique Mattiello
E-mail: [email protected]
1.2 Executor
Razão social: Juris Ambientis Consultores SS Ltda.
CNPJ: 40181919/0001-43
Endereço: Rua Estados Unidos, 2160, Curitiba – Pr.
Telefone: (41) 3264-5729
Responsável Técnico: Eng. Florestal Manoel José Domingues
1.3 Equipe Técnica
Integrante Função Conselho de Classe
Eng. Ftal. Manoel José Domingues Coordenador Geral CREA PR 10378/D
Eng. Ftal Daniel Zambiazzi Miller Execução e Relatório CREA PR 155061/D
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 4
2 INTRODUÇÃO
No documento Nosso futuro comum o desenvolvimento sustentável é conceituado como: “O
desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade
das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades” (BRUNDTLAND et al., 1987).
Conforme HAMMES (2002) “o desenvolvimento sustentável prevê a Educação Ambiental
como instrumento de melhoria da qualidade de vida, a partir da formação de cidadãos
conscientes de sua participação local no contexto de conservação ambiental global”.
No contexto da educação ambiental a escola tem fundamental importância em despertar a
consciência ecológica dos alunos e a prática da cidadania em programas e em projetos de
educação ambiental, num exercício interdisciplinar (HAMMES; RACHWAL, 2012). Para tal
são apresentados nesse documento informações técnicas sobre assuntos relevantes à
conservação da flora, para que o professor ou educador ambiental possa montar suas aulas.
3 OBJETIVOS
O principal objetivo deste trabalho é a elaboração de material didático teórico referente à
educação ambiental, para tal, foram abordados temas referente ao objeto do contrato, quais
sejam:
Áreas de Preservação Permanente em reservatórios artificiais
Corredores ecológicos
Espécies ameaçadas de extinção
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 5
4 METODOLOGIA
Os módulos de educação ambiental foram elaborados de forma a subsidiar o professor ou
educador ambiental na montagem de aulas referente aos temas em questão. Para tal, a
apresentação dos assuntos segue a seguinte sequência:
Apresentação do tema:
São abordados os conceitos básicos sobre os temas em questão, buscando as definições
tanto em publicações de especialistas, quanto na legislação vigente.
Aprofundamento:
Após a apresentação inicial do tema são aprofundados alguns itens específicos em relação
ao tema.
Contextualização:
Nessa etapa são apresentados, no contexto local e regional, os aprofundamentos abordados
no item anterior.
Em todas as etapas citadas anteriormente o professor deverá buscar instigar no aluno o
interesse perante o tema. Para isso podem ser utilizadas experiências pessoais, debates,
opinião antes e depois da apresentação do módulo, elaboração de murais, apresentação de
vídeos, ente outros que o professor ou educador ambiental julgar pertinente.
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 6
5 MÓDULOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A seguir são expostos os módulos de educação ambiental seguindo a estrutura descrita na
metodologia.
5.1 Áreas de Preservação Permanente em reservatório artificiais
Com a finalidade de suprir suas necessidades o homem vem explorando de forma
indiscriminada os recursos do meio ambiente. Antigamente tinha-se a concepção de que
esses recursos eram ilimitados (não acabariam). Porém, a exploração e degradação do meio
ambiente demonstraram que a forma de exploração poderia provocar o esgotamento dos
recursos naturais.
A partir da década de 1960, com os movimentos ambientalistas e o avanço do conhecimento
científico sobre os impactos gerados pelas atividades humanas sobre o meio ambiente, muito
foi discutido sobre os problemas ambientais e suas consequências no planeta. Dessa forma
surgiram as conferências sobre o meio ambiente, as principais são:
Conferência de Estocolmo
Eco-92
Rio + 10
Rio + 20
Para mais detalhes consultar:
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/conferencias-sobre-meio-ambiente.htm
Com a exposição das questões ambientais no mundo e as consequentes degradações
ambientais no país, pode-se considerar a importância da legislação ambiental no Brasil,
como um instrumento necessário para a preservação do meio ambiente.
O Código Florestal Brasileiro foi o nome dado a duas normas federais brasileiras que
estabeleciam limites de uso da propriedade, devendo-se respeitar a vegetação existente na
terra, considerada bem de interesse comum a todos os habitantes do Brasil.
Atualmente, a proteção da vegetação nativa é regulada pela Lei de Proteção da Vegetação
Nativa, chamada informalmente de "novo Código Florestal", de 2012.
No novo Código Florestal são previstas algumas áreas de usos restritos, dentre elas as
APPs.
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 7
O Código Florestal define Área de Preservação permanente como: “área protegida, coberta
ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a
paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e
flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”.
Considera-se Área de Preservação Permanente:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural (Figura 2);
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais (Figura 2);
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais (Figura 2);
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes;
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45° (Figura 1);
VI - as restingas (Figura 1);
VII - os manguezais;
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas;
IX - no topo de morros (Figura 1);
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros;
XI - em veredas;
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Figura 1. Exemplos áreas de preservação permanente.
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 9
Figura 2. Esquema APP em rios e reservatórios.
Para a região de influência da UHE Baixo Iguaçu as APPs mais comuns são:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural;
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais;
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais;
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes;
Sobre as APPs no entorno dos reservatórios d’água artificiais são apresentados alguns
conceitos (Figura 3):
Reservatório Artificial: acumulação não natural de água destinada a quaisquer de
seus múltiplos usos
Barramento/Represamento: barreira artificial, feita em cursos de água para a
retenção de grandes quantidades de água
Licença Ambiental: são documentos emitidos pelo órgão ambiental na etapa de
Licenciamento Ambiental
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 10
Licenciamento Ambiental: tem objetivo de exercer controle prévio e de realizar o
acompanhamento de atividades que utilizem recursos naturais, que sejam poluidoras
ou que possam causar degradação do meio ambiente
Figura 3. Conceitos reservatórios artificiais
Nesse caso, como a UHE Baixo Iguaçu forma um reservatório de água artificial, deverá ser
formada APP de 100 metros no entorno do reservatório (Figura 4).
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 11
Figura 4. Reservatório UHE Baixo Iguaçu
UHE Baixo Iguaçu
Rio Iguaçu
Rio Capanema
Rio Monteiro
Rio Andrada
Rio Cotegipe
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 12
Para formação da APP e do reservatório a UHE Baixo Iguaçu adquire as terras que serão
alagadas pelo reservatório e as terras que farão parte da APP. Na maioria das vezes as
terras adquiridas são áreas de agricultura ou pastagem (Figura 5), dessa forma a UHE Baixo
Iguaçu tem que recuperar a APP, plantando árvores, semeando sementes ou transpondo
resíduos da vegetação.
Figura 5. APP da UHE Baixo Iguaçu
Pode-se citar várias influências que as APPs exercem sobre o indivíduo e a sociedade, como:
Preservar os recursos hídricos;
Preservar a paisagem;
Preservar a estabilidade geológica;
Preservar a biodiversidade;
Facilitar o fluxo gênico de fauna e flora;
Proteger o solo;
Assegurar o bem-estar das populações humanas.
As consequências de irregularidades nas APPs podem ser observadas pelos exemplos a
seguir:
Ocupação irregular da APP:
https://www12.senado.leg.br/codigoflorestal/news/estudo-ocupacao-de-apps-
aumenta-mortes-em-enchentes-e-deslizamentos
Desmatamento da APP:
Área para recuperar
Área do Reservatório
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https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/desmatamento-e-vilao-do-
desastre-bazte3y50iv5jqw77tcmadfta
Expostas as influências positivas que as APPs têm sobre o indivíduo e a sociedade, os
alunos deverão ser questionados sobre como eles exercem influência sobre as APP,
exemplos disso são: corte de árvores, caça, desmatamento, conversão de florestal em
agricultura e pastagem.
Após perceber as causas e consequências das APPs, os alunos já poderão elaborar
propostas para melhoria e manutenção das APP. Para tal, seguem alguns exemplos:
Recuperação das APPs (plantio de árvores, semeadura de sementes);
Evitar o corte de árvores nas APPs;
Conscientização da família, vizinhos e amigos.
5.2 Corredores ecológicos
Os ciclos econômicos sucessivos (pau-brasil, cana-de-açúcar e café), o crescimento da
população e a urbanização comprometeram a integridade ecológica da Mata Atlântica,
sendo, provavelmente, o ecossistema mais degradado do planeta (GALINDO-LEAL;
CÂMARA, 2005).
Uma consequência da exploração da Mata Atlântica é a fragmentação da paisagem, que
consiste na conversão de área florestal em plantios e criação de gado, deixando manchas
de florestas isoladas, a qual possui consequências negativas para a maior parte da fauna e
flora nativa.
Como consequências da fragmentação pode-se citar:
Perda de habitat
Extinção de espécies
Aumento da área do efeito de borda
Uma das soluções para a fragmentação é a implantação de corredores ecológicos. Segundo
O eco (2018b) os corredores ecológicos são:
“Corredor ecológico ou corredor de biodiversidade são áreas que unem os fragmentos
florestais ou unidades de conservação, separados por interferência humana, como por
exemplo, estradas, agricultura, pastagem, atividade madeireira.
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 14
O objetivo do corredor ecológico é permitir o livre deslocamento de animais, a dispersão de
sementes e o aumento da cobertura vegetal. Ele reduz os efeitos da fragmentação dos
ecossistemas ao promover a ligação entre diferentes áreas e permitir o fluxo gênico entre as
espécies da fauna e flora. Esse trânsito permite a recolonização de áreas degradadas, em
um movimento que de uma só vez concilia a conservação da biodiversidade e o
desenvolvimento ambiental na região.
Os corredores são criados com base em estudos sobre o deslocamento de espécies, sua
área de vida e a distribuição de suas populações. A partir das informações obtidas são
estabelecidas as regras de utilização destas áreas, a fim de amenizar e ordenar os impactos
ambientais das atividades humanas. Estas regras farão parte do plano de manejo da
Unidade de Conservação à qual o corredor estiver associado”.
Um exemplo de corredor ecológico próximo à área de influência da UHE Baixo Iguaçu é o
Corredor da Biodiversidade Santa Maria (Figura 6). Esse corredor liga o Parque Nacional do
Iguaçu à RPPN Fazenda Santa Maria e à APP do reservatório da UHE Itaipu (Figura 7).
Figura 6. Corredor da Biodiversidade Santa Maria
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 15
Figura 7. Mapa Corredor da Biodiversidade Santa Maria
O corredor da biodiversidade Santa Maria faz a ligação de duas unidades de conservação
com uma área de preservação permanente. Unidades de conservação são “espaços
territoriais, incluindo seus recursos ambientais, com características naturais relevantes, que têm
a função de assegurar a representatividade de amostras significativas e ecologicamente viáveis
das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas
jurisdicionais, preservando o patrimônio biológico existente”. As Unidades de conservação são
divididas em dois grupos: Proteção Integral: não podem ser habitadas pelo homem, sendo
admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais - em atividades como pesquisa
científica e turismo ecológico, por exemplo (Tabela 1); e Uso Sustentável: admitem a presença
de moradores. Elas têm como objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso
sustentável dos recursos naturais (Tabela 2) (WWF, 2018).
Tabela 1. Unidades de Conservação de Proteção Integral
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL
Categoria Objetivo Uso
Estações Ecológicas
Preservar e pesquisar. Pesquisas científicas, visitação pública
com objetivos educacionais.
Reservas Biológicas (REBIO)
Preservar a biota (seres vivos) e demais atributos naturais, sem interferência humana
direta ou modificações ambientais.
Pesquisas científicas, visitação pública com objetivos educacionais.
Parque Nacional (PARNA)
Preservar ecossistemas naturais de grande relevância
ecológica e beleza cênica.
Pesquisas científicas, desenvolvimento de atividades de educação e
interpretação ambiental, recreação em
Corredor da Biodiversidade Santa Maria
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 16
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL
contato com a natureza e turismo ecológico.
Monumentos Naturais
Preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza
cênica. Visitação pública.
Refúgios de Vida Silvestre
Proteger ambientes naturais e assegurar a existência ou
reprodução da flora ou fauna. Pesquisa científica e visitação pública.
FONTE: WWF (2018)
Tabela 2. Unidades de Conservação de Uso Sustentável
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE USO SUSTENTÁVEL
Categoria Característica Objetivo Uso
Área de Proteção Ambiental (APA)
Área extensa, pública ou privada, com atributos importantes para a qualidade de vida das populações humanas locais.
Proteger a biodiversidade, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
São estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma APA.
Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE)
Área de pequena extensão, pública ou privada, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias.
Manter os ecossistemas naturais e regular o uso admissível dessas áreas.
Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para utilização de uma propriedade privada localizada em uma ARIE.
Floresta Nacional (FLONA)
Área de posse e domínio público com cobertura vegetal de espécies predominantemente nativas.
Uso múltiplo sustentável dos recursos florestais para a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas.
Visitação, pesquisa científica e manutenção de populações tradicionais.
Reserva Extrativista (RESEX)
Área de domínio público com uso concedido às populações extrativistas tradicionais.
Proteger os meios de vida e a cultura das populações extrativistas tradicionais, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais.
Extrativismo vegetal, agricultura de subsistência e criação de animais de pequeno porte. Visitação pode ser permitida.
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UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE USO SUSTENTÁVEL
Categoria Característica Objetivo Uso
Reserva de Fauna (REFAU)
Área natural de posse e domínio público, com populações animais adequadas para estudos sobre o manejo econômico sustentável.
Preservar populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias.
Pesquisa científica.
Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS)
Área natural, de domínio público, que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais.
Preservar a natureza e assegurar as condições necessárias para a reprodução e melhoria dos modos e da qualidade de vida das populações tradicionais.
Exploração sustentável de componentes do ecossistema. Visitação e pesquisas científicas podem ser permitidas.
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)
Área privada, gravada com perpetuidade.
Conservar a diversidade biológica.
Pesquisa científica, atividades de educação ambiental e turismo.
Fonte: WWF (2018).
Com o Corredor da Biodiversidade Santa Maria as populações da fauna e flora podem
transitar entre as unidades de conservação e a APP do reservatório Itaipu. Estratégia
semelhante será realizada pela UHE Baixo Iguaçu. Será feita a conexão entre o PARNA do
Iguaçu e a APP do reservatório da UHE Baixo Iguaçu. Para isso será revegetada uma área
conforme Figura 8, fazendo essa ligação.
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 18
Figura 8. Corredor Ecológico UHE Baixo Iguaçu
5.3 Espécies ameaçadas de extinção
O processo de extinção está relacionado ao desaparecimento de espécies ou grupos de
espécies em um determinado ambiente ou ecossistema. Semelhante ao surgimento de
novas espécies, a extinção é um evento natural: espécies surgem por meio de eventos de
especiação (longo isolamento geográfico, seguido de diferenciação genética) e
desaparecem devido a eventos de extinção (catástrofes naturais, surgimento de
competidores mais eficientes).
Normalmente, porém, o surgimento e a extinção de espécies são eventos extremamente
lentos, demandando milhares ou mesmo milhões de anos para ocorrer. Um exemplo disso
foi a extinção dos dinossauros, ocorrida naturalmente há milhões de anos, muito antes do
surgimento da espécie humana, ao que tudo indica devido às alterações climáticas
decorrentes da queda de um grande meteorito.
Ao longo do tempo, porém, o homem vem acelerando muito a taxa de extinção de espécies,
a ponto de ter-se tornado, atualmente, o principal agente do processo de extinção. Em parte,
essa situação deve-se ao mau uso dos recursos naturais, o que tem provocado um novo
ciclo de extinção de espécies, agora sem precedentes na história geológica da terra.
Atualmente, as principais causas de extinção são a degradação e a fragmentação de
ambientes naturais, resultado da abertura de grandes áreas para implantação de pastagens
Barramento
Baixo Iguaçu
PARNA do
Iguaçu
APP do Reservatório
UHE Baixo Iguaçu
Corredor Ecológico
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 19
ou agricultura convencional, extrativismo desordenado, expansão urbana, ampliação da
malha viária, poluição, incêndios florestais, formação de lagos para hidrelétricas e mineração
de superfície. Estes fatores reduzem o total de habitats disponíveis às espécies e aumentam
o grau de isolamento entre suas populações, diminuindo o fluxo gênico entre estas, o que
pode acarretar perdas de variabilidade genética e, eventualmente, a extinção de espécies.
Outra causa importante que leva espécies à extinção é a introdução de espécies exóticas,
ou seja, aquelas que são levadas para além dos limites de sua área de ocorrência original.
Estas espécies, por suas vantagens competitivas e favorecidas pela ausência de predadores
e pela degradação dos ambientes naturais, dominam os nichos ocupados pelas espécies
nativas. Com o aumento do comércio internacional, muitas vezes indivíduos são
translocados para áreas onde não encontram predadores naturais, ou ainda são mais
eficientes que as espécies nativas no uso dos recursos. Dessa forma, multiplicam-se
rapidamente, ocasionando o empobrecimento dos ambientes, a simplificação dos
ecossistemas e a extinção de espécies nativas.
Espécies ameaçadas são aquelas cujas populações e habitats estão desaparecendo
rapidamente, de forma a colocá-las em risco de tornarem-se extintas. A conservação dos
ecossistemas naturais, sua flora, fauna e os microrganismos, garante a sustentabilidade dos
recursos naturais e permite a manutenção de vários serviços essenciais à manutenção da
biodiversidade, como, por exemplo: a polinização; reciclagem de nutrientes; fixação de
nitrogênio no solo; dispersão de propágulos e sementes; purificação da água e o controle
biológico de populações de plantas, animais, insetos e microrganismos, entre outros. Esses
serviços garantem o bem-estar das populações humanas e raramente são valorados
economicamente (MMA, 2018).
Em 1964, a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais
(IUCN) criou o que veio a se tornar o maior catálogo sobre o estado de conservação de
espécie de plantas, animais, fungos e protozoários de todo o planeta: a Lista Vermelha de
Espécies Ameaçadas (em inglês, IUCN Red List ou Red Data List).
Segundo a própria organização, esta compilação tem como objetivos: fornecer informações
com base científica sobre o estado das espécies e subespécies em um nível global; chamar
a atenção do público para a magnitude e a importância da biodiversidade ameaçada;
influenciar legislações e políticas nacionais e internacionais; e fornecer informações para
orientar as ações para conservar a diversidade biológica.
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 20
Neste catálogo as espécies são classificadas em 9 grupos (Figura 9) definidos através de
critérios que incluem a taxa de declínio da população - entendida como o número de
indivíduos por espécie -, o tamanho e distribuição da população, a área de distribuição
geográfica e grau de fragmentação. A seguir são descritos cada grupo de ameaça, conforme
O Eco (2018a).
Figura 9. Grau de ameaça segundo classificação da IUCN
LC (Least Concern) – Pouco Preocupante
Esta é a categoria de risco mais baixo. Se a espécie não se enquadra nas 8 categorias que
denotam algum grau de risco de extinção (veja as categorias abaixo), ela é classificada como
"Segura ou Pouco Preocupante". Espécies abundantes e amplamente distribuídas são
incluídas nesta categoria.
NT (Near Threatened) – Quase Ameaçada
A espécie é incluída nesta categoria quando, avaliada pelos critérios de classificação, está
perto de ser classificada ou provavelmente será incluída numa das categorias de ameaça
('Criticamente em Perigo', 'Em Perigo' ou 'Vulnerável') num futuro próximo.
Quando se usa o termo "Ameaçado" na Lista Vermelha da IUCN, isso significa que a espécie
se enquadra em uma dessas três categorias: Criticamente em Perigo, ou Em Perigo, ou
Vulnerável.
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 21
VU (Vulnerable) - Vulnerável
Uma espécie está vulnerável quando as melhores evidências disponíveis indicam que
enfrenta um risco elevado de extinção na natureza em um futuro bem próximo, a menos que
as circunstâncias que ameaçam a sua sobrevivência e reprodução melhorem.
A vulnerabilidade é causada principalmente por perda ou destruição de habitat. Espécies
vulneráveis são monitoradas e, frequentemente, encontradas em cativeiro, onde podem ser
abundantes. Atualmente há 4.796 animais e 5.099 plantas classificadas como vulneráveis.
EM (Endangered) – Em Perigo
Quando a melhor evidência disponível indica que uma espécie provavelmente será extinta
num futuro próximo. Este é o segundo estado de conservação mais grave para as espécies
na natureza. 3.219 animais e 3.009 plantas estão ameaçadas de extinção em todo o mundo.
CR (Critically Endangered) – Criticamente em Perigo
É a categoria de maior risco atribuído pela Lista Vermelha da IUCN para espécies selvagens.
São aquelas que enfrentam risco extremamente elevado de extinção na natureza. Há 2.169
animais e 1,957 plantas com essa avaliação.
Como a Lista Vermelha não considera uma espécie extinta até que extensas pesquisas
tenham sido realizadas e comprovadas, é possível que espécies extintas ainda estejam
listadas como "Criticamente em Perigo".
EW (Extinct in the Wild) – Extinta na Natureza
Uma espécie é presumida como tal quando estudos exaustivos em seus habitats conhecido
e/ou esperados, em momentos apropriados, ao longo de sua distribuição histórica, não
conseguem encontrar um único indivíduo. São espécies conhecidas por sobreviver apenas
em cativeiro ou como uma população naturalizada fora de sua área natural.
No entanto, o objetivo final da preservação da biodiversidade é manter a função ecológica.
Quando uma espécie só existe em cativeiro, é considerada ecologicamente extinta -- a
redução de uma espécie a um número baixo de indivíduos que, embora ainda esteja presente
na natureza, já não cumpre o seu papel ou interage com outras espécies. Uma solução pode
Módulos de Educação Ambiental – UHE Baixo Iguaçu 22
ser a reintrodução à natureza, que é a libertação deliberada de espécies na natureza, do
cativeiro ou realocados de outras áreas onde a espécie sobrevive.
EX (Extinct) - Extinta
Quando não há qualquer dúvida razoável que o último indivíduo morreu, a espécie é
considerada extinta. O momento de extinção é geralmente considerado como sendo a morte
do último indivíduo da espécie, embora a capacidade de sobrevivência da espécie -- devido
ao baixo número de indivíduos -- possa ter sido perdida antes deste ponto.
DD (Data Deficient) – Dados Insuficientes
Não existem informações adequadas para fazer uma avaliação, direta ou indireta, do risco
de extinção de uma espécie, com base na sua distribuição e/ou status da população. Uma
espécie aqui classificada pode ser bem estudada e sua biologia bem conhecida, mas faltam
dados sobre seu número e distribuição. A categoria "Dados Insuficientes" não é, portanto,
uma forma de descrever o grau de risco da espécie. Trata-se do reconhecimento de que são
necessárias mais informações e que uma investigação futura irá mostrar que a classificação
ameaçada é apropriada ou não.
NE (Not Evaluated) – Não Avaliada
Uma espécie não é avaliada quando ainda não foi submetida aos critérios de avaliação de
risco.
Em 2014 o Ministério do Meio Ambiente divulgou a lista de espécies ameaçadas, no total
3.286 espécies de animais e plantas são classificadas como ameaçadas (Tabela 3).
Tabela 3. Espécies ameaçadas de extinção no Brasil
Categoria de Ameaça Plantas Animais Total
Extinto na natureza (EW) 0 1 1
Criticamente em perigo (CR) 467 318 785
Em perigo (EN) 1.147 406 1.553
Vulnerável (VU) 499 448 947
Total 2.113 1.173 3.286
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O quantitativo exposto na Tabela 3 refere-se às portarias publicadas pelo MMA conforme
abaixo:
Portaria nº 443/2014 Flora Ameaçada;
Portaria nº 444/2014 Fauna Ameaçada;
Portaria nº 445/2014 Peixes e Invertebrados Aquáticos Ameaçados.
Além das portarias publicadas pelo MMA seguem abaixo outras listas em nível nacional e
estadual.
Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção (MACHADO et al., 2008);
Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná (MIKICH; BÉRNILS, 2004);
Livro vermelho da flora do Brasil (MARTINELLI; MORAES, 2013);
Abaixo são listados alguns exemplos de espécies ameaçadas conforme a categoria de
ameaça.
Extinto na natureza (EW):
Somente o Mutum-do-nordeste (Pauxi mitu) (Figura 10) enquadra-se nesta categoria. Ave
que se distribuía entre os estados do Rio Grande do Norte e Alagoas, porém, com o
desmatamento das florestas nordestinas o Mutum-do-nordeste foi quase dizimado.
Posteriormente a caça feita por mateiros e caçadores profissionais e amadores, terminou por
eliminar os indivíduos remanescentes. Hoje a espécies é classificada como extinta na
natureza (EW), restando apenas indivíduos criados em cativeiro (MACHADO et al., 2008).
A única chance de evitar sua definitiva extinção é reproduzi-lo em cativeiro e reintroduzi-lo
na natureza, em áreas protegidas. Infelizmente em sua área de ocorrência (Mata Atlântica
de Alagoas e Pernambuco) existem poucos remanescentes de mata e estes poucos trechos
sofrem ainda grande pressão de caça pelos moradores da região. Outra grande ameaça a
essa espécie é a consanguinidade, pois os exemplares restantes são parentes próximos.
Em 22 de setembro de 2017, um casal da espécie foi reintroduzido em seu estado natal,
onde fará o processo de adaptação em um viveiro de 390m² (CONEXÃO PLANETA, 2018).
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Figura 10. Mutum-do-nordeste (Pauxi mitu) – Extinto na natureza (EW)
Criticamente em perigo (CR):
Destaca-se nesta categoria a Onça-pintada (Panthera onca) (Figura 11), classificada como
Criticamente em Perigo segundo o Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do
Paraná. Esta espécie encontra-se grandemente ameaçada principalmente pela diminuição
da extensão e da qualidade de hábitats, com consequente declínio populacional. No
passado, a onça sofreu uma pressão de caça intensa pelo valor de sua pele, mas a
perseguição e a caça continuam ocorrendo, pois, ela também é responsabilizada por ataques
a criações domésticas. Para a conservação desta espécie são necessárias medidas de
proteção de hábitats, monitoramento em ambientes naturais, fiscalização e pesquisa
(MIKICH; BÉRNILS, 2004).
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Foto: Zig Koch
Figura 11. Onça-pintada (Panthera onca) – Criticamente em Perigo (CR)
Dente as espécies da flora classificada como Criticamente em Perigo pode ser citada a Xyris
sororia (sempre-vivas) (Figura 12), espécie que se desenvolve em ambientes campestres
nos Estados de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Nesses locais, as principais causas
da perda de hábitat são o plantio de pinheiros exóticos, as queimadas e a pecuária intensiva.
Por essa razão, essas áreas sofreram uma redução da vegetação original maior que 80%
nos últimos 10 anos, como os municípios de Arapoti e Palmeira (PR) e Campo Alegre (SC);
o que leva a suspeitar de uma redução de igual valor no tamanho da população da espécie
(MARTINELLI; MORAES, 2013).
Figura 12.Xyris sororia – Criticamente em Perigo (CR)
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Em perigo (EN):
Nessa categoria, dentre as espécies animais, encontra-se a paca (Agouti paca) (Figura 13).
O declínio das populações desta espécie é decorrente, principalmente, da pressão exercida
pela caça, que continua ocorrendo em todas as áreas onde ainda está presente. Além disso
a paca é ameaçada pela destruição das matas marginais a cursos d’água, fator que se soma
ao seu baixo potencial reprodutivo. As populações remanescentes persistem principalmente
porque as pacas possuem hábitos discretos, ou seja, são noturnas, silenciosas e solitárias,
podendo se tornar relativamente comuns em áreas protegidas onde não são caçadas. Não
existem medidas conhecidas voltadas à conservação da paca, recomendando-se a proteção
de seus hábitats, o controle e a fiscalização da caça, ações de orientação e de educação
ambiental, além de estudos de estimativa populacional desta espécie (MIKICH; BÉRNILS,
2004).
Foto: Zig Koch
Figura 13. Paca (Agouti paca) - Em Perigo (EN)
Das espécies da flora destaca-se nessa categoria a imbuia (Ocotea porosa) (Figura 14). A
espécie ocorre nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. Habita Floresta Ombrófila Mista (Mata de araucárias). Ocorre
associada ao Pinheiro-do-Paraná (Araucaria angustifólia) em aglomerados conhecidos por
imbuiais. Sua madeira é mundialmente apreciada pela alta qualidade e beleza, usada na
fabricação de móveis e também na construção civil. Foi maciçamente explorada e seu hábitat
muito reduzido e deteriorado. Estudos têm sido realizados para viabilizar a reprodução e
assegurar a regeneração da espécie, que é difícil e lenta. Embora medidas venham sendo
tomadas para conter a exploração da imbuia, pelo seu alto valor econômico, a ameaça
persiste (MARTINELLI; MORAES, 2013).
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Figura 14. Imbuia (Ocotea porosa) - Em Perigo (EN)
Vulnerável (VU):
Em exemplo de espécie da fauna vulnerável é o bugio (Alouatta guariba). A principal ameaça
a esta espécie é a destruição de hábitats, mas a caça e o comércio ilegal contribuíram para
a redução de suas populações. Para esta espécie estão sendo desenvolvidos estudos sobre
a área de vida, densidade populacional e utilização do ambiente em um remanescente de
Floresta Ombrófila Mista na localidade denominada Bugre, no município de Balsa Nova. São
necessárias medidas de proteção e recuperação de hábitats, fiscalização e pesquisa,
incluindo mapeamento de ocorrência e estimativas populacionais (MIKICH; BÉRNILS, 2004).
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Foto: Zig Koch
Figura 15. Bugio (Alouatta guariba) - Vulnerável (VU)
Dentre a flora um exemplo de espécie vulnerável é o cedro-rosa (Cedrelafissilis),
amplamente distribuída em todo o Brasil, sendo particularmente frequente nas regiões Sul e
Sudeste. A espécie historicamente vem sofrendo com a exploração madeireira ao longo de
toda a sua ocorrência, o que levou muitas das subpopulações à extinção. Além disso, grande
parte dos seus hábitats foi completamente degradada, tendo sido convertida em áreas
urbanas, pastagens, plantações, entre outros. Suspeita- se, devido a esses fatores, que o
cedro-rosa tenha sofrido um declínio populacional de pelo menos 30% ao longo das últimas
três gerações (MARTINELLI; MORAES, 2013).
Figura 16. Cedro-rosa (Cedrela fissilis) - Vulnerável (VU)
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Environment and Development. United Nations, Oslo, v. 1, p. 59, 1987.
CONEXÃO PLANETA. Depois de 30 anos extinto na natureza, mutum-de-alagoas é
reintroduzido em seu habitat nativo. Disponível em:
<http://conexaoplaneta.com.br/blog/depois-de-30-anos-extinto-na-natureza-mutum-de-
alagoas-e-reintroduzido-em-seu-habitat-nativo/>. Acesso em: 12/07/2018.
GALINDO-LEAL, C.; CÂMARA, I. G. (eds.). Mata Atlântica: biodiversidade, ameaças e
perspectivas. São Paulo: Fundação SOS Mata Atlântica; Belo Horizonte: Conservação
Internacional. 472 p. 2005.
HAMMES, V. S. (Ed.) Construção da proposta pedagógica: Educação Ambiental para o
Desenvolvimento Sustentável, v. 1. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica. 179 p. 2002.
HAMMES, V. S.; RACHWAL, M. F. G. (Eds.) Meio ambiente e a escola: Educação
Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável, v. 7. Brasília: Embrapa Informação
Tecnológica. 490 p. 2012.
MACHADO, A. B. M.; DRUMMOND, G. M.; PAGLIA, A. P. (Eds.). Livro vermelho da fauna
brasileira ameaçada de extinção. Brasília, DF: MMA; Belo Horizonte, MG: Fundação
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MARTINELLI, G.; MORAES, M. A. (Orgs.) Livro vermelho da flora do Brasil. 1 ed. Rio de
Janeiro: Andrea Jakobsson: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 1100
p. 2013.
MIKICH, S.B.; R.S. BÉRNILS. Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná.
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