“La nueva España: miedo al caos” en Het Laatse Nieuws (4 de mayo de 1977)

Leyenda: Traducción de un artículo publicado en el diario belga de lengua neerlandesa Het Laatse Nieuws el 4 de mayo

de 1977 sobre los cambios acontecidos en España tras la desaparición de la dictadura.

Fuente: Het Laatste Nieuws. 04.05.1977. Buxelles.

Archivo General del Ministerio de Asuntos Exteriores y de Cooperación, Madrid. 60 (E) 77-1. R 012557.

Copyright: (c) Het Laatste Nieuws

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Publication date: 20/02/2014

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E M B A J A D A D E E S P A Ñ A

B E L G I C A

OFICINA DE INFORMACIÓN Y PRENSA

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L a n u e v a E s p a ñ a (1 )

M I E D O A L C A O S

L o s p r i m e r o s t u r i s t a s q u e , i g u a l q u e l o s v a r i o s m i l l a r e s d e l año p a s a d o , n o s e han t r a s l a d a d o a M a r b e l l a n i a A l i c a n t e , y a l o p u e d e n v e r . E s p a ñ a ha p e r m i t i d o l a e x t i n c i ó n p a c í f i c a d e una de l a s ú l t i m a s d i c t a d u r a s de E u ­r o p a y , d e s p u é s de c u a r e n t a a ñ o s de un idad n a c i o n a l i m ­p u e s t a , s e i n c l i n a h a c i a l o q u e , p a r a e l g e n e r a l í s i m o F r a n c o , n o s i g n i f i c a b a s i n o u n o s d e b a t e s d e p o c a a l t u r a s o b r e l a p o l í ­t i c a de p a r t i d o s , j o r n a d a s l a b o r a l e s y a s u n t o s s a l a r i a l e s . L a d e s a p a r i c i ó n d e l C a u d i l l o y l a l i q u i d a c i ó n de su h e r e n c i a r e ­su l ta pa ten te a t r a v é s de t o d a c l a s e de s í n t o m a s a v e c e s i m ­p r e v i s t o s .

E n l a s R a m b l a s d e B a r c e l o n a , d o n d e l a s an t iguas t a b e r n a s o s c u r a s t i enen q u e c e d e r e l p a s o c a d a v e z m á s a c a f e t e r í a s y s a l a s d e f i e s t a s c o n a l u m b r a d o d e n e ó n , s e o f r e ­c e un n u e v o t i p o de l i t e r a t u r a . L a b i o g r a f í a d e l g r a n d i r i g e n t e e s t á f l a n q u e a d a p o r e s c r i t o s de c a r á c t e r e v i d e n t e m e n t e i z q u i e r ­d i s t a . A u n q u e , de m o m e n t o , n o e s t é f í s i c a m e n t e p r e s e n t e en su pa t r i a , l a c o m u n i s t a " P a s i o n a r i a " D o l o r e s I b a r r u r i e s t á y a a m p l i a m e n t e p r e s e n t e en su v e r s i ó n f o t o g r á f i c a . Y t a m b i é n l a d e p r a v a c i ó n de l a s c o s t u m b r e s , tan c o m b a t i d a p o r F r a n c o y s u s f a m i l i a r e s ha c r u z a d o e v i d e n t e m e n t e l a s f r o n t e r a s de E s p a ñ a . S o b r e t o d o b a j o l a f o r m a d e una a b r u m a d o r a o f e r t a d e r e v i s t a s l l e n a s d e s e ñ o r i t a s e x t r a o r d i n a r i a m e n t e p o c o v e s ­t i d a s . E d i c i o n e s q u e p a r e c e n c o n t a r c o n ta l é x i t o q u e has t a l o s p e r i ó d i c o s s e r i o s han d e c i d i d o y a n o c o m p l a c e r s ó l o a l e s p í r i t u s i n o t a m b i é n a l a v i s t a .

L o s a r t i s t a s y l o s i n t e l e c t u a l e s , q u e s e hab ían m a r c h a d o a l e x t r a n j e r o en e l c u r s o d e l o s a ñ o s p a s a d o s , v u e l v e n a su p a í s . En M a d r i d s e p u e d e n s a c a r t r a n q u i l a m e n t e l o c a l i d a d e s p a r a l a p e l í c u l a " V i r i d i a n a " de B u ñ u e l .

E l M i n i s t e r i o de I n f o r m a c i ó n y T u r i s m o y a n o v e en l a d i fu s ión de t a l c o n t a m i n a c i ó n p o l í t i c a y m o r a l una r a z ó n p a r a p o n e r en a c c i ó n l a p o r r a de g o m a . E l c o n t r o l s o b r e l a " i n f o r m a c i ó n " ha d i s m i n u i d o has t a t a l punto q u e un S u b s e c r e ­t a r i o de a q u e l l a c a s a de l a c e n s u r a h a s t a p r e v é q u e , den t ro

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* ^ 1 8 7 7 HET LAATSTg. « i » , de l

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de p o c o , s e l e e n v i a r á su c e s e . D e s p u é s de l o c u a l e l M i n i s t e r i o en c u e s t i ó n s e r á e n c a r g a d o e x c l u s i v a m e n t e de l a e x p l o t a c i ó n d e l m a y o r c e n t r o de d e s c a n s o y v e r a n e o de E u r o p a .

C o n t a r c o n e l s o l De m o m e n t o , n o s e p u e d e c o n t e s t a r c o n c e r t e z a

l a c u e s t i ó n d e s a b e r s i , a l e x p l o t a r en e l fu tu ro e l p a r q u e n a c i o n a l e s p a ñ o l d e v e r a n e o , h a b r á que c o n t a r m á s q u e an t e s c o n l a p r e s e n c i a de l s o l . M á s c o n e l s o l , en t o d o c a s o , que c o n u n o s p r e c i o s e x t r a o r d i n a r i a m e n t e b a j o s . En e f e c t o , i n c l u s o s i e l m a y o r a b a s t e c e d o r de v e r a n e o de E u r o p a c o n v i e r t e d e n t r o de p o c o su p e s e t a en una m o n e d a m á s b a r r a t a m e d i a n t e l a d e v a l u a c i ó n , y s i , en e l t e r r e n o d e l r e c r e o , r e d u c e su i n f l a c i ó n anual d e l 20 %, h a y g r a n d e s p r o b a b i l i d a d e s d e q u e e s t e s e c t o r t a m b i é n p a g a r á e l p r e c i o d e l a l i b e r a l i z a c i ó n . P r e c i s a m e n t e p o r q u e e l s e c t o r h o t e l e r o , a f in de m e j o r a r su p r o p i o n i v e l d e v i d a , r e c u r r i r á a unas o r g a n i z a c i o n e s m i l i t a n t e s . A no s e r que l a c o n s c i e n c i a p o l í t i c a r e s u l t e tan d e s a r r o l l a d a e n e s t e s e c t o r d e l a p o b l a c i ó n , q u e s u s r e p r e s e n t a n t e s s e a p r i e t e n v o l u n t a r i a m e n t e e l c i n t u r ó n en i n t e r é s d e l p a í s . P e r o t a l ac t i tud r e s u l t a i g u a l de i m p r e v i s i b l e que e l c o l o r d e l a s p a ­p e l e t a s que s a l d r á n de l a s u r n a s e l 15 de j u n i o , en l a s p r i ­m e r a s e l e c c i o n e s g e n e r a l e s l i b r e s .

E n t r e t a n t o p r e d o m i n a e l o p t i m i s m o . E s t e a ñ o , s e han r e s e r v a d o n u m e r o s í s i m o s v i a j e s a l a s p l a y a s e s p a ñ o l a s . Se e s p e r a que h a b r á c a s i un t u r i s t a p o r e s p a ñ o l .

M o d e r a d a d e s p e d i d a L a f o t o de l R e y Juan C a r l o s e s t á p r e s e n t e en d o b l e

e j e m p l a r en e l s a l ó n de a c t o s de l a C á m a r a de C o m e r c i o y N a ­v e g a c i ó n , e l c l u b de p r o m o c i ó n de l a E s p a ñ a c o m e r c i a n t e , e s t a b l e c i d o en B a r c e l o n a . L o s b u s t o s d e b r o n c e d e F r a n c i s c o F r a n c o B a h a m o n d e q u e d a n r e l e g a d o s en e l s o t a n o . A l a t r a v e s a r e l M a d r i d i n d u s t r i a l , s ó l o l o g r é v e r una o d a a l g e n e r a l í s i m o p in tada en e l a m p l i o v e s t í b u l o d e l Ins t i tu to N a c i o n a l de I n d u s ­t r i a , q u e , en s u c a l i d a d de " h o l d i n g " e s t a t a l , s u m i n i s t r a cap i t a l y d i r e c t r i c e s a u n a s 60 e m p r e s a s de l o s s e c t o r e s c l a v e , t a l e s c o m o l a c o m p a ñ í a a é r e a I b e r i a y l a a g e n c i a nao . o n a l de p r e n s a , E F E .

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EMBAJADA DE ESPAÑA BELGICA

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De la industrial Cataluña a la anarquista Andalucía, cual­quier ciudad o pueblo dispone todavía de una "calle" o "avenida" de Franco, pero también se pueden cambiar los nombres de las calles.

Sin embargo, España se despide con moderación. No se han utilizado aquí claveles rojos, ni otros símbolos románticos. Y tampoco se nota gran nerviosismo. De momento, la actividad po­lítica parece reducirse a la creación de partidos cada vez más nume­rosos, a una gran agitación dentro de estos partidos, a un puñado de mítines yp. largos informes de prensa, a menudo ilegibles. La situa­ción se caracteriza todavía por su escasa claridad.

Unidad nacional La España económica que, desde principios de los años

sesenta, podía presentarse con razón y tranquilamente como la gallina de los huevos de oro, ti ene actualmente la idea un tanto ingenua de que ninguna persona sensata pondría tal gallina en e l puchero para su consumo inmediato. Hasta prueba de lo contrario, aquel sector de España tiene por lo tanto una gran dosis de confianza en la inteligencia del pueblo y de los dirigentes que están todavía en curso de fabricación.

Con una notable tenacidad, los fríos despachos del Gobierno, las oficin as barocas de los Ministros y las Cámaras de Comercio que parecen museos, siguen pidiendo una gran unidad social y nacional. Este es el caso sobre todo ahora que la crisis económica ha golpeado con tanta fuerza que la matanza de la gallina de los huevos de oro muy bien podría realizarse sin necesidad de una intervención exterior.

Pero queda otra cuestión, aquella de saber si este mensaje ha alcanzado también a los interlocutores políticos y sindicales de mañana. En efecto, hasta la fecha, éstos no han resultado nunca muy satisfechos por la manera de la que se ha llevado o, mejpr dicho, no se ha llevado el diálogo nacional. Entretanto, la venta libre de carnés de socio de los diversos grupos políticos habrá de incitar a una amplia­ción de la contienda política y social.

Sin embargo, los observadores extranjeros están seguros de una cosa : el gran miedo al c a o s , que acompaña a cualquier español desde la guerra civil. Pero va acompañado de la angustiosa cuestión de saber si el c a o s que, en los años treinta, tenía la cara del subdesa-rrollo total, no ha entrado ya en España bajo la forma de la recesión.

Gaby FEYAERTS Artículo siguiente : Los vascos en la expectativa Pie de la foto : Una abrumadora oferta.

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