Jardins Verticais

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 Jardim vertical Calor! Ruído! Poluição! CO 2 ! Poeira! Cidade cinza! Problemas comuns nas áreas urbanas que levam as pessoas ao stress e à redução da produtividade que podem ser eliminados ou, pelo menos, reduzidos com uma t cnica simples que al m desse bene ício ornece um ambiente p"blico mais a#radável e atuam ativamente contra a ormação das il$as de calor% O &ardim vertical% O &ardim vertical uma tcnica criada em '()* pelo Proessor +tanle -$ite .art da /ni ver sidade de 0llinois /rbana1C$ amp ai# n e ino va da pe lo botnico ranc3s Patric4 5lanc na qual a ac$ada verde se inte#ra plenamente com a natureza criando um novo cenário urbano% 6entre os pro&etos de Patric4 5lanc está o do 7useu 8uai 5ranl em Paris e o Pavil$ão de 9:posiç;es da <aculdade =rmando =lvares Penteado em +ão Paulo%

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Apresentação das vantagens da implantação de jardins verticais, ou fachadas verdes, com descrição sumária de projeto para o Anexo de Secretarias da Prefeitura de Ilhéus

Transcript of Jardins Verticais

Jardim vertical

Calor! Rudo! Poluio! CO2! Poeira! Cidade cinza!Problemas comuns nas reas urbanas que levam as pessoas ao stress e reduo da produtividade que podem ser eliminados ou, pelo menos, reduzidos com uma tcnica simples que alm desse benefcio fornece um ambiente pblico mais agradvel e atuam ativamente contra a formao das ilhas de calor. O jardim vertical.O jardim vertical uma tcnica criada em 1938 pelo Professor Stanley White Hart da Universidade de Illinois Urbana-Champaign e inovada pelo botnico francs Patrick Blanc na qual a fachada verde se integra plenamente com a natureza criando um novo cenrio urbano. Dentre os projetos de Patrick Blanc est o do Museu Quai Branly em Paris e o Pavilho de Exposies da Faculdade Armando Alvares Penteado em So Paulo.

Fotos do Museu Quai Branly.

FAAP - Espirais do Cretceo (So Paulo). FAAP Estruturas do Quaternrio (So Paulo).

Conforto trmico

A vegetao usada nas fachadas verdes, ou jardins verticais, reduz a radiao trmica incidente na parede em funo do sombreamento proporcionado por elas, alm de parte desse calor ser absorvido pelas plantas. Parede mais fria representa interior da edificao com menor temperatura. Dessa maneira, com o ambiente mais frio, o uso de equipamentos de condicionamento de ar se reduz drasticamente.

Fator psicolgicoNo aspecto psicolgico a vegetao fator de salubridade mental por exercer influncia direta sobre o bem estar humano (GONALVES). A sade psicolgica do humano est intimamente ligada ao contato com a natureza (TEIXEIRA DE LIMA).Segundo Ulrich (1933), o efeito visual de paisagens naturais especialmente importante e benfico em situaes nas quais indivduos submetidos a considerveis situaes de estresse necessitam passar longos perodos em um cenrio confinado. Neste tipo de cenrio, o contato visual prolongado com a natureza pode ter efeitos positivos sobre os componentes psicolgico, fisiolgico e comportamental do estresse.

Melhoria da qualidade do ar

As plantas capturam dixido de carbono (CO2) do ar durante o processo de fotossntese liberando oxignio (O2) na atmosfera. Dessa maneira, com a implantao de jardins verticais, estamos atuando efetivamente no processo de sequestro de carbono alm de melhorando o ar que estamos respirando.Por outro lado, as folhas das plantas atuam como filtro de ar retendo poeira e partculas poluentes encontradas em suspenso no ar.

Conforto acstico

Os rudos urbanos (trfego de veculos, carros de som, sistemas de som de lojas, etc.) so fatores de aumento do stress, reduo da capacidade de audio, debilitao orgnica dos indivduos, falta de concentrao, perda de desempenho e reduo da eficincia.As massas vegetais funcionam como pequenas barreiras acsticas acarretando uma pequena, mas sensvel, reduo da propagao das ondas sonoras atenuando o rudo.

Redutor das ilhas de calor

A poluio atmosfrica, as fontes antrpicas de calor, as mudanas no balano de radiao, a reduo das reas verdes urbanas, o uso de materiais de baixa refletividade e a reduo de visada do cu (cnion urbano) formam a chamada Ilha de Calor Urbana (ICU).A ICU uma distribuio espacial e temporal da temperatura sobre a cidade que determina a distribuio de isotermas que lembram as curvas de nvel de uma ilha. A ICU cria um contraste trmico muito grande entre a rea mais urbanizada e a zona perifrica.Nas cidades de mdias a altas latitudes a atuao noturna e gera uma brisa urbana com valores que variam de 1 a 3 km/h. Nas cidades tropicais a ilha urbana acontece durante o dia tendo um forte aumento trmico em relao s reas vegetadas.

Possibilidade de uso pblico em Ilhus

Excluindo-se os imveis com valor histrico, todos os prprios municipais so passveis de receber jardins verticais. Todas escolas se encontram em condies de recebe-los sendo que a parte inferior pode usada como horta vertical.Os postos de sade seriam mais humanizados com fachadas verdes que atuariam como conforto psicolgico s pessoas que l estivessem e teriam seus espaos internos com temperaturas reduzidas mesmo sem uso de condicionadores de ar.Os muros do estdio Mrio Pessoa seriam, inclusive, ponto de visitao face sua amplitude. A implantao de cobertura verde e jardim vertical no Ginsio Herval Soledade resultaria em praa de esportes mais confortvel.Um edifcio municipal muito importante para implantao de fachada verde o Anexo de Secretarias que teria reduo significativa do consumo de energia em razo da reduo do uso de condicionadores de ar alm de alterao significativa na sua atuao como exemplo modificador do contexto urbano.

Anexo de Secretarias com Jardim vertical Anexo de Secretarias sem Jardim vertical

Estrutura vegetal ideal para colocar no Jardim vertical

O Jardim vertical ou Fachada verde deve utilizar plantas com algumas caractersticas muito peculiares. O primeiro aspecto a ser considerado a raiz. Elas no podem ser muito grandes nem muito agressivas, sendo o ideal que sejam superficiais. Outro aspecto a carga que a vegetao acarretar edificao, portanto no se deve usar plantas grandes visto que elas iro danificar a jardineira e impor uma carga que no foi considerada no projeto estrutural. Tambm dever ser analisada a insolao de cada fachada para que sejam usadas plantas que resistam incidncia solar, ou falta dela, imposta ao local.A direo e intensidade dos ventos outro fator que influencia a escolha das espcies que sero implantadas. A preferncia dever, tambm, recair sobre espcies perenes para evitar a manuteno constante que vai contra os princpios da sustentabilidade. Este princpio s no levado em conta nos jardins verticais quando estes tm a funo de hortas e neste caso as plantas sempre devero estar ao alcance das mos vedando-se alturas que necessitem uso de escadas ou plataformas.Outra regra a ser usada o uso de plantas pendentes a semi-pendentes ou com folhagem prostrada a arqueada para que formem um corpo bem denso e fechado escondendo, dessa forma a estrutura ou jardineira. importante que sejam utilizadas espcies cujos ramos e folhas saiam da base.As espcies epfitas ou rupcolas so plenamente indicadas para o uso no jardim vertical.

Espcies com caractersticas propcias ao uso em Jardim vertical

As plantas a ser colocadas no Jardim vertical devem oferecer algum atrativo com respeito a cor das flores e das folhas e pela textura das folhas. Para colorir com flores ou folhas podem ser utilizadas plantas como a tilndsia-azul (Tillandsia cyanea), flor-de-coral (Russelia equisetiformis) e maria-sem-vergonha (Impatiens walleriana).Nas folhagens que apresentam o atrativo por sua textura aparecem samambaias, dinheiro-em-penca (Callisia repens), hera (Hedera sp), ripslis (Rhipsalis sp), orelha-de-elefante (Kalanchoe thyrsiflora), pepermia (Peperomia scandens), aspargo pluma (Asparagus densiflorus) e o filodendro xanad (Philodendron xanadu). As folhagens coloridas esto presentes no crtom (Codiaeum variegatum) e no lambari-roxo (Tradescantia zebrina).Como exemplos para uso em locais com sol pleno temos:Aspargo-rabo-de-gato (Asparagus densiflorus); Barba-de-serpente (Ophiopogon jaburan); Colar-de-prolas (Senecio rowleyanus); Flor-canhota (Scaevola aemula); Hera-inglesa (Hedera helix); Jiboia (Epipremnum pinnatum); Lambari-roxo (Tradescantia zebrina); Lirope (Liriope spicata); Russlia (Russelia equisetiformis); Tilndsia (Tillandsia cyanea) e Trapoeraba-roxa (Tradescantia pallida purprea).Como exemplos para uso em locais semi-sombreados temos:Antrio (Anthurium); Aspargo (Asparagus); Asplnio (Asplenium nidus); Babosa-de-pau (Philodendron martianum); Barba-de-serpente (Ophiopogon jaburan); Chifre-de-veado (Platycerium); Columia (Columneia microphylla); Falenpsis (Phalaenopsis); Flor-batom (Aeschynanthus radicans); Flor-de-maio (Schlumbergera truncata); Guzmania (Guzmanialingulata); Jiboia (Epipremnum pinnatum); Lirope (Liriope spicata); Rabo-de-burro (Sedum morganianum); Rabo-de-gato (Acalypha reptan); Ripslis (Rhipsalis bacfera); Samambaias; Singnio (Syngonium angustatum, Syngonium podophyllum); Vu-de-noiva (Gibasis schiedeana) e Vrisia (Vriesia sp).Comment by Adilson Jos Sitta: Um fator importante a ser considerado na escolha das espcies o conhecimento de espcies nativas apropriadas ao uso. Acima so indicadas espcies com relao a sua caracterstica de necessidade ou adaptao incidncia solar alm de apresentar exemplos de morfologia, colorao ou florao interessantes para implantao de uma fachada vertical. Quando existe um slido conhecimento das caractersticas de espcies nativas elas devem ser utilizadas em detrimento s espcies exticas.

REFERNCIAS

GONALVES, Andria. CAMARGO, Larissa. SOARES, Paulo. INFLUNCIA DA VEGETAO NO CONFORTO TRMICO URBANO: Estudo de caso na cidade de Maring Paran. III Simpsio de Ps-graduao em Engenharia Urbana. 2012. Disponvel em http://www.eventos.uem.br/index.php/simpgeu/simpgeu/paper/view/970/585. Acessado em 27/02/2015.

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ABENHAIM, L., 2003: Canicules - La sant publique en question. Fayard. 267 pp.