Jacques Derrida - Força de Lei

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Transcript of Jacques Derrida - Força de Lei

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IMIKI

I Du dirC1 to .'i just io;a II rn,.flO~ de Benlamin.

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1 59

A primeill par1c destc 1(')1;10, ~Do direito.lo jus b(a-, foIlida na abertura de urn (ulOquio organil~ poYDrucilla ComclI N CMdow Law ScbooI. em 00-

tubro de 1989, sob 0 tflulo MDeconstruction and th~ ~bility of JusticeM 0 ool6qwo reuniu fil6!Iofos, reunros d~ hter.lturll ~ juristas (pnocipalmenle repl(' Rnl.JntC": do nlO\'iml!nlo norte-affil'licano inritub do en/1M/ u,,'fI/ SlIIdid), A segunda parte do tl!Xtn, MPrenOffill' tk BenjaminM, nau!oi ali pmnunciada, nldS uma ~6pm (01 dlmibuidll /lOS parhcipantcs

Na pnm:r\'t'Til d() 01110 ::IIl'gUintc, no dia 26 OC> abn] de 1990, a 5C'gunda p/ln~ da ml$l1la ronfer~ncia faj 1icb na aberturl de oulm col6quio, organizado POI' Saul Fn«llandll'f na Unr~r<"dade dol Cahf6mia rm lns An8'!te, sob 0 tftulo MNuism and the 'Fi~ Soluh"n': Probing the Limits of RepreS('nloltion­EIN Rgund.:! pa.,c 10i p.~edida de urn prologo e

se~;uida de urn post-5O"fptum. que acrescenlamos ~ presenle publi~30. Esu apresenta "Iguns d~­voMmenlOS c IlUtit5 .» edi{6e:S; anh?riOll"S c ern IIn­guas ('Stt,lngeirolll, sob forma de "rtigo OIl de livro'.

1 -0.. __ "", .. 1 ..,. ... J_,In<I ..... -,. QuaIno."",. 10 ~ t.. ~. Noo. YwI<. ...... U. of .... ;-. ..... .s. 1Il'10. ~., o.:-m... .. __ .. ~<t,.,..,... I) eo....a.lol Po > ...... o. c,~IorpJ."""'" _.~ __ _ ...... I"l./io .............. _,s,._ ..... 10 ~ 0..

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I

00 DIREIlOA Jusn ,A

I:; para mim um de\.-cr, devo eod~n:~ar-mc [m 'a­drrsI;rr] a voc~ em ingli5'_

o titulo dcste oolOquio ~ 0 probk-ma qu .. devo, como voc:n diz:em trilnsi t ivamente em sua \lngua, '" add11'!J$ fazem- me reflchr hot mest.'S. Embora me IftIham confiado. tenm~ homa da tl'ynOlt IIddrr5S. Mda I('nho a ver com a Inven<;iio d~se tiluJoe com • fonnula~.\o implicita do problema ~A d~sconstru ­~ e a po55IbLlidalko lU justu;a": a conjun".lo t asso­cia palil\-TlI5, concellos, LIII\tt ro;,a, que n.io perten­"am ~ m('<;ma cal~b"Oria. liIl roojun,,~o ousa desafiar • ord em, a taxinomia. a tugka dassl fical6ria, qual­que!" que!leja 0 modo pelo qual eLl opera: por ana­Iogia. dLlilln!;iioou opo5i~iio. Urn orado! maI-humo­..to diri.l. n.lO ...q:. a ~o. ncnhuma ret6rica pode

I II ""'~" 10,,; """"_ ~ .... ~ EoIo~· • _ .... """,-w. ' " • • w;,,, ..,,,_ doJ'o'OO no ... Ibo

I~OE:U'

prcst.:!r5C' a tal (,M'rtirio Disponho·me a lenlar fa !ar de cad.:! uma dCSSols coiiiaS ou des.:w calCgori.:!S (· [)e5CQnl>~.:ioN, "p!l§Slblhd.lde", "justi",,"), e ate mcsmo dol;; ~tcb"-'"'m.u ("e", "a", "de"), mas!Wo ncssa otdcm, 1'/('<;,;,) ta'<inomia au nl.'S!oC stnb.gma.

T.U orodor nao 51.:!ria ape'flils de mau humor, I.'S­

taria de rnA-re. E estaria ate mesmo sendo inius!\). Ibts podt'ri.i/tn08 fllcilmnlte propor uma lnlerprcta­~o ju5t~ ISlo C, nest.:> CobO, lId~ e IUcid.l. por tanto a1go ~Ios.l com respeito iis in!~ e aos sentidos do titulo. E!;te titulo $llgcrc urn. )"l'"I"g\Int. que OL"iiSUme, ('I;.t rrK'"SJlut. II fQfma da suspeit.l: scni que "dl.'SCOn5tn.l~.io.lSS(!gura, permite, autorU..1.1 pam bi/ida&/- da Jush~? Ser;i que t'ia lorna poeISil-'e! II jus· ti~ .. ou um d~ ronsequente sobn> a jU'iti\<t .. MJbnoo as rondi\OeS de po8!oibilidade dol lushl;a? Sim, Il5pondenam alguns. nao, responderiam os 0POSI tores. 0,; ·dt5romtruoonJ!;M~· t.!rn alga a diur s0-

b«> a Jushr;-a, .Iga So fazer com a lust1(a? Ibt que, no fundo, de<; faJ.un debt 110 pouoo? 1!i60 lhes .nteres ~ afinal? N;io$Cr.i, romo algum; dt'lKOflfiam, par que. d~on5tru~.io n.io permit;>, nel. mesma,. ne· nhuma a,,10 ju~tll. nenhum discurso Ju~to sabre a JUstl~a. ma~ Cf)n5titui attl me!lmo uma ame~ con 1111 0 dJn.>llo e arruiN a rondi.-;io ~ pos5ibilKbde da justi«t' Sim. respo!ldeJym .lgu05; nolo, rl'Sponderia o adH·r"!.drio_

o...'!'lil' cste pnmcu"O debale fictkio. IInwtciam­Sf! dc<hlarnentos t-quivt.M.W entre direito e jU$li("a

;

o §Ofrimcnlo da desronsITlJ(.\o, aquilo de que cia so(!"t' e de que sofrem os que cia f.u !IOfrer, e talvt'~ a ausCnc:ia de regr.l, de nann" e de crilmo seguro 1>ar.J Wstmguir, de modo mequ.'IOCO, dll"Clto e ju5ti c;a. Trata-sc pooi~corIC"eItos (noonabvosoo No) de norma.. de regra au de criteno.Tr<lta-se de JulSAr aqul10 que pennitc Julg.or, aquilo que se aut= 0 julgamcnto.

Esta sen.iI <l ctiColha, 0"01,1 . ou". ~5im au n.1o", que W pode 5USpe!tar neste tlrolo lJes.te ingula. tal titulo scria \ojrlualmento! ~ioleflto, polemiC<.>, inqul­~Ido! fudemos temer nele algum instmmento de IOOma. urna m.meira de int!"'rT"O&lr que noo seriil II maiS juStOi.- ~ mubl p~ desde }oi que a pergunl,u cob;adas ~Ia fQl1l1.;l ("Oil islO (.IU aquila'. ~sim au n.\o") niio poderei dar nenhum~ resposla, em ludo car;(! nenhumJ res~a tr.mqUill7.adora para quem querque 5l'Jil,. para ncohurna das ~riva!iassim formuladas au funnahzadas

Devo pol ... CSlc oi urn de\."er, endereo;ar me a \"0-

ck ,'m ingles. !k\'O-o, isto qll('!" dUer mUllas ool51s 00 mbrno lem~

I. De\'() falilf ingles (como l,atiUZlT cst(' "~"O", \.~!t' dnw?' mu~P' shlllllll?, uught w? I h.m- 10') porqu<'" me coloc.1m uma esperuo de obriga~.lO au uma rond~o Impost<l por uma cspOO.e de for~a _irnbQbca, au de iel. numa sillla~o que nAo wtlll"O

1<1 Uma e5pOOt' dt: p6Imms oono: rfU', de .m~>diato,

, a apropr~io dOl Iingw: se ON) men05 d~jo fazer me OUviT, pr«iso blar nalfngua de voces, di!'VQ f:I l~-Io, tcoho de f.u~ 1o.

2. Dew fOliar na lingua de wen pois aquUo que dim a5S1m !Ier.i mals justa ou lulgado molls jusro, e miIJlI JU$tOlll'\('l"lte aprroado. isto e, neste c;t5O. no SO?n­hdo da juste1..1, da adL"qua~~o entre 0 que e e 0 que e dim au pensado. entn' 0 que e dito e 0 qlH.' .: com preendido, ()U entre 0 que e penSiido e dliO ou ouvl do peI.a maloria dos que aqui est30 e que, de modo m;Jnifl'Sto, fucm II lei. "Fazcr lI!eiw ("maktlfg/M/au.r") e Umll eo:pre5s.io Interl'SSanll' sobre a qual voltare ­moo a f~ l ar

3 Oevo fOliar numa Ungua q~ nao Ii a rrunh~ pcl"qU(' sera mals tusto, num outro sentido da pala vra ~justo·, no sentido da jusru;a. urn scnndo que di relT\QS, scm rcl1ebr demasiadamenle poT enquanto, jurldic:o-etiro politico; t mai~ jU510 fOliar i IiI1gua dOl maloria, 5Obrerudo quando, por hO!ipllahdade. est.) d.i a palavnl ao e<;tra~o. Referimo nos ~w a urna lei dOl qual e diffoJ diter se e uma oonvt"nien· cia. uma polide? a lei do mitis forte ou I let equilil' tIVa dOl democracia Ese ela [X'ftence a 'llSti~a OU.10 dIrc,to f., amda ITIiIIB, pan! que eu me S\lbmeUI a ess;:I

lei e a aceile, h.i rerlo numero de condi~oes- par e.emplo. que eu responda a urn convlte e m;tn,feste metl ~ de foliar aqu~ oqu~ aparentro.entt. nin-

, gum, me obrigou a fazet; em seguida. e preciso que I"U seja t.1p;lZ. ~te (eTto pOll to, de comprecnder 0

wn\rato e as CXlndi(Oes &. lei,. Ilrtu t de me apropria! so menos minimamente da lingua de 'IOC'k, que. des · d~' enuo cessa, em certa medld.1, de set para mim e:o;lrangeir.1. £ prOOso que ~ I' l'\I oompreenda-010$, millis 01.1 menos do mesmo modo, a lradu~iio de meu lexlO, escrilO pnmetramenre em UaflcCs ('

que, par melhof<;]ue S<'ja. permant"Ce sendo nl'CeS 5Olrlamt'nle uma uad~iio. isto e, urn cornpromiS!!O scmpfe po5l>i\'e\ mas semprc ImpcrieHo entre dols tdiomas.

Essa qUCSldO de lingua e de ldioma cstarA certa menle no ceml' daquilo que ~ desqaria Lhes o(ew­~,'r a dlscussao.

Exi~e, na lingua de voces, (\'f lo nurnl'ro de ~ r" '-.so5es ,dl(lInatiC35 que Sl'mpre me parece:ram pre " .-.., ~ 10110 de nao t('rem nenhum t'<!w~'alenle ,"-Into em fran.res. Otarei ao ml'1lOII dUil5, antes~­nlel de CXlllN."';ar. EJ.at; Iollm algama le~aorom 0 que I'll ~taria de lenlar dizer est,} tarde.

A.A primeira i Mloel~ tht /aw"',ou ainda Mel­

~ 'rrmbJlI'll ofl11lD or of contract" Quando se tradu:t I'flllfant:k ~l!Itnjum ~/aw" por Mlilplicar a 1Pi", per .1., ...:0 aquela alusiio dircta, literal. a foro;a que \~ do "'I,'nor. Jembral\dcr n05 que 0 dire!lo i kmp"' uma r"I~,l au torizada, uma fo~.1 que se justilka O\J que to·", apha;;io jusllfl(ada, mesmo que elisa jUSlmCiil

• ,.ao possa SCI" julgada, poT DUt ro lado. Lnlusta OU 10-jU!itifici~1. Nao h;i direito sem~, Kant 0 Icmbmu rom 0 maior rigor. Aaplirobilidadc, a ~C1Ifo1ml/;jljty~ oiio I!. uma possibilidade l'xtcriOf au secundiiria (jlle

viT\.il ou 000 juntar-se, de modo suplemt>:ntal; ao direi­tn. Ela I!. a fon;a essomri.llmenlc implkad<l no proprio oonc("Ito d.a jll.sti{a rnquanto dirt/ie, da juSli(a I\a me­dida em que cia se loma let, da lei enquanta dlrelto.

Quem logo insistir, para resenraT a pos.sihllidade de uma justio;a, ou de uma Jci. que nw apcnas exceda ou rontllldiga 0 dircito, mas qull.' talvt'z rWJ renha re­la(;1O rom 0 direito. ou manlerma com ele urna rela­~.'io taocsiranh.l qll(' pode I~ntoclrigiro direilo quan­ta exclul 10.

A palavr.l ~enfonmDillty~ chama-nos pots 11 Jerra. El.l ouos Jembra.litcralmente, que nao hoi dlreltoquc naa impLique IIl1f mesmc, a priori. lIa rstrnfllrn Allal(­liC'Q de !leU ct>I'It'riro, a ~ibilidade de seT • rnforrrd". aplirodo pela (orc,:a Kant 0 lembra d~ a /rrtrodll¢o ~ doulmlll do dm~do (no § E. que oonCftTle 8Q "direi­to estnto~, das stncte Rb:hl'). Exislem. certafll('llle, k>is

:t. fa.. ...... ......dade d ..... , .... o d<mi<><1<0 ...uraL..- ,10 t ..... · _pro /wd;I-lo_ ,...,ld-Io>. -c..u""",lO • .-d"",Io ... 1undo ... """"""'" d.~,J< t<>di>o ~. ~ ......... pa1I-..... .... ~ • ..t:fuIo. .... No> p«I< ....... 'X-O' . .., ...... do .... """'" .f""<' ......... .. ~ """"....-.btl ..... .-. ""'" _.m. .... ~~_ IIro D 1"10"4*>40 P""'1bI"" .... 60 U"' _~""-.,. 'I"" P'-' «<ICiI~ .,." • _ do u40 ..... ~ IN """.",.. .. 10 • -.. _~. p"""ar>m< _. ""'" ~ •. '" no. In.o/ ~ It ,.........,. GdJIoo. 1\II1II.1'1' 71 ...

• nao aplkada8, mas rnW h<i lei scm aphcabilldade ..... nao M aplicabilidade ou ~t1Iforuabiliry" dOl lei scm for~a. quer cssa fo"a :'leja direta ou oao, fiska ou 51mbOlica, exterior ou intenor. brutal ou sutilnwnte discu r~i~lI - ou hermeneutiC;] -, ~rclt1\'a ou regu. ladora etc.

Como dl~tloguir enlre essa for~a dol lei. cssa ·for<;ll d~ kiD, como se diz tanto em francis como l:"l1l

ingl~. acredi[o, e por outro !ado a \~olel)Cia que jul· gamos $CIYlpre injusta? Qu~ clifenm~ existe entre, par urn /ado, a for,a que poodt! 9<:1" jU91a, em todo caso jul­gada legitima (n.io apenas 0 InstrumenlO a ~do direito, mas a pr6priol reollizOl\ao. a essenCid do dirt'!­tol. e, parootro kufo. II 1li00!r.cia q~ julgamos mJusta? o que e uma for.;a lust., ou uma for~a nau violenta?

/:ara niio abandanar a qucstlo do idiom<\, refiro­me "qui a uma paIavr<l alemii que nos ocupari bas­tante daqui a pouco. ~ a palavrOl Gm'llil. Em franc&;, como em ingles. cia 6 frequ("nterncnte traduzida por "lIiolo?ncia·. 0 1(')(10 de BcnI"ITlU1, de que falarei I1\aI!I

"diante e que se inlitula Zur Krihk du C.ewalt. f!. tra­duzldo em frances como Pvll' une cn rique de Ja VlO­Imet!, e em mgles como Cnlu,lIeofYiulmce. l",fas es­sas duas tradu,Ocs, s.cm ser lotalmcnle jnju~1as, portan!o totalmen!e Yiolcntas. sAo in t .... rp reta~Ot-~

mUlto ativas que ndo fazcm JU5ti~0I ao fato de que CLWIlII signified tamrem, para 0 alemacs, podcr le­gitimo, autoJidade, for~a publica . ~&,mde GI-­It'll/I e 0 poder lcglSlahVO. gcl5llicht C<-a.t41t e 0 poikr

" espirituaJ dOl IgTeJol, Staalsgewtllt e 11 .:Jutondade ou 0 poder do Estado. ~[t e, portanto. ao rnl'Smo tt!m· po H violencia to \I podn legitimo, B autun dade jUll ­I(finda. Como dtstU'lguir entre .1 f~ .. de lei de urn podcr Icgi'tlmo e a violenaa pretensamente arigi­naria que pn"(.'I5OU il'l5tnl1M esa autoridadt>, e que nito podia rIa IIk'Sma autorizar-se por nenhurna Ie gitimidade Bnll'lior, de tal forma que rIa n.5o e, I\lI. qude momento lmda!. nem legal nem ilegal, uutfOll diriam apzesndamente nem justa nem injusta? A.!; palal.'J1lS IVoItt'ft e QowaU tem urn p.ilpel decislVO em (eriOtS lextos de Ileid~, ali onde nio saberiamos 1r.Idu7i-1as sunplesmente nem par furta IlI'ffi pot \"10-

JCncia. e ISSO num contexto em que, alias, Heidegger sc aplicarA iI mOSlrar que, porexempJo em Hecidit(), DIi:I'. a justi~a, 0 dUClto, 0 julgamento, a pena ou 0 cashgo, a ~ etc. Ii ~tt' Ens (OCOf\­

llito, Stmt, a disc6rdia 0\1 0 pOItmo<;. ou a KPmpf), isla i, I&mbim ad,t", a lrlJusho;a '.

Ja que este coI6qulO Ii ron~grado a dt'SOOnt­~.10 e 11 pc55ibihdade da justi~a, lembre primeir .. -mente que.. em numer09o::l<l textos ditOll-dcsconsnu ciorus'as~, e l'rn particular em alguns d.Jqueles que eu ITK'Smo pubbquei. 0 recuno iI. pal.avra ·fur .... • e ItO

mesmo tempo mUlto hequt'llit'. ey OU5Olria mesmo dUel decisivo em lugares e:;;1ra1~0Il,. mas semp~. ou qlWlt' sem~. acompanhado de uma resenra ex-

) a. "\.' __ 110 do ltolj sr", in Pro" , .... , ...... GoJilk. 19'>4.

•• , IlIIWm A jmJJI;A " ph<il'" de urn alerta. MU1!aS vezes ra:omendei vlgI­~nd~, lembret a mim mesmo os ri500S que e!ISOI pOl lal'l"il lmplica: risro dl> UrT\ ron.:eito obscuro, substan­,iah!.III,O(UItil!la-lnl!ihro. risco tambem de Umll IlU­h'ru.a"Ao ooncedKla :. for~a violent", inju5l. ... sem "'iV'I, arlntr.iria. (Nio atMa esses I;.'XIOS, sen,) uma fonna de complacencia e nos (an" perder tempo, n\.l$ ~o-lht'S que confiem ern mim.) CoI\t1a 08 0$­C(lEl 8Ubstandah~il!l O\l Il"r.Iaonalislas. II primeirn pre. {"~w;:;k) oonsiste ;U$tam'mt~ em lembmr 0 ,.u.iter di ferential da ~a. Nos teJdOS qUi' ilc"bo de lnvocar. Irala-$I.' sempn- dOl ~a diferencial, cia dift'n"ll(a cumo dift:'rel"O\a de ~a. cia ror .... como dlJPranaou (C"lr<;:! de dlff"ana (a dl/frtAncr e UIN. (or"a dlfcnda Jlrerinte); trata-sc scmpre da It"!"la~.io entll! a fo~a e a Iwtna. enlI\' a ~a e'] sigrufica<;30; ttata-5i.' sempre de f~a ~perionnatwa', ~ ilocucionAna ou perlo­not6na, ~ ~~ e de ret6ric:a.- de .tirmol\.lo cI.l IISSinatwa, mas tambtlm e sobfetudo de tod..s iIS 5i­luaWt-s paradol<llls em que a maJOr ~a t' a maiO! ]raque .... pennut"rn se estranhamente. E e Iodil a h.st6ria. Resta qUI! sempre mt' senti pouoo'\ vonta­de com a palaYTa "fort.·, mesmo que mUltas vezes a ]ulgiiSSol' indispcns;ivel (' agr.ad~·Ih('s pais po.­me obrigall'm a di1.cr. hOJe. alga mOlls wbrl! ela. 0 mcsrno ;}Conleee, ali;is, rom II palaVlII "ju5I.it;'''''. H..i Il'rn dU\IIda nuTTlt'!'OJaS faz6es pt'ias quaIS ostextos apressadam~nte identificados como "desconstrucio­nistas" parerem.. digo bern paf(l(1'fll, n50 ooIoc.vo lema

" da justirwa como lema,. justamenle. em seu centro, n~m mesmu 0 cIa.!tica ou cia polihc&. Naturalmt'nh.', t apt'l'hl5 uma apalinc!a, 5t' ronsidernrmos pJr t:m71/1I0 (citarfi somente aqueles) nUmCT05O:S tcxtos ronSJ.­grados II l.e\·inas e as re1al'iOes entre ~violcncia e me­lafuric8~, a filOS<J6a do direilo, II de Hegel com tooa II 8U8 posteridade em Gla5, em que e 0 molivo prin­CIpaL au de tedos rons.agr.:tdos it pulsao de poder e <lOS paradDX05 do poder em Spicula - slIr Frrud, a lei em Dtvanl Ja 1m (sobre Itlrlimr Gestetz. de Kafka), OIl I'm D«larutiOll d·mdfpl'tulmll: .... em MmirolllOl/ de Nelson Mandcla 011 1t'5 lcis d~ /a ~flf"XlOn, e em mui­los outros text05. N50 e prc.::i50 dizer que di5CUISOS !lObre a dupJa afirma~ao. 0 dum para alcm da uoca e da djstribui~ao, 0 indoodfvel, 0 income05un'ivd 01J

o InGllrul5vcl, sobre a smgularidade, a dtferen~a e II hetcrogencidade sao tambCm. de ponti a pant~!lei­~ pelo m~1WS obJiquos. sobre II justi"a.

£ aljik normaL pr<?VISiveL dcsci6vcL que pcsqUI­

SOlS de esillo desconstrub\,o descmboqucm nllma problem.itica do drreito, dOl lei e da justirya.. Seria mes­mo seu Jugar mais prupno. ~ aIgo rumo tal e.>:ist~. Um qUl'Stiooarncflto des.::onslrulivo quO;' come<;a. como fol 0 , aso, pm dC$l'Stabill7.ar ou comph,ar a opos.l~50 de 1l6mos e pJrysis, de thtsis e de plrysis­isla e, a ~.io entre a le~ II CQ[1ven,.ao. a i.ll,titui­~iio por um lado, e a narurcra, por ootro!ado, e todas as que elas coodicionam. por e)(cmpJo. e f arenas urn excmplo. a do dll'clto po5ltlVO e do drrate natu

" rat (a diffiinm ce ~ 0 desloc-ilmcnto desSii lOgic'll opo­tICional); urn questionamento descon~trutivo que com~, como fot 0 caoo, pordese~tabili:wr. comph­ar ou aponl1lr 0>. paradOllI)!; de valores como 05 do propno e da propriedade, em tados 05 seus «'glStros. o do sujeito .... IXlrtanto do SUJC1 to [(!~lXlnsawJ,. do Rljeito do direilo e dosuje1to da moral,. da pessoa IU­ridica ou moral. da intencionalidade etc.. e de tuoo 0

qlI(" dai decom!, tal quesllonamento desconstrutivo e. de IXlnta a ponti\, um quesrionamento sobre 0 dt ",ito e a justi~a. Um questionamento S<X':Jrt' 05 fun ­damenlos do direito, da mOffil e da polibca.

Esse questionamento sobre 05 fundament05 nao e n.-m fundamentalista nem .:mti-fundamentalista. Acvnlece mesmo, ocasionalmentc, de oolocar em que!;tikt ou exceder a poss.1bilidade (lIJ a necessidade ultima do prOprio questionam<"'1110, da !anna gues­bonadora do pensamenlo, IJlterrogando;;em con­fian<;<r flem pre<onceito a propna hil;t6ria dJ questao e de sua autondade filoWfica_I'bis elristc uma auto­ridade portanlo uma for<,"ll k>gitima da forma ques­lionadora. II respeito dOl qual podem05 nlll! pt'rgun­tar de onde cLa hra uma fo~a taD grande em nossa ttadi~ao

$c, por tup6tese, ele til'l."Sse urn lugar proprio, 0 que )ustamenle nio e 0 {3oo. tal ~qucsrionanwnto~ (JI.l mctaquesUonamcnto descoll5trulivo .-stana mais ~em set! lugar" nas faculdades de direito, c t.1lvcz tambbn. como as vez~ Iloonteo.', nos dcpartamen-

" lOS de tcologta ou de arquitetura. do que em depar­tamenlos de filosofia ou departamentos de litera­tufa. Eis por que,:>em os conhecer bern ckI interior, sinto-me cuJpado, scm pretender qualquer fami­liaridade (()ITI elc:s, ]ulgu que os deserwolvimentos dos CnricallLgal SllIdlf5 ou dos trabaillos como os de Stanley Fish. Barbara Herrstein-Smilh, Drne]!!a Cornell. Samuel \'kber e OI.ltros. que sc 51tuam na ar­tkuln\oio entre a hleriltura.. a filosofia, 0 dir~ito e os problemas polftico-insbtucionais. sao, hoje em rna. do ponto de vista de ~rta desronstruc;iio. dos mais fecundos e doo mah; nec~rios. Eles respondem, a meu ver, aos programas m.:us r.ldicais de uma des­ronstru(ao que dcsejaria, para ser wnsequt'ote rom reLa~lio a ela mesma,. nao pt'nnanecer feehada em diSC1..lrsoo puramente ~dativos. tc6rioos e aGuie­mi~, mas pretellder, oontranamente ao que 5U~­re Startley FiSh. tel conscqucncias, mudar as coisas e intenm de modo eficiente e responsavel (embora scmpre mediatizado, claro) ndO arenas na prollssao ma5 naquilo que chamarnoo a ddadc, a p&is e, mais geralmente, \1 rnundo. Nilo rnooa-Ias nosentido. sem duvida am tanto ingenuo, da intervtn~io calculada. dchbcrada e e5trategicamente control ada. mas no scntido da intensifica~io rnixima de uma transfor­rna(,'3o ern CUfSO, a urn t(rulo que n50 ~ 0 do simples sintorna- nem 0 de uma sunples causa: outra5 cale­gorias scriam aqui requeridas. Numa sociedade in­dustrial e hipenecnol6gica. 0 espa~o acadernico e,

menus do que nunca, 0 end ave monadlco ou mo­n;}stico que, alias., elc jamais foL E isso e verdade em particular para as facu1dades de dlreilo.

Apresso-mc a acrescentar isla, em Irts pomos muito breves:

1. EsSol oonjun~ao au C9SiI conjuntura e scm du­vida inevitiiwl cnlre urna desconstru,ao de esUlo mais dill.'llImentc fil0s6llca au motivada pela too­tia liternria, por urn lado, pcla refJe...a.o juridioo-hle­roria e (X'ios Crihrni Leo"" ShuJl€S. por oulro.

2. Es53 conjun(,'3o articulada certamente nao se liesenvolYeU de modo lao interessante neste pais por lI\:aso. Esse e outro problema-urgentI,' I,' apaixoJlan­Ie -que. por falta de lempo. devo deixar de Iado. 'Iii <,em duvida l"1IzOes profundas para que !'SSe dC5en­volvirnenlo scja primetramente e 5Obretudo norte­americana; l"1IzOes complicadas, gt'opoLilicas I" nao somenle domestkas.

3. Sobretudo, 5Ie patt'Cf! urgente alcnlar par.! esst'

desenVQlvirnento conjunto ou conoorrenle, e dele participar, e igualmente vital niio astiimilar dlscursos. t'$tilos, oonlexlOS discu~"'OS muHo heterogencos \' dcsiguais. A pal,wra ~dl."SConslru~.i.o· po<kria. em (enos casas. causar au encorajaT lal confus.io. Eli! mesma OCJ!iiuna sufi~ienles mal-cnlcndJdos para que nijo!he acres..::entemos oulros, assimilando por

" i'Kemplo. primeiro entre ('11:"1. tados os eslilos de Cn/wl UguIStudU'S, au tnnslOflTlollldo-os !ados em =pIns au pmIongammtos da desronstru~.\o. fbi" pollOO familia~ que cles me scpm. sci que e56eS

trab4lh08 dos Cnh(Q1 '4:a1 S",d~ 1m- SUlIIustUna. ~ (0011')(\0. e lieU idWnv. pnjpr~ que COOlpara­

dos a till questiOllamento Alo86fko-<!e!iCOf\Slruti .. u cles Soio par 'o'eU!S, dlgamos para ablt'Vlar. ck5Jguais. timidos, aprOlamah\'OS OU esquCm3tKos, p.1r.1 naD diu!: alrasado5, .0 mesmo temlX' que, por sua cspe cia\U.a .... .io e pt'la acui~ & _ CQIllpd~ tkroi­ca,. t'k$ ~tJo. pl'1o oonll1irio, mUlto adi~nl<'dos em rel~30 iI dctermmados est~ dOl de~,:ollst~.io,

nurn campo rnais hll"lirlo ou IiJos6firo. 0 I'eSJX"Ito

as especificidadl.., wntcxtuats, ac.xlCnuro-ltIStituOo­nati, discursivas. a ~nyt dO!; analogismos e das 11'iUl~~ .pressada. ... das horoot.'e~ conJus.o,s parcecm-me, nil fas.? atusl. 0 prirndro im­per.!hvo F..slou IK'TSUadldo, I'!;pm:! em todo caS{) que t'Sle enrontro nos dclXllr.i n rn('mooa de dLfenon~OI5 e difercnd()!;, tanto quanta II de lTUurncnto!:, winci dencw au ro~rIW!I.

~ pois 90ITlcnte ~'fl1 aJlar~ru:ia que, nas manifes­t~ mai9 conh('dd8~ 'lOb ('!i!K' nome, I d~'9COOs· tru(lo n~o '('ndl'Tec;ou·· 0. problema da Justi~iI e: somen!e uma .,parl!nna, masi prt'OSO preslar con

• o..n... __ D'orl>o ................ _......,. ... _~ • .....,... __ ...... 1'" <IoTJ

no I,UUTO AAJmV> 17

las das llparendas, ~saIvar .15 lIJ>'In!naas·, no scntido que Ansl6td« diWi; a eSN l1ece9Sic:\ade. ~ 0 que t'U

pllria de me est'OfV:U pot f.uer aqui: mostr.lr por que e como aquilo que Sol' chaIN OOfTt'f1I(>mcnte Q

Jesconstru~io. ~bora No pare~;1 • en~ar" a problen'w dol just~ fez lIpenas isso, St'm poder rau­Jo diretamente. !lOflleIlle de modo obIlql/O. 0bHq1lO romn, neste mOITl('llto, em que me preparo para de­monstrar que !l3o se pode (aIM dll'!!'trlnJe1lk da JUSbI;~ h'matizarou objeti .... a ju5til;l,. diJ.e!" ·istot> justo" ~ II1I'1<I.1 ITIt'f'IOIiI. "t:\l sou JUSIO·, M!m tr.ilr medlatamen II' II ;uSli(~ /JII'1lio 0 dircito'

H. Amw nio COfI'IC.'(Yj AcrediIIlI'1 dewr rotTIe(IIr . hlemlo que devo endcre.;ilr me .1 ~~ em SUil lin J{UJ. f' anunclei logo que !Iffilpre jul8lWi prl'ciotla$, ,OIl mesmo il\Substitu~ peJo men05 dUol5 de SU.:t5

"f"l.'SSUes idi0m6licas Uma en "to rnforr-'t rht law·, 'IUl' nOl'i lembro sempre que, se II IU51i~a nlo ~ ne " ... U14rnente 0 ~ilo ou a h.'~ .. Ia,o podl' tutnat-Sl' 1\1 t l~.1, por dlreJto ou ('rn dll't!ltO. qUJndo dctem a t,~\'a, ou ante.! q uando rewm.o Ii foo;a desde seu pri­m"l flJ Instan tc, sua prlmcira palavra. No cornc(O da tU h\ d, I<'[li havido o~, a Illlf,'Uagcm Uti illingw. IT'III 1....0 nJo ~ n('~am('ntc conlrodit6rlo oom ... ,lr<1 mripit qu .. di55~:ssc: "No com~. ler.i h.avido

.1

18

a ~.~ 0 que se dew pensar e, pais. ... e>1'Jdoo dOl for~ na propria hnguagetn. no m,IIS intima de sua essf-nda, como no mCMmento pelo qUloI d., se desarmaria .bsoIutamente pol" 8i ~.

Pascal 0 diz num fragmento ao qual YOit.u"Ci u1-VOl:; mail! tarde, urn de ~s celebrC5 «pcns.amen­t05~, Sl"mprc mais difkelS do que par«em Este.u SIl'J\ cum~:

~ lu~hI;ll. jol\ll. - !'i justa que aqUilo que e jUlilo 'lejil ~idQ, e ~o que aquilo que i: mals for ­te :l('ja seguido."

Ocom~ Iksse fnlgrnefllO ~ Co ~T.:wrdiNriO. pelo menos no rigor de sua ret6rka Ell' dl1. que aquilo que i: justo dmo- e e justa - 5eT seguido; $e­

gUido de consequcnaa. seguioo de efello, aplicado, tnftm:rd; depois. que aquilo que i: " 0 m.:lis foI'te~ dtDt tambt'm set seguido: de conxqu.incill, de cl'ctlo etc. I\x outras pa\.avras: 0 axioma COITlum e que 0 justa eo mais fone. 0 mais JUsto como 0 malS forte drom! seT seguidos. Mas esSoe «dever seT seguJdo~. romum aD Justoe aD mais forte. e ·justo~ lIum Ca$(!. ·m~ce!>­wio" no outro: ~!'i justa que aqw10 quI:' f: ,u~to sela scguldo lpar OlItn1S paJavras: ooon(eitoOU a idCia do justo. no senhdo de justi<;li. impIKa aNhbCamentt' e Q pnori que 0 justa seja 'seguido'. trlfon'af, e Ii jus.

~ ~_._,_§l'/8" 4711.T1boI.b<-.' ...... Silo; r • ...,. """_ -.l" «L lOO5.l

" to - t.1mbem notentido de jusreza - pmsar assimJ. ~ nea:ssino q~ aquilo que e malS f()(tt' gef' scgui do (rrlJormfJ."

f'asal pro5SI'gUe; "A jusl1~.1 sem.1 f~ Ii Impo­tentI' lpor OUtr.l5 p.:ab\TOlS:.1 )ustK;a nio t a IU~ eb n30 Ii felta !Ie nao over a fon;a de ser 'frlJOt'rttl'; uma just~a impotente nao e uma justl\a. no 5COlido

do direitoJ; a f~a scm a Jus~a e tiranita. A just~D scm fo~,l C cOJ\tradita.. porque scmpre hi! hom ens maus; a forc;a scm a justi,.a {i 8CUsada. £: preciso pols caloeal' juntas I ju~ti~ t'. for",: e, pilr~ fad·la, que aquila que 1 jUSIo seja forte, O\J que OHjuiJo que Ii fur· te sejI. justo:

QuaJ\!o .10 "e preruo" dessa coodusio (.~ pre­mo p<.lIlI toIoau juntas. justi(".1 e ~ fon;a~), e d.&1Ja1 deddir ()U cooduir !ratar se de um .. e preciso" pres. cnto par ;KJullo que e JUsto noll jU5~ 0\1 po!;tqUilo que ~ necessoirio N fun;a. Hes:ita¢o que podem08 ronstdenu tambem como ~UIldJ.ria. Eta nutua nil "'pedicie de urn "I predso" lThlll; profundo. pot lIS­tim dizer, J' que a lusti"a exige, enquanto ju~ti"a. 0

rt'('Urso ~ f~a,A ne«SS1dade da to",a estii poiS im· plitada no jWllo da jusl1~a.

SabO;"l1lQSo que segue e condui es501 ~,,30; "J:. ","im,. !lAo podendo (;ncr com que aquLJo que C juBlo ktsse forte, fu:cram com que IKlwio que {i klrle Ioow Justo," Estou cerro de que 0 prindpio de aN' • de56t' pemamento de f'a5c:.aJ. ou melhor, de in 1"p1eta("io (ativa I' tOOa l"XCeto nio'\'lOlent,l) que

" pl"OpOrt'I tnd1retamenle no dewtl\'r desta ron,fere-II dol Ina contra a lradi~ t' ~ OOnlexto millS <'VI

dente. [sse contexlo dominanle e iI interprclat!o c01lvenciunaJ q~ ele par('(c oomandar v50 justa mente lIum lM'ntido OOnH'nCKJnali5ta, em dirco;io a Ulna e~p&ie de (etKI~mo pe!iSlmlSta. relativista .. empirtslil Foi es~ ,v..io que 1C\'OU Arnaud. por oemplo. a supnmir ~ pensammM da ed~ de f'<xt Royal. aleg;Jndo que 1'a!oUl ~ Ivoia escrilO sob a Impres.s5o de Ulna kitura de Montalgne, segundo o qua! ;tS leis nao sao j\bW r'l('ias ~m.tS. mas so­ment ... porque sdo 16s ~ wrdade que Mont.ugne havia utiliZ<loo urna ('xp~'1o Interessante, que l'as· c.llelomil por sua oonla, (' que eu tambCm gosla· ria de rconterpr('!ar e subtraLf a su.a leitura mais ron \'t'noon.11. A express.io i!! -fund;un;:>nlo nu"tiOO d.l aulondadc·. ~ eita Mont.tigne sem nomd In, quando e5Cre\~:

[,_,I urn d~ que .. ~ d.1 ~a ~ I JUtOO·

d.J.de do ieSl'Jador, outro, a rornodl.t.de do :Il<'Jbcra no, oulm, 0 costume! p~nte; .. P fl rna ... ""Kiln): nada. ""gunoo ~mente iI rauo. ~ Justo por si,; IUdo :lie II'IOYe com 0 rempo 0 ~Iu"", Fill. toda eqll..w ~.I"''' <imp",," ra>.lo de k'f reoebKLl,: e 0 fimd<!""'"­.II;> rnhnc:ll "" ... """"'" Qum> a ""Rele .... u prind pia • aniquilol:

" Mont:ugne f .. l .. va d..,. flto, s.io suas palavrolil, de

urn M/undamento misllro- del luloridade dasle!s;

O'i\, as Ilois ~ mJm<"m em CTkI,lu, NO porque ClilHi"l\llltU, mas porque Wo lei!! t" fundamen 10) mJo;bro ~ 5U~ 3ulondiodl", eI. nio IPm QUIro [ ••. J. Ou"". colas ~ portjlH' ~ JUSI~5 n.io lhes obe den- IUlltammte peJo que df'Vt' -

Vrsivclmente,. Montaigne di>l1nb'UC ilqUl a..<; lei~ kto e, odiu'jto, da jusl!~a. A JU~i<;iI do din'ito, a jus 11 .... como dln'l!o ndo Ii a justi ..... As IeI5 n30 s.1o ju~iliiS como leis. Nao nbcdecem~ a l'las porquc sao jus. las, mas porquc tem auloridadr_ A palavra ~crcditoM portil loda II Cllfga dOl propos.1~;io (' lu~lifl(a II alum .0 carater -mfsti(o- da autoridadc,A aulondldedas leb r~ apenas no cr&Iilo que ~ 0JnI:edem0'> Ncl.u ;anedilamos,. eis seu unleo funcl.lmenro. &5e aIo de fc n~ e urn fundammlo ontol6gico OY racio­N.! E aind .. Tl!'ita pcnsar no que 'ignifia cm-.

£ pou~'(\a pouoo que sc MClart'(~!I(' for possi wi e ~ illS(> t('m urn \'alor de clan:l.ol, 0 que podelTKlS entend~r pcla expres.sao ~hU)damelllo mistioo da MItoridadc- E vcrdade que Monl.ugn(' tambem n­

esa110 1lISQ, que tambem cJe\oe ser interpn:laoo akm de sua Stlpcrffrie simplt"Srneflle oonven

r ..... III. """ XII!. "Ilo r .. 1* ...... •. lioN ..... Ilro rttod. .... 00 ..... III SIo '~"k>. "'"'

donal I' (oo1l('noonalbla:" nOS5O proprio dil"('lto tern. aoque dl7.etn, ~ leglhmas !IObre as quais ell' funda a verdadE.' de sua jus~a" 0 que e urna {ic~30 Icgftima' Que qucr dueT fundaf a veroad .. dol Justlt;a? lis algumas das pergunl.u que n05 es­peram. Monlalgne propunh.a uma aruiJogia entre e55e supJE.menlo de 6c~.io legftima. illto e, neccs­§,jria pil"ol fundar a \Tf'dade d.l just~a. e 0 5Up~­menlO de artificto sUSCitado poT uma ddiciencia d.1 natureza, 0011'10 se a au~ de dll"('ito natural $O[iClt~ 0 sup[cmenlo de direilo lusronro ou po­si tivo, iSIO~, urn acr~mo de fi(~.io, como - e e a aptoxima~jo proposta por Montaigne - ~ii$ mu­lheres USOlm dentes de marfim onde os oaturaislhes f,lllam e, em vez de sua vcrtiadeira teT~ fOljam outra de alguma manelra ~ranha embeleum-se rom uma belo;!l8 (alsa c empTl'5tada assim f~ a ci,'lnci.l (e ate mesmo I'IO!i5O direilO tern, aD que dizem. fie­~Oes k'gftITnaS 500re a§ quaIS ele funda a verdadede sua juS\i~a)··.

o pcnsamento de Pascal,. que "p6e Juntas" a Just~a I' a fOf~a I' fat d.l fon;a Ulna e:o;p&1e de pre­dkado l'S5<:'ncial dOl Justit;a - palavra sob a qual {'Ie entende ~ 0 dUe!todo que a Jush~a -, \'lli talvez .,l~ de urn relBtivismo l'Unvcll('lonalisia au uhlita rio, a1em de um niilismo antigo ou moderno, que

oororrroA~

faria d., lei 0 que 51! chama por \'eZeS de "urn poder mascarado", parOl. alem da morJJ cinica de"O lobo e 0 cordeiro~ de La Fonta1l'le. segundo a qual ·A ra do do mais forle e 5('mpre a melhor" (~Mlght fIUI­

krs right"), Em!ieU princlpK), a critica pilscahana remele ao

pec.ado original e ii. oorrupi;Ao das ItlS naturnis por IIII'\lI ru30tb ml!SlNI OOIIOi"f7ida:"1 U. sem duvida,. leis naturais; mas esta bela razao oorrompida cor mrnpeu tudo."· Eem outra parte: "Nossa JU$llva [st .nubl <hante da jUSh{"a di,w:u (Esses pensamen­tvs IlQS prepm.lm a ieitura de Benjanun.)

Mas sc lsoLmnos a al~ada. de certo modo fun ciOIlaJ.. cia crfhCol pascdiana. 9ti' dlSl5lDCia.nno6 esta sun pies an~ cia presun~o de ~ pessimismo criS\.lo, o qut n.io i impo!lSivel.- podcm08 erdo ncla C'noon­trar, COtI\i) ali~s em Montaigm', as prcnussas de uma fllosofia critica ~, ou wna critica d.a idcologW Juridic ... uma d<5set1unffilo1(io das superest:ruturus do direito que ocultam e ref\etem.. ao memo tempo. '" inlt'"reSSCS camOmicos e politicos das for<;as do· min.:lntcs da 5OCiedade. 1S50 SCTi.a 5I!TTIpn> possf\"ele, po!"" \"CZC5, uti]

Mas, para ale-m dt seu priodptO e de sua ~ t'5te pl!fUl.am~'nto pascaliano com:E'me tJJ\"Cx a urn", -.trulura mil~ intrinstCa UfI\III cntlca da idl:'QlO&Iol

10 _ , IV.tn4. p w.. 11 .". dr. f w. p. os

" juridg nIodC\'m3 jamais ~-~ 0 pn'ipno surgm\Cf1to & JU5~ t' do direito. 0 momenta rnstl tuidor, furu;l,dor e justifiGmte do diroto, unplial uma fo~ pt'rf,)ffiI<lh\~ !!ito e, sempre urn .. for"" inter­prctador.1 e urn apelo 11 cren~a: desta \W, nlio no 5o-"'I'IIIdo de que 0 dirato estiUla " stroifO da for{a. 11'15 ' trumenlo dUciL !IO;'l'YiI e portanto (':o:tenor do pod!'!

dommanti.', Ina~ no «;CntJdo de que ele mantcr;a.. rom aquila que chamamos de for~a,. poder ou Yin lllnda. uma reJa~ao ffial5 inlema e mais rompJexa. A justi~ no 5entido do dirdto (ngHt or Jaw) r'Iiio~­t.uia simrl<'SlnCnle a ser ... io;:o de uma t1x1;ilou de urn podCf 500Il por exemplo econiimico. politiCO, idl'O l6gko. que exi5tlria fora dela ou antel deja, e :K) qual cia dcvma Sol' submt"ler ou st> ajustal', 'iegul'ldo a uti­IXbdr Seu Tl'IOIJle1ll0 de fu~ ou mesmo de lns­titu~.lo j.lmais e. abas,. urn momenlO inscrilo no Ie ddo homogi"1.'0 de uma rustOria. pois ek' 0 r.'I~ par uma dec::uiio Ora.. I ~ra4;ao de fundar, milU!,'\lfilI",

justi6car 0 dift'ito, fiuer II Ir.!, ronSlStuia own SOil"? de f~a, nun.... vioJi'on= perfonnativa e portanto intl'r prel.1tlv.:I que, ncla mcsma, nio ~ nem ru;;t~ nt!J11 In

justa.. e que III'Muma jUll!i"" nenhum drl'eJlo plivio e anlerlQlll'Il'nte fundador, ncnhuma funda<;kI pre. existentc, por dcfini~ao, podena nem garantir nem corttradil.('r ou mvalidar. Nenhum discurso lustLfic.1 dar pode, nem dt'Ye, Msegularo papeJ de meUlm­guagem tom rriao;io 11 performatlVidade da lingua­SftI\ instituinte ou it sua int~ domirwlte

o disalrso ent"Ontn all seu limite: nell' rntSrno, C'1ll ~ pnSpno p!)Jel po:orfonnab\'O_ ~ 0 que propo. nho aqUi chamar, dcoslocando urn poure I' gener.!.li undo a CSlrufu~ I,l ,"(stirn. H.llIli wn siJenoo mua­do na estrutu~ violellla do ato fundadOI. Murndo, rmpar«lado, porque ('Sj(' silencio n.1o e exterior ~ Iif1guJ~. Eis em que senUdo eu seria lentado a mlerpretar, p.1r.l .~m do simples cOO1enhirio, 0 que Montalsne I' l'.l!i(al chamam de fundammlo ",($tIro dil .mtoridtItU. l'od"'l-5e ~ S<'1l1pre volbr a ou vol­wr-st'.oontnl 0 que fa~1,l ou dlgo aquL mesmo 0

~ dlgo que e reuo na origem de toda jn~titui~.io. Eu puxaria pnt.<;o usoda paLn-n ~misticu· a urn sen­lido qUl' me amseo a diuT W1l1gcnsleiniilno. uses tmos de Montaigne c de Pd~ como a tradK;ao a qtM;' pmencem. corno a intcrprt"tao;ao urn pouro .111 -ViI que deles propooho, podenam ser chamados 11 discussJo pDI" Stanlcy FISh em ~Force' (em Dalllg What CIPnll'S NIP/"rolly'-) dc "the Ccm:qttof Lzw" de J-bin I' alguns outros. entre 05 quais implicilamcn k- R.a"'~s, ell' rnesmo mIkado poe Han.. assirn como peb dehatcs lIominados dCCl'rtos I~os de Samuel ~ ~ 0 CM.!t('!" Rg<.>Oi~'rco I' n~o5impJesmen _Intra rllllh'uaonal ou monoinstitucional de rert05

em Inshlunon lurd /l1lcrprrlflholl".

..... I ..... t.:"'-'l' 0( __ ~ 1!ll1

" J;i que a olisem da uutoridadc. a funda~.io au 0

fundamento, a in5tilur~So da h~1 n50podem. pol dl-­nni~lo, apolar <;(' finalmente 5en.io sobre elas mes I'T'IaS. .. las mC5m)S $.io wna violi'flCla <;em fundamen 10. 0 que nau quel di~er que sqam inrustllS em si. I'D sentido de • ilegals" (Ill "ilegibmas" Bas n50 sao nem legais oem 11cg.J." em seu ffiocnentofundildor FJ;os excedem a ~Aodo fundaoo ao!'l.lO funda do, como de todo fundadonlsmo OIl todo antifun­dacioni~o Mesmo que 0 eJalo de pe,formativ08 fundadOl'2S de urn dlreito (poI e~emplo, e e mais do que urn exemplo. de urn Estado como gaTanlc de din-Ito) suponha condi(Qes e ron .. -ent;tks pmou (por exemplo no csp.lo;o nacional ou international), o m<'Smo hmlte ·misllco~ ress\l!ginli ruI origem su po!'ltJ das ditas rondi~, regras au ronvcn~iies e de suO! interprdao;i\o domil'l.lnte

Na estrutu.a que B~m descrevo, 0 direito e ('S-

9CflCialmente drsoltbm.l-m. 01.1 porquc ele e fundado, ISIO e, construido ~b!:e camadas t"'>lual~ II\tefpreti \leis e tr.ln!lfunmives (e esta e a tust6na do direito, a posb'ivel e n~ria transfonn.1~.io, por ""res a me­lhOlll do dll'l:~ltO), au porque soeu fundamento ultimo, pot' defim~.io. nJo e fum1ado. Qu<' 0 d.\relto sqa des con5truive~ nio t urna illfdicid.:lde. nxie· se mesmo mculltrM Ilislio a chance polioc;a de todo prog=i8O iustOlko. Ma~ 0 p;lroldoxo que eu b'Q:>lariII de sub ml"ter.\ dlscu5s.10 e 0 seguillte: I! l'>''-!. e~tnllura des ron.~trui~1 do direito ou, 8C prefelil'cm, da lush~Ol

romo dircito, que aS5!'gulll tambem a possibiHdade cia de9ronstru¢o. A jusri('a nela me,;Jn<I, 9\' a/gQ!;(IffiO

ta l f?)(isle, (ora ou para alen, do dlrello. 1130 i des­ron5l:rulvel. Asstm romo a descons~.io ['iii m{'S­ma.sealgoromo I.1lex1st[' A~~IItJl'Sri (Ii" S talvez porqU[' 0 dlrdto (que tentall'i, fXlrlan 10. distmguir regulumente da jusn.; .. ) e OO<15lruiveL num sentldo que ultrapassa a opasiv10 dOl (om'l'rl­~o a notureza, e ta!v\.'Z 1\3 I\\edida em que ul lrapa~ Ia essa (lPOSI~.iO que ['1[' l: cooslruivel - portan to ~onslrurvel e, ainda rN.I5, qlK' de lorna passivel • descon~lru~30, OU pelo menos 0 ext:']lKiode uma Or5ccm~;)O que, no funda, tlllta sempre de ques­~ de chreilO au rdalivas.o direilo . Donde estas Irk prop06it;Oes:

1. A descoostrutibilidade do dirello (por e.>OC'm­pju) lorn.a a dcsoonst~io poS!iiveL

2 A indesronstruhbllldacW da justi,.. torn;. t.un Wm • desronstru¢o poss1\-eL ou com ('\a se coo­....,0.

J. Conseqlio!ncia-. desconstru¢o OCOITl' no in­lftVaio que st.'Para a Inde!;Construtibilidade da luSh ­~ e II ~onstrutibilid.:lde do direito. bla ~ po$5ivel como urna e.>:perifficia dOUTIpo:s!iveL ali oode, mes­Il'1O que cia nao exi&~ :It n.)o ('Sci pRSmk. mllia oio GIl nunc", ~ a lusti~ .. Em toda parte em que se pook !tUbslituir, ITadulIr, delcrminar 0 X da )Usti~a. ~Ii.amos dizer. a dcsconst~30 e possiw-t (omo tmp-r~'el, na mo.>dida (ah) em qUI! Uish' X (indes-

" construl\<el), portanto na mt:dida (ali) em qUf' emil'

(0 mdesconstrui\'cO I'or outr.l~ palavr.K a h,p6t~ e as p~Ues

em diA."l;.lo;\s qual~ ('\J aqul LlI~io 5OI.io.:it .. riam pre­feri\-elmenll' mmo subtitulo: a jm;tiVI como posst b,hdade da dc9construtio,. l'gtrutura do dlTl;:ito ou dOl lei.. da funda~.io ou dol DUlo-autOT1Ll~ao do dire­to como ~Ib\hdade do CJo:crcicio da desconSITU­{dO Estou C'C\'tO de que isw n!o cst;! c!.:lm Espeto, '\em ter certcu.. que is!IO!it' lomara urn pouco ffi3is daro daqui II P'",ro. ..

~u dJ~<;e que Olinda nao hnha oom~ado. [al"<:2 eu nln romcce nunca. e ta1\,Cl estc ool6quio nque c;.cm kqtlJOfl. No cntanto. i' romew. AulOlUO me­mas rom que \lireilo? a mull1pbcar 05 pl'QtocOl.us (' os de5"ios ComccCI dJZenoo que estClVl enamorndo de ~kl m('nos dois de seu, idiomalismC'lS. Urn era ·~mhry-, ooutro ~ 0 U90 Imnsitrvo doYCrlx>-ro ad.-lrmw Em frances. e~aroo-n05 a alb'l1l'll\ en· ~ urn .. carta au umil fula"lI5Q tamboml tliIo­sili...:>, geITl tcr certeza de que ela!i chesa'do a urn &s hno, mas mio se enden't3 um problcm~ F~ amda TnC1'1OS, eode~oImO!l aJglI~m E.~la tarde. COl1lprumc' ti-mt'. poi COOIl<llo. a .t'TIc\erev1r" em Ulgli's um pro­blema, i!.to~, a 'f dtretamenle a eI~ e ~jrt1amet'Lle a ~ lemal!(amenle e ""m ~i(l. l"!ld..~.tndo m .. II voces em lOu a lin~ t:ntre 0 d'TCLlO, a relldao ~" endert"C;o. a diTl..,\":.io e a dtreitela. deveriarnQ!! eT100n' lrar a (llH'\Uni(a(30 d4:- uma [inha rela e t'ncontrar ..

" dll\.,\"do certa fur que a ~~srol\StJ~50 tern II rcpu­~ln, )us~firada 01,1 nao, de llOItal all CO~ obiiqua 1fIt1J/t, ill(bretamentl', em e5tilo ind lftto. com t.li1tas ~ l' pergunt.mdo sempre 9t' as COt$aS chegam ao end.:o~ mdic'ado? E~f>a reputil\oio i: merecida? E,. _tl'dda 0lI n.lo. como cxplid lp?

1.1 rll, pelo falO de foliar a lingua dn outro e rom Pft com it minh.t, pelo fa to de me rrndcr itO outro

singular mi5tura de f~ de ju!.1C7a c de just!: dl'\'el', ·code~ar" em mgloh.. cumn

em sua lingua. 05 problemas mfinilQS, mlmero. infinll08 em sua MIOnOl,- in-

rerobo"rt05 Ck-, nem porque tstAo t'n~08

de. mcm6rtas e de cultura~ (religiosa •. )UndKIIS etc.) - dommatemos.

mfinitos, pDf l1I!5I~ pu"

aporia que tern hoi pouco, cnama\'.tmO'i

cxigcm ale m ..... mo a e:rprrlirl _ podem05 enlcnd('f dua~ coisas j.i bas-

Irm~ia. romo a paJa . destina<;an

cnron(rJ pa~<;agem. A t'xperii'rw:-ia I'n 1;'13 i: po!iSi\'CI. Or,), nt'SI5C S<'n-

lido, nio podt> M..w (>~enda pIeNI da apori4 ISlO e, daquilo que nllo d~ passagem. Aporl4 e urn lIlo­r.lmlnho. A jU5h~a 5('ria. deste ponlode visla. a ex­penenoa daquilo que nao podemos 6ptrUneniar Enrontr~1l'lOS. ~i II pouoo, mais de uma aporia, sem poder ulti'llpilsd.las.

2. "'135 acredJlo que nao h.i lusb~a 5C'm essa elC

penencia dOl aporia, pur impu55ivel que seja_ A jus­li~a e urna expt!riencill do imp0551vcl. Uma vonlade, urn deselo, lima exigend ... de just!,') cula estrutura, n~o (OS$(! uma I!J(Jlfiienoa dOl aporia. nao lena ne­nhulN chance de 5C"I" 0 que eia e. a sa~ apt!na!I urn o¢o ill justi<;a. Cad ... vez que as coisas aconlerem au acontK(>m de modo adequado, radi YI"Z que 51' apli C.l Ir,mquilamenle urna boa regr.l a urn casa p.lrti

cul.lr. a urn exemplo coneiamenre 5ubsumido, se­gundo urn juizo delermil\allte, 0 direito e re.I'eitado, mas lIlo podtomos 1ft" certeza de qlM'.l juslio;a ° fOi.

o dlrello ni\o e a justi.;a. 0 dU'ello e Q eJementQ do c.ilcuIQ, e ju~tQ que haja urn dlreilo, mas a iustl~a e Il"ICalcul,h'd, cia exigc que se calcule ° incalcul'vel; e as experienda~ aponltieas S§Q ('xpI.'nendas IJO 1m provli"els quanlo n~as da juo;ti,a, ISlo e. mo­mentos em que a decrsiJo entre 0 juslo l' Q injuslQ nunca e g;.T.lnhda por uma regta.

Devo p<lis t1Id~,...mt a ~"OCi!s e Mender~ar·

problEmas, devo fad-Io l:lre\'t'Illenl{' e num;rr lingua estrangctra P.ila 0 fazer breo-emenle. C\.1 &:-.>en.'! (a1k 100 rna" direl.lmenre po~si ... d. indoem ireniC, scm

" desvios, ~ ,jilibi hist6rico, scm encaminhamenlo obUquo. em dlr~Q a voces. pot" urn lado, primetr08 destinatinos d(!<;te di9cunlo, mas itO mesmo tempo. par oulro bdo. em d,re.;io ao lug.ar de decisOO l'!IS1."fl

daJ para 08 leiendos problemas. 0 e~, como a dt~ como. retid.W, diz algo accra do direlfo, e aquilo il que nio dewm08 faltarquando quert:mos I jUSlir;a. quando queremos ser justos, e a retid.io do endcrco;Q NAo d(''It'rn05 cilreceT de endc~o, mas, sobretudo, nJQ dl""'efI'05 emr de endeT"'>O, n~o dc­Yl'mo!! nos en~Il,'r de ell~. Ora, 0 l'nde~o ~ II('mpre singular Urn cn~o e sempre singul.lT, idt<ImAtico; enquantQ a justl~ como dircito, parece RIJ"Ipre supor. gcllt'nllidilde de um.a reg,),. de uma norma 011 de urn Impetah,'O unho--=J. ComQ con ciba, 0 alo de jUStl(.a. que deve 5('mpre conccrrur a uma singularidJde, mdniduos, grupos. exi:.tilnaas insubstltulwis. 0 OUlro au ell CI7IIIO outro, IIU/1"Li1sl­~o uruca. rom .1 regra.. a norma. 0 valor OIl (I Lm pt'I"ativo de justi~oL que t~m nect'SSariaml'Tlte um~ forma gera~ 1lIe!.11l() que I'SS.l genCl'lllidade pre!iCrt'lill

urna apli~il(ii (l (lUI.' e, cadil vez, 5l1\gular? Se {'u me ronlentassemm a apll('8~.io de uma rcgra justa. !;I'm fBpirilo de jUSli,~ e SI'"m IIwcnlll, de certa maneira. I radi vet ~ I"l'gTll e Q exemplo, t'\.I (>Slana lal ... ez a aaIm da rntira. sob a protl.'(ao dQ d'reilo, aGida de modo ronforme IiIO direito objetiro. mas No SI"rl;I

tustu. Eu agllla, como diria Kant. nn amfontlldddl' com ° de-o.~, mas nao pm- drerr 01,1 pUT ltSp"to ;i lei.

Sera}anws possi\~ ilil:er; uma a(dO e No ~penas k-gal mas jus! ... ' Uma pessoa esU !lao 5Om!'nte em seu direl!o. IT1&' IU jusho;a? Tal pesoo e justa. uma deas30 e justa' Ser.i jamais possr.'t'l d..Lti'1: 5e1 que :IOU JUS!,,' Eu ,;u.!aria de mOli1n1l qut"' til ~eu e ""senci.lmellle impossi~ .... l. fora dOl f18'l1"3 dOl boa conscii!ncia I' d.l mlShoc..,..'io. Mas pemlltalll III\" I)U-1m dCSVIo.

Ende[e~M-se a outrem na Jjllgua do outro (0, 010 lII('Smo tempo. a rondi<;30 de tod ... lll.~tt<;a passivel. ao que parccc.. mas ISSO pa rcel' nao apenas nb'Of"O­sammte impoW~'t'16ii que sO pui60 faIar • lingua do outru na medida em que deJa 1111' aproprlo. ou que • '§similo segundo a lei de urn tereeim Impliclto). mas ale ITK!SIJIO excluido da Justx,"3 oomo din:itQ, na medICI ... em que parece implicar urn eIemen!O de ulli­V1:f5alidade. 0 rE'eW"SO ao Il.'"n:l'iro que suspend€' a Wlillliemlidadt- 00" 5ingularidade (\os idiomilS.

Quando eu me endereo:;o a alguem em UlgWs. i !il'mpre uma prova~ao pal1l mim. Para mt'ilS desli­natliri~ lambern, imagino. Em ~""J. de lhell {')(plicH pol qu.> e ~rder tempo ao faze-lo. rom~ HI mttil(J rr-=. por algumas obser.";I~Oes que hgam, para mim. a graVldade angushan te desse problema de lingua l questlo da Jush-l;a. da possibilid.Mko da justi(a

I~ um Iado. e por razOesfundammlal$, parn<"e nos Juslo ~rr III" JUSlI« [f;l7.eI" ~al. como se ~ em frances, em d!-Iermmado idioma. numa lingua p.1Ti1 a qual lodos 05 ·sujeitos~ cona!midOli H" su-

" ~05 wmpetentes, isto e. COIpaze5 de entc.-ndcf- I' de Inkrpletar; lados os ~SUjei(05". isto e. aqudes que ... b.>lecem.s \cis, os que julgam e 05 que s.io juI­pdos, as teo<temunNs M sentido L1180 e no sentido -mlo. todos 05 que d-o sarante5 do ext':rc:ioo cia ~ .. 00 melhor. d" direito. £ injU5t" juJg;lr a.lgucrn ~ No cornprccnde §f!Ul' direilOli nem 81ingua em que a lei esl~ inscrit.l, ou 0 julgamcnto pronundado etc. l'odcri~mos multiphcar os exemplos dr.1m5hr05 • !Ioitua~.1o de \wltincia em que se julga num idio· IN que a res- ou a romunidade de ~s 'ilIpo!>­.lIIIente p.15Sh'CIS da lei n.io oompreenckm.'\s ~"('1;('!1 IIio muito bern. as \'C~e5 absoIuL1mellte nada. E. par 1Mi~ """ I' sulil qllt" seja aqui a difere~a de oompc tInCIJI 00 dominic do idioma, a violenda de uma in­~ oom~a quando tOOos os pal"CClll)5 de uma co­IMDUd~de n.:io compa.mlhilm totalmenle 0 mesmo Idioma. Como e-ssa situa~ao ideal nunca e rigoro Nlfl('"ntc possfwl. i" podemos eKtnm dele! a lguma COr\SI'{ju&tcia acerea daquilo quc 0 Iftulo d(' ~ conrerencla chama de ·posslblhdadc da JUSti{.l" A

, :~~~:~:: injus~a, qut' oonshte em julgilT aque : I nilo ('n tcnJem 0 iJioma no qual !It' pre ten -

• romo S(' dil .... m frnnd-s, que JI/i;IIN' ~I falli' [St"'

i !=~:~~~::~'~":ma \"IOlenC1il qualqll('l'". uma In inJus~ supOe que 0 outro, a de linb'llil. par as5im ~ aquela

todas ..... I)UtJils;upOem. seja Q1pa2. dlr uma lin· l'"1li gen!. seja urn homem enquanloanimal fa ·

\..lntl'. no 5('1'ltido que neSs. os homens, damos a essa p.l~-rn de hnguagem. Hou\'e aliU urn tempo, oem Iongirl({\>'J nem ternunaOO. em que ~n65 OS holn("lls 'qurna iliur' noo 05 eumpeus adultos m..lchos br.:m ws camiVUfU!; e cap;lze5 de sacriffcios·

No es~o em que situo l!5tas considerno;6es, au reronstltuo I'!Sle dl9('Urso, Mo se fala,a de injusti(,"a ou de Vlolcncia com rela(,"ao a urn .mlrnal, e alnda rnenO!l com tel!l(,"~o a urn vegetal ou a urna pcdrn. ftldCIO~ fa~er sofTer urn animal, e nunca ~ dird. no senlldo dlta pr6pno, que cle e urn sUlcito Jesado. II villma. de urn cnme. de urn a5SolS5I1lata, de urn <'Stu pro ou de urn roooo, de urn perjurio (' ISlo ever dade /I forliori, '\egundo se penS<!, pall! ~quiW que chamamos de wget.tl ou de nuneral. OIl par .. as ('9-

~cies intermcdl.iri;tS, como a espon)o1 Houve, h.'i lIiltda,. nuspkW hUffi.lna" muitos ~sujeil05" que Mo si'io r«Onh~oscomo SUjeit06, e ft'(ebem ('tie Ila ­bll"lt'nto doarumal (~toda a hlSt6ria lM('abilda It qual eu fa:da ~e alus.io h.i poueo). 0 que se chama ronfusarnenle d~ aruma!. porlanto 0 SC I "vo como till (' sem rnais, nAo (. um sujeilo da I"i e do din'ito. A oposi~30 do luslo ao 1Illuslo 1'1;\0 tern ncnhum sentido no que Ihe concerne, Quer se Iral(' de pro CCS!lOS de animai, va nouvel au de demar'ldas JIl dlelais C'Onlra aqueles que illflignn certos !IOl'rimen-106 aos animalS (certas k>gIsla<;:i'lesocide-nlais 0 pl\' _ ,iiem, e f.:tlam Mo apenas dos dll\'ltO'l do hoO'IelT\. masdodtrltllo doarumal em geraI), lrata-seou de.:tr

" aismos OIl de fun6menos .tmda malginalS e rarM, nio constitutivos <k I'I05&l cultura. Em n05lSlJ cultura" o aacri/fcio camr.'01O (. fuodamentai. dorrunar'ltc, re-1IJIad0 segundo II mal5 alta tecnologia mdustnai, as lim como a expcrill"lt'nlar;ao biol6gica sobre 0 animal - tio Vital para l'I056il moderrudade. Como tentei mos' trar em ootlO lugar', 0 saoificio camj"QrtJ e essenaal pin! a estnnurn d.:a 5U~, isIO~, taJTlbem parn ofundomento do 5ujcito intencional e, se nao d.l lei, pelo I!l{'n08 do diretto, D dilerell{8 entre a lei e 0 di· NiW, 3. ju~3. e a dil'Clto, a JlJ5bljil 0,' a lei permanecm do aqui aberta sob.e urn abismo. Nita me oproximo , s qucst6es poT cnqu.:mlo. nem tralO d.1 at'inidade

. no fundamcnto de Il(l5I;.1

(' dt' nosso dlf{'ilO, (' todos os caniNbsmos. nio, qoc estruturam a mtersub,em,

amor, no luto~, n.a verda-

t ' a i portanto, a titulo de dl.'S·

Er\treYerno!;. desJl' este prilT1E'Uis6lmo piN'iO, urn.a primeira COf\SCqllC-nc:ia 010 dcsron'ItNir as rep.:lrtir;(ies que Inshh.Jem 0 ~ulelto trumano (de preferential.' pa­radlgmatJcamenh.' 0 nwcho aduho. millS do qUl' a muiher.'11 aiano;a au 0 .mimaJ). como medida do JUS to ~ do inJusto, n40 S(' rondou. n«essanamente a in)us!i~ol nem an apag.unento de uma ~ en­tre 0 JUsto e 0 injU!>10. mas talwz,. elll nome de urn .. l'Xlgo}nci~ mai~ in!>a";,h'1..'l de jUSti~d. A Tl.'intcrprelao;.'io Ik tado (I apardllO de hmites I'\OS qUJlS uma histOna e uma cultur.o. pudernm ooofinar sua crikflUlogia. ~a hlp6tC5l' que IM.'lIto superfidalmentl', pur enqumto, o ~ 5Il' ch.una COTn'Ilt<'fJ\ente de d~n~o n.'io C'Om'SpOI1dl'rla de ncnhum modo. segundo a cunfu­fIolo que alguns tem intcre5sc ~m ~5pDlhar, II uma abdica~5o qU<lSe niilista diantl.' da quest30 ~tico-po­litiro-juridica da justl{a l'dian!l' dol opD5~.iodo JUS to ao injuslO, ITIoU a um dupJo mo-mf\l'nlo que {'\J

,uslm l'Squem.1tIl':aria; 1. 0 senlido de uma respunoabiWaJl' Sl'm limi

les, portanto neceS$ariaml'ntl' l'.cI.";Sl~a. Incatcut.i wL dian!e da m"'1ll6d~; e, por cono;cgumlc.. a larefa d(' lembrolr a hL~I6n.J.. a origem e 0 scnhdu. istu~, os limlles do!; coneeitos de justi~ de lei e de diu'ilo, dos \'alores, norm.u. pr~Oo?squl' ali se unpuS(' ram e Sl' ~il'll('ntll'arn.. pl'lTfIiI,oewndo, desdc eo tao. mins OIl menoslcgr.'eIS OIl pressuposlo5. Quan­to ao que n05 fOlleg>ldo sob 0 nome de jU!>ti~a. e elll maL~ de uma lingua. a rurefo de wna nll.'m6ri.J hi,t6-

ric;!. ~ interpn:b.tiva eta flU ",rile da dESCOlI§tI\l~J.O Nio ~ apenas uma larefa fiktl6giro-etimol6gka, au urna tar{'fa de histOOildor, mas a r~pons.lbllidade dl.a.nle de uma heran~ol que~, ao mesmo tempo, a hcran~ de urn irnperatl~v 01.1 dt> urn reue d{' ir'lJun­ps A ~I\I.;io )i <'Slit tm~. romprt}ft/l! IIiIM rom essa ~~CJ.iI de ju~ mfimla. quI' pode Ion'uIr 0 olSpecto daquela ~mistica~ dr que (Ilki hli pouru t preci50 ser justa nxn II jusli~a. e II I'lirneirli ,t.ti!;a a fa~('I'-lhe C O\.I\;-Ia, t('n tar compI\'('nder de onde da \o\.'ffi, 0 que {'Iii qu~ de n6s, sabendo que ria o faz atra\ll5 de i~ singulares (DIk./N~. Justttill jJIMi«, Gtm:hhgtrit, pan!lllQlIlimitar a id.iomils ('UTO­

pew que ~ tan\."2 iguaimmle ~c;.IjriOd!'hml Dr rom rcla~30 d autl1l'l. ol islo \'oltilfl'lTlos) c: preci II) 1.1mbi'm saber que e!!S.l j~ 51! rnd~ scmpre .lIingulandades. 11 singuLuioilde do OOlro, apes'lI au ~ ml raUo de lJ\la pret.-ns.k> 11 uruH'~llidadt'. ftIr OOrl>l'guinIC. nun(;l rcder a e;se respello, manlcr

VMl urn ques;bon.amrnlo 5Obr~ a origern.. ~ eos limi~ dt' nOtlSQ aparelhoconcei-

10lrl() dol just"a ~,do de$ronstruo;.'io ngorosa, tudo

um3 fl('\Ilr~5o do mlcresse pcla lu~ti~a. insenslbdidade.i iUMi~a. Pelo conlr.irio, ~ urn

:=~;tupt.'rbOlico na t')(lgi'ncia ~ justl{lI, ' 9('fl.

a UIThJ espkit' de ~ropo"iIo ~oal InsrTC\~, n~liI,,, I'XITSSO I' a lIlildeoquar;.ao.

Il'viI a d!'nundnr n50 apenas linutcs tLocirV;:os mall

I

" tambem inju5bl;as Wi .... etas. com ckltos I1'\iIJ!I !Ie1'ISl­\'t"is, na boa cot ........ " ... ;, que se detem dogm.:a~­Ie em tal au qual dl'tl'rmil\ll~io herdada dol )u5hc;a.

2 FJlS<I l\.'Spofl'l<lbilidade di""te da memoria e urn .. l'l'SpOnsabihd~d(' dJ~nt(' do pr6prio (once ito de l\'~ponsabilidade que regula OJ jush~a c a iuslcl..:1 de I'IOIllI08 oomportamentQs. de nD$S35 decisiies 1e6nc.lS. prtitlcas, ~tlco-politicas Esee cooreito de responsa­bilid.;w:le e inseparivel de locW uma rede de roncei­IQ§ OOIleJ1D5 (propnedade. ,nterloonalidade, \'OIlt.lde,

libcrdilde, COOso:lencia. CQIt,aeooa de si. sujello, eu,. pessM. romunid.lde, d.'cislio t'lc.) . Tod", descoll5uu­~.;o dessa!"ede de COl'lC('ltOS, I'm SI'U estildo atual ou duminantt', podc assemclhar se a uma lrresponsa bili~iin. quando, po:-Io WI1tr.irio, e a urn acrescimo cit- rcsponsabilidade que 11 ~tfUr;aO faz apdo Mas, no momenta ('T1l que 0 erN-lito de urn moma i wspel\5O pela desconstTU~.1o, ~uclc momento estrulur'lIlm.mtl' ~. pode-sc sempre acredi tar que j.i Mo lui lugar para , jutlll~ nem para a propria lush~a. fI('IT\ par;! 0 intere%!' te6l"ico que se orienta para os problem.15 da /uo;li(.1. ~ urn momen­to de 8OSpensao, aquell' temp<! da q.vkll~ sem 0 qual. oom efeito. nao hli de'9l.:onstruo;lo passiveJ. Nao e urn SImples momento. sua possibililhde dcve perINI­necer estruturalmenh:' presentc no e:o:ercido de tOOa responsabilidade, 5C.' oonsidcrarm05 que esta nJo deve j<lmais aWndoruu-5I:" ao sono dogmatll:o, C iIS

slm I1'ncgar a si Dlcsma Desde entao, aquele mo·

J9

mento tr.lI'Isoorda Toma 'se, ent.io, ainda mais an 8U5tiante. Mas quem p~tender. 51:"1 justo poupan· do'5I:" da angUstia ? Aqul'll' momento de susp<'!nsiio angush~ntc abre, as5im, 0 mtcl ... alo do espa~amen to em qu(' as tr,msforma~Ocs, 01.1 as rc\'olu~ jurfdi­('O·politlcMi, ~contecl'm. EJc 56 pode lier motlvado, 16 pode COCOOlrar seu movimenlo e seu eli (urn eIa que. par sua Ye4IWO pode ser suspmo;o) na e>cigen­cia de urn aumento au de urn wpleml'nlo de lusti­~ portalllO na expcriiInC\il. de uma In;xkoqua(io ou de ulT'lOl lnrolruij.,.el despropon;"".Ibi~. afinal, one!.'­• desronstlu~iio enoontrarla oua 1~0), seu movi· awnto au sua Il\('Ih\'H~ao, sen50 n~ apclo sempre inlarisfC'j lo, para ak>m das dclt'nninao:;OeS doldas da­qullo qu~ chamamoo, em con textos d<'lclminad05, de jush~.\. dc potiSibilidolde dol jusU~a?

~ ainda pretiso mtcrprt>tar tssa dt'Spropor~o_ S. nz dizla qui' TWo COTl~ na~ mais justo do que

. mamo hoje de dcsronstru~1io (n.:Ida mais nada maislegalOU IT'IOI~ legftimo), sei

r 01.1 de chocar - c advcrs.inos da dila des ­

ou daquilo que el('5 IlTIilgin.illll sob esse ,mas ate mesmoaqU('ics qu~ s.1io oonsldcrados conSldcrJrn Sl'US partidanos c rratkantes. Por

":::.:;;:;::: ~:;,,;~ menos delisa folll'lil" n30 di-• Jl«"ClI~.io de alguns I'lXk-ios.

Como 51:" wbe, em numcrosos pa..ises, no passa . • ~''''' aind<! hot<'. urna dI, violCoodS fuodadoras

lei ou dB hnposi~o do dll1'ilo estatal oonsistiu

.. ~ Impo!" Umil lingua ;Ii nUnorias T\OKionais O\.l ~i ~olS ,eagrupadas pelo Estado_ Poi 0 easo na Fran~a. pela menos dUilll veres. pnTnl"1CO q~ndo 0 d~'O dl' Vdlers-Cotlerct ronsoUduu a u01dade do tslado momirquico, \ffi\xmdo 0 Irands como I[ngua jurCdi· c(}-aJminlSlr.ltiva" pl'OIblndo 0 lalim, lingua do di · reito c da 19rqa. ali que 51' permitiSISC a tOOOSO!. ha bttante do reioo d~·se I'CJl'ft'5Cnlar nUffilI hIt b'Uol comum, atram de urn 3(h,OSlIOO lIl~e, ~ deJ.ur que 51' Ihes impu~ "'lucia lingua pam (ubr que ainda er.a 0 francl"§, ~ wrdade que olahrn jj carreg.ava uma ~iolcru:la, A ~ssagt'm do latun iIO

ffllncl!<; marcou apenas a ITiUlSI<;Ao de uma \'lOI~ncja B outra. 0 !>egundo grande momenta da imposl~ao (oj oda RC'"olu~ao rranct'Sll. quando a unifi(a~30 lin· gUISliCil adotou ror v('zes all formas pedag6g:1(a~ m':IIS repres5iVil5, pclo rnen(tS as rruns autonlanas. Niovou cmbfenhar·me N hrsllSria des5e> 1!l«'TTIpb.. f\xlerialT'lOS enronUiU OI.Itros, nos Estados UI\idQo.. OOtC1n e hoje 0 problcD\illiIlguisl1CO existe airllu t' ro. por muito \i'mpo, agudQ, pn-risamente n.aquc Ie lugar ande as qUei!IiJe<; d ... politica. dol educa~.io (' do dlU.,llo sao inSl!p.1~vd~

V,lrt\OS .1goril direlamcnte, sem 0 mellOl de<;\'ICI

peIa mcm6n.l1ust6ric:a. em ~;to ao <'flunciado for mII~ abl;trato. d~ algumas aporias, ilquclas na5 qUil1foo

en'''' 0 dlfeilo e a justl("a. a d~;,con<;trultiio ('ncontra ~u IUg;lr, ou mrl/1or, ~u.llnstabilid;ode privilegwd.l Em geral, a desronsh'j("ao se pralica segundo dill'

Iln (lI.I.lJJV A /URltII " fttilos que, 0 mars das \~~e, el.1 enxcrfa urn no 01.1-

bu. Cm deles assume 0 aspecto c\MnonstratiVQ e ..,...ent('menle n.1o-hist6Ji<:o dos par~Ol<os 16giro­IIormaIS 0 outm, rn.ais hlSl6tico ou rnais.mamrhiro. ~ r roceder por leituras de t(')(\()!l, int~rprela¢es lllinucnl«;,)S e gt"I1t!a1Ogicas.ltnnlt.lrn-rne prabcar 5U

m.i\'.1menle os dois ~rcici05, Em,lIlClO primciro, se<amenre, diretamentc; ~t"f1-

::~;:~::;::~~~~De fato. traf;l ',(' de um !j(' di5lribw II'lfillitil-apenas algun~ t'M'mplos. Dessupo­

&qui, e)(plicitar.io ou pmdul"iroo aoolli uma dIs

".!:::~,':. a iu!;\~a e 0 direilo, urn" di~liJWao diffal .. entre, de um Lado, a justl(d (infin.ita,. meal

lado, 0 exen:icio au legahdolde. alcul;hoel,. <;:5-

regulamentadall e codifK"'!das, ponto. a ,1proximaroron

]uo;ti{d - qu~ tendo iI dlShnguh, aqui. do daquele de Levinils. Eu 0 (,1!'ia em faz.io

~km";'d"!o.I';;;;;'~~':-;;" d;reli1\~O hete-

:~~.:~=~~,;re:m;;:, ~~;~~-'~'~d~'~OO~~:m~q~UC me (0-edoqual t::m Tom/rftd lPoinasescre\'('_ ~II

r

a re~lO rom ournm -l~toe, a ju)~M -just1(a que ele define em Olltro tu8'lr como -dlreiteza da acolhi­da reita 80 105'-0· ... A du .. ",leza nao ~ re5UlTW aad;­reitQ, daro, nem ao Mendcre!;oM, nem ~ Mdit~~OW de qui.' e5tamos faLando h.:i alguns momentos. embora os dois valores I"Marn algumil relal;io, II ma~io ro­mum qU(' manl&n rom rerta reudio_

iA:'VlM5 fula de urn direito infinito: naqmJo que ('k> chama de whumanismo judaioo·, ruja base 1'130 e ·0 (OOCC.lo de homcm". rn.as 0 de outrefl'\: • a exten­sao dodu'eito de wtrem" e a do-. ·urn dill"llo prnhca­ITlC'I1te mfinito"".A <'<l.Uid;lde, aqul. nilo e a iguaklade, a propordonalidad~ calC\dada, a dl-~tnbui,30cqiiita­b ..... au a justil;3- dilltributiva. ~a dc=1TK'tn.l abso­luta. E a Iw.;do Jeo.i~iana de jusu.;a ~ aptOlCimaria mai) do equi\<lll'nll' hcbrru d.'Iquilo que ttaduli­riamOt!,. taJ"e2.. por santldadc Mas, CQmo tratarei de outrM que;;tOl's r('latl .... s a CSse! discur50 difkil de ~~ OdD possocontentar me aqui em tonw-Ihe de emJl'f'ktuno urn tr.'lQO COIlC'CItual. 5t!rn OOrI'C' 0 ris­

co de ronfusOes 0lL de :malogias Tuda §enOl Olinda SImples S(' elsa di~tin<ao ~'nlre

justil;a I' dil"Clto fo55c uma ven1adeira distino;3o, urn,) ~i{.kl cu)O funaonamento permaJll'CeS!;(' IoglCo1 ml'ntl' wgulado e domina,-el Mas aconte<:e que 0

w. ... P~ 17 -... '""- "1)ft ..... __ •• 00 s.m _ s... ..

C..., _01 ... 1«1_ .... -.,....114_ tt77. pp. 17-4.

" dJreIto pretend!! 1'xefce1~!I(' em nolT'oO? da justil;a. e que " Jusru;a exi~ !lei' instalada num direito que de>.'e 5I!'T

p" .. to em .1"ao (ronstitufdo I' aplKado - pela f...,a, ·"'fi:'fft{r). A descOruitru{30 se encontro e 5C deSolo­ell o;cmpre entre arnM

Eis alguns I'''''-"'mplos de aporias

Nosso axloma mais comum e que, paTa!H'1' ju9-hi ou injUlito, 1',11 .1 e"eWel a justl"a - au viol.i-la. d!'V() S('f 1i~Tt' (' responsavel pur minh.l at,io, poc mcu romportamcnto, po.- mcu pcnsamento, por minha decis.io. Nao se pode ~er de um ser d~><:prtMdu dt> Iita.-'rdade, au que, peJo men08, n.io e livre ('m tal ou til alO, que sua decisio e lusta OIl in1usla. Mas cssa llberdade ou...-sa dl.'Cisio do jusla dcvc, para ser dil') romo L11. ser ~ como tl'I~ sq;uir 11m3 k-i au u.ma prescr:i{ao, uma Il'gr.r.. r\esse sentido, em sua prtipria aulol1omill. em sua libercbde de lIo..'gIJir (lU de IN' dar a lei.- ela tiev-e pedeT ~r da ordem do caJcuU· W'l au do program<ivel por t'!rempla, corno .110 de rquldade Mas, 51' 0 ala oon!obte simplesmente em apbcar uma 1l'grll. deserr.'Qk-w um proglilIM au ~­f\Iaf urn dlcolo, ell' ser.i t~lwz k>gal, ronforme "0 dileilo, e talvez, poe mel.iforo\. JUsto, mas 1130 pode­n-m08 dizer que a decisao foi justa. Slmpl('1;mente JIO'"qlJe l1ao houve, ~ caso. deci55o.

" "'ra 5ef JUSta. a deciNI;J de urn lUll. por exemp1o.

dC\'\' n.io apmas seguir uma rep;ro de dm:"no DU UIN

ki b~lal. ma5 dt"\o't' a"liuml la, apmv,) la.oonfirmiu $Co \'ol1(')(, por urn ato de mt<.:rpretil\~\} teinstaurador, como ~e 3 It'i nao e:..istilf!oe Bnh!,iorment<:-, como se­n ]uiz a in\'entaY.le ell' m('~mo I'm rada GlSO. Cada exerdcio dOl justi~a como dlTt'IIO,6 pode SCI j\C>to 5l' f.)1 urn wJulgoaml'nto novam.,.nte fre!iCow

• pot" assim d17cr, tr.lduzindo iIS5im Ihremeote wfrtslt JwlgmmrW, esta 6plt'SsaO ingll.'Sa que rolho no ilrtigo""J'orce

w

dI:' Stanl ..... Fish. I'm /JQIII~ v.'hat Comes Nilturully. 0 n<JYO fl'('!;('()f, 0 car.iter inlcia1 de'iISe juigillllf.'nto Illo1u ~ural pode repctir a1b'IJ. ou melhor, deve!'oCf ronfor me a urna lei prt't'lti,!ente, m.l$ a ml('rprela~ re llI!>tauradora. re- iovcnhva I' lrvrcmentl' dt'ci!H.iria do juiz re;;ponsa\'cl rcquer que $Ua Wjuslio;aW n.io oonsls 101 apcnas na confvrmiJade,!lit all~ldad(' consen:a dOfa e reprodutora do julg.unl'nto. Em SUffiol,. pilla qUO! umll deciSJo scja justa e respoll53\'eJ,. e P"'c;­!>O que,em seu momenta proprio. !Ie houwr um. ela 5('j.l ;)0 mesmo tempo regrada e sem n>gra. conser vadora dOl lei e ~u6ci~nte!Ocnte dl'Slruldora OU 5\15 pt'nsi~a Ja lei para d~r I't'llwent.l 13 em CiUla t:aSO,

re-ju>tifici-!a. remvent.i I~ pclo menos na "-'lIt'lrma­,Jo e n.1 confirma~ao nova t' livre de seu princiPII'!, Cadit COISO e urn CUQ, cau, ~ e difercntc c n' quer uma interprel<l~1o .. bsolutamente unic"il, que t\l'nhuma regra I'l<istenle au codific3da pude nem do!ve ~utamen!e galOlnbr 1\010 mel\OS, ~ t'l" .. ga

DODI.UrmA/IJ'o~

rante de modo seguro, enlJoo juiz e uma maqulN de calcular; 0 que as vezes aoonl~, 0 que ao::onten> """PIC ('fn parte, segundo uma pill';lSl.tagem trredu­tivel pcla medinlca ou pela to!olica que mtroduz II lterobihd.\de nec~ri" do5 julgamentos; mas, nl"$­.. me(hda. n~o Sf.' dim do juiz. que ele e puraowntf ;.z.,.to, hne I' ,,->sponsawl. Mas tamlWm nJo 0 dire­

ftI05!11' de nJo 51' merir iI nenhum dudto, a ~hu tna regTill au >e. par n.1o ronsid.,·"'lIr oenhuma regra romo dada para aIm de SI.W. interpret~o, I'll' !iUS

pend~'T!>u.! de.::i!.io, dett\'Cf-se no indfddi ... el au en tio irnprovi:;;lr, fora de qualqul'r reb'fa I' de qualqucr prindpio. Dt!$~ paradoXQ decorre que em IlI'nhum momento pod.:-mos dizer pre;mlemnrll' que uma de­chio Ii juSI.'I, puram('nte justa CISlO ~.livre I' r{'Spon­"""It nem drter dt' aIguem qlK' ell' I urn jl.l5to 1',

qut' ~nI sou )USIO- No Jugar de "jus­~ legal ou leg'limo, em ronfonni

um direito, /'t'gras ou com'en«X-S auto­urn c.ilculo, mas com urn direito cula aulo­

. fundadora apenas faz nx:uar 0 problE'ma da fundamentu au n..l m~tltul<30 de:>s~

rokocani. vjo.

Nenhuma tust~!II' e,;erce, nenhuma Jush~a ~ fcita. nenhulTll justi~ SI' toma clell\13 nem sedeter­m1T\a na forma do direito, sern uma deas30 Illdiscu­dveL usa dt.."Cis;io de IU5b~a naoconSlSte ilpenas em sua forma final. por exemplo, uma i!<In~io penal. eqiiilaliva ou n1io, na ordcm da justll;a propomonal ou dlSlnbutlV<l_ EI.1 oom~ol. devena CO~olr. em Iii reito e em pnncipio. na Il'Iiciativa que consiste em tomar conhecimento, let, compre<'ndlc'r, intlc'rpreta r a regra, e ate rne&rno (o lclll" - lo. Pois, <;(' 0 ~'leul0 e o (;I]eul0, a decl<oJa tk a:/cllillf nao e da ordem do calruLivd. e n.io deve ~ 10.

As5Qa.a-se frequenlemente 0 lema da ind~i­dibilidadl:' iI desconstfUo;io. Ont, 0 indt'ddivel nao ~ apenas 8 08CiI8~.io enlrt' duat significa,lIt's ou duas regras oontradltooas ~ multo determln~das, mas ~nte Irnper.!tivas (poT exemplo, aqUl, 0 respei­to 010 direlto uniVl:'Bal e II I:'qilidade, mas tambem a singularidade 9t'll'lpre het~ea e \inica do exem­plo n.io-~u\:Numrvel) 0 Il'Idectdjvel !'l~o ~ ~ente a 0SCila,30 O\.l a t('!'ISolO ('ntll" dUils decis&-.o;. lnd=df vel e a expeI'Icncia daqudo que, estr.mho, heieroge-1'100 a ordem docakuLivd e da regra. d(Vf' enlretan-10 - e de d(lXf" que e P'ecHO {<liar - l'nllegal-se .i dedsao impo!:l'>lvel. Il"'IIando em OO!'lla 0 dtreilo e a rcgra Uma deosao que n~o t'l'Ifrcnt.:!sse a prOVo! do lndt'cidh'Cl njosena uma d«ts3o livre.- seria apell.l5

., a aplk3~ao programllvel au a d('!;('f1vol\'imenlo con­tinuo de urn proces90(alcuJ.iwl. Ela seria. tahtt. Ie gal, m;as nao sena lusta Mas, no mom('nlode sus­pense do if\dt>(:idi,,-1. ela IiImbem nao e justa. poi, ~I.'nte urna dE'cis.io e JUsla. P.l1iI SU5lenlar e~j;C cnunnado - ~somente urna deo~ e ju~la · l'liio pll"clsamos refenr ~ deeisiio it estru tUflI de urn su jeilo OU.\ forma propo$lcional\k urn juizo.o..- cer· la maneira. poderiamoe; ITII'Smo diZt.'f, currendo 0 ri~­w de chocar. que urn sUleito nunCIL pode dec,d,r nada: ele~ mesmo aquiloa q~c uma dcns.k) Y6 p.xJe Ilcont()C('T como urn acidcnte peruerico, que n~oafe­til. identidade ~nCiaJ. e a pn:'!il("l .... substanoal a ~i I1"'IE'!offlQ que fazem de urn sujelto urn sujcito- se a ('$

coIN ~S/I palavr.. nJo e arbilrina. ao me~, e 51!

nos fiamos naquilo que nossa collUra,. de fato, 9('m' ptc requer d(' un\ ,uleilo.

Uma ~,-z passclda a prov.! dOl md..'Cidibilidade (!Ii' --. e possi,,-1. mas e~ possibilKlade ndO e PUfil, nunca e uma possibrlidade como qUillquer ou tra: il mem6rla da indeddibihdade de>.'\' conscrVM urn ras­Iro \1\'0 que marque, par.! sempre. U'M dI.'as.io como r.1), t'la ta. segwu nQ\Oamenle uma regra, uma regra ditd.l. mvenlad.l ou rt'in\'enliKIOl, reafirmada: eli! }i nio Co I!rI'SnIlnnnrlt IUSIiI, plm~lt ,ust.:!_ Em Ilt'­M um momento uma decisao parece poder 5('1" dila pre.ell te e plenamenle just.1 t por b~ que.1 pro· va dol indecidlbilidade, que como fo! dilo deve 5('r ltToIV!'''..ada por qualquer d«isao drgna deo<~ nolfl(',

~

.. nunea ~ pao;,sada ou ullr.l~sad.l,. n50 e urn mo­menta superado ou relev;ado (QIlf!l'hObt!l) da dec;­sao 0 inda:idivel ~rlTW'll'C\' PI(I8Q, aIojado, aQ me­J\OScomo urn fantasm .. , milS urn fMllasm;a ~oal em qt1,)lqucr (!eelWO, em qualquer aconle<:imento de deris.io. Sua fanl;lSmati<;idMtc desoonstroi do inll'ri(W t~ garllnlia.Joe pn!Sl'n" ... too. CYrt('za au toda pretensa cnlenologlll qUI' nos pr,ml') a jush"a de uma deas.io. Quem poder;) )arn;'lIs garanhr que urna deds.io, como tal. ocorreu? Que, segundo .11-gum c.ks\<\o, ea. No seguiu U""" C/lUSd,. urn "Inola, uma regra. S('rn m~mo aqUl"lc lmperttplf\'d sus pense que decide hvremente acen:a da apli=;50 ou n50 de uma regra'

Uma a"~llca subjctal d .. rec;ponsabilidade, da ronsrienda, dol Ul lenclonalidade, d.1 propried.1 de COTnilnda 0 dt..<;(Ur'!() jurkbro alual e dominante: dOl romanda tambtom a categoria de de<i~o. ale m~' rno em seu~ r~"CU!'!oO!I as perinas mtldicas; ora, C!l:$a

axiom.1ikCl ~ de uma fragHidade e de uma grosscria tcOrir.l que 000 prooso ~ubhnhar .. qui. Os ciCllos des,,", hmlta,.iu n~u a(dam oIpcna~ 1000 d..-o.:isionb­mo (in!#m.1Q ou el~borddo); 1.'11'5 sHu OOI1cn.'tQS I.' ,u­Ilctent~'t11en!c llumer()§(lS para que pos!>lllllO!o di~­

po:onsar <'~('mpl08. 0 dogmati~mo obso:::uro que m~r COl 0 discuJ'so sabre a respansabilid.lde de urn reu. seu L'5tadO menlal,o cllorjtt~r p.1!isiQllal, prell\~ilado ou nao, de urn criml', 08 incri\'i'is dl'poim<'l1tOl:! dl' les/.emunha5 (' ~eJIren~· 8ent'a de~ Hens bast,)-

.. riam para at~taI; na vl.'rdadl.' para prO\.ou< que ne ­nhum rigor critioo 00 (fih:riol6giro, Il('flhum saber Solo ~X'IS a esse ~to_

Esta scgunda aporia ~ esta sq,.'\UWa /0ffiUI cia IIlnIT\a aporia ~ j.i 0 coofll'lN.: St' hoi ~ !k tolia pr~u~o l ctrteu dctcrnunantc ok> uma jus­tifoI prese1llc, eI.I ~ma ~ iI partir de uma·!d&o de justi~a~ infil1ila, infiMa porque irrt'duri\~t.~­duli"el porqu,," devida ao outro - devicla 80 outro, ~t~ de qualque'f contrato. porqu(' ('\.;II t'lw. , Vlnda do DUtro romo 51ngulandade scmpre oulrOl. Imencivel por qualquer m icbmo, (omo podemllli direr II maneir.t !k Pa;,c4ll,. I.'SSil ~ ilkL<l d.a justi",· pa­PI'ft" inde$truti\l('1 em Iif'U c:anlte'f aflfTllatl"O, ('Tll SOil

C!ldgenaa de dOl)\ scm troca. sem arcula~lo. sem re conhecimento, scm cimilo C(ononuco, scm cllcuio I.' !Itm'I regra. !Iffil raUo ou sem fiICionalidade leUnc41.

no !Ie'I1tido da domil'\cl{;\o re-gulfidora Rxiem06 pot1I ai f('Conheccr ou ~r ~CUS3r Ulll3 loucura. E tal"cz uma oulra espOOc de mlstica. E a d('SC(ll\Sll\I~ao e Ioucllo por ~~ justi!;a. Louca pol ~se dl.'>ejo de jus­~_ I:".sIIa ju;;li~a. qUI' nlo c () direito, f! 0 l'r6priO m()­\limcnto dOl &:,o;conMru(.io 3giru:to no dll'l!lto e na his t6ria. do direito, na hlSt6na politica e na hist6na loul

(INn. antes mesmo de se aprl.'St'ntar (01110 0 di5-alrso que J;C intiwla. l\a ~cadernlD ou 1\41 cultura de ftOS';() tempo ~ 0 ~descon~truciOnismo-

Eu hf'Sltart..'l em asslml\;ar apressaclamente cssa '"deia dOl justi¥l'" a uma idCia reguladora no J;Cntido

kamiano .• alb't.lm contetido de promcs5;l mes51<i rue. (digo """.,.do, (' Il30 forma, porque loeb funna mesSllnica. lodo rnf.'SSlanismo jamaIs eMa Husente de uma prolf\C.'!iSA. qualquef que d. SO:1a) au a ou tro!i horuonll"ll do mesmo "po_ E (alo '\Omenle de W1I "PI', J.quek> tipodc hofi~onte alJas espCOesllt'· riam numerosa~ I' concorren tes . Concorrentes, iSlo e, bastan tc pOlrl'dd3s e pretendendo Sf.'mprc ao pn vih~gio ab:Ioluto e a irTedutfvel singularidadc. A sin gularidadc do lugar hisl6rico· que e talve;( 0 ~W, que ~ I'm todo caso aquele a que me refiro oo,cura· mente aqul - pemu~-nos entll.'Vel'" ° proprio llpo, coma • origem. a condio;ao. a posgblhdade ou a rro­m~ de Ioclas as lJUas ('l(('ITIplifica¢es (mess&anis­rno ou Iigur.lS mf.'SlSloinicas detemtin3das. de "PO iu­d.uce, aistao ou I5Limiro, idiia no \It'>lWo kanliano, e5Cato.teJeolr,)gico de lipo neo-hegcliano, m..most3 ou p6s.milOOSlii etc)_ Ele nos permitI' tambem pert\'ber c concetxor uma Ie! dOl concorrentia irredutiwl, mas a partir de urna beir .. d .. onde a vt'rtlgcm nos I'Sprcl ta no lIlQmt.'nto em que \'t'1T\05 sonwnlc C!lCernplos, e ondc aJf:un~ cntn? n6s j~ nJo se fo('Iltem empenha· dOlI na ooncorr .... naa. outro modo de dizer qu~ -.em­pre oorrcmos 0 nseo (f.>lo iKjui peJo menos J'f'I" mim) de j.i nIio t'l.t0lml05, como \iO:' dil; em fmnck, ~dtlns lit (WISt"" Ina conidit]. Mils !lAo ~"na comda" no intel1Ql" de urna al~ia. 1550 n.io penoile que ~ fiqu.o no pc!f110 de pilrtida, au que se scja apenn ~ ladar, lange di55O, pelo contr.lrio_ .: tal~e~ como

51

tarnbem Sf.' db: em frances. isso mesmo que "full rourir" If.u: cort"ef), com mais f~ e rnais depf~ poe exemplo a de5rot\$t~io.

3. Te',"lr~ aporL1: a urs~nda que' banI o horh:on'~ do 1Uba-

Uma. das ra1.Oes pel~s qUollS manlenho iKjU! uma reserva com reb~o a todos os horiwntes, por exem plo 0 dOl Ideia reguladora kantiana ou do advento messiiiniro, re10 nwnOli em sua interpretao;:io con­\-encionaJ,..! que sio juslamenh.' "fJflliJn~ . Urn no­.u.onte, romo k'\l nome indica em grego. I! a.o mes , 010 tempo a abertulil eo lill\lte da abertura. quede line au lim progresso mfiruto, au UJI1.l espera,

Ora, a lusti~a, pot m~i5 inapresentavel que per man~, n.io espel1l. Ela e otqUilo que nio deve espe­rill raJa!ot'r direto, simplC'5 e bn.· .. ~. digamos iSlo; uma deci8io justa i 5\'mpre requerida imtdJalDf'In1tt, de pronto, 0 rnais nlpido possiwl. Ela mio pode Sf.' pi.'muUr ~ Inform8~.1o Inflnila I.' buscar 0 saber scm limite das condi~~, d~s regrns ou dos ImperatlVOS h.potehoos que podcrwn lushfic.i-la. E mesmo que ela dlSpusesse de ",do '550, mesmo que ela 5e des ­$C' tempo, kldo ° tl'mPO I' kldos os sabet"es nCCt'5s.3 nos a 1.'5St' I\$pl'Itu. poi!I bern. 0 momenta da dn'isdo, ro"IO IllI, aqlll.'~ que dew l>I'f ju;;to, prn1S11 s.?I" s.em. pre urn momento finitode urgenda ede precip,ta·

" ~3o; ell' nao~~ 50:'1 aconsequenClol OIl 0 I'f.:o1l0 cia· quele ~ber te6noo ou N!.tlilicO, daquela refIex50 flU

daquela dt.-liberao;.io,}oi que a doosio marca scmpre a Inlcrruf"'j;dO da dt'libera~Jo Jurfdioo - ou etico- OU politIco oognitivd que a pre<:t<ic, e que droe precro(l. La. 0 m~tante da dN'lSlo e uma IouCUIlI, diz K1erh gaaru. bso e p.utiruLarmente vcnladeiro rom Il.'5pe1

10 ao inslante da decisao JUS/a, que dc\'(> tambem 13!1-

gar 0 I('mpo I' desafuo, a~ dialebcolS. r: uma Iourota Uma IQUcura,. potS tal deciyo i', ao mesmo tempo. superaliYll ~ !iOmda. COflSCfVWOO al&:, de pa55l.~"O ou de Inrortsdente, como se ~ueJe que decide !>6 b­\"C!SSl' a liberdade de k dei.>;ar afetar por sua propria dcds.'io e como se ela Ihe viesM.' do Qutm. As conS(' 'lliiincias de tal heteronomla pal'l.'<:elll temivl'i5, miI!I

seN Injusto eJudir sua necess.ld.lde. MesIllo qut' 0 N!mpo I' iIo prudencia,. a pitCiblo.a do saber e 0 doml· "10 das cnndu.Oes f~m. poe- hip6lcse.. ilimlt.Jdo!;,. a deasao 5eriiI estruturalmente 6niu.. por mais tarde qu(' chcgue, detisao de ur#nc.a I' de predpilao;30, agll..oo na noill'do nio-sabereda n.10 regr<l. f"'aoda lIuseooa de rcgra e de sabt.'l, mas de urna re-1nshtui­~~o da reb-ra que, por ddlni{Jo, nio e precedida de I'lenhurn saber e de nenhum.J garnnlia como tal. Sc noo; fjUscmos nUffiil dishn{.io mJci(a e niuda dQ

peri'ol'lTLillMl e do cort..utivo - problml.a no qual nio quelO ~penh.ar me aqui -,,Je,...mamos atribwr ~ irr~utlbilidade da urgenna que prcdpJta, eI5a irre dulibihddde profunda da lrrcllexloe da inoon.oel'l-

" aa. pol" maJj inteligente que ela lIqiI, , e!>trutur.l per form.JIlVa dO!! #alos de linguagem· e dos IIlos It'Ill C'PIIrts como Jtos de justi~a ou de d'rMo, quer tais performativos tcnham urn valor institutivo, quer $C­

jam derivados e ~"Uponham oonVl'f1<;Ues antcriores. E e verdade que todo pcriormatl"" oorrente s upOe.. pan 5Cf eficJl, uma mnllt'n<;"lo .. ntenor J.i urn cons­tat .. ..", ~te pode ser IUsto no senudo dOl fustel.il" JiI mOIlS no ""'lt ido da justi{;!. Mas oomo urn prl fonlla tiw 96 pOOl' 5Cf justo. n05CT1hdo dOl ju:.IJ~ ... lie fun­dament ... do em oonven",.o.:.s. e, porlanto, em OUlrOS prrformab~V5, t.'"5COIldJ.dos OIl n.lo, .. Ie ConsefV,l S('Ill­

pre em sl slgurna violenaa en;pllvll Elt' jli n.lO res­ponde ~ (')(jgCndas da racionalidadt' t~--6rk:a E nunca o fez, nW1COI pede faz~-Io. temos di550 umll C('rteza <II priori e ..... trutural. Como lado I'nwKiado ronstah­\'0 sc apllia de mesmo numa eslrutura pcrfonnab~OI pclo rnenos ,mplicita ("digo que Ie falo. dn"ijo-me a Ii pam diZer Ie ql.lt' isloe veuJaJe, que e as..'\.lrn. pro­mdO-h' (XI n'noYO a pronlelOSa d .. f.u:C1" uma fra<;(' I' de assinar 0 que digo quando digo que Ie dlgO ou ten to dl7i'r te a \'ic'rd;tde~ etc.), a d,mcNlio de jus­tez~ ou de verdadl' dos enunciadO'l te6rico-ronsta­ti\'os (em todD\'! 00; dominlO'<, O:'m particuJ.u no do­minio da to:'Oria do dln'I\O) r1't-'9SupVr :K'mpre a d, Int"R53o d E:" j .... ll~ do:s enullC\3doo;. pcriOl'ltloltr.u>, i5IO l. 5W pl"l'Clp1ta.;ao ~sencial. E513 nunra deWI dO:' to:'l rena ~metn3 I' certa quali<Jade de \101Cocta, ~ as­iJim quO:' l"U scria tentado a 01.1\;1 a pmposta de Le.l-

nas, qUI.". numa linguagem muilo divcl'Slll e segundo urn procedimento di$rursivo bt-m diferente, declara qut""a \\'fJade supOea justil;iI~"- Pa~ndo Jl<'ngo­samenu' 0 ithoma frana3, acabariarnos por dizer • UJ }\'5tIa. il n 'y It qr« p:I de lmIi~ IA justit;;I e a unica coi53 vmbdCU'll] 15110 tern consequentias, e inuti! sublinhlll, quanto au etatuto, ~ ainda se pod ... as ­sim di~er, cia vcrdade, daqueta ~erd~de iKerc~ dOl qual Sonia Agostmho lembra que ~ preC1$O JluNa.

Paroldl)xalm('flte, ~ po!" causa dcsse lTaTlsoordJ mento do pe1funnabvo. por causa desse adiantamen­to semPfe ex~ <iii interpreta~ao, por ~&usa dE'S­sa urgmda to ~ precipi~ estrulural cia justlf>. que estll nlio tern horironk' deel<pedaliva (regula dora au lTK'SSi5ruca). Mas, par isso mcsmo, eLl t#1L-a tenha urn futuro,luslamenle, urn por-rJir que pred samos dislinguir rigorosamente do futuro_ Es~ per de a abertura. a vmda do outro {que vt=} $l.'TIl 1,1 qual nio h;i justi(a.: e 0 futuro ~ sempw reproduzir o presente, anunCi.ar-se ou apresentill-se como um I'n'sente futuro n~ (orma modificada do prl"$('nle. A lustl~.l penn~n('('(' poroir, cia /ern POlVlt, dOl t por vir, ela abre a pr6pri.l dunens.io de acontedmentos iT reduhelmcntc porvir EI3 0 tera sempre, es~ pot vir, e ela u tera 5l'mpre lido_ Ta/va sej3 pol i%U!lUo a jllBh<;a, na medida ern que eta nio e &O!Tlenk urn

" oonceitu juridic;o uu politico, abre 30 porvir a tr3ns­for~o, . refundi~ ou ~ refunda<;iu do direito e d~ polftkil

"Tal ... e%", e preaso sem~ dtzer tama quanta i jUSI1l;L H.i urn paMr P"R a ju~ e 56 h3 justi~ na medlda em que 8Eja potJ5lvel 0 acontedmento que, como iKOIlteom('nto, eJ<.Cede ao dkulo. is re­BJiIS, aos pmgramas, ~ antccipa~Oes etc. A jusli~.l, romo experiencia du alteridade absoluta. e inapn: Wntav('l, mas.! P chanre do aCOlltedmento e a ron­~,i() da hlst6na Uma hlst6ria sem dU'-1da irreoo· nhedveJ, daro, para aqueles que pensam saber do que faJam quando usam essa pal;JI.'ra, quer se crate de h!storia sociaL iJl'Ol6gka, poHtica, juridica elc

EsIse ~ da justl~a ~ 0 dir<!1to e lIObre 0 """~ ~ transbordunentodo trIilj>luf'lltavel so ­

a determin.ivel. niio pode e Me de ...... ser"ir de . iliuo;entar·5(' da) lutas juridico-politic&S, no

I de um F.stilda, ('ntll' e entr(' Abandonada a $1 roes

milis perto do mal, au do piot,- poil; ela pode Il"apropriada pdo mais ]X'IV(,fS() dos

possiVel, e isso fat parte dOl lou pouoo. Uma garan1l.l ab

.-- riJKU 116 JlVde satura. uu ~"UtuTM a l ju~iQl, um a pelo liIt'ffipre fC'rido.

ITlCalrul.ivd mmtdd cakular. F. pmnet ­que a5SOC'1J.mos

• ju§tJo,.""' i5l.0~. 0 dU"Cllo, 0 campo JUridioo que nio 5e podc' lSOIar em fmnl('1r.aS IlCS\IIlI$, ma5 wnboim t'm todos os campos de que ~ podemos ~-lo. q\,ll' nde inh.·rv~m e que;a ,,~n,.;\o 8Ome",e campos: 0

~Iioo, 0 politico, 0 tk:"iCO. 0 t'oonomico, 0 psic()S.ll<)­clol6gico, 0 ftlos6fico, 0 hler;irio etc. Niio apl:'nas' pm'iso caleula., negoo .. r a ~~io en\1'\' ocak\Jliivci e <.I incakuLhd, e n{'goda' ~m reg ... que n.lo e5~' )oJ par rein~entar ah onde eSlam05 ~jogad05 •• ali onde nos enc(l{l lr.uT'lo§. mas I pnriwI tillIlbem fm-10 1.10 Ionge qua"lo possive!' pal' alent do IUg<lrcm q~ nos encontramoS<' para al~m d.lS zonas j;i idcn· tiflchds dOl moral, da politic'} ou do direito. p;il1l aIm, da dlShn¢o entre 0 national e 0 internacional. o pdbOCo e 0 pnvado etc. A ordem Uesse I" prmso n50 "",lIenee pnrprillmrnle fI('J11ijU5ti(a nem ao dll'CIlo. Ela <;0.) pcrtenre a um dos dens esp.1';os tr;m5bonian­do sobre 0 outro. 0 que Sl8"lfka que, em sua pr6prw hel('1ogellcidadc:, ~ duas omens slio indi5.soci;\ \'cis: de (atoe de din.-ito. A polJliza(lo, po. exempl0, e inlC'l'min<\vd me<'moql.ll' 1':111 n30 possa e n50de\'a "u",'" ser toral. Par.a que isso niosej.1 um truismo QU

umll tn\,ahdade, C ne<:esloOirio le.,:(mh\'a'l' it seguin Ie Conse<jlMmcia: cada /II.'aO(O d.l poIiIiUl(.io obnga a reconsiderar. portanlO a relntl':rpreta., os pr6priOll funduncntos do direlto, 1.115 como eles horviam sido p«"''].1ITlenle cakuIados au delimibdus.1SiSO aeon!,' ceo. por ~emplo, com a DKlara(io dos Direilos do Ilomem. rom a abolio;io da escravalur.a. em lodou ou

lutas emanapaoor ..... que pt'lmanemn 0I.l deI.~

pem.1nC«'r I'm cur.;o, em qua\quer parte do mundo, pM3 os homens e para as mulhcres. Nada me pare ..,. menO$ percmplo do que 0 cJ.issi<'O idcolelTUlIlci­pador Nao 50.' pode tento. desquahfid 10 hoje, de modo gf'Q5!>C1ro ou sofistkado, S('m pelo menos al­goma levianUade e sem estabeie1:er as pJ.ores eum pb<.:iWdc5, ~ V\'I'dad(' que lambem ~ nec~r1o, !fern

R'nunOar a esse ideal 1'1.'10 cootr.irio, rt't'lllbor.u 0 ron({'lto de emaocip.1(30, dO;' (ranq~amen!O ou de labcrta~lo, I('\'am:lo em ront;l as estr.u\has estnJluras que dC'SCn!VO;'mos neste mome"IO. Ma~, para ahim dlO!I t~'t1iIOriOS hojc identifidvei5 dol jurldiro-politi­~.lo Nil graridc esca.J.a goopolfti(:~ p.:rra al~m de to­dil5 O!I de<;viO!l t' Ilrr.1Z0000s inrcrei5o.'ir05, p.u;:! alCm

~"~'~od~'~'~'~'~~l~~~~~d£elermlnadas e parti· autra5 z0N9de>~

que podcm.l pnml':ir;a .. ;s-01.1 margtnais &sa mar

i . I que um. \'iolencia ou Icrrorismo O\! oUlras funnas de "

Os eJ(emplos mai5 prollimos IclS sabre 0 erlSino e

alegltima0;3"o dos

mt'<bc ... 0 MlralamenlO social· dOlI ma-da ~ dos -So.'m-Ielo· etc.,

" loa;.I J)( LfJ

sem esqtlC('('r, C c~ 0 Ir.Jtamento daquilo que cha­mamos de vida anima\.. II eno~ ql.lest,x, dila de mumalodadc Sobn> t'Ste li!bmo problema, 0 lelia de Benjamin q~ abordarel agou mostr.l. bem que 5C.'U

aut('Jl" noio (oj surdo ou il'lSeTlSiwl "ele. me!iOlO qut' SUolS ~Ia~ oj e!itIl' ~"O permane-t;am por ve­Zt"5 obscurM ou trad'Clonais.

" PRENOME DE BENJAMIN

011 <;em nuiio. JIIII'I'O"II-mt

illapropnudo. nu abenurn dt 11m rn-0< ',mitts dll

pouro Ilrtu(lld.i

ruWr-; qllt Jklrt(tm cm."Il"'~ Ilqu/

1 Po;st IfXIo mqlllf'fll, /·"'8"~i/iro. fl'TTimmmll' <'1l1i· /I dlUl""'1111

/Olill. t, pTlmmtt

" menU, da amqlli~ d(J dm~rlO, M IIoio OOjNsti(a, tnt­trI" ~ dimlos os drm/Of do IIOIIIfItI. pe/.o /llIl'nOS t.ll rome rk!. podffl1 ~ ill1nrrrllldos IIlIma ITIldi¢o jli5-IIl1rllralisr~ dr flpo grt'g!1 VII dt "PO da ~ Aufkl.lrung·. DrXO propmila/lm'tlll' que /!5SI! lam i assorrrbmdo pclns ff'mI1S dil rJt(J!incia armninlldom porqUt eU! t, antts dt lude. IIssombrado, coma /nllam moslmr, J'l'W prOpria a~~ par IIIRQ qJUISt'-/6gW do ftmtusmQ 'IIII' de­vt'I'Ilr $1Ib>tth<ir. pot' ~ malS joTtt do qlll' rhl, uma /OgICo OtIM101g1az dtz pmencv. da QusbIaa 0\1 da !'!'-pn'St'"llII;iIo 0n:I, ru IfIf' ptrgWIlD ~ Umll nmllmrdadr 'Iiii' ~ mUll' au Sf! 1'M1lh~ pom pt'IISIJT (I qUo! Iuf pam ~ ~ t. rta>lhido dCSSll roisa SfiII nqrnt que for cMlflada de "~. IN,*, JiM}" new dl'Vl' pnmrimml'1llt mo:;Jrur-st !,wspr' la/rim ~Ill rom a lei de /alliasma, daqllJ10 que /UfO rsld "I'm morto /ItItI VIVO, daquilo 'IIII' # mars do qlle mcrto r IIIors dD que vivo, QptrlllS sobrtvromte, hospilQ/nm plIrrl rom II k' d.a tttalS ;~ dlls m~s, nnbo­ra a malS apagudll, II ,,",IS IlpagdNl. mas, por tWl 1IIej­

me, a malS aigmk. ~ Il'J:to de &nj4ll1111 ruW t somt'l1lt Il>I>InmJo por

11m ptI$ldor dilD e 'lilt ~ diz d~ rntalllllMm judf!ll (I'I tJo rni~?tra d(!II6Q QSI'lilaluru que t\j ~Qria de folllr /!S­

JlI!(mlmt'l'Il'). Zur Kritik do:>r Q:y.'iJlt in~-st lambt'rtt "lIma pmptdiNjud.Jico. qUt opOt 0. ~,~ vlolbIciA d" UlM rp.dlo.), qlllr dtstr6i 0 dHl'lIc, ilmolincia mitior (dlJ tradicao gn'gII), qw 11I51alll'1l t rotISfI't"Q 0 d,mto.

2. A klgfClJ pmfimda titsSf' m;;o.w rfi'Jllo. IImll mitt· ,,""fafrio do./illguagt'11I - d.J ''"gtn' t do. npmfnclll da

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hnguap - !t1(Il1Ido 0. qll4l 0 mo.l. isto i, 0 podq lnlll, V'mI illlngll(1gt'm prio. tria, prtcisamertlt, da represen. ta~iio (kmt/ d~/jo m/dqll'o), IS/(! l. ptkJ drnlLflSdo reo prt'SCnlat iva., rned,adora, porlanto) IknkJ, uoJuaria, ~mi6tica, lnfolillaliva, todas das pothrao.s qutamls, hlm a Ii~ I' a armslam 11(1 qwtda.foJLIIH/O dfm,~ brA"! ()Ij j:wu dt S/Ill Ik<inna¢o cmgrndriA Uta In"IO ~do II a1-'ril~ a """II~ 0 dcmr 01/ 0. apdil dIJ p.t5<?i(ll nIP nmnt. f\orgun!am>~ ~ esse pnmIlI\tI1lodo ntlmtSt'

IIrtlC1</o. rom Q IWOmbra~o I' IIk1gfOl do tsprdm. &s.! tI'ISflJo lit Bt>Ijtll.un Imlll, po!5. do AmllltI:llfli"nh\ daqur­It 1//01 qut vrm iI t da lingtli1gtm, ptIa fl'PIl'SI'Ilt.lfilA I IIImbim 11111 rI/SIli(l no qllal 05 OOIlO'lfns lit ITSpoIISII&IIi·

diuk I' a.: Sflmjfoo. iU' d«rsiio. ill' solU¢o. rJ.. nlS11b" OJI de ap,a¢o lim 1I1n papd dlSOflt? IIUU Sc"/II dlivlda maun; 1fIIlJSt' Stlllprr 0$$000.110 0.0 VIllar ~u(DOCO do Indeddf­vrl. drJ qut t dm!Cft!J1ro r «dt-mcni4almcl~ ambfpo·.

.1 ZUI Kritilr. dcr GewaJt ""0 i IIJ'('WS WItllZ crllU<l

U Il'pfl'SNlla(iJo CDmo pelWlsao t qutllll da Il1Igutlgtm, III/Zs: dir "7"NnIP{ijo ronro SISU'rlla poIilu:t) da niX/"ll. dD. ftmllal , pm IlIlIItnla~ Dessr IlOnlO dt trista, f"SSI' en· lIIiII '~UCI(lndrlO' (ltOOiucimillnn /lum NIl/a 0.(11111'5'

JJIII IEllipo nUlr.risla e meosioilliro) ptn.'I1<.t, till J921. Q

ano5 30. Cnrl Sdlmllt. qWt

mantnr UIl1ll CI:lI"tT$pOIl.

4 It. IIUr.s/60 Iilo poi,binCA e pollssltlllCA da rrprr­!Iffll;l('llll SC' Q~nlu uindtz de OII/ro 4ngsr/o, ~ I'S­

IJ'D""" l'II!O'Iio ~ per d'W!tgWT mtrl' duas VlU'

IinOIlS, II ",,,,,,"ou foruli1d()(rl e u t'ioIifIofl (lII1Sm.Gdo­I'll, Bt>I/'Imrn /em dl om~ 1!111 dudo IIIQIIK'IThI, lIur lima niIo podl' f,("( Ido rruliCQlfI1l'1Ik hdnugtllM II ou 1m, J4 'llif II fJio/blClll diM fondadorn i Jl('T tIt'Zt-S ~rr­prt5t'tIlada·, r ntnSSUriamml>' ~Idll, no SC'ntliJo far­It'da palmJI'I2, pt'la violt'l,cza COII!'m.'Ildolll'.

fUr tod~, ~$1'IlZiio!s e ~ndo rodos tsst'S Jios /"Ir 1~/II'lIdtl!l, 11(>'<0 quai'" DOlt~rri, podl'mOli taut' algumllS prrgunlu< £lois r.stanJl) nl) kllrUon/1' dr mmha I<:rllll"ll J'1IfSnlO lIul' tU ruio tenkll aqui 0 trmpo I (15 mri(15 dt fl­

pI,o/Jf.la,. 0 11111 Irna pen5'ldo 8t'nJ<lmm, cu. prio nlt-1105. qur ptn>llIftl'nW dl' IJtnjtzmml5hf uirhou/mmk p. mlldo QII Qrtl("'lllado n~ rosalO (e smf Qnlmpdt't'" a mptlwda -soIU(Jo jiM!"? Dl- 5tlI pro,..I/!. dt SUIi rm' ID'(Iln, drI apr-rihIria lias l,lihllUlS, d(lS pdgtzmm""'- , .... ,. m;sm, in~ rrpmtI1/a(0C5 PUlmltit>a!O. opIrf"ll Iit'llS, IItm<lll< rom qlll' Sf tl'lltcu mtdr-/Q 1 Comn &n­jllmln 11'1111 In/lid/! dda!l7Comn II'ritz elt~ qur!lt" fala • ..-, quI' SC' Il'pT'I"f"Irtas&t' or, Sf proibl$Sl" dc rtp1'I"<'1I

'ar a ~~III~,lo Jrnul"7 ~ rdt7llifKA ·Ill, dl' lht' roll<l,\t'U1'

05 lugum. II!i ongt'tl5, as rrspcn!iOlbllidades (rom(l 1i''';';'I. tv. aJf1W JUIl QII JUris/a, romo morallsfll, rot"'" hol/ltl/I ,It fr, ron'/(I p«tll, roml) rinNlSla)? It. ",ul/W1icWuk 100 ~I" '

gular 11M aldigoS qw SC' =mll~ II'xto, t' pam II "'" Ill'" Imlltll1lrlC1!\ 0 numo dll I,,,SUDP da n-oolu,40 mar.rulll >Ill .Ill mO)/u¢o rrII'SSIilnlCl2. IZI'IwriIrId>' ana..

1liiio aptn<u III/Ill nom t'TII hl5-t6nCll I!IQS 0 prrjprw CI/IfIt­

PI ~ UIIUI t'f"nllldrim hlSMnIi dlSfflloomflidli do mlto. fIII6:I isso mill drfims 11$ hipcSttsts IlIl'l'Ol dt um dlSl"llrlO ~m'nlllnt) soM-tI "soilo(lJO {mar t lk 11m di$rur:<O bm i""'lnWIltl sobrr II p(><SIblllMdfo QII Il in!posslDllldlldt dl' _ dlSl"llr!iO!IJObno tI "5OlJl¢c fi/lill~. Uma "solu¢o jiM/" armr do qual sma imprudttJ/f' dizrr; rom bast 1U/$ da­in vbjr1IIXU ria ronttrhtril1 df Wann;;t!' rm 1941 r d/! Itridd,O de lkn}'1mm /III /rolltrlra fra",;o--esptmilalll, cm t9-f{J, qll.l' ric ,,311 !lQul;r d~ luula A cronologia df tais avntromcnl'll5 IIIIt"a ~ 6bl>11I [S/!mprr mrontmlT'­IIkI5 n:mit5 pnro s~s""'tar II h'pOItst dt qUI' HtrtJllmm, edt 1921. nJo ptoI~OII rm QIIlm roisa St'nolo /iii pos-

, SoJIu('l1o linlll. qUO' &tsa.fia MI/lo mlli! It II 5l'II z.>n; 1'111 lahta

dIllin-

li/I'rfl­imp0s5i~s, mas serilllll .II/ados,

/! mM. tsCI/lologkamtnU do fillf 001111 em prIll IIdUt'l,Io IIi/ida pro/fICtld/! de

IIOfIIN. dt uma Ungua au tk unUi pofh 1'111 ~ti/! It ZlIIUI Hngull dos signl/S, dll

011 romlil/irnln'17 No Jilllli. 00 0100 tk lima in/lira 110 deu:Nm da IIU111

.. truladD tit ,"lido fIIrtuQl. obi/quo 01/ tliPhn>. propqm aI­jpol1lOlS hlpdlesi!5 sob" as III4IlInrvs como I'S5t.tt:rM .It. 1921 pJ<k lin" /idf} ho.it. I/rpoo do adumlo d(llllllUma' do IIrcmtrormmllJ da ~soJu¢o finar.

Antts ck propor 1111111 mrnprttu¢lJ de55e IDto 5mgu· la, t Ik articllla, nlglm'lls qUl'SI,,", qUi' 1M COJl.(:l"ml"'I/

nl(l~ dt ptr1o. dtw II/ndll. nMa jd dema;;wda"...,ft> Ion­gtl,ntrodwoao. diIn' dUllS polsnmu llamI dos rotUn-1lIS

IIO'S qlMll5 romm'J If 1fT t<~ tnSll"), IInlt's mf'Sm(l tit pm­SlIT M:;/I' rolliquio. ~ mntaIU foi Juplo r nI (} dtfirHrTil () matS ~UI'

IIJilIiOllll{'llie possive/. I,mliandl,r~ IlQj hTiws qut podnn illtrrrssa,.lID5 aqui, tSlO lafar, ponjur r/1'5 dri.mrDlII a/­g~n~ TII'/1"O'i em mmhll {pi/11m

I. H~pnmmulllnrli'. noron/extJ)dt IIms..,mM­rio .1(' trh anos scbrr ·nllCIUIUJ/'dadl$ t nllcUmlllismf!l$ fikJ6Cficos~, II/IIQ IOIlgt2 ~lIhIcUl tk 11m ano. ~ .. bmlrlll

/11.11/ Kam, 0 Judeu.. oAlemio, duranif' II 'Iulll. esludnn· du II 1l'l1if ,h .. ia Jirlnsi.fi=lll trIa$ insIsIrrk da 'ijJOIClD. if KIlIII. all a f'f'rto )udQismo .I, /(unl, tin /odDS aqurlN Ijl,e qui5Crlm . .It t-I4wll'Tt Niert:>c:hc II Adomo, mipun­drr.! !'"Pnw- ·Was i~t dCI,lI5Ch?~, rII~-ml' mu/-10 por 111/".10 qut cham, mtiio, dt ~p5'qllr JlldalClHllt· rnd,. ism I, II /OgiaI tit ctrtllS jm6mcno& dr cspecu/andiJd.'o ptrlurbadcnl. rL1 m!S1'UI' rtfIrlrdlll'lll m1as grandn ft­gums dt pmsadorrs t f"Sm/i)r'tS JudtNs aIDPiae; dl'Stt st-01/0. Cohror. B .. bt-r, Ro6nuweIg. SthcJmt. Morno. Amldl • t juJtumrnk Bmjamin Until n-jlado shio. sabri' 0 na

" ...., t sobrr II ~soIlI(lW jiM'" ,.,., "..,. prroor-st c;Ir _

....u~ oomp;a. mlm,,,rnWtl t poliMnctI dIl Irl~" t • tslnlllfm atJSQ ·J'SlquI" judairo-il1nM bllrtOl.ltrus tflfsDs ar. q~ "do pasS(} fnla, Aq~j, tsI~dAl"()s Illgumll5 .,.,kJguu, dmlln-us maj~ ffjulvoros r. porlN!U$ mais 1/1-

fIIlttalllt5, mtr't' ~ di!!CUrsos de ctrfIJjI "grtltlr/fl;" prrr~­fIonsalrnuln rmo-Judew; tartos ~gmndt$. ~ ~ "It .. ~: arto prltriotiS",II,ft?qurnltmmk urn ",0,","5mll, PO' ilt.U'5 ~ urn milltansmo akrtuio (dUNlltt t depoi5 da pri~m 8I'tmJI ndo tTa'" a unl­til "na/oglll /008" d,SSiJ, por .-:JZfflplo. 1m Cohrn OU Ro­.tMllrig t' lIaqurk Jlodeu COfTtItrlido qllt' foi I fllSSt'ri. t IIt:sSt mmC11'rJ quI' ctrlas /lfillidade;, Imuladas mas dr­Imnindt'fis, mtrl' fSSf talc dr &lIJamin t mtus Itxtix tk earl &hmi,t, OIl rk H~ pam-mr"'-rnc 1I'IL'r"!'I:l"-

40nls at 10m" mll'ffllgOl{llo 5hia_ NtJo opi'.nas mI ra.:ao *' hostlluladt a dm.omlci" prl,famrntar; OIl a dono­mana lout court,. Mo ,,~s I'm l'iUlio do hostilidadt d Aut1<brung. ae (Via i1tltrpn'/O(lio do pUlemot do~­,., OOU",UIIClII r dil/mgull8ffl!. mm '''mbbn I'm rnziio dtuma 1ettU1llm ria "desrn.i(ijo·, mUlto "" oogn naqut­'" Iptxn [",IIOTil II Destruktion Irndrggmannllllo 5t

txIfI/ullda rom 0 ronn;/a de "Dcstrui¢o' qUt f'l;1evt' tanl­btm IIlI anfTO do ~ bl'lljaminintlO, ~IOS IJIl5

prrxuntar 0 qllt' SIgmjiaJ, 0 qUt P"'(IQfll I1U IIn~pa, til­

'" 111 dlUlS gutml.5, u,"a I~'illl UJo obsrssiro, umd" III.IIS qUI'. t1'I tcdllS lIS cv:;(1S, fSSIl d."5hu¥;iio lfi<tr stt Imn-111m II amd,rdo dt' Umll 1fUd.¢o t dt- lima mrmOna QU­

Ih!tiCIJ.

• •

2 ONtro tnfh'.W: par 00&f0 Ii' IDft roiAJum m:tllil', rmllZlltlo IIfI /..auI Sdm tk Gm/a.» "rr.lhiw linitmllycf Nt'IO};lrl.. ,"IIII./Oido ~lKrons/1'udJol1 tlIIIi 1m ~i"'/,ty oflU5ht'l'", t1l hal'II' W!I~o. riryo's rit um IMgtI ri, ... nmc ",I," QS "Ja(~ cnhr d&:cmsm.¢o t JII~ti~Q. a t'XII",ilUlf dt OIItru ungulo ~ Into ,,, 1Wn}Q""'" pol'/l 11I'k' "'},'liIY, J""'11,,"11>', r aI)f! a nln'OT pnld.'noa poiiISk>rt uma trn)fllinu d..".""mTalllf' f.sirl ~ ~11OI't-<t1CQ, ma.o pm­dIU lambl'lII aconl~illl~llas tslmnhas~" $1111 }'rt1lfirl

aporia, como UIOIo1 ~pklr M ~14JOOl'Srrul'ao. sc luJtI rir ~ulrldm dfllC):trJ, /flU' 56 dl'ixa apnretW ('limo hrmn,u it vW/t'nl'iu rif!iUil il«maluta. As IlltuIW pa/amu. a 14th ­ma ~ tb;t !Q:Io cmsagrndo a ItO("no difiri!mn" .. Im­dudr.>rl do' Q-v,.-alt (",v,o.!hJr:ta", n/QS ,ambbn ~forrG Itgi­hlllll-, Melinda 1114lorimdll. podtr ~'(II. (VI!W qll4nJo '< fola d..' St.Yt~tt'W;l11, II pndo' do urndo). T1:SISIOUm romo o rilofor' po t'1Irurtitar 01/ na l>i'!ipml dt IImIl orneJo qllt' "",,, y 0W'f' ,""is au Qinda lIDo. [~~II!mo (fItIt· rr('I1""",ru ",)0 ol'mos aso:i'lO. 0Cm I"'rlO do pmrntlll' tit Hrnlllmrrt, 1'o'll1rrr; III/IS 110 fim cit 11m tcxto /flit Sf nnpt· nha rm dtsron,lrlllf t dtSquallfil'llr /.odO$ a$ OF'7SI('Iits qlll!(r>/«Du de 1/1000 cnnm (pmlripnJ",~rll' a do dtodi­IIt'J t d" Ind'Y"illiuri. do julgaml'1l10 rcrlnm ~ rill r:i¢o rt:

ooiucionarill. tin mo/bleia ftmdadfJfll t rill Vlo.'(>!<lU COII-5trUlim no llltrnor do "m' .... o dUl'JIo mJm/6g!f1' opos· 10 II JUSIa VieiblOil divmil ttd. '11) fir11 dr um lat!! do quol ""'-, rr<1U IItImlUfl oubn tm~ (1Irlnro. ftlosllfo-n

·l",..... ... do .... ~~....-_ ..... _.~_N ... WoLiN"" "

.. (>u sttndntiroJ, I1.JWn _ mI'SII1O II/gilm rorIfnMc ~tm­

du::tm'" jurrI au mrgu/a~ tit 5eU prtIpnn m'1l1o. fvm tk _ prtSprul rvina. IOIIiI lilnrm frnSf', Ultl/l for« ncv­'''''>gol'll nflmna 11I$l""/I.,rn t 0 lido. IIOffIW (I _ t lIIluJlo q~ !/It dill/na M d.wo ... ·altende· . £sst "jogo" t"l/trr wallen t Wallt'l Mt! pt>oU OCIIS'lI'IOt _hullla rkmotrs­Inl¢ot nm/!unln rrrle:a.l:5rtf. a/rds,o pmulowdtJIUQ jtm;o "~mDrn:!Tam:w·: I'S$O ft>rffJ dmJTTC do dhll!looQrlD dn rognihOO do prrfomUJlmo. ,\.1a5 es!/It "jOgO"'I<ld<l /em de IUdiro_ f'bt~ .;abc",,,,,, ptJT outruladc. qUi' Brnjrlmin!/lt IMt~ nJll/ft>. pnlleipa/:rntll1i IW f'llsaio 1\5 afinida­des ('!cnva5 de Go;!tht'. pdllS roi"cid;;ncia5 fJltI]lOnas

"iii! s.gnijiollllN qllt fJ('lInlO'{"ffl! nO!!' II(11Ht."I' pn'IJ'nos

Jl.1tu sah It'>io>s, II/gum di;l, quf'nl rlSSPlII a 11IC1JinIjQ1

.\-00 ~ Drvs." Tadooutrn 1 CI\IfIO 5It"'prt, nao ~ (I outro 'I .... _11111' t'iiv ~ II "I'Itl1b1ciQ dit-i1la" qllt I..,i scmprt:

pm:Nldo. mil' tamb!'rrl dJuIo rodos os prmooU5. dando !IOmmll" 110 JNIfIIl'm II putkr d .. """ltdr? ['5 as lilhrnll~ pa/ot'lilS df!5K talD Ntmnlw_ ~Ir. t>ioirncia dit'illll (dlc

got!hchc Gl· ... dlt), qUi' f 1'15('<'l1il ( $fW (ll\Slgnium uod Siegel). Jarnlll~ ",,.io dt !'Xrcu,tlo sagmda, podt set ,ha­mmf" de sobNullR (mas die ... allcndc h~n).·

Como 1erfS5t' ItxlO ~>tdD urn go'S/a "dtVOlI5lru tor" qllt n,),,:Jeja. II~ O')rIIO II1UICQ ,,/(11. tlt'llJ hrukggI'­riano.1I(1II mllllm/maJID, m t\'!'I ~nra (I pe7g!mt<l difo." t ,oknlro oj14,. I'S/a /tItum ~rw arrismr./

5<" 030 <"SRO\t'i a pacicncia dos ouvinles, abo!" dem<Jo!l agora, em ootroestilo. em outm rilmo, alt":i-

10

Iur.l prometida de urn \0%0 b~ e desconcen.Jnte de Benjamm Trata-sc de Zur Knlil: d" ~It' (1921) N.lo OUSIiremos dizer que e95I:' t~1o e aI'11IplAr Es. tamos aqui num dominio em que 90 h;i.linalmmte. ex('mplo!; ~in~'Ul .. res.l\,)da f! absoiulamente b:ern. plar. Nio lE'ntarei justrficar, dO;' modo absoolula, oil ('8.

rollUi d",,,'Ie IClClO Mas oem pur ina ell' ~ 0 pio. Cl«'mplo, nurn contexte rdalivamente dl'termlnodo, C()mo 0 'IOSSO.

1 A an.illSe de &njamin refle!1' a m'iC' do mo­delo curopt'lJ dil dclT"IOcr"acw burgueSol,liber.:d I' par­lamcnta •. e portanm do COIlO'ito de dlrellO dde In­scpilf~v .. I.A A1cmanha d .. derrota e ent.'io urn lugar de cooc .. nt~.)o <'lI1rema para essa rn.o;e cUla origi­nalldadE' reside l.unb&n em cert05 tr.I~ rnodc.nos, como 0 dimto:' grt'W. 0 C(lIl('\'jto de gre\'e gt'1i1I (com ou km rderenaa a Sort'I). E tambem 0 momento scgumlt' de uma suer, .. e de uma anlegul'fTB que viu 0 dt'SCnvoh,mcnto mas tambem 0 m~logro. na Europa. dodiscul';() padfistl. do anhmtlilarbm(,), dJ critica d,'l Vlolentia. ale mesmo da violi\ncla juridioo policillJ., 0 que n.lo tardar.i a repeti . sc nos aliOS !Ie-

n

guint~. ~ tambim 0 momento em que as questOes da pen<! de mOOe e do dtrello de purur em 8=11 !Ie

aPJ't'Sentam com do\orosa atualidade. Em razio do apareamento de nQYQ$ ~ midi~tJC~ como 0 r3dio. a mutar,'"60 das eBtrutums da opmoo pUbI= 00-rne<;a ii questkJr"ir ~Ie modele bberal da ~ o u da dehbcr~io p.ulamentar na produ(io da~ lei~ etc.. Sao e$$3$ oondi(,jes que motivarn os penM mentos de juristas IIIC'ffiAes como Carl Schmlll, p.1ra citar apenas I'$IC c porquC' Benjamin rinha por ~I ... grande respei to, c nlo ~5Wndia llma diYida qUI." ti ­nha par.! rom ell'. dhida que 0 pr6prio Schmitt 1'150 hesilava ocasiooalmC'flle (Om lembfar Fa! bu Kntil: dtr Geu.1Q11, ali,ls, q1.K' \·aleu a 8C'njanun.. logo apUs a pubhGl ... .io. llma CMtli de feIiot~ do grande juris­I..l roru;ervadl,)l" GltUliro, Mda constitudorWlsta na rpoca,. mas do qual se ronhecem ~ estrmha ron\'C'r san ao hlt\C'rismo. em 1933, C' a rorrespondcncia q~ mantecl com BenjOlmin. com LeoStrau5S e rom HeI­dC'gger. entre OUlrus I\lrtanto, e5SeS mdin'S hlst6 ricos t4m~m me interl"S5arnm. PoT exemplo, esse lexto ~ ao mcsmo tC'mpo °misbco·, no sentido!l()­bredeterrnlnado que :.qUI nos mter=;a. e hipercriti­co. a que elIta lange de 5I:!r ~implesmente rontradi IOrio. fur cert()$ tra~, ele pode set" lido ('Omo urn enxerto de mishclI neome<;.SlolnJu JUda.tu sobre urn neomanosmo p6s IiQrclJano (01.1 a iO\'enO). Quanta lis analoglas entre ZlIr Krihk dtr Geu.'lfll e certos as­pectos do pen5olmento h6deggmaoo, elao nJo ~ -

72 10II,A1lf W

palio I nlnguem, $Obretudo no que ronceme aOll (OfIttitos de \\blfm e de G,1I11111 ZlIr Krihk /i(r Gtuoall condul CO(I\ 0 tmla dill vioIenc:ia divina /gtII,"""r Qo. !Lull) e Walterdi~ para tenninar, que ('S5.1 \'KIlentia w-ma pode §('r chamada,. ~ dl( _Jttndt (eN gQlI/ICN Q·wa/I/ .. ,J mag dit lI.'lZI/.eI.,u. he/ssm) Ai> iii tlmas palavras do texto sAo "dll' u'Q/tmdt /tmsrn", como o!lrllJ discl'\'to e (I prenomt' de sua usmilt\Jra.

£ t'5S8 rcdl' hist6riro de rontratos cquivoc:os que me intc~ em sua nt'Cel6idade e em seus pr6prios pcrigos. Nas d~mocradas oadentllis de 191:19. (1'>11'1

tr.Ibillho t' ct'flo m.imcro de precau«io-~ algum.ls h ¢Ics ainda podem deb ser nradall

2. Esse tcxW mt' para'\'l.l ormpbr. ato? cer10 pon to. n.:I medida em que.IC"o"alldo-se em ronta <1 u .. m.i hn de nosso ColOqUIO, ell' se presta II urn t'1IO(!fCioo tk k~tura ~onstrub~'" 0 '1m' ~'QU tent.1r l't\OI$tnu

3. Mas ~ dc9conSlTU\ao n.io !Sf' /lph«l 8 tal teM

to. E1a nunca se aplK'iI, alias. II nada de {,,,tenor. 801 C. de cella form.l, 11 ~ao, ou n1 ... I~or, a propria e,,­pI.'filooc:\a que ts5C tcxto, ao qut' IT\(' pilreo!. fu primt" riU1'1('nll! ek! mesmo. de si mcsmo, 5Ob~ ~i mc-;n'\O.

Oque qut'r di2cr ISSO? Sera possiwl? 0 quI' ~ la, cnlao. de tal ('Vento? De sua lIutO helcro de~ ron.stru~.io' Dc seu justo e inJu~o lfl.1Cabamel1t('· o quo: t II ruiN de lall'>-'ffito, ou II fcrid.l abt-flil do till a<6ln.atura' Ei~ uma de nunhotS PClb'UlltilS ~ u"'"

" ~nta 50bre • pr6pri.1 po5Sibi1i~ dol de5rons-1ru!;3o. Sobn- SWI Imp05Sfvel possibilidatk'

A demonstrao;.io de llen)oilmin concerne, pomn to, il quc5tio do dln::l10 (Ri'drl). I:1a quer ate ml'SmO inaugur.1 r. podert'1TI(K di~·lo daqui a pouro com Iodo rigor, um.1 -n\MoRa do direIlO-_ E e!>ta par~

cxganiT..M-~ em tomrJ de uma ~n.. de disti~ to­das inll'R'SSantC5, prallo('adoras. necessari.as <lIe ,,,,r­to POlito mas,.1 meu VeT, rJdlC<llm",ntl' prOOlcrn.itkas.

I II:). pnmciramcnle, a distin~oentred~ viu­Ifncias do direito, dua:s \'iolCm·l.1~ n::iativilS ao din.'ito' • viol~nda fundador.l. aquda que institui e inSIIU­,. 0 direitu (die rrchtSt'tundc C.tWI:I/I) e a ~iolenril

aqucla que (OfIfirma. as.ll'-

(d.

mas ja dissc que

~~:":';:"'~~'~'O:~'"~·'~':"':l'C,:au¢es. GmIalI pode SlgrufI-o dominio:J OIl a soberal\l.3 do podcr lcp1. OIl autorizadac a fQl"(.1 de k>I

,

2_ Hi. em 5Cg1.lida. a dlshn{ao cnt«: a Vlok'!nCI.1 Ii.,mdadcn docl..rerto. que e dila -mi5bca- (!iUbomlen­dldo, gr~ pare«>-me) e a vdel\da destruidora do direilo (krht$t-'tTlIIch/nIdJ. que ~ dill divina (subel\­It'rl(bdo, judi.1. pare<:e-me)_

3_ Hoi, fin.1]m~nlc. a dishn,.lo entre.1 jush~a (et rrchrjg':f1t), como principio de 100a coloca<;ilo diVlna dl' finnlidadc (lias PrillIip allerg5ttIKkn lw«~IIg), .. 0 pQd .. r (Ma,hl), como prindpio delOOa in!itaurn­~.1o mr5tla d~ du"Crlo (Rill"/" "ry,lIjsd!n1 &chrsnvmg).

No titulo ZlIr Kntit duGnmlt. -critica· ruo Mg­mAca sirnrl('Sfficnte avaliavlo neg.ativa. rt')e1o;;Jo ou oon~io k-gitilNS dol 'ioICncia. mas juizo. avaIia­,Jo, eJo:aJn(, que !K' doi os mCI06 de julgar .1 Viol&lrr.l o cooccilO de crillc", implicando a dKisio!lOb fo' I1\i de julgarl'\('f1 lo (' a queslao relall,-a ao dlreilo d(' julgar, lem as5UTl uma rela{.lo e55encial,. 1~1r me· mo. com a ~f('r.r do dlf('ito. Urn poueo, no rondo, mmo na tTJdi{ao kanlian3 do mnceilo d .. cr[tit'l!. 0 ('On((,IO Je viol~nda (Ge-0.iJ(2It) sf:, penrule uma r:rfti ca avaJiadora no csfcra do dir .. ito t.' da jUMi~ (/Wht, G.-.,rr/tlrgint) ou das !'('1a~Oes mor~is '~lftlldli' \frrlru/t rri-SSC"). Nao hi violencia narura] ou fisica f\xIc-!>t'. .. m Jjn~uagt.'m figurad.J. falar dt- Violen(ia ('(1m l<'!i·

pelto a. um tCTT"Cmolo. ou mesmo a uma dor fisi(" Mas sabe-se que nao 50!' ITdla af de uma Vu.'UII qu. pos~ dM lugar.1 urn julgamenlo. di.1nle de algull\.i1 insl.incia judicial 0 ~IO de vi~cia pc.I\"rm.'

" .Ii ordem sirnb6liGi do direilO, da politica e cia mOl'aI - de iOOas as formas de Qllmndak ou de 1I1I/VruIJ(li':I, OIl pe:1o rl'\('f108 dt' pt'etensao.1 autoridade. E ~ so. mente ness;. mcdida que IiII ~to pode dar Jugar • UIT\d critiao. Ate aqUI, ~ crflica 50!' insInYeu sem pre no ~ da di:;tmr;.io entre meio I' fun. ~ ob­;eta Benjamin. persulltar-!Ie se a ~,olencia rode 6("

um meio rom viSlll5 II fins Oust08 OU injuslos) e prol bir-§{' de julgal a ~iolCnO.1 rillmesma A criteriologia concerniria cnt~o IKImt,'ll le.l aplicao;.'io d~ viok"'cta. nio II violeno.1 cia mtSlIIQ Niio !laberiamos duer §{' esta. enquanto meio, I! rill ~ma justa ou niio. moral OIl n.io. A que&t.io aitiar PCITTlilne('C aberta,. a de wna walJa(;ao e de' uma jUSlifka~ao da \'iolencw em si mesma. como SImples metO, (' qualquer que se}a Sf!U

lim_ Essa dimensiQ critic.a tCn.1 sido exduida pela trildi(.io lusnalunili..la.i'Wa os defensore<; do direito natural, 0 recurso iI mei08 vioienlos n.10 apl'l!S('nlii nenhum problema,. ja que os fins n.1lorais s.io ius los. 0 r«urso I meiO!; vioIenlos e t;'io jusliflcado, l.io normal quanto 0 "din·r!o· do homem a m(l\'('r:'leU r;urpo em dlre~lo ao oll,o:otivo visado. A V1olend~ (G.-wa/t)~, detrse ponto de vista, um "prodUIO natu· w" {l\'al'''1n-odIlH}' Benjamin d.i alguns exemplos dessa natur.tl~MJda Vio~ncia pelo jusnaruralismo,

.110 £Stado fundado sobre 0 direilo natural de que faIa Espmosa no Thlmdo ~polifjro. cuJO d

I

7.

dadJo. antes do CQIlmto ronn.1do pcI.l rat3n, e>:cr­C(' dt Jl'rr uma \Ilolcncia de que ilisp6e Ik /nero;

bJ 0 fundamento ideol6gioo do'terror ns ReVQ ­J~.o ff'iln<:es..;

CJ II'i ~r;Ue!I de certo dilrwimsmo etc.

t-ias. se COJ'IlT:Il'I.lmente ao lu~tumlismo,a tra­dil;1o do din'110 po;:itlYO e m.Jis alenta ill) deo.~r tusto 1\('0 do duclto, cia lam!x'rn fica aquem do questiona menlo (ntim proposto poT Bcnjilmll'l Scm duvida, t'la nio po<.k> COMiderar que 1od08 os meios sao boos quando sc coNormam II urn lim natural e 01-histimro. 0, presclh'e quI' SC lu1guem os mei08, isto e, ~a confut:mid<tdc com urn drrellO que ,lInda !'SId em CUM de ronstiluil;;\o, com urn nO'o'U dire'lIO {pol: con­scgumte niio natur,,]} que l"la aw.lia em fum,.io d05 meius. EIa n.io eJICIul,. portln1o. UIT\o1 tTflK\iI drl!! mcios M<lS as duas u.iies compartilham 0 mCQllO p~ supostodognU.tico. 0 de qUi,' ~ po!km atingir fins justus per mei05 1nfUSlMo- ~O dil\.'110 natural SO? l'Sror· ~a pol 'ju!>tifiCM' ('rcdltft'Ttw!n1 05 1nCI05 pela jlbtlo;:a ck>s objetiVO!i (drmh dif Gn«hrigUlt dn' Zu.«<h); 0

ehretto po5Itlvo Ii(' e40l'l;,1 poT 'garantil' ('gnmllflem'l1 II ju§~ (&r«hflguug) dos fins pela lcgllImidade (Ct-rrchtlgkeit) ~ meios.·' A5 duas trild~Ocs giro nam no me«mo ct~ulo de pll"S~POSI05 dogrmih cos. ~30 hoi n('nhum1l 1I0h.11;;lo ~ra II antmOlllU

77

quando uma contr.ldi~.io surge entn.' fins JU5l0$ I' meiQ£l ju~tifJcados. 0 ditelto pos,livo pt'"rm.rnecrria CE'gO it Incondjctonalidalk dl,)!l fins, 0 rurcilo IUtural .. condlciOOlltid.ld<: dos meIOS

Entn:tanto, embor.i pllrC'(iI n.io dar ratio nem 11 um nem • outru. BenJilmin con.<;er."iI, da tntdi(;,io do din. ... \O pos,t tVO, 0 !iI'fludo da hi!Otonaciade do run:;-10. £ vcrdade que, lnvcrsamente,O que ell' dlra rna,s adi;lnte sobrc a justi~a drvlnn nila e ~mprc meom P'ltivel (om 0 fundo tt'OJ6gico de 10008 os iuw,atu· ralklas. Em tOOo caso. a crilica bellJammlana oa V\O­

Imcia pretende cxcOO!-r a~ dllas ~ (' j.i nIo prrtcilCcr.i esfura do d,n'l\o I' da IIl1e"rplcti)\iO In mna da ir"l!lutw..ao juridica. E1a pmen(t' aquilo que de chama, nurn sentido balIlantc SlIlgular, dE- "file­.0011 da h,~t6ria·, c sc ilrnlta e.tqllessamcnt(', como IImlpl"l: 0 f,u Schmitt, .:J05 d1l00s do direito europeu.

No que tern de IIWS fundamental 0 dlrc1to rlIlllpt"U tende iI proibit II vioiencia IIld,~-Idual e a oondeN-~ 1111 medidol em que ela am('ol~~ nIo dctcrmi!l.1dol le~ mas a propria ordem jun'dica (dU" R,rhrwrrlnung). Dar 0 int~'reSse do din:-ilo - poi~ 0 dl rei") tern Interesse em :I(' ill5t;!urolr e a cooservilJ II Ii m~o. ou em repr('<;('ntilJ 0 interesse que, jlbtol-1fI('flk'. elc rcprcscllla. Foliar de urn interesse do dtrci-10 pode p.1Cl.'CC1 ·surpn.=ltknte", e a pabvra usada pol Benj4Illin; mas e..o mcsmo tempo nouna!. e da nalWl'UI de !/eO propriO interesse pr{'\('nder e)((luir .. ~ violcncias mdiYidlWS que ame~m sua onk-m; e

com VIStas a seu interesse que ele mlJnopoliza, as­silT\, a ~iolenda no senlidode &wall, a Yiolo~ncia en· quanto au toridadc. H~ urn "interesse do dirt'ito lIa mOllopoliz~ao da Yiolenoa ~ (fnleresst des Rochrs~" drr Munapoii!'iernng der Ge:oolf)'. E.~ monop611o n~o tend~ a proteger determinados fins lustos e legals <Red!~kf), mas 0 proprio dJreilo.

Isso parece uma trivialidade tauto16gica. Mas a tautologia nao {o a estrutura fenomellal de rerta vio ­lenaa do dlre,to, que ele mesmo!ll." instaura deere­lando que e ~10Iento, agora no scnHdo de fora da leL ludo 0 que ele n.io reconhece? Tautologia per formatha au sinte50e a priori que estrutura tada fun damenta~ito da lei., a partir da qual se produzem pcrfonnatl\'amente a~COI\Yf;'Il<;Qes (ou 0 ~credito· de que falamos anles) que garantem a validade do per­formahvo gra~as ao qual, desde elltoo, obtem-se 06

meios de decidir entre a viol&.cia Icgal e a violencia i1egal. A5 expressOes "taulologia~ O\J ~sinlese a prill­,r, t' sobretudo ~ performarivo·, NO silo benfamiTU.l nas, mas ouso aef que elas rW tnu~m seu prop6sito.

A fascmal":.lo admirativa e.>:eTClda sobre 0 PQVO pela ~figura do 'grande' criminOfoO" (dlf Geslah dfS

"grosserl" \ImIm:.Iw's)' assim se explica' nito o'! alguem que cometeu determmado crtmc, pclo qual E?Cpo..>ri ­melltariamoo uma secreta adlTUJ";]~J.a; I! alguem que,

6.. a, d/v p. '113; itO<!.. ft. P 28. 7._.

" desafiando a lei., pOe a nu a violcncia d.a pr6pna or dem lurkilca. Poderfamoo explicar da mesma manei · Ta 0 fasdnio que e"cree, na Fran\a. urn advogado como Jacques Ifcr#s, que defende as causas mais insustenta"",is, praticando 0 que ele chamol de ~es­tral~gia de nlpluri!~: C1)I\tesla~.io radical dol ordem dada pela Ict, da aUloridade judicial e, finaJmente, da !egitimidade da autoridade do Estado que faz seus cHentes comparererem diante dol lei. Autoridade ju­dIcial dian!,," d.a qual.. em suma. 0 reu oomparece en· loW scm comparoccr, sO oomparece para testemunhar (sem teslemunhar) sua opas~ao ~ ki que 0 faz rom­patea'r. Pela \'(/z de 5C\l advogado, 0 reu pret('flde ter 0 dlreito de conles/ar a onlem do direJto _ par vezes, a idennfica~jo das vi'tima.;; Mas que onIem do direilo? A ordem do d,relio ('m genII ou aquela ordt'"m do direilo in~1ituido I.' pasto cm a~1I0 (~fflfor­ad") pcla fao;a claquele &tildo' Ou a ordcm na me dida em que cia se confunde oom 0 Estado em scra!?

o excmplo discnmmanle s.nia, aqui, 0 do direi-10 de ~ve, Na luta de classes. nota Jl.cn}amin, 0 di­reltode greve ~ garantido aos lr.lbalhadarcs, que sao ent.1o, an lado do Estoldo, 0 Unioo sujeilo de dircito (Rn-ktssubjekt) ao qual se garame urn direito.1 vio­!officii! (&chtaufGcroa1I) c, portanto, a romparlilhar 0 monop6llo do Estado a esse respetto. Alguns pude­ram (onsiderar que oao s.e deveria falar aqui devio­leoCla, i~ que 0 e~erddo da grt'Ve, essa cesSol0;3.o de atiYidade, esse ~nao (azer ll<lda~ (!\'ichl-Hllrnkln), roo

'" COJlslitui Ulnll 8/;iio_ JuStifiea -s.t!, aS5I.m, 3 OOnCL'SS.lU des!i(' direito pelo podef do Estado (SIaal$gt'IIwll)

quando est\' nAo pode .. gir de ootra fQrma. A Yiolcn­cia \~I'UI do ('mpr~or, e a gr('W OOlbJ5tiria 8poc't1oaS

nllll'lil amtel\{Jo. lIurn ai.Nanl('flto nJ(HioIento peK' qual 0 tr.Ibalhador, suspendendo SUM rl'la<;Ot'S com o patmnato fI was IT\.lquma~ so:' tomar;a simple<; mente estr.mho 3 ambos.Aqucl.::- que$(' lomaria urn amigo de Brecht define esse Maslaml':nlo (Abkrhr) como um.a -r.ntfrmulullg". Elf! ~ a pala~Ta en 1ft' aspu>.

Mas e vis;vel que &mjamin nao acr~ita ncssc argummlo da oAo-.. ;o~'1lcia dOl grevt'. Os grevi!>tas pOem condio;(iM par.) a I'l'lomilda do lrabalho. 0;6 ('11-tTmtm sua ~'l' 5e Ulna 0 .. :1", II de roi~s mud ... r H<i portanlo, violencia contra "'oli:ncia. Le-.OIruio a seu houte 0 dire'to de gR'Vt', 0 OOrl(eito ou a pilla\'fa de ordem de grevc 8""'/ manifesta, tiSim, sua ~.ncia o EsI.Jdo suporta mal ('SS;l pn<:.<;agcm do limite. Ell' II /u1ga abusiv.!! II' prelmde M'er ali urn mal ('nten dido, um;t m.i inlnpre1~o dOl Intl'1l~.30 origm~ria,. (' que I) dm::i l(l de grl'\l(' nao fol iSl!im entendido (<ius ~t "so' ",rirl ~nl8"'~ ~)' 10k podt-. ('nlao, f,ll':er que !Ie ronckne a !V('\'(' 8C1'a1 como ill.'­gal e. se dOl persiste, temos ai uma S!'I1.l~.lo r('mlu cionam Tal ~jtua~io~. de tato, a IilliCll que nos per

.. 0, «1_ po 1M. __ Ir, .. Z9 ~ 0, <It P. 1M. '-I.., .. JU.

" mile pen5.lr a homogen('idade do direJlo e d. \~O I.nda, ill vioteno. WIllO exercicio do din-itQ ... 0 dJ fPlto como oercido da \'IO\entia. A VlOI~t'I(l.1 nito ~ exterior ~ ordem do dlreito. Eta amea~a u dlll~ito no Intnior do dll,(~lto. Eta nlo coosis«'. ~ntt', em exerCl:'r SILl poti'mcill ou lima fon;a brutal para obtt'r tal ou tal ftSultado. mas em amea~ar 011 des­burr dett'lllllnada ordem de dirt'ito, e ~men­W, n~~ ('a90, a tmiem de direito ('Statal que t~e de cun~r t">5e dln~ilo .i vioJenna. por exemplo. ° di­Il"ilo de greve

Como mterpr{'far essa. contradi~Jo' Ela t! ape­nas d~ fncto I.' 1")lenor,l() direito7 Ou t! Imanente ao direttu do dirl'lto?

a que 0 Esudo telTll',o dlreitu l'lllMloil maior for ~a, olio e t.3nto 0 crime ou 0 banditismo, mt'!dlloem grande ~a. ('(Imo II mafia ou 0 grandl' trifico dol droga. d!'sde que e5t1'S lransgridam a lei para atil1git oc'nefk105 panit'\ilares. por m.m importantl'S que fll'jam. (i! verdadt> que, hoje em ilia. e~ Inslllui~6!'s qu35l'-estatais I" intcmaciooais tem um (!Statuto mais radical do que 0 do banditi~mo I.' representam um& ilm('a~o1 rom que tantos ~~~tados sO cOIW'gut'm!idar ali.moose a ... ~ - subm!'tcndo-!I(' a ela. por ewm­rio, buscando Sua parte na ~Javagem de dinhf.'iru~-, au m('l;mo tl'mpo que rlllgt'Dl comoot,H .. poor 10000 t)'; fl\('t()5.) 0 Eslaoo terne a \'~1Cncia jwmfaaonl. !Sto ~,capaz de jushficar, d(' legitim;u (~Irkn) ou de transformar as rel~ de dueito (Rrchts«rlWlrnis-

" 5t'). o! portolntode se aprcsentar como tendo urn cli­I'CIto iIO direito_ Essa VIOli:ncia pmcrore assim. de an lemiio, 1I ardem de urn dlrcllo de tnmsformar au de fundar, mesmo que ela possa krir nossa 1iO:'ntimen to de justl(il (GnrchrigitdSgI'jilh()". Somente essa ~iol~nda suscita e tom~ possi .... el uma "critica da vio-1enClil~, que ooemulIlI a _;,olcncill como lICndo um.l coisiI dJfcnonte do exeldcio natural da flll'\<l. P.ua que urna critica. Isla~. uma avalia~lIo Intcrprelau_-a c SIS nificante d.l vwl';nda scja possiw1,. d('vcm0'5 pd­melr;tmente «.'COflh1'«'f 5I!'nlido numa ~ que naQ e urn aooente sobrNlndo do exteriOr do dim­to. Aquila que amea~a 0 direito pcrtencc ja ao d! feliO. ao dil'Clto ao dimlO, ~ ori~ do ilireilo. A grt'

'If: gcral fom~. as5im, urn Iio rondutOT procioso, '" que cia e~erc(' 0 d!reito cOn<:'edldo para oontcst.1T a o rJem do du'cito existt'nte e ,riar uma sltw.l;3o re­\'Oluoon.iria n.a qual st' tr.Itara de fundar urn novn din:ito. se n.io sempre. vcrem05 nurn inst']n!e, urn 1\(1\'(1 Estldo. Todas as situil~Ues f('VOlucionanas., to do! 05 discuro;os revoIutioniriO<\ de esqum:\.l au de direitil (I.' a p.;u1u de 1921. rut Alemnnha, houve mu; tOlil que se a_<;('melhovam d~ modo pelturoodor 8enjaffiin arl'l.l'"3-se freqikntemente enlTt' 05 doi~l. justlficam 0 rtruN)'; vioIcncia. a1cgando a Ul'3tliur;l ~.1o. em rorso ou pol vir, de urn no\'o &tilda". Cornu

III 0, <t, P. 111& Ind. h." 11 U Eroctwr_ g 1"'''''p><>.100 "'" 0fJI\'I"'.-~ OBI t.~

So;I. ..... l:J. -...- .... r_"II. G..UIN. r~ 1'1' 1.-1 •

" CSSC' direilo vindouro legJttll'lani por sua \'('1, relros pectJV3menle. a vloIilncia que pode ferir 0 sentunen 10 ~ just«;a.. 8e\J futuro anterior ji a justrfin. A fun­~o de lados 05 Estados adv~m numa 5itua~Ao que podemos. assim, chamar de Il"VOIucionaria. Ela InllUgur.l urn rwvodirello, e 0 fllz sempre na \'ioll'n cU. Xmpn', islo e, ml":Smo que entao n;\o OCOrtllm aqudes geoocid,os, e>tpulsOes au deport~ espt'­

taculares quI" 1Icompanham freqilentemcnte a fun­dal;lio dos Estados, glandes 0\1 pequen~, antigos ou modemQll, muilo IX'no au mwlo k,.,~ de ~

Nessas 51hW:6es dJlas fundadoJa5 dl' direito ou dE' £Stado. 11 categ<llia gramallcal do futuro antelior It§<;('mclha se airoda ocmasiad.lmente a uma modJ fic~.io do presente, p.1.r.I descrevcr a ''iOji:ncia em cur;o. ELa oonsisle justamentc em simuJal a pfl'SO'n ~ au a SImples modaliz.a<ii6 d.1 prese~. Aqueles que dlZaTl"1'105IKI tcmpo~, pens:lndo enlia ~I\QS§() p .... nte· .l luz de uma presen~a futura anll'rior, lIlo llbern mUlto licIT\. par defini(;\o, 0 que dixem. ~ jus lamente nesse nao saber que conSlSle. t'\'\'iltuali­dick> do cilento, aquilo que se chllll'la inb'\'nuamente

.. E8s .. :s momentos. supondo-S<! que possam seT

isoi.:ldoo;, !Iio moml'ntos at{'f~es. ftx- colow dos 5OITimC'lltos, dos crim~ das tortur.r.; qUI,' raromen­tcdeLXam de QI; KQrnpanhar, scm dUvida, mas t')rn­bern porqul' tit'S sJo nel~s mcsmoo, (' em sua pro­pria violo'lncia. inintcrprel~veis OIl inJeofr.i..,.i~ ~ 0 que chama 0 ·m'stiro~ _ Tal wmo 3 apn'SE'nta Benja­min,. ('!"6;) .. ,oJenc:'la e t\'ftmlente Jegi~~L au mtebgf wI. j<i que." cia No t, estr<ll'lha 010 dm;!ilo, assim como o pOrmu)iJ 01,1 Ins !lao Soia ~tranhos a loda5 as for rrw; (' !IIgnificiI¢es de diu ,.,\&1 elil e 1"10 dll'l'ito, aqui­Jo que susp<'nde 0 direilo. EJ.a mlcrrompt' u direJlo estabo:>\('(ioo para fundar OUlfO. fu;$e momcnlo de suspense, essa tpOl.hl, esse momento fumtador ou =~Iuciomuio do ducilo~, no dilata, UITIOI m~tJnda ~ No d!re1to. t..tas i! tambem loll') a hist6ria do di rello. £~~ "Iommro srmprr 00Jrrl' t IIUnca omrrp "u,,", p~r;fl, £ 0 momcllIo em que a funda~ao dodiret-10 fica ~u~pen~ nov;!.tloou em 6ma doabtsmo,slIs­pens.l it urn aID po:'rfoon81l~"O puro qu{' n.ao Ieria de preslar contas a runguim e diIInle de ningullm_ 0 5UjE1tO lIUpostO dC'i8e' pt'fformativo ruro nao estaria ma.JS dianle da lei,. ou melhor, ell' t'lOlaria dlMltc de> uma lei ainda indctcrminada, wanle d.llei COm() uma lei ainda Ine~tente, um.a lei ain.Ja poc ~ir, alnda :t frenle e devendn \'11 F 0 ('Star ~dlante> da lei- dt-que fala K.:!fb" i5SefJ1ell\a se aquela lioll~do, ao mes

110- ~lok>o ~-, • en ...... 4. 10 , ....... __ . /04", .. ~ 1_

" mo !em!XI (Omum e terrivd do nomem que n~o (on~ Vt'I', ou ~bretudo tocar a lei. eocontr.rrse com cia: porque elil C t~dente NI I"lG'Ita ~­da em que c ele que a dew fundal', COInQ 1l0Ml, na \'iol~n('Hl. ·TocatnOll" aqu., scm 0 tOC3l, ~te eldraor­dimino paradoxo a tr.msccndenda in~fvel da ftoi, diante dill qual e antcsda qual o~homem" ~ eoron tra. ~ p:lI't'Ce mfiniwnenlC tr.ln!iCeIldente e portan­to tcol6gtca na nW(bda ('mque, mwtopr6>.tma dele. da dcpende apenas dele, do ~to performatlV{t pdo qu.al cle a inslitui- a lei c transcl.'ndenle, ~lo1en!a e No violent .. porque m liO dC'pende daq~1e qlK' l'l>tj dianle dela - e portanto antes dela -, daquele que a produz., a lunda, a autoriza num perfmmab~'Q absoluto cuja pre'len(t3 Ih .. ~'1iCapa S<'mpre A Lei C uarurcendente e teol6gj.c~ ptI11anlo so.ompn' futura, 'iCmpre pt'omelida, ponjUC eta e imaflenle, flnda .. porI3nto ia paSliolda.Todo H~jcLIO' S<' ~ncontra pn'­~ de antem50 nt'S!;a estrutUI1l aporetlca

Sammie ° futuro prodtwni a inleligibilidade ou a LO!<'1'pretabiWade ~~ lei. Para aMm da ~ do 1('010 de Benjamin. que n,lo acompanho I' ha urn ifLstanle no l'~lo do coment.irio, mas que in!erpre-10 a partir de $E'U futuro, d,rcmos que a 1"II"li~ da inleh",.bilidadf- depende, per Wool vel, da ~ I~-taul1lda que ela :;C~ pan \nterprt"lill W.3 _legi~­bdade sera. poi!;, 100 pouco neutra quanto nao Vl~­k-nla. Uma f<:'\Iolu~:.o Mbcm-sucedida". a funda~ao de um Estado "bem-socedida" (wn poum nosenll-

.. _~W

do em que (alamos de urn ~frlicitrJU5~ ~p'-'jv""atrvr sp«ch al1") prl'Xluzira a postenor1 aquila que ('ta esta­ViI destmada Ik /lllftmQo a produlir, ism i. model08 mterpretativvs pr6prios pano screm lidos retroobva mente, pill'll dar sent/do, necnsidade I" sobretudo legitinudade II vkIIi>ooa que produziu, ent~ QuIros, o modelo mt('~lati\'o em qucstao. isto e, 0 discur­so de sua lIutoJe8Itl~io, Os excmplos deS5e dr­ruJo, OUlro cin:ulo henneniubco. OUiro du,,,do da viotenCl<l, n30 fallam,. perto ou Junge de n6<, aqw mesmo 011 alhuTe!5. quer 5t' Irate daquila que Kon­I<'CC de urn Nirrn a OUlro, de urna rua a oulra, de uma grande mrlT6pole, de urn pals ou de urn cam­po a DUtro,em tOmode uma guerra mundi.11 duran­te a qual Esbdos .. ~Oe!; sJo fundados, desrruldos OIl re~qad05.£ pred!>O levar L<;S() em WI11<1 para dl'S-hmJlar urn dtreito intl.'mPtlonal oonstrurdo 50-bre 0 conreilo oxidental de soberama cstillal e de nlio:i~gere"o.a. mas t.lmhem para penSOlr sua per_ fu.:~tbd~e mfini!a. Ha casos em q~, durunle ge_ ~Q($, n"O!le salle se 0 perfOl'm3hVO dOl fuod~.io viol':"J de u~ Ebtado fOl bl.-m-~ido (~frf'rito~,"'} ~ oao.lbd~namos atar m.1IS ck> urn exemplo di960. Essalleglblhdadc da violi-nci.:J de!X"llde cia pr6pna k-glbili4vle de 11m;! vioI~ncia pertcn('{'flle iqUilo iJU" OOIm5 <'h.amanam de ordem ~hca do din'ltv e nio it ffSl(;! pulll. f'oderi.lmos ~r tenlados a .evi;ar romo lUTl~ IU~d a "16gic:a" ("I6gica" entre ~spas, pois ('SSo! ·ilegfYeI" e 19ualmente · ,I6gioo" na ordem do

81

16guI:, e Ii tamberll poT Isso que he5lto em chamli·1o de "SimbOlioo" e a pr«ipltii-lo, assim .. n8 ordem do dJscurso lacamano) dessa legi"el Ilegib,hdade. ELa slgnifka. em suma. uma'~ juridico-5imb6lia. uma violencia pt'rformatr.'a no prOprio ir.tetior doiI lettUl1!l int('rprl'lalr." E uma metvnimia pOO.('rla de­vulv'-'1'oe>X'lTlplo ou 0 [ndice a gcncralldad~ concei­rual da ~cia.

DlriarnQ5, ent30, que hi uma po5sibilidade de "greve geral", urn d,ll'lto aniiklgo ao da grt"'C gt'flIL ('mtooa k'lura inlcrpretativa. 0 dileito de oontestar a ordem esla~lecida em sua m.illS forte auloridad(', a do Cstado. Temos 0 dlll'llo de suspender a Bulon dade legitimadoro c todas as suali normas de le'lU ra, e k<;(l nas lelluras mais finas, mllis ~ maJ$

I""rtmcnles, que l"'o'idl'nterflt'11tc 5(' exphcam por \'C'

res COI1I 0 ilegfv('l, para fundar uma. 1\\1'0"/1 ordcm de leitura, um outro Estado, por veZt'$ ~m 0 f~U'r ou pariiJI 0300 fazef"_1bIs \'t'remos que BcnJOUlUn distin · gue dUOl5 ('Species de grt"lo"" g('fa~ UIt'W destin.ada~ • subslilUir a onkm ck> urn Estado por outra (grt"lo'C geral poillim), outr') a suprimir 0 Cstado (grt>ve gera1 prolndno).

10m suma. as dllOlS tenta~ da desconstru.;ikl. 1'\::115 hoi algo oomo uma gJC'\'e gera~ I,' portanlo

algo de ft"o-olucion.lrio I'm loeb k-itur~ inslaur,wor.'l. que permanere ,Iegivel com re\a(;ik1 aos c.inOCl('!l Cl!

t.Jbde.::ldos I,' as Ilormas de leiluf,}, isle> e, ao estado ~tl' da Il'ilUra ou iiquilo que ~Ilta 0 ~a·

.. do. com man:iscuJa.. 00 estado dOl I('illlni POS5lvel OwIle de t~ gre"\~ gtr.Il pOOem05 ('nlao. ~ ... do o caso, (/11M de anarqwsmo, de cEiici!;mo. de niilis m<.\ de despoUll.t.Jo;io, ou. peJo mntr.mo. de super puhti~ o;ubver.t!\';). ~ em dw, a gre-.e gefli!"30 preOSiI deunobILar au mobtiJzar, espct-.:ularmente, mUll'} genie basta COOliT a I'lctricidade em algun~ lugares pn\1legiados, poT I'xcmpJo 05 S('rvi~ ptibh CQ5 C prI\I;ldOll, dO!' oorreios e das Icleromunita~Oes. u ddio, a rcievisao. as redes de infomlatb:a.;1io cen ualUadJ. ou introdu:dr alguns virus e(kill~ num.:l n"dt de compuladores ~m esroIhJdos. ou ainda,. ana logic.lmente, introouzir 0 equJva1cnle da Aids 1\05

6rgiios de trnns~. noGtosprudr herme~hm". o que ~ f.uendo aqui pode asscmcll\ar.

5e ol uma gJe"\~ gen.1 Otl a uma rI."'oulur;;io, com rd.l -0;30 ol I1'K'IdeJol;, estruturas, mas tamWm modos dI' It.1tibilidade d ... a~ao politie3? E 15SCl a ~~IU <;.101 ~ uma gn."'o"e gemL uma e5lrulcgi.l ck n.Jplura? Sim e Mo. Sim. nil medida em que ela assurnl''' di rt"iIOdc contestar, I' de modo nolo arena.:; te6riro, O'l

protOC(;Jlos t'OT15titudonais, a pr6pn.1 carla 'lUI' I~g~ a Icitura em nossa cultura l', sobretudo, I'm nO'lSil acaderT1la. NAo, ~lo men!)!; na m<'dida em quto tol .. Sf.'

d~t'nvolve amda na ac:ademia (e ~o esqu~ZllO$, :Ie nJo qui~rmOll calr no ridiculoou na indedncia.

14 n ~"'''drnpo''.''''''.''.''''' .Gam .... 1_",lM ..

que cslam!)!; aqul coofort3velmenle inslai3dos na Quinta Avenida - a alguns bWtb ~ui, iii I 0 in­ferno d.:! mJUsrita). E depor;, assim como um3 t"Str.iI

t~gia de ruptura nuncOi ~ pura, n advogadoou n n;u deo,.-endo wnegocia.Ia", de certa manein. wanle ~ urn tribunal ou dur~nle uma gn"\'C de fome n.:I pri s;io, da me~nta mant"lra nunca e pura a oposi~~O enlre OJ gre ... e geral po/IlICIl, \;!>arnio are-fundal' ou­tro E:;lado, e /I gn.w geml prol<',Jria, vlsando a de<; truir 0 EI!\ado.

E~sali opool~ bf'njamlnlana .. pareC('m, P0l5, mais do que nunGl. dl.'SCOnstruj,'e"is; elas !Ie desron~· troc:m elas mesmas. inclU$l\'e romopar.!mgmas p"nl a de~~io. 0 que l'SIOO dizendo e Mda D"lI'nos do quecon5Cl"\-ador e anh rewluc:ionario_l"bi:;. par.! aU'm do prop6<ilo (,lIpU~to de BenJamlll. pmpord a intc~u !>e~;undo OJ qllala propria \'i~. dil furldat.30 ou da Inslal<rupio dii din/fa (RmI~ Gnwlt) dl"\'<:' ~nvol~~r 1I viol~cia da ron~ do dlrnlo (Rmll:strilldl~d .. Gewalt) e nao pode romper com E'la 11 proprio da C'Strutura da violenda funda ­dora soliotar sua propria rcpeti,ao e fundar 0 que dew So.'r conser\'aJo, ron!i('rv&vc!. destllladn l ne r.:m,a c l tradl,,30, 11 partilha t.:ma funda~ao ~ urna prom~ ToOO (";lalX'lecimentn (Sdnmg) permit!! c pro-mcte, il'\Stala~ pondo ~ prome~ndo E. mesmo que, de fatn, UrN proll\eSsa nio St']3 m.:rntlda." Ite lllbilidade inscre"o~ I promes:sa de salvaguarda no inslante rNl5lnUphVO dol funcb;ao. Eb imaevc. as IIim. a posSibilidad£.> da repeti~ no cor~io do on-

'" SJMno. Me\hoc, ou P;O!", ela esti inscrita nes5<l lei de ilerabilidade. manrem-se sob !lila lei 00 <!W1te de sua lei Con'i('()iientementt', t\Ioo hoi funda~.kI pur,) au Ins';'lurJ~Jo pura do dlll.'I!/), portant/) pura vioh:incia hmdadora, assim como nil) ItA violCncia puramen­Ie C'OIl!iO!rvadora A ins'~u~'" ~ tt~Jb!.hdack.. ap<' 10 ~ R'pcb;30 auto-COMl'lvador.l.A ronse~, pot sua \'eZ. r: ainda re-furldadora para poder CQfI§efVM

I) que pn.'lcn.x. fund.lr. t\.Io ht port",nto, opos~30 ngon>sa entre a mstolura¢o Ii:' a ~iio, solTll'n Ie aquilc que dOlmarei (e que Benjamin nao nomeia) de- mnlamiM{Jc dlfrn:JlClQl ('ntl\' a~ duas, rom todos os paradolCOS que isso podc mduzir Nao hoi di~t'" ~.lo rigor~ entre urna gre>.'l! geral t' urna gr('Vl.' par­cial (urna wz mal ... nurna 5OCK'd~de ",duslrial. fal lan."lm tambem critenos ICcIU<OS pilla tal distirn;aol. nclT1. no sentido de Sult'1. t'fIlIe urna gre-1:' gt.'flll po. U/I('Q t.' uma greve ~ra1 proIcItinn. A dl'SOOl'lSl~.kl t'o lambkn I) pensamcnto dmo ronbmi~ direren· cia! - I." I) ~nsamt'ntQ h.nnaJo na lle0!'S6idade d<>s"a con'amin .. ~iio.

~ pcn5ando n{'$~a rontarnina~Jo difc-rcnnal, como contamina~:.o no pr6pno amaga do dlrelto, quI.' 10;010 !'Sia frase de £l<>ntamin, a qual prdendo ytl1ta. IlliUS adian!e. hoi, dlZ de, · algo de padre no ;Imago do dircilo· (dtL'Ils M~h~ zm Rrozl)". II' ,1'10 de c-aroomido au de podre no dlre,lo, oligo que

o condeM au 0 anuma de anlemio. 0 direilo eta condel"lltdo. anuinado, em 11,l1n.a, 1\l(00§(J, lilt' puder­moll anbau wna senten<;a de morleC(lm r5pt'ito aQ

dlll~zlo, 5Clb.eludo quando Sl' trilla, nell', dol pen.1 de morle. E ~ num t(('cho soble' pena de morte que BenJilfnin fal~ daquilo que eslot "padre· no direil!).

Se hi ~ e direilo de grew' em tada mterpre­tao;:30, hoi tambnn ali guerra e p6lrmoJ. A guerra ~ outro I'lIcmplo dessa contradi~ interna do dirello. lY urn dill'llo de guerra (S..:hmilt se queiJwi de que cil';a niiu!leja reronheodo ooma a pr6pria p09sibili­dade dol poIitica). ElIse dirello comporta as mesm3S oonlr"dll;~ qu(' 0 din'ito de grew Aparentcmcnte, 5Ujcltos de d,re.lo d('Ciatam a gu~'!T8 para sancionar violo?ncia~ tutos objebvos parecem nalul"iIl~ (0 autro quer apoderar-se de urn lemt6no, de bens. de mu· I~ ("\11' quer minha murte, t'\.I 0 malo). Mas essa violel'lcia guetIl'iTil. que se aSllt'lTlriha ao "'bandibs moO fo.n cia k" (rrzubmdt: Gnwlt)~, m.ini~~ sem­pn' no IIIttrim" dol esfur.! do dimtll. E uma anomalia 110 rnltnorda )uridicidade com que parec:e romper. A I1,lptu ra d.l reln,Jo (0, aqui, a rela~iio. A trl1nsgress.io eslii di~nte dJ Ie!. Nas soclroad('~ ditas primitivas, que d~udaril1m melhor eso;;r.s sigru!kao;Oes, segun­do Bffijamin. 0 triltado de paz mOSlra bern que a (tlJ!'"rr.I n.io era urn feoOmeno TljuuraJ. Nenhuma paz !Ie condul ~ 0 I(ooomeno simbOlico de um cerimo-

" nial Est" lembra que ra h;Ma Oligo de cnimonial oa guerra. Elol nolo se red\Jzia, porlanlu, 30 choquc de dais mtl'resst.'S 011 d~ duas forc;as puramen' ... tlslcas Aqui urn parint~ important" 'jI.Jblintw que, ttrt:l men! ... 00 par b'lM"rT&lpaz, 0 cenmomal da paz !em bra que a ~ul'rra {'fa tambl'm urn fenomeno nao­nOiturilL mas fXonjamm p.1rea' qucrer exlrair, tkssa rom"l.l{.lo, <:erta senhdo dOl p31'lYra 'pill!", E'I1l par­hcular no conCClto hntiarlo d~ .pa.:. ~lua~ Tm­b llf.';Ii de wna ~io hem dif(fl>nt ... "!\lo-rt\I! tafOric'a l' politi(,' (unmrlaphoriMlU' WId pclmsduo)", ruja imJXlrtinda il\'iIl.Jdrcmos la~z daqUi a pouro. 1<;00 COfKl'rI1(' 00 dUl'lto intcrnJaonaJ, cujos riscO$ (\(0 dewJo;; (' de perV{'f-s;)o em pn;r.1:'ito de int"'It'SS<.><, particulaTeS, estal.1is au n.io, exigl'rn UffiCI vigil.inoa

mfimla. principalmcnle porque e~ ,;scos eslJo inscnt05 em sua prOpria 0005tltUj(;ao.

~poi~ dOl ('(>ri.mon~ da gucrra. a cerimonia dOl pu sib'llifica (Iu(' a vilOria instaurn urn novo direilo. E .. gut'rTd. que p.tS&1 rela no1b1aa origin6.ri.J e ar· qut'lir"G (""'f'Il'nglicht 14M urbildlrrhe)" \'i~odo • fiM n<1turalS, e de fata uma viol"r\Cia fundadora de drtelto (m:h~), A partir do momento em que se reconhcao (') (Matt'! positi-"O. l~abcll~ ('Id U'flIk) ~ Fundadol Oc outrodrreito, 0 rurelto mrxlemo reuJ!>a,. ao ~ujeito indMJl.l.1L todo dm:'lto.1 ~;oJmci..:J.

17 IIIW I.~M P 1116;1t.I.:I./f,p.U

o fn.'miio de itdmira~30 popular diante do "gloUlUe mmlnosQ· se dirige.ao indivfduo que porta ('m ~i. tomo no5 tt."I11POS pnmitivm,. os l ... tigma~ do \eglsla­dor ou do profeta.

\{as a dlsh~ entre all duas viol':ooas (f'unda· dora e conset\'adora) !lera muito difici! de tra~ar, ,j(o

fundar ou de Conserval Vam()$ ;.u,si<;'/ir, da parte d€' BI!1ljamin, a urn mo~im('nto ambiguo (' laboriuso pilla salvar a qualqucr p~1J urn ... di5tlll~.io au uma corr('~.'io :Will it qUol! tudo 0 seu projeta poderla dcsrnoWrul fbis, se • violcncia est.i n.J origem do direito. Q cnlendimento c:rcige qUE' se le-.'I' a It'lmo ol

crillea d(";o;;l dupla ~iolendo\. a fund~dor~ (' ... rOll­~. nu.. ralar dol vio:.!l"noa con5('l'\'adora do di­mia, ~njilmln dcbru~iI-5e sobn> problemas relan VIImente mOOelTl<l5, liio model nos quanta era t'ntJo o d ... grevc geral Trala -sc eotio do ~~a rnilitaf ~t6no, dOl poIkl" moo:krn.J QU dol itbol~.io da pena de morte. 5<', durante (' u~ a Pnml'iril Cuer hi Mundia!, d('5envuhw.l se uma (nnea .lpaixon~a dol vioIffioil,est;) \i:>a\'a..lgunl.. II forma oonS('n~ ra d.:r violencia 0 mlhlal15mo, ronO!.'lto mudemo que .. pac uma c'J'lora~Jo do <;I!rvi~ millt"'l obrigat6 rio. '" IJ uso for ..... do da for~ ... , 0 ·roroslr1lngimt.'nto· (Z1I""Ig)' a<l usa da rOr~J au da Vlolenclo' (Gn!'U!tJ it 1It"IVl{O do 8.tadot' de ~U!i tim; legai;., A viol~n{ia m,l,l,n e ... qui k-gill {' CUll!'ot'I'\'a a dil('lto Eb i: pnis

r~ Or 01, "" 1St.1,lIoJ 11, rP y,

.. mais difidl de critical do que tcrt'dilarn. em suas ~de· c1am~6es·, os paaflsliI, I' os ativislas, poel08 quais Benjamm n.10 esconde sun potKa ('Stirn .. . A lneon seqUencia dus pacifi~1a~ anhmilitanstas reside no fata de eles nao reronhecelem 0 carater Jegal e ina tx.n'C1 des&.l Violilnd.a oonscrva<iora do direito.

Enoontr.:unos aquJ urn d""bk mod au lima COIl­

~o. que podcmos assim esquematiz.'lr.1br urn tado, ~ mills ftJe'i1 cribcal • violentia fund.ilia,.., '" que ('101 nOO pode!ll.'!' jushftcada po!" n.enhuma Ie· ~ti&de pre!'Xistenl~ I' p;11l'C1' portaOlO selvagl'm Mas pol outro lado, (' nes5il virolda consiste tode a interesse d~1a reflwo, e rna!$ dljidt m~is ilegitimo critlcar II ffit.'!>ma violi!ncia fundadora. j.i que nio podemos fm-Ia compal'Kl:'T diant!' da in~titWc;lio de ncnhum dm-ita preeostente: dOl n.'io ~nhCtt' a direito existent!' no momenta em que funcla urn OI.Itrn Entw ()!; dOlS tE'ffil08 ~ oontradir,io, h;i a qlK'Slao daqucle ,nsiantr m:olllOOndno inaprct'nsl. veL daqucla d«tsao aupaltllill que nolo pertence 8

rumhum ClJOlrinlium hisl6riro (' temporal. m~ no qual. 8JX-sar dbisQ. a funda!;-iio de wn 1\0'.'0 direito jog.t, por asslm diU'r, com algo df." urn dircito anterior que ellll eslende, r.xlicah7.a.. deforma, m<'tilforizil ou meloni­mua, e ess.:J figura tern aqUl os nomes de guerra ()U

dl' grf'\'\' geral. Mas ~ figura C bmbem UJruI. ron tamiM~Io. Eia "'paga au l'mba.laiha a ~.io pum "Simples ('fl Irt' funda~Ao e roll~. E1a irulcre· \ .... ~ lter.lhlhdade na Originancdade, e e 0 que ella -

II'IrolIrri de desrof1lJt~.io em obn, em pleno! negoaa ~; nns pr6prias ~c0iSa5· t no texto de Benjamin.

Enquanto n..10 nos damos os rneios tOl'Oricos OIl

IiIo66ficos pala pen!i3r essa co Il11p1ica!i30 d<! v\oI~n­cia edodi!l'i!o, a, criticas habiluais pemun= in puas e IfK'Onseqlientes Ik>njamin n30 elConde seu desdem pelu dedama~OeS do ativismo pacifista e pelas prod.a~ de • anarqwsmo puenl", que de­~nam poopar ao indhiduo qualquer OOI1strangt menta A referroc.a ao imperativo cat~o (-Age de tal modo que, em tua ~ «>rno na de qual­qul'r 0011"0. uses ,..mpre d<! humanKiade como fill\. jamalS como rneio-), IX" mais incunte!>1avd que seja. nio permlte nenhum.) crftica da violiincia. 0 direito, em sua prOpria ~lolenri1. pretend<- reconheo::er e de­ffllder II dita humanidade como fim. na peSSOil de ada ,ndlvKIuo. Uma critka punllnente ITIOr.>l da via­~ sena, pas. 1.10 mjustificad.J quanto impQtente "'Ao 50' pode-, pew 1IK'Sm.l raxSo, mtic.JI a \'lOlhlcia em nome da Iilierd.ade, daquilo que Bcnlamm chama aqLll de ·informe 'hbcrdade'· ~'f.'SIIIJI~ "frrihcit')", i5to e, em surn.l, urna h~rd.xle puramt.'l1te formal. uma forma vazia. segundo urn \'('10 hep;diano-mar­ICISIa que ("<ita lonb~ de eslar ausente ao Iongo des ­Sol mcdlt.l!iio. Faltam perlilliincia e dic.icia a esscs Maque5 conlTll a \Ilolffina, porquoe ~ pc'ITTlant'Ct'lll

"tranh~" essencia turidJca cia \10Jenci.\.:\ °ooJem

.. do dlm!o·_ UlT\il m'tica eficu deve Illoclir ~ <)

pc6p, 10 corpo do ilireito, sua cabe\<lc 5CU5 mcmbros. 5Obn.' as Iris e 1.1_ particulaRS que 0 dilt'lto lunv !O)b a ptOl<'(30 de sua potencia (,Mafhf). tssa ordem ~ tal que! aisle urn urUro de5llIlo. urn de'<hno ou uma h,;.tVria unictls (llurtln 1'I=gt5 SchKk5nI)". ~e ~ urn doe con('("itos ma!Ol\"S, mas tambim dOli INlUi

obscuros do texto, quer SO? trait' do pr6priO destmo ou de SUD absuluta uni(idadc. 0 que existc, 0 que tern roruoi!iti!n<:ia (Ilm; Ikstehl'ndl') C 0 qUt" ilmea~. ao ffii?SffiO trmpo, 0 que exr;;te (da$ Oro~i'PIdd peT

tl"nren\ - in\'lQl':l"t'imente- (untltl"ilndllrrll) It mtSmii

rmkm, t' tssa onIem {o II'IVIOlavel porquc t Ul\I(a, 56 podol ser \,oIada"'l.1~. A noo;ao de arne3\<' pot Il'Q" 3CjUI md~pens.i'~l Mit5 dOl oonhn~ senda tambem difKil de dclimitar, polS a amc.,~ fl<'iu vern de fun Q dill!'I!O~,.o mcsmo tempo, atl\ut;:a:dof c am ... a~'l\io ~ ele m~o. Essa all'lf,"~a nio e nl!m a mlimid .... 50 nem a di>sua-..lO, como creem os pa­cifistas. OS anarquislas ou os ab\'15las. A lei mU!iua­st' am ... a~adQra;\ maneir.l do destin",. l'afil act'4.'f 110 • <;('ntldo ma~~ profunda" da indet('rmina~.1o (U"IIt!l ­timmlhrit) dOl. lIffiea~a do direito (dI!r RechtsdroIIlHlg). serti lI~riO medltar. m..aJS t.Jrde. sobre a ~ncia do destino que l'SIa na or1gt!m d~ am ... a~a

No deoorrer de uma medita,.~ sobll! 0 destmo. que passa tambt!m por Utn.l analise da polkia. dOl

" ...

" pel'oil de mone. da imbluio;io par\amenlar. Benj.lmln (hega poi5 a d lstmguir ('{I tre jus~ dinna e Just~a human.:a. entn' a vioIenda divma que dlSJr6i 0 dln'I' 10 e a violmciil mIlia que Jumla 0 dir~lo.

A violol1lCl.ill ronscrvadora. aqueJa ame.:;a que nio e lnhrni~30.'; uma aml'aVl do dileito Duplo g.:orutlvo: e\.a ~c do dlr~to e ameal,;a 0 dlTCltO. Urn precioso (ndlcl' vern, aqui.. do Ambito do dne!-10 de punlr l' d.l pena de mortf'. Benjamin p31l'C<'

~nsar quI' os dl5ClJI!iOS con tra 0 dm!ilO de punlr, e prlnclp.1\lt\('ntl' ~ontra a pena de morll', s.10 su perficiai!l. e Mo per addente l\lis eles n30 adllUtern urn WOI'lWl !'S<;(:nClolI para a ddlm~ao do dlll'Ilo. Qual' Fbi:5 bern. quando 5C ataca a pella de mortl', Il.lose contesla UI'lWl pcna entre oull~. mas 0 pr6· pno dircito em Wi origem. em SUiI pr6p1ia onIem 51! a origem do d iTelIo ii uma inslaura.;ao "Wll'nta. eta lit' mamfr.sta do modo rnai5 rum quando a VIO

1&to.1 e absoluta. blo 1". quando toea no dirctlo l..,da I' 1 mOrle B.!!lJilmm nao precisa inVOC.1T aqUl ~ grandI'S discul'S(l!: filOll6ficos que justdkar.lll\, anl0?8 dele, e d~ mesrna mallein. II pena de morte (Kant. Hegel. par exemplo contra os primei~ aboliCloms WI como B«caria)

A ordem cIodin'lto maniksta-se plenammte na po56ibilir»dc da pcna de mOOe. AboIindo-!>O! estol. Me> 5C tC)CJIria nurn disposttr.'O entn' ou~ deSiKTt' ditanam05 0 prUpr"io ptiMpm do diretto. A~5UJI se ronftnna que h3 a1go dC' '"pOOre" no imago do di-

.. Telto. Aqul\o de que .:Ievt- dar t~crm,mho 11 per.il de morte ~ qU(' 0 milo t: UTru) vioIi!ncia mnlr'3.na.1 n.a turexa. r.tas aquilo de que hoje dJ Ir.>Iemunho d~ modo ainda mailJ ·\:'Spectral" (gi~/SlIcht', especlrnl (' nllo lIpt'nas aludn.anle como d17. i tradu<;ao fran (es<I,,), mrstur.mdo as duas vwli!noas, a violencia ronse''''aoora e a ~'iolenc:ia fundadorn. e il insbtuil;io mode", .. da pollci.l ~tu.a de duas ~iolencias ~­tcrogilne.lS. mlStura de certa ITlOInt'ira espectr.l.1 (m nntr g/eichsam sespmsnsdll'1! \'mnrsrhung). como se urna vioWnCJ.il alISOlTlbn5liol' a DUTra (I'mOOra SeIlP.­min 1\110 0 diga assim. aD oomcnt~r 0 dupJo uso da palnvr.l grsprnstich). A espectrahdade derorre do faro de que urn rorpo nunc(ll~IJ presente para I'll' mes­mo, para aquilo que I'll' e Ele ilpI'Ifl're desaparecen­do, (HJ f,neMo desapar('oCcr ;:aquilo quI' representa. urn ~Io DUtro. Nunca se s.abe l"OITI quem eslamos trolando. e est .. e a definil;i.o da policia. singular­menlo.' da policw do Eslado. cups limitt'S~, no fun­del, rnOCtermin.h-els. Essi aus('llClil de frontClI'Ol en tre lIS duas "olc!\das, e5S3 contaminalO30 entre fun da~ii(,l c conserva~ao e ign6biJ, Ii 11 ib'nOminill (d~s SdutlO(.kmiu .. ) da poIfda Antes de 9CI' ign6bil em sw~ pnxedlmentos, na inquiSI(30 inomm~vo:l i'a qual sc enlTega, sem nenhum respellO,.II \101erma p<XKial, a polio.. modema e e§trutur.liru",nte repugnant .... imunda poT fIS~ocia. em IlIzio de sua hipocri5i41

" constitutiva. Sua ausencia de limite n.io !he ~ ape­nil'S de uma Iccnokogia de vi8llan~ e dOC' reprf/SSJo, que J.i 51! desenVQh~a em 1921 de modo inquietan te, a ponlo d", duplicar e assombrar \<;Ida Yida pUbiJ ca ou privada (que dlllam05 n6li, hoje, do desenvol­vimento c\essa tccnologia!). EIa proy~m iguaImenlt' do fato de que a policia e 0 Estado, e 0 espectro do Estado, e que nao 5e pode. rignrosaTnCnI"', atad-Y scm dedarnr gu",rra a ouiem da rt!I pu!lll", furs a poIkia f& nio 5(' contenta, IIo,e. em aplir:ar a IeJ ~\a fOl"(a (1'7I.fOm') e, portanto, em const'r ... .i- \a; eLl am· venIa, ",La publica decretos, eta i!lt('r':~m cada vn que a situa~o luridic ... nao e :ituficlent('mmte Clard

para garanlir a 5Cgurnn<;a.lsto e, ho)(', quase 0 tem­po lodo Ela e a fon;a d", lei. ela tern fOr(a d", lei A poIkU e t8n6bil porque, ern sua autoridade."a S('­

pala.;lo da violCncia fundadOfa e da vioiellcia con SCl"\ladora e 5USpetlsa (au relevada. IlIlkt"f!olItn) ..... Nessa AI.Jhttllmg que ela mI.'STI\a )isni1lc.l. a policia Inventa 0 dinoi to, ela sc faz ·rmtrsttttnde",Icgislativa. ela 5e atnb~1 0 dl l1'lto cada vez que este e suficit'n­tem\'T1l(' ;lIdetcmunado para the dar e:o;SOI pos-sibili­dade Mesmo que ela n.io ptomul~le a lei,. a policia sc comport ... romo urn legi51ador nos tempo!! moder-00", para olo diz"'l como 0 lcgisloldor d05 tcmpos rnodcmos. Ali onde hli polK:u, ,sto t, OC'm toda parte

U , . .l.iN dotT_",,,,,,, x"M t, j r~"''''''_~

_LotwoM niploob<1o ... • qo. "'.po 1","'" It p-:Jjo.

"" ~ aqui me:smo, ja naoS(! pode di5remir entre a5 duas YioJem:ia5, a wnserv.1dorn (! a fundadora. e est", e 0

equlVOCQ igoQbiJ" ignominioso, remltante. A po:.sibi­hdadc. Isto .1, tambCm a neoces::;idadc meluI.lvd dol po!icia modcrruJ arruina, em suma. poderiamos dt­zerdt'SClJnstroi a dlSbn{.io cnln' as dUi\li VKJJ~ncia5, qu(' t'1ltl\.>\anlo estrutura I) dlSCUr<;O chamado por Ben}.lmln de uma no\'a critica da violemia.

Ell' gostaria ou de fum:!aT au de oollSCr.'ar esse discun;o, mas nao pode nem funda-lo nem con­:>erv.l.-Io de modo puro. No m.oomo, pode a'sma-!o W como urn aoontedmenlo e~P'f'Ctr.l1. Texto c assina tUl'1I sao espectfOS. E Benjamin ~be di~, tanto que ..... I) acontromento do 1000 Z~r K"II~ df'r Cieu'<lit con- ('" sis! .. nC'9>ll Cl:Itrirnhll ex-posi(ao: uma demonstra.,.ao arrufna, sob nos./;()S oIhos, as di5hni;Oes que propOe_ EIa cxibe c arquiva 0 pr6prio movirrwnto de SLla 1m

pIo6iio, dcixando no Jugaro qlJi>:.c dcnomina urn re:.,­\0,0 fanla5Ol8 de urn rexto que.. 3rrumado ell' Illl,"S­mo, ao ml"'mo tempu fWllLa~.io e OOnsclVll~,iO, nao chcga nem a urna nelll 8 outra. e fica ali, ate a'rto ponto, fXlr ccrto tempo.lcgiw] e ilegiveL como a rui -1\8 exemplar quc nos adllcrte singularJll('nte ace-~a do d~",tjno de todu le>do c dc toda 3!;slnaturil em SIlO

rela<;.locom odircito, ISto e. m.'Ccssoiria e mfdll,men· tc rom a'I1a fXllrcia. Tal st'rB poi::!, ~ja dito de pas sagt'ffi, 0 estatuto S('tTI estatuto de urn texto dito dc des<:onstru<;,.lo c daquilo que dele festa. 0 (exto rUo escapa. a lei que t'rluncia. EJc se anuina e se contami-

'" " '"

'" na.. toma-sc 0 espectm dele mesmo. Hillier.) porern mais a dUer ~cerca desSi! ruina d.1 assinarura.

o que ame<l(,;a 0 rigorda distin~.io entre as dUal!

\101encias, e que Benjamin nao du, exduindo-<.> llU

ignor.mdo-o, e no fundo 0 paradoxo da !Icr~bilidade Esta fat com que a origem dCVil origmanarnente re­petir-se e alterar-se, para valer como Origl'lfl, isto e, para se coIISC!Var. A fXllkia apafl'U> ime,Jiatamente e legifera; cia n.io sc contenlil com aphcar Ufl"U) lei que, antes dt.'1<I. sem de5provida de ~ Essa ltera bilidade in~ ...... a COll~rv~.i<.> na estrutura essen­cial da fun~50. Essa lei ou cssa fl('Ce<;sjdade gera! nolo sc redUl, rert:arnente, a urn fcnomcno moderno; cia vale II priori, rnesrno que rorrtpreendamos que Benjamin de exemplos mod~rn<'>5 t'tn ~ua espedfi­ddadc e Vls.:' e~pliCltamente " polkia do "Estado rnodcrno~. A iterabilidade impede, rigorosarnl"nte, que haja fundadores grandt'S e puros. lmciadores, Jc-8JSl~dor,.'s ("grar.des" poeta5, pensadores ou estadis­las, no !ienlido em que Heideggcr 0 dira. em 1935, seguindo um esquema an1~logo aCl.'n:a do sacrificio fatal desses fundadores).

A ruina n(i.o i! uma ooisa negabva. Prirncirarnen­Ie, C daro que fliio e uma coisa-. Rxleriamos ecrever; talvez com ou !"oI:gundo Ik-njamin. talv ... ..: oontra ele, urn curto lratado do amor pela~ ruinas. Ali6s, qu(' outra ooisa poderiarnos am3r' 56 se pode amar urn mOOUll1ento, Ulna arquitetura. urna Ul5titui4;ao como \,11 na exp<'rWflcia, eLa me;ma predria. de sua fragi-

'" lidade' ela nAo I.'$teve sempre ali. n.io estara sempre ali. estJ 8C.lbada.. E par ISS!) mesmo a amartlOll, como mortalS, atra\'Cs dr ~ n.asdllll'flto e sua rnorte. ~tra \'03 do fanta$m8 (lU da silhueta de sua Nina,. dOl. mi· nh.a _ que cla~. ou j.i prcligura. Como amar 9CIl1lo nt'SSa flntlude? 51: n.la, de ond ... viTia 0 direHo de ~mar. ou 0 amOl" pelo dirt'lto?

Voltefllos a propria coisa. Isla ~, ao fanl8!m18 fuill e:Ii:K' texto "orr.} umll Iust6ria de rnnta:>m18 N~o podcmos cvit.lr 0 fantasma e II ruina. asslm como nAo podcmos eludir II questio do estalulo 1l"16rico desse e\'enlo te~tua.I. A que figuT.l5 rerorTcU eLe pala sua t:tpRSi(iJo, Slia expIos.io mterna au SWI irnploslo7 Todes u figurns exempl;aTcs da vi~ do dlrelto sao rnclonirruas singuJ.ares, isla e, figuras 5('1T\ btl'll Ie, possibtlidades: de transposi~.1o dt'sencadeadas o!

figuras!!em figura. Tomcmos 0 eJ(emplo da poIida. ~ fndia> de uma vioLencia fantasmagOrica porque mistu ra a funda~.!io e a conscrva<;iio, tamando se, ponsso, Binda maisviolenla. Ftlis bern, a policia que aSSlrn capilali:ta a violi-ncia nlio e apcnas a pohcia Ela nao consist!! somente em 8go;.-ntn; polk'iais far ­dOO08, h V('zcs com caparetes, armadas (' orwam7.o1 dos num;! estrutUr.l civil de modelo mllitar, a qual Ii n:'CU5.l00 0 dire ito de greve etc, FQr ddini~30, a po' Ifoa est;! presente Oll represen tada em wda path.' onde hi for~ de Ie!. E1a est;! presente. II, Y('Zt'S In visi'1'\ mas scmp"' eficaz.. em loda paI1e ondl' h;i ro~.lo da ordem !iOciaI.A poIkia n30 f! apenol~

a polida (hoie l1\iIiS au mcr'l()S do que nunCol). cia ('lila .u. figura 5eTIl rosto de urn llzseIn COCl¢Cnlil\V ao Dastr .. da p6i1S.

Benjamm 0 rcconhece a sua malWira,. mas !W"

gondo urn geslO duplo e. acredlto, tWo deJibcrado. cm lodo C.l:IO nio tematizado Ell' nunca rcnunCla a conter num par de ronC("ltOll. l' a l'IXondUZIr a d .. -tlIl<;Oes aquilo mesmo que os exre:Ie e trare;borda in­cersant .... ment ... AdmitI'. asslm. que 0 mal da policia ~ 0 de §('r urn" figur.l 5('m roslo. lUna violi"ncia scm forma (gc<mlrlos). Ela niio e apr~nsjvri, como taL em nenhurn lugilt ( .. irsmdsfo~ll') I"os F.stoldos dllos civili~OI:I. Q o:speo:tro de sua apari~Jo limta§ffi~haI se C5tende pot" lada parte". E 1'10 en tolnto, enquantu e.la se ~onill'\U<l. enquanto essa figur.I lJ1aprec-n· ~iY('1 e S("fI\ forma st espectrollZll, enquolnto a polidol se lomol em too .. parte. na !lOCiedade, o pr6poo eli:>· mento d.1 3soombrao;;ito. 0 meio da espectrahdade. Bcn}iltnin p tllJia ainda que l'l.! pefm,lnecl5Se cornu uma figula d .. termin~~1 l' pr6pna dos Estados civi lizold08. Ell' pret('ndc saber do que rolla quanoo fala d.i polkia oo'!Cntido proprio, I' desejaria dctcnninar seu fenfuncr'IO. E dlfkil saber sc ell' fala da polida do Estoldo modemo 01,1 do Estadoem gt'faJ quando no­mei .. 0 Est .. do civillL.ldo. Eu me iOOinaria pE'la prt meir.l nlp6tese, par d_ mWes'

1< ·~ ..... ,... ...... _"'l_.",,"IAIno,,"lri_ -.'0,.",., l!tlo",od h . p})'

, .. 1. Ele seleriona fI'lCcrnplos motk-mos de violen­

da., como 0 da I;I\'\'(' geral OIl 0 prob/f71UI da pcna de mortt'o Mais aeima. nao faL:! apcnas dos Esrados d­vili~dos, mas de um~ outTa Kinslltui~ao do Estado moderno", a policia. ~ a polfo.a rrwdtma, em situa­~iies politico t&mcilS modmuls que ~ levada a pro­duzu a lei que cl.l deveriil somente apli<'ar

2. Mesmo rffOllh{"(cndo que 0 corpo fantasmal dol polfria, po! mais inva~r que seja, permanere sempre igual a ele m~o. Benjamin admrle quescu espirito (Gei5I), 0 e5pirito dOl policia, faz menOli es­trag05 na monarquia absoluta do que nas dcmocra­cias moo:iemas, n.as quais sua viol;\ncia c\(>g<.'ner3 5e­ria apenas, como I'Stnriamos hOic indmados a pt'n­saT, porqul' a~ terno\ogias modffr1aS da romllniGl,iio. da vigHiinCi.1 e da intcrcepta~ikI garantI'm .1 policia uma ubiquidade ab.:.oluta,. sah.u-,mdooe5p.11ff<1 pUbh­co e privado, Jt'\'ando a ~ limite a CQeXlcnslVldadc

do poiitioo c do pohcia1? Seria porquc as dcmocra­Gas n50 podem proteger 1\ odadao contra a viol,:n­cia policial a n50 S('r entrando r.essa l6gica da coex­tenslvidadc polftico-policiaJ? Isto e, oonfinnando a emMa policial da ooisa publica (policia d.a5 polidas, instit~ do tipo "informatica e h1>crdade", mono poliza~~o peJo ~tado das tecnicas de prote~.io do segredo da vida pri~"3da, comoe atualOlcnte propos_ to 30S cid3daos amcncanos pt"lo govcnlO federal e

"" por suas polkias, que, em !roC .... produziri;un os TnCIOS

h~cmcos ne«>ssariOS e dccidiriam 0 momento em que a seguran~a do Estado exige a interceptal,".1o d3 conversa privada. por cxcOlploa instalil\.lo de micro­fones invisivcis, a utlliza~.io de ml(Tofor.es direcio­nad09, a intrusiio na5 redes informahzadas ou, siol­plesmente, a pnhica 1.10 romum entre noo da ~"('Iha I' boo ~escu ta telef6ni<:a")? $eria ne'SSa oontradi~5.o que pcriSilva JknjamlO? Numa degeneres&na.a in­tema do princfplO democratioo, inevitav('lmente cor­n:xnpido pelo principio do podcr policial, d0;tinado. em prindpio, a protege-Io, mas por essencin IOmn­trolawl no procesl'O de sua autonomiza!;iio teem.::a?

Dctcnhamo- nos urn il15tanle neste ponto. Niio e S<:'!."Uro que ~nJamin tenha dclibcradoa aproxima­~Ao que tento fa<:er entre as p.1la..,.as gcspenstlSChr, espectral au fantasma/, ea pala~Ta G6st, espirito tam bern no senhdo de dupln fantasmag6riro. Mas ~\.ba analogi<!. pa.rere pouoo oontestavel, mesmo que Ben­jamin nao a recoilhect'llSe. A policia torna-5(' aluci n.:mte c e:spettral porquc ela iISIIOmbra tudo. Ela est;] em t<Xl.a parte, mesmo ah nnde naoesla, em SC\.l fori­lJa·,;em 8 que 5emrre podcmos apelar. Sua presen Vl n.ln est.i present(', a55im como nenhwn,1 p~ cstoi presente, segundo Heid('ggcr, e II pre-sen~a d~ s.eu doplo espectral nao oonhere frontclras, E con· forme" l6gica o;i(' Z"r Kritik der Germ/I marrar que todo 0 que IOC~ na vlolcncia do direilo - ,1qui, da propria poliaa niioe natural, mas espiritual. Ha urn

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I:'5pinto, ao ml'Smo tempo no senlido do IIljpectro e no 9o:'ntido dll vida quI: se eleva. ju~lanwnle atravk w mort!', pdo possiblHdade do! pena de morte, ad rna da vida natuml 0\1 "bioiOgica~. A polida d;i teste­munho russo_ Invocolrei, aqu~ urna ''If'So!" do.>finida pela U,..;p .... ng tkr QnllSChc! TnlIII'1"SfMI" a respeslo diI llW\if~iIo do C5pinIO: este 90:' mOllua t'):.terior­menle sob a fmma do poikr; e a faC\JIJadc dcssc po' der (VermD8""I) dctcrmina-* em ato oomo jllCUldIuk de e.>.ercer a dUlldurTI 0 tspirito f Q,taduf/l Rcoproca­Il1('nte, a dnadura, que ii a ~nci.l do poder como vio!encia (Gtwalt), e de ~a e<iplfltual. 0 espiri­tuah5ffiO fundamental d .. 5Sil afl~1o est.i emeon ~n.'inaa com aquila que ooncedc a ,lUtondade 01' g.hmada ou h.' !,-itimadora), ou a ..,ol~nda do poder (Gewalt), a uma dtds<io inslilulnlc qu(', nao tendo, por dcfini~.io. de /u:;tificar sua sobc>r.Inia dian!e de ncnhuma lei pr~stent .. , apela somcntc para uma -mistica· e sO pede enundar-'iC sob a forma de or­dens, de ditos, tle ditados prec;cntrvos au de perfor­mativos ditawri8is

Oespirito (Grij!) - ,.J ii B le<;e dol jIpoca - milnl f.sta-!o(" nO podl'f (wISt Sld!.noS III Jdu",); 0 espiri 10 e a faculdlldto (\(0 e~o:m"" d'l.ad"r~ (GmlI5/ d.o. ~DlkmhlT_~bm) EM.afiKUkI~exI~

, w.l ... lion,.""" ~ "' ....... ""'" --. ,,.,j. b.. Sttso' P....Jo., iWo.w ..... ~ r.Wo, 1Ir .... -. ,lIN. IN '*" 11

107

lIma di";plina ;n tenor ngorosa. as&in rom<> uma ~ exlertor despfOYld.J. de escn1puiOi (wupdlosls rr- Aktumj.D

Em veule !ie' de n .... 'SIl1O e de SCI" rontido fill de­mOS"riIC~ ~ espirito dol policia. essa vioJeoa.a po­liciaI romp npj"1rJ nela de8'-'nera. Be d.i t..'Stemunho, na democracia ocidenlal. da maior degcnerescen= pen5iiveJ da vioJcncia au do pnnripio de autondade, do poder (dl~ dmkbar grilssk E!1tarl.mK drr Qw.:Ilt btuugl)". A d"8enell!sc~nda do p<IIko dt'mQ(r~11OO (e a pal;ivra podtTsm.a freqlimlenwnte i mai, apm­pnac» pMIIlraduzir GrwaJI, ... ~ ou a viol':-nda in­terna de sua auloridalk) n.io leriaoutro nQlne 5t'fl.lO policia I\)r quP Na m()narquia 3~luta. os pode­res legbJulJ\fQ!i e elIt.OCUtiVOli cst.1o unidos. furtanto, a \iolCnci.1 da autondadc ou do podcr f al normal ronfOfm!' la sua ~ru, ~ ~ua ideJa. ao seu I'Spfri-10. ~a dl'fnO(J"aoa., pclo COIltr.irio, a vioIo"!nc:ia iii nao f COl"lct'(hda au espirito da pulina Em lUlo da se­P<lra~iio prt'Swnida dos poderes, ela se exerte de mod<.lllcgi"timo, sobretudu quando, em \~ de apli-

l5. Clo-'f' .... ~_ ................ 01. "od. ,. S "' ...... " Hi" __ I~pp 1(0.1 ~"Iloro_por ... <hoo "' __ .............. ,..,.. __ O ............ "'pIhoIo ........... _ .......

__ • P " ... 1( .... " I •• .,....p 2711 r._~f.Lo-oodo ...... _1Ip;nc> w.. G .. ,,) dobi d/Iopow. _~ ___ ""'-'" do

_1'IIIllwompod,d W>ONeoIr.d I<,p.2S "If,. c:,.. <it _ p. I \lII; n.i. It,. P. 31

". car a lei. ela a faz. Benlamln Indi(,1, aqu~ ~Io me­nos 0 princlpio de uma analise da realid.1dC' polidal nilS dcll'lClCTaC:l.JS mdustriai~. e st'US (onlplCXO!i mih tares-indu~~ prn\'idoo; dl' alta tecnologY. infO!­rTIOIt~, Na monarqur.1 :.bsoluta. por IT\II.I>I tenfvel quo' S<'~ a ~'lOk'ncia politi ... ! mostr.I Sol' tal qual ~ ... tal qual d~", ~r em sell espiritu, (,!lquanto a Vlolcncl il polKi3J das dcmocr<Kla~ nt'Sol .... 'U pr6prio prindpio, J...'gISlmdo !ok modo sub reptian. na dando.."iIirlidtde

Dupl.1 oon;eq~cia au dupla impoc.l{Jo. t. A democracia (leria urna degenerescencia

do din-ito, da vioicncm, dol ,1u!oridade ou do po­der do dirdlo;

2 Aind.l noW exi~t~ dcmocraClol drgna d('SSE' nome. A d('fT1OC'r.lcia ainU. C!ot4 po!" vir: por cngen drar au por tcgenel'3r.

o dbcurw de Benjamin, que So' d~nvol\'e en­tlo numa Clitica do p<tnamcnlarismo da dcmocra­= liberal, t, pots fl'!!o/ucK)Wm(), au marxiunle, mas nos dOl5 5entidoo; dOl pala\'T.1 ~ A."VOIuaun..irio·. que compn?'l'ndc tambem osrnMo fl'adoo.lrio, islo e, I) de uma ~oIta au passado de uma origem malS puca E'ISe equfvoro ~ wficientemenre tipico par haver aliment.1do mUltos di,;rur'108 revoIucioa:i.rios. de di reila e de csquerda. em p¥tK'Ular I'Iltre ~ dua; guer­ras Uma critica da ~degene~enc;a~ (f"lIm~ng) como critKiI de urn parlarnentarismo rrnpotente no comb.:r te ~ viol~neia polidaJ. que a elt'!K! sul::.st!ru~ ~ uma crihca d.:! vioMoo~ funJada muna ~filo5ofia da

,,. hrst6ria-: coloc.1~Ao C'm perspeocti\'a arqueo-tt'!.:o-1619ca. ou ilrquco-t'St'll tol6g:ica que dedfra II hbt6ria do dU'r:jto como uma de<:adenda (Vrrf<lll) dnde a ongem. A analog1a rom 05 esquemas de S<:hnutt ou de Heodcgger nIo pr..rn. k'r sublinhada E!i~ tn5ngulo dell('fia &l.'r ilustrado por uma curr~pon­dilnel.1, quero dl:ter I'eia colll"'lpol!loJ\incia t'pistul3r que bgou ($S('!; tT~ pensadOfl'S (s<:hmiUI1I,mjamin. IlerdeggerfSdrmlU) Trata-!W sempn' de ~pirita e de l\''IoIu(.30,

A quc~t.io !;(.'na. no fundo, {"';td_ ° que arontt'Ce hUje com a democracia liberal e parlamentar' F.n quanto meio, tOOa \wlfinci.a fund" (,)I.l consel\OI a dl rello. Ela renuociaria, de ouIJa f<.ITma. II tado valoc. N.io h;i probIem;ioca do dlrertn ~ l'SS.a vi<llcncla dV!I meios. Sem ... "SSt' principia de pOOer. Conseqilen cia tOOo oontrato julidicu (RedI1svfrlmg)!II.' funda na w)l~n('1.il Nao M rontralo que ";io tl'nha a \wlcn­cia !KJII\CYTKI tempo como ortgrnl (U~tgl e como ~tado (Ausswrg). Uma aNsaa furtrva e cliptl(Ol de f\'."I1jamin ~ aqui decisiva., como fn.oquentemC'" Ie acont<:<:e. [nqumrto funda~;io uu Jl'llstlUll du direi· to. a violencia rnstltuh\" (m-:hls4't:tndr) nao prt.'Ci!ia ~ ... )\ar iml'diatamc-nte presente no ro"trato·· Mas. !i.'1n ~ Ii imediat;unerne preseflte, ela ai estS 5Ubs­hturda (tJrrfrrtt'-II), rc~ntada pelo suplemcnto de

Z1 "NO-lot ...... .- ;. """ " •• 4.,'1 u ...... 0, nI , P. 110; rroJ. Ir, p lit

'" um substttuto. O~f.'Cimeflto da YIOJeroda originti n.l se produz. se abri8~ e sc esrendo! r.essa dJ.jpmna, no movimenlo que subsbtui a pr~n~.l (a pre5en~ ImroJata dol violfficia K:lcllufici~l como tal, em f;CU$

tr~ e em 9I'\J I"I<pfrito), ness. repn-senl.ltividade difF'runlrd~_ A ~ de C'OnsoCnCiJI ,,30 act.im por .lCidcnle,. nem , amnesia ronsccutNa. ~ e a pnSpna ~gl!ll\ da prest~a a representil\3a.ThI pib5agem Forma 0 tr.Ijcto do dl"Clfnio, dOl dcgenl'rt'!!Ccncia inS btucional. ~ tbjaJI Benjamin falava.. anlenoltnen­Ie, de uma degener~nda (£Uhtl"fWtg) da viok'nda origirWia.. {'Of" eu'11lpJo. a da ~iol(!~ polJciaJ n.1

monarqula absolutil que l'II' rorrompe n.lS democra­cias modcrru5. E de ck-plOr.l a Vnfoll diI revolu~.1o no ~po.'taculo p.1rlarncntar -Que ~pa~ a rons­cl~nda des5.l pr~l1~a lat"'''! ... d~ vi("ll~l\(:io numa institui~, elI!a ('ntOO peridita .. " 0 primclro excm· pkl esrolludo ~ 0 dO!> parlamentos de entao. Se ('S-

1('5 dao urn espel.kuJo deplor.iveL e porquc es5aS insbt~ Ic-p,esellbb\"i\5 ~cm a vioIiincia re­~o/uaon.iria da qual nasreram. Na A1emanha, em particula~ ela~ csqu~r.lm II. revolU(Ao abartada de 1919 EIa.~ percle/am I) 5enlido dOl violcncia funda dor.! do direito, qUl' cst.i new replhelltada ('7h1ll!1l frirlJ dtr Smn fur die rttfItseln'Tldf Gn.!ltlt. d~ m ihnfrl ~Im ist">') 0< parLunenlO$ \iVl:rn no t>SqU('

._"'S' .... , ........ ___ ......... .-..wtIoiuGt.

_ /K ....... _"',"-fI!I'" -Iht/,

"~.

C1m~to da VlOlenrn da qual na=m. Essa dene­ga~lo amnesla n~o fl. ... eJa urna fraqueza f"'\iroI6gi­ca,; ("iol sc inscre\'e no t.'St.:ltuto e na propria e!Ptruru­na d{'SSCS parJamentos. ~ entao, em ~l. de chl."­gar a dl'C15Oes romt'nsu'a\'t'is 0lI pfOpoRionliis a t'S5;1 \'IO~ncia d o podCt', e dlgnas deLa, I."les pr.:rocam a politica hip6crita do «mrpromis6c 0 OOIlCt'lto de COfl'll'rorrusso, ol detu-JIl¢o dOl mh:inda aberta, 0 re­curso II ""olenda dlssimulndil, pocrtell('rm IK'J cspfnro dol vlolimcia,; a ~mcntahd3de da vlolo?ncia" (NImta­""'" drr ~ff) qlK' Irnpocle a OC('ltar 0 conslr.:mgl­mt'Ilto do act..oeOOrio, ao mesmo It'mpo pcUlI imjX'dir o PlOT e dll.endo, com 0 SUSplJ"O do parlalTlnlb.J, que nlo ~ t't'ltament(," 0 ideal e qut'. sem du\"!da. lena sioo melhor de outra maneira,; mas que n5u Sl' po­dia. jUlltamente, (<11.l'-'r de outra maneira.

o parlamentarismo ~Ii porlanlo. na vlolcnda da aUlor!dade e na rmull('Ia ao ide;al. Ell." malogra n3 resolu~io dos oonllitos politiros pela pala".~ pel.! dlSCUssJo, pela deliberao;:io nao violent3,- em swna. pela 1.'>;('CU~ao da OCI1'lOC1'llCl.1 liberal. Dlan t(' do • de· dillio dos p.ulamentos- (tkr~'erfall rff'T Parlan/mle). l~jpmiJl consider .... erftleJ dos bolchevistolS I." dos sindlcalisti15 30 mfSmo tempo pertinente (/1'rffi'ndt) no ronjunloe ooicalmente destrutrm (~ich~).

Precisamos a~"0r3 inuoduzif UlTIII di>-ti ..... OOque, um.a vez malS, aproXlma BentaJll-ln de certo Carl Schmitt e da pelo rneoos urn sentido malll predso .10 quI' rl()cila ser a ool'lfigul'3r;.1o hislool;a na qual5e inscreviam todos e5!ol"!> JX"n<.amentos (rrl"~ Cl«CS

III H.-.;"A rv w

SI\U pago pcla AJemanha,. RepUblic. de Weimar. ai­~ c impot~nda do "010"0 parWnt.-nlarismo, rnalogro do panMmo, dlOI segUlnle da RcYoIl.I{io de Qulubro, concorrmcia ('ntre as midias e 0 parlaml'Jltarismo, l"IOYO'o dados do di,eito intemacional ek.). Entrrtal1-to. par mals eslll'ito que sej<I 0 lidme inCOflt~"!>ltI"'" com tal conluntIJra,. 0 akatl{'(' ~ dl!I('Ul"I05 C dos sintoma:l quI' des apontam (e que t01mbi'm 530) nlo II(' t'ltgOIlI ni5!lO, de m"neira nenllluna.lian~posj~i)e, prudl"ntes pod<'m lomar 5u.a leiluril ainda mats 110,'· c~~wna t' fL'CUnda em n~!iOS dt.ls. Sc- (I cnnlcudo de S!.'U5 ('Xt'mplo5 privilegiados envelheceu urn peru 00, ~ ESque!'llas argultll'ntativus parerem m<;'feeer hoje. ma.is do quE' nullCiI, interl"!lSC l' ~oJo

ACJbamos de vcr que, afina1, em sua nnSl'm COII'ID ~ seu fim. I.'fTl sua fundayio e em sua conser \a"lo, 0 dirl;'itQ i insepanh"el cia violencia, iml'<4.lIJ ou rnC'diatA. J'f~nle ou repre,<,nlada. r,'i(l .. xclui tocb n.io- "oli'ncia na climil1.'llO.30 d<:K ronRltos, como ~am05 5CT facilmentc !cntados a conchllr' ,'b solutlllll(nie n50, Maso pcllSlmcnloda nJo \'ialcn d" d.·,-,> 0''''0'<11.'1 II Old..,m do din~ihJ public.." Ben I~mll"\ IK':roort.J na~ f('1~~0t>s nilo viol('nlil~ l'ntw iI~ ~ pn\Old.as. Um.a uruao scm violi'1"K1a (J:I"waltl,) 5t' t:miguug) ~ passivel em IOda parle onde a rulturil do COflI~lo (drr "ultur dts 1117U11$) d.i aus homens rneios puros ~il;,tndo a um acordo (Ubtrtmlulljl)-

"0) ~ ••• p 1""' ...... ".p"

III

lsso Slgmfica. q...e e preoso ficar nessa opo6i~:i1,) du privado ao publico, pala proleger urn dominlo d(' ni(H"IO~nda? As ("I)!SaS csLlo Iongt' de ser SImples. Oulr.lS partilhi1ll CUI1ttltuais ,oio delimitar. na pr6-p. ia estera do politico,. reLil~30 da VIOIi'n<1. com a nolO violi'ncra. Sena, por exemplo. na tr.1dl~;;:O de Sorel au d~ MIlIl(. a distiru;io entre a greve ~I po­lillca - violents, I' que cia quer f;Ubshtuir 0 F.sMdo par urn oulTO r.slaoo (par I!XCmplo. aquela que (Ka" bara de se anumial. como urn rdarnpago. 118 AIClIla· nha) " a gl\"Ve gt'r.l1 proll'taflll, aqlX'La re\lohl~.1o que, em ~zde fonal«\'l 0 btado, vi!.a a supruni-Io- as­~im como ~ elimil\il<;~o dos ~soci6Iog()!;, dlZ &Ire!, dos mund:anos amlgos das refol'mas soc:iars, dos 1.0

lelectuai5 qlK' abfll~aram a pmfissiio de pcn.'III' relo prok'Ia~o".

UIT\i'I outra distin~.io pare«'" al.llda mars radK:ai C IT\i'1I5 prOxima de uma CI1IIc.:1 da \"lOlena.a. eomo meio. O:a opOe :a ordem d05 mei05, justa mente . .1

ordem d:a n/iJlIIjtsta¢o. Uma vez maJ5, t rala·~ exa­lamente dOl violcna.a. dOl linguagem. mas tambem do IIdvcnlo dOl n;io-violimcia atr.1ves de ceria lin­guagem. A e~ncia d~ linguagem consiste em 8iS­n~ cun!>Wrrao.ios como mncs de coml.lnicll~~O, 00 numa manifes-ta~iio quI.'" nio depende, au nao de· Pl"" de ainda, d. comunk8{iio po!'5!gnos.lsto t" da ~I"\ltu,-a mciolfim'

Elenlamin pre'end .. plU\<lr que uma ehmrna~;l() nao ~i(l!enlil ~ rooflilos e possh"Cl no mundo rn

\'3.do, quando nele rl'inam a cu!tura do cora~ao, a cortesia cordial, a crnpatia. 0 amm pt'la paz., a con­fian~ a ami2.ade. Entramos aqu l nurn dominio em que, estamk> suspeJl5ll a rela~.io mel.Offim,. !.'Stamos hdando com meios puros, de certa maneira.. meios que exclucm a "olcnda. Os ronflilos entre os ho­mens passam enlao pclas coisas (Sool('n), I' e unkft­mente nessa rl'J~dO, ft mais ~realista~ ou mOIls ·col­SlSta~, que So? abre 0 do,runio dos meiDS pums, isto c, por exceienda, 0 da tknka A toknica e "5eU do­minio mais proprio". Enquanto tknica. h~'cnica de acordo cj"it 0 dialogo, a con'X.'TSol (UII/<!TIl!duugl sc­ria 0 "=plo m~iS profundo" d~ "dominio mOIlS proprio·".

en... como se reoonhere que a Yiolcnda elt.i eK­duida da esfera pr ivada ou propria (rigl'lIllu:h~ Splra­re)? A resposta de Benjamin pode ~urp!ffnder. A. ~sibilidade dessa nao·\1olencia ~ otC5tada p;!lo (aro de que a mentira nao e ai punida, lampouco 0 logro (Brtmg). 0 direito romano e 0 antigo direito germ.inico nao 05 sanclOoam (S50 confima, relo mellOS. que alb'Uffia coi5.1 dOl vida pm'ada ou da iJl­len~ao pcssoal esropa ~o espa(,'O do poder, do dll"Ci to, dol violenCLl autoritaria. A mentira ~, aqui, 0 (>X(>mplo daquilo que escapa ~ vigrlanClol polfb<:o-ju­rfdrco-polidal. Dt-sd", entao, considerar uma ment; ra como um delito e sinal d(' dl'Cadencia: uma de-

lLo,._dt.p r'-1;~ h.r~

'" cadencla e:ml em curro (14-TfoII;;pro.<lI'5S) quando 0 ro­der do Estado pretende controlar a verdcidode des discursos. chegando a 19norar os limitel entre a ('5-

fera propria do prtvado e 0 campo da COISa publica. o direito modcmo perde confian~a em si pr6prio, candena 0 logro nao por razOcs morais, mas por­que Ierne as ~iolencias que ele poderia acarretar por parte das vi'limas. Estas poderiam.. como desfona, amea~ar a ordcm do direito_ ~ 0 mesmo mecanismo que na conces~o do dire!lo de grew Trat.a:sc _5C~­pre de limitol a plor violcncia por outrn "olencta Aquilo com que BenjamiII paft"«' sonhar e tuna a.,­dem dOl niio-violenda que sublrai a ordcm do dl­rello - portanto, 010 drreito de punir a mcntlra - nan apenas as re1a~iics priva.das. mas ate mcsmo certas rela~ publicas, como na grClo'C geral de que fOlia Sorel. aquela que nao buscaria rl'fundar urn Estado e urn novo dire!to; ou ainda. ~rtas rcla~Oes diplo­malicas nas quais, de modo an.ll.ogo 010 das rela~Ocs privadas, a.lguru> emoo,xadores resolvt'm os ronflitos paaficamente I' scm tratad06. A arbitragem e, nesse (iISO, nao violcnta, porque cia se s,1\la ~parn alem de toda ordcm do direito e. portanto, da vioJilncia"".Ve­rcmos, daqui a pooco. em que essa naa-\llOlcnoa n.1o deixa de ter ceria afinidade com a p1lr.l viol~ncia.

Bcnjomm prop5e aqui uma analogia sobll'a qual con vern dcrer-se um iru;lanlc, em particular perrque

32 0, <II. p. 1'15: I ..... f,. I'P 014-5.

'" eJa £a:;e inter..,r (J CQO(:l'iIO ... ni~tko de dc:-;11Il() 0 que aconle«>riI So! UffiiI violenc1a hfPda ao destlno (so:h,r/u.lllma'''S'' Gtwolll) I' utilizando meQ justos (btrrchhxtr) se achassc num wnflito insoIu-. ... 1 com 05 6nsJust05 ~)? E is!.odl- tal wrte qot" f08ge nI.'"

reWriu encarm uma Ollila espOOt- do.> vIoImn" que, rom rcla~lo ;\,quetes fins, n.lo fosse nem urn meio jUShoc;lI.io, ncm urn mcio irlJustificado? Nem lneK) ju~+ hfkado, nem meto inju~tificado, de modo IndCCldf vel, i5W ja nao 5('ria nem mesmG urn mcio, m;1.S tn t'<lria nu ITIiII rcla~30 mUlTO d!\'ersa com <) par llU!'i<.>1 firn Tmarn05 de (rataI', ('nlao, com wna ~ioJilncia mUlto dlferl'nt!'. Esla ja n.iu So! dtlUaria de1ernunar no eipa~ aberto pela oposX;ao meiodim. ()ulosl.lo ainda mais grave; dol excede ou desJoc;a a proble­mtih~a InK'l.11 que Benjamin tinha cunstruido at .. aqu~ rom respclto;j \'lolimoa do dueilo Essa prrole­m.itx:a era intei'amenle romandada pelo ronct'uo d(' melo itn:cbemos, aqtJl, que h.:i CasQ5 em que, colo· (ado em t('rmos Ii<' meioJlim, 0 problema de wmlO fie,] lndecidivcl. Es5.l ultima indmdibiIUJa,w, que f! a de lodOl:l ()'> problemas de di,e:iIO (Ullmts..·J1ndbarl.rn aIItT' Rech/'I'robielllt), ~ alw: de uma expef\CnClJ sin guidre de<;o.'ncoraiadora_ Parol onde 1r, quando se re­ron~('u CS5.1 Indecidibibdade ineiut.iveP

Essa pergunta SI.' able, primcinllnente, pal. no Ir.I ~o da lin~ p.arn um am dil m<'dJ.l -;-40 e, poc-t.mto, dol linguagcm como SlgoD. 0 Signa e aqUl ('fltendido, como §cmpR' em Bcn).1lTlil\. no sen-

lido ~ mN.i.a~.lo, como meio \'i$ilndo a urn fim_ A questilo pare«', lfU('ialmenle, sem saida e. porl.lnlu. sem eg.per.n~.1. Mas, no fundo do impasse, ~ de· scspa an~ V\"S6Idr~JgUJt) pede declSOes de pen. samento que OOIlCftT1("m n.lda menos do que.i ori· gem da lingua&"m em sua R'~.io com a \~ . .!o

'IioI~nda do desllno (srlIic4slllhuftl' C.noal/) que <;('

ooloca acima da r.lzoo. e depois. ocima dess.J mesma viollinda. 8 Deus urn outm, urn romplelJmente ou­tro "funddrnento mfsllco dJ autoridade'

f\'ju e, certaJllente, aqude de Mo:>nta lgne ou de Pascal. mas niiotJe.rcriolmos (onfiar mUlto!leS$Ol di!;­landa. Eb l>;Ira que se abre, de certa manetr.l. aAus· ~tsJ/lSIUII do dnClto, tIS itUIlde leva 0 impasse do direito.

Ha-.~ia uma analogla cnlre"a Indeadibilidado­(UllmKrirndbllMI) de todos os problemall de direi­IO~ e 0 que oltonhXc, pot outro lado. nas lingu.l8 nil!!

centes (m ">mkndrn Spruchcn), nas qUillS i Imp056i vel uma dtXit;Ao (Erll$£hridung) dar.!, convincen!e, determin.1nte, enlre 0 Justo e 0 f.\lso, 0 rom·to e 0 incorreto (rkhriw'fo{M'h)". E'llll C HpenilS uma ilnalo gia proposta t7l passallt Mas poderiamos descnvol vi·1a a p.1rhr d(' nut~ texlos de Benjamin sobre a hnguag('m. ('!;pl'Cl.:Iimcnte ~A taler.. do lradutor" (192)), e sobretudu !leU famoooo (,llSiUO d(' 1 'Jl b (rln­co a~ lInte!>. iX'i'), ·Sobre a hnguagem em ger.JI e

n.

sobre alingu.agem humana- .Ambos quesbonam a ~ci;l originariamente comurucatw;l,. iSiO r, !Ie­

nuol6gkOl,lnrormatr.1I, .tptescntlm.-a, conllCOCional, portanto '-" lIdol'Q da linguagem. Esta nio e urn meio \'banda iI urn fun (uma ooisa ou urn oonlC'Udo signlfi~, ou urn dcstlnalario), au qual cia cleven .. adequar'k CQrrct~mente. F3sa critica do ~igno era. enl.lo, lambem politic,]; 01 conccp<Jo da li ngllab'em como melo c como signa sen .. #burgucSil~ 0 h.'xto de 111lt; define 0 pecado original como cssa queda numa lingwgem de oomunica,:io ff\e\.b.:lla, na qual as paJa~'['iI1>, lomadols rntlos. ind tam iI tagarebce (GI"­schuoulz).A questiodo hem tdo rrW. dt-pois da ena tlo, dePffi~ dess.. t.lgarehce. A moore do conheci II'l('fIlo n.1o t'Sto\'a Ia par.! romCIX'1' ronhecimenlO$

!IObrt 0 /km e 0 Mal. mas como Signo sintomAitioo (WOlhntidrm) do jull.Q (Gtrichl) la~.xIo sobA' aquo.>­~ que pcrgunt.J. MEssa e.>:traordiruiri.:! ironia. condu! Benjamin.. Ii 0 smal pt:'loqua[!"O:' reronhl!Ce a ongt"m mflica do din:ito.· ..

P.ml a1em deSl!<l5implesanalogia.llmjamin qut-t, porlanlo, pen~a£ IIqui uma finalld.lde. \lma justi,a dOll fin~ que Iii nao ~tja ligada a possibilidilde do direito, ~m todo ca!lO aquilo que se COt\('('be iiCmpn> como unlvt'l'1I.tl17,,h'el A universal iza¢o do dll"('lto e sua pfopna possibl1idadt>. ela esta analitic"m~ntr

inscrita no oonrelto de JU5b~a (GmrlrhgUit) M.u <)

que entia n.io se compreende e que e5§a univt'f salid<lde esteja I'm contraw..;ao rom 0 prOprio Deu!\. isto~, com aqucko que dead!> aoc:eml da leSJhmida­de dos IDeIOS ~ d.J ;ustl~a dos fins 4ama d4 nuiliJ f' ~ <lrinl4 d4 IJIO/lnCl<l do distmil. ~ rder~oa subita a Deus aClma da r..zao e da univcTS.lhdao;k, para alem de uma npokie de AujkJiinmg do direito, n30 e outra coiS<\, parl'Ce'me, ~nao uma refer~nda iii ~Ingil landild~ \frcdutl",! de Cdda situa<,iio I:: 0 pen· Solmento aud.xloso, t.io nl're!lSiino quanto ~nRoso, daquilo que chamariam05 aqui de IlITUI justi~ sem direito, um.a jU)~ para alem do direito (estill n;lo e IIn1.1 exprt.'~."jo de Benjamin), ,"<lie tanto para a uni· odadc do Ind ... idlJ() quanto para 0 JlO''O e a lingua,; em uma sO p.:11Jvn. para a lust6na.

nua f;mor OV\'U' (.'SA ·run'i.lO n.io mediatl da W)· h?ncia'" I.' da autoridade em gt.'raJ. Blmjamin lofT\,'l ainda 0 c"emplo da linb'Uilgem cotidiana,. como !Ie

o;e trntd9S(' apenas dc uma analopa De fato, pill'cee· me quI' t~m('>ll aI a vcrdadctrn moLa, e 0 proprio 111 gar da dCClSiio. Ser,s por acaso, e S('m reLa~jo com ~ figura de DeUll. que Benjamin fata enlJo da el< perio?nci3 da co/ml, l':;:;e elremplo de uma manif ... '!;· ta.;ao co,,,,jlh:orada imediala, t'Slranha II toda cone· la(at) ... nll\" 01('10 I.' hm 7 S<>r.i por acaso que ell.' 1011\11

n. . r;- ..... __ r ..... .,.. ...,G«ooIt",. '" P 11I'I ... .o.l lr , p46.

"" iUIO' ()f lfl

o tM!rnplo da cOlt-r'!' par') moMrM que, antes de!iel

mediao;io, II hnguagem e n-.anil'<'Sta.;30. epifania. pura apn:tK'ntil~.i:o? A explosJo da v101cncia, oa (611.'1.1,

nio 5('na urn mao vis.lndo a um Hm; \'Ia nlo tCnb QUiTO obJCIivQ somao mustra! e mostrnr 11 51 mesma. Dro:crnos a Benjamm a respvruJabilidade desse 001\­

~ito: , manifl'Sla¢o de 8" a m~nifesta,;io de certa fOlm'!' destntcressada. im('dl.ltae Soem cilrulo da cO-11'1'i'1.0 que lhe Importa e"rna manift'Stao;ao vi~n· la da "iol~ncia, que se mQIIlnl a~~lm cia me5ffia, e que !YO 5('Jil meM) com VI'IliI' II urn fim. Tal SC'ria II vlolilnda mitica como mamfesta~ao do!; deuses.

Aqui come.;;a 0 ultima scqilencia. II mOllS enig' ma.lica, II mais fascmanle e II lnais profunda des1M.' texto ~: prniso Ikostacal,. o<"ic, pdo men05 dois Ira ~os pol urn lado, uma tNrw!.'! ambigiiidadl> C11CO p<'IIftk;l. a que n'fiete, roo fundo. Q terror que fonna t'fumwnente 0 tE1l\a do ~ por outro bdo, II ins­tabiWade ~p\ar de W\1 ~"Statulo e de sua ilS"ina lura. i.>Tlfim daquilo que v.xk IT\(' pcnnitiriochamar ~ ('Or.l~o 01,1 roragern de urn peru;amento qll<! saoo niio havl'1 Juste:za e Ju~h,a e responsabilldadc scnJ,\,J cxpondo.sc a todos 05 rilICO!i, par.a a~ da cert('la e da boa (l)Ilsaencia.

:-.10 MUndO grego. a mamfest.,~io dOl vialrneJa dl~1niI, 50Jb ,ua fo,"", mftica. funda urn dlll'l.\O mai~ doque 0 .plica. a ~ de f<J~. tn.1;S do que ~mfo~­rr" um dire,ta exJ5tffile, Wst.ibwodo as rerompen!>as e ~ ca'ltlgos. Nao e UIN juSt~a distributiva ou re-

"""'" oc_ m

tributiva. BmjalTUJ'l ~ a \end..1 de Niob.', de Apo 10 e de ArlernfsJiI.,. de Plornetcu. Como lie trata de fundal urn dll'elto novo. a viol~no.l que w:ai sabre Niobe vern. ponant.." do deshno. e- dcstino 56 pode J;er inceno e ambfguo (zwtid~IIS>, J' que ele nio I: pn"C'l'dido nem rq;uJado par IIl;'llhum d,reito anterior. superior ou ~ente. Fundadora.. essa viol~ncia l'IaO i ·propriameTlte deslJUtiva~ (nptbdr WSlOrtlld), ;a q~ ela Tl'Spe!ta. por eJ<empio. a vida da m.le. no momenta em que provoat a mortesan­grenta dos filh06 de t-:iobe-". Ma~ o'SSil alusao BO

sangue dl;'namado c, aqui. discriminal6na.. Somente ela pan.'<:1;' V"lnlitir, aos oIhos de Bcnjamlll, identifi­car a funda~ mitiCl e \'iolerota do dlrello no mundo grego. para diStlllgUl-la w vioI~rda dl\ina no judais· rna. Qs exemplos deza ambigiiicbdc (ZRri'h1lgit1t) mulbplicam·se, a palavra yoll' ao rn<'OOS quatrO Y('.

ZIE'!i; hj, assim. UIN ambigi.;cWie "dcmorUioca" ne56iI

instaura~;W mltx:iI do diMto que ~. ('ffi seu principiO fundamenlal urna potincia (Madrl). urna fur~ Umil ~.io de .utoridade e porlanlo, como s~re 0 prOprio Sore l. que ~njamin p~re<:e aqui apro ... ar. urn privilcglo dos rci5, dos gr.andese dos poderosos: na origt'01. tode direito e urn pnvi/.'glo, urna prerl'O ptiya' NCS$C mornento origiflilno e mitico. aind"

lIo. 0, , •. p 197; ...... fro "" ..,., 37 .......... ~ .... II«Iroo ".,.. _ ... u.., .....

~. K-o .. MILIIrt""..-... · 0, <11_" 1 .... ""'" .... pp ...

nlo hil jusli<a dis tribuliva, n30 M castigo au pcna massomenlc ~expia<30- (S~htle), mais do que "re­trlbui,aow

A ~ vi<llencia do mythos grego, Benjamin opI'Ie, ~ pee tra<;o, a violmcia de Deus. De todos os pon­tos de vista.. !liz ele, cia e 0 rontnirio daquela. Em vel de fundar 0 direlto, cia 0 destrOi. Em vez de coJocar limitcs e fronteiras, ela os aniquila_ Em vel de indu­zir, ao me;mo tempo, 0 eITO e a cxpia~.1o, cia faz ex­piar. Em vel de amea,ar, ela fulmil\ol. Sobrctudo, e isso seria 0 essenciaL em vel de fazer morrer pelo sangue, mala canula SI'm ifu5Ao til songue 0 sangue £aria tOlla a direren~a. A interprela~ao desse pensa­mento do sangue e tao perturbadora. apesar de eer­t.l5 dissonoincia5, em Benjamin como em ~~ o sangue e 0 sfmbo!o dol 'ida, diz ele, da vida pura e slmplC!l, da Vida como tal (das SymboJ d~ blossrn ubclls)"". Ora. farendo escorrcr 0 sangue, a ~iolen cia mitol6gica do direilo se e~erce cm S('ll proprio favor (urn ihffr 5(/b!;twilJen) oontTa a vida pum e sim­ples (dIU biOS$(' L.tben), que ela fa~ sangrar, permane­cendo predsamente na ordem da vida do vivo como tal. n-Io mnmrio, a violimti.1 pUr.!mente divina (iu­dalca) se Cliffi:(' sabre tada uda, mas em pTO\~to ou em (aVO( do vivo (ilber alles L'bm WII dl'S lLbmdzgen Wlllrn) Fbr outras palavrilS, a violCncta mitol6gica do

ill 0,. '"". p. 10>;1. tr""- fro P 'n

dircilo satisfaz-se nela mesma,. an sacrificar 0 \'\vo, enquilllto a \wJencia divina sacrifica a \/Ida para sal­vat" (I vivo, em favor do vivo. Nos dois casos. M sa­crifido, mas no caso em que 0 sangue ~ exlgido 0

vi\"O nao e rcspellado. Oaf a singular conclusiio de Benjamin, a quem deixo, uma ve~ mais, a responsa­bilidade dest.l inte!prct~iio, ern particular desta m­le!preta~.io do Judaismo: "A primm (a violCnti.1 mitol6gica do dircito) eicio"" /.fordm) 0 saaifioo, 3 sc­gunda (3 violencia divina) oaceila, oassume (mmmt SIC ~,,).~ Em 1000 caso, essa violencla d,vina, que n1l0

!leria somente aleslada pcla religilo mas taml:lem na vida prescnte ou nas IT1l1nifcsta<6es do sagrado, ani­quila talve~ os bens., a vida, 0 din'ito, 0 fundamento do direito etc., 111.,)S cia nao alsea jamais, para des­trui-Ia, a alma do vivo (dk Sffie dd I...ebendigm). Ibr consegulnte, nao temos 0 direito de conduir que a viol~nda divina. deixa 0 campo livre par.! lodos os mJTlC"!l humanos. 0 "n.in IT1l1taris· permanece COIllQ um imperativo absoluto, dcsde que 0 principio da mais de~tT\Jidora violcncia divina ordt>na 0 respeito ao vivo, para alcm do direilo. para alem do julga­mento. Fbts esse imperatil'O nao e seguido de ne­nhum jufzo. Ell' niio fornere nenhum crih~no para lu!gar. Noo poderiamos vaJer-nos dele para conde­nar automabcamente loda rondena{.io ~ morte 0 indivfduo au a comunidadc dcvem guardar a -res­ponsabilidade

w (cuja. condi~ao e s au~ncia de aite·

0115 gerais e de regrilll lIulomaticas) de ~nur Stu decis.io I'm Sltua¢es ~ em casos exlI1\O{' dinarios au io&III05 (m Il1IgrMuFm filkJI). Ai reside, pilr.I 6eojaQlII\, ;a~1\Cla do judaismo. que ~ rt'Qi­

saria t'l<1'rt'8:S;lmente.l condcnar 0 ,155a5!-1I1alO em ellso d~ l~wtUl\il dt'fe-<.a. I' que, segundo cle. s;)crab Zil4 vida • tal ponto <JI.K' ccrtO!i pen:'IJdore<; I!SIC'ndem essa !lil(l"ali;ea~;io para alem do homl'm. at~ 1"13ntmal ou 0 vegetal.

MilS 5<'oa occCS5.irio ilgw;M ate 0 e~lremo 0 que fl.Mljamm cntende. aqui,. par saaalidade do 00mem. da vida. ou fTl('lhor, do iJIrseln humano. E1~ ~ mao nifesta \'Igorosamentc contra toda sacral i:til~u da vida poi" ria morna, da vid.! natural. do simples fato ~ ~iv .. r Comcnlando Iong;uncntc a frase de Kurt tiiller. segundo. qual ~ainda mais allo do que 3 fe bodildc e a JU5I~ de uma exi5l~ (Lbst-/II), Sltua 5e a propria exislmaa·, Benjamm julga fa\s.a c ig n-6b113 proposta de que 0 sUnples Dosi'", §'crill !lU.1S elcvado do qlK' a iJascUllusto (Gis gemh~ Dustlll), w entendl'rl'llQ<; por ~n a simples fato de viV('f. E. anotanda ao me~mo tempo que 05 tcrmos Oascm e VIda penllBne«m muito ambfguos. I'le lulga 30 rontrario a mesilla plOposil:iio. por mals ambl"/liui! que se;a. plellil de uma poderosa verdadc (Rtwu111l1" Io\'IIhrlltlf). 5e cola quL'I dizet" que 0 niio-ser do nonwm S('fia illnf:U mais tcrm"t'l quco a n.io-5ef ainda do ho-­ffi('m ju>IO. pura e simpk!smcnte, dco modo ItlCQndi·

DOI'lal. fur oulras pa!3\'r.ls, 0) que constitui 0 valor do oonwm. de teU Das.nn c de sua..-ida. e contoY a po lenc,ahd.1dc, a poesibilidade da ju~. a futuro d3 ju~. a futuro de !leU tcr-~r-jU5lu_ 0 quell ~ grade I'm ~UiI \"lda nio I sua vida.. mas II justi", de sua vida.. Mcsmo que os ftnima.is E" as planta!l los scm ~grados. n30 0 5CIlam par sua simple!! vida, di;( Benjamin. E.ssa critlca do \,taJlSmo ou do biologis· mo, Sf.' ela S(' assemclh~ tambCm ~ de ccrto H~ideg. gcr, e Sf.' lembra propastas hegclianas, apa,.!C~ aqui como 0 d~tt,l.f de um~ tradi~ao )udaJ('a. E cIa 0 Lu em nome dol vida, do m.n5 vivo d.J \-ida.. do ~ dOl VIda quI.' valt: nuusdo que 01. VIda (pura c sunpl..'II, 9i' tal ooisa t'Xi5k e 51' podemos cham.i Iii dE" natural e biol6gica), mas que \.uc maJ5 do que 01. "id.l por_ que I'U ~ a prOpria vida enquanlo preferivel. ,\ ~ida para al~m dOl vida... vida contra a \"lda, rna, ~mpl1.' na vid3 co pela Vida". Em raUu desa amblguldiltK­dos ooncCitOS de VI<1a I' do.> Vilsnn. Benjamin i: 0:10

mesmo t('mpo alralda c relicente diante do dognl.l

:w. r ............ I", ... k ••• 01 qt>t d.o ... .,. ................ P"'"""" ........ .. a ~ ........ ..,...,_ .... I(Ip:.t IlpoaI c '''00'' 'Ik Eo ...... 100 .. a .......... lo<oop •• , .... I<o .... _~ ... poolo_._ -~ .... -"- ........................ -. ............ _poodo .... ~ __ ...... __ ; ".so,..-._ ,...... .. ~~~ ...... ,..·· ....... F='......... . ..... =. ,... .. 10 ............... ~11. __ ~ ............ _o»".. ...... .,~.so.o.t. ........ ..,_a __ r..-

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I ..

que afirma 0 catiter sagr.ldo da vida,. romo ,ida na­turaL pura e Simples. A origem desse dogrN mera:e uma pcsquisa. .anota Bcn}affiln, que est~ ~to a ~ ne\e a resp<l$I:3. relab, .. menle modem.t c nostil­giC'3 do Qcide!lle iro perda do 5agrado.

Qual f 0 ultimo e mals provocador paradoxo dessa critica da VIOJencia? Aqucle qued' mals II pen­SOlI? r ~ essa mtKa se apresent.l romoa ul'Iica '"fi-1osofia· da histOria (a pala~ "filosoIia· permane­rendo enln upas inesquedveis) ~ lome poesivel lima ailiude olio arenas '"mlica· mas, no fioCntido l'I'Uis crftioo e dt.l<:rftico d~ palavra .. cribca·, do kri ­Mil, lima alitude que pemuta escolher (kriMlII), ptttartto <ktidir e resoh'\'f na hist6ria e a lo!Speito da hist6ria. £ a Unica que penni'" uma relac;lio rom o tempo presentt', anoia Benl,lmi", uma lomada de decis30 discriminantC'. detlll6N e decisiva (sd1~dm­Ik lind rnr.;clmtknrlt f.i1l5ttllllng). Toda a indecidibili­dade (UIlt'J!lrlridba,,b'II) eslJ. Situada. bloqlH'ada, Kumulada no Jadodo dirl"llO, da Vlolenda mrlol6-gica. isla e, fundadora e conservadorol do direilo. TOOa II deddibilidalk, aD CI)t1trmo, se situa no !ado da violenc:ia divina. que dt'Str6i 0 diu·ito. poderia­mos mesmo arriscarditc1' qut dcs<'onstrOl 0 direlto. Di1.tr que looa dtClchbl1id.ule se acha no lado dOl \'lOlenaa di\ma. que destr6i ou dnconstrOi Il direi-10, e dizer pelo menus duas OOUIM;

1 Que a ttist6ria esl..i do lado dessa violCnaa di­\ma,. e a hist6N precisarrK-ntt por opostoI;.io MI mlto;

'" ~ por isllO que ~ tr.llil de uma -mosofia- da hlll16 ria e que BenjallUn faJ; ilpelo a uma -nO'o'3 era his 16r1ca-" que de\.~ seguir ao tim do rejoo mitko, a inte~ do cin:ulo !Mgiro das furma:s miheu do direlto, a aboll~lio da Sllllltsgnvall, dOl \'1ol@ncia, do poder ou da aUlotidlide do Estado. Essa nova era hIS l6rica !iena um.1 nova era polibCII.. rom a comli<;io de n30 se Iigar a poIirica oliO est.ltal, como 0 fad. pelo conlnirio. lelro!opcamenle, urn Schmitt piX ~­plo, mesmo que ele se exima de c()I'\fundir os dais

2. ~ tocla a dcddibUidade se encontr.l coneen­trada do lado cia Vlolmcia divinl., na lradir;.io jud.:llc .... i!I8O viriII. ronfirm.lndo- 0. dar lIffilido au eopet.iculo ofereddo pela histona do direilo. Esta ~ desco", tr6i por eta meslNl e 5e paralisa na Indecidibilidade Com cietto, 0 que Benjamin chama de ·dialbka c\os altos c baIXos"", Oil Vioh~ncia hmdadoril ou conser­vador.!. dodlI'eltO, oon5litui uma ~io n.J. qual a vIoli:'OCia oonsenOldora ~ eM"lcer constantemente iii -repressiio d.lS coo.lr.I vioI&-.das hoslis- Ora. essa repr<"5sdO - c 0 dir'eito, iI inShtUI~30 juridica e ~­

scnclolmente rl:'pressiva. desse ponlo de Vista - nAo cessa. de enfraqucccr a violendo fundador.l que cia repre!i('Tlta. Eb 5C dCSlr6i, portanto, par ela 1Tl('S"",­

no CUBO dessc cido. R:lis aqui Benjamin reconhl"C(', de rerto modo e imphCltamente, .quela lei dc ilero

-to. .r....--~ ldoIItt - 0,. <II • p.1II2, trod. 11.. P '14 ,,-(,~_,,! "", . ..IN-. o,,.. P 102;-'''. , :n

'" bilidade que faz rom que a violenaa fundaOOr'] cos­tqil !l('ffipre representadio numlt vioIfficia COruJel'Vll­

doroa, que n:'JlI!le ~mpre iI tradj~io de sua origt"m e que sO conserva. enfim, uma funda<;;30 desbnada pri meirament .. II 5er repelida. OOn:lervada. rernstituida Benjamin dU. que II violl1ncia fundadora e ~repr .. • senlJda· (~bcrt) na VJOI~ncia COnservadOl1l.

Se pensissemos agora tel esdarecido .. inter prt'tado t'Orret.ama1te 0 lexlO <k Berqamin. !ie\J que· Il'f d!~(>f. opoodo de modo donlivcL de um ~ • dcadlbrlidade da \'IOI~ncia dlvina,. revolucloNiru. hi~16ri<a. antiestalaJ, antiluridreil c do Dutro lado a Indecidibilidade da vioJencia milica do diretto, Nla­rfamos dcddlndodt>prl'S6a ck-mais e nOO compreen­deri.lmoo a f~ dessoe texto. rbiS, em SIlas u]ttmas linhas. urn novoato do dr,una lie de5enrola,. ou urn C'O"P tk IMfIt'l' aeem do qual eu nio juraria que nio I'StIVCSoS(' premedit.wo ckosde a abertur. das COI1I­NS. 0 que diz,. de fatD, Benpmm? Be fa.la pnntffliI

IJlI;'nt .. rro COfIdicionlll da ~vioIencia revoIlXion:iria" (rroo/II/Wllarr Gtu.'<III): ~Sl'., pant alem do direilO, a viol1"ncia vi! seu estatuto garanUdo como violo1ncia purn e imedlata. ISSO pfOl.Olr.i enLio que a YioIenCLl I'('

vullIC'iooaria e possiveL Saberi(llT'105 entao, mas e: urn condicional 0 que e essa violenda revolucion4ria, CUjO nome e 0 cia mais pur~ mallifesta{~ da \'10.

leno.a entre IllS homcl\!I".

'" Mas por que esse enunciado est' no romhcio­

naP Seria e\c somente plO'o'l!lOr'IO e rontmgente? Ab­soruMmente Mo.1\lis II dectS30 (&!I:It:htUhmg) a esse reo>peito, 8 decisiio detcnninanh.', a que penrute co­nhect'r OU ll'Conhecer tal vlolblcta p1Jra e ft'VIJlucio­nAria ccmo 1(.1/, e urna d.easao 'MCf"S6h:f'1 (.10 IIOm~m Enfrentam08 aqui umaoutr.l indecidibillclade. E me­Ihor diM m atmso esta ltitSC eM! Benpmin:

Mu nio ~. para OJ honv:'N. nem igW.lment .. ~,,",,~Ie"rp~~quando" ...... v\oIil\(\a pur. foi efeti~~ num (a$(> d",O'I11tinoI<Io."

1$0 SC' dcve 3 e5seru:ia da violemia divina, 80 SC'u poder e i rrua juSlIVl. A violencia divil1a f.: a mOilS justa •• mais ('funva,. a mllis hist6rk .. , a mai5 revolu­ciOnoina. a m.lllIi deddivel e • mllis decis6ria Ma<". ("OfTII) tiL eta nio foe prest,] 3 neMuma detemun3t;30 humaNl,. a f"K'nhum ronlwcimento au ·cme-a · de­cidivd de rKIS5a parte Nunca 3 conh«emos nela mesma. ·como la'·, mas somentt em Sl'tMI·ere,t05·. Seu, efeitos sao ·rncomparriw1li· Elcs n50 se pre5-tam 0 nenhuma gt.'lIeralidade cnnre,tuaL a nenhum jufrodeterminanle. 56 h.i .:ertexa (Grwissltril) ou ro n~nlo detemunante no dominic da \lolenaa mitlc ... iSlo e, do din'ito, ;5tO E. dOl mdecidibilidade

u -".,.. ,_ ...pod!..do""'*"... .... ~ .. .,.,. ........ ~""hr , .• , ~_..-~ ... _lat_ .... , ...... _ __ - Oto· ttl.. "" lOll.lnol If. P. l&.

'" hist6riat. ·50 a viol&lcia milka. e nio a violenda di­vina - diz Benjamin -, se deixa oollhccer como lal, oom rerteza. a menos que nao ~ja em $ellS efeitos inrompar~Vl'ls.·

f'ara e;quemataar: havcrla duas violincias, duas Gnmltnr CDIl('()TT('nles- de urn lado, a deds.lo Ousta. htstOO~ politJo;a ~c.), a juSb\a para IIIfflt do dire!to e do Estado, "1M scm rotlhiomfTIlO d«ldfrJd; dOl ou­tro, h<ll.'Cria conhl'<:imenlo deddlvl'l c ('I,'lleza" nurn dominio qu~ pcrmanece ts'r'ljlum}mnlf~ II do inded­dit.~I, do dlrel lo mltico e do Estado. DI! urn lado, a 0005;\0 sem (.'l'rtl:'1:a deadivel. do outro, a Cftteza do Indeocidi\'el, mas SoI'm dl,>cisio_ De qualquer mooo, sob uma ou OUlnll funna.. 0 indeodi~l eslll nos dais lados. e e a oondl(30 violenta do conhecimento ou da a~.io. Mas (ooheeimento e ;)~30 ('Sllio sempre dlsooctados

IWguntas: aquilo que !Ie cham.a no smgulaJ; se i que M urna e afX'1\3S UI'lIi1, de dcsronstru~io, e isla au aquilo? Ou Olinda outra ooisa. ou oulr.!. COIS.l en­(im' Se oontlannO!l no esquema bcnjilminiano, 0

discurso desconMrutwo 9Obn> 0 indeddi\'cl ~ mais judairo (au juda}ro-clisLio-iswmiro) ou rnais grego? Mais rcligiO!lO, rnais mitko ou mais liI~fico? Se n50 respondoa pcrguolasdessa forma, n.loi! apmas poI­que nao t'5tou seguro de que a1gocomoa desrons t~ no SII18ULu, exislll 00 ~a possivcl. £ tambbn porque acredito que os d lscursos cIe9construtivos, lais como sc aprcsenlam em sua irredllrivel plura­hdadc, participam de modo IIl1puro, conlaminantc,.

'" oegooado, baslardo e ~iolcnto a looas e35aS filia~ _ digamos judcu-gregas, para ganhar tempo da deCldo I' do indeddivel. E dcpoi!l, que 0 Judeu I' ° He~ Ialvez niio Soejam exatarnenle aquilo de que Benjilmln quer nos con\~nct'l'. E enfun. para aquila que resta poor vii <b desconstru~o, aO't'dito que em SIlas \'CI3S oorre lamb&n. lalvel scm filiao;lo, urn san­gue bern diFel\'nle ou melhor, \lmll ooisa bern dife­rente do sanguc,. mesmo do 5.lngue mais fr.I tcmal".

[).zendo poUi adeus OIl ate logo a I!t>njamln, dci­lW Ihe enlretanlO a ,jlbm.a paliIVTa Debo que I'll' ;as;sinc, sc olIO mcnos pudcr fm-Jo. £ prea$Oscmpre que ° outro a!>SlOe, e r !It'mpre 0 outro que as!iUla poc ull1mo_ Em oulr,U palavras, antes.

Em suas ultimu hnhM, logu anl~s de a~inlll;­Benjamin usa, alias, a pala\ora ~baslardo·. e.. em suma, ill defini~o do milO, pollan to, da violeneia fundadora do direilO. 0 dlTelto milico. poderiamos dl?er, a fie<.:Io JuridicI. f urna vio"'ndll qlle teria ·abaslardado· (!la5l11mlnk) as ~fonn.as elemas dOl \ftOiencia dlvioa pura~. 0 milo abastardOU;l VIOlen­cia divil1.3 com 0 direitu (mit d= R«ht). Mau casa­mento, gcnealDgla lmpura: nao a rnist\lra dos san­gues. mas a baslardJa, que aHnal ted cri.ldo urn di­rellO que f.u COm'r 5.lngue e pOlgar rom 05.lngue

M c+ • ___ -.... .......... ".....dc """"_ !~I<' ." .. _~ __ toI __ ..........

.. "'l"l~ ..... '"" ~ "'" ~"'"","'rIo ~ ....... .-... ... _ .. ~ ___ "' ... ,......"oq"llo;o ..... ""'· )on'IIn_dc OJ Or 1,1 .~"'~ .. 1:I00I> ..... !." 88 .......

F..m seguida, logo depois de let assumkJo iI rn;­

ponsabWdade desa in~I"eta\.10 do 8JCSO ~ do ju dell, Benjamin _ina Be rala de modo av.iliiidor, precrtl:JvQ t' nilo collSlatNo, como se faz cadi! vel que se ilS6iNl. Duas fr~ t'~ iIIlunc\ilm qu.t1S

Ikvcm seT as pabllr.lS de ordcm, 0 que dtvt ~ frilo, o que Iltt¥' $('r l?}t1t.ldo, 0 mal OIl a perverSld;)lje da qUllo que dcvc 5('r re)t'ltado (Wru.'lTJ!idt):

Mulil"Vese rejeuar (\Itrw<'rfI1dt ~/:w'T) IOda ,i0 t~ncia mitK:-,. ",oIenaa fund.ldora do dlrel!!)' que podt'mo;, mamu- d,. V10lenQil ~nk (JcfI1I11tn drl_ Dew-.... ~t~J tambo;m (Vmm1Id AIIdt)a VIO li'flCiil ro~ du du-mo. a >io\maa goo.'t'INda IjJIt lIaR"j_ C-zt) 'I ..... ~t.i • ,"",u Hr\~_

Depois, s.io as ulhmas palil"r~, iI ultima frasf Como 0 chota.. dol tarde, mas na \'!$pct'iI de uma ora~Ao que niio §(> OlIve mais. Que n.io 0 ouo;-amos mais ou que nao 0 ou~amos :linda. que dtfere~iI i9S0 faz'

CS5.1 ultima mcnsagcm assina, (' ocm pertQ do prennme d\' }l.enlamin. VI.'altcr MilS ela nomda ldm ~m a as51n.1tura.a Ulsignia e 0<;('10, JlOffi('Ja 0 nome, \' aquill,l que 5(' chama -di .. WIlftmdt-' .

U. 0.."."" ........ ~ ........... ~_ ""..,,- 1O, .. do _~ .... _ II·-I<>do-.... ...... ,...-_ _ ._._ ................. __ w.o"" ............ . ~.,_ ....... _ ... _d.i'- ............ _._ .. _ do _ ...... _

Mas quem ilS51N? I: Deus. 0 AbsoIur.llnente OutlO, como sempr\'.A \ioIencia dhirnt le1"a 1'1\"<."­dido mas. IMnbefl\, dDdo todos os prmomes, Dcu. ~ o no~ d~ ,'K)]cnoa pura - e JUSta por ~l\Cla. nito h.i out~ nao hi nenhwna iIIlt~ dela e diantt da qual ela tenha de So! justitkar_ Autondilde. iUllh ~a, podcr e vlOlilno~ ~Je 5C unem.

o outru kmpre assina, eis 0 que assina, lal­vel.. l"!!Se ('n~alo ~ns.ljo de .1Ssinatura que!K' arre­bal~ em sua ~~rdade. ~ saber. que 0 outro !K'mpre assinll. 0 a~lut~menle outro, e tado OU!ro e ab 901uta,n\,nte outro_ £ 0 que chamamos de Deus. nao, 0 que Sl" cham~ Dew; qu~ndo. n{'("l"Ssana­meTlte, ell' IlSSI1\.;1 em meu lugar. mesmo quando acredi lO nomd-Io INus ~ 0 oomt dessa m~toni· mI. ab<;olula, 0 que eb nomeia de!;locando os no· me5, a subslllUl~jo e 0 que Ii subslllUido nesS;) subslitui("ao MI~ m~mo do nomt', desde 0 pre­"ome:

EtI. 4 .. "",..to.o 6f .... ~ --...-..,.'.'1 •• • r_ ~ .w-~ d, dl_1o,I lin '""Ift~I.". "" p.-.torm.o'i'l> ~'I"" "'I .... . ........ ).A p<>WI> t • .... 1>1'" ........ '1'<10 """,... p....:io<o .................. '0 d. _ .... ut.1 "'-........... r "'" ""II_.IoooiuIO ..... ',>go" Mo ~ ....s.. ... ,""O C"""'~ _, ........... iaI...-:ou ......... "" I""ft apoI_ .......... ~._ .... , ... ~ G«<1ot. pd..~ ..... .. "'""< ... Nf .. ·-.""_ ... __ ~ __ '-rn .lIo-pa<Io IE. 00. ... ""' ................. ~ ...... ~ ...... __ ................. '..-11019911<10 __ ... ,. eM. KIInodL '\.'''''11''' .... .--.. Ie _ La _do _

.......... II> _. U ,.. ...... rn' ............... patG.llo ..... ~.ru, ItI&.)

'" w Vir giittlj~ Gmoalt, ~ 111518'111"" und S~­

grI. nkmals """ttl llei1i!w \.tJllsrnrbmg 1st. rrutg d~ 1nI111'ndl htlWII~: -A \1Olencia divina. qlR' e in5ignia e sclo, nunCi mew de ~.io sagr.ld.1. pode ser ctwnad.:! de soberana (dw waltmdr htls.sm):

EIa pode 51e1"chamad.:! de - a soberana. Em segre­do. Soberana ~Io fato de !Ie (hamar e de S!'I" chama d3.l1i ande sobt'rrm.m1ente cia se chama. ELl !Ill" no­m~ia, Soberana e a potencia violcnta dcsS<l 9pela~io Oflginil.ria. I'rivilegio absoluto, prcrrogallVil mfinlla A pn:'!rrogativo f()lll('C{! a condi~io d~ toda apela~io_ Ela niio d~ mai5 IIlIda, cia se chama portanlo em si· Jllncio. Somente rrssoa, ent.io, 0 nome, a pura noml ~30 do nome antell do nome. A prenomin~iio do nome, eis II rustl~ em set.! podcr irlfinito. EIa co· ~ e lermina na assinatur.l.

Na mats singular. na mlri5 impr01:.h'rl d3S ass; natur.'l\, na soberana. Na mais S<"CI\'ta. tambim:,.;I­bl!tatUI qlW dl.."'IT, par.! quem Solbc ler, 5!"crCta. QuIT dlltf'. iSlO e (hm5I) chama, conVlda. nomei.:l, ('ode ~a. ('Tldcrt\<l-sc

P:l.ra quem pOOl' ler, cruundo logo 0 nome do oulro

.... ra quem recebe a for~a de d~br, mas como lOll, man t ... ndo aS5im intacta II indeo1rabilidade de \1m sclo, a sober-ma e ok! outr.!.

Es6t tsl17mho law I darudo. rOOD 1lSIl111D1II1lI Ida­tad(l, mt5mQ t I.P/w: (linda mais ~ riA ~ II'ISI'TI' tnl" tIIIrios /IIO!!Irs tJt Dftis, t 56 tlSI1ina prmndrnd(l dtixa:! qUt (I pr6pno Dn.Is /WI,.... ~ ~ taJn I daliJdo tl2S5lnado (WoII", 192JJ. I!'?!IOS tlpt1UlS ImI dimw /,mitmia a 00I'I­

DOOf-/(I ""'"' Il:sltmlulha do II/JlISItIO tm 8"'01 (quI' um­da "Q(I" h"ha d,sotlltvltndo roroo tal), I'I'nn das I'I'OMS

fomlllS Me l155wmldQ! ptfo IIIo:'ISmo t (I OI'l'II-$I',,"I1$mo. artt insq:u~$, e aifuUJ mmos do -so1w¢a finnl"' n40 OpCtUU porqllf' 0 pw)tlo t II ex"tc"II(li(l da "wlu¢o fitlur $Ib ainda ma" tamiOll, t IfIt§mo po5/t'no~ a 1/IOTh' M fit'nj2m/fI, mas pot'Ijwr II "KIlU(40 fillllr (tnh.'tl. fin pro­pr1D histena dn "",t/SII/O, algo quI' algl'lI$ podtm ronSI'

dtror romo (I rrsuluu/a imluttir1tl I' msmlo 11115 prOpnll5 premts5A5 da mlnS/llO, <lI' 141 rmsa ~ Umll ,dmtrdaQc propna p!l1lI ~tur e!SI! hpo de mJl1ICIIIIios, mljUIIII/l)

OII~ 1\Ql1"/lS 01< IIJO. altmiits 01/ IIQO.~"" p.-tUDr '{lit II proJdO at "5tl/1IfIlto fillar l WIII'WIIIIl. 011 1/"'" 110"'"

'" mulllcW 1\0 irrlnior da IrisIOrw da na:i!:mQ, ~ qur 1rrTm'.

assim, wmn Ilnd{ig (;Ibroilll"ftlmt~ rsp«ijica. Jbr todns ~SQS rrtWcs. "do ttriamO!l odimlo, 011 ttriamos IlprnllJ

11111 difl'llo Imumrfo, Ik lIDS ~rmrllr" qw "Illter &rI. )<Imlll tmll pensado, na 1000Ctl ~ terM, 51! f'k 1rvt$Sl'

111M t sd !lIllO, 1/111/0 do 1114-ismo CDf1IO da Msolw¢o final". E 1\0 t'lltan/o. No fIIllllI/(I, at-«rra manni'll. t'II (> fil­

m, t 0 Jam indo 4llm ik mew mf~ por-CiM tato tit IIIl:SIIID, porSI'U n:m/o t par _ t5mmUD, par aqw/o /jill' ~ "as dd Il ~ rtf IImll ronjiguTfl¢O dos pmsumcnt05 JUdo"'" a1mr4o logo '111~ d<I ~ do ~ (DPI(I

~ di:. dr lodas <15 parlzlha$ t partrlwrQS qWOIRI'!1Izam /a/ t;tJlljigum,QjJ, das proxmruflldts vtI1igJnD:Sl2S, diu rr Vlnll'oJI1l5 md,C!lIS d~ pro 110 Wfltra II part;r de prl!mis­

.sus por UI'-ltS ComulIS rIc Supcmd~ /jut' todos tSSr$

probkU145 sqllm vnrlDik,ramtnU Sf'pIJrlftlt'ls. do qllf dw:Ulc. Nil Dmlluk, nliD IIr p""pnw1l'i 0 qut' (> propnn &n,,-tmm pmsou amw do 1114"1,5100 t do /lnh~hSmO. pn"~/mm~ porqw ft'rrd f'IlTfl WOOllITP:S mtt(IS,()«.

fmI; taWs ddt. Tambfm II/Jo me pngutlll1tri 0 qut (> pro. prlu Bm)Qllwr ItTlII pt:/rsado sob" II ~SIlI .. {>lo final' r qllalS )lIi:ros, qURis interprrtllc*s tie Imll drill proposllt BlIKllm Olltm W15II. Ilt mllllnm modt!Sla, prrhm"lllr Alr 111>11$ rmgm411Cl1 t 5CbrTdrtmml\Odu 'lilt ~ II mil­tri.:: /6gIro dtsse It;rto. pur /lUllS m60rl f ~, por mIll5 dnn.~11f1« MJil. rill trm SUD rorrhlcl/l pnipn.l W rotrinrill ~ na lnesnJll rormIlt rom ~/Q '1uc w­",alldli vdnos 0II1!'\lS fOll.l$ rk Bmjamm, tatos I/lIlmo­

~ f pnslmorrs. f. Itw..oomr ronla cmos rlemt'IIlL~ 111-

'" SlSmnn: III$'iQ mrrlmll!dadt rormIll' /jut' aptrimrnttrm IIlgtlmtIS Irl~ f1Ilrtl IlXOii$llrun: rW mll~ pes­SfDtli de BmJllmin. mas osgralldts Im(ns dotsJ»;ll pro­bJrnl4t1ro ~ mlN"pn1ahoo no qUill I'll' /t'ria talva insrn­/0 SfU discu~ <:orII rr/lI(iiu" ~soJu¢tl jinD/"

lbr urn iIIdo. ~It Ima prtl(/IIVr/I1I(rIt.- ccrrsidr'mlw II "SlIlIIo{lJo finDl~ rorno a utmrJa ~ilbrcill tk II...., ki­grro do II/Immo /j1W. pcmI rrIl'lIrIIIr O!i roncri/as dt IIOlSSO

/ofIl, ImIr ctlf'Tt<;pondi40 1/ Unul rtldl(ll/I.lQ(QO lilli/tip&;

T It rJid,OIllZlIpJo dll rmliliguda il qwtltl 1111 lingua­grm dll rorrrUllirnrOO, dll "'P'l"'t"I/a(l)O, dn illfimora¢o ft, ~ pOllIO de vis/a.. ° I1l1zismt/ jOlIk foro IlfigurtlltlQrJ I/mmmtt dn 1lI0/t'ncill mrd;ri/lrQ ~ dll rxpJom¢a poW,­(II dIJJ /IoIJaJS modmuIs da /i~ romllIlIOU!W. da Imgwgrrn dll indlistrJQ, d4 of?triVQ(lio dclrffinl Q qutli tstd bglldil If .l6gm:r do $igno (OOIVtlldorrlll t do mtltrin;­

III('M fomrilliUlnlti.

2 i\ rndlnlllZllf'lo tofIllit4rut dI' 1Imt1 /QgiCIl do £s­woo (t IILI$5O Ic:to ~ dt fll/() 111IIa rolldtrrfl¢o do Btado, all dn rrl.lo/I«;iio qll~ SIIII:sIrIIlI 11m l:$Iudo POI' (lulra £$_ tn,*" 0 que val' /nmbilll f1Ilrtl OU/r'IllI tatn/illln5t1U1S _ t iii t'tmI.lS dl'<pOlllur II I(IIf'!tdo do H klIlurikcnm-lt)'

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IJ.

J. A ClImIp('do I'Qdkal. mas tAm,,"" F"ll dII dtmo­mro/I p.lIwmtnlAr t npn:stnIaIWll, pM _ poIkul mo­donn drla II!StpIl,*""t q~ ~ lorna" ~delm podcr /tglsIohvo t OIJO {anrrUlflll Ll11mmdil a totllluJtuk do tl/­pit"" puliriro. ~ ponto dt 1.'is1lJ, II "scll/(lJo final~~, ac mtf;lltO IrmpIl. Milia dmsilo 1t1llt6nw-poIflICQ de B­IDdo r uma oUcrsdo dl PJllt:i.a, d( po/{cia riui/ t de "'" liria mill/liT, :;('m qll~ K possa jamais d,s(Yrrur rntrr IU dUll' t Illribuir t'ffl1adeirils rl'Spt:m5ll1JilidadNl II quo/­que' dmsdo

4 UIIIIl mdradtm¢.:/ t uma attmiio ICtal do m,l,-00, till vwIbInll mrlica. 1111110"" 5tW I'I'I(Im(1IIO §;jmjioo/ p.mladcw. qualllO till sru lfKlmf:'rIio ""liS OOII~ Ii lS5A' dmlCnsao nUlo/DgIm, DO 1lI<5I'IO tmIpo grqa t t$­

rrtwmlt ((I I'IOlZlsmo, como 0 foKi5mc, t mllol6giro. grr­c6iik, t $It tit (l)n'rSpondt II lima f'SIrlizII{iJo do politico I "limo tsJitl(D da rt'pI'1St'1IllI\llO), tsSQ dUMrrrsdo mIlO­/6glCll ~ndt IImr/rm /I. arID vra1bJaa do dirtito t$­

IIlIIlI, dt SU4 poliClIl t dt slUllmriro, Ik 11m d"'MIO tvlO!' mffl/r di5.SC(illdo dt! jushra. romo II gtTIfflllidadt am· c£iluul f prol'fcju ,)..,;/".llIra de ma,:;sa, por oposi(lJo ~ CfIIlSldrmrdo dD singularidadr r da unicidatk. Cwro api/car. lit outro mooo, a forma instIrncicmaJ (IU bllrocnf· h'm, os simulamJ$ de ~(t, (I ]ll7'idrcismo." rrspt'i1O prius romprthlcins t hrtml'l/~iflS,""'!l/WI4, par /odII II or-8'<III/lIIfQo jIlrldrm-nlllilil que c.1/llc/curJY II rmltz#fM IInIn-mdl/Jlr'llJl t dmtiJial dtl -5OI11{lfo jimln Aq~i, err· /11 mitologiD dll dlmla!it dl"StflCtUkou aml'rll YlllO JIl$!.

'" (D, Q«ml do 'I~III Btalpmm f!t'1'i5=IJ qUI'" /10 p.n.kl. till dtvi4 ptrIIIOIIt«T t .. /(.~ QfJ dimro. <10 d"rlm M/Y· rol ClIfOO tIO dlmtc '''slOnro, ,t violmoll dt $J,IQ ~o alma a de SUI! tIlnstrt'<l('llrl. Eo IUlrumo /of IUnII mIOIli' (do ~ deJ.st dimlO.

I\w o~tro /ado, t pM ~s meimliS Tnzm, potijlU'

a mUISIllO CQlldut logicam~lt ,t ~wlu{'lill fillllr romp 1I!it1i proprio linlil/!, c pnrq~1' II olo/blelll mi/OMgl1\! do uimlO I 5/'11 vtnkldflrD mln.lO, sO poo:i£lnos III'IIS1lr, islO ~. '~mMn Itm/ml~a IIniddmk da ~so1u¢o ft"~I', II par­IIrdt IIIlIll/sardif"l"1I~ ~ ~ Us! vitJJmria m'lO­h/gIal do dfl'rllO. Am: fcmllr 0 mtdwo d6s.t amnlM' mmlD. t daquiJo qw 0 1!gIl ao tMstmo, 5L'1W prcaso d.'UJl1 o (1Ii/...., "" dirrfflJ, do milO, .Ill rrprrstn/opJo(dtl ~p~­Si'll1O{lb Jurldlro-pi1IfllrA, rom 5("IIS friWtIDlj at J~/u$­histonArJmos. mas 101'Ibtm da 'lpitStlll4plots/hrrAl. I_ II 'lilt II III1..'ISnlo, """10 IJl'IIbaiJlBlW dIJ Mgic.Il d.l VWJIhI­rUl mlloh\~(Q. It'Tid Inlludo ft=r, foi adlll~ II OII/m tl'$-

1rn1W1/uz, des/nllr ~ lestnn~nhll da owtro crd....,. rk II/'I'IQ oiolincill d,vIMIi cuJl" }I/stila f Irrnl~liWllIO dlmlD, .It: um~ jumra Jad~t:II lanto a ordcm do dm'llo (mrs. 1110 doe dirrrlrIJ humml05) qllal/Iv a omtm dll n:p~1

ta['dn t do ""Iv fur OWV.i palat'1lls, ",iD podrnl05 ptli SIlr II IImadatk .It 11m lIt(Jntromenlv romo II "50111,* firml" amsldmmdo-D a mrt'rrW fX'!114 de umll vlo/inci~ mili(u 011 rrprrsm/i1OonDl. 110 mtoior de stI/ 5t5tmur £. prM~ Itflla~ pmsd-Io II partir rk stI/ outro. 1$10 I, II

pD111r do 'I~r rlr Io'lll(nj wuir t deslntir. t:UtillUnar /11-

dlmlintn/l'. t qllt II /WOm/mmlo Ian/{) d~ ft:n"a cvmo at

'" ~/ro. t prrriso tt'lltilr pms4.10 Q puJttr dD p!l9JibilidJdto da smgulondadr, dIJ Slrlgulandade do asslNaium ~ do nom/!. JKlIs oqwa mdml dD ~/Q(Qo 1/'rI10il txW"­

minaT ndo foi Wl'lirntl' mil~ dr mall' Illim/was. mas IlImi1hn IIIIIIl ni#l'lnQ lit JIlSri{Il. I' twnbIim l'IOffIfS. t,

prlmrimmrntr, n pombtlldnrfr dt dar dr inscretJ\"1; dt cMltUlTI!M Irmbmro _ Nilo IlOmmtl' poTqw- Iwu­~ dNtnoi{Qa all pro;e'O dt de5/rui¢o 110 1I01IIi', r do prdpn'lI mtm6na do ~ do nom<" mmo m",,6na. mns lamtoim pcrq~o 1IlS1(llIa do vu~Cno.a mitial (obJdwu­III, ~taClOrlQI, ('Ollluntalnonal ar ) frJi atillm 1,­mitt dele TMSmtl. fuwuio ,II:' nlt<mo Innpt'. M m!do de­mO"(llRl. dqs dms I/llim do Ilm,lr" manll'Vt'. 110 m~lIIo

tmlpo. 0 1I"lllltlO de SUD rk<lru/(iJo. prodllZlU simuLtt:ros dt roOOCfflIOS)N5/ljiCII/IVOS. rom umn ar~lilnlr Db­jetlV~ /tgfll. bworrdh"CII, I5lntlll, t (IJO mrsnrtllnllp"­

polSJ urn sl:'/mm fI{) qwo/sull MglOl /10 rW)I!lrmdadr lor­/JIn'IJ ~t't'lll rnooltdacao. t pommw 0 apolgammru tW le5f(/1lullko r tllI$ re5pctrsa/!ili~_ <I m'urmlli;a(lia tin ~"gulllnd.lde dll soill(A7 fil'lll/; nlI511mll, I'll- produ..-.ju a ~billdllde da per Ot'~ ItistoringrdfiCII que p&k 00i

6Wnar /nnto Q Wgica do rrt'isIDUI~mo (d(gamtJl'; do tipo Nlu,i!i5DI!', pam uu,rt'uu) quau/Il I) objrlir:lsmo pcsl­Irl'1Sla, romplnlfl51a /)u rl'laliviMIl (como 0 qlU' M' I1ga Ilgom ao lIi,ll)riker.;treitJ, St'gIindo 0 quulll m</;'1Ci1l

• -.- n...--. I ( • d. _ ... __ poIoIlt.> _ ..... _<Ioo<~ ........ do.-...~ .... po<'*'-..."._ .. euoo;I_. puootoIo>. ("I "" U

'" df' u ... nll!drlo 1OI1l1,ttino 1l11tilogo f' rk /'lltmmla\*" uutcriorrs rol Gulag) rxpbcQ Il ~.sol1l(l1o jiM}". 011 Q "nor-. 1ftQ11ZIJ~ COinO 1110 de gut'ITU. IImQ respllSln rstl1/011 c/as.

51C<l em trmpa dr 8"1'11ll contra os J~ dol InlinM

que Imam, mr SWIW. am/O 11m QI4lM' Estmlc, doclll11/tio gIIrrm ao Tm'riro Rnch prill bot;rr de Weunurn. tin M'­

Irmbm df 1939 ~ pvn/ol df aism. Iknjflmm /l'J'I1l laM Julgatlo

000 f 5mI pl'1'fmlllcill. rnt /()(jp caS() 5ml Umll pmmin. C'UI It llU'dida do /ICCJII1.'ri"~lIo_ todo 1"""_ Jllrld .. D do m1Z15111(J f de $/UIS 11'SpOn$Ubllidlllks. 100(/ lIPl'rrlho do' p.lgwnmw. /tIdQ IIISfOnogrojill qllt It- /linda homogr­Ill'd ao I:Sp;I{V 110 qU41 0 1IIIllsmo Y: dt$l'1lVOl~ att II $(I.

1w¢i1 fowl toJll mrn-prc1aplo rusmda 1105 ronmtos ft. lo56firos, morol$, scdoMgitm, pslw/6gIlD5 (/U psiOIIIJJ/(.

hens~, ~ IICJ5 ronmlo5 JUridiCOS It'lli parllCUID, Il!i dn jiIlJS()fta do dm;/o, qWT ~ID SfJII jUS1llllllroJl5ll1, /10

I'lihlo IIfbflJttliaJ O\j no tsh/o da AulkUrung! 8cmJIIInIll !mil /alton julgudo till' f' !WIn pmrnrnda. t7I'I rodu QISCJ

stm lIP"" ptmlihlna of ltIfdirfll do aronlmllU'tlto. toda obyfh.'Il(Qo hisl6rlca OIl esJttia; dII "$XUfaO Jwr IJW pmt'nm1a IlmJiJl, minI) toda .00,*, of onlmz rkJ ft. pmml4vd ~ mt:SmO diJ dttmmntfvd, do ju£rio drtm'l/. nan~ f dfridfl.'f'l Di:falllO$ hlf pouro' ml ordflfl ria mJ IIIt>1bJcjll do dirrll4 II ml~ 0 mal dq.mdw dt' ,""_ III IIIdmtlih!Julmk do fair! dt nail podmtJOS dlstmgr"r tntrt II violhInll fitmJadorp I' II vwI1.nna aJil"-'>'t'lldi1ta,

porqu." Il IDI"TlIJI(lW mI dilllltlCQ I dill/mrnm.-·nlr I'I1'I-'I.

btvtrl. tnqU41ftv /) 1"f:D !I'I:lnftl t' a i'"tJ"l"I'"'I/,/\./ll "'<lm IIf r-

." detennmd~s ~ detomilllVlres. Pdo rnnl71in"o, logu qll~ AMndQMmOStsSiI D1'Ikm, a '1I.5t6ria ~ -t(l Vlo/m­ria do justi(o divinll -, mas nOs, os homrns, MOO ?XimlO:§

0/ mRdlT JUlwf.. ISM i. lambbn Inll!r'pf'f!W¢cs drcidf!Jf15. Oqllt! mil/bOn qlJi!T'dizerqlM' a "1~ll1¢ada ~so1W;ao fino.l u

, como mdo (/ qu .. colIstltui (1 amjuntD f a de/iml­/m;iio das dllas oml'Tls (mllol681rn I'divinR). "aD tsta d allul/:l do lromem. Nl'Mlruma anlropJitJgI(l. nrnilum h,,­maillS"", lIt!!/ru," dISCUTSO do homem sobrt: (1 hnnll!m all mr os dircitos do IImnmz pede medir-2 nem Ii roptum min- (1 mitiro t (/ dit~lIo. lIem pwtunlo R ~~ rrptmm­do IImile qu/;' t urn proJtto romo a ~,""u,ilo final' £Sic ~Ia. smtpltsmenu, am'll/ilar" Dulro da violenoa 111[­tJ(Jl," DUtro do. ~Ilafilo, Q S<lber, (1 d~mo, tI)/lsri­fa diuina e" que pede dar leslemunho de/a. J5rO I,,, tw­man na mtdjda mI quI' tit t" .iniro ser /ll/r.MP /melD m:ebido St'I< ,wme de Dt-w,;, I'Ul'bI'u de Deus" podat a miss.'Io de II()mCllr. de dM tic mesm" WIIIIOtIre a scu 5e­

meJJumre f de dar urn nome os coisas. Namear "aot rr­pre5flrlar, mio r romunirnrporsig1WS, pur ~o de mei(/!; !1iS<lndQa umfim. A li'lha des5a interprl'ta(do pmena­ria aquela terrlvd t aLlll7nmlumlr cond.crta¢a da Auf­kLlnmg que &tljamin jd rillha jamUl/ado naque~ ta­to dJ" 1918, publicada por SduJil'flr em comemul'll"\'li" I1QS

6() anos de AdQf?lO. 155(1 nJo quer rfiur que sr rfroa ~impieSI/fCll/i. re­

Ilunnar ds Luzes ~ II Irnguagrnr du c:omumca¢", IlU da rcpTCSe7ltll¢o, mr prove.to da /mgwzgem de ~", Em so!u Di.irio de Moscou, I'm 1926-1927, Bmpmm

'" pndsa que a polaridade t'Iltrc as duas tingr<agelf$ t lude " que eUts rommTd~m niio podl' ser mallhdA e upcrada em f"Slatro puro; 0 ~ro:mpromiSSl.l~ n.tre elas ~ IleCNSIfrio ou mroilifvel. Mas crmllnlUl smdo 11m cumpro.msso 1'11-

tr/' duos dimmsiies mroffltl15urWrls t rndicnl!JJnrle helt­~eas, t r!SO em n~ da justi(# que oml'l1l1nll obede_ err,/IO nll'!5n1o Il.'m~. d lri do nJ'n'sel1ta¢o (AufkJarung, nI1iio. objrlnoa(l1o, cumpiU"II(do, nplirn¢o, amsidrrll¢O ria mllfliplicidAde e, ponlll1to, da seriR¢O rlos Ulllros) e it lei que lran$(t'rldr a ~llllll'ilO e sul7tmr 1/ ulllea, loriA ulliddadc, d sua Tf'-imcri¢o uuma on:lem de gmr­r'Qlrdade ou de amrJIQra¢o

OqUl', pam tmnrllllr, aclw mals ler7fue1 011 l/lSupor­fIfue{ ness./' Ihto, para altm rlQS Qfinidadrs que e~ I.e'H rom 0 piM (crftl(.Q do AufkJarung..ICOfIQ da qwffio e da all/l'Tlhodrule ongurAna, polandade rum lingull!,'!!m ongmo:irill e lingutzgl'lll rier.Qfd{(, m"riea ria n!prtSenta(4o c rill demcmzdJl JItlrlamrulilr etc.), e,{inilimerrte /lfI/(/ Im­lar;iillquetkdeuarill em noom, pnnCTflQlmrnle pam os sobrroillt'lrlts 011 QS Vlli11UlS rill ~so/Ufiio fino!", a SUfiS uf­timas ptl$(ldm, pn!Sttlles t)U ptJtetrriAis. Que 11':II1a.:;iio? A rfI" pensur 0 holocausto como urna rnamfrila(ifll mi11lt'l'_ pre/rivel da 1lIoli'rrria divina: tSSIl vroJrnda d,VIIIIl sma, aD mrsl1!O II'IIIPO, aHiqlllladaro, el"platdrra e "ao-sall­gtt'7lm. riiz BtnjIlmin, de 11m "prores5lIIl400.>aIlgm"lto qut' {ulmlna e firz f':tP'Ilr" (OA lenda de Niobe pctkJ1WS opor. romo emnpfo dI'SSIl vioienou, 0 )ulgflmetlto dt Drus rotl-

1m II moo de em (Numcros XVI. 1,35). E.Jejulnmra pr1vrltgllldos, os Levi/as. {ulmina·os !!l'm prn;mir..5elfr

amea~, tni/o he>lln l'tI1alllqulld./os. Mas ~ aniqUl­la>nt'11to rk I, QO I!It':Smo ti''IIpt!, apiat6rio, t !1QO pvde­IIIOS descmhtaT IImli proftmda C1Jnrla{lio m~" canflff' ,.oo.S4IlIgmtlO r (J llmiffT apIIllOno <k!;.on vJOlbna").

Quando ~ nas nlonalt2S dtp r nasfcmm C'fTItIlf16rios, COPtW (Juvir f;<"IlI r!<mmtcl'r tsS41 IdWsRO If

11m e.rtl'n'll(n.in qUI' sma apiMmo porrfW mw-snngrtn­to' FiclmlOJ tC'njicadM rom a idlUl ok lima in'crprtI<J_

j'iio /fUr ~ do holocllll$kl,lo'nuI ~, r IIm1l INk­

dJnlvrI IW.nalul'II da j uslA t DlOimlA roz..ra b lXus. t /ltSlt pontD qlU' ~ lato. llpt5Ur lit /0.111 II ~IUI

mobilidadr po/issfmit'a r dt '00011 (15 titUS rf(W'S(J:; dr IIftIr7SIio, 1M pmtct ~1M/ho,·tit drmaslllJllmrlllL', all II fa'iciMciJ(I t a lltI1ip. toIII 1Iqlll/o JrIfSmO IXII'ItrII (/

q~ I prr:mc "E'r t penstlr. ~ e foku !sst talt>. mno m~./os OIItms dt Bmjamin, r ainda excnslllQmt>l1L' 00-Ikggniano, n/f56inmro-mar.:mla {IU arqul-l$aloMgiro pam mim NQiI YI- 'I. ~ COIS4I f.t1II -.. qut' Olll ­

"""" dr -~ jin.ll- ~05 timr algo 'lilt mt'7'f\"II alllda (I _ dtmssnDmrn/l) ,\11m!, 'I hOlltl!'SM' ~m tn­smammtD /I 'I"f ,,,udo. um tIIsmamC!lO Ullia/ ttltT/' os fflNnlfmrnlO! Ml7lpre unltl.l$ do as<;Q:<5I1U1UJ, mesilla sin­gular, dr,,, 05 a.ltntt(nios rokmus da h,!>t6ri/l Ij:rois OIdo I15S41$SlIIlIm indmullllli t aula 'ZSSI '1iI:lIv m'tIlOO

"smgular, ptlrtilnto Infim to t In('t01'Jl'rlSllnflltl}, (I rnsl­

nllmt'l'llll 'lilt' pvdtriarnu;; """ Iw}t. r Sf podrmos ~ mos, f qwr prtfISilI'I'IOI'; pmsar. ronhoxtr, Ir.pt.s,'1Itar pal'll nd!; "U'SIM<i, {omraliZar. Il)Ul!Qr a CllMplu:idadl' po56it'tl mIT/' tOOos t"i5I5 QISCUI'5M t Il plOr (alflli_ II "soIut;iio ft-

'" na!-). /5S0 drfi"r, II mt'IllltT. 111M /arrfo C U"UI rr;pcon SIIbiildadl' cuJO ItmQ n.lo pudi' In"em nil -dt"ilT/o'lpi"­brn)llmllllllna IItm na -destruktioro- heidrggma'lll flu o pc'1I5Ilmmt(l da difrrtn(ll tnin' t5StJS 1kstn.J¢r'$. "... .. um lado. t llmu IlfiJ7N1fiJo tksmrrs'nl.hlXl, til' outro; 'll« lilt guioll CSI~ lamt', ffl!StIf I.-iNiT/f. t = ptn~m('/lto qlle 1m! P'lrta' dUll, a mrm6ria Iia ·solw¢o fi"QI~