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Este projeto foi fundado com o apoio da Comissão Europeia. Esta publicação [comunicação] reflete a visão do autor apenas, não podendo ser imputada à Comissão a responsabilidade por qualquer uso que possa ser feito da informação contida neste documento. Projeto Nº: 2017-1-ES01-KA202-037932 GUIA INNORESOLVE Tendência e competências na Fundição 4.0

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Este projeto foi fundado com o apoio da Comissão Europeia. Esta publicação [comunicação] reflete a visão do autor apenas, não podendo ser imputada à Comissão a responsabilidade por qualquer uso que possa ser feito da informação contida neste documento. Projeto Nº: 2017-1-ES01-KA202-037932

 

 

 

 

 

              

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Índice 

 

1. INDÚSTRIA 4.0 ................................................................................................................... 2 

1.1. Introdução ............................................................................................................................. 2 

1.2. Tendências europeias e nacionais ........................................................................................ 4 

1.2.1 Tendências europeias ..................................................................................................... 4 

1.2.2. Tendências italianas ....................................................................................................... 6 

1.2.3. Tendências portuguesas .............................................................................................. 11 

1.2.4. Tendências romenas .................................................................................................... 12 

1.2.5. Tendências espanholas ................................................................................................ 13 

1.3. Os principais desafios ......................................................................................................... 20 

1.4. Implementação de recursos europeus e nacionais para a indústria 4.0 ............................ 22 

1.4.1. Implementação de recursos europeus para a indústria 4.0 ........................................ 22 

1.4.2. Recursos Italianos para a implementação da Indústria 4.0 ......................................... 27 

1.4.3. Recursos portuguesas para a implementação da indústria 4.0 ................................... 30 

1.4.4. Recursos romenos para a implementação da indústria 4.0 ........................................ 32 

1.4.5. Recursos espanhóis para a implementação da indústria 4.0 ...................................... 33 

2. COMPETENCIAS 4.0 NA INDÚSTRIA DA FUNDIÇÃO ........................................................... 38 

2.1. Competências necessárias .................................................................................................. 40 

2.1.1 Competências gerais 4.0 ............................................................................................... 40 

2.1.2. Competências da fundição 4.0 .................................................................................... 52 

3. CASOS DE ESTUDO ........................................................................................................... 56 

4. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 68 

5. Anexo I – Casos de Estudo ................................................................................................ 69 

5. Anexo II – Glossário de termos na Indústria ................................................................... 119 

 

   

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1. INDÚSTRIA 4.0  

Um  olhar  mais  atento  sobre  o  que  está  por  trás  da  Indústria  4.0  revela  algumas  tendências 

emergentes  com forte potencial para mudar a maneira como as  fábricas  funcionam. Pode ser 

demais dizer que é outra revolução industrial, mas o fato é que a Indústria 4.0 está a ganhar força 

e  os  executivos  devem  monitorizar  cuidadosamente  as  próximas  mudanças  e  desenvolver 

estratégias para aproveitar as novas oportunidades. 

Podemos definir  a Industria 4.0 como a próxima fase na digitalização do fabrico, impulsionada 

por  quatro  interrupções:  o  surpreendente  aumento  nos  volumes  de  dados,  a  capacidade  de 

computação  e  a  conectividade,  especialmente  em  novas  redes  de  longa  distância  de  baixa 

potência;  no  surgimento  de  capacidades  analíticas  e  de  “business  intelligence”;  e  nas  novas 

formas  de  interação  homem‐máquina,  como  interfaces  de  toque  e  sistemas  de  realidade 

aumentada; e nas melhorias na transferência de instruções digitais para o mundo físico, como 

robótica avançada e a impressão 3D. 

A maioria destas tecnologias digitais já existe há algum tempo. Algumas ainda não estão prontas 

para  aplicação  em  grande  escala,  contudo  muitas  atingiram  um  ponto  em  que  a  sua  maior 

fiabilidade  e  o  seu  menor  custo,  faça  agora  sentido  aplicações  industriais.  No  entanto,  as 

empresas nem sempre estão conscientes das tecnologias emergentes.  

1.1. Introdução 

O conceito “Indústria 4.0” foi inicialmente carimbado pelo governo alemão. Descreve e inclui um 

conjunto de mudanças tecnológicas na indústria transformadora e define as prioridades de um 

quadro político coerente com o objetivo de manter a competitividade global da indústria alemã. 

É conceitual, na medida em que estabelece uma forma de compreender um fenómeno observado 

e institucional e em que fornece a estrutura para uma série de iniciativas políticas identificadas e 

apoiadas por representantes do governo e das empresas que conduz num programa de pesquisa 

e desenvolvimento. 

A Indústria 4.0 descreve a organização de processos de produção baseados em tecnologia e em 

dispositivos  que  se  comunicam  autonomamente  ao  longo  da  cadeia  de  valor:  um modelo  da 

fábrica 'inteligente' do futuro, onde sistemas controlados por computador monitorizam processos 

físicos, criam uma cópia virtual do mundo físico e tomam decisões descentralizadas com base em 

mecanismos de auto‐organização. O conceito leva em consideração o aumento da informatização 

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das  indústrias de manufatura, onde os objetos  físicos  são perfeitamente  integrados à  rede de 

informações.  Como  resultado,  os  sistemas  de  produção  são  conectados  verticalmente  com 

processos de negócios dentro das fábricas e as empresas são conectadas horizontalmente a redes 

espacialmente dispersas que podem ser geridas em tempo real. 

Assim,  a  Quarta  Revolução  Industrial,  denominada  Indústria  4.0,  é  hoje  uma  realidade. 

Desenvolvimentos em inteligência artificial, robótica, nanotecnologia, impressão 3D e tratamento 

de dados, para citar apenas alguns, estão todos a entrar nas empresas para construir mudanças 

significativas na maneira de trabalhar e aumentar a eficiência do negócio. Isto vai lançar as bases 

para uma revolução mais abrangente do que qualquer outra que já vimos. Sistemas inteligentes, 

como  residências,  fábricas,  redes ou  cidades,  ajudarão a  resolver problemas que  vão desde a 

gestão  da  cadeia  de  fornecimento  à  mudança  climática.  A  ascensão  da  economia  partilhada 

produzirá mudanças profundas no consumo e depois no mercado, como é o caso da  indústria 

automóvel, cuja transformação  se encontra no seu início. 

Figura 1 – Estrutura da Indústria 4.0 (PwC) 

As principais características da Indústria 4.0 são: 

Interoperabilidade: sistemas ciber‐físicos (portadores de peças de trabalho, estações de 

montagem e produtos) permitem que humanos e fábricas inteligentes se conectem e se 

comuniquem. 

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Virtualização: uma cópia virtual da Smart Factory é criada vinculando os dados do sensor 

a modelos de plantas virtuais e modelos de simulação. 

Descentralização:  capacidade  dos  sistemas  ciber‐físicos  tomarem  decisões  por  conta 

própria e produzirem localmente graças a tecnologias como a impressão 3D. 

Capacidade em tempo real: a capacidade de recolher e analisar dados e analisa‐los em 

tempo real. 

Orientação de serviço. 

Modularidade:  adaptação  flexível  de  fábricas  inteligentes  à  mudança  de  requisitos 

através da substituição ou expansão de módulos individuais. 

Embora a mudança  iminente seja uma grande promessa, os padrões de consumo, produção e 

emprego  criados  por  ela  também  representam  grandes  desafios,  exigindo  uma  adaptação 

proativa por parte de empresas, governos e  indivíduos. Conduzir esta  revolução  tecnológica é 

gerir  um  conjunto  mais  amplo  de  fatores  de  mudança  socioeconómicos,  geopolíticos  e 

demográficos, cada um interagindo em múltiplas direções e intensificando‐se mutuamente. Como 

resultado, a maioria das ocupações encontra‐se neste momento a passar por uma transformação 

fundamental.  Enquanto  alguns  trabalhos  são  ameaçados  pela  redundância  e  outros  crescem 

rapidamente,  os  trabalhos  existentes  também  passam  por  uma  mudança  nos  conjuntos  de 

competências necessários para executá‐los. O debate  sobre essas  transformações mostra que 

estas mudanças afetam não só as competências técnicas, mas também todas as competências 

transversais  que  as  pessoas  precisam  para  trabalhar  numa  empresa,  ou  seja,  uma  empresa 

industrial. De  fato,  a  realidade é altamente específica para a  indústria,  região e ocupação em 

questão, bem como a capacidade das várias partes interessadas em gerir as mudanças. 

1.2. Tendências europeias e nacionais 

1.2.1 Tendências europeias 

A  base  jurídica  de  uma  política  industrial  da  UE  foi  dada  pela  primeira  vez  no  Tratado  de 

Maastricht em 1992. A política, na época, era criar setores industriais mais dinâmicos. Durante a 

década de 1990, as prioridades políticas da UE centraram‐se principalmente no mercado interno 

e na criação de uma união monetária. Este período também foi caraterizado por um declínio da 

participação da indústria e um aumento nos setores de serviços na economia, e o surgimento da 

economia do "conhecimento". Como resultado, a indústria perdeu parte da sua prioridade como 

parte da política económica europeia. Isto terminou no início dos anos 2000, quando o impacto 

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da  globalização  se  tornou  mais  evidente  e  quando,  com  um  mercado  interno  e  uma  união 

monetária mais avançados, a UE se expandiu novamente. O objetivo da agenda de Lisboa adotada 

em 2000 era tornar a União Europeia “a economia baseada no conhecimento mais competitiva e 

dinâmica  do mundo,  capaz  de  um  crescimento  económico  sustentável,  com mais  e melhores 

empregos e maior coesão social”, impulsionar o investimento em I & D, completando o mercado 

único,  especialmente  nos  serviços,  e  aumentando  as  taxas  de  flexibilidade  e  participação  no 

mercado  de  trabalho.  No  entanto,  o  programa  dependia  da  implementação  pelos  governos 

nacionais  e,  após  algumas  revisões,  a  agenda  foi  relançada  em  2005.  Entre  2002  e  2005,  a 

Comissão  publicou  uma  comunicação  anual  sobre  política  industrial.  O  Parlamento  também 

apoiou o desenvolvimento de uma política industrial robusta e aprovou uma série de resoluções 

sobre questões de grande preocupação na área. A política industrial da UE está, por conseguinte, 

centrada na adaptação da indústria às mudanças estruturais,  incentivando a cooperação entre 

empresas  e  promovendo  o  potencial  industrial  de  inovação,  investigação  e  desenvolvimento 

tecnológico. 

 

As consequências da crise financeira aliada ao persistente desfasamento da produtividade da UE 

em relação aos EUA e à crescente participação da fabricação dos países recém‐industrializados no 

topo da cadeia de valor atuaram como catalisadores para uma revisão da política industrial na UE. 

 

As principais razões para o renovar da preocupação foram: a busca de medidas para estimular o 

crescimento e o emprego em resposta à crise; adaptação à mudança estrutural; a prevalência de 

falhas de mercado e economias emergentes. 

 

No âmbito da política  industrial estratégica da Europa 2020, uma versão revista da agenda de 

Lisboa,  lançada  em  2010,  tornou‐se  uma  prioridade  cada  vez  mais  importante.  A  estratégia 

Europa 2020 inclui algumas iniciativas emblemáticas, incluindo uma “política industrial integrada 

para a era da globalização”. A abordagem é basicamente horizontal para influenciar as condições 

de enquadramento para melhorar a inovação e a produtividade. Mas reconhece que as políticas 

gerais  afetam  diferentes  setores  de  maneiras  diferentes  que  necessitam  de  ser  levadas  em 

consideração, e que alguns setores podem precisar de medidas complementares para influenciar 

a competitividade. Em outubro de 2012, a Comissão Europeia publicou a sua Comunicação "Uma 

Indústria Europeia Mais Forte para o Crescimento e Recuperação Económica", que reconheceu a 

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deterioração relativa da indústria europeia e enfatizou a necessidade de uma base industrial forte 

para promover uma Europa rica e economicamente bem sucedida. 

 

O Parlamento Europeu respondeu à comunicação de 2012 lançando a estratégia intitulada "Um 

Renascimento da Indústria para uma Europa Sustentável ‐ RISE", que inclui uma estratégia para 

um  RISE  nos  Estados‐Membros  da  UE  e  aprovou  uma  resolução  sublinhando  que  a  política 

industrial  é  essencial  para  a  economia.  desenvolvimento  e  competitividade,  assegurando  a 

prosperidade  a  longo  prazo  e  resolvendo  o  problema  do  desemprego.  A  resolução  também 

apresentou uma agenda de curto prazo para o RISE abordar os desafios prementes em alguns 

setores  da  indústria,  bem  como  um  roteiro  de  longo  prazo  que  incentiva  investimentos  em 

criatividade,  competências,  inovação  e  novas  tecnologias  que  buscam  aumentar  a 

competitividade  da  indústria  europeia.  Na  sequência  da  resolução,  a  Comissão  adotou  a 

Comunicação "Rumo a uma Renascença Industrial" como contributo para o debate do Conselho 

Europeu  de  março  de  2014  sobre  a  política  industrial.  Foi  apresentada  uma  visão  de  uma 

revolução  industrial  na  Europa  e  os  Estados‐Membros  foram  chamados  a  reconhecer  a 

importância central da indústria para a criação de emprego e o crescimento e a necessidade de 

integrar as preocupações de competitividade relacionadas com a indústria em todos os domínios 

políticos. Em particular, é necessário apoiar a modernização e o  recrescimento sustentável da 

indústria europeia no quadro de um quadro concorrencial revisto. 

Assim, a base para o reconhecimento da necessidade da Indústria 4.0 foi estabelecida. 

1.2.2. Tendências italianas 

Atualmente, em Itália, a produção da fundição é responsável por 1055 empresas das quais fazem 

parte aquelas com produtos feitos de metais não‐ferrosos (878 empresas) e metais ferrosos (177 

empresas). O volume de negócios nacional é de cerca de 7 B €, conforme se observa na Figura 2. 

 

A  distribuição  geográfica  das  empresas  demonstra  que  existe  uma  concentração  elevada  no 

Norte, com apenas 5% do número total localizado no Sul e 13% nas zonas centrais de Itália. As 

regiões mais povoadas pelas empresas de  fundição são a Lombardia  (45%), o Veneto  (12%), a 

Emilia Romagna (10%) e o Piemonte (9%). 

 

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Apesar de mais de dez anos de crise na Itália que atingiram também a produção da fundição, no 

ano de 2016 houve um novo crescimento do setor, com um aumento de quase 4% da produção 

das peças  fundidas  ferrosas. A produção de metais  não‐ferrosos  também está  aumentou,  em 

particular, a produção de ligas de zinco que aumentou 6% e a produção de ligas de cobre que 

aumentou 13%. 

 

Analogamente,  a  produção  de  ferro  fundido  aumenta  graças  à  recuperação  económica  das 

indústrias de construção de equipamentos e de transporte. Conforme ilustrado nas Figuras 2 e 3, 

as empresas não‐ferrosas impulsionam o crescimento da produção de 2016. 

 

 

Figura 2. Volume de negócios em 2016  

 

 

Figura 3. Percentagem de aumento da produção em 2016 em relação a 2015. 

A Figura 4 retrata a distribuição da  indústria de fundição  italiana em termos de dimensão das 

empresas.  Importa  referir  que  o  setor  da  fundição  italiana  é  caracterizado  por  uma  elevada 

percentagem de empresas com um número de empregadores que não excede as 9 pessoas. Os 

2/3 (quase 19.000) dos trabalhadores estão empregados em empresas não ferrosas. 

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Figura 4. Distribuição da percentagem de empresas pelo número de empregados. 

 

Quanto à forma jurídica das empresas, apenas 4% das empresas de metais ferrosos e 13% das 

empresas não ferrosas são empresas individuais, enquanto a maior parte, quase 50% do número 

total  de  empresas,  são  empresas  de  responsabilidade  limitada.  Na  Figura  5  é  apresentada  a 

distribuição de empresas ferrosas e não ferrosas em relação ao estado legal. 

 

Figura 5. Forma legal das empresas de fundição 

 

Nos  últimos  dez  anos,  as  exportações  aumentaram  16%,  respeitando  os  volumes  totais  de 

produção, de acordo com a Figura 6. Os produtos de fundição italiana destinam‐se principalmente 

à UE  (64%), Ásia  (13%) e América do Norte  (11%). Além disso,  no  cenário das  exportações,  a 

procura de produtos, em termos de mercado, mudou nas últimas três décadas: enquanto no início 

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dos anos 90 os relatórios mostram que a maior parte dos produtos se destinava à indústria da 

construção,  em  2016  a  mais  parte  da  produção  foi  para  a  indústria  de  construção  de 

equipamentos

 

Figura 6. Tendências de exportação respeitantes ao total de produção 

O mundo da  digitalização  também  se  estende  à  fundição:  neste  caso,  podemos  falar  sobre  a 

Fundição 4.0. Não é uma tecnologia específica, mas uma combinação de várias tecnologias usadas 

para construir uma empresa inteligente, fornecida por um conjunto de ferramentas e máquinas 

automatizadas  capazes  de  trocar  informações  para  que  os  processos  de  produção  se  tornem 

autônomos. Neste setor de produção, a quarta revolução industrial levará a otimizar a eficiência 

e a velocidade do processo por meio de uma cooperação contínua entre a empresa e seus clientes. 

Como já mencionado, em Itália, o mercado de fundição conta com 1055 empresas, tendo uma 

faturação de 7 bilhões de euros e fornecem quase 350.000 PMEs de engenharia e de construção 

mecânica.  As  fundições  que  investirem  em  inovação  sobreviverão  e  atualizarão  o  seu 

conhecimento,  mas  aquelas  que  não  tiverem  os  meios  necessários  para  iniciar  a  revolução 

falharão claramente e tornar‐se‐ão um problema sério para o país, já que as fábricas não podem 

ser facilmente requalificadas. 

A adoção de tecnologias 4.0 na produção de fundição leva a muitas vantagens: o componente de 

mão‐de‐obra intensiva diminui, as metas de produção podem ser monitoradas e atingidas por um 

processo automatizado, o tempo de ciclo diminui, a produtividade média aumenta, as despesas 

de  stock  podem  ser  diminuídas,  a  qualidade  do  produto  aumenta,    as  peças  defeituosas  são 

diminuídas, e os fatores de risco podem ser previstos e controlados. 

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As  fundições  italianas estão a enfrentar muitos desafios, onde as  tecnologias de  informação e 

comunicação desempenham um papel fundamental, uma vez que, por exemplo, a comunicação 

de IoT precisa de ser suportada por uma ligação de internet eficiente. No entanto, atualmente, 

esses desafios podem ser considerados apenas ao nível de uma única fundição, que pode começar 

com  a  adoção  de  algumas  tecnologias  4.0  após  um  planeamento  claro  anterior.  A  cadeia  de 

fornecimento de fundição ainda não está pronta para implementar tecnologias de fundição 4.0, 

uma vez que as entidades ainda não foram desenvolvidas nessa direção. 

Os  sensores  e  as  tecnologias  de  rede  podem  ser  incorporados  na  produção  JIT  e  os  dados 

armazenados  pelas  ferramentas  IoT  podem  ajudar  a  suportar  o  planeamento  de  produção  e 

melhorar o desempenho. No entanto, a implementação real de tal operação já é quase abstrata 

e distante da prática. 

Em seguida iremos apresentar exemplos de tecnologias Fundição 4.0. As seguintes tecnologias 

são  aquelas  que  permitem  numa  manutenção  preventiva,  que  se  torna  crucial  para  evitar 

paragens na fabrica e na produção: o acelerómetro industrial, que tem como principal objetivo 

monitorizar a vibração e o estado  de uma única máquina única de uma fábrica; sensores e filtros 

nos sistemas de ventilação da máquina; pirómetros e laser de triangulação que monitorizam a 

temperatura dos metais. Quanto ao armazém 4.0, deve ser automatizado e combinar a tecnologia 

de inovação com segurança e otimização de espaço. A Promozione Acciaio Foundation promoveu 

um workshop para fornecer as diretrizes para projetar e construir um armazém 4.0 dedicado à 

cadeia de fornecimento da fundição. 

Outra  tecnologia  importante  que  pode  ser  adotada  é  a  impressão  3D  que  permite  produzir 

produtos personalizados especiais para atender às solicitações dos clientes em termos de forma, 

material e qualidade. A existência de sensores e ferramentas para o controlo dos metais líquidos 

trazem muitas  vantagens,  entre  elas  a  redução  da  matéria‐prima,  a  economia  de  energia,  o 

aumento da qualidade e a produtividade. 

Muitas  fundições  estão  a  investir  em  tecnologias  facilitadoras.  Algumas  fundições  já 

implementaram uma parte das novas tecnologias e alcançaram alguns objetivos, como: o contato 

contínuo  com  o  cliente  para  o  projeto  de  um  produto  personalizado  através  do  uso  de 

ferramentas CAD, CAM ou IGES e STEP para projeto 3D; instalação da MetalOne e SAP business 

One, que permitem rastrear e controlar o produto desde a fase de projeto até a fase de realização, 

envolvendo também as operações financeiras e, em seguida, um controlo detalhado de custos; 

adoção de sistemas de simulação para analisar o processo, otimizar o lead time e o time to market, 

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e  definir  ações  de  feed‐back  para  controlar  qualquer  produto;  realização  de  controlo 

automatizado de dimensão dos objetos por uma máquina COORD3. 

A  maior  dificuldade  é  incorporar  as  novas  tecnologias  em  fábricas  antigas  e  operações  de 

produção  e  formar  trabalhadores  que  adquiriram  um  conhecimento  que  tem  de  ser 

profundamente modificado ou atualizado para atender e utilizar as novas tecnologias. 

Na  verdade,  novos  perfis  profissionais  são  necessários  para  implementar  as  mudanças,  em 

particular, técnicos de manutenção e automação e controladores de processo e qualidade. 

1.2.3. Tendências portuguesas 

Um estudo da PwC revela que, em Portugal, 86% das empresas esperam alcançar níveis elevados 

de digitalização até 2020, incluindo cadeias de valor horizontais e verticais. 

Mais de metade das empresas pioneiras, que já possuem níveis significativos de investimento e 

níveis  avançados  de  digitalização,  alcançam  ganhos mais  significativos  em  desempenho,  com 

aumento de receita e redução de custos de mais de 20% até 2020. 

O  digital  representa  uma  oportunidade  para  as  empresas  portuguesas,  8  em  10  empresas 

planeiam  introduzir  pelo  menos  um  dos  produtos  ou  serviços  digitais.  Além  disso,  57%  das 

empresas  industriais  portuguesas  esperam  um  aumento  médio  das  suas  receitas  através  da 

digitalização até 10%, 55% deverão reduzir os custos em mais de 10% e cerca de 70% esperam 

obter ganhos de eficiência superiores a 10%. 

A Indústria 4.0 aumentou significativamente as oportunidades de reter e aumentar o leque de 

clientes,  tornando  a  disputa  por  eles  ainda  mais  intensa.  Entre  os  métodos  utilizados  pelas 

empresas  industriais  para  esta  abordagem  estão  a  customização  de  produtos,  inovação  no 

atendimento ao  cliente, marketing personalizado nos  canais de acesso,  análise de dados para 

atender  as  necessidades  dos  clientes  e  melhorar  o  desempenho  operacional  ou  o 

desenvolvimento de cadeias de valor voltadas para os clientes. 

Os maiores desafios para o desenvolvimento das operações digitais identificados pelas empresas 

portuguesas  foram  a  falta  de  cultura  e  formação  digital  (58%),  os  benefícios  económicos 

indefinidos nos investimentos digitais (38%), a falta de capacidade de colaboração dos parceiros 

de negócio (33%) e problemas de segurança e privacidade de dados não resolvidos (29%). 

Relativamente à segurança de dados, as maiores preocupações das empresas portuguesas são a 

extração não autorizada de dados ou alterações de dados nos fluxos internos da empresa (61%), 

os  riscos  inerentes à perda de dados  (59%), as  interrupções operacionais devido a hackers ou 

falhas (43%) e o desvio de dados durante a troca de informações com os parceiros (43%). 

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Mais de metade das empresas portuguesas consideram que têm um nível de maturidade médio 

em termos de competências de análise de dados, no entanto, apenas 24% das empresas dispõem 

de um departamento de análise e processamento de dados. 

No  curto  prazo,  as  economias  desenvolvidas  podem  destacar‐se  na  Indústria  4.0,  embora  as 

economias emergentes tenham maior probabilidade de ganhar com a digitalização. A maioria das 

empresas portuguesas (60%) espera um período de retorno do investimento digital até 2 anos.  

1.2.4. Tendências romenas 

As principais tendências dentro do setor de fundição na Roménia são descritas abaixo: 

•  A  procura  dentro  do  setor  de  fundição  na  Romênia  tem  conhecido  uma  tendência 

ascendente até 1989, após o qual esta indústria tem experimentado uma queda dramática 

em quantidade e qualidade. 

• Após 1989, a atividade de produção no sistema de fundição é dependente da evolução da 

procura por produtos de fundição, respetivamente, sobre sua competitividade no mercado. 

• Atualmente, há uma tendência crescente de globalização do mercado, o que implica uma 

extensa sobreposição das economias nacionais. A incrível velocidade com que esse processo 

ocorre é favorecida pelo avanço tecnológico. 

• A direção para  fundição de  ligas de metais não  ferrosos, especialmente metais  leves, é 

positiva,  seguindo  a  tendência  similar  encontrada  nos  países  industrialmente  avançados. 

Ligas não‐ferrosas detêm uma participação crescente na Roménia e entre estas peças de liga 

de alumínio são as mais extensas. 

• Foi registado um decréscimo na quantidade de peças fundidas nodulares de grafite. 

 

Alguns indicadores:  

Nos últimos 3 anos, uma tendência ascendente foi notada na Roménia, um aumento cotado desde 

o ano de 2016, de acordo com um artigo da Revista Foundry. Assim, a produção total de fundidos 

foi de 97.970 toneladas / ano, sendo 25,9% de ferro fundido, 7,04% de aço e 67,06% de ligas não 

ferrosas. 

Em  2017,  no  "World  Casting  Production  Report",  publicado  pela World  Foundry Organization 

(WFO), a Roménia foi citada da seguinte forma: "A produção industrial está a crescer em mais de 

100  fundições  existentes,  com  todas  as  tarefas  e  padrões  de  organização muito  diferentes.  A 

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produção total de peças fundidas é 122.000 toneladas / ano, sendo que 3 fundições desenham 

mais  de  um  terço,  55% da produção  de  alumínio,  21% de  ferro  fundido  cinzento,  3% de  ferro 

fundido com grafite nodular e 10%. % de aço " 

Assim, em 2017, houve alguns aumentos positivos, respetivamente, um aumento da produção 

total em 32,19% em relação ao ano de 2016. 

 

1.2.5. Tendências espanholas 

 

Antes de analisar as tendências do setor de fundição espanhol, é conveniente rever alguns dados 

e números para ter uma ideia do campo e do volume ao qual nos referimos. 

O  setor  de  fundição  espanhol,  representado  pela  Federação  Espanhola  de  Associações  de 

Fundição  (FEAF),  reconhecida  por  todas  as  Administrações  como  representante  do  setor  de 

fundição  na  Espanha,  consolida  145  companhias  associadas,  109  das  quais  fundições,  de  13 

comunidades  autónomas  e  consiste  principalmente  em  fundição  de  ferro  (82%  da  produção) 

seguidos por fundições de não ferrosos (13% da produção) e fundições de aço (5% da produção). 

A  FEAF  também  possui  um  grupo  de  36  fornecedores  do  setor,  incluindo  fornecedores  de 

matérias‐primas, equipamentos e serviços de fundição, ampliando assim a sua cadeia de valor. 

Nas  figuras  a  seguir  apresentadas  (dados  de  2017,  fonte  FEAF)  é  possível  observar  os  dados 

mencionados acima, segmentados nos diferentes metais e setores (é possível encontrar dados 

atualizados todos os anos no seu site: www.feaf.es): 

 

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Distribuição da Produção por setor de cliente 

Distribuição da Produção pelo tipo de material e pelo setor de cliente 

Número de fundições

Emprego

Lucro 

Exportação

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O  principal  cliente  é  o  setor  de  veículos  automotores  e  industriais,  que  representa  64%  da 

produção, seguido em uma distância muito longa pelos Setores de Válvulas, Bombas & Conexões 

com 9%, Energia Eólica com 8%, Die Making com 3% e Construção e Cimento com 3%. 

Na tabela abaixo é possível observar a evolução da produção (em toneladas) do setor de fundição 

espanhol durante os últimos 7 anos (fonte CAEF, The European Foundry Industry 2017). 

  2010  2011  2012 2013 2014 2015 2016  2017

IRON  953.755 1.029.128 909.375 901.012 923.824 992.999 1.051.257 1.063.779

STEEL  71.471 77.193 76.094 75.287 82.395 72.619 65.601 64.907

NON‐FERROUS  117.738 132.356 133.384 131.229 135.641 146.010 163.473 166.697

TOTAL  1.142.964 1.238.677 1.118.853 1.107.528 1.141.860 1.211.628 1.280.331 1.295.383

 

 

 

Na figura seguinte é representada a posição da Espanha em termos de níveis de produção em 

comparação com outros países europeus (fonte CAEF, The European Foundry Industry 2017). Na 

primeira figura encontramos a produção de ferro e na segunda a produção não ferrosa. 

 

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

IRON

STEEL

NON‐FERROUS

TOTAL

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Produção de Ferro, Ferro dúctil, e fundição de aço na Indústria 

Europeia de Fundição 2017 

Produção de Metais não Ferrosos na Indústria Europeia de 

Fundição 2017 

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Situação do setor de fundição na Espanha. Alguns indicadores: 

Após a queda da economia espanhola em 2007, não apenas por causa da  indústria de 

construção  em  queda  livre,  a  produção  de  fundição  de  ferrosos  também  diminuiu 

(particularmente em segmentos relacionados à construção). 

Com base na leve recuperação em 2013, esperamos um aumento moderado da produção 

de peças fundidas até 2018. 

 

Figura 7: Desenvolvimento do número de fundições de ferro e de aço em Espanha (Fonte: Modern Casting, IKB research & analysis) 

 

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Figura 8: Desenvolvimento da produção de fundidos em Espanha                                                                 (Fonte: Modern Casting, IKB research & analysis) 

No  total,  foi  observada  uma  mudança  constante  da  produção  de  fundição  de  ferro 

fundido  cinzento  para  grupos  de  materiais  mais  complexos,  como  o  ferro  de  grafite 

esferoidal. Isso é causado principalmente pela engenharia mecânica e fabrico de veículos. 

Durante os últimos dez anos, uma forte onda de consolidação ocorreu no mercado de 

fundição espanhol. 

Assim, a produção média por fundição aumentou; no entanto, atinge apenas três quartos 

do valor de comparação alemão. 

 

Figura 9: Composição da produção da fundição em Espanha (Fonte: Modern Casting, IKB research & analysis (2015)) 

Nos últimos anos, a indústria metalomecânica sofreu um aumento progressivo da concorrência 

internacional,  principalmente  de  países  emergentes.  Assim,  foram  realizados  planos  para 

melhorar a posição competitiva das empresas nos mercados interno e externo. No entanto, houve 

um aumento no número de empresas do setor comprometidas com o mercado externo.  

As principais tendências dentro do setor de fundição na Espanha são descritas abaixo: 

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Aumento  progressivo  da  concorrência  internacional.  Nos  últimos  anos,  o  setor 

experimentou um aumento progressivo da concorrência internacional, principalmente de países 

emergentes. Este fato causou, em alguns casos, um processo de realocação de fases de produção 

de menor valor agregado para países caracterizados por menores custos de produção. 

Implementação  de  planos  para  melhorar  a  posição  competitiva.  A  crescente 

concorrência  internacional  tem  impulsionado  a  implementação  de  planos  para  melhorar  a 

posição  competitiva  das  empresas  do  setor  nos  mercados  interno  e  externo.  Nesse  sentido, 

muitas empresas optaram por segmentos de maior valor agregado, introduzindo melhorias nas 

áreas de tecnologia e qualidade, tanto de produtos como de serviços (por exemplo, reduzindo o 

tempo  de  entrega  dos  pedidos).  Por  outro  lado,  foram  aplicadas  melhorias  nos  níveis  de 

produtividade,  através  da  aplicação  de  técnicas  específicas  na  organização  da  produção, 

estimulando  a  polivalência  dos  trabalhadores  e  a  renovação  sistemática  dos  sistemas  de 

produção.  Acrescente‐se  que  as  tecnologias  da  informação  também  foram  introduzidas  nas 

diferentes áreas das empresas (gestão, produção, marketing, etc.). 

Avanços  tecnológicos.  Em  particular,  os  avanços  no  campo  da  inovação  tecnológica 

devem ser mencionados. Por um lado, as inovações de processo têm sido fundamentais nas ações 

para  melhorar  a  qualidade,  produtividade  e  segurança  ocupacional;  em  segundo  lugar,  as 

inovações de produtos têm sido fundamentais no contexto das estratégias de diferenciação de 

produtos.  Da mesma  forma,  a  evolução  das  tecnologias  contribuiu  para  aumentar  o  nível  de 

formação requerido nos perfis de qualificação mais baixos das empresas. 

Internacionalização. Nos últimos anos houve um aumento no número de empresas do 

setor que estão comprometidas com o mercado externo, seja através da exportação de bens ou 

através do estabelecimento de  subsidiárias,  comerciais ou produtivas, no exterior. De  fato, as 

empresas mais  internacionalizadas  são  as  que melhor  superam  os  efeitos  negativos  da  crise, 

levando  em  conta  a  lentidão  do  mercado  interno.  Ressalta‐se  que  a  necessidade  de 

internacionalização de empresas gerou novas dinâmicas nos perfis profissionais necessários, que 

são especificados em profissionais de comércio exterior e, principalmente, técnicos de comércio 

e especialistas com bom domínio de inglês e outros idiomas. 

Apesar dessa situação favorável, a partir da realidade descrita pelas associações e empresas do 

setor, existem desafios importantes que o setor de fundição enfrenta: 

Preocupação com a incerteza política internacional. 

Dificuldades em encontrar pessoal qualificado em alguns setores. 

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Aumento de pressão no preço, o que afeta a margem de negócios. 

Maior competição de empresas em países emergentes, que não mais competem em seu 

mercado, mas globalmente. 

Amplas    necessidades  de  desenvolvimento  tecnológico,  tanto  em produto  quanto  em 

processo, incluindo questões como digitalização, Internet das coisas ou big data. 

1.3. Os principais desafios 

Do ponto de vista da empresa, um dos maiores desafios da Indústria 4.0 é avaliar a interrupção 

de  competências  em  empregos  e  estabelecer  o  novo  portfólio  de  competências  em  que  a 

indústria e também as políticas públicas devem investir. No entanto, também está claro que essa 

necessidade de mais talentos em determinadas categorias de trabalho é acompanhada de uma 

grande instabilidade de competências em todas as categorias de trabalho. Combinados entre si, 

o crescimento  líquido do emprego e a  instabilidade de competências  resultam na maioria das 

empresas em grandes desafios de recrutamento e escassez de talentos. 

Com base na agenda da Indústria 4.0, é necessária uma gama muito ampla de competências para 

a sua implementação. Esta necessidade surge ao longo de toda a cadeia de valor, tanto nos níveis 

operacionais  como  de  suporte,  que  vão  desde  a  infraestrutura  corporativa  até  o  design  do 

sistema, modelagem e gestão das operações de manufatura, até às competências de interação 

humana.  Em  muitos  aspetos,  a  convergência  de  TI,  manufatura,  tecnologia  de  automação  e 

software  requer  o  desenvolvimento  de  uma  abordagem  fundamentalmente  nova  para  o 

formação de especialistas em TI. Espera‐se que as funções dos funcionários mudem em termos 

de  conteúdo,  processos  de  trabalho  e  ambiente  de  trabalho.  A  Indústria  4.0  impacta  a 

flexibilidade, o tempo de trabalho, a demografia e a privacidade. Isso significa uma transformação 

significativa  nos  perfis  de  trabalho  e  competências.  Haverá  novas  estruturas  operacionais  e 

organizacionais  que  exigem mais  tomada  de  decisão,  coordenação,  controlo  e  suporte,  num 

ambiente muito mais complexo. Também haverá a necessidade de coordenar entre máquinas e 

plantas virtuais e reais em sistemas de gestão de produção. Em geral, significa que há procuras 

significativamente maiores em todos os membros da força de trabalho em termos de gestão de 

complexidade,  níveis  mais  altos  de  abstração  e  resolução  de  problemas.  Espera‐se  que  os 

funcionários ajam mais por iniciativa própria, tenham excelentes competências de comunicação 

e sejam capazes de organizar seu próprio trabalho. 

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Isso significa que há espaço para maior responsabilidade individual, liderança descentralizada e 

abordagens  de  gestão  para  permitir maior  liberdade  na  tomada  de  decisões,  envolvimento  e 

regulamentação  da  carga  de  trabalho,  levando  a  funcionários  mais  qualificados,  mudando  a 

organização do trabalho de abordagens mais tayloristas para métodos holísticos de organização 

do trabalho.  

Potencialmente, isso significa que há espaço para crescimento substancial e enriquecimento de 

empregos,  oportunidade  de  aumentar  os  ganhos  e maior  flexibilidade  nas  horas  de  trabalho, 

melhor equilíbrio entre trabalho e lazer e oportunidades geralmente ampliadas. 

A questão prende‐se, então, na forma como as empresas, governos e indivíduos reagirão a esses 

desenvolvimentos. Para evitar o pior cenário possível, serão necessárias mudanças tecnológicas 

acompanhadas  de  escassez  de  talentos  e  desemprego  com  desigualdades  crescentes,  a 

requalificação  e  melhoria  da  qualificação  dos  trabalhadores  de  hoje  será  crítica.  Embora  a 

necessidade de reforma da educação básica seja assumida, simplesmente não é possível enfrentar 

a atual revolução tecnológica esperando que a força de trabalho da próxima geração esteja mais 

bem preparada. Em vez disso, é fundamental que as empresas assumam um papel ativo no apoio 

à  sua  força  de  trabalho  atual,  através  de  mais  formação,  que  os  indivíduos  adotem  numa 

abordagem proativa para a aprendizagem ao longo da vida e que os governos criem o ambiente 

favorável, de forma rápida e criativa, para auxiliar esses esforços.   

A atual revolução tecnológica não se deve transformar numa corrida entre humanos e máquinas, 

mas sim numa oportunidade para o  trabalho se  tornar um meio pelo qual as pessoas possam 

desenvolver todo o seu potencial. Para garantir que alcancemos essa visão, devemos tornar‐nos 

mais focados e muito mais rápidos na compreensão das mudanças que estão a acontecer e ser 

conscientes  da nossa  responsabilidade  coletiva  de  liderar  os  nossos  negócios  neste momento 

transformador. 

As  mudanças  demográficas  e  socioeconómicas  terão  um  impacto  quase  tão  forte  sobre  os 

modelos de negócios e estruturas organizacionais quanto a mudança tecnológica. A tecnologia já 

mudou o paradigma do trabalho em praticamente todos os setores, à medida que os locais de 

trabalho  da  era  industrial  dão  lugar  às  práticas  de  trabalho  da  era  digital,  incluindo  trabalho 

remoto, trabalho flexível e trabalho por tarefa ou por projeto. A classe média em ascensão nos 

mercados  emergentes,  a  necessidade  de  transição  para  uma  economia  ambientalmente 

sustentável e o aumento da volatilidade geopolítica  são vistos como grandes  impulsionadores 

organizacionais da mudança. 

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Vários fatores de mudança terão um impacto decisivo em setores específicos, como a indústria. 

Por exemplo, novas fontes e tecnologias de energia terão um impacto particular nas indústrias de 

energia e mobilidade. O poder de processamento e “Big Data” terão um impacto especialmente 

forte sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), utilizadas no âmbito industrial. 

A nível nacional, as expectativas sobre a natureza das  interrupções  futuras são moldadas pelo 

desenvolvimento demográfico, económico e tecnológico do país em questão. No geral, o trabalho 

em  mudança  e  flexível  é  visto  como  o  mais  importante  fator  de  mudança  nas  economias 

avançadas, enquanto a crescente classe média assume esse papel nos mercados emergentes. 

O impacto de alguns fatores de mudança difere entre as indústrias e é moldado pela natureza 

específica  do  atual  modelo  de  negócios  de  cada  setor.  No  entanto,  independentemente  da 

indústria  específica,  o  ritmo  da  transformação  industrial  será  muito  acelerado.  Mudanças 

disruptivas na indústria já estão a reconfigurar modelos de negócios e conjuntos de competências. 

Outro fator que será um desafio para a  implantação do setor 4.0 é, sem dúvida, a capacidade 

económica  das  empresas  e  dos  seus  países.  É  inquestionável  que  muitas  das  medidas  de 

transformação da indústria tradicional em indústrias genuínas 4.0 exigem investimentos que, num 

primeiro momento, não apresentam um retorno imediato. 

É preciso sensibilizar os países e também as associações empresariais no tecido industrial para 

mostrar as vantagens competitivas trazidas pelo novo modelo. 

1.4. Implementação de recursos europeus e nacionais para a indústria 4.0 

1.4.1. Implementação de recursos europeus para a indústria 4.0 

A implementação de uma nova revolução industrial, impulsionada por avanços tecnológicos como 

a “Internet das Coisas” (IoT), computação em nuvem, análise de “big data”, robótica e impressão 

3D,  abre  novos  horizontes  para  a  indústria  se  tornar  mais  eficiente,  melhorar  processos  e 

desenvolver produtos e serviços inovadores. 

Esta revolução também ajuda a indústria a responder à procura do cliente por produtos e serviços 

personalizados, segurança e conforto, bem como melhor eficiência energética e de recursos. 

A indústria europeia está bem posicionada para aproveitar ao máximo esta oportunidade digital, 

porque  é  forte  em  setores  como  a  eletrónica  para  os  mercados  automóvel,  de  segurança  e 

energia,  software  de  negócios  e  tecnologias  de  laser  e  sensores.  A  Europa  também  abriga 

institutos de pesquisa e tecnologia a nível mundial. 

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No entanto, embora muitos setores tenham sido rápidos a adotar tecnologias e processos digitais, 

os setores de alta tecnologia enfrentam forte concorrência de outras partes do mundo, muitos 

setores tradicionais e pequenas e médias empresas (PMEs) estão a ficar para trás. O objetivo da 

primeira  iniciativa  relacionada com a  indústria da estratégia de mercado único digital da UE é 

garantir que a Europa esteja preparada para o crescimento nos mercados emergentes dos futuros 

produtos e  serviços digitais.  Isso vai exigir  investimento sustentado e coordenado dos setores 

público e privado. 

Com base e complementando as várias  iniciativas nacionais para a digitalização da  indústria, a 

Comissão  utilizará  os  seus  instrumentos  políticos,  apoio  financeiro,  coordenação  e  poderes 

legislativos  para  desencadear mais  investimentos  em  todos  os  sectores  industriais.  Isto  inclui 

trabalhar com os Estados‐Membros da UE para concentrar o investimento em parcerias público‐

privadas; agrupando recursos para desenvolvimentos inovadores em tecnologias e plataformas 

digitais, incluindo infraestrutura de nuvem de classe mundial para ciência e inovação, bem como 

em bancos de ensaio de grande escala para acelerar a definição de padrões. 

Os  maiores  ganhos  podem  advir  do  desencadeamento  de  novos  investimentos  públicos  e 

privados para  impulsionar  significativamente a  capacidade de  inovação digital  da  Europa.  Isto 

inclui ligar as muitas iniciativas comunitárias, nacionais e regionais existentes para uma melhor 

focalização dos investimentos e aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pelo Fundo 

Europeu para Investimentos Estratégicos e pelos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, 

promovendo: 

Uma rede pan‐europeia de centros de inovação digital para que as empresas acedam e 

testem inovações digitais num ambiente seguro e dominem a sua transformação digital. 

As parcerias público‐privadas digitais e industriais da UE não são apenas produtoras de 

inovação, mas também reúnem as melhores políticas e o setor privado para coordenar os esforços 

a nível da UE com as estratégias industriais nacionais. 

Incentivar  mais  agrupamento  e  alinhamento  de  recursos.  Se  os  Estados‐Membros 

tivessem de concentrar pelo menos 3 mil milhões de euros por ano de investimentos nacionais e 

regionais em I & D & I no apoio a estas estratégias, a Europa veria uma mudança radical na sua 

capacidade de inovação. 

A  legislação precisa olhar para o  futuro, por exemplo, esclarecendo a propriedade dos 

dados  gerados  por  sensores  e  dispositivos  inteligentes,  revendo  as  regras  de  segurança  e 

responsabilidade de sistemas autônomos e apresentando legislação sobre o livre fluxo de dados. 

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Observar  como  as  necessidades  da  indústria  para  uma  força  de  trabalho  qualificada 

podem ser atendidas por nossos sistemas de educação e formação. 

 

Tendo em vista a implementação das ações, as partes interessadas devem se engajar com vistas 

a compartilhar e participar de: 

Identificar boas práticas de acesso a tecnologias digitais, de competências e  de 

regulamentações que permitam uma ampla disseminação de inovações digitais. 

Promover centros de competência e centros de inovação digital que apoiem a indústria 

a experimentar novas tecnologias. 

Identificar publicações relevantes, avaliação de prontidão digital, etc. 

Aumentar a conscientização sobre a transformação digital. 

Ligar as partes interessadas. 

Apoiar a mobilização de recursos. 

 

Além disso, são necessárias novas políticas para ajudar os países a implementarem a Indústria 4.0: 

Quando apropriado, implementar políticas e apoiar o financiamento no que diz respeito, 

por  exemplo,  ao  desenvolvimento  de  pilotos,  educação,  migração  ou  pesquisa  em  produção 

digital. 

Disponibilizar financiamento e introduzir medidas de apoio dirigidas às PME para garantir 

que estas possam participar nos desenvolvimentos da produção digital e da Internet e integrar‐se 

no valor emergente, nas cadeias e redes de produção. Isso inclui a conscientização, a melhoria do 

acesso ao financiamento, o apoio a grupos regionais e parcerias. 

Aumentar a conscientização sobre os desafios e oportunidades na área da Indústria 4.0 e 

da  Internet  Industrial.  Ajudar  a  identificar  e  desenvolver  mercados  líderes  para  produtos  e 

serviços da Indústria 4.0. 

Apoiar  o  desenvolvimento  de  uma  estrutura  conducente  à  adoção  rápida  de  padrões 

nesse setor emergente, ao mesmo tempo em que protege a proteção de dados e a segurança de 

TI. 

Disponibilização  de  fórum e  plataformas  para  as  partes  interessadas  se  envolverem e 

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trocarem boas práticas, incluindo as associações da indústria, instituições de pesquisa, etc. 

Colaboração  com  outros  países  sobre  o  assunto,  por  exemplo,  compartilhando  as 

melhores práticas ou desenvolvendo iniciativas conjuntas. 

Trabalhar com instituições europeias, como o quadro do Horizonte 2020, para identificar 

as possibilidades de apoio adequadas. 

 

Figura 10. Nove tecnologias do Plano Nacional da Indústria 4.0 Italiano 

 

Ações estratégicas paralelas: 

Disponibilizar  infraestruturas:  fornecer  infraestruturas  de  rede  adequadas  utilizando  o 

Plano Ultra‐banda larga operando naquelas que são chamadas “zonas cinzentas” onde apenas um 

operador  de  telecomunicações  é  responsável  pela  cobertura  do  território  e  onde  muitas 

empresas estão localizadas; conceder a proteção de dados de segurança e privacidade; cooperar 

para a definição de padrões internacionais. 

Apoiar ferramentas públicas: melhorar e fazer cumprir todos os sistemas já existentes que 

se provaram eficientes e eficazes para a inovação, como o “Fondo Centrale di Garanzia” apoiando 

o  financiamento  de  PMEs  e  os  Contratos  de  Desenvolvimento,  promovendo  grandes 

investimentos;  apoiar  a  produtividade  salarial  da  troca  por  uma  negociação  comercial 

descentralizada; modernizar o “Nuova Sabatini” para promover  investimentos para a  Indústria 

4.0; reforçar a presença das indústrias italianas nos mercados internacionais. 

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As quatro ações estratégicas não são exclusivas, mas podem ser combinadas. Por exemplo, uma 

empresa que solicita um empréstimo do governo para uma inovação tecnológica para digitalizar 

uma  linha de produção pode aceder  tanto à híper depreciação como a “Nuova Sabatini” para 

obter benefício financeiro.   

Uma  rede  nacional  Indústria  4.0  foi  construída.  Consiste  numa  rede  distribuída  do  Centro  de 

Inovação Digital e da Indústria de Centros de Competências 4.0 que apoiam as empresas na sua 

transformação para o padrão da Indústria 4.0. 

O Centro de Inovação Digital e o Centro de Competências da Indústria 4.0 apoiarão a pesquisa 

aplicada e terão de fornecer os três principais serviços para o negócio: 

Orientação: será fundamental testar o nível atual da empresa em termos de tecnologia e 

digitalização. 

Formação: este serviço tem como principal objetivo promover e difundir a expertise das 

tecnologias e operações da Indústria 4.0 por meio de cursos voltados à produção e estudos de 

casos reais, capazes de mostrar o benefício da inovação tecnológica, como redução de custos e 

aumento de competitividade. 

Projetos:  proposta de projetos de  inovação em pesquisa  industrial  e desenvolvimento 

experimental,  apresentados  por  empresas  e  cooperação  empresarial;  serviços  para  as 

transferências de tecnologia. 

Em  conclusão,  o  Plano  Nacional  Italiano  para  a  Indústria  4.0  propõe  uma  combinação  de 

incentivos fiscais, apoio ao capital de risco, construção de redes de ultra banda larga, formação 

em  escolas  e  universidades,  com  o  objetivo  de  apoiar  as  PME  a  iniciar  a  quarta  revolução 

industrial, e para converter suas fábricas tradicionais também em outras digitais. 

Para dar um esboço dos principais números de 2017 em relação aos efeitos do Plano Nacional de 

Industria 4.0, o leitor pode consultar os seguintes dados: 

Operação financeira para crescimento: cerca de 40 empresas decidiram abrir o capital em 

2017, mais de 80 deverão fazê‐lo em 2018; 728 PME  inovadoras registadas; 431 acordos para 

patentes; incentivo fiscal aplicado em 320 M € para 620 empresas; Proporcionar às empresas mais 

canais  de  financiamento  alternativos  que  levaram  850  milhões  de  euros  a  minibonds  e 

crowdfunding; 

Investimentos  em  tecnologias  digitais:  foram  distribuídos  em  várias  categorias,  como 

software, IoT, nuvem, segurança cibernética e robótica. 

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Incentivos:  o  mais  solicitado  tem  sido  a  super  depreciação  (acessada  pelos  58%  das 

pequenas empresas, 60% das grandes empresas e 67% das médias empresas). Segue‐se a hiper 

depreciação, crédito fiscal para P & D, Nuova Sabatini. Em particular, a depreciação e a Nuova 

Sabatini têm sido utilizadas para a instalação de máquinas, equipamentos elétricos e eletrônicos, 

compra de máquinas e outros equipamentos. 

Despesa  firme  em  I & D &  I:  está  representada  na  Figura  11,  onde  o  crescimento  do 

número de empresas que vão investir está aumentando. 

Contratos  de  desenvolvimento:  têm  impacto  no  Emprego  em  termos  de  criação  e 

preservação de quase 58.000 empregos. Têm sido mais utilizados no desenvolvimento industrial 

(63%) e nas empresas de Agro‐processamento (30%), o restante é dividido em turismo, proteção 

ambiental e comércio. 

1.4.2. Recursos Italianos para a implementação da Indústria 4.0  

O  Relatório  Anual  de  2017  sobre  os  cenários  industriais  apresentados  pela  Confindustria 

(confederação nacional  das  indústrias  italianas) mostrou  a  posição de  principal  fabricante  em 

todo o mundo. Apesar da crise das últimas décadas, a Itália mantém sua alta posição entre os 

países industrializados, sendo a sétima do mundo e a segunda na Europa depois da Alemanha. 

Muitos  produtos  de  fabrico  italiano  se  dirigem  a  nichos  de  mercado  e  geralmente  são 

personalizados e garantem alta qualidade. Os setores mais afetados por essas características são 

automação,  processamento  de  alimentos,  design  de  interiores,  moda.  Também  podemos 

mencionar  outros  mercados,  como  o  do  automóvel  de  luxo,  o  aeroespacial,  o  químico  e  o 

biomédico. 

A quarta revolução industrial constitui uma grande oportunidade para a Itália, já que promove o 

fortalecimento  das  economias  dos  nossos  distritos  industriais,  encorajando  uma  integração  e 

cooperação mais profundas entre os atores das cadeias de fornecimento. Um efeito direto dessa 

política levaria a uma posição mais competitiva das indústrias italianas nas cadeias internacionais 

de valor. 

A  Itália  é profundamente  afetada pelo  eco do mundo  industrial  alemão, que está  apoiando a 

revolução industrial por meio de medidas políticas apropriadas do governo federal. A estratégia 

adotada pela maior parte das empresas na Alemanha visa envolver as cadeias de fornecimento 

de produção, o que  leva  à  estabilização da política  alemã,  e que  também afeta outros países 

europeus. 

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Em setembro de 2016, o governo  italiano, apoiado pelo 

Ministério  do  Desenvolvimento  Econômico,  apresentou 

seu próprio Piano Nazionale Indústria 4.0 (Plano Nacional 

Indústria 4.0), em linha com o de outros países europeus. Neste plano, a nova política industrial 

italiana é montada, com foco especial na quarta revolução industrial. O governo pretende apoiar 

o desenvolvimento industrial como uma questão‐chave da política e facilitar a transformação das 

pequenas e médias empresas para que elas possam aproveitar a grande chance de crescimento 

que a quarta revolução oferece. 

O  plano  começa  com  uma  análise  do  setor  industrial  de  nosso  país,  com  base  nos  seguintes 

elementos limitantes: 

existência de grandes players industriais privados, capazes de “puxar” as mudanças nos 

processos de fabrico, mas são em número limitado. 

existência  de  um  conjunto  limitado  de  empresas  envolvidas  nas  principais  cadeias  de 

fornecimento  capazes de coordenar o processo de evolução das cadeias de valor. 

As vantagens são as seguintes: 

o sistema industrial italiano é (já) baseado nas PMEs e no quarto capitalismo. 

os polos universitários e centros de pesquisa para pesquisa já desempenham um papel 

fundamental para o desenvolvimento tecnológico e a inovação. 

Os produtos italianos são caraterizados pela sua alta conotação no mercado.  

A partir dessa análise preliminar, o governo decide seguir as diretrizes abaixo: 

cada  PME  pode  escolher  sua  própria  tecnologia  e  nenhuma  tecnologia  de  correção 

especifica  precisa ser adotada. 

as ações e investimentos não são dirigidos a um número limitado de setores industriais, 

mas serão distribuídos horizontalmente. 

As  empresas  italianas  não  competirão  para  obter  fundos,  mas  serão  facilitadas  por 

vantagens fiscais que interessarão a essas empresas, que investirão em tecnologias digitais e de 

inovação. 

tentar modificar algumas ferramentas existentes para apoiar a melhoria tecnológica e de 

produtividade. 

coordenar  as  principais  partes  interessadas  sem  impor  diretrizes  de  gestão  genéricas 

rígidas. 

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Esse plano visa: 

respeitar  as  competências  e  peculiaridades  de  fabrico  das  indústrias  italianas,  em 

particular as do fabricante de ferramentas de alta tecnologia 4.0 e sistemas avançados para os 

mercados doméstico e internacional. 

salientar o valor das peculiaridades históricas dos produtos fabricados em Italia, como os 

fornecedores de soluções personalizadas, caracterizados pelo alto valor do know‐how específico. 

O plano foi adaptado aos aspetos peculiares do sistema de manufatura italiano que é baseado em 

várias PMEs com características típicas, muito diferentes entre si, apoiadas por um sistema ICT 

difuso  e  integrado  capaz  de  realizar  a  evolução  com base  no  paradigma  4.0  e    do  as  cadeias  

industriais de fornecimento. 

O plano favorece a combinação de várias tecnologias que podem implementar as mudanças 4.0. 

As principais ações estratégicas são quatro, duas são conotadas como ação estratégica principal 

e as outras duas podem ser conotadas como ações estratégicas do lado do anúncio. 

Principais ações estratégicas: 

Investimentos  inovadores:  têm  o  objetivo  de  apoiar  os  investimentos  privados  para 

modernizar as fábricas pela super depreciação (aumento de 40% do custo do bem) e pela híper 

depreciação  (aumento  de  150%  do  custo)  para  as  principais  operações  de  desenvolvimento; 

apoiam pesquisa e desenvolvimento e soluções  inovadoras; operações financeiras de negócios 

para o Plano Indústria 4.0. 

Conhecimento  e  pesquisa:  disseminação dos  princípios,  conscientização,  tecnologias  e 

operações  em  toda  a  formação;  construção  da  Competence  Center  Industry  4.0  (que  são 

“laboratórios abertos” focados na inovação) que deve ser realizada perto de algumas importantes 

universidades  públicas  ou  privadas,  onde  a  cooperação  com muitas  empresas  é  promovida  e 

facilitada pela formação e desenvolvimento de projetos de pesquisa industrial e desenvolvimento 

experimental,  e  o  Centro  de  Inovação  Digital  (apoiado  por  associações  empresariais  para 

disseminar  as  principais  diretrizes  para  iniciar  a  inovação  da  Indústria  4.0  e  coordenar  as 

estruturas de transformação digital e transferência de tecnologia). 

IMAGEM 11 

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Figura 11. Despesas das empresas em investigação e desenvolvimento 

Plano  banda  ultra  larga  :  os  investimentos  públicos  neste  contexto  são  de  5  B  €  em 

recursos destinados a financiar a introdução de redes de banda ultra larga em áreas classificadas 

como «brancas» (elevada falha de mercado) e «cinzentas». Eles consideram 17 regiões. Os 42,7% 

do território nacional foram cobertos durante o ano de 2017, enquanto em 2018 o percentual 

deverá aumentar até 63%. 

Centros de Competência: 40 M € para apoiar os custos de arranque dos centros e financiar 

projetos propostos por outras empresas. Cada centro pode receber apoio público sobre as suas 

despesas em até 50%, com limites específicos. 

1.4.3. Recursos portuguesas para a implementação da indústria 4.0  

Em Portugal, o governo adotou a Estratégia para a Indústria 4.0 que constam de um conjunto de 

60 medidas de iniciativa pública e privada que deverão ter impacto em mais de 50.000 empresas 

a operar no país e, numa fase inicial, permitirão a reciclagem e a formação em empresas de mais 

de 20 000 trabalhadores em competências digitais. 

Sob as medidas da Indústria 4.0, espera‐se que até 4,5 bilhões de euros de investimento sejam 

injetados na economia até 2020. 

Para preparar empresas portuguesas para a Indústria 4.0, desde abril de 2016, o Governo tem 

trabalhado com mais de 200 entidades e empresas em grupos de trabalho para diferentes setores, 

como  agroindústria  (produção,  processamento,  transporte  e  armazenamento),  comercio 

(distribuição,  e‐commerce,  têxteis,  calçado,  etc.),  turismo  e  automóvel  (moldes,  plásticos, 

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maquinaria, robótica, eletrónica, etc.). 

Esses grupos, formados pelas maiores empresas de seus setores, por PMEs e também por startups 

que  dominam  e  desenvolvem  soluções  baseadas  em  tecnologias  características  da  quarta 

revolução industrial, têm facilitado o diálogo entre empresas, funcionários, associações, ciência e 

política e permitido que todos os operadores económicos tenham uma compreensão uniforme 

do potencial da indústria 4.0. 

A  tarefa  desses  grupos  foi  produzir  recomendações  ambiciosas,  mas  viáveis,  para  todos  os 

envolvidos, com uma agenda adaptada às necessidades e ao potencial de nossa indústria. 

Os recursos mais importantes para a implementação da estratégia da Indústria 4.0 são: 

1. Financiamento: Mobilização de Fundos Europeus Estruturais e de Investimento até 2,26 mil 

milhões  de  euros  de  incentivos,  através  do  Portugal  2020,  para  a  sensibilização,  adoção  e 

massificação de tecnologias associadas ao conceito Indústria 4.0, nos próximos 4 anos. A intenção 

é  investir  em  recursos  relevantes  para  a  transformação  digital  da  economia  por  meio  de 

financiamentos baseados em critérios específicos de elegibilidade. 

O instrumento chamado Vale Indústria 4.0, visa apoiar a transformação digital por meio da adoção 

de tecnologias que possibilitem mudanças disruptivas nos modelos de negócios das PMEs (como 

a contratação de sites de comércio eletrónico ou software de gestão de fábrica para fornecedores 

certificados). Estes vales têm o valor unitário de € 7500, devem suportar mais de 1500 empresas 

e representam um investimento público de € 12 milhões. 

Também digno de nota é o lançamento de uma linha de crédito para apoiar as exportações das 

PME através da PME Investimentos. Esta linha permite a antecipação das receitas de vendas a 

uma taxa de juros subsidiada, mitigando assim o risco de empresas exportadoras de tecnologia 

inovadora de equipamentos que integram tecnologias 4.0 

2. Programa de Competências Digitais: Promover o lançamento da iniciativa que permitirá, até 

2020, mais 20 mil pessoas em tecnologias de informação e comunicação em relação aos níveis 

atuais de formação. Em colaboração com o sector privado, esta medida destina‐se a abordar a 

escassez  de  técnicos  especializados  nesta  área  e  permite  apoiar  a  reconversão  profissional, 

criando  novas  oportunidades  de  inserção  profissional  através  da  aquisição  de  novas 

competências. 

3. Cursos Técnicos Indústria 4.0: Revisão do portfólio de cursos técnicos profissionais em linha 

com a procura de novas competências pelas empresas no âmbito da digitalização da economia. 

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Nesse contexto, serão criadas interfaces entre escolas e indústria, promovendo o uso de mão de 

obra qualificada e a utilização de equipamentos de negócios para apoio às atividades escolares. 

4.  Fábricas  de  Formação:  Promoção  e  apoio  na  criação  de  infraestruturas  físicas  com 

equipamentos  tecnológicos que  recriam ambientes  Indústria  4.0,  com vistas  à qualificação do 

capital humano, promovendo e dando continuidade a iniciativas em andamento como a Fabtec, 

Laboratório de Processos e Tecnologias para a Advanced Production Systems, que consiste numa 

fábrica  de  aprendizagem  para  demonstrar  soluções  inovadoras  para  a  malha  de  negócios,  e 

Introsys Training Academy, que integra um piso de fábrica simulado, e a Sala Academy 360 com 

painéis interativos que controlam equipamentos no chão de fábrica. 

5.  Missões  Internacionais:  Promoção  de  missões  com  comissões  nacionais,  lideradas  por 

representantes  do  Governo,  com  vista  à  partilha  de  produtos  e  serviços  da  Indústria  4.0 

desenvolvidos  em  Portugal.  Estes  comités  devem  estar  presentes  em  eventos  /  feiras  (por 

exemplo,  Hannover  Messe),  cidades  /  regiões  e  centros  industriais  (por  exemplo,  missões  à 

Lombardia e País Basco) que possam proporcionar oportunidades para empresas portuguesas. 

1.4.4. Recursos romenos para a implementação da indústria 4.0  

Atualmente, a Roménia enfrenta uma necessidade real de formação do pessoal de fundição, uma 

vez que os jovens não demonstram muito interesse em qualificar‐se nesta área. A fim de superar 

esta necessidade, são precisas outras ações, ou seja, projetar e organizar cursos de pós‐graduação 

para engenheiros interessados em especializar‐se em fundição e encontrar os meios para passar 

essas competências e conhecimento de gerações mais velhas já atuantes na indústria de fundição 

para as gerações mais jovens. 

Juntamente com a procura relacionada com a equipa, há uma grande necessidade de modernizar 

as  fundições  com  tecnologia  de  ponta,  visando  garantir  a  competitividade  dos  produtos  de 

fundição. 

Na Roménia, existem entidades ativas na manutenção e revitalização da indústria de fundição, 

como a Associação Técnica de Fundição da Roménia (ATTR), que é afiliada à Associação Geral de 

Engenheiros da Roménia (AGIR) e à Organização Mundial de Fundição (WFO). 

O objetivo final do ATTR é o de defender os interesses profissionais e sociais dos especialistas que 

trabalham  direta  ou  indiretamente  na  indústria  de  fundição  ‐  engenheiros,  economistas, 

académicos  especializados,  pesquisadores,  designers  dos  centros  e  institutos  de  pesquisa  e 

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design, estudantes, profissionais em fabrico e comercialização de peças fundidas de ligas ferrosas 

ou não ferrosas. 

Os objetivos do ATTR são os seguintes: 

Participação no ATTR por especialistas que trabalham direta ou indiretamente na 

indústria romena de fundição. 

Organização de ações técnicas, científicas e econômicas do perfil, no país. 

Desenvolvimento de estudos documentais, pesquisas, expertise, etc. no campo da 

fundição. 

Apoiar as empresas associadas com informações técnicas e econômicas e a 

comercialização de seus produtos. 

Organizar comitês especializados para atividades específicas. 

Participação em atividades decisórias relacionadas com a produção de produtos 

fundidos. 

Edição da publicação especializada – A Revisão da Fundição 

Realizar a atividade dentro da Organização Mundial de Fundição ‐ WFO, onde o ATTR é 

um membro. 

Networking com associações mundiais de fundição ou outras organizações envolvidas na 

indústria de fundição. 

Organizar a participação das ações internacionais do setor. 

Concluindo, na Romênia, a procura crescente de produtos para fundição tem 

aumentado a visibilidade do setor, exigindo um apoio mais forte das fundições de todas as 

entidades direta ou indiretamente envolvidas nas suas atividades. 

1.4.5. Recursos espanhóis para a implementação da indústria 4.0  

Não são poucas as empresas industriais em Espanha que já estão no seu desenvolvimento 4.0, 

mas muitas mais ainda estão para trás, pelo que temos de facilitar esta transformação digital, 

para tentar evitar a exclusão dos negócios digitais. Essa transformação autêntica do modelo de 

produção  permite  obter  produtos  com  maior  valor  agregado,  processos  produtivos  mais 

eficientes  e  oportunidades  em  novos  modelos  de  negócio.  Um  modelo  industrial  em  que  a 

inovação é colaborativa, os meios produtivos estão conectados, as cadeias de fornecimento são 

integradas, os canais de distribuição e de fornecimento são digitais. 

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Resumindo, abrem‐se novas oportunidades para as empresas do ponto de vista da produtividade, 

eficiência e competitividade. 

Consequentemente, é necessário abordar uma transformação profunda da nossa indústria (e, em 

particular, no setor de fundição), e o mecanismo digital deve ser fundamental nesse sentido. É o 

que  é  chamado  de  transformação  digital.  A  transformação  digital  permitirá  às  empresas 

industriais  espanholas  obter  novas  vantagens  competitivas.  Para  facilitar  a  implementação de 

tecnologias  digitais  nas  empresas,  é  necessário  elaborar  um  plano  de  ação  que  inclua  alguns 

objetivos,  algumas  premissas  e  algumas  linhas  de  ação.  Em  suma,  um  modelo  de  indústria 

inteligente e conectado. 

A este respeito, e a nível nacional, do Ministério da Indústria, da Energia e do Turismo, é lançada 

a estratégia Connected Industry 4.0, uma iniciativa conjunta e coordenada dos setores público e 

privado. Está circunscrito na Agenda para o Fortalecimento do Setor Industrial na Espanha (2014) 

e está alinhado com a Agenda Digital para a Espanha (2013). Nesta primeira fase da iniciativa, as 

principais  linhas  de  ação  e  o  modelo  de  governança  foram  definidos  para  facilitar  seu 

desenvolvimento e implementação futuros. 

O modelo espanhol da Connected Industry 4.0 persegue três objetivos específicos: 

Aumentar o valor agregado industrial e o emprego qualificado no setor industrial. 

Favorecer  o  futuro  modelo  industrial  para  a  indústria  espanhola,  com  o  objetivo  de 

fortalecer  os  setores  industriais  do  futuro  da  economia  e  aumentar  o  seu  potencial  de 

crescimento, desenvolvendo, por sua vez, a oferta local de soluções digitais. 

Desenvolver alavancas diferenciais competitivas para favorecer a indústria espanhola e 

impulsionar as suas exportações. 

A transformação digital representa uma oportunidade para a  indústria espanhola. No entanto, 

como é resultado de uma evolução recente e requer investimentos e adaptações significativas, 

ainda não  foi amplamente adotada. Esta  iniciativa visa estabelecer quatro  linhas de ação  que 

reduzem o efeito de obstáculos à transformação digital industrial. Desta forma, queremos gerar 

o  ambiente mais  favorável  possível  para  a  adoção  da  digitalização  pelas  empresas  industriais 

espanholas. 

1. Garantir o conhecimento do conceito da Indústria 4.0 e as tecnologias associadas, bem como 

o desenvolvimento das competências da Indústria 4.0 em Espanha. A Indústria 4.0 é um conceito 

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relativamente  recente  e  em  muitos  casos  desconhecido  para  empresas,  especialmente  para 

pequenas e médias empresas, que com falta de recursos e tempo necessário para aprender sobre 

o  que  não  tem  efeito  imediato  na  sua  demonstração  de  resultados.  A  formação  também  é 

fundamental para garantir as competências necessárias para a implementação da digitalização no 

setor.  É  essencial  ter  o  talento  necessário  para  o  desenvolvimento  de  tecnologias  e  soluções 

digitais, bem como para a sua inicialização, manutenção e uso na indústria. 

2.  Incentivar  a  colaboração  entre  empresas  de  diversos  setores  industriais,  empresas  de 

tecnologia, centros de pesquisa e outras entidades, a fim de promover o desenvolvimento de 

soluções  4.0  adaptadas  às  necessidades  da  indústria.  Atualmente,  há  uma  oportunidade  de 

melhorar  a  colaboração  entre  fornecedores  de  indústria  e  tecnologia.  Uma  colaboração mais 

frequente e próxima poderia facilitar uma melhor adaptação das tecnologias à indústria. Esse tipo 

de colaboração permite que as empresas industriais conheçam as possibilidades das tecnologias 

e  que  os  especialistas  em  tecnologia  compreendam  profundamente  as  necessidades  e  os 

problemas que cada um dos setores industriais enfrenta. A colaboração entre a indústria, o setor 

tecnológico e o campo de  investigação académica é  fundamental, pois permite gerar sinergias 

que levam a inovações disruptivas. Com o objetivo de fomentar essa colaboração, é proposta a 

promoção (e a criação, quando apropriado) de plataformas e ambientes colaborativos. 

3.    Promover  o  desenvolvimento  de  uma  oferta  espanhola  de  facilitadores  digitais.  A  crise 

diminuiu a capacidade das empresas privadas de investir em atividades de I&D&I, especialmente 

naqueles  casos  em  que  os  retornos  económicos  não  são  obtidos  no  curto  prazo.  Portanto,  é 

essencial promover a P&D&I, especificamente, nas suas fases mais incipientes, nas quais o retorno 

económico é obtido num período mais longo. As tecnologias que possibilitam a transformação 

digital da  indústria  são novas e,  com elas,  surge a oportunidade de  tornar a Espanha um país 

fornecedor de produtos e serviços associados a elas. Para que isso seja possível, iniciativas que 

incentivem a oferta de facilitadores digitais por empresas espanholas devem ser adotadas, pois é 

um setor com um mercado futuro muito importante e os seus produtos e serviços têm alto valor 

agregado.  A  conectividade  é  um  elemento  essencial  para  lidar  com  a multiplicação  de  dados 

partilhados e a  implantação de  infraestruturas, aplicativos e dispositivos de comunicação, que 

suportam as  necessidades de conectividade e cobertura industrial da Internet. 

4.  Promover  as  ações  apropriadas  para  a  implementação  da  Indústria  4.0  na  indústria 

espanhola.  A  maior  parte  do  setor  industrial  espanhol  é  formado  por  pequenas  e  médias 

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empresas,  para  as  quais  a  adoção  de  novas  tecnologias  é  difícil,  por  várias  razões.  A  falta  de 

conhecimento, a falta de tempo para dedicar a análise das possibilidades de digitalização ou a 

falta  de  meios  para  subcontratar  aconselhamento,  tornam  necessárias  as  iniciativas  de 

aconselhamento,  tais  como  subsídios  para  diagnóstico  de  necessidades.  Por  outro  lado,  as 

possíveis  dificuldades  no  financiamento  do  investimento  em  facilitadores  digitais  exigem 

iniciativas  que  facilitem  a  tomada  de  decisões  e  ajudem  as  empresas  a  financiar  esse 

investimento, por meio de apoio financeiro, por exemplo. Também é necessário assegurar que o 

marco  regulatório  e  a  padronização  cubram  todas  as  novas  necessidades  geradas  pela 

transformação digital da indústria. Em relação ao marco regulatório, devemos garantir que ele 

responda  aos  vários  problemas  que  podem  surgir  no  novo  contexto  digital;  enquanto  a 

padronização é fundamental para facilitar o desenvolvimento e a implementação de tecnologias 

que sustentam a transformação digital e garantem a interoperabilidade entre diferentes sistemas 

e  soluções.  Além  disso,  para  gerar  soluções  que  possam  ser  usadas  para  o  setor  industrial  e 

mostrar  aplicações e benefícios,  uma  série de projetos público‐privados para  soluções úteis  e 

específicas 4.0. para o setor, pode ser lançado. 

No País Basco, a  iniciativa  Industria Basca 4.0 apoia a  incorporação de tecnologia em meios e 

sistemas  de  produção,  o  uso  de  tecnologias  e  capacidades  emergentes  em novos  produtos  e 

processos,  a  integração  de  materiais  avançados  em  soluções  com  maior  valor  agregado  ou 

processos  aprimorados,  eficiência  e  sustentabilidade  dos  recursos  utilizados  e  integração  de 

serviços de alto valor agregado. A  sua missão  responde à  consolidação da posição de Euskadi 

como economia industrial, baseada no impulso da manufatura intensiva em conhecimento. 

Os objetivos estratégicos são os seguintes: 

1. Valor acrescentado: ajudar as empresas bascas a avançar para atividades de produção mais 

intensivas em conhecimento e de valor acrescentado. 

2.  Integração  de  KETs:  Promover  de  forma  estruturada  a  convergência  multidisciplinar  e 

tecnológica para desenvolver capacidades e melhores soluções de fabrico, otimizando os recursos 

existentes. 

3. Cadeias de valor globais ‐ Cluster 2.0: Integrando cadeias de valor, locais e internacionais, para 

responder aos desafios avançados de fabrico, a partir da soma das capacidades exclusivas de cada 

setor e de suas empresas. 

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4.  Dimensionamento:  Promoção  de  fórmulas  de  colaboração  e  suporte  que  acelerem  a 

industrialização dos resultados de I & D & I em Produção Avançada. 

5.  Talento:  Apoiar  a  educação  e  a  formação  prática  em  tecnologias  e  sistemas  de  gestão 

relacionados com a fabrico avançada, desde a proximidade até a produção. 

A  Estratégia  de  Produção  Avançada  é  uma  área  prioritária  da  estratégia  de  especialização 

inteligente Basca RIS3.   

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2. COMPETENCIAS 4.0 NA INDÚSTRIA DA FUNDIÇÃO  

Até  agora,  a  Indústria  4.0  era  predominantemente  considerada  uma  questão  tecnológica.  No 

entanto, o desenvolvimento também altera a natureza futura do trabalho de produção e exige 

diferentes competências da força de trabalho na produção. Uma política preditiva de recursos 

humanos  só  é  possível  se  pudermos  identificar  esses  requisitos  de  competência  de  maneira 

oportuna. O desenvolvimento consistente de competências por meio de formação avançada terá 

uma importância decisiva como um componente dessa política de recursos humanos. 

Um objetivo importante para as empresas é garantir a estabilidade e confiabilidade da produção 

inteligente.  Isso  depende  substancialmente  da  competência  dos  funcionários  para  garantir  as 

etapas  de  migração.  Os  sistemas  devem  ser  controlados  de  forma  confiável  em  todos  os 

momentos e os sistemas de redundância devem ser mantidos. 

Hoje  existe  uma  preocupação  crescente  sobre  se  haverá  empregos  suficientes  para  os 

trabalhadores, dado o potencial de automação. A história sugeriria que tais receios podem ser 

infundados:  com  o  tempo,  os  mercados  de  trabalho  se  ajustam  às mudanças  na  procura  de 

trabalhadores  devido  a  interrupções  tecnológicas.  Se  a  história  servir  de  guia,  poderíamos 

também esperar que 8% a 9% da procura por mão‐de‐obra até 2030 estaria em novos tipos de 

ocupações que não existiam antes. Por outro lado, com um suficiente crescimento econômico, 

inovação e investimento, pode haver novos empregos suficientes para compensar o impacto da 

automação. 

Um grande desafio será garantir que os trabalhadores tenham as competências e o apoio de que 

precisam para fazer a transição para novos empregos. O volume de criação de empregos futuros 

e  o  impacto  da  automação  na  força  de  trabalho  variam  significativamente  de  país  para  país, 

dependendo de três fatores: 

Nível salarial: Salários mais altos reforçam a tendência à adoção da automação. No entanto, os 

países com baixos salários também podem ser afetados se as empresas adotarem a automação 

como forma de elevar os níveis de qualidade ou produtividade.  

Crescimento  económico:  o  crescimento  económico  é  essencial  para  a  criação  de  empregos; 

economias  que  estão  estagnadas  ou  a  crescer  lentamente  criam  poucos  ou  nenhum  novo 

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emprego  líquido.  Portanto,  os  países  com  maior  crescimento  económico,  produtividade  e 

inovação devem experimentar mais procura por trabalho. 

Demografia:  países  com pouca  força de  trabalho podem  ter dificuldades de  desenvolvimento 

devido à falta de pessoas para contratar. 

Os futuros funcionários passarão mais tempo em atividades nas quais as máquinas são menos 

capazes,  como gerir  pessoas,  aplicar  conhecimentos e  se  comunicar  com outras pessoas.  Eles 

gastarão menos tempo com atividades físicas previsíveis e coleta e processamento de dados, onde 

as máquinas já superam o desempenho humano. 

As  competências  necessárias  também  irão  mudar,  exigindo  mais  competências  sociais  e 

emocionais e competências cognitivas mais avançadas, como raciocínio lógico e criatividade. 

Proporcionar reciclagem profissional e permitir que os indivíduos aprendam novas competências 

de mercado  ao  longo  de  suas  vidas  será  um  desafio  crítico  e,  para  alguns  países,  o  principal 

desafio. A reciclagem profissional de nível médio se tornará cada vez mais  importante como a 

combinação  de  competências  necessárias  para  uma  mudança  de  carreira  bem‐sucedida.  As 

empresas podem assumir a liderança em algumas áreas, incluindo formação no posto de trabalho 

e oferecer oportunidades para que os funcionários melhorem as suas competências. 

A  Quarta  Revolução  Industrial  está  a  interagir  com  outros  fatores  socioeconómicos  e 

demográficos para criar uma tempestade perfeita de mudanças no modelo de negócios em todos 

os setores, resultando em grandes perturbações nos mercados de trabalho. Novas categorias de 

empregos vão surgir, em parte ou totalmente mudando outras. Os conjuntos de competências 

necessárias em ocupações antigas e novas mudarão na maioria das indústrias e transformarão 

como e onde as pessoas trabalham. 

Mudanças  disruptivas  nos  modelos  de  negócios  terão  um  profundo  impacto  no  cenário  de 

emprego nos próximos anos. Muitos dos principais impulsionadores da mudança que atualmente 

afetam  as  indústrias  globais  devem  ter  um  impacto  significativo  sobre  os  empregos,  desde  a 

criação  significativa  de empregos  até  o deslocamento de empregos e maior produtividade da 

mão‐de‐obra  até  ao  aumento  das  competências  de  lacunas.  Em  muitos  setores  e  países,  as 

profissões ou especialidades mais procuradas não existiam 10 ou até 5 anos atrás, e o ritmo da 

mudança deve acelerar. 

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De acordo com uma estimativa popular, 65% das crianças que entram na escola primária hoje 

acabarão trabalhando em tipos completamente novos de trabalho que ainda não existem. Num 

cenário de emprego em rápida evolução, a capacidade de antecipar e preparar futuros requisitos 

de competências, conteúdos ocupacionais e o efeito agregado sobre o emprego é cada vez mais 

crítico para empresas, governos e indivíduos, a fim de tirar o máximo partido das oportunidades 

apresentadas por estas tendências e mitigar resultados indesejáveis. 

Ondas  passadas  de  avanço  tecnológico  e  mudanças  demográficas  levaram  ao  aumento  da 

prosperidade,  produtividade  e  criação  de  empregos.  Isso  não  significa,  no  entanto,  que  essas 

transições  estivessem  livres  de  risco  ou  dificuldade.  Antecipar  e  preparar  a  transição  atual  é, 

portanto, fundamental. 

Embora apenas uma minoria da força de trabalho global de mais de três bilhões de pessoas seja 

diretamente  empregada  por  grandes  e  emergentes  empregadores  multinacionais,  essas 

empresas muitas vezes atuam como âncoras para empresas menores e ecossistemas empresariais 

locais. Assim, além de sua parcela significativa de empregos, as decisões de planeamento da força 

de trabalho por essas empresas têm o potencial de transformar os mercados de trabalho locais 

por meio do emprego indireto e da definição do ritmo de mudança de competências e requisitos 

ocupacionais. 

Embora as implicações das atuais perturbações nos modelos de negócios para empregos sejam 

de  longo  alcance,  é  possível  um  ajuste  rápido  e  assustador  à  nova  realidade  e  às  suas 

oportunidades, desde que haja um esforço conjunto de todas as partes interessadas. 

Ao avaliar o futuro mercado de trabalho sob a perspetiva de alguns dos maiores empregadores 

do mundo, esperamos melhorar o atual de conhecimento das necessidades de aptidão, padrões 

de recrutamento e exigências ocupacionais antecipadas. É fundamental encorajar e melhorar as 

parcerias  entre  governos,  educadores,  formadores,  trabalhadores  e  empregadores,  a  fim  de 

melhor gerir o impacto transformador da Quarta Revolução Industrial no emprego, competências 

e educação. 

2.1. Competências necessárias 

2.1.1 Competências gerais 4.0 

O declínio  geral  esperado em  todas as  funções de Fabrico e de Produção é  impulsionado por 

tecnologias de substituição de mão‐de‐obra, como manufatura aditiva e impressão 3D, bem como 

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o uso sustentável de produtos mais eficientes, menor crescimento da procura nas sociedades e 

ameaças à volatilidade geopolítica das cadeias de fornecimento globais. Existe algum otimismo 

cauteloso devido ao aumento da necessidade de fabrico de materiais avançados e às expectativas 

comparativamente  favoráveis  para  a  robótica,  apontando  para  o  potencial  desta  última  de 

melhorar a produtividade, complementando a mão de obra ao invés de substituí‐la. 

Por outro lado, a produção 3D com eficiência de recursos, a produção sustentável e a robótica 

são vistas como fortes  impulsionadores do crescimento do emprego na família de projetos de 

Engenharia,  à  luz  de  uma  necessidade  contínua  e  crescente  de  técnicos  qualificados  e 

especialistas para criar e gerir sistemas automatizados de produção. Espera‐se que isso leve a uma 

transformação  da  “manufatura”  numa  indústria  altamente  sofisticada,  em  que  engenheiros 

altamente qualificados estão numa forte busca para tornar a Internet das Coisas em ambiente 

Industrial uma realidade. 

A automação dos processos de checkout e a gestão inteligente de stocks por meio de sensores e 

outras aplicações da Internet das Coisas são alguns dos fatores que devem levar a uma diminuição 

na busca por funções tradicionais. 

A indústria da Mobilidade está a antecipar um crescimento significativo nas funções de Transporte 

e  Logística,  uma vez  que desempenha o  seu papel  de  conectar países  e  indústrias no  seio da 

crescente globalização, bem como servir cada vez mais os viajantes à crescente classe média nos 

mercados emergentes. No entanto, a volatilidade geopolítica e a sua ameaça associada às viagens 

globais e às  cadeias de  fornecimento são percebidas como os principais  fatores negativos das 

perspetivas de emprego do setor. Na indústria automóvel, interrupções como robótica avançada, 

transporte autónomo, impressão 3D e novas tecnologias de energia terão alguns dos impactos 

mais diretos sobre empregos em qualquer indústria. 

Outras  novas  especialidades  incluem  novos  tipos  de  recursos  humanos  e  especialistas  em 

desenvolvimento  organizacional,  especialidades  de  engenharia  como  materiais,  bioquímicos, 

nanotecnologia  e  robótica,  especialistas  em  sistemas  de  informação  geoespacial  e  designers 

comerciais e industriais. 

O  ritmo  acelerado  das  interrupções  tecnológicas,  demográficas  e  socioeconómicas  está  a 

transformar  indústrias  e  modelos  de  negócios,  alterando  as  competências  de  que  os 

empregadores precisam e encurtando a vida útil dos conjuntos de competências de funcionários 

existentes no processo. Por exemplo, interrupções de tecnologia como robótica e maquinação ‐ 

em  vez  de  substituir  completamente  as  ocupações  e  categorias  de  trabalho  existentes  ‐ 

provavelmente  substituirão  tarefas  específicas  executadas  anteriormente  como  parte  desses 

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trabalhos,  libertando  os  funcionários  para  se  concentrarem  em  novas  tarefas  e  levando  a 

mudanças  rápidas  de  competências  nessas  ocupações.  Mesmo  empregos  que  são  menos 

diretamente  afetados  por  mudanças  tecnológicas  e  têm  uma  perspetiva  de  emprego 

razoavelmente estável ‐ digamos, profissionais de marketing ou a cadeia de fornecimento visando 

um novo grupo demográfico num mercado emergente ‐ podem exigir conjuntos de competências 

muito diferentes em poucos anos como ecossistemas em que operam mudança. 

Durante as revoluções industriais anteriores, muitas vezes levaram‐se décadas para construir os 

sistemas de  formação e  as  instituições  do mercado de  trabalho  necessários  para  desenvolver 

conjuntos de competências em grande escala em larga escala. Dado o próximo ritmo e escala de 

rutura provocados pela Quarta Revolução Industrial, no entanto, isso pode simplesmente não ser 

uma  opção.  Por  exemplo,  as  tendências  tecnológicas  atuais  estão  gerando  uma  taxa  sem 

precedentes de mudança no conteúdo do currículo em muitos campos acadêmicos, com quase 

50%  do  conhecimento  do  assunto  adquirido  durante  o  primeiro  ano  de  um  diploma  técnico 

desatualizado  de  quatro  anos  no  momento  em  que  os  alunos  se  formam.  Uma  estimativa 

aproximada. 

Um foco no estado do fluxo de talentos para as qualificações formais tradicionais e competências 

difíceis, portanto, riscos que subestimam dramaticamente a escala da perturbação iminente do 

conjunto de competências se uma grande parte do conhecimento existente sobre o tema da força 

de  trabalho  atual  estiver  desatualizado  em  apenas  poucos  anos.  Além  de  competências  e 

qualificações  formais,  os  empregadores  geralmente  estão  igualmente  preocupados  com  as 

competências  práticas  ou  com as  competências  relacionadas  ao  trabalho  que  os  funcionários 

atuais  (ou  novos  funcionários)  podem  usar  para  realizar  várias  tarefas  com  sucesso. 

Concentrando‐se num conjunto central de 35 competências (tabela 1) e competências relevantes 

para o trabalho que são amplamente utilizadas em todos os setores da indústria, as competências 

práticas também estarão sujeitas a mudanças aceleradas e interrupções significativas no futuro 

imediato.

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Tabela 1: Conjunto de 35 competências e habilidades relevantes para os trabalhos na indústria 

Existem várias razões para mudanças tão drásticas nas competências pedidas aos trabalhadores. 

Dado o rápido aumento no poder da computação, a capacidade de trabalhar com dados e tomar 

decisões baseadas em dados será uma habilidade cada vez mais crucial em muitos trabalhos, à 

medida que continua a aumentar exponencialmente a luta dos empregadores em construir um 

funções com habilidades sólidas em análise de dados e com quantidade de informações digitais 

potencialmente úteis, geradas e armazenadas. 

Empresas de setores como Mobilidade, Energia e Tecnologia da Informação e Comunicação estão 

cada vez mais confrontadas com novas preocupações dos consumidores sobre questões como 

pegadas de carbono, padrões de trabalho e privacidade. Do ponto de vista das habilidades, vão 

ter que aprender  como antecipar esses novos valores, mais  rapidamente, para o  consumidor, 

traduzi‐los  em ofertas  de  produtos  e  tornar‐se  cada  vez mais  informados  sobre  os  processos 

envolvidos no preenchimento dessas necessidades e o impacto que isso pode ter nos conjuntos 

de habilidades e práticas de trabalho dos funcionários atuais. 

Enquanto  a  maioria  dos  empregos  requer  o  uso  de  uma  ampla  gama  de  competências,  são 

procuradas combinações de conjuntos de competências  ligeiramente diferentes em diferentes 

setores da indústria. 

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Competências  sociais  gerais,  como  persuasão,  inteligência  emocional  e  o  ensino  de  outras 

pessoas,  serão mais  procuradas  nas  indústrias  do  que  competências  técnicas  restritas,  como 

programação ou operação e controlo de equipamentos. Competências de conteúdo  (incluindo 

alfabetização  em  TIC  e  aprendizagem  ativa),  competências  cognitivas  (como  criatividade  e 

raciocínio matemático) e  competências de processo  (como escuta ativa e pensamento crítico) 

serão uma parte crescente dos requisitos de competências essenciais para muitas indústrias. 

Se a procura por competência evolui  rapidamente num nível agregado da  indústria, o grau de 

mudança de requisitos de competências dentro de famílias de empregos individuais e ocupações 

é ainda mais pronunciado. 

Por exemplo, a crescente onipresença da Internet móvel combinada com a era da Internet das 

Coisas/IoT promete transformar a rotina diária de muitas funções da linha de frente nas famílias 

de  vendas  e  afins,  instalação  e  manutenção,  e  produção  de  empregos  em  todos  os  setores, 

exigindo um nível muito mais alto de alfabetização  tecnológica do que no passado. Como um 

recurso que ajuda a aumentar a automação nesses campos, espera‐se que os funcionários tenham 

mais responsabilidades relacionadas ao controlo e manutenção de equipamentos e competências 

ao nível da resolução de problemas, bem como uma compreensão geral mais ampla dos processos 

de trabalho da sua empresa ou organização. 

Pode‐se prever que uma ampla gama de ocupações exigirá um grau mais alto de competências 

cognitivas ‐ como criatividade, raciocínio lógico e sensibilidade para problemas ‐ como parte do 

seu conjunto de habilidades básicas. Mais de metade de todos os empregos devem exigir essas 

habilidades  cognitivas  como  parte  de  seu  conjunto  de  habilidades  básicas  ou  apenas  numa 

extensão muito menor. 

Assim, as incompatibilidades de competências podem surgir não apenas entre a oferta e a procura 

de competências existentes hoje, mas também entre a base atual de competências e os requisitos 

de competências futuras. Os esforços para fechar a lacuna de competências necessitam de ser 

cada vez mais fundamentados numa sólida compreensão da base de competências de um país ou 

indústria  hoje  e  da  mudança  de  futuros  requisitos  de  competências  devido  a  mudanças 

disruptivas. 

Por exemplo, os esforços para colocar jovens desempregados em estágios em certas categorias 

de trabalho através de formação em competências direcionadas podem ser autodestrutivos se os 

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requisitos  das  competências  nessa  categoria  profissional  forem  drasticamente  diferentes  em 

apenas alguns anos. De fato, em alguns casos, tais esforços podem ser mais bem‐sucedidos se 

desconsiderarem as procuras atuais do mercado de trabalho e as tendências passadas e, em vez 

disso, basearem os seus modelos em expectativas futuras. 

O  impacto de ruturas tecnológicas, demográficas e socioeconómicas nos modelos de negócios 

será  sentido  em  transformações  no  cenário  do  emprego  e  nos  requisitos  de  competências, 

resultando  em  desafios  substanciais  para  o  recrutamento,  formação  e  gestão  de  talentos. 

Diversas  indústrias  podem  encontrar‐se  num  cenário  de  procura  positiva  de  emprego  por 

ocupações especializadas difíceis de recrutar, com instabilidade de competências simultâneas em 

muitas  funções existentes. Por exemplo,  as  indústrias de mobilidade esperam crescimento de 

emprego acompanhado por uma situação em que quase 40% das competências exigidas pelos 

principais empregos na indústria ainda não fazem parte do conjunto de competências centrais 

dessas funções hoje. 

Espera‐se  um  forte  crescimento  da  procura  em  certas  competências  interfuncionais, 

competências cognitivas e competências básicas, como aprendizagem ativa e alfabetização em 

TIC. Aplicando uma lente do tempo para o potencial de aquisição dessas habilidades, parece claro 

que a formação direcionada para as competências interfuncionais está dentro do âmbito de uma 

empresa individual ou mesmo de um grupo de empresas reunidas para obter sinergia e maior 

eficiência.  

Por outro lado, as habilidades cognitivas levam muito mais tempo para se desenvolver e abordar 

a necessidade de educação secundária e primária e pré‐escolar de alta qualidade e inclusiva. Este 

é um campo no qual a política do governo será necessária e as empresas podem trabalhar com os 

governos  para  definir  claramente  a  necessidade  e  introduzir  novos  modelos  de  entrega. 

Finalmente,  as  competências  básicas  também  são  adquiridas  tradicionalmente  durante  a 

educação formal e antes de ingressar no mercado de trabalho, mas são relativamente fáceis de 

adquirir em comparação com as competências cognitivas. Este é um campo no qual as empresas 

têm a oportunidade de adotar uma abordagem proativa para construir seus canais de talentos, 

trabalhando muito mais diretamente com os provedores de educação. 

Para  as  empresas  capitalizarem  novas  oportunidades,  será  necessário  colocarem  o 

desenvolvimento  de  talentos  e  a  futura  estratégia  da  força  de  trabalho  no  centro  do  seu 

crescimento. As empresas não podem continuar a ser consumidoras passivas de capital humano 

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pronto. É exigida uma nova mentalidade para atender às suas necessidades de talentos e otimizar 

os  resultados  sociais.  Isso  implica várias mudanças  importantes na maneira  como os negócios 

veem e gerem talentos, tanto no  imediat como a longo prazo. Em particular, existem quatro áreas 

com implicações de curto prazo e três que são críticas para a resiliência a longo prazo. 

Foco imediato 

1. Reinventado a função de RH: À medida que os líderes de negócios começam a considerar a 

adaptação  proativa  a  um  novo  cenário  de  talentos,  eles  precisam  gerir  a  interrupção  das 

competências como uma preocupação urgente. Devem entender que o talento não é mais um 

problema de longo prazo que pode ser resolvido com abordagens experimentadas e testadas que 

foram bem‐sucedidas no passado ou substituindo instantaneamente os trabalhadores existentes. 

Em vez disso, à medida que a taxa de mudança de habilidades acelera em papéis antigos e novos 

em todos os setores, o desenvolvimento de habilidades proativo e inovador e a gestão de talentos 

é uma questão urgente. Exige uma função de RH que rapidamente se torna mais estratégica e 

tem  um  lugar  na  mesa  que  utiliza  novos  tipos  de  ferramentas  analíticas  para  identificar  as 

tendências  de  talentos  e  lacunas  de  habilidades  e  fornece  informações  que  podem  ajudar  as 

organizações a alinhar os seus negócios, inovação e talento, estratégias de gestão para maximizar 

as oportunidades disponíveis para capitalizar as tendências transformacionais. 

2.  Fazendo  uso  da  análise  de  dados:  as  empresas  terão  a  necessidade  de  criar  uma  nova 

abordagem para o planeamento da força de trabalho e a gestão de talentos, em que melhores 

dados de previsão e métricas de planeamento precisarão ser centrais. O mapeamento antecipado 

de categorias de trabalho emergentes, redundâncias antecipadas e mudanças nos requisitos de 

habilidades  em  resposta  ao  ambiente  em  mudança  permitirão  que  as  empresas  formem 

estratégias  eficazes de  reorientação de  talentos  em  sua empresa,  em  seu próprio  setor  e  em 

todos os setores. O RH tem a oportunidade de agregar valor estratégico significativo na previsão 

das habilidades que serão necessárias e planejar mudanças na demanda e na oferta. 

3. Diversidade de talentos: por um lado, os benefícios da diversidade da força de trabalho e, por 

outro  lado,  a  crescente  dificuldade  das  empresas  em  encontrar  talentos  especializados  para 

muitas funções‐chave, é hora de uma mudança fundamental em como a diversidade de talentos 

pode  ser  procurada  e  a  necessidade  de  derrubar  barreiras  ‐  seja  em  gênero,  idade,  etnia  ou 

orientação sexual. Também nesta área, a tecnologia e a análise de dados podem se tornar uma 

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ferramenta  útil  para  promover  a  paridade  da  força  de  trabalho,  seja  facilitando  a  avaliação 

objetiva,  incluindo caminhos de carreira fora de mão, identificando preconceitos inconscientes 

em anúncios de emprego e processos de recrutamento e encorajando mudanças sistêmicas. no 

local de trabalho. 

4. Alavancando arranjos de trabalho flexíveis e plataformas de talentos on‐line: como os limites 

físicos e organizacionais estão a tornar‐se cada vez menos claros, as organizações terão que se 

tornar  significativamente mais  ágeis  no modo  como  pensam  sobre  a  gestão  do  trabalho  das 

pessoas e sobre a força de trabalho como um todo. O trabalho é o que as pessoas fazem e não o 

que fazem. As empresas vão se conectar e colaborar remotamente com freelancers e profissionais 

independentes por meio de plataformas de talentos digitais. Para os formuladores de políticas, 

um  importante  conjunto  de  regulamentações  diz  respeito  à  portabilidade  de  salvaguardas  e 

benefícios entre empregos e o tratamento equivalente em lei de diferentes formas de tipos de 

trabalho e emprego. 

Foco a longo prazo 

1. Repensando os sistemas educacionais: numa estimativa aproximada, 65% das crianças que 

entram nas escolas primárias hoje em dia acabarão por trabalhar em novos tipos de trabalho e 

funções que atualmente ainda não existem. Tendências tecnológicas, como a Quarta Revolução 

Industrial, criarão muitas novas funções multifuncionais para as quais os funcionários precisarão 

de habilidades técnicas, sociais e analíticas. 

A  maioria  dos  sistemas  educacionais  existentes  em  todos  os  níveis  oferece  formação  muito 

formatada e dá continuidade a várias práticas do século XX que “atrapalham” o progresso dos 

talentos  atuais  e  das  questões  do mercado  de  trabalho.  Dois  desses  problemas  legados  que 

sobrecarregam os  sistemas de educação  formal em  todo o mundo que  são a dicotomia entre 

Ciências Humanas e as Ciências e a formação aplicada e pura, e  o prémio de prestígio associado 

a formas de educação com certificação terciária ‐ e não o conteúdo real do que foi aprendido. 

Sem rodeios, simplesmente não há uma boa razão para manter  indefinidamente qualquer um 

desses no mundo de hoje. As empresas devem trabalhar em estreita colaboração com governos, 

escolas e outros para criar um verdadeiro currículo do século XXI. 

2. Incentivo à aprendizagem ao longo da vida: a diminuição da participação populacional futura 

dos jovens de hoje, em muitas economias envelhecidas implica que simplesmente reformar os 

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atuais sistemas de ensino para melhor equipar os alunos de hoje para atender às necessidades 

futuras  de  habilidades  ‐  por mais  interessante  que  seja  essa  tarefa,  não  será  suficiente  para 

permanecer competitivo. Países em envelhecimento não precisam apenas de aprendizagem ao 

longo da vida ‐ eles precisarão de reciclagem de forças de trabalho existentes em todo o seu ciclo 

de vida. Governos e empresas têm muitas oportunidades de colaborar mais para garantir que os 

indivíduos tenham tempo, motivação e meios para buscar oportunidades de reciclagem. No nível 

da  empresa,  a  tecnologia  pode  ser  continuamente  alavancada para melhorar  a  qualificação  e 

reutilizar os funcionários. 

Está claro que uma ampla gama de habilidades é necessária para sua implementação. Eles surgem 

ao longo de toda a cadeia de valor ‐ tanto nos níveis operacionais quanto de suporte, desde a 

infraestrutura  da  empresa  até  o  projeto  do  sistema,  modelagem  e  gestão  das  operações  de 

fabrico  até  as  habilidades  de  interação  humana.  Em  muitos  aspetos,  a  convergência  de  TI, 

fabricação, tecnologia de automação e software requer o desenvolvimento de uma abordagem 

fundamentalmente nova para a formação de especialistas em TI. 

Espera‐se  que  as  funções  dos  funcionários  se  alterem  em  termos  de  conteúdo,  processos  de 

trabalho e ambiente de trabalho. O trabalho na  Indústria 4.0 afeta a flexibilidade, o tempo de 

trabalho, a saúde, a demografia e a privacidade. Isso significa uma transformação significativa nos 

perfis  de  cargos  e  habilidades.  Não  haverá  mais  a  tradicional  divisão  clara  do  trabalho  na 

produção. Haverá novas estruturas operacionais e organizacionais que exigem mais serviços de 

tomada  de  decisões,  coordenação,  controlo  e  suporte  ‐  um  ambiente  muito  mais  complexo. 

Também haverá a necessidade de coordenar entre máquinas e plantas virtuais e reais em sistemas 

de gestão de produção. 

No  entanto,  associado  a  essas  mudanças,  haverá  tensões,  desafios  e  ameaças.  Ao  trabalhar 

continuamente através de um mundo virtual, há uma sensação de perda da própria experiência 

através da desmaterialização dos processos de trabalho, o que pode levar à alienação e a uma 

sensação de perda de controlo que não é saudável numa força de trabalho. No local de trabalho, 

pode  haver  maior  polarização  entre  funcionários  altamente  qualificados  e  administrativos  / 

funcionais, e erosão das barreiras entre a vida no lar e no trabalho, com efeitos negativos na saúde 

física e mental. 

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Existe  também uma  ameaça  ao  número  de  empregados:  vão  estar  disponíveis menos  tarefas 

manuais  simples  para  os  trabalhadores  semiqualificados,  o  que  poderia  levar  a  resultados 

socialmente inaceitáveis e impedir a implementação da Indústria 4.0. 

A  economia  pode  tornar‐se  cada  vez  mais  dependente  de  novas  formas  de  trabalho  e  mais 

flexíveis, como "clickers" e "cloud workers". Esses empregos também não são pagos e dificilmente 

são segurados socialmente. No pior dos casos, prevê‐se uma redução maciça de pessoal. É preciso 

ter a certeza de que as pessoas continuam a moldar a tecnologia e que a tecnologia não virá para 

controlar as pessoas. Os efeitos da Indústria 4.0 no sistema de segurança social também devem 

ser  avaliados.  Também  pode  valer  a  pena  considerar,  a  partir  desse  ponto  de  vista,  o  que 

acontecerá  se  um  grupo  de  trabalhadores  (e  parte  da  indústria)  for  formado  e  adaptado  às 

habilidades da  Indústria 4.0 e as habilidades  se  tornarem redundantes devido a mudanças no 

mercado. O perfil real de um trabalhador típico da Indústria 4.0 provavelmente ainda precisa de 

ser desenvolvido. 

Tradicionalmente,  o  recrutamento  tende  a  ser  baseado  na  identificação  de  requisitos  de 

habilidades profissionais para os quais diferentes tipos de personalidade são mais apropriados, 

porque as pessoas têm uma predisposição natural para diferentes tipos de trabalho. Parece que 

os requisitos de habilidade para trabalhar na Indústria 4.0 exigem mais de um ‐ e, na verdade, 

vários conjuntos de habilidades. É questionável se existem muitos indivíduos com esse conjunto 

de características, independentemente de todo o corpo de trabalhadores apoiar uma indústria 

inteira.  

Além disso, as mudanças nos requisitos de competências de gestão não devem ser subestimadas. 

Dentro da empresa, é necessário projetar os processos em questão e geri‐los bem como a equipa 

envolvida.  Fora  da  empresa,  novos  tipos  de  relacionamentos  entre  empresas  (fornecedores, 

clientes e concorrentes) que se tornaram virtualmente integrados ‐ que podem envolver níveis 

sem precedentes de transparência e abertura ‐ precisam ser criados e gerenciados. Prevalência 

destas  competências  na  força  de  trabalho  europeia,  de  acordo  com um  recente  inquérito  da 

Comissão Europeia, o know‐how digital para apoiar o Mercado Único Digital é escasso. 

Estimativas da Comissão indicam que, até 2020, a Europa poderá não ter cerca de 825 000 desses 

especialistas.  Sem  eles,  uma digitalização  eficiente  e  rápida,  bem  como  uma  adaptação  bem‐

sucedida  do  mercado  de  trabalho,  pode  permanecer  uma  ilusão,  alertam  especialistas.  O 

argumento  vai,  a  revolução  digital  afetará  todas  as  áreas  económicas,  indicando  que  as 

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competências  da  UE  são  urgentemente  necessárias.  No  entanto,  as  habilidades  digitais 

necessárias para a Indústria 4.0 são de caráter muito mais elevado e mais interdisciplinares do 

que as exigidas para a alfabetização digital básica. 

Sistematizando, podemos considerar as seguintes competências (tabela 2) como importantes no 

sucesso de uma estratégia para a Indústria 4.0, mas não se pode esperar que uma única pessoa 

possua todas. 

A maioria das competências definidas não é nova, mas a combinação de competências para a 

Indústria  4.0  é nova e  faz  a diferença para  atingir  altos níveis  de desempenho e  resultados e 

enfatiza a importância das competências dos funcionários para obter sucesso na transformação 

para a Indústria 4.0. 

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Tabela 2 ‐ Competências 4.0 

A mesma situação é apresentada se analisarmos as palestras e currículos universitários. O objetivo 

geralmente é ensinar o conhecimento do domínio dos alunos. A formação de outras competências 

ainda é limitada a situações de trabalho em equipa ou apresentações a serem realizadas. Esses 

exemplos mostram que o  conhecimento de domínio é o  foco da economia  atual,  enquanto a 

Indústria 4.0 girará em torno do ambiente de trabalho.  

Portanto,  a  pesquisa  deve  concentrar‐se  em  analisar  como  o  perfil  de  competências  dos 

funcionários de hoje, bem como dos alunos, pode ser adaptado para a Indústria 4.0. Isso pode 

incluir a definição de requisitos para currículos e programas de formação para a Indústria 4.0. 

Competências sociais 

Compromisso de colaboração 

Negociação  Inteligência emocional 

Trabalho de equipa 

Comunicação  Literacia e competências interculturais  Competências de apresentação 

Competências comportamentais 

Competências de decisão e liderança 

Capacidade de decisão  Responsabilidade individual  Liderança  Ética  Consciência ambiental 

Consciência ergonómica 

Consciência de segurança 

Tecnologias móveis 

Sistemas embutidos e sensores 

Tecnologias de rede e comunicação M2M, robotica e inteligência artificial 

Conhecimento de modelação e programação 

Peritos no uso da tecnologia  IT  social media 

Processo de negócio  Gestão da mudança 

Segurança digital, de dados e de rede 

 

Competências em “cloud computing“ 

Estatísticas   Big Data.  interpretação e análise de dados 

ERP  Automação 

Manutenção preventiva 

Aprendizagem  máquina 

Competências tecnológicas 

Gestão de projetos  Competências de gestão 

Orientação para o cliente  Relacionamento com o cliente 

Network de negócios  Resolução de problemas 

Coordenação  Gestão da  complexidade  

Competências cognitivas 

Habilidade de abstação  Auto‐gestão  Planeamento e organização do 

trabalho

Competências de organização 

International and interdisciplinary work environment competencies 

Flexibilidade  Adaptabilidade  Inovação  Criatividade  Espiríto crítico  Gestão da mudança

Aprendizagem ao longo da vida 

Gestão do conhecimento 

Focus na estratégia de negócio  Empreendedorismo 

Conhecimento da legislação 

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2.1.2. Competências da fundição 4.0 

Técnico de Fundição 

O especialista em fundição deve conhecer as técnicas de fusão que combinam a temperatura e a 

matéria‐prima de acordo  com o  sistema de  fundição escolhido. Além disso,  o  especialista  em 

fundição  deve  ter  conhecimento  suficiente  para  obter  as  ligas  combinando  as  diferentes 

percentagens dos metais. O especialista em fundição deve dominar as técnicas laboratoriais para 

saber se o produto ou a liga obtida é o mais adequado. A divisão entre fundição de ferro e não‐

ferroso  significa  que  há  uma  divisão  entre  as  diferentes  especializações  de  fundição  (aço, 

alumínio,  cobre, etc  ...).  Esse perfil  geralmente depende do gestor da  fábrica ou do gestor de 

produção. 

Tarefas: 

Intervir  em  colaboração  com  o  gabinete  técnico  ou  empresa  externa,  no  projeto  de 

moldes. 

Planear o processo de produção de acordo com as especificações técnicas dos clientes. 

Especificar  o  tipo  de  matéria‐prima  que  atende  às  especificações  do  cliente  (ligas, 

combinações de lingote e sucata, ...). 

Controlar a qualidade da matéria‐prima, a fundição e a peça fundida ou produto. 

Seguir e controlar o processo de produção. 

Colaborar com o meio ambiente e prevenção de riscos ocupacionais responsáveis. 

Planear a manutenção das instalações. 

Propor melhorias produtivas. 

 

Competências técnicas 

A  formação  profissional  exigida  pelos  perfis  dentro  do  setor  de  fundição  corresponde, 

geralmente aos graus de formação profissional. A automação progressiva de alguns processos de 

produção que anteriormente eram manuais, os  requisitos de maior qualidade e o objetivo de 

aumentar a versatilidade dos trabalhadores da fábrica, contribuíram para aumentar os requisitos 

de formação e competência exigidos desses perfis. O conhecimento em gestão e manutenção da 

qualidade  também  é  valorizado  positivamente.  Além  disso,  para  o  pessoal  da  fábrica,  é 

aconselhável ter conhecimento sobre técnicas para melhorar a produtividade. 

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A maioria das ocupações básicas do setor ‐ as mais características de seus processos de fabricação 

‐ são tradicionais, pois as atividades produtivas não evoluíram substancialmente nos últimos anos. 

Mesmo  assim,  o  trabalho  e  as  tarefas  realizadas  estão  sujeitos  a  um  forte  processo  de 

transformação devido à incorporação de novas tecnologias de fabricação, como a introdução da 

informática ou da robótica. Este fato favorece a crescente importância de atividades de formação 

contínua para reciclar o conhecimento dos trabalhadores do setor. 

Competências não técnicas 

A  aplicação  de  técnicas  para  melhorar  a  produtividade  e  a  melhoria  contínua  aumentou 

progressivamente a importância da capacidade de trabalhar em equipa. Os rápidos avanços em 

tecnologias e técnicas de gestão promoveram a relevância das competências entre esses perfis, 

como  a  capacidade  de  aprender  e  a  flexibilidade  para  mudanças  técnicas  e  organizacionais. 

Especificamente, as principais competências não técnicas são: 

1. Planeamento e organização: ele/Ela programa atividades antecipadamente, levando em conta 

os recursos necessários; ele/Ela… 

Realiza um planeamento das atividades estabelecendo prazos para aproveitar melhor o 

tempo. 

Estabelece prazos e objetivos de tempo de maneira razoavelmente exigente e faz uma 

alocação de recursos para otimizar o tempo. 

Organiza  informações e documentação de maneira  ideal para garantir acessibilidade e 

qualidade. 

Mantém o controlo do grau de realização da programação das atividades. 

 

2. Orientação para o cliente: Ele/ela mantém uma comunicação fluida e acompanha o cliente; 

ele/Ela… 

Responde  a  perguntas,  reclamações  ou  problemas  que  o  cliente  coloca  e  o  mantém 

informado  sobre  o  andamento  dos  projetos  (mas  ele  não  investiga  os  problemas 

subjacentes do cliente). 

Mantém uma comunicação permanente com o cliente para conhecer suas necessidades 

e nível de satisfação. 

Oferece ao cliente informações úteis. 

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Atender o cliente cordialmente. 

 

3. Orientação para a realização: Ele/ela cria os seus próprios padrões no trabalho; ele/ela… 

Utiliza os próprios sistemas para medir e rastrear os resultados com seus próprios 

padrões (não impostos pela empresa). 

É capaz de usar novos métodos ou maneiras de atingir os objetivos impostos pela 

empresa. 

É perseverante alcançar os objetivos, apesar dos obstáculos. 

É eficiente, otimizando os recursos e o tempo no cumprimento de suas tarefas 

4. Iniciativa: É decisivo nas situações de crise; ele/ela… 

Atua de forma rápida e decisiva numa crise (quando a regra seria esperar, "estudar 

a situação" ou ver se ela se resolve sozinha). 

Propõe ideias e faz propostas que podem ter um impacto positivo nos resultados. 

Toma decisões rápidas e ágeis em situações de emergência (sem esperar que alguém 

lhe diga o que fazer). 

5. Resolve  problemas  e  é  resolutivo,  procurando  os  recursos  necessários.  Pensamento 

analítico: ele/ela…resolve problemas; ele/ela… 

Resolve problemas ou situações sem lhes dar nenhuma avaliação concreta. 

Faz uma lista de problemas a serem abordados sem lhes atribuir qualquer ordem ou 

prioridade específica. 

Dedica tempo suficiente para analisar basicamente os problemas antes de tomar um 

tipo de ação. 

Solicita aos colegas ou superiores informações relevantes. 

 

6. Aprendizagem  e  uso  do  conhecimento:  Ele/ela  mantem  e  partilha  o  conhecimento; 

ele/ela… 

É proativo na busca e aquisição de conhecimento para se manter atualizado de novas 

ferramentas, métodos,  abordagens,  assuntos,  tecnologias,  etc.,  que  são específicos 

para sua área de atuação. Ex.: participar em formações. 

Utiliza o seu conhecimento técnico para resolver dúvidas e responder perguntas de 

outros. 

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Tem a preocupação de saber o que você tem para o seu ambiente imediato. 

Mostra curiosidade sobre as novidades que podem afetar o dia a dia. 

Especifica as fontes de informação disponíveis.   

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3. CASOS DE ESTUDO  

Para permitir uma melhor compreensão da implementação do Indústria 4.0 em fundições, este 

guia fornece um conjunto de casos reais de trabalho já realizados em várias empresas em toda a 

Europa. Os estudos de caso selecionados serão apresentados neste capítulo: Galda 4.0 Project;  

a. Projeto Galda 4.0 (PROGRAMA ETORGAI 2015) 

b. Digitalização do Sistema de Gestão e Produção; 

c. A fundição Hijos de Zanetti aplica a Metal One para alcançar uma visão 360º de 

seus negócios; 

d. Taxa de resíduos reais online;  

e.  

f. Olimpo; 

g. Realidade Aumentada; 

h. Medição de dimensões críticas + inspeção final de peças por visão artificial; 

i. Monitoramento contínuo da qualidade do fluido hidráulico de água e glicol para 

uma célula de fundição sob pressão;  

j. Controlo automático de nível das lamas cerâmicas e areia; 

k. Robots Colaborativos; 

l.  Projeto Niwe;  

m. Uso de Technologia na F. PALMIERI;  

n. Melhoria de Processos através do Sistema de Gestão Lean – IPLMS; 

o. Implementação de segurança cibernética na fábrica 

Os estudos de caso serão apresentados de acordo com a distribuição pelo respetivo módulo. Estes 

estudos de caso contribuíram para o desenvolvimento das organizações e, globalmente, podemos 

dizer que foram um sucesso. 

 

 

 

 

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MÓDULO 1: 

PROJETO GALDA 4.0 (PROGRAMA ETORGAI 2015) 

O objetivo deste estudo foi obter um desenvolvimento de um sistema de fabricação de moldações 

de série curta, sem a necessidade de usar moldes. O projeto visa promover um método alternativo 

para a fabricação de peças de baixa / média série para as quais a molde perdido é atualmente 

utilizado. A tecnologia do molde perdido tem como principais problemas a aplicação de menor 

compactação sobre o mesmo, com risco de deformação ou quebra e a produção  de inúmeros 

resíduos  durante  a  fabricação  que  reduzem  a  qualidade  das  peças  fabricadas,    para  além  da 

emissão de gases poluentes para o ambiente. 

A  nova  tecnologia  desenvolvida  no  projeto  GALDA  4.0  permite  a  fabricação  da  moldação    e 

machos através da maquinação de blocos de areia previamente fabricados sem formato definido 

nas atuais caixas de moldação, evitando assim a fabricação prévia do molde que mais tarde seria 

perdido.  Esta maquinagem é  realizada  após  definição de  uma nova  estratégia  de projeto  dos 

sistemas  de  alimentação  e  das  apartações  da  moldação.  Uma  vez  montada  a  moldação,  o 

processo  continua  com  base  nas  condições  padrão  de  fabricação  das  fundições  envolvidas, 

finalizando  numa  peça  com  características  de  qualidade  superficial  e  de  saúde  interna 

comparáveis  aos  processos  alternativos  atualmente  existentes  no  mercado.  Graças  a  isso,  o 

processo  de  fabricação  dos  moldes  é  reduzido  numa  etapa,  resultando  numa  melhoria 

significativa  dos  períodos  de maturação  e,  portanto,  dos  prazos  de  entrega.  Uma  alternativa 

limpa, eficiente e de qualidade aos métodos atuais. 

Quanto aos  resultados,  foi possível  fabricar  três moldações de dimensões próximas de 1000 x 

1000 x 1000 mm e os correspondentes machos sem a necessidade de moldes permanentes ou 

descartáveis. Por outro lado, a qualidade final das peças obtidas tem sido comparável às peças 

fabricadas  hoje  no  mercado  utilizando  métodos  mais  tradicionais.  Além  disso,  as  empresas 

participantes deste projeto  são AMPO  (líder do projeto),  EUSKATFUND, GUIVISA, OLAZABAL e 

HUARTE, Tecnologias de Controlo de Qualidade Térmica e ZUBIOLA, bem como os Centros de 

Tecnologia IK4‐AZTERLAN e IK4‐IDEKO (ambos pertencentes ao RVCTI). 

 

 

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MÓDULO 2: 

Digitalização  dos  sistemas  de  gestão  e  produção 

O objetivo deste estudo foi preparar a empresa para a digitalização e integração total da gestão 

do fluxo completo de produção e criar um sistema com a capacidade de assegurar que a nossa 

fundição seja capaz de assegurar a total rastreabilidade das peças e documentação aos nossos 

clientes. , que o nosso sistema Comercial, Produção, Qualidade integre‐se totalmente com o ERP 

e  com  a  contabilidade,  para  ter  informações  em  tempo  real  e  permitir  que  a  empresa  tome 

decisões em tempo abreviado. A empresa decidiu selecionar uma empresa de software que aceite 

as suas ideias e necessidades para os trabalhos diários, capaz de compartilhar os riscos para fazer 

uma transição para um sistema único projetado pela equipe FAL, fez uma atualização do nosso 

ERP  para  um novo  ERP,  com a  capacidade  de  consolidar  e  gerir  todos os  dados.  Com a nova 

plataforma do novo ERP, foi atingido o objetivo que foi eliminar completamente o papel no chão 

de fábrica. Todos os dados e informações de que necessita para produção e peças, está disponível 

em formato digital para cada equipe na fábrica, e o sistema está disponível para todas as áreas da 

produção, qualidade, engenharia. 

 

MÓDULO 3: 

A Fundição The Hijos de Zanetti aplica o Metal One para alcançar uma visão a 360º do seu negócio 

O objetivo fundamental da empresa é alcançar a satisfação total do cliente, para isso, existem os 

regulamentos  internos  de  segurança  e  ambiente,  que  são  respeitados.  Os  funcionários  são 

obrigados  a  ter  alta  eficiência  produtiva  e  a  trabalhar  com  qualidade.  As  tecnologias  que  a 

empresa  adquiriu  nos  últimos  anos  permitiram  oferecer  profissionalismo  e  experiência  na 

construção, acabamento e testes de produtos.  

Esta Fundição possui um software chamado Metal One, que é um módulo de SAP especializado e 

integrado  para  fundições.  Este  programa  permite  realizar  uma  rastreabilidade  total  de  cada 

elemento que apresenta um alto risco na produção. O uso deste software tem permitido que a 

empresa  tenha  toda  a  informação  do  processo  produtivo  em  tempo  real,  realizando  a 

monitorização de cada fase desde a projeção à faturação. Metal One é um software de gestão 

integrado no  SAP Business One desenhado especialmente para típicos processos de fundição por 

gravidade e fundição por molde permanente. Isto permite gerir todo o fluxo de produção, desde 

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a prototipagem até aos dados técnicos qualitativos e de processo de fusões, o ciclo ativo e passivo, 

planeamento de produção, logística, controlo de qualidade, administração e controlo de custos 

A implementação do software tem sido gradual mas o seu uso tem sido muito simples uma vez 

que o mecanismo de operação é compreendido pelos trabalhadores.  

 

MÓDULO 4: 

Taxa de refugo interno online  

O objetivo do projeto foi permitir a noção em tempo real das taxas de refugo e identificação dos 

defeitos mais importantes das peças. 

Com dois programas simples (um para inserção de dados e outro para análise de dados), podemos 

ter online e na hora as taxas de refugo reais, e isso permite ter uma análise mais rápida e completa 

dos defeitos das peças. Com o programa “SUCATAS”, o operador pode facilmente identificar as 

principais informações sobre o refugo de uma peça (data de vazamento, hora, referencia, molde, 

zona  do  defeito  na  peça  e  posto  de  trabalho  onde  foi  identificado)  e  em  conjunto  com  a  

informação interna sobre peças vazadas no programa “MÉTODOS” podemos analisar a taxa de 

refugo por um período de tempo, para uma placa molde , verificando  tendências,  quer por áreas 

ou por  molde, etc. 

Os resultados foram uma perceção mais rápida e mais fácil da evolução da redução das taxas de 

refugo. No futuro, a ideia será adicionar parâmetros de processo a este programa para melhorar 

e agilizar a análise das taxas de refugo. 

 

MÓDULO 5: 

OLIMPO 

O objetivo deste estudo foi garantir a consistência na obtenção de um produto final "perfeito", 

tendo em conta os padrões definidos pelo cliente. A Sakthi Portugal desenvolveu internamente, 

em  2001,  uma  plataforma  onde  todos  os  dados  relevantes  do  processo,  nomeadamente  o 

processamento e  temperaturas de vazamento, composições químicas,  características da areia, 

etc., são automaticamente recolhidos. Na mesma plataforma também são recolhidos todos os 

resultados do  controlo do produto e parâmetros de operação dos equipamentos do processo 

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produtivo.  Atualmente,  o  aplicativo  recebe  aproximadamente  300.000  resultados  diários 

correspondentes a mais de 400 parâmetros de processo cobrindo todo o processo de produção. 

O objetivo da criação deste banco de dados, chamado Data‐Pro, está na possibilidade de criar 

mecanismos para garantir: 

Rastreabilidade, permitindo conhecer, a qualquer momento, as condições de produção 

de um componente. 

Monitorização,  permitindo  recolher os dados e  sistematicamente  compará‐los  com os 

padrões definidos e, em caso de desvios, sua correção imediata. 

Formação dos utilizadores, através da disponibilidade permanente de informações. 

Pesquisa, criando um conjunto de dados que permita o estudo de tendências. Otimização 

do processo, redução de consumo específico e da não qualidade. 

Preservação do conhecimento dentro da empresa. 

A  implementação da base de dados Data‐Pro e a utilização deste conjunto de dados de forma 

correlacionada, permitindo que a empresa trabalhe numa filosofia de melhoria contínua, com a 

consequente entrega ao cliente de um produto “perfeito” onde o objetivo é zero defeitos. 

 

MÓDULO 6: 

Realidade Aumentada  

O objetivo do estudo foi economizar tempo e aumentar a segurança. A fábrica da Volkswagen em 

Navarra deu vários passos em direção à Indústria 4.0. Assim, em novembro de 2015, obteve o 

primeiro lugar na segunda edição do Volkswagen Innovation Awards com uma aplicação baseada 

em Realidade Aumentada, desenvolvida em conjunto com a start‐up IAR (também de Navarra). 

Essa  tecnologia  agrega  valor  quando  se  trata  de  "localizar  informações  no  espaço".  Possui 

potencial especial na área de manutenção de fábricas. O seu software pode indicar ao técnico o 

ponto  exato  em que  a  peça pendente  de  reparação  está  localizada,  com um  rótulo  virtual.  A 

fábrica de Navarra adicionou no final de 2016 mais uma experiência com realidade virtual. Em 

setembro,  a  fábrica  incorporou  óculos  de  realidade  virtual  para  treinar  a  sua  equipa  no 

Volkswagen Polo. Nesse momento, 250 pessoas usaram essa tecnologia. 

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A Realidade Aumentada, instalada num tablet, permite, por meio de etiquetas virtuais incluídas 

no quadro elétrico, obter  informações  sobre a  infraestrutura,  economizar  tempo numa avaria 

(porque impede que o trabalhador tenha que consultar as informações técnicas) e aumentar a 

segurança (precisão dos sinais). A ferramenta permite identificar rapidamente as operações de 

manutenção  preventiva,  ter  todas  as  informações  no  local  de  trabalho  ou  aceder  os  dados 

técnicos  com  a  equipa.  O  sistema  também  permite  visualizar  dados  em  tempo  real  do 

equipamento  identificado  através  da  comunicação  com  sistemas  de  controlo  existentes.  A 

identificação dos equipamentos é feita através de etiquetas personalizadas, códigos QR, silhuetas 

próprias do equipamento ou geolocalização. 

Com óculos de realidade virtual, os trabalhadores podem ver a parte externa do carro, abrir e 

fechar as portas e ter acesso ao interior. Dentro do carro, eles podem simular que ligam o motor 

e o rádio e, de acordo com a posição que estão a adotar, têm a possibilidade de visualizar espaços 

específicos, por exemplo, o interior do corpo. 

 

MÓDULO 7: 

Medição de dimensões críticas + inspeção final de peças através de visão artificial 

O objetivo deste estudo foi  fornecer defeitos  'zero' garantindo as dimensões das peças para o 

setor  automóvel.  O  desenvolvimento  e  implementação  de  uma  segunda  versão  de  célula 

autónoma de inspeção final de peças de alta responsabilidade através de um sistema de visão 

artificial, com medição de dimensões críticas, que garantem a aderência correta das peças por um 

sistema automático similar que alimenta as linhas de maquinação automática do cliente. Ainda 

não há resultados porque a célula está atualmente em operação. 

MÓDULO 8: 

Monitorização continua da qualidade do  fluido hidráulico de água e glicol para uma célula de 

fundição sob pressão 

O  objetivo  deste  estudo  é  instalar  sensores  para medir  continuamente  a  qualidade  do  fluido 

hidráulico de água e glicol. A maquina de fundição injetada tem um tanque com uma capacidade 

de 1.000 e 1.500 litros de fluido hidráulico de água e glicol. A má qualidade deste fluido pode 

causar desgaste nas válvulas e na bomba, portanto, provocar uma paragem do equipamento. O 

que  medir continuamente durante a produção: Quantidade de partículas de poeira, Viscosidade, 

Quantidade de fluido (devido à evaporação durante o trabalho). No caso de deteção de valores 

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fora  da  tolerância:  ‐  Bypass  on‐line  do  fluido  para  um  sistema  de  filtragem  automática  para 

garantir o óleo limpeza de partículas de poeira ‐ Ajuste automático da viscosidade e quantidade 

de água do fluido hidráulico. Os principais resultados observados foram: 

Aumento da vida útil do fluido água‐glicol 

Aumento de vida das válvulas e bomba da célula 

Ajuste automático sem paragem da célula 

Aumento do OEE da célula 

 

 

MÓDULO 9: 

Controlo automático de nível das lamas cerâmicas e areias  

O objetivo deste estudo foi eliminar as fissuras nas  paredes dos cachos  de cerâmica devido à 

espessura de  revestimento cerâmico insuficiente na região da copa de  vazamento, pensou‐se no 

desenvolvimento de um sistema automático para controlar o nível do leito fluidizado de  cerâmica  

no  tanque,  e  a    areia no pulverizador,  para  ter  sempre a mesma altura de mergulho no  leito  

fluidizado e assegurar a mesma quantidade de areia sobre o cacho  cerâmico. Para consegui‐lo, o 

nível do leito fluidizado / quantidade de chuva do pulverizador foi controlado (o nível da areia é 

detetado por sensores de proximidade). Se o leito fluidizado estiver fora dos limites especificados, 

o robô não funcionará e acionará um alarme para reabastecer o reservatório de areia. 

Este sistema foi agora implementado em apenas uma linha de cerâmica para avaliar o impacto de 

tal  atualização.  Foi  observada  uma  tendência  de  redução  dos  cachos  cerâmicos  fissurados. O 

próximo passo será a implementação de um sistema similar na segunda linha de cerâmica. 

MÓDULO 10: 

Robots Colaborativos 

O objetivo deste estudo é automatizar os processos de fabricação para que o robô trabalhe em 

conjunto com o empregado. Para atingir esse objetivo, o grupo industrial de Cadiz, especializado 

em  materiais  compostos,  entrou  totalmente  na  robótica  colaborativa.  As  indústrias  em  que 

trabalham, como a indústria aeroespacial e automotiva, são altamente tecnológicas, mas mantêm 

conotações de habilidade. 

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A ideia do projeto de robótica colaborativa da Carbures é que as máquinas cuidam de processos 

"tediosos e pesados" para as pessoas, como a verificação do produto. Para facilitar o trabalho, a 

empresa optou por que os funcionários pudessem programar as máquinas com total simplicidade. 

De  tal  forma  que  o  trabalhador  só  terá  que mover  o  braço  robótico  para mostrar  a  ele  que 

movimento ele deve fazer. "É muito simples, embora tenha muita complexidade", diz Moreno. Os 

resultados observados foram o aumento da competitividade, mantendo o nível de emprego nas 

fábricas. 

MÓDULO 11: 

PROJETO NIWE  

O principal objetivo do projeto NIWE é demonstrar o novo processo produtivo capaz de diminuir 

a energia dos produtos de fundição em 25%, reduzindo drasticamente a pegada de carbono. A 

demonstração foi levada a cabo com o alumínio, ferro e aço. 

A eficiência energética esperada é adquirida através da aquisição de um novo, forno, que devido 

a um sistema de transmissão baseado na indução, vai permitir uma produção altamente flexível. 

O aumento na flexibilidade de produção atende à atual variabilidade na procura por produtos de 

Fundição. A crise atual introduziu uma grande variabilidade na procura, que pode ser medida em 

termos de quantidade e diversidade dos produtos. Consequentemente, o custo da eficiência do 

processo sofreu uma enorme diminuição. 

NIWE  aborda  problemas  reais,  fornecendo  um  novo  forno  que  levará  a  energia  por  um 

acoplamento  indutivo.  Isto  irá providenciar uma muito  rápida  transmissão de energia da  rede 

para o forno.  

Esta energia será fornecida ao sistema de aquecimento, que, dependendo do material de fundição 

pode  consistir  em  resistências  ou  aquecimento  por  indução.  Esta  energia  será  fornecida  ao 

sistema de aquecimento, que, dependendo do material de fundição pode consistir em resistências 

ou aquecimento por indução. 

Os principais resultados deste estudo foram: 

Recomendações para novos processos e equipamentos 

Novo  desenho  integral  dos  processos,  materiais  e  equipamentos  de  alumínio, 

demonstrações de ferro e aço através de simulação. 

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Conceito novo e detalhado e metodologia para os processos de manufatura na indústria 

metalúrgica.  

Três protótipos de fornos serão testados incluindo o conceito NIWE  

Operation guides for the new processes and equipment. 

Definição de novos modelos de produção. 

MÓDULO 12: 

Uso de Tecnologia de informação na F. PALMIERI  

A fundição Palmieri S.p.A, é uma fundição de ferro que tem vindo a operar no setor à 40 anos a 

um  nível  europeu  e  nacional.  Graças  ao  compromisso  no  campo  da  investigação  e 

desenvolvimento, a empresa pode criar gitagens adequadas às necessidades mais avançadas dos 

clientes numa ampla variedade de materiais. 

A empresa estabeleceu o objetivo de alcançar seus objetivos de qualidade em relação a pessoas, 

métodos,  materiais  e  ambientes.  Também  visa  ter  uma  grande  flexibilidade  de  produção  e 

trabalha  constantemente  na  organização  de  recursos,  dinamismo  e  otimização  de  serviços 

oferecidos para enfrentar continuamente as mudanças do mercado e garantir o fornecimento, 

bem como um serviço de escritório e de planeamento. No campo tecnológico, a empresa realiza 

constantes  pesquisas,  estudando  repetidamente  os  procedimentos  a  serem  realizados  e 

utilizando as mais recentes tecnologias do mercado para obter os melhores resultados em termos 

de qualidade e tempo de produção. 

A empresa tem numa vasta experiência em design 3D graças ao uso de sistemas CAD, usando IGES 

ou STEP para isso. Para a programação do equipamento, a base é sempre o arquivo enviado pelo 

cliente,  em  seguida,  utiliza  as  ferramentas  CAD  /  CAM  para  sua  produção.  Os  sistemas  de 

simulação são utilizados para visualizar o processo de  fusão, que permite analisar parâmetros 

como enchimento, alimentação, solidificação e resfriamento. Portanto, esses dados são a base 

para a análise de modos e efeitos (FMEA) em caso de erro e para a definição do plano de controlo 

de cada objeto. 

Os  laboratórios da empresa são utilizados e disponibilizados ao cliente para controlar todas as 

etapas do processo de produção. Existe a possibilidade de realizar uma análise química com um 

espectrômetro de emissão ótica, controlo dimensional por meio de um braço de medição com 

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uma sonda e com uma varredura tridimensional (comparação com modelos), micrografia com um 

microscópio Olympus e análise da mecânica características  (tração, compressão). Os controlos 

são  realizados  nas  amostras  e  lotes  entregues,  utilizando  ferramentas  genéricas  ou  testes 

realizados com ferramentas e equipamentos especializados. Os controlos disponíveis são: teste 

por ultrassons, testes de penetração, exames visuais e testes de viabilidade. 

Graças às ferramentas CAD, a cooperação entre a empresa e o cliente é facilitada. Os sistemas de 

simulação  permitem  uma  análise  precisa  e  melhoram  a  responsabilidade  dos  processos  de 

produção  e  produtos  acabados.  Além  disso,  eles  otimizam  o  prazo  de  entrega  e  o  tempo  de 

lançamento no mercado. Certificações de qualidade ambiental e de produto foram obtidas. 

MÓDULO 13: 

Melhoria de processos através do Sistema de Gestão do Tipo Lean – IPSML 

Os principais objetivos do estudo foram: 

Diversificação da produção de novos produtos, mesmo se a solicitação for para pequenas 

séries de fabrico, aumentando a carteira de clientes e atraindo novos clientes; 

redução dos tempos de preparação e implementação para o fabrico de novos produtos 

Redução da duração da conceção dos moldes

Otimização e eficiência das tecnologias de Fundição através do aumento da velocidade 

de  mudança  dos  modelos  de  acordo  com  as  correções  resultantes  das  fundições 

experimentais; 

Diminuição da percentagem de produtos defeituosos.

 

O  projeto  consistiu  na  reorganização  da  preparação  da  fabricação:  desenvolvimento  dos 

documentos, formação dos modelos, aprovação da tecnologia etc. 

A análise de marketing mostrou que a empresa tem duas categorias de clientes: 

1. Clientes  tradicionais que encomendaram peças do mesmo  tipo por muitos anos,  em que o 

processo de  produção  é maduro,  a  preparação da  fabricação  é  verificada  e  homologada  e  os 

clientes ficam satisfeitos com os produtos entregues. 

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2. Clientes que  solicitam novos produtos para os quais é necessária uma nova preparação de 

fabricação. 

Nesta categoria existem dois tipos de clientes: 

aqueles que projetam desenhos para os produtos solicitados 

aqueles que não  têm desenhos para as peças necessárias, especialmente aqueles que 

precisam de peças  suplentes para  ter  certas máquinas  e  equipamentos  reparados,  de 

modo que tenhamos que desenhar um modelo depois dessa peça. 

Com base na análise destinada a atender a  satisfação do cliente em um tempo relativamente 

curto,  precisávamos  encontrar  uma maneira  de  reduzir  o  tempo de preparação da produção. 

Portanto, compramos um scanner 3D e uma impressora 3D. 

Os principais resultados foram: 

Atualização  do  departamento  de  design  tecnológico,  integrando  o  processamento  da 

documentação no sistema CAD;

Redução  do  tempo  de  resposta  ao  cliente  por  redução  do  tempo  de  preparação  da 

fabricação  em  mais  de  80%,  especialmente  pela  redução  do  tempo  de    conceção  e 

execução do molde.

Melhorar  a  qualidade  dos  produtos,  simplificando  os  procedimentos  de  correção  da 

tecnologia de fundição.

Redução de perdas, aumentando a produtividade e garantindo a qualidade consistente 

do produto.

Aumento  da  flexibilidade  na  rápida  assimilação  de  novos  produtos  para  atrair  novos 

clientes.

Diversificando a gama de produtos em mais de 40%. 

MÓDULO 14: 

Implementação de segurança cibernética na fábrica. 

Os principais objetivos deste estudo foram: 

Aumentar a consciencialização dos trabalhadores sobre os riscos cibernautas 

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Auditorias internas para identificar os riscos de segurança nos procedimentos internos e 

fluxos de dados.  Uma compreensão profunda do negócio. 

Identificar os sistemas de maior risco. 

Testes de penetração para identificar os riscos de segurança cibernética nos sistemas de 

informação. 

Estratégias para desenvolver a estratégia de mitigação do risco cibernético.  

Os Empregados negligentes não são a causa para as falhas na segurança cibernética nas empresas. 

Os trabalhadores menos preocupados e as palavras‐passe fracas, conjuntamente com políticas 

precárias relativamente às palavras‐passe da empresa,  levaram a um aumento nos ataques de 

piratas  informáticos e outras violações. Por esse motivo,  iniciamos um programa de  formação 

com gestores e chefes de equipa para aumentar a consciencialização sobre o risco de segurança 

cibernauta. Os principais resultados deste estudo foram o desenvolvimento de um conjunto de 

protocolos,  políticas  e  recomendações  sobre  segurança  cibernauta  que  ajudam  a  empresa  a 

mitigar o risco de segurança cibernauta. 

   

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4. BIBLIOGRAFIA  

Tangible Industry 4.0: a scenario‐based approach to learning for the future of production, Selim Erola, Andreas Jägera, Philipp Holda, Karl Otta, Wilfried Sihna (2016) 

Industry 4.0: are you ready?, Deloitte Review (2018) 

Industry 4.0 at McKinsey’s model factories, McKinsey (2016) 

Industry 4.0: Building the digital enterprise, PWC (2016) 

Europe’s Future: Reflections of the RISE Group; European Commission, 2017 

Foundry Industry 2020: Trends and Challenges. IKB Deutsche Industriebank AG (2015) 

Industria metalmecánica. Informe sectorial. Cofinanciado por la Unión Europa (2014) 

La transformación digital de la industria española. Informe preliminar. Ministerio de Industria, Energía y Turismo (2014) 

http://www.spri.eus/es/basque‐industry/ 

http://www.industriaconectada40.gob.es/Paginas/index.aspx 

Industria 4.0 Italy’s National Plan For Industry: http://www.sviluppoeconomico.gov.it/images/stories/documenti/INDUSTRIA‐40‐NATIONAL%20PLAN_EN‐def.pdf 

Italy’s National Plan Impresa 4.0 – results from 2017 – actions for 2018: http://www.sviluppoeconomico.gov.it/images/stories/documenti/impresa_40_risultati_2017_azioni%202018_rev_eng.pdf 

Italy: “Industria 4.0”: https://ec.europa.eu/growth/tools‐databases/dem/monitor/content/italy‐%E2%80%9Cindustria‐40%E2%80%9D 

http://www.foundry‐attr.ro/ 

http://webbut.unitbv.ro/teze/rezumate/2011/rom/RasinaMarianaCristina.pdf 

www.thewfo.ro

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5. Anexo I – Casos de Estudo  

 

FOUNDRY 4.0 CASE STUDY 

Country  Partner  Company   Number of workers  Sector 

SPAIN  AFV  GUIVISA/AMPO/OLAZABAL Y HUARTE    FOUNDRY 

Case Study Title: GALDA 4.0 PROJECT (ETORGAI 2015 PROGRAM) 

Contact person in the company: Rafael De la Peña García‐Franco /Mikel Mancisidor/Unai Larrea 

Objectives: 

Development of a short series mold manufacturing system without the need to use models 

Description: The development of this project aims to promote an alternative method to the manufacture of low / medium series pieces for which 

the lost model is currently used. The technology of the lost model has as main problems the application of less compaction on it at 

the risk of deformation or breakage and the generation of numerous waste during manufacturing that reduce the quality of  the 

manufactured parts, in addition to the emission of polluting gases for the environment. 

The new technology developed in the GALDA 4.0 project allows the manufacture of the moulds and cores by machining sand blocks 

previously manufactured without defined shape in the current mould boxes, thus avoiding the previous manufacture of the model 

that would later be lost. This machining is carried out after the definition of a new design strategy of the feeding systems and the 

partitions of the mould. Once the assembly of the mould is assembled, the process continues based on the standard manufacturing 

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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conditions  of  the  foundries  involved,  finishing  in  a  piece  with  characteristics  both  of  superficial  quality  and  of  internal  health 

comparable with the alternative processes currently existing in the market. Thanks to this, the manufacturing process of the moulds 

is reduced in one step, resulting in a significant improvement of the ripening periods and therefore of the delivery times. A clean, 

efficient and quality alternative to current methods. 

The companies participating in this project are AMPO (project leader), EUSKATFUND, GUIVISA, OLAZABAL and HUARTE, Thermal 

Quality Control Technologies and ZUBIOLA, as well as the IK4‐AZTERLAN and IK4‐IDEKO Technology Centres (both belonging to the 

RVCTI). 

Main results:  

It has been possible to manufacture three molds of dimensions close to 1000 * 1000 * 1000 mm and the corresponding cores without 

the need for permanent or disposable models. On the other hand, the final quality of the pieces obtained has been comparable to 

the pieces manufactured today in the market using more traditional methods. 

 

 

 

 

 

 

 

 

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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FOUNDRY 4.0 CASE STUDY 

Country  Partner  Company   Number of workers  Sector 

Italy Università Telematica 

Internazionale UNINETTUNO 

Fonderia Zanetti 23 

Various sectors (automotive, civil, industrial, marine) 

Case Study Title: The Hijos de Zanetti foundry applies Metal One to achieve a 360º vision of its business. 

Contact person in the company:  

Objectives:

The fundamental objective of the company is to achieve total customer satisfaction, for which the internal safety and environmental 

regulations  are  respected.  Employees  are  required  to  have  a  high  productive  efficiency  and  quality.  The  technologies  that  the 

company has acquired  in  recent years have allowed  it  to offer professionalism and experience  in  the construction,  finishing and 

testing of products. 

           

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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Description: This foundry employs a software called Metal One, which is an integrated and specialized module of SAP Business One for foundries. 

This program allows to carry out a  total  traceability of each element  that presents a high risk  in  the production. The use of  this 

software has allowed the company to have all the data of the productive processes in real time, carrying out a monitoring of each 

phase from the projection to the billing. 

Metal One is a management software that is integrated into SAP Business One designed especially for the typical processes of gravity 

castings and die‐casting. It allows managing the entire production flow, from prototyping to the qualitative and process technical 

data of mergers, the active and passive cycle, production planning, logistics, quality control, administration and control of costs 

The implementation of the software has been gradual but its use has been very simple once the mechanism of operation by the 

workers is understood. 

Main results: This solution has allowed the Zanetti children's smelter to obtain the maximum visibility of the production processes that are carried 

out in its activity, as well as to carry out a complete traceability of the processes with greater risk. Thanks to Metal One they have 

obtained a complete and updated vision of the business they carry out, being able to monitor all the phases in real time. In addition, 

this program allows them to guarantee safety and precision thanks to the quality and innovation that it brings. 

In this way, each time they produce a piece they can know where it has been produced, with what aluminium alloy, how it has been 

treated thermally, what cycle the piece has followed, if there have been problems in its production, etc. 

 

This data would be treated confidentially 

 

 

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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INDUSTRY 4.0 CASE STUDY 

Country  Partner  Company   Number of workers  Sector 

Portugal  APF  Funfrap, S.A.    Foundry 

Case Study Title: Online real scrap rates 

Contact person in the company: Sónia Almeida 

Objectives:Allow real time notion of scrap rates and identification of most influential defects on parts. 

Description: With two simple programs (one for data insertion and one for data analysis), we can have online and on time the real scrap rates, 

and that allows to have faster and complete analysis of the part defects. 

With the program “SUCATAS” the operator can easily identify the main information regarding the scrap of a part (Pouring date, 

time, model, pattern, area of the defect, and working station where it was identified), and in association with the internal 

information regarding poured parts in another program “METODOS” we can analyze the scrap rate for period of time, pattern 

plate, check for tendencies, incriminated areas or models, etc. 

 

Main results: Faster and more easily perception of scrap evolution. In the future, the idea is to add process parameters to this program to further 

improve and expedite the scrap analysis. 

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FOUNDRY 4.0 CASE STUDY

Country Partner Company Number of workers Sector

România SC ROMDINAROM SRL Zalău 80

Case Study Title:(Titlul studiului de caz)

Improving Processes through the Lean Management System ‐ IPLMS 

Contact person in the company:(persoana de contact din firmă)

 Eng. Florin BUCUR  

Objectives:

Designing the performance indicators, the monitoring and reporting methodology; reorganizing the production areas, thus managing 

to  reduce  areas  for  the  same  production  volume;  balancing  the  working  sectors’  load  and  consequently  increasing  efficiency; 

identifying the overloaded positions and training the staff to enable readiness of the labor force reserves; reducing defect rates. 

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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Description:(Descriere)

Established in 2004, ROM DINAROM S.R.L. is a privately owned company based in Zalău, Sălaj County (in the north‐west of 

Romania), which manufactures and trades ferrous and non‐ferrous cast products. Currently, after years of experience, ROM 

DINAROM S.R.L. is acknowledged as one of the major cast iron and steel casting companies for the rolling of non‐welded steel 

pipes, having a well‐defined position on the market, acquired through a competitive price‐quality ratio. ROM DINAROM has 

experienced a massive increase in orders, but also overtime hours in all departments. Process control was difficult, and although 

new projects were announced, they could not be engaged because of the lack of enough space and capacities. The defect rate was 

maintained at a relatively high level, without any impact on the customers, though. There was a lack of correlation between the 

casting and machining capacities of the semi‐finished cast parts.  

Consequently, the company's management has taken the decision of implementing a new management system in order to increase 

production and upgrade product quality. 

 

Implementation of Lean Program 

The company appealed to a team of specialists from the Cluj‐Napoca Technical University aiming to identify and implement 

an efficient management program;  

Following  the  assessment  of  the  current  situation  and  further  talks  related  to  the  issue,  the  management  decided  to 

implement a staged program, over a 6‐7‐month period, adapted to the context.   

The program was developed in 6 training modules which included the main elements of the Lean concept with examples on 

its application to the production of ROM DINAROM castings.  

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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The training component was achieved in attending by two of the company’s specialists, of the postgraduate course entitled 

"Sustainable Manufacturing of Cast Parts" organized by the Faculty of Materials and Environment Engineering of the Cluj 

Technical University in partnership with Moldovan Cast Producers Association in Romania, and the two training seminars 

conducted by the managerial team and the production managers. 

The analysis has identified several issues to generate deficiencies in the progress of the manufacturing process;  

These disfunctions were solved by equipping each production subunit with computer units connected to a server, which 

created a unique database to provide real‐time data from all key points  in the manufacturing process; the batch/casting 

base,  the  alloying  sector,  the  training  sector,  the  quality  control  of  the  semi‐castings,  the  thermal  treatments,  the 

machining sector etc. 

Upgrading  the  Chemical  Compliance Analysis  Laboratory  through  the  acquisition  of  a  new  chromatograph  for  the  rapid 

determination of the alloy chemical composition;  

Changing the refractory induction stove supplier for induction furnaces has been changed.  

Re‐organizing the molding area by purchasing two ground‐driven pivoting cranes; 

Installing a video tracking system for the main activity areas. 

Main results:(Principalele

rezultate)

Introducing the database management system (SGBD) enabled improvement of measuring performance indicators and the 

monitoring and reporting procedures; 

Re‐organizing the training area has resulted in a decrease by more than 25% of the area required for the same production 

volume; 

Balancing the sector workloads and correlating the manufacturing flows  in the three main sectors (semi‐finished casting, 

primary heat treatment and machining), has brought about increased efficiency;  

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Identifying the critical, overloaded working places and training of the staff to enable readiness of the staff reserves; 

Due to the spectral chromatographic for chemical composition analysis, chemical analysis of the materials can be performed 

in real time: from the metal load, of the batch during the production process, but also at the end of the molded parts, resulted 

a reduction of the defect rate by more than 50 % 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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INDUSTRY 4.0 CASE STUDY 

Country  Partner  Company   Number of workers  Sector 

Portugal  CINFU  Sakthi Portugal  545 Nodular Iron Casting ‐ 

Automotive 

Case Study Title: OLIMPO 

Contact person in the company: Jorge Fesch 

Objectives: Ensure consistency in obtaining a "perfect" end product, taking into account standards defined by customer. 

Description:  Sakthi Portugal has internally developed since 2001 a platform where all relevant process data, namely processing and pouring temperatures, chemical compositions, characteristics of the sand, etc. are automatically collected. In the same platform are also collected all the results of the product control and parameters of operation of the equipment of the productive process. Currently the application receives approximately 300,000 daily results corresponding to more than 400 process parameters covering the entire production process.            

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               On the same platform all the support documentation as well as all necessary instructions to carry out all control operations are available to the users:              

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                              ERASMUS + PROGRAMME  

  

  

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   The purpose of creating this database, called Data‐Pro, lies in the possibility of creating mechanisms to guarantee:  

• Traceability, allowing to know, at any moment, the conditions of production of a component. • Monitoring, allowing to collect the data and systematically compare them with the defined standards and, in case of 

deviations, their immediate correction. • The training of the users, by the permanent availability of information. • Research, by creating a set of data that allows the study of trends. • Optimization of the process, reduction of specific consumption and non‐quality. • Preservation of knowledge within the company.  

  Along with the data generated as outputs of the process, the platform also included the standards that must be fulfilled, in order to allow the creation of alarms in case of non‐compliance of a certain parameter of the process regarding the specifications.  

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                  The availability of this huge data set, allowed the company to realize that by associating this data with an artificial intelligence application, it could create knowledge and place it at the service of daily decisions for continuous improvement.  As a result, OLIMPO was created, based on the existent database as well as in algorithms created to correlate data, obtained after processing millions of data, allows not only all types of data processing, but also predict what results will be obtained in the products before they are even produced. Therefore from information of any value out of specification, OLIMPO will list possibilities of process correction to help the decision of the operator, allowing him to keep the standards of the quality required for the parts to be produced.    

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                      It is therefore an advanced predictive metallurgical analysis tool that, based on the data collected at the operations level, predicts the risk and provides the correction for the problem before it even occurs.       

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                     The data collected by DataPro has been extended to manufacturing operations where each of the thousands of moldings produced and cast daily is evaluated and validated individually and, in case of a defect, automatically segregated.  

Main results:The implementation of the Data‐Pro database and the use of this data set in a correlated way, within the framework of Olimpo, guarantee the company to work on a philosophy of continuous improvement, with the consequent delivery to the customer of a "perfect" product where the goal is zero defects. 

 

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FOUNDRY 4.0 CASE STUDY 

Country  Partner  Company   Number of workers  Sector 

Spain  FFE  Volkswagen    Automotive 

Case Study Title: Realidad Aumentada 

Contact person in the company: Gonzalo Medrano, Training responsible in Volkswagen Academy 

Objectives:To save time in a breakdown and to increase safety. 

Description:Volkswagen factory in Navarra, has taken several steps towards Industry 4.0. Thus, in November 2015, it obtained the first 

place  in  the  second  edition  of  the  Volkswagen  Innovation  Awards with  an  application  based  on  Augmented  Reality, 

developed  together with  the  startup  iAR  (also  from Navarra).  This  technology  adds  value when  it  comes  to  "locating 

information in space". It has special potential in the maintenance area of factories. Its software can indicate the technician 

the exact point where the piece pending of repair is located, with a virtual label. 

The  factory  of  Navarra  added  at  the  end  of  2016  another  experience with  virtual  reality.  In  September,  the  factory 

incorporated virtual reality glasses to train its staff in the Volkswagen Polo. At the moment, 250 people have used this 

technology. 

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Main results:The Augmented Reality, installed on a tablet, allows, through virtual labels included in the electrical cabinet, to obtain 

information about the infrastructure, save time in a breakdown (because it prevents the worker from having to consult 

the technical information) and increase safety (accuracy of the signals). 

The  tool  allows  you  to  identify  the  preventive maintenance  operations  at  a  glance,  have  all  the  information  in  the 

workplace or access the technical data with the team. The system also allows to visualize data in real time of the identified 

equipment through communication with existing control systems. The identification of the equipments is done through 

personalized labels, QR codes, the equipment's own silhouettes or geolocation. 

With virtual reality glasses, workers can see the outside part of the car, open and close its doors and access inside. Inside 

the car, they can simulate that they start the engine and the radio, and according to the position they are adopting, they 

have the possibility of pleasing specific spaces, for example, the interior of the body. 

 

For more information:  

https://www.volkswagenag.com/en/group/research/virtual‐technologies.html 

https://www.youtube.com/watch?v=UvmiS9mbKuw 

https://www.youtube.com/watch?v=s‐UBUW7d5bU 

https://www.automotivetestingtechnologyinternational.com/features/augmented‐reality‐enhances‐vw‐

development.html 

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https://www.ptc.com/en/product‐lifecycle‐report/volkswagen‐best‐practices‐in‐augmented‐reality 

http://nsynk.de/projects/volkswagen‐augmentedreality‐shows 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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FOUNDRY 4.0 CASE STUDY Country  Partner  Company   Number of workers  Sector 

SPAIN  AFV  BETSAIDE    FOUNDRY 

Case Study Title: Measurement of critical dimensions + final inspection of parts by artificial vision 

Contact person in the company: Pedro Gacetabeitia 

Objectives: Supply 'zero' defects assuring dimensions for Automotive 

Description: The main objective of this implementation is to supply the final product to the clients with zero defects. That could be normal, but the innovative part is that the company makes no defects product in order to earn money and time.  To  achieve  this  goal,  the  company  has  implemented,  developed  and  implemented  a  second  autonomous  cell  version  of  final inspection of parts of high responsibility through an artificial vision system, with measurement of critical dimensions, which ensure the correct grip of the parts by a similar automatic system that feeds the lines of automatic machining of the client. Thanks to this autonomous cell the parts are controlled during all the procedure and is easier to know where the company is missing and how to fix the problems of the process. This translates with time, to better process, less non‐acceptance parts, more satisfied customers and profit for the company.  

Main results: A cell currently in operation, thanks to which they are able to detect faults faster and can find solutions easier because they know 

when the process has failed.  

 

 

 

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INDUSTRY 4.0 CASE STUDY 

Country  Partner  Company   Number of workers  Sector 

Portugal  CINFU  Schmidt Light Metal, Lda  360 Aluminum HPDC Automotive 

Case Study Title: Continuous monitoring of the quality of the water‐glycol hydraulic fluid for a pressure die casting cell  

Contact person in the company: Joaquim Mendes 

Objectives: The purpose is to install sensors to measure continually the water‐glycol hydraulic fluid quality. 

 

Description: The die casting equipment has an oil tank capacity of 1.000 and 1.500 liters of water‐glycol hydraulic fluid.  The poor quality of this fluid can cause wear on the valves and the pump, therefore an equipment stoppage.    What to measure continually during production:  ‐ Quantity of dust particle   ‐ Viscosity  ‐ Fluid quantity (due to evaporation during work)   

 In case of detection of values out of tolerance:  ‐ On line bypass of the fluid to an automatic filtration system to guaranty the oil cleanness of dust particles   ‐ Automatic tuning of the viscosity and quantity of water of the hydraulic fluid.   

 

Main results:  

‐ Increase of the life of the water‐glycol fluid  ‐ Increase of life of valves and pump of the cell  ‐ Automatic tuning without cell stoppage  ‐ Increase of the OEE cell  ‐  

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FOUNDRY 4.0 CASE STUDY 

Country  Partner  Company   Number of workers  Sector 

Spain  FFE  Carbures    Automotive 

Case Study Title: Colaborative robotics  

Contact person in the company: Javier Moreno, general manager of Aerospace & Defense of Carbures  

Objectives:To automate manufacturing processes so that the robot works together with the employee. 

Description:To achieve this goal, the industrial group from Cadiz specialized in composite materials, has entered fully into collaborative 

robotics. The industries in which they work, such as aerospace and automotive, are highly technological, but maintain 

connotations of craftsmanship. 

The idea of collaborative robotics project of Carbures  is that machines take care of "tedious and heavy" processes for 

people, such as product verification. To facilitate the work, the company has opted for employees to be able to program 

the machines with total simplicity. To such an extent that the worker will only have to move the robotic arm to show him 

what movement he should do. "It's very simple, although it has a lot of complexity behind it," says Moreno. 

Main results:They are more competitive, while maintaining employment in their factories. 

 

For more information: 

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http://enblog.carbures.com/index.php/item/499‐carbures‐presents‐its‐collaborative‐robots‐at‐the‐ikn‐event‐about‐

industry‐4‐0 

https://www.youtube.com/channel/UCc‐4c0dZ0iYE34hOJmAS6Dw 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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FOUNDRY 4.0 CASE STUDY 

Country  Partner  Company   Number of workers  Sector 

SPAIN  AFV  CIRCE  213  RESEARCH 

Case Study Title: NIWE PROJECT  

Contact person in the company: JOSÉ LUIS VADILLO 

Objectives:NIWE project will demonstrate a new production process able to decrease the embodied energy of the foundry products by over 

25%, reducing drastically its carbon footprint. The demonstration will be performed in the aluminium, iron and steel sectors. 

Description: The expected energy efficiency gains are due to a new furnace that, by means of a power transmission system based on induction, will allow a highly flexible production. 

This increase on the production flexibility attends to the current variability of the foundry products demand. 

The current crisis has introduced a high variability in the demand, which can be measured in terms of quantity and diversity of the 

claimed products. The manufacturers are now forced: 

To start and stop many times their production chains 

Change the moulds and, the most important in energy penalty terms, 

To reheat many times big quantities of raw materials. 

Consequently, the cost efficiency of the process has suffered a high decrease. 

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NIWE tackles these actual and current problems by providing a new furnace that will take the power by an inductive coupling. This 

will provide a very quick power transmission from the grid to the furnace. This power will be supplied to the heating system, which, 

depending on the foundry material could consist on resistances or induction heating. 

The rapidity of the power transmission system, as well as the wireless operation, will allow the use of smaller and more flexible 

furnaces. This way,  the reserve of melted material  for  feeding  the moulds will be smaller, and therefore  the required energy  to 

maintain it melted. 

Main results: Recommendations for new processes and equipment. 

New integral design of processes, materials and equipment for aluminium, Steel and iron demonstrators through simulation. 

New detailed concept and methodology for manufacturing processes in the metallurgical industry. 

Three furnaces prototypes to be tested including NIWE concept. 

Operation guides for the new processes and equipment. 

Definition of new production models. 

 

 

 

 

 

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FOUNDRY 4.0 CASE STUDY 

Country  Partner  Company   Number of workers  Sector 

Italy Università Telematica 

Internazionale UNINETTUNO Fonderie Palmieri S.p.A  100 a 249   Mechanic 

Case Study Title: USE OF THE IT AT FOUNDRY PALMIERI 

Contact person in the company:  

Objectives:

Fonderie Palmieri  S.p.A has been operating  in  the  cast  iron  sector  for 40 years at  a national  and European  level.  Thanks  to  the 

commitment in the field of research and development, the company can create jets suited to the most advanced needs of customers 

in a wide range of materials. 

The  company  has  set  itself  the  goal  of  achieving  its  quality  objectives  in  relation  to  people,  media,  methods,  materials  and 

environments. It also aims to have a great flexibility of production and constantly works on the organization of resources, dynamism 

and optimization of services offered to continuously face the market changes and ensure supply, as well as an office and planning 

service. In the technological field, the company makes constant research efforts, repeatedly studying the procedures to be performed 

and using the latest technologies on the market to obtain the best results in terms of quality and production times. 

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Description:

The company has extensive experience in 3D design thanks to the use of CAD systems, using IGES or STEP for this. 

For  the programming of  the equipment,  the base  is  always  the  file  sent by  the  client,  then  it  uses  the CAD  / CAM  tools  for  its 

production. 

The  simulation  systems  are  used  to  visualize  the  fusion  process,  which  allows  analysing  parameters  such  as  filling,  feeding, 

solidification and cooling. Therefore, these data are the basis for the analysis of modes and effects (FMEA) in case of error and for 

the definition of the control plan of each object. 

The company's laboratories are used and made available to the customer to control all stages of the production process. There is the 

possibility of performing a chemical analysis with an optical emission spectrometer, dimensional control by means of a measurement 

arm both with a probe and with a three‐dimensional scan (comparison with models), micrography with an Olympus microscope and 

analysis of the mechanical characteristics (traction, compression). 

The controls are carried out in the samples and batches delivered, using generic tools or tests carried out with specialized tools and 

equipment. The available controls are: ultrasound, penetration tests, visual exams and feasibility tests. 

Main results:

Thanks to the CAD tools, cooperation between the company and the customer is facilitated. 

Simulation systems allow an accurate analysis and improve the liability of the production processes and finished products. Moreover, 

they optimize the lead time and time to market. 

Product and environmental quality certifies have been obtained. 

  

 

 

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FOUNDRY 4.0

CASE STUDY

Country Partner Company  Number of workers Sector

România SC TURNĂTORIA METALUL SRL Cluj‐Napoca

60

Case Study Title: (Titlul studiului de caz)

Process Improvement through the Management System of the Lean Type – IPSML

Contact person in the company: (persoana de contact din firmă)

Eng. Cristian ŢÎRLEA

Objectives:

Description:(Descriere)

Turnătoria Metalul /Metal Foundry is a company established in 1992, operating on the casting service market. This foundry produces pieces of cast iron, steel, aluminium and other types of foundry alloys.

To meet the needs and requirements of our clients, we produce objects to order made of cast iron, steel and other materials.

More than 60% of the production is currently exported, especially to France, but also to Germany and Italy, to customers who remained the same for more than 3‐4 years.

 More recently, in order to diversify our customer portfolio, we started producing molded parts, on the request of various customers, in relatively small series. The complex configurations of these pieces require extended production preparation implying longer delivery times for the products. For these reasons, we had to reorganize our manufacturing preparation by introducing a new modeling system and purchasing a printer and a 3D scanner. 

The project consisted in the reorganization of manufacturing preparation: developing the documents, forming the models, technology approval etc.

The marketing analysis showed that the company has two categories of customers:

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1. Traditional customers who have ordered pieces of the same type for many years, in which the production process is mature, manufacturing preparation is verified and homologated and the customers are satisfied with the products delivered.

2. Customers requesting new products for which new manufacturing preparation is required.

In this category there are two types of clients:

• those who design drawings for the requested products

• those who do not have drawings for the required parts, especially those who need spare parts to have certain machines and equipment repaired so that we have to draw a model after that piece.  

Based on the analysis aimed at meeting customer satisfaction in a relatively short time, we needed to find a way to shorten the manufacturing preparation time. Therefore, we purchased a 3D Scanner and a 3D Printer. 

Under these circumstances two variants are applied for the manufacturing preparation of the two cases. Case I ‐ The client has the CAD technical documentation, consisting of 3D drawings submitted in electronic format. In this situation, the technical compartment processes the part’s documentation according to the casting technology to be performed on  the  piece,  then  design  the  model  by  using  the  3D  printer  and  cast  the  trial  piece  for  technology  approval  to  be  checked dimensionally and qualitatively. In case the piece is appropriate, technology and manufacturing preparation are approved. If there are any dimensional inconsistencies or manufacturing defects, the technical documentation is returned, changes are made, after which the models are corrected on the 3D printer, then the process is resumed until the good piece is obtained.  Case II ‐ The client does not have CAD technical documentation and brings a piece/a part as a model. In this case, the piece is scanned on the 3D scanner, and basing on the results, the technical compartment draws up the technical documentation required for the 3D printing to make the casting model. After casting the model, the checking up and technology approval procedures are similar to those of the first case.

Main results:(Principalele 

rezultate)

Upgrading the technological design department by integrating the documentation processing into the CAD system; Reducing the assimilation manufacturing time by reducing the manufacturing preparation time by over 80%, especially by 

reducing the pattern timing. Improving the quality of products by simplifying the casting technology correction procedures. Reducing losses, increasing productivity and ensuring consistent product quality.

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Increasing flexibility in fast assimilation of new products to attract new customers. Diversifying the range of products by over 40%.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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FOUNDRY 4.0 

CASE STUDY 

Country  Partner  Company   Number of workers  Sector 

ROMANIA    Confidential  800  Industry 

Case Study Title: Cyber ‐ Security implementation in factory 

Contact person in the company: Confidential 

Objectives:

1. Increase employee awareness about cyber security risks  

2. Internal audit to identify the security risks in internal procedures and data flows. An in‐depth understanding of the business 

systems that are most at risk 

3. Penetration testing to Identify Cyber‐Security Risks in the information systems 

4. Strategize and develop a cyber risk mitigation strategy. 

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Description: Negligent employees are no. 1 cause of cybersecurity breaches in companies. Careless workers and poor passwords, followed by poor company password policies, have led to a rise in ransomware attacks and other breaches. For these 

reasons we started a training program with managers and team leader to increase the awareness about cyber security 

risk.  

In the company are a wide range of mobile devices (tablets) and Iots of Sensors. We tried to identify how this device are 

used and configured, if they are using a secure, encrypted channel to communicate with the server, if through this 

device external website can be accessed. We had discussion with al mid management to identify the following: 

● if they have a data protection procedure in the company 

● if they have any data recovery / disaster recovery protocols 

● if they know how data are stored  

● if there are any backup system 

● we have analyzed all ICT devices and equipment’s to see if all the patches and firmware upgrade has been 

applied, especially those which involve security risks  

We have analyzed all the data flows, to see how the data are collected, processed and stored and if every employee. 

Main results: We have developed a set of protocols, policies and recommendations regarding cyber security that help the company to mitigate 

the cyber security risk: 

‐ password management policy 

‐ access management policy 

‐ to implement a continuous adaptive protection, automate the process of detection risk  

‐ disaster recovery procedures 

‐ to setup a backup system 

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‐ to invest in elevating the skill level of the people responsible for cybersecurity defense; 

‐ to Separate and disinfect—insert a virtual layer between the internal network and the internet, allowing only for sending 

commands and showing display windows, and make downloadable files harmless by deleting areas where programs may 

exist or transform them into safe data, regardless if they are malicious or not. 

‐ To implement an ISO 2700 standard about security 

‐ To implement the GDPR regulation  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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5. Anexo II – Glossário de termos na Indústria  

This Glossary aims to provide definitions of terms relate to the Industry 4.0 paradigm, useful to 

better understand the contents of the Guide. 

 

3D Printing 

A specific additive manufacturing technology, however, this term has gained common usage to 

describe  all  manner  of  additive  manufacturing.  See  Additive  Manufacturing.  [Source: 

Manufacturing USA] 

Additive Manufacturing 

The construction of complex three‐dimensional parts from 3D digital model data by depositing 

successive layers of material. Metal, polymer, and ceramic materials can be used to manufacture 

parts of a geometry that often cannot be produced by any other manufacturing technology. The 

names  of  specific  additive  manufacturing  technologies  include:  3D  printing,  layered  object 

manufacturing,  selective  laser  sintering,  selective  laser melting,  LENS,  stereolithography, and 

fused  deposition  modeling.  Synonyms  include  layered  manufacturing,  solid  freeform 

manufacturing, direct digital manufacturing, rapid prototyping. [Source: Manufacturing USA] 

Advanced Manufacturing 

Use of  innovative technologies to create existing products and the creation of new products. 

Advanced  manufacturing  can  include  production  activities  that  depend  on  information, 

automation, computation, software, sensing, and networking. [Source: Manufacturing USA] 

Agile Manufacturing 

Tools, techniques, and initiatives (such as lean and flexible manufacturing) to help a plant and/or 

organization  rapidly  respond  to  their  customers,  the  market,  and  innovations.  It  can  also 

incorporate “mass customization” concepts to meet unique customer needs as well as "quick 

response manufacturing"  to  reduce  lead  times  across  an enterprise.  [Source: Manufacturing 

USA] 

Artificial Intelligence (AI) 

The term Artificial Intelligence refers to programs which map human intelligence by deploying 

cognitive technologies – for example, by speech control or machine learning. AI programs are 

independent and are based on the recognition of patterns which on the basis of the analysis of 

behavior and habits allow them to align themselves to the individual users. Artificial Intelligence 

or "virtual agents" are deployed in objects of daily use (for example, security mechanisms in the 

car to prevent microsleep). But they are also used in industry, for example, in robots used for 

process management or production. [Source: LBBW] 

 

 

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Augmented Reality (AR) 

The  term  relates  to  a  computer‐based  extension  of  human  perception.  The  respective  real 

experience is enriched by additional virtual information or the opportunity for interaction. A key 

function in augmented reality  is played by cameras which now can be integrated into a wide 

range of mobile devices to give the user a view on the real world and on multimedia contents 

on a parallel basis. The user perceives augmented reality via an optical head‐mounted display, a 

smart phone monitor or also special data gloves. [Source: LBBW] 

Beacons 

Low‐cost devices that communicate with smartphone apps indoors, without the need for GPS. 

Beacons  use  BLE  and  are  key  enablers  for  the  smart  retail  category,  triggering messages  as 

consumers pass through locations or near products. [Source: AERIS] 

Big Data 

With technology progressing, more and more devices are being connected to the Internet. The 

resulting  enormous  volume  of  unstructured  data  sets  is  analyzed  and  assessed  using  data 

management platforms – traditional software for data processing cannot cope with the huge 

data volumes. With the appropriate analysis tools, big data can help companies to optimize their 

processes, determine trends and address customers in a targeted fashion. [Source: LBBW] 

Bluetooth 4.0 (BLE) 

The latest iteration of Bluetooth, also called Bluetooth Low Energy (BLE). It offers lower power 

use for portable devices and new profiles including Bluetooth Mesh, a Bluetooth topology that 

allows devices  to be connected together,  sending/repeating commands  from the hub to any 

connected device. Apple’s iBeacon is an example of a BLE application, and BLE as many potential 

uses for IoT devices. [Source: AERIS] 

Cloud/Cloud Computing 

In principle, cloud computing covers all activities taking place via an online service, e.g. sending 

e‐mails, processing documents via an online platform and saving them there, playing videos or 

analyzing data. What is meant is an IT infrastructure which makes it possible for data to be saved 

on decentralized computer systems via internet and in principle to be available at any time at 

any place as long as there is an internet connection. Thus a cloud provider offers a complete 

working  place  in  virtual  form  –  computer,  memory,  platforms  and  software  applications  – 

creating a high degree of flexibility for each user. [Source: LBBW] 

Cyber Physical Systems (CPS) 

CPS are objects which have embedded software and electronics connected to each other in a 

system,  for  example,  robots,  drones  and  other  movable  machines.  This  way  physical  and 

mechanical  objects  and  processes  are  connected  with  software‐controlled  objects  and 

processes – with the real and virtual worlds converging. CPS can be used for traffic control or for 

managing intelligent electricity networks. [Source: LBBW] 

 

 

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Cyber Physical Production System (CPPS) 

If  Cyber  Physical  Systems  (CPS)  are  used  in  production,  then  the  designation  is  CPPS.  In 

intelligent  production,  the  CPPS  unit  controls  itself.  It  can  make  decisions  on  the  basis  of 

individual parameters ‐ does the relevant function/capacity exist for the requested version of 

the product? Accordingly the implementing system is controlled by the CPPS, which at the same 

time  monitors  production.  An  example  for  deployment  is  avoiding  measurement  errors, 

securing uniform quality and streamlining the entire process. [Source: LBBW] 

Digital Manufacturing 

Aims  to  improve  product  design  and  manufacturing  processes  across  the  board  seamless 

integration of  information technology systems across the supply chain. Digital manufacturing 

focuses on  reducing  the  time and  cost of manufacturing by  integrating and using data  from 

design, production, and product use; digitizing manufacturing operations to improve product, 

process,  and  enterprise  performance,  and  tools  for  modeling  and  advanced  analytics, 

throughout the product life cycle. [Source: Manufacturing USA 

Edge Computing 

The “edge” is where the physical world meets the digital world. In IoT terms, the edge is where 

a  sensor’s  or machine’s  data  in  voltage  or  current  is  turned  into  the  ones  and  zeros  that  a 

computer needs to process it. Edge computing means filtering or processing that data directly 

in  devices  like  programmable  automation  controllers  (PACs)  located  at  the  edge,  so  that 

intermediary gateways and software are not required. Processing data before it is sent to the 

cloud reduces traffic on networks and the Internet by reducing the amount of data sent. It also 

increases efficiency, security, and compliance. [Source: OPTO22] 

Fog Computing 

Similar to edge computing,  fog computing takes the analogy of  the cloud and brings  it down 

closer to the physical world: fog. Typically fog computing is using computing power in a fog node 

or  IoT  gateway  to  filter or process data  and  then  send only  the  required data  to  the  cloud. 

[Source: OPTO22] 

Internet of Things (IoT) 

The IoT consists of physical objects which can communicate with each other via internet. The 

connection is made via integrated microchips which allow a unique identifier of the device in 

the  network.  An  example:  Appropriately  equipped  printers  can  order  printer  cartridges 

automatically once the ink level reaches a critical value. This communication can be understand 

using  the  example  of  the  "smarthome"  where  several  or  all  household  devices  are 

interconnected, the fridge independently reports used food via the smartphone or the user can 

switch on the heating using the tablet before he comes home. [Source: LBBW] 

Lean Manufacturing 

A manufacturing  practice  that  aims  to  reduce wasted  time,  effort  or  other  resources  in  the 

production process. [Source: Manufacturing USA] 

 

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Machine to Machine (M2M) 

M2M  denotes  the  largely  automated  communication  between  devices,  such  as  machines, 

automatic machines, vehicles and measuring units. Exchange takes place via internet or mobile 

phone and  is used  in medical engineering,  facility management or  in automated production. 

M2M  is  used  for  remote  maintenance  and  monitoring  of  machines,  the  use  of  automatic 

machines  such  as  mobile  pay  terminals  or  mobile  transfer  of  consumer  data.  M2M  brings 

together information and communication technology. [Source: LBBW] 

Radio Frequency Identification (RFID) 

RFID devices are chips which communicate with a reading device using an electromagnet field. 

Like a barcode or a magnetic strip, the chips contain information which can be obtained using a 

scanner. This  information can also be  recorded over  large distances. Chips are often used  in 

storage as objects marked in such a way can be localized at any time. [Source: LBBW] 

Smart Factory 

A  Smart  Factory  is  a  production  facility  in  which  the  production  processes  are  optimized 

automatically and managed via network machines. Individual tools contain – for example using 

RFID chips – information that can be read by other machines. One of the advantages of Smart 

Factories is that they can manufacture small lot sizes efficiently or even on a specially customized 

basis. [Source: LBBW] 

Smart Manufacturing 

Aims  to  reduce manufacturing  costs  from  the perspective of  real‐time energy management, 

energy  productivity,  and  process  energy  efficiency.  Initiatives  will  create  a  networked  data 

driven  process  platform  that  combines  innovative  modeling  and  simulation  and  advanced 

sensing and control. Integrates efficiency intelligence in real‐time across an entire production 

operation with primary emphasis on minimizing energy and material use; particularly relevant 

for energy‐intensive manufacturing sectors. [Source: Manufacturing USA]