Informe Diversidad Cultural

7/25/2019 Informe Diversidad Cultural

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PORTUGUES BASICO III

ANAMILE NARRO ESTRADA

DAYANA VALENCIAPEZO

DIVERSIDADE CULTURAL

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INDICE

1. INTRODUO........................................................................................................................12. ABORDAGENS DA DIVERSIDADE CULTURAL..................................................................0

4. DIVERSIDADE CULTURAL E DESENVOLVIMENTO..........................................................36. DEFESA DA DIVERSIDADE CULTURAL NO BRASIL........................................................3

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1. INTRODUO

A maior parte das sociedades contemporneas so multiculturais, multitnicas oumestias, o que sini!ica di"er que se caracteri"am p#r uma enorme $ariedade deidentidades sim%&licas e e'pressi$as. Esta a!irmao se aplica (s na)esamericanas que se !ormaram a partir da e'panso comercial europia do sculo

*+I, quando culturas milenares e radicalmente distintas !oram protaonistas doque se constituiu em uma das mais e'traordinrias e tricas e'peri-ncias deencontro de ci$ili"a)es da ist&ria da umanidade. A partir daquelesacontecimentos, os po$os que $ieram a !ormar o Novo Mundo t-m/secon!rontado com uma enorme di$ersidade de re!er-ncias para de!inir os seusmodos de insero em suas sociedades e os seus modelos de $ida. Essadi$ersidade resultante da rande $ariedade de e'peri-ncias e de reali"a)esumanas produ"idas p#r esses po$os e %aseia/se na sua ist&ria, nas suastradi)es e em seus idiomas, en$ol$endo p#r iual o que se costuma desinarcomo cultura erudita e cultura popular.

s so%re$i$entes de po$os aut&ctones, a e'emplo dos indenas, os europeusconquistadores, os m!"#$o! oriinados dos cru"amentos entre essesarupamentos oriinais, os di!erentes rupos reliiosos, os descendentes dea!ricanos !eitos escra$os ou de imirantes que cearam como tra%aladores nossculos seuintes, do mesmo modo que as minorias resultantes de di!erenas ede 2pre!er-ncias2 se'uais e comportamentais / todos con$i$em, em di!erentesraus, compartilando um leado etero-neo de $alores, pluralismo,comportamentos e atitudes que !ormam a sua di$ersidade cultural. oucose'emplos so compar$eis ao di$ersi!icado mosaico cultural que, nos 4ltimosquinentos anos, !ormou/se nas Amricas. A di$ersidade cultural do continentere!ere/se, portanto, a uma ampla $ariedade de e'peri-ncias que est na %ase dacriati$idade e da sinularidade de seus po$os.

Esta a ra"o porque o panorama social e poltico contemporneo das Amricasest to dominado p#r demandas de reconecimento p4%lico de m4ltiplase'press)es sim%&licas, !req5entemente tradu"idas na a!irmao de no$os e$elos direitos de cidadania, cu6a nature"a $aria do reconecimento das ra"estnicas, reliiosas e culturais de rupos espec!icos 7 como os indenas ou osdescendentes de imirantes / at a $alori"ao dos leados materiais e imateriaisdei'ados como erana identitria dos rupos !ormadores das sociedadesnacionais.

E'presso da construo social de sentido dos modelos de $ida que os po$osadotam em sua tra6et&ria, a cultura reali"a/se atra$s de um mo$imentopermanente de mutao. #r isso, se a di$ersidade cultural um componente!undamental da ist&ria da maior parte dos americanos dos emis!rios Norte e8ul, su%metendo/os a uma intensa troca de perspecti$as de $ida, ela tam%men$ol$e um processo constante de construo e reconstruo das suasidentidades. A rique"a e a di$ersidade culturais dos americanos so e'emplos deque o !en#meno da cultura no e'iste !ora dos conte'tos em que se produ"em asidentidades e que essas so o seu su%strato mais pro!undo. No se trata de umade!inio tautol&ica, mas de uma re!er-ncia (s condi)es de possi%ilidade do


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pr&prio modo como o auto/reconecimento e a criati$idade dos po$os !or6ammodelos alternati$os de $ida.

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2. ABORDAGENS DA DIVERSIDADE CULTURAL

a$ano do conecimento umano permitiu tratar, pelo menos desde 9er&doto,da tare!a de quali!icar a enorme $ariedade de modos atra$s das quais osomens e as muleres do sentido ( sua e'ist-ncia coleti$a. Esse es!oro !oi tolone, nos 4ltimos dois sculos, que certos autores como Cli!!ord :eert"

sustentam que isso e'plica as tend-ncias de desen$ol$imento de disciplinascomo a antropoloia. Em !ace da necessidade de quali!icar e, ao mesmo tempo,de reconecer a rele$ncia da di$ersidade cultural, as ci-ncias do omema$anaram pelo menos em dois sentidos; p#r um lado, trataram de e'plicar a$ariedade de modos pelos quais os omens $i$em em sociedade atra$s demodelos te&ricos uni$ersali"antes, a e'emplo das e'plica)es de estiose$oluti$os, de comportamentos pan/umanos ou de estruturas transcendentais


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rela)es entre os po$os e'pressam, mais do que di$is)es polticas e econ#micas,um coque de ci$ili"a)es. A idia que este coque coloca em questo, menosas caractersticas e'ternas ou $is$eis de cada cultura, e mais o seu su%stratopro!undo, a e'emplo dos con!litos entre a cristandade ocidental e as relii)esortodo'as e muulmanas ou da oposio entre culturas m%'(!e sim%&licas eculturas )('#on(*#!"(!. 8o, portanto, as cosmo$is)es lo%ais que esto em

questo e no mais as suas mani!esta)es secundrias.

8eundo essa anlise, di!erente do que pressupuna o ponto de $istaantropol&ico, no !uturo pr&'imo no a$er omoenei"ao cultural ou umaci$ili"ao uni$ersal 4nica, mas um mundo caracteri"ado por di!erentesci$ili"a)es con!litantes. 8e a cultura tem capacidade e poder de uni!icar rupos,comunidades e sociedades lo%ais em !uno de sua !ora de coeso, admite/se, ao mesmo tempo, a sua $ocao para pro$ocar o en!rentamento deconcep)es que !a"em parte dos processos ci$ili"at&rios. A eneria $inculat&ria eareadora do !en#meno cultural resultaria, assim, em processos de identi!icaode rupos portadores de $alores contrapostos que, p#r essa ra"o, seriam

tam%m os atores por e'cel-ncia de processos dissociati$os de lara escala


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causa da tend-ncia de !uso de ind4strias culturais como a do audio$isual e dain!ormtica, a lo%ali"ao no s& ameaa as di!erenas culturais entre os po$osmas, criando meios no$os e mais eis de comunicao entre eles, suscita orisco de uni!ormi"ao culturalB essa uni!ormi"ao comprometeria as identidadesculturais e aluns autores acreditam que, por essa $ia, colocaria em questo apr&pria so%erania das na)es


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e'ist-ncia de certas condi)es pr$ias que, no caso da cultura, !oram tratadasmais de !orma neati$a do que positi$a, ou se6a, o desen$ol$imento pode ocorrersomente !e u(ndocertas peculiaridades culturais esto ausentes, dei'ando,assim, de operar como o%stculo estrutural ( sua ocorr-nciaB ou, pelo contrrio,quando condi)es muito particulares e'istem e condicionam a emer-ncia dodesen$ol$imento 'ico, Canad e dos Estados Snidos, oHrasil destaca/se p#r procurar desen$ol$er polticas espec!icas dereconecimento e $alori"ao da sua di$ersidade cultural. Em que pesemlimita)es importantes que ainda tem essas polticas, elas incidem, em di!erentesraus, pelo menos so%re quatro reas das rela)es entre a cultura e odesen$ol$imento; a= direitos de rupos tnicos e raciaisB %= patrim#nio ist&rico eculturalB c= ind4strias culturaisB e d= educao e tele$iso. %re$e relato de cadauma dessas reas !eito a seuir tem por o%6eti$o suerir linas de a$aliao do

seu impacto e de sua sini!icao para o desen$ol$imento cultural do pas.

D#)#"o /"n#'o! )('#(#!7 A escra$ido !oi a%olida pouco mais de um sculono Hrasil, mas os descendentes de neros tem sido istoricamente $timas deatitudes e comportamentos sociais discriminat&rios. Em%ora se reconeaamplamente que a !ace mais ra$e dessa discriminao a marinalidade sociale econ#mica em que se encontra a maior parte de neros e seus descendentesno pas, as primeiras medidas de com%ate ( discriminao racial adotadas desdemeados do sculo passado !oram de!inidas no campo leal e 6urdico. instrumento mais importante adotado pelo pas, nesse sentido, a camada ei

A!onso Arinos, de 1FG1, que pune com pena de priso a prtica de atos de

preconceito de raa ou de cor em ati$idades comerciais, educati$as, esporti$as ena concesso de empreo na administrao p4%lica e em ati$idades pri$adas.utros dois instrumentos leais, a ei Ca&, de 1FF, e a ei aim, de 1FFT,ampliaram a a%ran-ncia da ei Arinos, impondo penas de priso mais se$eraspara a discriminao ou preconceito de raa, cor, etnia, reliio ou proced-ncianacional praticados diretamente ou atra$s de propaanda de qualquer nature"a.

>ais recentemente, em 1F, a Constituio %rasileira de!iniu a responsa%ilidadedo Estado na proteo das ?mani!esta)es das culturas populares, indenas ea!ro/%rasileiras e das de outros rupos participantes do processo ci$ili"at&rionacional@. te'to constitucional especi!ica dois aspectos importantes para ade!esa da di$ersidade cultural; p#r um lado, arante o direito de acesso dapopulao ( sua cultura em sua di$ersidadeB p#r outro, asseura o direito departicipao das pessoas no processo criati$o e na e'presso da pr&pria cultura.Em conseq5-ncia disso, essa mesma Constituio reconeceu os direitosculturais e, pela primeira $e" na ist&ria do pas, pre$iu medidas de inclusosocial e econ#mica para os neros ao con!erir o direito de propriedade aosremanescentes de 0u#*omo!, isto , as comunidades de resist-ncia (escra$ido !ormadas enquanto ela !oi $iente no pas. A responsa%ilidade de!a"er o le$antamento das comunidades remanescentes e de quali!ic/las pararece%er os ttulos de propriedade de terras !oi atri%uda ( Kundao almares, o

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instituto do >inistrio da Cultura do Hrasil encarreado de promo$er a$alori"ao e o resate da cultura a!ro/%rasileiraB at o momento, isto , desde1FFG, !oram identi!icadas o!icialmente TU3 comunidades de remanescentes deVuilom%os espaladas pelo territ&rio %rasileiro, !oram reconecidas U erece%eram os ttulos de propriedade 0, mas de"enas de outras esto emprocesso de quali!icao e reconecimento no momento.

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