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Filiado a CUT, CNM e FEM Nº 907 3ª edição de junho de 2018 Rua Júlio Hanser, 140 Lageado - Sorocaba/SP CEP 18030-320 Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região Palestra Fernando Morais participa do Ciclo de Formação PÁG. 4 Qualificação Inscrições abertas para cursos em Piedade PÁG. 4 PPR Mais cinco empresas conquistam acordos PÁG. 3 Acidente de trabalho não é fatalidade! De fevereiro até este mês, perdemos cinco trabalhadores em empresas metalúrgicas de Sorocaba e região, que deveriam ter retornado para suas casas com saúde e em segurança! Se há algum risco do trabalhador sofrer acidente, seja leve, grave ou até fatal, ações devem ser tomadas! Não consta no contrato de nenhum trabalhador sofrer mutilações ou deixar a vida no trabalho. Notou alguma irregularidade na empresa em que trabalha ou sofreu qualquer tipo de assédio (15) 3334-5400 ou www.smetal.org.br/denuncie EDITORIAL E PÁG. 3 Divulgação

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Filiado a CUT, CNM e FEM

Nº 907 3ª edição de junho de 2018 Rua Júlio Hanser, 140 Lageado - Sorocaba/SP CEP 18030-320

Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região

PalestraFernando Morais participa do Ciclo de FormaçãoPÁG. 4

QualificaçãoInscrições abertas para cursos em PiedadePÁG. 4

PPR Mais cinco empresas conquistam acordosPÁG. 3

Acidente de trabalho não é fatalidade!

De fevereiro até este mês, perdemos cinco trabalhadores em empresas metalúrgicas de Sorocaba e região, que deveriam ter retornado para suas casas com saúde e em segurança!

Se há algum risco do trabalhador sofrer acidente, seja leve, grave ou até fatal, ações devem ser tomadas!Não consta no contrato de nenhum trabalhador sofrer mutilações ou deixar a vida no trabalho.

Notou alguma irregularidade na empresa em que trabalha ou sofreu

qualquer tipo de assédio

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Mas não podemos aceitar qualquer

condição de trabalho. Não podemos aceitar

uma “boca de porco”, que tem maquinário ultrapassado, sem

manutenção, jornadas exaustivas

Página 2 Folha Metalúrgica - Junho de 2018 - Ed. 907

Acidente de trabalho não é fatalidadeEm reportagem do jornal Cruzeiro do Sul, pu-

blicada no dia 23 deste mês, o coordenador regional do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), Paulo Cordeiro, afirmou que, em relação às mortes dos trabalhadores por acidente de traba-lho, neste ano, “aparentemente, os trabalhadores e empresas estão sendo omissos e displicentes em re-lação às normas de segurança”.

Como preconiza o art. 225 da Constituição Fe-deral, um meio ambiente sadio, pleno e global é um direito de todos e dever do Estado e da sociedade.

Mas, diante a aplicação da Reforma Trabalhista, que permite o trabalhador ser ainda mais explorado, e diante a crise social, política e econômica em que vive o país, nos causa indignação qualquer tentativa de responsabilização do trabalhador pelo acidente de trabalho, seja ele leve, grave ou fatal.

Com o governo golpista de Temer, o Brasil vol-tou a ter uma imensa massa de desempregados (o tal exército de reserva), o que aumenta ainda mais a pressão para o cumprimento de metas e as ameaças constantes de demissão. Faz com que o patrão jogue para cima do empregado o aviso “se não quiser as-sim, tem quem queira”.

Mas não podemos aceitar qualquer condição de trabalho. Não podemos aceitar uma “boca de por-co”, que tem maquinário ultrapassado, sem ma-nutenção, jornadas exaustivas. O Sindicato é uma

rial, que pega no pé das fábricas para terem eleições de CIPA, que entra com processo para a reintegra-ção do trabalhador lesionado.

É o sindicato que está nas portas das fábricas in-formando a categoria sobre os direitos e colocando propostas de negociações coletivas para votação, de forma democrática. Por parte do empresariado, o que há são metas para melhorar seus lucros. Eles não atuam pelo trabalhador. O Sindicato dos empre-sários é o Sindicato Patronal.

Por isso, nos questionamos se a intenção do de-poimento do coordenador regional do Centro de Referência do Trabalhador foi realmente essa publi-cada pelo Cruzeiro. Considerando a importância do Cerest, entendemos que foi um equívoco essa fala porque não podemos culpar os trabalhadores por negligência.

Se não formos juntos, não chegaremos a lugar nenhum. O trabalhador cumpre um contrato de tra-balho, mas não consta no contrato deixar a vida no trabalho, como nossa diretoria vem ressaltando. Nem consta no contrato sofrer mutilação, pressão, humilhação. Não podemos tolerar que abusos acon-teçam.

Acidente de trabalho não é fatalidade! Se há al-gum risco do trabalhador sofrer um acidente, provi-dências devem ser tomadas e qualquer irregularida-de deve ser denunciada.

editorial

entidade que a todo momento está lutando contra o retrocesso. Mas também por mais direitos e ga-rantias de uma vida digna.

Falar que a culpa é a “displicência” (a falta de atenção) do trabalhador, em caso de acidente, é omitir toda essa situação caótica do mundo do trabalho, na qual a elite empresarial tenta desmora-lizar o sindicato na ordem golpista atual.

É claro que os patrões não querem sindicatos fortes. É a nossa entidade que por exemplo luta pela valorização do PPR, que faz a campanha sala-

A Siderúrgica Jimenez, em So-rocaba, foi alvo de diligência da Justiça do Trabalho na terça-feira, 19, na qual foi constatada a venda irregular de maquinários que es-tão penhorados em ação judicial movida pelo SMetal.

Após vistoria do Oficial de Justiça, que foi acompanhada pelo jurídico e diretores do Sindi-cato, a fábrica foi advertida sobre a proibição judicial de retirada de outras máquinas do local e alerta-da que poderá ser responsabiliza-da pelo crime de desobediência.

De acordo a advogada do SMetal, Érika Mendes, os bens da siderúrgica foram penhorados pela Justiça após ação movida pelo jurídico da entidade para pa-gamento de dívidas trabalhistas

a ex-trabalhadores da empresa, além de garantir os direitos dos 34 funcionários que continuam empregados.

Dirigentes sindicais pediram que os trabalhadores fiquem aten-tos a qualquer movimentação dentro da empresa. “Se a empre-sa continuar com a intenção de vender os bens de forma irregu-lar, ela deve ser denunciada ime-diatamente”, frisou o dirigente do SMetal, Claudio Lopes (Jiló).

O jurídico está acompanhando de perto o processo e tem toma-do todas as medidas cabíveis. O metalúrgico da Jimenez que quei-ra esclarecer dúvidas, deve entrar em contato pelo (15) 3334-5401 e agendar um atendimento com o jurídico do Sindicato.

Jimenez é alvo de diligência da Justiça por vender máquinas penhoradas

jurídico SMetal

Jornalista responsável: Fernanda Ikedo

Redação e reportagem: Daniela Gaspari Fernanda Ikedo

Fotografia: José Gonçalves Filho (Foguinho)

Projeto Gráfico e Editoração: Cássio de Abreu Freire Lucas Delgado

ComunicaçãoSMetal

Folha Metalúrgica, Portal SMetal, Revista Ponto de Fusão,

redes sociais, comunicação visual e assessoria de imprensa

Sindicato do Metalúrgicos de Sorocaba e RegiãoRua Júlio Hanser, 140 - Sorocaba SP - www.smetal.org.br

Diretoria Executiva SMetal

Presidente Leandro Candido Soares

Vice-presidente Valdeci Henrique da Silva

Secretário-Geral Silvio Luiz Ferreira da Silva

Secretário de Administração e Finanças: Tiago Almeida do Nascimento

Secretário de Organização: Izídio de Brito Correia

Diretor Executivo: Francisco Lucrécio Junior Saldanha

Diretor Executivo: Antonio Welber Filho

Sede Sorocaba: Tel. (15) 3334-5400

Sede Araçariguama: Tel. (11) 4136-3840

Sede Iperó: Tel. (15) 99667-5418

Sede Piedade: Tel. (15) 3344-2362

Folha Metalúrgica Impressão: Bangraf Publicação: Semanal Tiragem: 20 mil exemplares

jogos do Brasil

Após dúvidas e denúncias de trabalhadores da categoria, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) esclarece os critérios adotados pela entidade sobre compensação de horas nos jogos do Brasil na Copa do Mundo da Rússia.Nas empresas que optarem por exibir as partidas na fábrica, para que o trabalhador possa acompanhar a Copa do Mundo e voltar ao trabalho após o término do jogo, não há compensação de horas.Já em casos de metalúrgicas que não terão produção e que o trabalhador ficará em casa por determinado período, a empresa deve negociar com o Sindicato,

para que a compensação das horas não prejudique os direitos dos trabalhadores. As propostas deverão ser aprovadas em assembleias.Qualquer irregularidade deve ser denunciada ao Sindicato.

Justiça: Após denúncia da venda das máquinas, SMetal foi acompanhar a vistoria

Fogu

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SMetal esclarece critérios de compensação de horas na Copa

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Trabalhadores de mais cinco empresas metalúrgicas da base do SMetal aprovaram acordo de Programa de Participação nos Re-sultados (PPR) na última semana: Dental Mo-relli, Inser, Vossloh Cogifer, Aluzinco e Reci-cla SP. Todas as propostas, negociadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos, tiveram aumento nos valores em comparação ao ano passado.

Na Dental Morelli e na Inser, o acordo é válido por dois anos e abrange todos os traba-lhadores, inclusive aprendizes e estagiários. As assembleias aconteceram na segunda-fei-ra, dia 18.

O valor conquistado de parcela fixa teve um acréscimo de 10% em relação a 2017 e, para 2019, o aumento previsto será de 10,35% em comparação ao de 2018. O cres-cimento total do acordo de PPR no período será de 21,39%.

Já na terça-feira, 19, o Sindicato esteve em Araçariguama para levar proposta de PPR aos metalúrgicos da Aluzinco e Recicla SP, que aprovaram por unanimidade. O valor

conquistado é 20,83% maior que em 2017.Além de PPR, os trabalhadores aprovaram

acordo de jornada 6x2, seis dias de trabalho por dois de descanso remunerado. Entre os itens negociados, estão: trabalhadores que rodam turno (ininterruptos) terão o adicional de 11 dias a mais de férias e de 14h remune-radas; já os funcionários da jornada fixa terão direito ao pagamento de hora extra (100%) nos feriados de Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Pais.

Também na terça-feira, dia 19, os traba-lhadores da Vossloh aprovaram proposta de PPR com 5% de crescimento em relação ao valor do ano passado com melhorias nas me-tas. A primeira parcela do PPR, de 50% do valor total, será paga em julho e a segunda, em fevereiro de 2019.

Todas as propostas são negociadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e se-guem os critérios aprovados em assembleia geral, realizada na sede da entidade no dia 9 de março.

De fevereiro a junho deste ano, cinco traba-lhadores da base do SMetal morreram por aci-dente de trabalho. Dois deles, neste mês.

No dia 15, um trabalhador morreu e outro fi-cou gravemente ferido, quando trabalhavam na construção de um galpão dentro da Metalur, em Araçariguama. Os nomes não foram divulgados pela empresa.

O dirigente sindical João Farani foi até a Meta-lur no dia do acidente para cobrar informações da empresa e para se certificar de que os trabalhado-res retornassem para a casa. Na segunda-feira, 18, ele e outros dirigentes do SMetal realizaram as-

sembleia e informaram os colegas que o sindica-to solicitou uma diligência do Ministério do Tra-balho para checar possíveis irregularidades, que podem colocar a vida dos trabalhadores em risco.

Infelizmente, outro acidente fatal ocorreu no dia 18. Ezir Ignácio de Oliveira, da empresa Usi-metal, de Sorocaba, manuseava o torno revolver quando foi puxado e morreu no local de trabalho.

Com 59 anos, Ezir estava próximo de se aposentar, mas não era registrado na empresa. O departamento jurídico do SMetal já solicitou a fiscalização do Ministério do Trabalho e está prestando todo apoio à família do trabalhador.

Página 3Folha Metalúrgica - Junho de 2018 - Ed. 907

basta de acidentes

SMetal conquista crescimento no PPR em mais cinco empresas

Em junho, dois trabalhadores morreram nos locais de trabalho

NEGOCIAÇÃO COLETIVA

CIPA: ferramenta para a segurança do trabalhadorDe acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) o Brasil é o quarto no ranking de mortes por acidente de trabalho. São 6,3 mil trabalhadores mortos por dia, o equivalente a 2,3 milhões por ano e essa situação pode piorar ainda mais com a Reforma Trabalhista, afirma a entidade.

“Por isso, mais do que nunca, a Comissão Interna de Prevenção a Acidente (CIPA) é fundamental para fiscalizar o ambiente de trabalho, mapear os riscos e cobrar ações efetivas que evitem qualquer acidente”, afirma o diretor executivo do SMetal, Antonio Welber Filho (Bizu), responsável pela pasta da saúde.

ELEIÇÕES As empresas Metalac, Dental Morelli, Wobben, ZF, Gerdau, Heller, Controlflex, TT Steel, Jaraguá, Intacta, Motopeças e Metso estão com eleições de CIPA. De acordo com Bizu, o sindicato já está indo para as portas das fábricas também para alertar os trabalhadores sobre a importância de participar da comissão. “A CIPA precisa de trabalhadores comprometidos na prevenção a acidentes, ou seja, preocupados com a preservação da saúde e da segurança de todos”, ressalta.

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Página 4 Folha Metalúrgica - Junho de 2018 - Ed. 907

ciclo de formação

“O que eles querem é acabar com o Brasil”Mais do que convencido da inocência de Lula, Fernando Morais - em palestra no SMetal - desmonta o esquema dos setores que arquitetaram o golpe

Jornalista desde os 14 anos e escritor de livros como “Olga”, “A Ilha”, “Chatô” e “O Mago”, Fernando Morais, 71 anos, fez palestra nesta ter-ça-feira, 26, no Ciclo de Formação do SMetal.

Atualmente, contratado pelas editoras Penguin e Cia das Letras, ele escreve um livro sobre o ex--presidente Luis Inácio Lula da Silva, com quem tem amizade há mais de 40 anos.

Assim que chegou ao sindicato, Fernando con-tou à imprensa do SMetal que está na fila para visitar Lula, na prisão em Curitiba, e que nesse mesmo dia da palestra enviou uma carta com um quebra-cabeça do estádio do Corinthians ao amigo.

A palestra, que contou com um público de aproximadamente 200 pessoas, incluindo admira-dores do escritor de outras cidades, como Bauru. teve como tema “O Brasil acabou”?

Para Fernando Morais, que prestou depoimen-

to ao juiz Sérgio Moro como testemunha de Lula, está claro que o presidente golpista Michel Temer foi apenas um “peão” do golpe, arquitetado por setores da justiça, da mídia, mas principalmente pelos que se beneficiam do capital financeiro.

Após o fim do mandato de Lula na presidência da República, Fernando acompanhou o ex-presi-dente em palestras mundo afora, aproveitando a tranquilidade das viagens de avião para as entre-vistas de seu próximo livro.

Para o Brasil ser Feliz de Novo, o escritor pre-ga que cada um faça o que estiver ao seu alcance na defesa da democracia. Ele elogiou o Ciclo de Formação do SMetal que vem promovendo deba-tes e reflexões sobre os rumos do país.

A palestra foi transmitida ao vivo pelo blog do escritor (Nocaute - Blog do Fernando Morais) e pela página do SMetal no Facebook.

Cavelagni/Keiper tem falência decretada; trabalhador deve procurar o Sindicato

SMetal oferece cursos de qualificação na sede de Piedade

VERBAS RESCISÓRIAS

INSCRIÇÕES ABERTAS

A sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Piedade está com inscrições abertas para os cursos de Me-trologia, Leitura e Interpretação de Desenho Técni-co, Metalúrgico Aprendiz e Auxiliar Administrativo, este último gratuito.

As inscrições vão até dia 18 de julho e devem ser feitas no Sindicato, que fica na Vila Olinda, de segun-da a quarta-feira, das 9h às 13h e das 14h30 às 18h30.

Os cursos de qualificação são realizados pela es-

cola Rise Cursos e Treinamentos, parceira do SMe-tal, e são abertos à comunidade em geral. Associados e dependentes do Sindicato têm descontos e priori-dade no sorteio.

As turmas vão de 12 a 20 alunos e os valores po-dem ser divididos em até 3 vezes. O Sindicato dos Metalúrgicos em Piedade fica na rua José Rolim de Goés, n° 61, Vila Olinda. Mais informações pelos te-lefones (15) 3344-2362 e (15) 99667-5418.

O grupo Cavelagni/Keiper, em Araçariguama, teve a falência decretada no último dia 6 de junho pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judicias de São Paulo. As em-presas entraram com recuperação judicial em 2016, po-rém a Justiça entendeu que não há possibilidade de recu-peração. Em razão disso, foi decretada a falência e lacrado o local em que funcionava a fábrica em Araçariguama. Atualmente, a empresa contava com 47 trabalhadores.

Em novembro do ano passado, o grupo foi condena-do, juntamente com a Volkswagen, a pagar os direitos trabalhistas de 184 trabalhadores, após ação civil cole-tiva movida pelo jurídico do SMetal. De acordo com a advogada do SMetal, Érika Mendes, as empresas produ-ziam bancos para a Volkswagen, de forma praticamente exclusiva.

“Após o rompimento do contrato pela Volks, em 2016, cerca de 85% dos empregados foram demitidos sem o

recebimento de seus direitos. Conseguimos então o blo-queio judicial dos créditos que seriam pagos pela Volks à Keiper, que foram revertidos aos empregados para re-ceberem suas verbas rescisórias. Porém, não houve pa-gamento de parte da multa de 40% do FGTS, depósitos FGTS e multas legais, o que motivou a nova ação incluin-do a Volkswagen, que está em grau de recurso”, lembra.

Com a decisão de falência, a empresa foi lacrada e os 47 funcionários em atividade ficaram sem emprego. “Todos os credores, inclusive os empregados, devem ha-bilitar seus créditos perante a falência e, para isso, de-vem propor ações judiciais”, alerta a advogada.

O SMetal orienta os trabalhadores a entrarem em con-tato no SMetal de Araçariguama, pelo (11) 4136-3840, e agendar um horário com o departamento jurídico. O atendimento da sede é de segunda a sexta-feira, das 9h às 13h e das 14h30 às 18h30.

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Ciclo: Morais inicia sua jornada de palestras no SMetal

Um dia após a aprovação do PL 6.299, o ‘Pacote do Veneno’, na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, pesquisadores de diversas áreas criticaram o avanço da proposta e apontaram que o uso de agrotóxicos gera graves riscos para o ambiente a saúde humana. As críticas se deram na terça, 26, durante uma audiência pública de outra Comissão, a que debate o projeto que estabelece a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos. Para os pesquisadores, há comprovação científica, nacional e internacionalmente, que o contato com agrotóxicos aumenta as chances de desenvolvimento de doenças cancerígenas.

“Mulheres e Luta” é o nome do projeto desenvolvido pelo SMetal em parceria com o Núcleo de Estudos de Gênero e Diversidade Sexual (NEGDS) da UFSCar Sorocaba. A primeira atividade realizada foi no dia 21 com o cine debate que exibiu “Libertem Angela Davis”, no auditório do sindicato. Pelo projeto, haverá uma atividade por mês, sempre gratuita. A programação pode ser acompanhada pela página facebook.com/mulhereseluta e também pelo www.smetal.org.br e facebook.com/smetalsorocaba

notas

PL do Veneno avança na Câmara

Mulheres e Luta exibe documentário