Hespanha · 2018-05-28 · Hespanha, os seus gover nantes têem que tomar muito cuidado nos seus-...

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x i ANNO DOMINGO, 16 OE JULHO DH3 1911 ív :* 5si SEMANARIO REPUBLICANO RADICAL issignstUFa semestre. ioo reis. Pagamento adeantado. é Anno. (Sooo reis Para tóra: Anno, 18200; semestre, 600; avuiso. 20 réis. Parr; o brazil: Anno. lácoo réis imoeúa forte/. MftSCTOR-PBOPRIBTftaiO- ■J qsc Auguslo Saloio h n EDACÇÁ0. â M IM E A Ç m r, 1 1ruun. $ (Composição e Impressão) II RUA CÂNDIDO DOS REIS ■ H A L 1)K < JA I,I, hXGr .-V 126, 2 . | Publicações, II Annuncios— 1.» pubiicação. 40 réis. a linb*v nas segpihtes-, Q 20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os auto- 0 graphos não se restituem quer sejam ou não publicados. EDITOR— José-Cypriano Salgado Junior Hespanha Ninguém ha que ignore que a Hespanha tem sido altamente incorrecta para com a Republica Portugue- za, A Hespanha,. dizemos nós... E’ bom que collo- quemos as coisas nos devi- dos termos e que nos refi- ramos simplesmente ás au- ctoridades do paiz vizinho. Canalejas,. espirito liberal, que teve muitas vezes a simpatia dos republicanos, é o unico responsável pelo que álém-fronteiras se está passando. Outro tanto não podèmos dizer do povo hespanhol Tem. elle sido duma fria indiferença, quando nos não auxilia na lucta, contra os traidores. E"a essa baixa camada da população, que se deve a aprehen.-ão do armamento;, é aos seus protestos vehe- mentes qu.e se deve tam- bem, o, procedimento ulti- mo do govêrno. da Hespa- aha;. Não ha,, porém, que nos admirarmos da atitud,e do govêrno da nação vizinha. A Hespanha é: um paiz completamente fracciona- do sob- o ponto de vista das exigências políticas e sociais dos seus habitantes. Basta a Catalunha para lhe dar que fazer. Isto para não citarmos as Vascongadas e tantas outras regiões, que an,ceiam pelo desmembra- mento da, monarquia hes- panhola. A ’lém d.'isso a Hes- panha já foi: Republica, a- iíida; qjjg por curtos.mezes; grande parte da sua. popu- lação é: extra ordina riamen- te corajosa, e nevol.uciona- fia. Metida entre duas Re- publicas q.ue são a França e Portugal, teme elia' que a coligação republicano-so- ciajista se sinta com mais força para derrubar o tro- no. de Affonso X III e que aas circumstancias- actuais encontre para,isso mais fa- cilidade. Não póde* pois, a cotóiica nação simpatizar com: o nobilitante acto de cinco de outubro,, e ha de auxiliar sempre,.embora na sombra, todos os esforços tendentes á restauração da monarquia portugueza. Mas andará bem a Hes- panha? Não, decerto. No nosso entender ella só daria pro- vas de sagacidade se mos- trasse afeição pelo nosso novo reçrimen. Podia, mes- o mo não a sentir mas, em- fim, lá ia representando... Com o seu procedimenío- d-e agora não só contra si faz revoltar os ânimos do povo portuguez como o seu proprio povo se acha indignado. A adesão, quer material quer moral, da parte dos ?.úbditos hespa- nhoes para com a Republi- ca Portugueza tem sido al- tamente manifestada. Elles bem vêem que as institui- ções estão seguras e que não é o mal encoberto au- xilio de Canalejas aos trai- dores que atemoriza a Pa- tria Portugueza. Um diario hespanhol, en- trevistando o dr. Augusto de Vasconcellos, fez-lhe notar que alguns jornais portuguezes se referiam muito asperamente á Hes- panha-.. Admirava-se de que assim, se procedesse. Se- gundo cremos,.o nosso re- presentante cingiu-se a la- mentar que tal facto se désse. Pois- nós não o la- mentaríamos. Antes faría- mos sentir áquelle diario que a aspereza dos artigos se não dirigia ao povo hes- panhol mas sim, ao seu go- vêrno. O povo portuguez nada. tem que clamar con- tra o povo hespanhol, e nós só temos que frizar que seria tristíssimo se, por cau- sa de Canalejas, uma con- flagração rebentasse em que os dois povos irmãos se vissem, obrigados a pe- gar em armas uni contra o outro. O tempo não vai bem para estas coisas. Os povos já. se não conduzem como varas de porcos ou rebanhos de ovelhas. E, co- mo acima deixámos dito, pelo completo fracciona- mento dos habitantes da Hespanha, os seus gover- nantes têem que tomar muito cuidado nos seus- a- cíos. Contra o drama mar- roquino já se pronunciou bem todo o povo vizinho. Contra uma projectada in- cursão no territorio portu- guez melhor se pronuncia- ria. temos d’isso a certeza. E’ que os povos, hoje, lon^ ge de se debaterem em de- feza d’um rei, antes se coli- gam para o combater. P aulino Gpmes. jm n íim íím A M » Ern todas as nações do velho, mundo acentua-se, caJa dia com maior inten- sidade,. o movimento de decidida attenção para tu-^ do quanto se liga á indus- tria agrícola. Urna notável campanha a favor do regresso á ter- ra, á frente da qual está. em França, o antigo minis- tro da. Agricultura, Presi- dente do conselho de mi- nistros e senador Jules M.é- line, encontrou carinhoso reflexo na Italia, na All.e- manhae napropria Hespa- nha, onde no Congresso Internacional de Agricultu- ra se debateram com espe- cial predileção os themas relativos não só a este re- gresso, como á fixação da população trabalhadora dos- campos. Mas se esle problema, como o da colonisação das regiões menos intensamen- te povoadas,, é dos mais importantes, outras se lhe juntam de não. menor al- cance social, como o pro- blema das subsistencias, o da organisação moderna da exploração agrícola, e da organisação da venda das matérias primas de. orir gem agi ícola, e de outros géneros de producção na- cional. A questão d;os eereaes. depois de doze annos de applicação do actual regi- men, precisa de ser agro- nomicamente estudada, co- mo o problema vinícola, o das carnes, o das cortiças, o dos seguros agrícolas,, e até os que dizem respeito ás reformas ou pensões dos trabalhadores agrícolas. Um terceiro grupo, de problemas interessa ainda sobremaneira os-que- estu- dam as questões a g ' í ..-. c confiam no pío^jjcto cíc ." Í senvolvimento da agricul- tura portugueza. E’ o que diz respeito ás condições Ide produetividade agrícola do solo portuguez, tenden- do a demonstrar como a.s nossas condições de solo, clima, população e merca- dos nos collocam em cir- cumstancias privilegiadas para sermos um paiz agrí- cola, sendo da maior ur- gência desfazer a lenda, da agricultura como. industria r ui nos a, a p r es e.n tan d o-a definitivamente como a roais bella a mais nobre e a mais remuneradora, de todas as industrias e cer- cando-a do crédido. que ella merece e que lhe é in- dispensável para alcançar os capitães de que tanto ca- rece para a sua rápida transformação e desenvol- vimento. O problema da irriga- ção, o problema, florestal são mais interrogações que é urgente formular e a.qu-e é preciso.encontrar respos- ta, juntando o seu estudo ao dos problemas a que tão summariamente nos acabámos de. referir e. tra- çando um programma de movimento agrário, pro- gramma completo, homo- g é n e o b em fandam entado,. pelo qual depois todos tra- balhem, agrónomose agri- cultores,. alvejando a.orga- nisação de uma-agricultu- ra rejuvenescida,lucrativa, consciente, scientifica, n’um pai2.cuja actividade e trans formação económica são condições indispensáveis para assegurar a sua,eman- cipação económica e finan- ceira. Convencidos de que es- ta seria a melhor oportuni- dade' para affirmar a sua .vitalidade- como corpora- ção scientifica, a Sociedade de Sciencias Agronómicas de Portugal acaba de to- mar a iniciativa de realisar em Lisbôa, nos primeiros mezes de 1912, um Con- gresso Agronómico desti- nado a estudar os. princi- pa.es problemas da nossa economia agrícola* traçan- do ou esboçando, o. pro- gramma agrário- n esforços com o da classe agrícola que representa por si só, cêrca de 60 por cemo da população portu- gueza. Assim o emprehendi- mentodestasociedade re- sulte fecundo.. A mando db S kabka, Lominentarips &. Moiicias, AbsolMÍlsasB.o, Um dia d’estes o. regedoi; &- presentou-se em, caga de Bernar- d.ijio Netto Aranha, com, ordens do sr. administrador do concelho e ahi, sem. respeito, pela poire mulher que se achava só em ca- sa, deu um bôio ao,cão que esta ali tinha,, dizendo que o. animal estava, atacado,, de raiva, e que- precisava ser morto. Ora,deixemos. 0 absolutismo da auetoridade porque, se ha ricos. que fazem estimação n’,um dado animal, ha pobres que sacrifioanj: tudo. Mas adeante. Se o cão, no. entender da auetoridade, estava, raivoso, não acha sua ex.s que o» seu absolutismo devia, n’este ca- so, ir até a. obrigar a familia da. casa.: pai, mãe-e nlhos a recolher no Instituto Bact.breolpgico? Assim concordaríamos, em ab- soluto com 0 absolutismo de sua ex.a que, se nos não enganámos, está mordido e naturalmente ata- cado da horrivel, ipecça. T«ím»â&.&!?e.sáa.vi SIa: Está despertando grandè iate*~ resse, não só aqui como nas po- voações limitrophes, a tourada de *23 do corrente promovida por uma commissão de amigos do sympathico bandarilheiro Joaquim, d Almeida. Chispa, em seu bene- ficio. A. commissão empenha-se por - conseguir um espectáculo por to- dos* os tituios majestoso, o que: achámos facil-attendendo a que Chispa é um dos primeiros, artis- tas portuguezes. Craíemlssíad©.- As associações., de classe, d’es- ta villa preparam-se, ao, que pa- rece, para receberem condigna- mente no proximo domingo as suas congéneres da villa da Moir ta e de Sarilhos Graudes, Jardia s Uortinha. E emquanto o. pow assim for nâo ha. magnates- nem caciques, que levem a melhor, D a União nasce a força. Uni voa e sereis suprema, po- deroso, oh p.ovo! Síãa ha oSIaos . Aldegallega estáv.ha: uns tem- pos a esta parte, carecendo da limpeza o que, infelizmente, se está vendo descurado completa- mente pelas, auctoridades eomps-- teníes,. Pelas valle tas das ruas correm dia, e noite. liqiiidos de fazerem. ‘ ihar, conjugando 05 scus- isto!,

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x i ANNO DOMINGO, 16 OE JULHO DH3 1911 ív:* 5si

S E M A N A R I O R E P U B L I C A N O R A D I C A L

issignstU Fasem estre. ioo reis. Pagamento adeantado. éAnno. (Sooo reis

Para tóra: A nno , 18200; semestre, 600; avuiso. 20 réis. Parr; o b ra zil: A nno . lácoo réis im oeúa forte/.

MftSCTOR-PBOPRIBTftaiO- ■Jq s c Auguslo Saloio

h n E D A C Ç Á 0 . â M I M E A Ç m r, 11 r u u n .$ (Com posição e Im pressão)II RUA CÂ N D ID O DOS REIS ■H A L 1 ) K < J A I , I , h X G r .-V

126, 2 .

| Publicações,I I A n n u n cio s— 1.» pubiicação. 40 réis. a linb*v nas segpihtes-,Q 20 réis. A nnuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os auto-

0 graphos não se restituem q uer sejam ou não publicados.

EDITOR— José-Cypriano Salgado Junior

HespanhaNinguém ha que ignore

que a Hespanha tem sido altamente incorrecta para com a Republica Portugue­za, A Hespanha,. dizemos nós... E’ bom que collo- quemos as coisas nos devi­dos termos e que nos refi­ramos simplesmente ás au­ctoridades do paiz vizinho. Canalejas,. espirito liberal, que teve muitas vezes a simpatia dos republicanos, é o unico responsável pelo que álém-fronteiras se está passando. Outro tanto não podèmos dizer do povo hespanhol Tem. elle sido duma fria indiferença, quando nos não auxilia na lucta, contra os traidores. E"a essa baixa camada da população, que se deve a aprehen.-ão do armamento;, é aos seus protestos vehe- mentes qu.e se deve tam­bem, o, procedimento ulti­mo do govêrno. da Hespa- aha;.

Não ha,, porém, que nos admirarmos da atitud,e do govêrno da nação vizinha.

A Hespanha é: um paiz completamente fracciona­do sob- o ponto de vista das exigências políticas e sociais dos seus habitantes. Basta a Catalunha para lhe dar que fazer. Isto para não citarmos as Vascongadas e tantas outras regiões, que an,ceiam pelo desmembra­mento da, monarquia hes- panhola. A’lém d.'isso a Hes­panha já foi: Republica, a- iíida; qjjg por curtos.mezes; grande parte da sua. popu­lação é: extra ordina riamen­te corajosa, e nevol.uciona- fia. Metida entre duas Re­publicas q.ue são a França e Portugal, teme elia' que a coligação republicano-so- ciajista se sinta com mais força para derrubar o tro­no. de Affonso X III e que aas circumstancias- actuais encontre para,isso mais fa­cilidade. Não póde* pois, a cotóiica nação simpatizar com: o nobilitante acto de cinco de outubro,, e ha de auxiliar sempre,.embora na

sombra, todos os esforços tendentes á restauração da monarquia portugueza.

Mas andará bem a Hes­panha?

Não, decerto. No nosso entender ella só daria pro­vas de sagacidade se mos­trasse afeição pelo nosso novo reçrimen. Podia, mes-omo não a sentir mas, em­fim, lá ia representando... Com o seu procedimenío- d-e agora não só contra si faz revoltar os ânimos do povo portuguez como o seu proprio povo se acha indignado. A adesão, quer material quer moral, da parte dos ?.úbditos hespa­nhoes para com a Republi­ca Portugueza tem sido al­tamente manifestada. Elles bem vêem que as institui­ções estão seguras e que não é o mal encoberto au­xilio de Canalejas aos trai­dores que atemoriza a Pa­tria Portugueza.

Um diario hespanhol, en­trevistando o dr. Augusto de Vasconcellos, fez-lhe notar que alguns jornais portuguezes se referiam muito asperamente á Hes­panha-.. Admirava-se de que assim, se procedesse. Se­gundo cremos,.o nosso re­presentante cingiu-se a la­mentar que tal facto se désse. Pois- nós não o la­mentaríamos. Antes faría­mos sentir áquelle diario que a aspereza dos artigos se não dirigia ao povo hes­panhol mas sim, ao seu go­vêrno. O povo portuguez nada. tem que clamar con­tra o povo hespanhol, e nós só temos que frizar que seria tristíssimo se, por cau­sa de Canalejas, uma con­flagração rebentasse em que os dois povos irmãos se vissem, obrigados a pe­gar em armas uni contra o outro. O tempo não vai bem para estas coisas. Os povos já. se não conduzem como varas de porcos ou rebanhos de ovelhas. E, co­mo acima deixámos dito, pelo completo fracciona­mento dos habitantes da Hespanha, os seus gover­nantes têem que tomar muito cuidado nos seus- a- cíos. Contra o drama mar­roquino já se pronunciou

bem todo o povo vizinho. Contra uma projectada in­cursão no territorio portu­guez melhor se pronuncia­ria. temos d’isso a certeza. E’ que os povos, hoje, lon ge de se debaterem em de­feza d’um rei, antes se coli­gam para o combater.

Paulino Gpmes.

j m n í i m í í mA M »Ern todas as nações do

velho, mundo acentua-se, caJa dia com maior inten­sidade,. o movimento de decidida attenção para tu- do quanto se liga á indus­tria agrícola.

Urna notável campanha a favor do regresso á ter­ra, á frente da qual está. em França, o antigo minis­tro da. Agricultura, Presi­dente do conselho de mi­nistros e senador Jules M.é- line, encontrou carinhoso reflexo na Italia, na All.e- manhae napropria Hespa­nha, onde no Congresso Internacional de Agricultu­ra se debateram com espe­cial predileção os themas relativos não só a este re­gresso, como á fixação da população trabalhadora dos- campos.

Mas se esle problema, como o da colonisação das regiões menos intensamen­te povoadas,, é dos mais importantes, outras se lhe juntam de não. menor al­cance social, como o pro­blema das subsistencias, o da organisação moderna da exploração agrícola, e da organisação da venda das matérias primas de. orir gem agi ícola, e de outros géneros de producção na­cional.

A questão d;os eereaes. depois de doze annos de applicação do actual regi­men, precisa de ser agro- nomicamente estudada, co­mo o problema vinícola, o das carnes, o das cortiças, o dos seguros agrícolas,, e até os que dizem respeito ás reformas ou pensões dos trabalhadores agrícolas.

Um terceiro grupo, de problemas interessa ainda sobremaneira os-que- estu­dam as questões a g ' í ..-. c confiam no pío^jjcto cíc."

Ísenvolvimento da agricul­tura portugueza. E’ o que diz respeito ás condições

Ide produetividade agrícola do solo portuguez, tenden­do a demonstrar como a.s nossas condições de solo, clima, população e merca­dos nos collocam em cir­cumstancias privilegiadas para sermos um paiz agrí­cola, sendo da maior ur­gência desfazer a lenda, da agricultura como. industria r ui nos a, a p r es e.n t an d o-adefinitivamente como a roais bella a mais nobre e a mais remuneradora, de todas as industrias e cer­cando-a do crédido. que ella merece e que lhe é in­dispensável para alcançar os capitães de que tanto ca­rece para a sua rápida transformação e desenvol­vimento.

O problema da irriga­ção, o problema, florestal são mais interrogações que é urgente formular e a.qu-e é preciso.encontrar respos­ta, juntando o seu estudo ao dos problemas a que tão summariamente nos acabámos de. referir e. tra­çando um programma de movimento agrário, pro­gramma completo, homo­géneob em f andam e n t a do,. pelo qual depois todos tra­balhem, agrónomose agri­cultores,. alvejando a.orga- nisação de uma-agricultu­ra rejuvenescida,lucrativa, consciente, scientifica, n’um pai2.cuja actividade e trans formação económica são condições indispensáveis para assegurar a sua,eman­cipação económica e finan­ceira.

Convencidos de que es­ta seria a melhor oportuni­dade' para affirmar a sua .vitalidade- como corpora­ção scientifica, a Sociedade de Sciencias Agronómicas de Portugal acaba de to­mar a iniciativa de realisar em Lisbôa, nos primeiros mezes de 1912, um Con­gresso Agronómico desti­nado a estudar os. princi- pa.es problemas da nossa economia agrícola* traçan­do ou esboçando, o. pro­gramma agrário- n

esforços com o da classe agrícola que representa por si só, cêrca de 60 por cemo da população portu­gueza.

Assim o emprehendi- mento d esta sociedade re­sulte fecundo..

A mando db Skabka,

L o m in en ta rip s & . M oiicias,

AbsolMÍlsasB.o,Um dia d’estes o. regedoi; &-

presentou-se em, caga de Bernar- d.ijio Netto Aranha, com, ordens do sr. administrador do concelho e ahi, sem. respeito, pela poire mulher que se achava só em ca­sa, deu um bôio ao,cão que esta ali tinha,, dizendo que o. animal estava, atacado,, de raiva, e que- precisava ser morto.

Ora,deixemos. 0 absolutismo da auetoridade porque, se ha ricos. que fazem estimação n’,um dado animal, ha pobres que sacrifioanj: tudo. Mas adeante. Se o cão, no. entender da auetoridade, estava, raivoso, não acha sua ex.s que o» seu absolutismo devia, n’este ca­so, ir até a. obrigar a familia da. casa.: pai, mãe-e nlhos a recolher no Instituto Bact.breolpgico?

Assim concordaríamos, em ab­soluto com 0 absolutismo de sua ex.a que, se nos não enganámos, está mordido e naturalmente ata- cado da horrivel, ipecça.T«ím»â&.&!?e.sáa. v i SIa:

Está despertando grandè iate*~ resse, não só aqui como nas po­voações limitrophes, a tourada de *23 do corrente promovida por uma commissão de amigos do sympathico bandarilheiro Joaquim, d Almeida. Chispa, em seu bene­ficio.

A. commissão empenha-se por - conseguir um espectáculo por to­dos* os tituios majestoso, o que: achámos facil-attendendo a que Chispa é um dos primeiros, artis­tas portuguezes.C ra íem lssía d © .-

As associações., de classe, d’es- ta villa preparam-se, ao, que pa­rece, para receberem condigna- mente no proximo domingo as suas congéneres da villa da Moir ta e de Sarilhos Graudes, Jardia s Uortinha.

E emquanto o. pow assim for nâo h a . magnates- nem caciques, que levem a melhor,

D a União nasce a força.Uni voa e sereis suprema, po­

deroso, oh p.ovo!Síãa h a oSIaos .

Aldegallega estáv.ha: uns tem­pos a esta parte, carecendo da limpeza o que, infelizmente, se está vendo descurado completa­mente pelas, auctoridades eomps-- teníes,.

Pelas valle tas das ruas corremdia, e noite. liqiiidos de fazerem.

‘ ihar, conjugando 05 scus- isto!,

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* O D O M I N G O

Á’ "ex.ma Camara .Hnaaiei- _í»áí. ,

Agora, que temos estado sob a teriiperatnfáasphyxiante de 31 grafts::á sòínbra, seria bom, nao t ó para a limpeza das ruas —que d'is3o bastaàíe precisam — mas áté para nos' dar ‘um "pouco de fresco que a ex.m1 vereação se. dignasse mandar fazer umas irri­gações ás ruas da villa. ~ji>e suas ex.a» estão. «frios»

lembrem se de que temos por cá calor para dar a quem d’elle precizar. . „

'Cator e muito calor!E' o «Sol-a-Sob què o diga.

para apreadcrNa passada segunda feira, a

tárdé,’ na' tabérna de Lute, Bra-ço-Forte - experimentaram-se nalucta gféco-roma.na Jéão ^ 'O li­veira Canellas, : trabalhador, e Francisco Pimentel, carpinteuo, ambos d’esta villa, resultancto d ’esse «bello» divertimento a ^bagatella» da fractura do braço esquerdo do primeiro.

E ’ assim que se aprende.

CoKÍereueh»JPelas' 3 béi*às?'da tarde de do­

mingo—e não ás 5 como por máinformação dissemos—realisou osr. Ernesto d*1 Albergaria Pereira, director e"proprietário da «B/e- vista Commercial e Industria » uma bella conferencia na salada Associarão Coinnisrciâl sob o thérna: «O valor da instrucção comméréiai como ágerííe 'progres­sivo do commércio moderno». O conferente dissertou seguramen­te uma hora deixando no audito­rio a mais agradavel impressão. Terminou propondo á montagem n’esta villa d’ujii estabelecimento dè ensino das leis oommérciais e. 'industriais onde todos possam conseguir elementos seguros que os orientem na vida prátiea e is­so mereceu o apoio geral da gran­de assistência.

Oxalá tão util iniciativa fructi-

Fesos e medidasi*ek) ministério do fomento vai

ser publicado um ’decréto que regulamentará o serviço de atila­mento de‘pesos e medidas. Modi- ikíâ as épocas e os prazos; esta­belece regras :sobre a noCceação dos aferidores; permite o uzo de medidas de vidro e diz a -foriria que devem ter essas medidas; prohibe o uzo de copos não afe­ridos para a venda de liquidos eoínO leite, etc.; manda fazer as aferiçSes fóra das sédes dos con- ceíbos: iseafa da aferição annual os celleiros, adegas, etõ., e reduz as taxas de aferidor.

© «^CôlSas» ii conspirarLembram-se os nossos leitores

do administrador d’este concelho Guilherme de Vasconcellos Mata, o Coisas, que as casas ricas d’es- ta nossa terra receberam com alegria esquecendo que davam entrada a um rúfia habituado a viver do que lhe davam as des graçadas do Arco Bandeira e que a monarquia das roubalheiras nos impingio paia desassocego. lem­bram-se? Pois tambem fugio pa­ra a Galliza, a conspirar, poV que o nosso governo 0 tolerava u’um logar de contadof d’n‘ma comarca, onde usufruía bons pro­ventos.

Não tem que vêr. Os qlie eram «tÉálassas».continuam a sel-o; e deixem se de fazer-lhes bieba- gata!

«O ComhaíctEstè nosso presado confrade

da Guarda completou 6 annos de existencia, pelo que. lheeny:âmo3 as nossas modestas, mas sinceras felicitações.

C O F R E B B F E l O L â S

H O R R I V ELI_1'Wo M a ta d o u r o d e l i s f w à

Havia a lli muito rico. Mas nenhum compadecido Ou de leve enternecido. . Para do punhal iníquio Salvar o pobre vencido!

Rapando no pavimento, ■Berrava como um veado E chorâva atérrorado A o vêr chegar o momento De c a h i r . assassinado!

E cheirando as fr ia s làgéns,De h orror quã\i desfailece!Mas ninguém sc cõrnpú rree Dãs laYnéntó^rs viçagèiis D o põbre que assim padece!

Olha èm roda, o tecto fita, Mas ninguém rara o sàlvar! Sim, nmguefíi. que no logar Só vê a horda maldita De chacais que o vão tragar!

Pobre victima innocente D um povo tão humanista Que bla^Ona de altruísta, M is a cujo fero dente Quaçi não ha -quem regista! *

Ningiiem lhe quer acudir! Um pobre boi a chorar P o r saber que o vão matai\ E ninguém para o rem ir P o r uns cobres não gasta?:!

E di\-se a grande cidade «Centro de seres humanos»/ Ludíbrios, farças, enganos, Que a virente humanidade Pertence aos «vegetarianos»/

Mas não são só os bovidas Que ao prever a mór te choram^ Pois como elles, mais exoram Compaixão aos omnicidas Que feros. .. os apavoram!

E p o derd o bom Deus Que pune às atrocidades Gostar d 'es las ferida des? Não! porque os preceitos seiiS Prohibem tais crueldades1

E ‘ pena que o homem sejà Mais fero do que os felinos Que são menos assassinos, E que em seus crimes não veja A s obras. .. dos mais ferin o s!

I»ara a s f a m i l ia s d o s r e ­s e r v i s t a s .

Transporte . . . 8$460Carlos Antonio da Costa 300Dr. Gabriel R ibeiro... . U000Ernesto Lopes.............-. 100Bernardino Serrador.. . 100Carlos de Sousa Fortuna-

100Antonio Dourado........... 200

Som m a.. . 10&2U0

èlbííàiòí d llcvit.

RUDIMENTOS DE POLITICA E DE CIVISMOSer clerical: E’ querer o clero a dom inar a politica. È’ a politica exercida por Unia classe pouca propen­

sa aò progresso.— C. A. Fernandes>

d c EÊriíO«A Mocidade» propriedade da

Academia de Estudos Livres, de Lisbôa, pliblicotí o retrato do nosso amigo João de Brito, ha­bil professor de gymnastica da escola Marquez de Pomba), acom­panhado de pslávras de inteira justiça, prestando lhe assim ju s­ta e merecida homenagem.

S£xt3&cção d e c a e sInformam nos de que o. «Sol*

a-Sol tambem se occupa da ex-

tineção de cães qiie sem açaime vagueiam pelas ruas da vilia.

E* urn trabalho de qne a hu­manidade muito aproveita e qUe não é ma! remunerado havendo vontade de trabalhar.

Ora o peior é se acontece ao «Sol-a-Sob o que aCohteeen a um célebre Mendes, o «Mata-cSes». qtie o nSo deixaram viver muito tempo peio officio, mettendo-o ha Penitenciaria!

A humanidade, quasi sempre, pagn mal a quem a serve bem!

A’s familias dos reservistas de esta villa chamados aos corpos péde-se que venham'ou mandem a esta redacção, até quarta fei­ra, buscar o cartão qne lhes dá direito a receberem da subscri- pçâo n’este jornal aberta. A dis­tribuição será feita na próxima quinta feira, n’esta redacção, até ao meio dia.

Quem quizér concorrér com alguma quantia póde ainda faze- lo até quarta feira.

19o tsypssMtSsíSo á aviação■E’-o-titulo d ’um livro de 100

páginas, ti-adúcção do sr. A. de Mello Loureiro. 'BecOmieendâmo-lo aos nossos leitores ‘pfjis o seu custo é apenás de 150 rérs.

Agradecemos o exemplar offo- recido.Mtsaíie! Taffleco

Negociante de gado suino, ba­tata eitrsaecas ou em'caixas, adu> bos q u i m i c o s , carvão, palha e ce- reaes.

Quem pretender realisar 'algum negocio póde dirigir-se a Manuel Domingos Taneco, rua Manuel José Nepomuceno, proximo á es , taeâo dos C. de F .—Aldegeíiega..

Liquidátn-se contas todos os do­mingos das 10 da manhã ás 5 da tarde.«O .fcgí<;id«r»

Assiih se intitula tim bem Ve-- digido semanario anarquista que começou a publicar-se em Lisbôa. :

D -um artigo do sen n.° 2 ex- trahimos, para dar de presente aos republicanos d’està villa què entendiam deVer-se lárgaY fogo á urna pára não serem, na as sembléia eleitoral, lidas as listas com o nome d’um anarquista, o seguinte:

«Somos contra a restauração monárquica e contra a interven ção extrangeira, repetimos. Para as impedir estamos dispostos a lançar mão de 'todos os meios, de todos, absolutamente de to­dos. Assim como hontem dispèn- demos dinheiro, arriscámos a noâsa liberdade e jogámos a nos sa vida parâ derrubar a canalha briganíioa, assim tarr.bem i-remos hoje para a praçâ pública, com os mesmos revólveres, com as mesmas bombas e com os mes­mos pu'nhaes de 4 e 5 de otitu bro. eliminar o primeiro monar­ca que ouse levantar n’este paiz iVm novo trono, ou destruir, em caso de intervenção extranlia e importuna, seni contemplações, não poupando museus de arte nem m-onumentos, destruir, radi calmente^ com a impetuosidade do niilista, tudo quanto possa aproveitar aos que queiram arro gar-se o direito de proteger e ci vilisar o povo "portuguez . . . »

E’ o qne se vê, senhores re- pubiiqneiros. Os anarquistas por­tuguezes têem sido e são os maiores amigos da Patria. Por elia dão tudo sem mais interesse qne o do bem estar geral da hu manidade.

l2f«s*iSía^«es Bsíeis«O Diario do Govêrno» d'hon-

tem publicava, entre outros os seguintes diplomas:

Fazendo a divizão do paiz em circulos escolares; estabelecendo que nos concelhos onde houver mais de quinze alumnos para

exame do 2.° g ra i, estes sè effe» ctuem nas respectivas sédes.Kxaiiises

Começam ámánhS e terminrftt depois no collegio Coude Ferrei­ra os exames de :3.° grau ‘dos alumnos dos collegios d ’este coir- céílio.

Fizéraíh á semana passadà em Lisbôa exame de admissão -ii2.a classe AtVaro Mendes Morei­ra, Càrlo's AíFonsb Arahtcs Rri­beiro e Diogo Julio Rodrigues de Mendonça, aprovados com 11 valores; Arthur -Ramo VasCOtr*. cellos è Joaquim 'Sálazár Leitè, aprovados COm 10 valores.

Parabéns aos estudiosos rapa> zes e em especial aò seu iilustrô professor, nosso amigb Moreira de Sá.SJ csí<ã«?

Devido aos ultimOs àèoríteci- menteis na visinha -villa de Alco­chete, o administrador d!aqnelle concelho que, segundo nos pare» ce, péca por tér urii coração grán* de, incômpátibilisou-se com o pO- vo, vendo-se :por isso abrigado à pedir uma. licença de 30 dias.

Sna e’x.a Coíiimetteu urn errf) crasso, desculpe nòs 'èsta 'nos"- sa franqueza. DeVia ter-se dem-i* tido e dHima 'vez.

O d’aqni que ao contrario «Is sua ex.a .parece não ter coração-, quanto mais mostra quefer aban* donar o logar mais se iticompá*tibilisa cOm o povo!

E ’ qne hoje o povó tamlietíi quer ser respeitado 'iios seus d i­reitos.

E então?•lese m a is ^«*eí5frrão?!

Durante a 'semaha, em todos os pontos de cavaco e por vezes na rUâ se 'oifvia dizer: vO Do­mingo» tem dtias queíellas!

O facto das querellas, -isso nã» nos importava nada a nós, o qnò nos importava mais era a manei­ra como se articulava à palavra! Todos gaguejavam parecendo so­letrar: qae, que, qííe, ré, é, é, <j .. . las.

Que diabo! qne mais qne^erEô de nós?!d is iro s tempos

Faz hoje annos qne foi execu­tada n’uma fogueira em Inglater­ra a corajoza protestante Anna Ascue com tres companheiros, por negar a traii s ubs tan ci açào-.

Eram outros tempos-!

O eouflicto de A ÍeocheteFelizmente, e como tudo mais.

que vier, está serenado o confli* cto dos descarregadores de car­vão posto de pé pôr élenientos perturbadores qúe querem, natu­ralmente, lambisco paivante, que quer dizer: barril d agua ás cos-, tas e . . fronteira com elles.,Orâ. o coiceiro deve já efltar farto de intrujões não menos sabidos qne elle, e se se alugou ho intuito de se arranjai', decerto que não se desfaz agofia. do que. conseguiu: apanhar com as suas unhas adun­cas. Quem, como o «Coisas», deitou agora a co rre rá procura­do barril, já vai tarde. A fonte seceou.

No entretanto os aicochetenses dignos. dVste nome nãó quizeram deixar passar o embuste vomita­do por a.cjtiella meia duzia de pa­tifes invejosos nas redacções dos jornais da capital, e deliberaram reunir na sua associação para ali lavrarem o seu protesto. Fize­ram muito bem.

— O nosso amigo Gastão .Ro­drigues, illustre deputado por es­te círculo, a pedido de alguns so­cios da Associação dos Descarre­gadores de Carvão, fez ali uma conferencia ácerca dos aconteci­mentos passados, fazendo cora is­so que os to imos serenassem. .

Page 3: Hespanha · 2018-05-28 · Hespanha, os seus gover nantes têem que tomar muito cuidado nos seus- a- cíos. Contra o drama mar roquino já se pronunciou bem todo o povo vizinho. Contra

O D O M I N G O

Mais um acto de boa fé !...E ^ p iic a ç ô e s e c o n s id e r a n d o s i n d i s ­

p e n s á v e is .— M ais d o c u m e n to s f ie is , c o m p r o v a t iv o s C é s iu la g á d o r e s .—A c o m é d ia ta m b e m

m e ie q u e r e l la ?

Com á exposição dos documen­tos qúe se seguem-, termino n’es- te número a série da publicação dos mesmos, declarando ter-me afastado de muitos outros, para jiJo abusar da pacVefteiâ dos di­gnos leitores, Com especialidade (1’aqji'elles que mais de perto têem ■acompanhado as scenas trágicas, de que esta Comédia- tlíisna se acha revestida.

O 'cavalheiro que se encontra na berlinda, Senhor Antonio Luiz Ramos, podia debater-se com qualquer infelicidade, reparando-a y«r maneira airosa e condigna, ccfflo decerto faria qualquer cida- áSo coherente e criterioso, mas, desgraçadamente, não snccedeu assim. Nem teve obras, nem a- ceoes, Liem tão pouco palavras rímuúeradoras que pudessem al- liviaí o pesâimo acto que havia praticado!

Corno disse, vou concluir a sé rfè d’apresentação dos documen­tos esmagadores com teais estes, qtie muito honram quem os pro­vocou-, a saber:

l e r i h l â oPedro José Bandeira, escrivão

do terceiro officio perante o juizo de Direito da Comarca de Alde­gallega do Ribatejo, etc.

Certifico •..................................., . • . . . . • . . . . , . . . , . . .

Despacho de fls. 1:123--Passe precatorio para Os requerentes de folhas mil cento e doze, Dona Maria Antonia Caliado Ramos e tnanâo Antonio Luiz liamos, le­vantarem da Caixa Geral de De­positos a quantia de novecentos scíeata e tres mil e tresentos ré- is) e respectivos juros, visto o que consta do mappa a folhas no- Vtscvritas 'cirrcoeftta e seis e do t>?rmo de folhas mil cento e de- z/seto, julgado per sentença a h IhaS mi! cento e dezoito verso. NSo é devida contribuição algu­ma por.este levantamento. Alde­gallega do Ribatejo, vinte e sete de Abril de mil oitocentos noven- tá e oito.—Penha Coutinho.

Certifico finalmente, tiãrrativa- inente que o precaturio ordenado 110 despacho supra foi entregue aos requerentes de folhaã mil conto e doze, Dona Maria Anto- tiiá dos Santos Callàdo Ramós e marido Antonio Luiz Ramos, em vinte e oito de Abril de mil oito- eeutos noventa e oito como se toostra pelo termo de folhas mil cento e vinte e seis, e esse pre- Cillorio foi averbado nos conheci Mentos de deposito respectivos, juntos a folhas oitocentas e no­venta e novecéntas trinta e oito, dos referidos autos. O referido é vnftlade; e assim o certifico em iate dos referidos autos, aos quaes me reporto, em meu poder e cartorio.—-Aldegallega, vinte e oito de Junho de mi! oitocentos e

onze. E eu Pedro José Bandeira, escrivão, a subscrevi, rubriquei e assigno.

(a ) Pedro José Bandeira.Todo o cidadão que se presa

de modesto e escrupuloso e que cinge uma faixa, como symbolo e distinctivo d’um honroso cafgo público que desempenhe perante a sociedadade, dentro d^im regi­men democrático, de justiça e de moralidade, como o nosso, deve, sem dúvida, proceder por manei­ra cautelosa e satisfatória, nos actos da sua vida particular, pa­ra que nunca pessoa alguma lhe possa beliscar, sequer, não só na sua carreira como funccionario, mas tambem na sna conducta corno cidadão. M as.. infeliz­mente, não succede assim na sua vida particular!

Imaginam-se qtierellas!Porquê? Commeti acaso algum

crime em recorrer á imprensa, nobre e sympathica instituição, para me defender d’um ataque imprevisto, com documentos ca- bais e aiithenticos, para ser jul gado perante o digno e altivo tribunal da opinião pública, espe­rando d’elle o seu veredictum consciente?

Parece-me que não incorri em crime algum.

Vim unicamente, como já dis­se, e repito, deixar aqui consi­gnado o meu protesto de justa indignação. Não foi, não, o es- candalo que me impulsionou, mas sim a désafironta d’uma aggres- são pecuYiiaría, pr meditada e revestida da mais cruel intenção e requintada má fé!

Ameaça se assim com uma querella um cidadão humilde que se presa de sério e probo, e sem offens», procura stiavisâr o golpe dirigido intencionalmente, para ferir o patrimonio escasso de se us fiihos, golpe que, por felioida de, não atingiu a profundidade calculada, porque eníão seria de prejuizo em duplo?!

Ainda me devo considerar fe­liz em ter partido só uma perlia, porque a intenção e boa Vontade d aquelle cavalheiro era partir-me as duas!

Não se ameaça impunemente um cidâdão que tem diligenciado, durante a sua vida, conduzir-se ante a sociedade, como homem sério e condigno dos seus actos, como se fôra para ahi algum qui- dam, algum pária, algum vaga­bundo, algum mal intencionado, algum intrujão, etc. Tudo isto é para sentir e lamentar! Julgara, pois, aquelle cava­lheiro vir intimidar n.e, por meio de querellas, para eu não mais falar sobre esta qtiestão desairo­sa? Provavelmente foi essa a sua idéia luminosa.

F . S . ( ' a i.lado .(C o n t nú ).

George. D. M. Lane, Orey An­tunes & C.a, Garland Laidley & C.a, E. Pinto Basto & C.a, So­ciedade Torlades e Varios outros estrangeiros.

Dizem nos que, estando tudo nas mãos dos extrangeiros, nós temos que nos curvar perante el­les. Mas a benemérita Associa­ção Commercial não poderia util­mente intervir no caso, a bem dos interesses do paiz, tanto mais que alguns desses agentes são socios d’ella?!>A Ic i d o in q u i l in a t o

Foi hontem publicada na folhâ official uma portaria dos srs. mi­nistros da Justiça e das Finanças pela qual é fconcedido o prato de 40 dias para os contribuintes, que ainda o não fizeram, presta­rem as declarações exigidas pelo artigo 5.° da referida lei.

Sobre este assunto já Foram dadas instfiicçÕes aos inspecto­res de finanças dos districtos.G regário €-ii8

Com fábrica de distillação na travessa do Lagar da Cera (na Pontinha'! offerece á sua númeró sa clientella, álém de aguardente bagaceira muito bôa de que sem­pre tem grande quantidade para venda, finissima aguardente de prova (30") para melhoramento dos vinhos, assim como aguarden­te anisada muito melhor que a chamada de Évora. Os preços sâo sempre inferiores âoS de qtialqUeí parte e as qualidades muito su­periores.

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P o r Soo réis semanaes se adquirem a? ceie* bres machinas S IN G E R para coser.

Pedidos a AURÉLIO JO Ã O DA CP.L’Z, cobradof casa á d c o c M «& c .a e concessionário em Pnnu*

gal para a venda das ditas Machinas.Envia caíalogos a quem os desejar.

dc7

c o r r e s p o n d e n c ia s

&arSEhos f-ivsasdcs. i fl.— A Associação dos Trabalhado res Rurais reuniu na noite de 8 do corrente e deliberou dar 1001 réis por dia á familia do reser vista Manuel Borralho, chamado a dar caca aos paivautes que na fronteira escouceiam contra a Re­publica Portugueza.

N’e»ta reunião procedeu-se á apresentação de contas relati­vas ao mez de junho verilicando- se haver um saldo a favor de 50^335 réis, pela seguinte fórma:

Em 30 de maio ficouem cofre. .......................

Despezas diversas du­rante 0 mez de junho.

Liquido.. .------------:-« a — ^ — * »

I IS f P1Vi

CoHfipaKÍsSas d e X a v e g a - e ã o .«A Vanguarda» d'honíem traz-

nos a seguinte noticia:«Tem sido bastante notado qne agentes em Lisbôa e Porto

das Companhias de Navegação extranfreiras que fazem escala por Lisbôa, não sejam os primei­ros a desmentir, tanto junto d e l­ias como dos vapores, as malévo­las e infatnissimas noticias telâ- graphicas e outras que a thalas; .saria e os inimigos da patria fa;

chegar i bordo d’aquelies

que se destinam aos nossos por tos. Eazemo-nos éco d’estes re­paros, qtie nos parecera justissi- mo, tanto mais que esses agen­tes, que são extrangeiros, aqui ganham a sua vida e têem rece­bido dos portuguezes inequívocas provas de deferencia e de bom acolhimento sém 0 qne teriam que ir ganhar a vida para outras terras.

Os agentes dos vapores que tocam nos nossos portos, são, entre outros, os seguintes:

Henry Burnay & C .\ Ernesto

« § ALDEGALLEGA

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_ h ’ c aO £ õ £• ;s ■ k‘c 2 ® -ô

Anlonio Mordes da Cos­ia Jácome vem, p o r esle\ meio , tornar público o seu profundo reconhecimento1 e indelevel gratidão vara com a distincta filarmónica 1 ,° de Dezembro de Alde­gallega, pela maneira assds pronta e desinteressada co­mo accedeu ao seu convite, tnao< na noite de 2 do cor­rente, abrilhantar com al­guns explendidos números do seu vastíssimo repertorio a festa de inauguração do seu prédio da rua M arlyr de Monljuich. onde está ins- tallado o «Hotel Republi­ca». tomando a$$im unia lácitna que seria de lamen­tar se não fosse o valioso concurso da magnifica ban­da. A ’ digna direcção, ao seu liabil mestre, sr. Baltha- %ar Manuel Valente e a to­dos os distinctos executantes 0 seu sincero agradecimen-

\l0 'Aldegallega, 8 de julho' de ra 11.

JOSÉ SEQUEIRA JUNIOR, FILHO— co\í -m m m m tkimm

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Péde-se a fineza de nao fazerem installações sem que primeiro véjam os orçamentos deãta casa.

KtTA. D A P R A Ç A - 1 8A L D E G A L L E G A i27

Page 4: Hespanha · 2018-05-28 · Hespanha, os seus gover nantes têem que tomar muito cuidado nos seus- a- cíos. Contra o drama mar roquino já se pronunciou bem todo o povo vizinho. Contra

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L iv ro notabllissim o, livro indispensável a quantos desejam in stru ir sc e progred ir. T em os vivido em uma ignorancia quasi absoluta ácércti da nisto, ria das religiões. Chegam os a náo sabei a própria historia do Catolicismo que mais de perto nos interessa e agita. De modo que um liv ro , congluban- do a historia de to ios os >emp >s e em todos os os paizes, constitue um tra- balho que todos devem possuir, que t-.Uos devem ler e propagar ■■■■ o que representará um valioso ser - ço pre:-tado á a .isa d« instrucção ern P o rtu­gal. porque uma das mais nece- sarii.s tarefas da sciencia consisto hoje eaj reconstituir a bis tona U;s religiões.

Servindo se d s not .veis trabalhos oe Saio., áo Reinach. de B eufhn t, de H oílebecque e do Baião d O ib a cn , conseguiu k ib e ro de Carvalho confio- bar'em um só liv ro , por maneira clara, ioda essa historia, dividindo a obra em três partes, cuja enumeração basta pa-a lhe m ostrar a im portancia.

«A 'rigem das Religiões —'Religião e Mytologia Theoria .la Revelação prim itiva — O culto das plantas e d js animais — As metamorphoses O T o ts- mismo e as fábulas O sacrifício do I ótern O Sabbat I .iicizaçfO progres.* j s va da Humanidade - 4 Magia e a Sciencia O Fu tu ro das Religiões e a ne- tessidade de ihes estudar a historia— A Sciencia das Religiões r.áo só mstrue e euuca. mas iiberta tambem o espirito humano.

«Religiões Antigas e Religiões A ctuaes.»—-Religiões que existem actuai- mente— Religiões dos povos chamados seivagens Religiões de todos os po* vos antigos — Os seus ritos, os seus deuses, os seus sacrifícios— O s phenó- menos religiosos, as suas formas e a sua natureza— Logares sagrados Os templos -O s m ythos— Com o funcciona uma relig ião— Sacerdócio e Egrejaj — Estu d o histórico das Religiões.

«Çhrist< e o Christianism o.» A Judeia ao nascer Je su s- Quem foi Chris- to l-.xame da .-u,i d o u f in.i O s prim eiros séculos do C hristianism o— A in ­fluencia de fiatão C h risto áo foi o fundador do Chisrinnism o — Falsidade da actual re lk iã o christan— Os co n c ílio s —Costum es de Christo e da sua pre­tendida Egreja -G u e rra s entre C h ris tã o s -A tro c id a d e s praticadas pelo Christianism o— C rim es da E g re ja —A moral e b rista s, inim iga da V ide, do A m or e da Felicidade.

Com o se vê. por este sim ples enunciado dos seus capítulos, 8 <rHistor;í das Religiões é um liv ro notável e cuja leitura se im põe.

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