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Guias de Telecomunicações Wander Rodrigues CEFET – MG 2005

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Guias de Telecomunicações

Wander Rodrigues

CEFET – MG 2005

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Sumário

Apresentação do Laboratório de Telecomunicações ............................................... 04

Circuitos ressonantes ............................................................................................... 28

Circuitos osciladores de onda senoidal – oscilador Hartley ..................................... 56

Circuitos osciladores de onda senoidal – oscilador Colpitts ..................................... 66

Circuitos osciladores de onda senoidal – oscilador a cristal .................................... 78

Multiplicador de freqüência ....................................................................................... 89

Amplificador de radiofreqüência ............................................................................. 106

Modulador em amplitude valvulado – modulação em alto nível ............................. 119

Modulador em amplitude transistotizado – modulação em baixo nível .................. 140

Modulador balanceado ........................................................................................... 154

Modulador em freqüência a diodo varicap ............................................................. 166

Conversor de freqüência em audiofreqüência ........................................................ 178

Amplificador de freqüência intermediária e detector .............................................. 187

Detector a diodo e controle automático de ganho .................................................. 200

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Limitador de amplitude para sinais de freqüência modulada ................................. 212

Detecção de freqüência modulada - detector de inclinação ................................. 226

Detecção de freqüência modulada – circuito discriminador ................................... 237

Análise de um receptor de AM - DSB - FC ou AM - A3 .......................................... 248

Análise de um transceptor de AM - SSB ou AM - A3J .......................................... 259

Análise de um transceptor de VHF - FM ................................................................ 267

Anexos .................................................................................................................... 278

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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Prática de Laboratório de Telecomunicações

Prof. Wander Rodrigues - 3o e 4o Módulos de Eletrônica - 2003

EXPERIÊNCIA No 1 TÍTULO: Apresentação do Laboratório de Telecomunicações

APLICAÇÃO: Revisar a utilização adequada e correta dos equipamentos e

instrumentos de medida que serão utilizados durante o ano letivo.

01 - OSCILOSCÓPIO O osciloscópio a ser utilizado durante todo o ano letivo será um Hickok,

de duplo traço com resposta de freqüência de 10 MHz. É importante lembrar que tal

osciloscópio apresenta um único feixe eletrônico e através de uma chave eletrônica

permite visualizar em sua tela dois sinais distintos simultaneamente, proveniente de

um circuito que apresente o mesmo ponto de aterramento ou referência para os dois

sinais observados.

Além da resposta de freqüência é de importância conhecer a máxima

tensão capaz de ser medida com o instrumento. Para tal, é necessário conhecer o

ganho máximo do amplificador vertical e o número de divisões ou centímetros de

sua quadrícula. Em uma observação rápida verificamos que 50 Volts/cm e 6 cm são

estes respectivos valores, correspondendo a precisamente 50 Volts/cm x 6 cm = 300

Volts em tensão contínua ou 300 Volts de pico a pico, equivalente a 150 Volts de

pico ou 100 Volts eficazes em tensão alternada.

Cuidados com o manuseio de seus knobs tornam-se necessárias

recomendações devido a fragilidade dos mesmos e por tratar de material importado,

implica em difícil manutenção nos tempos atuais.

A seguir temos uma breve descrição de seus controles e sempre que

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APRESENTAÇÃO DO LABORATÓRIO DE TELECOMUNICAÇÕES 5

estiver em dúvida recorra a este texto ou ao Professor.

Figura 01 - Vista do painel frontal do osciloscópio Hickok.

1 - Chave ON - OFF: conecta a alimentação da rede ao equipamento,

devendo ser acionado no início da aula e desligada ao final de cada aula.

2 - Lâmpada Piloto: indica que o equipamento esta energizado.

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3 - Probe Call: borne de saída de um sinal com forma de onda quadrada,

utilizada na verificação da calibragem do equipamento.

4 - Seletor de Canal: Apresenta cinco posições a saber: A - apresenta na

tela apenas o sinal que está aplicado ao canal A ou ao amplificador vertical mais a

esquerda do painel frontal; ALT - apresenta na tela os dois sinais dos canais A e B

simultaneamente; CHOP - os dois canais são apresentados simultaneamente,

aplicando um chaveamento nos sinais; ADD - nesta posição o osciloscópio

apresenta em sua tela a soma ou diferença entre os sinais aplicados nos canais A e

B, dependendo do ângulo de defasamento entre eles. Estando em fase, apresentará

a soma dos sinais e tendo um defasamento de 180o apresentará a diferença entre os

dois sinais; B - apresentará apenas na tela o sinal do canal B. Esta chave no modo

ALT permite a comparação entre ângulos de fase, amplitude e medida de freqüência

pelo método de comparação entre dois sinais.

5- Vertical A: este controle deslizante ajusta o feixe verticalmente na tela

para o canal A.

6- Vertical B: este controle deslizante ajusta o feixe verticalmente para o

sinal aplicado no canal B.

7- Focus: ajusta a espessura do traço do osciloscópio para um sinal

aplicado no canal A e B.

8- Astigm: ajusta a espessura do traço em conjunto com o foco,

permitindo uma visualização mais nítida do traço para sinais aplicados nos dois

canais A e B.

9 - Intensidade: ajusta a intensidade de brilho do traço na tela do

osciloscópio. Aqui cabe uma recomendação: não utilize o osciloscópio em sua

intensidade máxima, pois este procedimento diminui a vida útil do tubo de raios

catódicos do osciloscópio, podendo queimar uma única região da tela. A região

central é a de maior demanda de uso.

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10 - Horizontal: este controle deslizante permite movimentar o feixe ao

longo do eixo horizontal da tela. Uma vez que existe apenas uma base de tempo no

osciloscópio de duplo traço, este controle atua nos traços dos dois canais

simultaneamente.

11 - Ganho Horizontal: esta chave multiplica a base de tempo por um,

posição mais a esquerda ou por cinco, posição mais a direita, possibilitando um

ampliação segundo o eixo horizontal da tela. Na medida de freqüência deve-se levar

em conta esta chave em medida direta do período dos sinais.

12 - Base de Tempo: o controle de freqüência do sinal de base de tempo

é feito neste osciloscópio por dois controles: um escalonado e calibrado de 0,2 s/cm

a 0,5 µs/cm em dezoito posições e mais quatro posições específicas, um controle

contínuo sem calibração e adaptado com uma chave, possibilitando um ajuste fino

na freqüência. Este controle em medidas de freqüência deve estar desligado para

não introduzir erros durante o processo de medida.

13 - Borne de Entrada Horizontal: estando a base de tempo desligada, é

através deste borne que será' injetado um sinal que funcionará como base de tempo

do osciloscópio. Este borne é do tipo BNC, onde um conector e um cabo coaxial

deve ser utilizado para ter acesso a esta entrada. Não admite-se a improvisação

durante as aulas práticas.

14 - Chave de Função: esta chave apresenta três posições que distingue

o tipo de sinal a ser aplicado na entrada horizontal: DC - tensão contínua ou tensão

contínua mais alternada; AC - tensão alternada: 0 - nesta posição haverá o

aterramento da entrada do osciloscópio permitindo que se faça o ajuste de zero do

mesmo.

15 - Chave de Inversão de Canal: estas duas chaves permitem que se

faça a inversão de posição dos dois canais respectivamente; esta inversão refere-se

a defasagem de um canal em relação ao outro.

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16 - Amplificador Vertical: como o osciloscópio é de duplo traço ele

apresenta dois amplificadores verticais, sendo um para cada canal. Este controle

apresenta uma chave dupla, sendo uma escalonada em doze posições permitindo

leituras de .01 V/cm a 50 V/cm e uma outra com ajuste contínua que amplia o sinal,

porém não é graduada. Para as medidas de amplitude de sinais, esta segunda

chave deve ficar na posição desligada para não introduzir erros na leitura.

17 - Chave de Funções: sendo dois amplificadores verticais, existem duas

chaves de funções que apresentam as mesmas especificações da chave de funções

do amplificador horizontal, distinguindo o tipo de sinais que deve ser aplicado ã

entrada de cada amplificador vertical.

18 - Bornes de Entrada Vertical: existem dois bornes de entrada vertical

sendo um para cada canal. O situado mais à esquerda é a entrada para o canal A e

o mais à direita a entrada do canal B. Ambos apresentam conectores do tipo BNC e

existe um conector e um cabo adequado para acesso à entrada vertical. Novamente

reiteramos que não devem ocorrer improvisações durante as aulas práticas.

19 - Conjunto de Trigger: este conjunto apresenta quatro chaves e um

potenciômetro com as seguintes funções: Chave Trace - apresenta três posições

sendo duas fixas e uma móvel, onde o traço do osciloscópio pode estar na posição

normal, não aparecendo o traço sem sinal aplicado ou na posição auto onde o traço

está presente mesmo sem sinal aplicado e a posição locate onde uma compressão é

aplicada ao sinal ou ao traço na tela do osciloscópio. Chave Slope: é' uma chave de

inversão de canal, porém ela muda o ângulo de defasagem ou de inicio na tela para

os dois canais simultaneamente. Chave Filter: apresenta três posições: Vit Normal

onde o osciloscópio apresenta a resposta de freqüência já especificada; TV - V onde

um filtro é acionado permitido utilizar o osciloscópio na pesquisa de sinais nos

circuitos verticais de televisão; TV - H idem a anterior porém com referências aos

circuitos horizontais de televisão. Este filtro é de importância pois permite visualizar

sinais de 60 Hz provenientes da mesma rede de alimentação sem perturbações e

sinais um pouco acima da resposta de freqüência do osciloscópio. O potenciômetro

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com a marcação de NÍVEL ajusta o nível ou amplitude do sinal dente de serra da

base de tempo, permitindo com isto fixar a imagem do sinal na tela e ajustando o

início da figura na tela. A última chave é a SOURCE com três posições INT - onde a

base de tempo e os circuitos de sincronismo estão acionados; LINE onde o sinal de

sincronismo é retirado da linha de alimentação e EXT onde um sinal de sincronismo

deve ser aplicado externamente.

20 - Input Trigger: entrada com borne do tipo BNC para o sinal de

sincronismo quando está utilizando sincronismo externo.

02 - FREQUENCÍMETRO DIGITAL De procedência nacional, o freqüencímetro digital apresenta um fácil

manejo e medida de freqüência com boa qualidade. Sua resposta de freqüência é

ampla, fazendo medidas de 0,5 HZ a 600 MHz, com leitura direta.

Em seu painel frontal encontramos os seguintes controles e funções:

1 - Chave ON-OFF: faz a confecção do freqüencímetro a linha de

alimentação de 110 Volts - 60 Hz.

2 - Seletor: seleciona a faixa de resposta de freqüência e o conector de

entrada. Na posição HF o instrumento está apto para medidas de freqüência de 0,5

Hz até 120MHz e o sinal deve ser aplicado à entrada marcada com HF. O sinal vai

diretamente ao instrumento sem passar por nenhum atenuador. Na posição HF (AT)

o sinal aplicado à entrada HF passa por um atenuador de valor fixo antes de efetuar

a medida. Na terceira posição UHF a resposta de freqüência é ampliada até 600

MHz e a entrada a ser utilizada é a com a marcação de UHF.

3 - Entradas: apresenta um conector do tipo BNC para cada entrada cuja

impedância são respectivamente de 1,0 MΩ para a entrada de HF e de 50 ohms

para a entrada de UHF. Um cabo coaxial com conector do tipo BNC deve ser

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utilizado para ter acesso ao instrumento.

4 - Resolução: este controle apresenta quatro posições. Ele determina o

tempo gasto para efetuar cada medida e o número de casas decimais que a medida

será indicada do display. O tempo de medição varia de 12ms para uma casa decimal

a 12 segundos para quatro casas decimais. Este controle é importante na medida de

freqüência de pulsos, principalmente se ele não apresenta forma de onda quadrada

bem definida.

5 - Hz e kHz: são dois leds na cor vermelha que indicam a unidade da

leitura apresentada no display. Podemos observar que a indicação de kHz atua

sobre três posições no controle resolução, fornecendo a leitura com uma, duas e

três casas decimais. Para obtenção da quarta casa decimal, no display será

apresentado apenas um decimal após o ponto decimal mas a leitura será indicada

em Hz.

6 - Med: um led vermelho localizado à esquerda do display na parte

inferior, indica que a base de tempo do freqüencímetro está ligada. O led apresenta-

se na forma intermitente quando a base de tempo está atuando. A velocidade com

que o led pisca, corresponderá ao tempo necessário para fazer uma leitura e

correção do valor no display. Para a última posição do controle de resolução serão

necessários três leituras para que o display apresente o valor correto uma vez que a

medida é feita por aproximações.

7 - Exc: um led vermelho localizado à esquerda do display na parte

superior indica que o nível do sinal de entrada excede à tensão de entrada,

sobrecarregando o freqüencímetro. Para o caso deste fato ocorrer, o sinal deve ser

atenuado para que o freqüencímetro possa fazer a leitura adequadamente.

8 - Nível: este controle possui uma chave e um potenciômetro. Com a

chave desligada, toda girada para a esquerda, o controle de nível do sinal de

entrada é automático e o freqüencímetro adequa o nível necessário para a medida.

Se o nível é inferior às especificações de sensibilidade do instrumento, girando este

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controle para a direita o ajuste de nível passa a ser feito manualmente, permitindo

uma adequação do nível de entrada para que se faça a leitura. A situação freqüente

é deixar o ajuste na posição automática acionada.

9 - Chave de Base de Tempo: Localizada no painel posterior do

instrumento esta chave liga e desliga a base de tempo interna do freqüencímetro,

permitindo que um sinal de base de tempo externa seja utilizado.

10 - Entrada de Base de Tempo: neste conector será introduzido o sinal

de base de tempo externo quando a base de tempo interna for desligada, por ação

da chave acima referida. É importante ressaltar que com a base de tempo desligada

e sem injetar um sinal externo de base de tempo o freqüencímetro não processa a

medida.

11 - Observações: uma situação freqüente na utilização do

freqüencímetro é saber identificar quando o mesmo está apresentando um valor

correto de medida e quando o mesmo está flutuando. Na situação de medida

correta, os números no display apresentam-se bem definidos, podendo variar

apenas o último algarismo em função da instabilidade do sinal aplicado à entrada do

freqüencímetro. Para uma situação de flutuação, verificará que todos os dígitos

estarão mudando a todo instante. Este caso ocorre quando há falta de aterramento,

ou a entrada está em aberto, ou inverte-se as pontas de prova não respeitando o

preferencial de terra, ou o nível do sinal aplicado à entrada é inferior a sensibilidade

do instrumento para a resolução selecionada.

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Figura 02 - Vista frontal e posterior do freqüencímetro digital.

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03 - MULTÍMETRO ELETRÔNICO

O multímetro eletrônico é de fabricação estrangeira, da marca HICKOK

com grande semelhança ao voltímetro eletrônico da marca RADIOMETER RV 24

utilizado em outros Laboratórios.

O procedimento básico para efetuar uma medida é: selecionar o tipo de

medida a realizar através das chaves de funções; escolher a maior escala para a

função anteriormente selecionada; conectar o multímetro ao circuito; fazer uma

avaliação da indicação e escolher a escala mais adequada para a leitura,

posicionando o ponteiro no centro da escala.

Identificando o painel frontal onde estão todos os controles e ajustes do

instrumentos, encontrados:

1 - Chave ON-OFF: faz a conexão do instrumento à linha de alimentação

de 110 Volts, 60 Hertz.

2 - Lâmpada Piloto: monitora o equipamento quanto ao seu estado de

energização. Nas medidas de tensão contínua e corrente contínua a lâmpada piloto

sinaliza se a polaridade está correta. Em uma inversão na polaridade, a lâmpada

piloto ficará no estado intermitente, caso contrário ela estará' acesa continuamente.

3 - Chaves de Funções: encontramos seis chaves de funções que serão

numeradas da esquerda para a direita.

Tensão Contínua: deve ser acionadas a primeira tecla, DC, e a terceira

tecla VOLTS.

Tensão Alternada: acionar a segunda tecla, AC, e a terceira tecla VOLTS.

Corrente Contínua: acionar a primeira tecla, DC, e a quarta tecla marcada

com a indicação mA.

Corrente Alternada: acionar a segunda tecla, AC, e a quarta tecla com a

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indicação de mA.

Resistência: acionar a primeira tecla, DC, e a quinta tecla marcada com a

indicação Z para medida de resistência. No teste de semicondutores a sexta tecla

deve ser acionada, fornecendo nível de teste adequado para tais dispositivos.

Capacitância: acionar a segunda tecla, AC, e a quinta tecla Z.

4 - Escalas: as escalas do multímetro são selecionadas através de nove

teclas, todas na cor branca, posicionadas à esquerda na parte inferior do painel

frontal. Poderão ser selecionadas as seguintes escalas:

Tensão Contínua: 0,15 Volts, 0,5 Volts, 1,5 Volts, 5,0 Volts, 15 Volts, 50

Volts, 150 Volts, 500 Volts, 1500 Volts.

Tensão Alternada: valor eficaz 0,15 Volts, 0,5 Volts, 1,5 Volts, 5,0 Volts,

15,0 Volts, 50 Volts, 150 Volts, 500 Volts, 1500 Volts, valores iguais ao da tensão

contínua. Utiliza-se a mesma escala na cor preta.

Tensão Alternada: valor de pico a pico 0,4 Volts, 1,4 Volts, 4,0 Volts, 14,0

Volts, 40 Volts, 140 Volts, 400 Volts, 1400 Volts e 4000 Volts. A medida em valores

de pico a pico corresponde a mesma medida de tensão alternada, porém com a

possibilidade de leitura direta em valores de pico a pico.

Resistência: x1, x10, x1k, x10k, x100k, x1M e x10M. A leitura é feita na

escala de cor verde.

Capacitância: x100, x10, x1, x0,1, x0,001 µF. A leitura é feita na escala de

cor vermelha.

Corrente Contínua: 0,15 mA, 0,5 mA, 1,5 mA, 5,0 mA, 15 mA, 50 mA, 150

mA e 1500 mA. A escala de leitura é a mesma de tensão contínua, escala na cor

preta.

Corrente Alternada: em valores eficazes as escalas são as mesmas para

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APRESENTAÇÃO DO LABORATÓRIO DE TELECOMUNICAÇÕES 15

corrente contínua, inclusive utilizando as mesmas escalas de medidas.

Decibéis: -20 dB, -10 dB, 0 dB, +10ddB, +20 dB, +30 dB, +40 dB, +50 dB

e +60 dB.

Figura 03 - Vista do painel frontal do multímetro eletrônico.

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5 - 6 - 7 - Bornes de Entrada: o número 5 com o 6, terminal de massa ou

comum são utilizados para medidas de tensão contínua, tensão alternada e

decibéis. Os de números 6 e 7, são utilizados na medida de resistência,

capacitância, corrente contínua e alternada.

8 - ADJ Zero: potenciômetro de ajuste de zero do instrumento. Este

controle ajusta o zero em qualquer função ou escala.

9 - ADJ OO: potenciômetro de ajuste da posição de infinito do instrumento

nas escalas de resistência e de capacitância.

10 - RESET mA/ OHMS / Capacitância: elemento de proteção contra

sobrecarga nas escalas de corrente, resistência e capacitância.

11 - Observações: o multímetro nas escalas de corrente alternada está

calibrado para um forma de onda senoidal e tem uma resposta de freqüência até 50

kHz. Para valores de tensão com a freqüência superior a 50 kHz dois fatos poderão

ocorrer: primeiro o ponteiro faz a deflexão mas indica um valor de leitura errada;

segundo o ponteiro nem faz deflexão. Para o caso de medida de tensão em

freqüência superior à faixa de resposta de freqüência do multímetro, deverá ser

utilizado o osciloscópio que apresenta uma resposta de freqüência mais ampla. A

medida de corrente deverá ser feita pelo método indireto, medindo tensão sobre

uma carga conhecida, utilizando o osciloscópio.

04 - GERADOR DE SINAIS

O gerador de sinais, de procedência estrangeira apresenta dois geradores

de sinais em um só equipamento. Em seu painel frontal temos a separação evidente

dos dois geradores. Na parte da esquerda nos encontramos o gerador principal que

fornece sinais na faixa de 0,01 Hz a 10 MHz com amplitude máxima de 30 Volts de

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APRESENTAÇÃO DO LABORATÓRIO DE TELECOMUNICAÇÕES 17

pico a pico e em três formas de ondas a saber: senoidal, triangular e quadrada. Esse

gerador principal servirá de sinal portadora quando for processado os diversos tipos

de modulação.

O outro gerador situado à direita é um gerador auxiliar ou secundário que

fornece sinais em três formas de ondas: senoidal, triangular e quadrada na faixa de

freqüência de áudio é um nível de sinal de menor amplitude, comparando ao gerador

principal. Ele será utilizado como sinal modulante ou sinal de informação quando for

processado qualquer tipo de modulação interna no gerador principal.

É importante relembrar que este equipamento apresenta uma impedância

de saída de 50 ohms. Este valor deve ser respeitado, caso contrário haverá

sobrecarga nos amplificadores de saída do gerador principal provocando danos a

tais circuitos. Este fato vem ocorrendo com certa freqüência e provocando danos

parciais neste tipo de equipamento.

Dados as principais características dos geradores que compõem o

equipamento, passemos a identificar seus controles e ajustes.

Gerador principal ou de portadora

1 - Lâmpada Piloto: um led na cor vermelha monitora o estado de

energização do equipamento. É de interesse ressaltar que a chave de alimentação

do gerador encontra-se no painel posterior do mesmo.

2 - Seletor de Faixa de Freqüência: são nove teclas que fazem a seleção

da faixa de freqüência de operação do gerador principal. O valor marcado acima de

cada tecla multiplica o valor escolhido no dial de freqüência.

3 - Dial de Freqüência: disco graduado, que, dentro da faixa de freqüência

selecionada, determina a freqüência de operação do gerador principal.

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4 - Ajuste de Amplitude: este ajuste determina a amplitude de saída do

gerador principal e é efetuado por três teclas graduadas em x0,1; x1; e x10 onde

seleciona a faixa de amplitude que é determinada através de um potenciômetro

localizado logo acima das teclas onde um ajuste contínuo é' realizado. Um fato

importante deve ser verificado: o gerador principal apresenta uma amplitude mínima

de saída diferente de zero.

5 - Seletor de Forma de Onda: este controle feito por três teclas permite

selecionar as três formas de ondas possíveis, uma por vez, para o sinal de saída:

senoidal, triangular ou quadrada.

6 - Borne OUT: conector do tipo BNC ou popularmente conhecido como

tipo baioneta, que permite o acesso ao sinal de saída do gerador principal. Um cabo

coaxial de 50 ohms com conector do mesmo tipo de um lado e pinos banana do

outro deve ser utilizado na conexão do gerador principal aos diversos circuitos ou a

outros equipamentos.

7 - Var e Sym: o primeiro uma tecla aciona o potenciômetro acima de

simetria da forma de onda. Através destes dois controles podemos modificar a

simetria da forma de onda segundo o eixo vertical e obter através de um sinal

senoidal um forma de onda do tipo dente de serra. A tecla var não acionada

posiciona qualquer forma de onda simetricamente segundo o eixo vertical.

8 - ON e OFFSET: a tecla ON aciona o potenciômetro de OFFSET que

modifica a simetria da forma de onda segundo o eixo horizontal. Tais controles

permitem obter um sinal com forma de onda quadrada positiva ou apenas negativa,

quando uma forma de onda quadrada é empregada. Nos outros tipos de forma de

onda, o resultado é a soma de um nível contínuo às formas de onda.

9 - OUT TRIG: conector do tipo BNC que permite acesso à saída de uma

forma de onda quadrada de amplitude constante e freqüência determinada pela

freqüência de operação do gerador principal. Este sinal é útil quando for necessário

utilizar um sinal de disparo para controle de osciloscópio.

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APRESENTAÇÃO DO LABORATÓRIO DE TELECOMUNICAÇÕES 19

10 - Chaves de Funções ou de Modulação: são sete teclas que

determinam a função do gerador principal. Da direita para a esquerda encontramos:

OFF: desliga qualquer tipo de modulação do gerador principal e o mesmo

funciona como um gerador de sinais puro

GATE: bloqueio - este tipo de modulação faz com que o gerador principal

seja bloqueado quando o sinal modulante é aplicado ao gerador principal

TRIG: disparo - esta modulação faz exatamente o oposto a modulação

gate. O gerador não apresenta sinal de saída; na presença do sinal modulante o

gerador principal passa a fornecer um sinal de saída. O sinal modulante comanda o

disparo ou funcionamento do gerador principal.

SWP: varredura - a modulação de varredura provoca uma falsa

modulação em freqüência no gerador principal. Sua freqüência é variada apenas de

um lado da freqüência média, comandada pelo sinal modulante. Um aumento na

amplitude do sinal modulante aumenta a extensão de varredura do sinal portadora

enquanto que uma variação na freqüência modulante produz modificações na

velocidade com que ocorre uma varredura completa.

FM: ao acionar esta tecla o gerador principal passa a gerar uma

modulação em freqüência cuja freqüência portadora é determinada pela freqüência

de operação do gerador principal e cujo desvio de freqüência é determinado pela

amplitude do sinal modulante. É importante salientar que a modulação em

freqüência apresentada pelo gerador nesta função varia a freqüência abaixo e acima

da freqüência portadora do gerador principal e a velocidade de variação da

freqüência é determinada pela freqüência do sinal modulante.

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Figura 04 - Vista do painel frontal do gerador de funções.

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APRESENTAÇÃO DO LABORATÓRIO DE TELECOMUNICAÇÕES 21

AM: acionando esta tecla temos na saída do gerador principal um sinal

com modulação em amplitude. O modulador é do tipo simétrico e quando houver

uma sobremodulação o sinal modulado apresentará uma inversão de fase na

envoltória do sinal modulado. A profundidade de modulação ou índice de modulação

é ajustado através da amplitude do sinal modulante, no caso, a amplitude do sinal do

gerador secundário.

EXT: acionando esta tecla o usuário tem acesso a todos os tipos de

modulação porém com modulação externa. Isso significa que o gerador secundário é

desligado e um sinal externo ao gerador de funções deve ser aplicado para haver

uma das modulações anteriormente referidas.

11 - Seletor de Forma de Ondas: são três teclas que determinam a forma

de onda do gerador secundário. Poderão ser escolhidas as formas de ondas

quadrada, triangular ou senoidal.

12 - FREQ/Hz/: tal ajuste é feito por um potenciômetro em um ajuste

contínuo e por três teclas que determinam a faixa de freqüência. A variação de

freqüência ajustada está entre os limites de 0,01 a 10 kHz para qualquer tipo de

forma de onda escolhida.

13 - AMP (V): este potenciômetro faz o ajuste contínuo da amplitude do

sinal do gerador secundário. Apresenta um valor mínimo igual a zero. É através

deste controle que teremos o ajuste do índice de modulação quando na função de

modulação em amplitude ou ajuste de desvio de freqüência quando na função de

modulação em freqüência.

14 - SYM: é um potenciômetro que permite um ajuste contínuo da simetria

da forma de onda segundo o eixo vertical para qualquer sinal do gerador secundário.

Neste caso não existe uma posição automática para a correção de simetria e o

usuário deve fazer o ajuste antes de ajustar a freqüência do gerador secundário.

15 - MOD OUT: conector do tipo BNC ou baioneta que fornece o sinal de

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saída do gerador secundário.

16 - EXT IN: conector do tipo BNC que permite acesso a entrada de

modulação do gerador principal quando a tecla EXT é acionada e um dos tipos de

modulação é solicitado do gerador principal.

Observações pessoais

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APRESENTAÇÃO DO LABORATÓRIO DE TELECOMUNICAÇÕES 23

Questionário da Exp. No 01 Nome: ___________________________________________ No _____ Turma: ____

01 - Descreva o processo de medida de tensão utilizando o osciloscópio.

02 - Estabeleça uma relação entre os valores médio ou DC, valor eficaz, de pico e

valor de pico a pico.

03 - Enumere os controles que serão utilizados para fixar um sinal senoidal na tela

do osciloscópio.

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04 - Desejando alterar o número de ciclos apresentados na tela do osciloscópio, cite

os controles que devem ser ajustados para obter tal intento.

05 - Descreva o processo de medida de freqüência utilizando a base de tempo

calibrada do osciloscópio.

06 - Quais os parâmetros a serem observados na comparação entre dois sinais

alternados em um osciloscópio.

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APRESENTAÇÃO DO LABORATÓRIO DE TELECOMUNICAÇÕES 25

07 - Cite as situações que podem provocar um estado de flutuação em uma medida

utilizando o freqüencímetro.

08 - Qual a função do controle RESOLUÇÃO no freqüencímetro.

09 - Descreva o processo de medida de tensão utilizando o multímetro eletrônico.

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10 - Como será observável a inversão das pontas de prova ou inversão de

polaridade no multímetro?

11 - Qual a maneira correta de ligar os instrumentos abaixo relacionados:

osciloscópio - multímetro - freqüencímetro.

12 - Descreva a maneira correta de ajuste de um sinal senoidal na saída do gerador

de funções. Não é preciso fazer qualquer tipo de modulação.

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APRESENTAÇÃO DO LABORATÓRIO DE TELECOMUNICAÇÕES 27

13 - Descreva a maneira correta de ajuste de modulação no gerador de funções.

Especificar os ajustes de amplitude e freqüência dos sinais portadora e

modulante.

Bibliografia

O conteúdo desta aula prática foi retirado dos manuais dos equipamentos

a serem utilizados, sendo que o questionário objetiva rememorar as atividades

básicas na utilização correta destes equipamentos.

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