Ese Negro Fantasmal de Palés Matos

8/16/2019 Ese Negro Fantasmal de Palés Matos

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Inti: Revista de literatura hispánica

Volume 1 | Number 29 Article 7

1989

Ese negro fantasmal de Palés Matos Alba Lia Barrios

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Citas recomendadasBarrios, Alba Lia (Primavera 1989) "Ese negro fantasmal de Palés Matos," Inti: Revista de literatura

hispánica: No. 29, Article 7. Available at: hp://digitalcommons.providence.edu/inti/vol1/iss29/7

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ESE NEGRO F NT SM L D E P L ES M TOS

l b a L í a B a r r i o s

Caracas

A f u e r z a d e r e p e t i r s e , c i e r t a s o p i n i o n e s a d q u i e r e n r a n g o d e o f i c ia l id a d , m á s

a ú n s i s o n a v a l a d a s p o r r e n o m b r a d o s c r ít ic o s . I m p o s i b le d e s c o n o c e r l a s . S u

p o p u l a r i d a d s e i n t e r p o n e e n t r e e l t e x t o y n o s o t r o s . S e c o n v i e r t e n e n u n a

s u e r t e d e i n v i t a c i ó n f o r z a d a a s e g u i r u n c a m i n o q u e d e a n t e m a n o n i e g a o t r o s

a c e r c a m i e n t o s q u e n o t r a n s i te n p o r e s a v e r e d a r e al . S in e m b a r g o , t o d a

of i c ia l idad o ve r d ad de ap a r i e nc i a i nco n te s t a b l e t i ene l a v i rt ud de vo lve r se

s o s p e c h o s a , y d e s p e r t a r el d e s e o d e ll ev a r e l c a s o a t r i b u n a l e s p a r a

s o m e t e r l o a n u e v a s i n d a g a c i o n e s . T a l s u c e d e c o n el j ui ci o r e p e t i d o q u e v e

en P a l é s M a to s ( 189 8- 19 59) un r e iv ind icador d e l a r a z a ne gr a en Am ér i ca ,

a s í c o m o G u i ll en y o t r o s g r a n d e s e x p o n e n t e s d e la n e g r i tu d . E n s u n o t a b l e

e n s a y o L i t er a tu r a e i d e n t id a d n a c io n a l e n P u e r t o R i co J o s é L u is G o n z á l e z

d i c e q u e l a p o e s í a d e s u c o t e r r á n e o s i g n i f i c a

un descubrimiento señero y

definitivo: la afroantillanidad raigal de nuestra identidad de pueblo

,

1

P a r a

M a r g o t A r c e d e V á z q u e z , p r o l o g u i s t a d e

Poesía Com pleta,

(edició n d e la

B i b l i o te c a A y a c u c h o ) . P a l é s M a t o s [f]ue de los primeros en nuestro

hemisferio en reconocer la dignidad personal del negro, su identidad como

hombre y creador de cultura.

2

Por su pa r t e , M iguel E n gu ída no s , qu i en con

tan to ac i e r to s i t úa la ne gr e r í a de Pa l é s en e l t e r r e no de lo f an t a s m a l :

La

negrería de Palés es tan soñada, tan fantasmal, está tan más allá de las



66 INTI N° 2 9 -3 0

órbitas del tiempo, com o el tenebroso imperio de la noche o la ciudad de

las grandes torres negras

3

), c a e , no ob s t a n t e , en la t en t ac ió n de l c am ino

r e a l c u a n d o m á s a d e l a n t e a f i r m a :

Palés ha descubierto como pocos la

personalidad del negro.

4

L o m i s m o s u c e d e c o n e l m a r x i s t a G . P i e r r e

C h a r l e s , q u i e n d e s p u é s d e r e c o n o c e r q u e e l p o e t a

habla de un negro

idealizado, descontextuaiizado, y de un Africa exótica,

d i c e q u e

reivindica

el orgullo del negro de ser negro

y

que llega al grito de protesta contra la

realidad social.

5

El m i s m o P a l é s c o n t r ib u y ó a e s a i d e n ti fi c a ci ó n q u e t a n m e c á n i c a m e n t e

s e e s t a b l e c e e n t r e s u p o e s í a y l o n e g r o , y a q u e s u

Tun Tun de Pasa y

Grifería

( 1 9 2 5 - 1 9 3 7 ) , s e c o n v i r t ie r a , s in r a z ó n , e n lo m á s r e p r e s e n t a t i v o

d e s u o b r a , c u a n d o e n v e r d a d o c u p a , p r o p o r c i o n a l m e n t e , u n a p a r t e m e n o r e n

e l c o n j u n t o . C o n t r i b u y ó c o n e n t r e v i s t a s y a r t í c u l o s p o l é m i c o s s o b r e la

a f r o a n t il l a n id a d , q u e c a u s a r o n u n a p e q u e ñ a t o r m e n t a , d e p e r m a n e n c i a e n e l

r e c u e r d o , e n l a v i d a c u lt u ra l p u e r t o r r i q u e ñ a . E n e s a é p o c a d i c e c o s a s t a n

c o n t u n d e n t e s c o m o :

Me refiero al negro. Una poesía antillana que excluya

ese poderoso elemento me parece casi imposible.

6

S in e m b a r g o , t o d o e s t e s ú b i t o a f r o a n t i ll a n i s m o c o n t r a s t a c o n e l r e s t o d e

s u p o e s í a a n t e r i o r y p o s t e r i o r , c u y o s r a s g o s d is t in t i v o s s o n

intimismo,

ensoñación

— a l es t i lo d e P oe — ,

tonos delicados

y

cadencia suave.

N ac e la

p o e s í a p a l e s i a n a m a r c a d a p o r e l M o d e r n i s m o (

A z a l e a s

, 19 15 ) . Lujo y

c in c e l. Y d e s d e e n t o n c e s e s e s p l e e n s e r á s i e m p r e s u t o n o f u n d a m e n t a l ,

e x c e p t o e n s u s e x p e r i m e n t o s d i e p a l i s t a s y a f r o a n t i l la n o s . P o e s í a d el y o e n

r e c ó n d i t a c o n t e m p l a c i ó n , p a i s a j e e x ó t i c o o e x o t i z a d o , a t m ó s f e r a

v o l u p t u o s a d e s e m i t r a n s p a r e n c i a s , m o d e r n i s m o , e n f i n . . .

M o s t r e m o s e j e m p l o s d e e s a e n s o ñ a c i ó n m e l a n c ó l i c a q u e r e c o r r e s u s

v e r s o s e n

Azaleas.

L e a m o s l a s p r i m e r a s l í n e a s :

Es te s i lenc io l leno d e m orf ina ( Med ia n och e )

E l c h a m p a g n e d e l a t a r d e s e d a t i v a ( E l b e s o )

Ba jo l a s nu b es p lú m be as y l e t í f e r a s ( D ía nub lado )

E l r ío e s un a m e lanc o l í a e s t i r a da y so f o ca n t e ( E l río )

U n a v e h e m e n c i a a d o r m e c i d a e n l o s p l i e g u e s d e la c a l m a ( P r e -a m o r )

D e t e n g á m o n o s t a m b i é n u n p o c o e n a l g u n o s c u l t i sm o s y e x o t i s m o s p ro p i o s d el

g u s t o m o d e r n i s t a :

O h A m a d a e s p u m í g e n a , tu s e m b l a n t e a r c a n g é l i c o ( P á g i n a í n ti m a )



ALBA LIA BARRIOS

6 7

ba jo la pe dr e r í a de l a no ch e e s t r e l l ad a bo r r ac ho en e l z a f i r o d e un

d e s m a y o a m o r o s o ( F a n t a sí a )

S in f a l t a r e l g r an s ímbolo de l a pe r f ecc ión e s t e t i c i s t a :

e n t o n c e s g i m i ó e l

cisne

d e mi an si a ( El be so )

E s p o e s í a b l a n c a d e h o m b r e b l a n c o . N o h a y a q u í n i n g u n a b ú s q u e d a d e u n a

exp r e s ió n an t i l lana , y m en o s aún de la i den t idad a f r o ca r i beñ a . S in em ba r go ,

e l e n t o r n o n a t a l n o e s t á t o t a l m e n t e e x c l u i d o . G u y a m a , p a t r i a c h i c a d e

P a l é s , e s c i t a d a v a r i a s v e c e s , y el p a i s a j e i sl e ño , a u n c u a n d o s u m a m e n t e

e s t i l i z ado pa r a se r v i r m ás a l a c a u sa d e un e s t i lo qu e a la d e un a r ea l idad ,

a p a r e c e e n a l g u n o s p o e m a s d e

Azaleas

c o m o e n t o d o s s u s l i b r o s

p o s t e r i o r e s .

B a j o e s t o s p a l i o s tr o p i c a l e s y j u n t o a ti s u e ñ o c o s a s o r i e n t a l e s

( D an s la nui t )

So br e l a e s p ig a fl o rida de l a c a ñ a de azú ca r :

C o m o s i u n a n u b e s e h u b i e s e d o r m i d o

s o b r e la e s m e r a l d a d e l c a ñ a v e r a l ,

c o n u n g r i s s e d o s o , m e d i o d e s t e ñ i d o

la g u a j an a f l e cha l a v i s t a e sp ec t r a l . ( L a gua j an a )

Y d e la ce i ba :

E l l a e n t r a ñ a e l r e c u e r d o r e c ó n d i t o y f r a g a n t e

de una p r ince sa i nd i a de pup i l a mor una

qu e sum er g i ó en e l río su cu e r p o pa lp i t an t e

ba jo la an em ia c ró nica d e la pá l id a luna ( La ce iba )

O hay:

d u l c e d u m b r e d e p a l m e r a q u e s a l t r a g a ( B o g u e m o s )

O :

e l ga l lo de l bohío su sonoro

c l a r ine t e r e s u e n a en e l ba t ey ( M edio d í a )



6 8

INTI N° 2 9 -3 0

P e r o n o e s la p r e s e n c i a , s i n o e l c ó m o d e e s a p r e s e n c i a lo q u e n o s

i n t e r e s a d e s t a c a r : e l p a i s a j e e n P a l é s , m á s q u e o b j e t o d e u n a b ú s q u e d a e s

u n m e d i o p a r a la e x p r e s i ó n d e i n ti m i d a d e s y c o n s t r u c c i ó n d e a t m ó s f e r a s . Y

n o e s u n c u e s t i o n a m i e n t o d e e s t a e s t é t i c a

per se

l o q u e p r e t e n d e m o s s u g e r i r

c o n n u e s t r a i n s i s t e n c i a , s i n o u n c u e s t i o n a m i e n t o d e la c r í ti c a q u e s e h a

e m p e ñ a d o e n f a b r i c a r u n p o e t a a l a m e d i d a d e s u s v a l o r e s s o c i o c u l t u r a l e s ,

d e s c u i d a n d o l as v e r d a d e r a s i n q u i e t u d e s d e l c r e a d o r , p r e s e n t e s e n lo s

r a s g o s f u n d a m e n t a l e s d e l a t o ta li d a d d e s u o b r a .

A s í , p u e s , d e s d e e s t e p r i m e r l i b r o r e s u l t a p a t e n t e s u v i s i ó n e x t r a n j e r a

— e x o t i s t a — d e lo a m e r i c a n o . M u y m o d e r n i s t a — y d e a s c e n d e n c i a

r om ánt i ca — por lo d em ás : l os i nd ios d e Da r ío so n t an exó t i cos com o l a s

p r i n c e s a s o r i e n t a l e s . E s u n a s u e r t e d e e x t r a ñ a m i e n t o q u e a l e j a lo c e r c a n o ,

h a c i é n d o l o a j e n o e i n s ó li to . N o s e t r a t a , c o m o e n la t e o r í a d e l

E x t r a ñ a m i e n t o d e S k l o v s k y , d e r e d e s c u b r i r lo p r o p i o c o n n u e v o s o j o s .

A q u í lo v e r n á c u l o a d q u i e r e u n a s i n g u l a r c i u d a d a n í a e n a lg ú n p a r a í s o

imagina r io , d e j an do muy a t r á s e l o r igen t e r r ena l d e su i nsp i r ac ión . E s to e s

e s p e c i a l m e n t e c l a ro e n e l p o e m a B o g u e m o s , d o n d e u n a a t m ó s f e r a —

sigu iend o la un idad de e f ec to d e Po e — I mp r egna con su s ign i f ic ac ión tod os

l o s e l e m e n t o s d e l p a i s a j e m a r i n o , e n e l c u a l s e r í a d if íc il , a p e s a r d e e s a

dulcedumb re de palmera que sal traga,

r e c o n o c e r n u e s t r o C a r i b e .

L a b ú s q u e d a d e n u e v o s e s t i l o s

diepallsmo, afroantillanismo

al est i lo d e

Gui ll én ) m a r c a c i e r to pe r ío do de la obr a pa l e s i a na , pe r o e s a s i ncu r s ion es no

a l t e r a n e l c a u c e f u n d a m e n t a l q u e e x p e r i m e n t a s u p r o p i a e v o l u c i ó n i n t e r n a .

Y e s t e c a u c e lo a b r e

Azaleas,

c u y o s r a s g o s h e m o s e s t u d i a d o v i n c u l a d o s a l

M o d e r n i s m o y a P o e . P o é t i c a d e la e n s o ñ a c i ó n , c o m o s u g i e r e E n g u í d a n o s , y

d e la c o n s t r u c c i ó n d e m u n d o s f a n t a s m a l e s p a r a la e x p r e s i ó n d e í n ti m o s

s e n t ir e s . D e s p u é s d e

Azaleas

o t r o e l e m en to co m ple t a r á su pe rf il : la i r on ía .

Al p a s o de l t i emp o su e s t i l o se a f i an za y d ep u r a su ex pr e s ió n . E s un

p r o c e s o q u e v a l l e v á n d o s e a c a b o e n

Program a silvestre

( 1 9 1 5 - 1 9 1 6 ) y

Palacio en sombras

( 1 9 1 8 - 1 9 1 9 ) , h a s t a c u l m i n a r e n

Canciones de la vida

media

( 1 9 2 0 - 1 9 2 9 ) y

Ultimos poemas

( 1 9 5 4 - 1 9 5 7 ) .

Al final de

Program a Silvestre

a p a r e c e n s u s p r i m e r o s e n s a y o s d e

p o e s í a j í b a r a ; N i ñ a P a q u i t a y E s t a i n f a n c ia s o n e j e m p l o s d e e s a

v e r t i e n t e d e m e n o r i m p o r t a n c i a e n l a p o e s í a d e l a u t o r . E s t e g é n e r o

c o s t u m b r i s t a , q u e p e r s i g u e lo t í p ic o a t r a v é s d e la t r a n s c r i p c i ó n o

r e m e d o f o n é t i c o d e l h a b l a p o p u l a r , c o n f r e c u e n c i a c a y ó e n u n fo l k l o ri s m o

h a r t o s u p e r f i c i a l :

J e , J e , e s a t r i g u e ñ a ñ a m á n i ñ a P a q u i t a

se lv i r ía pa un t em a en mi cu a t r o t em plao ,

y pa echa i l e ma í s a t oa s mi s ga l l i na s ,

y en la no ch e d e rey es ba ila l se l se i ch or re ao . ( Niña Paq ui ta )



ALBA LIA BA RR IOS 69

E s en

Palacio de sombras

d o n d e a p a r e c e el t e m a d e l n e g r o e n la p o e s í a

de P a l é s . E n e l p oe m a in ic ia l ha l l am os muy de pa so un a r e f e r enc i a q u e t i ene

p a r a n o s o t r o s u n v a l o r i n d i c i a l s o b r e e l t r a t a m i e n t o i d e o l ó g i c o d e l t e m a :

Los negros milenarios con su torva vendimia de tormentas

(E l pa lac io en

s o m b r a s ) . Y e s t a id e o l o g í a s e d e s p l i e g a e n " E s t a n o c h e h e p a s a d o " (t e x to

que con c i e r tos c ambios de e s t i l o apa r ece r á más t a r de en p r osa con e l t í t u lo

"Pu eb lo de negr o s" ) . Se de sp l i eg a s in r emi lgos con e s t il o se ve r o y d i r ec to ,

m u y e n c o n t r a s t e , p o r c i e rt o , c o n s u t ó n i c a f u n d a m e n t a l . ¿ S e r í a p o r e s o

q u e d e c i d ió t r a b a j ar l o d e s p u é s e n p r o s a ? El c a s o e s q u e e s t e p o e m a p u d i e r a

f o r m a r p a r t e d e u n a a n t o l o g í a d e la l i te r a t u ra a n t i - n e g r i s t a . P o c a s v e c e s

h e m o s l e í d o a l g o m á s a b i e r t a m e n t e d e s p r e c i a t i v o , s i n t a p u j o s n i

e u f e m i s m o s , c o n t r a e l n e g r o . E s u n t o n o h i r i e n te — l e j o s l a v a p o r o s a

d e l i c a d e z a m o d e r n i s t a — , q u e s e s o l a z a e n e x p r e s i o n e s c o m o

caserío

inmundo, ásperos tufos de lodos y amoníacos.

E l tópico d e la ag res i vid ad

po tenc i a l de l negr o se r e sue lve en :

¡No L a po m pa joc un da de e s t a s t r ibus ha mue r to .

L e s q u e d a u n a r e m o t a t r is t e z a c u a d r u m a n a ,

un a pa s ió n a r d i en t e por l os b r a vo s a l co ho le s ,

e l odio mi lenar io de l b lanco, y la insac iable

l u ju r ia d e l a s t o s c a s u r g e n c i a s p r im i t iv a s

V i si ón d e g r a d a d a d e l a r a z a , q u e e n l a ú l ti m a e s t r o f a s e r e m a c h a c o n

esta

raza ya hundida para siempre.

R e u n i d o s e n e s t e t e x to e s t á n l o s e s t e r e o t i p o s d o m i n a n t e s s o b r e el

n e g r o , e x p u e s t o s d e l a f o r m a m á s d i re c t a y a c e n t u a d a ; a s í , s in d i s c r e c i o n e s

e s t r a t é g i c a s o s e n s i b l e s , I rr u m p e la a c ti tu d p e y o r a t i v a d e l a c l a s e s u p e r i o r .

E s t e r e o t i p o s q u e h a n e c h a d o f u e r t e s r a í c e s e n n u e s t r a cu l t u r a d o m i n a d a p o r

la r a z a b l anca , y qu e , s eg ú n los e s tud io s d e M or eno F r ag ina l s , na ce n de l a

v io l en c i a c a r ce l a r i a d e la p l an t ac ió n co lon ia l . P r e ju i c i os ocu l tos i nc lus ive

en e l t r a s f ondo de mucha l i t e r a tu r a a f ec t a a l negr o , en l a cua l se d i s f r azan

la a c t i tud de n i g r an te y l a s h i r i en t e s ex pr e s io n es : " luju ri a " s e con v ie r t e en

" e x u b e r a n c i a " , " f u e r z a s e x u a l " y " t e lú r i c a" : l a b r u j e r í a a d q u i e r e u n

en ca n t o f o lk ló ri co y l a hos t i l idad ha c i a al b l an co qu e d a r ed uc ida a un a i r e

m e lanc ó l i co qu e "d ign if ic a " ( b l a nq ue a ) l a negr i t ud . De un l ado t e n e m o s la

ca r a f e r oz , de l o t r o e l s e l l o de un "buen sa lva j e " , ambos l ados de l a mi sma

m on ed a . A e s t e ú l timo l ado pe r t e n ec e e l l ib ro a f r oan t i l l ano de P a l é s (

T u n

tun d e pasa y grifería .

S u p r i m e r a m u e s t r a y a a p a r e c e , s in e m b a r g o , e n

" D a n z a r i n a a f r i c a n a " d e

Otros Poemas

( 1 9 1 7 - 1 9 1 8 ) , q u e r e c o g e e l

e s t e r e o t i p o d e s e n s u a l i d a d p ri m it iv a d e l a m u j e r n e g r a :

O h n e g r a d e n s a y b á r b a r a : T u s e n o

e s c o n d e e l s a l o m ó n i c o v e n e n o .



7 0

INTI N° 29 -3 0

Y d e s a t a te r r i b l e s e s p i r a l e s ,

c u a n d o a l r e d e d o r d e l m a c h o r e s i s t e n t e

t e r e v u e l v e s , p o r o s a y a b s o r b e n t e ,

c o m o l a a r e n a d e t u s a r e n a l e s .

C o n

Canciones de la vida media

( 1 9 2 5 ), d e c í a m o s a n t e s , ll e g a l a p o e s í a

d e P a l é s a s u m a d u r e z . El e s t il o s e d e p u r a y a d e n s a . E n e l p r i m e r p o e m a

e x p o n e s u b ú s q u e d a :

A h o r a v a m o s d e n u e v o a c a n t a r , a l m a m í a :

a c an ta r s in pa l abr a s .

D e s n ú d a t e d e i m á g e n e s y p o d a e x t e n s a m e n t e

t u s v i ñ a s d e h o j a r a s c a .

P a r a l e l a m e n t e P a l é s r ea l iz a s u f u g a z e x p e r i m e n t o v a n g u a r d i s t a ,

l l a m a d o " d i e p a l i s m o " , e n e l c u a l c u l t iv ó e l r i tm o p e r c u s i v o y l a

o n o m a t o p e y a , r a s g o s q u e u n p o c o m á s t a r d e i n t e g r a r á a l a p o e s í a l l a m a d a

a f r o a n t i l l a n a . A c o r d e c o n e l e s p í r i t u m á s e x t r e m o d e la v a n g u a r d i a

e u r o p e a , e l

diepalismo

s e r e b e l a c o n t r a e l s i g n i f i c a d o c o n v e n c i o n a l d e la

p a l a b r a y e n s a y a u n p u r o

arte de los sonidos

V e a m o s u n a e s t r o f a d e

" O r q u e s t a c i ó n d i e p á l i c a " :

G u a u G u a u A u - a u , a u - a u , a u - a u . . . h u u u u m m m . . .

La no ch e . La luna . E l cam po . . . huu um m m . . .

Z i , z i , z i -z i , z i -z i , co-quí , co-quí , co-co-quí . . .

H ie r ve l a abs t r usa zoo log ía en l a sombr a .

S i l e n c i o H u u u u u u m m m m m m

L a s ú l t i m a s l í n e a s c o n s u e x p l i c a c i ó n r o m p e n e l e f e c t o d e u n a p u r a

a t m ó s f e r a d e s o n i d o s . N o e r a fá cil d e s p r e n d e r s e d e t o d a u n a t ra d i ci ó n d e l

s i g n i f i c a d o c o n c e p t u a l d e l a p a l a b r a , e l m e j o r c a m i n o e r a b u s c a r u n a

in t egr ac ión con la su ge r en c i a de l r itmo . Y e so ocu r r e en su f am o so

Tun tun

de pasa y grifería

( l é a s e T u n t un d e n e g r o y m u l a t o ). P a s a e n t o n c e s P a l é s a

u n p r im e r p l a n o d e la e s c e n a p u e r t o r r i q u e ñ a c o m o d e n o d a d o d e f e n s o r d e l

e l e m e n t o a f r i c a n o e n l a e x p r e s i ó n c a r i b e ñ a .

E s t e p a s o e s s i n d u d a c o h e r e n t e c o n u n a n e c e s i d a d d e i n c u r s i o n a r e n

n u e v o s e s t il o s , p e r o e s t á m u y l e j o s d e s e r lo m á s r e p r e s e n t a t i v o d e l a o b r a

p a l e s i a n a . E s u n a e t a p a a l e j a d a , c o m o e l " d ip lo m a " , d e s u v e n a f u n d a m e n t a l .

L a i d e n t i fi c a c i ó n d e P a l é s y la p o e s í a n e g r o i d e s e d e b e m á s b i e n a la

e x t r e m a d if u s ió n q u e a l c a n z a e s t e lib ro , t a n t o p o r l a s p o l é m i c a s e n c e n d i d a s

q u e s u s c i t ó e l t e m a

7

e n t o r n o a l a n a t u r a l e z a d e u n a p o e s í a c a r i b e ñ a , c o m o



ALBA LIA BA RR IOS 71

p o r e l c r e c i e n t e i n te r é s q u e la v a n g u a r d i a e u r o p e a m o s t r a b a e n t o n c e s p o r el

a r t e a f r i c a n o .

E s la é p o c a d el J a z z y S c o t t F i tz g e r a ld , d e P i c a s s o d e s c u b r i e n d o la

p l á s t i c a a f r i c a n a , d e la p o e s l a - s p i r i t u a l d e V a c h e l L i n d s a y . T a m b i é n d e l

p r im i t iv i sm o d e l a d u a n e r o R o u s s e a u y d e G a u g u i n , y d e l s u r r e a l i s m o

po nie nd o de r e li eve lo i nst in t ivo , l a i r r a c iona l idad . L as co nd ic io ne s e s t ab an

d a d a s . N o s ó l o h a b í a u n a r e a li d a d a f r o a m e r i c a n a e s p e r a n d o s u t u r n o e n el

a r t e , s i n o t a m b i é n u n f u e r t e m o v i m i e n t o c u l t u r a l h a c i a e l a r t e n e g r o y

p r i m i t i v o .

A d e m á s , y e s t o q u e r e m o s s u b r a y a r l o , e x i s t í a d e s i g l o s a t r á s u n a

t ra d i ci ó n i d e o l ó g i c a y e s t i lí s t ic a s o b r e lo n e g r o e n n u e s t r a l e n g u a e s p a ñ o l a

con la cua l ent ronca e l Tun tun d e P a l é s .

N o e s , p u e s , e l p r o d u c t o d e u n a p e r s i s t e n t e v o c a c i ó n p o r e s t e t e m a , o

p o r la c a u s a d e u n a r a z a o p ri m i d a q u e q u i e r e d e u n a n u e v a i m a g e n q u e le

p e r m i t a e n c o n t r a r s e a s í m i s m a . E s m á s b i e n e l p r o d u c t o d e u n a s e r i e d e

c i r c u n s t a n c i a s c o y u n t u r a l e s q u e d e s p e r t a r o n e n P a l é s e l i n t e ré s ,

f u n d a m e n t a l m e n t e p o é t i c o , h a c i a l o s e s t e r e o t i p o s c r e a d o s p o r n u e s t r a

c u l t u ra b l a n c a . L a v e r d a d e r a id e n t if ic a c ió n d e P a l é s e s — c o m o h e m o s

i n s i st i d o — c o n e s a l í n e a s u b j e t i v a y e x q u i s i t a q u e t r a n s i t a d e s d e e l

M o d e r n i s m o m á s l u j o s o , p o r l a s p e r t u r b a c i o n e s al e s t i lo d e P o e , h a s t a e l

l i r i smo hondo y a scé t i co de Canciones de la vida media y Ultimos poemas.

P o r o t r a p a r t e , n o e s t á d e m á s r e c o r d a r e n e s t e p u n t o a q u e l l a v a l o r a c i ó n t a n

n e g a t i v a d e E s t a n o c h e h e p a s a d o , q u e a n t e s c o m e n t a m o s . A s í c o m o

d e b e m o s t o m a r e n c u e n t a la c o n c e p c i ó n d e l n e g r o e n s u n o v e l a i n c o n c l u s a

Litoral: Reseña de una vida inútil

p u b l i c a d a e n f e c h a p o s t e r io r ( 1 9 4 9 ) a s u s

p o e m a s d e l

Tun tun.

E n e l c a p í t u l o B a q u i n ó , d e d i c a d o a l t e m a n e g r o ,

t e n e m o s d e n u e v o , c o m o e n D a n z a r i n a A f r i c a n a , e s a v i s ió n d e

e s t e r e o t i p o s d e s c o n t e x t u a l i z a d o s q u e e s c o n d e n , d e t r á s d e u n a s u p e r f i c i e

a t r a c t iv a , u n a c o n c e p c i ó n d e v a l u a d a d e l a r a z a . E n B a q u i n é el r e c u r s o

f u n d a m e n t a l e s e l e x t r a ñ a m i e n t o : mirar desde afuera c o n o j o s

s o r p r e n d i d o s , u n a c e r e m o n i a re l ig i o s a n e g r a . L a m i r a d a re c o r r e s ó l o la

s u p e r f i c i e , e l rit o s e c o n v i e r t e e n u n a c u r i o s i d a d m á g i c a :

Esta noche

iremos a un baquiné. Suena a magia. ¿ verdad? Y lo

e s .

8

Orbe fascinante

de fantasía y encantamiento

.

9

Y ni s iqu i e r a an t e la p r e se nc i a de l a m ue r t e

s e a b a n d o n a l a s e n s u a l i d a d ; al c o n tr a ri o , s e e x a c e r b a :

De vez en cuando

una pareja enardecida por las reiteradas libaciones abandona furtivamente

la habitación y desaparece en el c añ av er al .

1 0

N e g r o y s e x o d e s m e d i d o

p a r e c e n i n s e p a r a b l e s p a r a e s a m i r a d a y a t r ad i c io n a l d e E u r o p a s o b r e el

ne gr o, lo o t ro .

S in e m b a r g o , e s t a v i s ió n e x t e r n a r e s c a t a u n s u g e r e n t e l éx ic o

a f r oan t i l l ano , t an to en e l

Tun tun

c o m o e n B a q u i n ó . H a y q u e r e c o n o c e r

qu e e s t a u t i li zac ión de l os no m br es y de l ri tmo a fr oan t i l l ano , a d e m á s de se r

a p r e c i a b l e r e c u r s o e s t é t i c o , d a f u e r z a d e i n m e d i a t e z a l a p r e s e n c i a d e lo



72 INTI N° 2 9 -3 0

neg r o en e l po em a . Cr ean a l m en o s la i lus ión de qu e s e e s t á hab la nd o , no

sobre e l neg ro, s ino desde e l negr o . De c im os l a i lus ión , po r qu e c r ee m os qu e

e n P a l é s M a t o s e s a n t e t o d o u n r e c u r s o e s t é t i c o q u e h á b i l m e n t e j u e g a c o n l a

p r e senc i a que conf i e r en l éx i co y r i tmo .

S i n o s g u i a m o s p o r e s t o s d a t o s , e n t r e v i s t a s y a r t íc u l o s d e e s a é p o c a

d o n d e d e n o d a d a m e n t e a s u m e la d e f e n s a d e l n e g r o ( H a c ia u n a p o e s í a

a n t i l l a n a , 1 9 3 2 ) , s e r í a m u y s e n c i l l o c o n c l u i r , c o m o l o h a n h e c h o l o s

a u t o r e s q u e al c o m i e n z o s e ñ a l á b a m o s , q u e e n la p o e s í a d e P a l é s M a t o s h a y

u n d e s c u b r i m i e n t o d e l n e g r o . P e r o , e n v e r d a d , i n s i s t i m o s , l a o b r a d e

P a l é s n o s u p e r a n i l o s e s t e r e o t i p o s d e l a i d e o l o g í a b u r g u e s a , n i la v i si ó n

e x t e r n a y m i t i fi c ad o r a ( b ú s q u e d a d e lo s a n c e s t r o s a f r i c a n o s ) . P e s a e n e l la

la t r a d i c ió n h i s p á n i c a , s u a p r e n d i z a j e s o n o r o e n e l diepalismo y la

v a n g u a r d i a e u r o p e a y n o r t e a m e r i c a n a , e x a l t a d o r a d e la i r ra c i o n a l id a d y d e l

p r i m i t i v i s m o .

D e t e n g á m o n o s u n p o c o e n la t ra d ic i ón h i s p á n i c a . L o s e s t e r e o t i p o s s o b r e

e l neg r o t i enen un os cu an to s s ig los en nu es t r a l i te r a tu ra . Ya en los c l á s i cos

d e los s ig los XVI y XVII a p a r e c e e s a f igur i ll a de l neg r o , sup e r f i c i a l y

b u f o n e s c a , q u e h a b l a e n r it m o c o r t a d o e i n fa n ti l. L o s e j e m p l o s : d e

G ó n g o r a , Z a l a m b ú y M o r e n i ca d e l C o n g o : B o d a d e n e g r o s , d e Q u e v e d o

y E l c ap e l l án d e la v i r gen , d e L ope d e V ega . S e f ij a d e s d e en t o n ce s un

t ipo ing en uo , p r imi t ivo , sin drama m á s b i e n g r a c i o s o . S e g ú n L em u e l

J o h n s o n , a l g o a s í c o m o u n a g á r g o l a : decorativo y ligeramente obsceno.

11

O n o m a t o p e y a s , a l i t e r a c i o n e s , j i t a n j á f o r a s , r it m o p e r c u s i v o , c o m o

r a s g o s e s t i l í s t i c o s d e e s t a p o e s í a n e g r o i d e ( P a l é s , G u i l l é n , B a l l a g a s ) y a s e

a n u n c i a n e n la p o e s í a c l á s i c a . E s c u c h e m o s a S o r J u a n a I n é s d e la C r u z e n

1 6 7 1 :

Acá t amo to lo

Zambio, le la , le la

q u e t a m b ié n s a b e m o

c a n t a y e l a s l e y n a

lela, lela.

E s t a t r a d ic i ó n h i s p á n i c a a d q u i e r e o t r o c a r i z e n e l R o m a n t i c i s m o . E l

b u e n s a l v a j e p r o v o c ó t o d a u n a m i t i f ic a c i ó n d e lo p r im i t iv o , d e la

i r ra c i o n a l id a d y d e l i n s ti n t o . Y d e n t r o d e e s t a s c a t e g o r í a s c a y e r o n t a n t o

i n d io s c o m o n e g r o s . D e s p u é s e l C o s t u m b r i s m o r e t o m a y e x p l o t a c o n

h i la r id a d la f a c e t a b u f o n e s c a , y a a b o c e t a d a p o r l o s c l á s i c o s . E n s í n t e s i s ,

l o s e s t e r e o t i p o s d e n u e s t r a t r ad i c ió n s e s i tú a n e n d o s e x t r e m o s : r e d u c c i ó n

bu f o ne sc a y mi ti fi cac ión idea l i z ada . E n e l f on do s e pa r ec en . Am bos r eh úy en

l a h i s t o r ia , e l d r a m a . T a m b i é n e x c l u y e n la i n t e r i o r id a d , e s u n a v i s i ó n

e x t e r n a , t u r í s t i c a . T i e n e n , e n s u m a , u n e f e c t o t r a n q u i l i z a d o r d e la

c o n c i e n c i a r e s p e c t o a l n e g r o .



ALBA LIA BARRIOS

7 3

En Tun tun p r e d o m i n a l a c o r r i e n t e m i t i fi c a d o r a q u e , i n c l u s o , a d q u i e r e

c i e r t a s s o n o r i d a d e s é p i c a s e n M u l a ta A n till a . M i to s t a n a r c h i c o n o c i d o s

como e l de la musica l idad r í tmica de l negro :

es la raza negra que ondulando

va en el ritmo gordo de Mara yindá: e l se r boc h inc he ro , bochinche de

ñañinguería y m ágico :

Es e l numen f abu loso

cuyo poder no t i ene t é rmino .

A su red or t ra za Nigr ic ia

d a n z a n t e s c í r c u l o s g u e r r e r o s .

Mongos , bo tucos y a l imamis

ante El se doblan en si lencio,

y has ta e l ju - jú de l a cave rnas

e n t e n e b r o s a s m a g i a s d i e s t r o

t i emb la de miedo an te su s un tos

cu an do su voz t ruen a en el t r ueno . ( Bombo )

I n g e n u a m e n t e a g r e s i v o :

As ia juega su n i rvana

Amér ica ba i l a e l j azz

Europa juega y t eo r i za

A f ri ca g r u ñ e : ñ a m - ñ a m ( Ñ a m — ñ a m )

De una sexua l idad an ima l :

Bajo e l cocal , jun to a l o lea je ,

d i e n t e s f e r o c e s d e l a s c i v i a

c u e r p o s d e f a n g o y d e m e l a z a

s e n o s c o l g a n t e s , v a h o d e a x i l a s ,

y o jo s de b r i l lo s t eneb rosos

q u e g o n g o p r o f u n d o e n c a n d i l a ( C a n d o m b e )

El mi to de l neg ro inc luye l a p e re z a — las i tud , co m o p re f i e r e e l

e u f e m i s m o — , lo c u a l e s u n a i r o n ía s i p e n s a m o s e n l o s t r a b a j o s

s o b r e h u m a n o s d e e s t a r a z a p a r a c o n s t r u i r e m p o r i o s e c o n ó m i c o s e n l o s

p a í s e s e u r o p e o s c o l o n i a l is t a s . P e r o p a r a e l b l a n c o — P a l é s e r a b l a n c o —

nu nc a e s su f i c i en te lo qu e p ro du ce un neg ro . La ec on om ía de l a p lan tac ión

e n s e ñ ó e l p r inc ip io cap i t a l i s t a de la m áx i m a e f i c i e nc ia . En e l sen t i r de l

n e g r o , s i n e m b a r g o , n o s a d v i e r t e M o r e n o F r a g i n a l s , L a p e r e z a e s

r e b e l d í a , b o i c o t a l a e m p r e s a b l a n c a . P a l é s s i g u e la t r a d i ci ó n

e u r o p o c e n t r i s t a .



ALBA LIA BARRIOS

7 5

a veces con e l son ido de e sa poes ía que a soc iamos a lo in f an t i l o bu r l e sco .

A s í , e n e l c o n j u n t o , s e p e r c i b e e s a p e q u e ñ a m o f a q u e h a y a v e c e s e n l a

mi rada de l supe r io r hac ia e l in f e r io r , qu ien po r l a d i s t anc ia soc ia l se

con vie r te en e l ex t r año , e l cur ios o , el cóm ico , el fo lk lór ico . En es te se n t i do

no se r í a d i f í c i l r ea l i za r en l a ob ra de Pa lé s un aná l i s i s con t r a s t ivo de l a

f o r m a n o s t á l g i c a , n e b u l o s a , e n n o b l e c i d a e n s u m a , c o n q u e t r a t a s u s t e m a s

i n t i m i s t a s ( i n t i m i d a d e s d e b l a n c o , p o r s u p u e s t o ) y e s a t e r r e n a l i d a d

sin

drama q u e c o n f o r m a e s e g r a ci o s o m u n d o d e l n e g r o .

P e r o v e a m o s a l g u n o s e j e m p l o s d o n d e s e d e t e c t a c o n c l a r i d a d e s t a s u t i l

mezc la de g rac ia y g ro te sco ( e l gargolismo d e L e m u e l J o h n s o n ) :

Ñ a m - ñ a m . L o s f e t i c h e s a b r e n

s u s b o c a s n e g r a s - ñ a m - ñ a m

En las pupi las de l b ru jo

un so lo fu lgo r - ñam-ñam.

La sangre de l sacr i f ic io

e m b r i a g a e l t ó t e m - ñ a m - ñ a m

y Nigr ic la es toda d ien tes

en l a t in ieb la : ñam -ña m . ( Ñam -ñam )

O e s o s t o n o s d e b u e n a e s t i r p e l o r q u i a n a :

Todo es a t i zo de foga ta s

b ru ja ca zu e l a t rop ica l. ( Num en )

La an t i l l i t a s menores ,

t i t í s inocen tes , ba i l an

sobre el ovil lo de un viento

qu e el an ch o go l fo hu rac an a . ( Canc ión f e s t iva pa ra se r l lo r ada )

A s í, p u e s , e n P a l é s s e r e s u m e n l o s e s t e r e o t i p o s m í t i co s y b u r l e s c o s d e

la t r ad i c ió n e u r o c e n t r i s t a , m á s c o n c r e t a m e n t e d e la t ra d i ci ó n e s p a ñ o l a .

P a l é s n o e s c r i b e s o b r e u n n e g r o real histórico s i n o s o b r e u n a imagen

tipificada

po r la l i te r a tu ra , qu e b ien pu ed e l l am ar se , s igu ien do a E ng u íd an os ,

fantasmal. P u e b l o n e g r o e s e l o c u e n t e e n e s t e s e n t i d o :

es un pueb lo de sueño ,

tumbado a l l á en mis b rumas in te r io res

a la s o m b r a d e c l a r o s c o c o t e r o s

Y aun m ás la p r e sen tac i ón de l t e m a qu e ha ce en e l po em a inici al : P re lud io

en bo r icua :



7 6

INTt N° 2 9 -3 0

A l g o e n t r e v i s t o o p r e s e n t i d o ,

p o c o r e a l m e n t e v i v i d o

y m u c h o d e e m b u s t e y d e c u e n t o .

P o d r í a t a m b i é n h a b l a r s e d e e x o t i s m o , d e m i r a d a e u r o p e a . T a l c o m o d i ce

R o s a l b a C a m p r a , el e x o t i s m o e s

producto de la condición colonial

,

14

R e c o r d e m o s a F . F a n ó n .

S e r á o t r a l a po es í a ne gr a , l a d e N . Gui ll én y J . R oum a in por e j emplo , l a

q u e a s u m i r á s u p r o p i a m i r a d a y h a b l a r á

desde

su con d ic ió n h i s tó r i c a y

s o c i a l . V o z i n t e ri o r q u e i m p l í c i t a m e n t e d e n u n c i a r á e l f o l k l o r i s m o , e l

t ip i c ismo , y r e c l am ar á pa r a s í la co nc i en c i a r eb e ld e f r en t e a la v io l enc i a

h i s t ó r i c a .

P e r o n o p o d r í a m o s t e r m i n a r e s t e t r a b a j o s in c o n s i d e r a r el ú n i c o

c o n t e x t o s o c i a l s e ñ a l a d o e n e l

un tun

: L a d o m i n a c i ó n y a n q u i . V a r i a s

a lu s io ne s r eg ad as a lo l a r go de l l ib ro r eco gen e s e sen t i r i nd ep en de n t i s t a de l

in t e l ec tua l pue r to r r iqu eño . De l a dom inac ió n yanq u i , f r an ce sa e i ng l e s a :

Pu ta , ron, ne gro . Del ic ia

d e l as t r e s g r a n d e s p o t e n c i a s

en l a Anti lla ( I n t e r medios de l ho m br e b l anc o . P l a ce r e s )

P e r o su v e r d a d e r a p r o t e s t a , d e s d e el c o m i e n z o d e l l ib ro , e s c o n t r a

N o r t e a m é r i c a , c u a n d o d i c e d e l o s t u r i s t a s :

( M a ñ a n a s e r á n a c c i o n i s t a s

de cua lqu ie r i ngen io cañe r o

y ca r g a r án con e l d ine r o . . . ) ( P r e lud io bo r i cua )

E l r e c h a z o a N o r t e a m é r i c a c o n t r a s t a c o n la c a l u r o s a a c e p t a c i ó n q u e le

m e r e c e to d o lo h i s p á n i c o . H a b l a c o n o rg u ll o d e e s e c o m p o n e n t e r ac i al d e l

pu e r to r r iq ueñ o , e i dea l i z a , co m o m uc h os in t e l ec tu a l e s de e s a i s la , la eda d

d e o ro d e la c o l o n i z a c i ó n e s p a ñ o l a . D e e s a t e n d e n c i a d e b u r g u e s e s e

i n t e l e c t u a l e s n o s h a b l a , c o n lu jo d e f u n d a m e n t a c i ó n , J o s é L u is G o n z á l e z :

la

idealización — vale decir la tergiversación — del pasado histórico ha sido

uno de los rasgos propios de esa ideología

,

15

T a m b i é n e l a t a q u e

i n d i s c r i m i n a d o a l o s E s t a d o s U n i d o s , q u e a c a b ó c o n e l e s p l e n d o r d e s u s

a n t e p a s a d o s t e r r a t e n i e n t e s . Al r e s p e c t o v a l e l a p e n a la c i ta t e x t u a l :

L a l l a m a d a n o r t e a m e r i c a n i z a c i ó n c u l tu r a l d e P u e r t o R i c o h a t e n i d o d o s

as pe c t o s d i a l éc t i cam en t e v i ncu l ados en t r e s í. Po r un lado , ha ob ede c i d o desde

afuera a un a polí t ica imper ia l i s t a (. .. ), pe ro por o t ro lado ha res po nd ido desde



7 8

IN T I N ° 2 9 - 3 0

N O T S

1 J o s é L u is G o n z á l e z , El país de cuatro pisos. Río Pie dra s ; Pu er to Rico: Ed.

H u r acán , 1982 , 88 .

2 Margot Arce de Vá zq uez , Evoluc ión y unid ad en l a obra poét ica d e Luis Pa lés

Matos , en Luis Pa lés Matos , Poesía Com pleta. C ar ac as : Ay acuc ho, XIII.

3 Mi guel En gu í dan os , La Poesía de Palés Matos. Barc e lon a: Ed . Univers idad d e

Pue r t o R i co , 1975 , 32 .

4 E n g u í d a n o s , Ob. Cit., 80.

5 Gérard Plerre-Charles, El pensam iento sociopolitico mod erno d el Caribe.

México: F . C . E„ 1985 , 115.

6 H ab l ando con D on Lu is Pa l é s Ma t os ( en t r ev i s t a de A nge l a N eg r ón Muñoz ) ,

en Pa l é s Ma t os , Ob. Cit., 216 .

7 V er po r e j em pl o H ac i a un a po es í a an t i ll ana . Pa l é s Ma t os , Ob. Cit. 218 .

8 P a l és M atos , Li toral . R e se ñ a d e un a v ida inúti l. Ob. Cit., 275 .

9 Id., 276 .

1 0

Id.,

281 .

11 W inter , Sylvia . The ey e of th e o the r en C os ta , Mir ian e t a l .

Blacks In

Hispanic Literature. W ash i n g t on : K en i kat P r e s s , 1977 .

1 2 P a l é s M a t o s , Ob Cit. 62.

1 3

Id.,

64.

14 Rosalba Camp ra, América Latina: la identidad y la másca ra. México: Ed.

S.XXI , 1987, 21 .

1 5 G o n z á l e z , Ob. Cit., 17.

1 6

Id.,

34.

17 Id., 35 .

18 Se refiere a un bar de la mon taña llamado Agap ito s Bar. Agapito se ve

como el símbolo de los puertorriqueños americanizados., en Palés Matos. Ob. Cit.,

1 8 3 .

Ese Negro Fantasmal de Palés Matos

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