Enrique Diez-Canedo y la poesía extranjera - cvc.cervantes.es · da a la referencia complementaria...

ENRIQUE DIEZ CAÑEDO Y LA POESÍA EXTRANJERA

M I G U E L Á N G E L LAMA

Universidad de Extremadura

C u a n d o E n r i q u e D i e z - C a n e d o p u b l i c a e n La Nación d e B u e n o s

A i r e s e n j u n i o d e 1 9 2 5 s u a r t í c u l o " T r a d u c t o r e s e s p a ñ o l e s d e p o e s í a

e x t r a n j e r a " l o h a c e d e s d e l a e x p e r i e n c i a d e s e r u n o d e l o s p r i n c i p a l e s

d i v u l g a d o r e s d e la p o e s í a e u r o p e a a t r a v é s d e s u s v e r s i o n e s p o é t i c a s

d e l o s m e j o r e s a u t o r e s d e la t r a d i c i ó n d e s d e e l r o m a n t i c i s m o 1 . E n 1 9 2 5

D i e z - C a n e d o c u e n t a c o n d o s v o l ú m e n e s a n t o l ó g i c o s d e t r a d u c c i o n e s

p o é t i c a s , Del cercado ajeno, p u b l i c a d o e n M a d r i d e n 1 9 0 7 , e Imáge

nes, a p a r e c i d o e n P a r í s , p r o b a b l e m e n t e e n 1 9 1 0 , y , a p a r t e d e h a b e r

v e r t i d o a l e s p a ñ o l a a u t o r e s c o m o P a u l C l a u d e l , F r a n c i s J a m m e s o W a l t

W h i t m a n , h a c o m p i l a d o j u n t o a F e r n a n d o F o r t ú n l a a n t o l o g í a La poe

sía francesa moderna, a p a r e c i d a e n 1 9 1 3 2 y a la q u e s e h a a d j u d i c a

d o u n p a p e l c l a v e e n l a f o r m a c i ó n d e m u c h o s p o e t a s e s p a ñ o l e s y l a t i

n o a m e r i c a n o s 3 .

1 Enrique Diez-Canedo, "Traductores españoles de poesía extranjera", en La Nación, 7 de junio de 1925. Se recoge en Enrique Diez-Canedo, Conversaciones literarias. Tercera serie: 1924-1930, México, Joaquín Mortiz, 1964, pp. 89-96, y, modernamente, en Enrique Diez-Canedo, La crítica literaria. Selección antológica de artículos. Introducción, bibliografía, notas y comentarios de José María Fernández Gutiérrez. Badajoz, Departamento de Publicaciones de la Diputación Provincial (Colección Clásicos Extremeños, 8), 1993, pp. 97-101.

2 Enrique Diez-Canedo, Del cercado ajeno. Versiones poéticas, Madrid, M. Pérez Villavicencio, 1907. Enrique Diez-Canedo, Imágenes (Versiones poéticas). Rosas del tiempo antiguo. Mies de hogaño, París, Sociedad de Ediciones Literarias y Artísticas, Librería Paul Ollendorf, S.A. Puede consultarse la bibliografía completa de Diez-Canedo en el libro de José María Fernández Gutiérrez, Enrique Diez-Canedo. Su tiempo y su obra, Badajoz, Departamento de Publicaciones de la Diputación Provincial (Col. Rodríguez-Moñino, 1), 1984, pp. 210-215. La primera edición de La poesía francesa moderna. Antología ordenada y anotada por Enrique Diez-Canedo y Fernando Fortún. Los precursores. Los parnasianos. Los maestros del simbolismo. Los poetas nuevos, Madrid, Renacimiento, 1913, se ha reimpreso en Gijón, Llibros del Pexe (Universos, 6), 1994.

3 En el homenaje a Diez-Canedo de la revista Litoral, Mariano Picón-Salas escribió: "Un libro como la Antología de la poesía moderna francesa, tan claro y documentado en sus noticias, tan justo en sus traducciones, no sólo sirvió para completar y hacer el balance de la revolución modernista, sino que anticipaba ya, por 1913, algu-

CAUCB, Revista de Filología y su Didáctica, n" 22-23, 1999-2000 /págs. 191-228

1 9 1

MIGUEL ÁNGEL LAMA

A ñ o s d e s p u é s , e n s u e x i l i o m e x i c a n o , D i e z - C a n e d o a f r o n t a l a r e e l a

b o r a c i ó n , y a e n s o l i t a r i o , d e a q u e l l a p r i m e r a a n t o l o g í a e n La poesía

francesa del romanticismo al superrealismo, p u b l i c a d a e n A r g e n t i n a e n

1 9 4 6 4 . S u c o l a b o r a d o r , F e r n a n d o F o r t ú n , m u r i ó p o c o d e s p u é s d e h a b e r

s e p u b l i c a d o l a p r i m e r a e d i c i ó n d e la a n t o l o g í a , e n m a y o d e 1 9 1 4 , y

D i e z - C a n e d o , a p r o v e c h a n d o l a s t r a d u c c i o n e s d e F o r t ú n , a m p l i ó l a n ó m i

n a d e p o e t a s c o n la i n c l u s i ó n d e " L o s g r a n d e s r o m á n t i c o s " A l p h o n s e

d e L a m a r t i n e , A l f r e d d e V i g n y , V í c t o r H u g o y A l f r e d d e M u s s e t y e n la

s e r i e d e " L o s p o e t a s n u e v o s " d e u n a a m p l i a l i s t a d e a u t o r e s d i s t i n g u i

d o s e n t r e s e p í g r a f e s , " T r a d i c i ó n y f a n t a s í a " , " L i b e r t a d y m o d e r n i d a d " ,

e n d o n d e e s t a b a n V a l e r y L a r b a u d , J u l e s R o m a i n s , S a i n t - J o h n P e r s e , P a u l

M o r a n d , e n t r e o t r o s , y " E s c u e l a s d e v a n g u a r d i a , s u p e r r e a l i s m o " , e n e l

q u e f i g u r a b a n A p o l l i n a i r e , M a x J a c o b , J u l e s S u p e r v i e l l e , P i e r r e A l b e r t -

B i r o t , P i e r r e R e v e r d y , J e a n C o c t e a u , P a u l É l u a r d , T r i s t a n T z a r a , A n d r é

B r e t ó n , P h i l i p p e S o u p a t i l t y L o u i s A r a g ó n .

L a s d o s c o m p i l a c i o n e s e n m a r c a n t o d a u n a v i d a d e d i c a d a a l a l e c

t u r a d e l o s m á s g r a n d e s p o e t a s f u e r a d e l á m b i t o h i s p á n i c o . Si F o r t ú n

s o b r e v i v i ó p o c o a la p u b l i c a c i ó n d e la p r i m e r a a n t o l o g í a d e 1 9 1 3 , D i e z -

C a n e d o n o p u d o c o n o c e r s u e x t r a o r d i n a r i a s e l e c c i ó n d e l a p o e s í a f r a n

c e s a d e s d e e l r o m a n t i c i s m o a l s u p e r r e a l i s m o e n f o r m a d e l i b r o b e l l a

m e n t e i m p r e s o p o r L o s a d a e l 7 d e e n e r o d e 1 9 4 6 , s e g ú n r e z a s u

nos de los cambios e influencias por donde iba a transitar la nueva poesía." (Mariano Picón-Salas, "Recuerdo", en Litoral, agosto de 1944. Número especial. A la memoria de Enrique Diez-Canedo, p. 31). José Luis García Martín, en su introducción "Retórica de ayer, poesía de hoy" a la reedición moderna de la antología, la califica como "libro desigual y magistral" y "que puede considerarse, además de como una antología de poesía francesa, una heterodoxa y sorprendente selección de la poesía española de principios de siglo." (La poesía francesa moderna. Antología ordenada y anotada por Enrique Diez-Canedo y Fernando Fortún, Gijón, Universos, 1994). Véase también Juan Manuel Bonet, Diccionario de las vanguardias en España (1907-1936), Madrid, Alianza Editorial, 1995, p. 205, que cita a Juan Larrea entre los escritores españoles y a López Velarde, Carrera Andrade y César Vallejo entre los latinoamericanos como autores influidos por la antología. "Magistral" es la antología para Manuel Ruiz-Funes Fernández al anotar la referencia a Fernando Fortún en Juan Guerrero Ruiz, Juan Ramón de viva voz (Texto completo). Volumen I (1913-1931), prólogo y notas de Manuel Ruiz-Funes Fernández, Valencia, Pre-Textos, 1998, p. 41, nota 1. Guerrero Ruiz recoge en su diario el 15 de mayo de 1915 que Juan Ramón está dirigiendo la edición de un libro postumo de poesías de Fernando Fortún.

4 La poesía francesa del romanticismo al superrealismo. Los grandes románticos. Los precursores de las tendencias modernas. Los parnasianos. Los simbolistas. Los poetas nuevos. Las escuelas de vanguardia. Antología ordenada por Enrique Diez-Canedo, Buenos Aires, Editorial Losada, 1946.

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ENRIQUE DIEZ-CANEDO Y LA POESÍA EXTRANJERA

c o l o f ó n . D i e z - C a n e d o , "e l c r í t i c o l i t e r a r i o m á s s a g a z q u e h a t e n i d o E s p a

ñ a e s t e s i g l o " 5 , m u r i ó e l 6 d e j u n i o d e 1944. S i n e m b a r g o , a p e s a r d e

la t r a s c e n d e n c i a d e s u l a b o r c o m o t r a d u c t o r d e la p o e s í a m o d e r n a y

a u n c u a n d o p o r e l l o h a r e c i b i d o e l r e c o n o c i m i e n t o d e q u i e n e s h a n

e s c r i t o s o b r e s u v i d a y s u s o b r a s , r e s u l t a i n e v i t a b l e q u e q u e d e r e l e g a

d a a la r e f e r e n c i a c o m p l e m e n t a r i a o , e n e l m e j o r d e l o s c a s o s , d i s t i n

g u i d a c o m o a p é n d i c e b i b l i o g r á f i c o . J o s é M a r í a F e r n á n d e z G u t i é r r e z , e n

s u l i b r o y e n l a c i t a d a s e l e c c i ó n d e a r t í c u l o s d e D i e z - C a n e d o , d a j u s t a

p r i m a c í a a l a s a n t o l o g í a s d e 1913 y 1946 i n c l u y é n d o l a s j u n t o a l o s l i b r o s

p r i n c i p a l e s d e l a u t o r y d e d i c á n d o l e s u n a s l í n e a s e x p l i c a t i v a s :

Ya h e m o s c o m e n t a d o a l g u n a s c u e s t i o n e s r e l a c i o n a d a s c o n los l ib ros d e c r e a c i ó n p o é t i c a , p e r o al m a r g e n d e e l los s e ñ a l a m o s q u e La poesía francesa moderna (1913) y la Poesía francesa del romanticismo al superrealismo (1945) s o n i n t e n c i o n a l m e n t e u n m i s m o l ib ro . El p r i m e r o lo r ea l izó e n c o l a b o r a c i ó n c o n F e r n a n d o F o r t ú n y el s e g u n d o , q u e e s u n a v e r s i ó n c o r r e g i d a y m u y a m p l i a d a d e l p r i m e r o , s o l o . S o b r e t o d o e n la o b r a d e 1945 se a d v i e r t e q u e D i e z - C a n e d o t en ía u n c o n o c i m i e n t o d e los p o e t a s y d e los m o v i m i e n t o s l i t e ra r ios f r a n c e s e s v e r d a d e r a m e n t e e x c e p c i o n a l 6 .

M i p r o p ó s i t o e s v o l v e r a s u b r a y a r l a i m p o r t a n c i a d e e s t e l a d o d e

la o b r a l i t e r a r i a d e E n r i q u e D i e z - C a n e d o , r e c o m p o n e r u n a p a r t e d e s u

v a s t a p r o d u c c i ó n e n m a t e r i a d e t r a d u c c i ó n p o é t i c a y r e f l e x i o n a r s o b r e

a l g u n a s d e l a s i d e a s d e l e s c r i t o r a l r e s p e c t o , p o n i e n d o a l a l c a n c e d e l

l e c t o r d e h o y d a t o s e x t e r n o s s o b r e la p o e s í a y l o s p o e t a s q u e d i f u n

d i ó . O b s e r v a r , e n s u m a , la f i g u r a d e e s t e e s p a ñ o l u n i v e r s a l a la l u z d e

o t r o a s p e c t o d e s u a m o r p o r l a s l e t r a s y d e s u v a l í a c o m o l e c t o r .

D e 1925 e s , c o m o a r r i b a s e i n d i c a b a , e l a r t í c u l o d e D i e z - C a n e d o

s o b r e " T r a d u c t o r e s e s p a ñ o l e s d e p o e s í a e x t r a n j e r a " , y d e é l p u e d e n

e x t r a e r s e l a s i d e a s e s e n c i a l e s d e l e s c r i t o r s o b r e l a t r a d u c c i ó n p o é t i c a .

S e t r a t a d e u n t e x t o d e g r a n v a l o r t e ó r i c o , a b i e r t o y m o d e r n o e n s u

c o n c e p c i ó n y u n i m p o r t a n t e d o c u m e n t o d e l e s t a d o d e l a c u e s t i ó n d e

l o s t r a d u c t o r e s d e l a p o e s í a e x t r a n j e r a e n la é p o c a 7 .

5 Max Aub, "Enrique Diez-Canedo", en Pequeña vieja historia marroquí, Palma de Mallorca, Ediciones de los Papeles de Son Armadans, 1971, p. 78.

6 José María Fernández Gutiérrez, "Introducción" a Enrique Diez-Canedo, La crítica literaria. Selección antológica de artículos, cit., p. 69-

7 José María Fernández Gutiérrez (Enrique Diez-Canedo, La crítica literaria. Selección antológica de artículos, cit., p. 102) opina, sin embargo, que "el título no es demasiado acertado porque de él se desprende que Diez-Canedo debería haber hecho una lista de traductores españoles y un comentario de las características positivas y

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MIGUEL ÁNGEL LAMA

Par te d e la re i t e rada c u e s t i ó n d e la l icitud d e t raduc i r p o e s í a y r e c o n o c e la dificultad d e la t ras lac ión, q u e c o n s i d e r a u n a r e c r e a c i ó n de l original :

Desacreditada por el abuso, la t raducción poética n o suele reunir actualmente sufragios de aceptación corriente. Se la considera una deformac ión de los originales y, en el mejor caso, c o m o una var iación o r i ginal sobre u n tema ajeno.

Hay, efectivamente, una discusión siempre abierta en cuanto a la pos ib i l idad de traducir poesía. ¿No está la poesía verdadera en el mi la groso equi l ibr io que mantiene juntas a las palabras del inspirado que por pr imera vez las mi ró , y que u n cambio cualquiera lo perturba y deshace? Raro será que, representando las palabras una idea, a la que dan t o d o su mágico atractivo de música y color, encuentre la idea en otro id ioma su equivalente imponderable en las palabras que den c o n exacti tud el sentido.

Considerada así, la t raducción poética tiene que ser una recreación, y el trabajo que exija ha de ser contrario a la espontaneidad, que se supone primaria cond ic ión lírica. Pero la espontaneidad es de la idea y n o de la forma. La forma, c o m o de obra artística, es ref lexiva y lenta. Una de las confusiones más graves que pueden darse es la de espontaneidad e improvisación. N o se improvisa una estatua, u n cuadro, una sinfonía. Tampoco u n poema. A u n los que se t ienen por improvisados emanan de u n trabajo de elaboración subconsciente, m u y largo quizá. Espontaneidad es captura pronta de la genuina idea poética, expresada luego ref lexivamente con la suma f idel idad: hallazgo de las palabras propias.

U n mode lo en otra lengua que la del poeta puede hacer las veces de inspiración, y el trabajo en su versión lírica vendrá a ser una manera de elaboración, más condicionada. De aquí que el b u e n traductor haya de ser poeta con capacidad receptora, poeta comprensivo , crít ico, en cierto m o d o : la f ide l idad a la prop ia idea que convierte en f ide l idad al dechado.

negativas de cada uno. Hay una lista, pero con limitaciones." No es razón ésta para quitar valor informativo al artículo de Diez-Canedo, una colaboración en prensa periódica, al fin y al cabo, titulada así, probablemente, con la intención de reclamar la atención del lector interesado en conocer algunos de los nombres principales y de eludir modestamente lo que tiene de expresión teórica de la traducción. "Diez-Canedo - concluye Fernández Gutiérrez-, por tanto, ha hecho un excelente artículo sobre los problemas de la traducción, pero no sobre los traductores - todos los traductores- españoles de poesía extranjera", p. 103- El cotejo que el propio Fernández Gutiérrez hace de los traductores de la antología de 1913 que acompañaron a Fortún y Cañedo y los citados por éste en su artículo de 1925 es en sí mismo una justificación sobre la dificultad de mencionar a "todos los traductores" en un artículo de unas pocas páginas.

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Ahora bien: ¿es posible esta fidelidad? La práctica nos dice que hay, en todas las lenguas, excelentes versiones. Los que para traducir a u n poeta pref ieren la prosa al verso, dan por admi t ido que algo se ha de sacrificar y pretenden que una versión en que se pierde el r i tmo y se guarda la letra es preferible a otra que pierde la letra y n o es fiel al r i tmo. Esto es una verdad, pero con el abuso c o m o argumento. Cuand o sea posible una versión que respete la letra y el r i tmo en el m ismo grado que la prosa de u n id ioma respeta el verso del que intenta traducir, aquel argumento cae por su pie.

La cuestión está en decidir si el verso puede reproducirse, pasando de u n id ioma a otro . Y parece que hay dos medios: el de la transcr ipc ión, c o m o en ciertas poesías de lenguas afines, y el de la recreac ión , ún ico eficaz entre lenguas desemejantes. Para el pr imero basta una determinada habi l idad. El segundo requiere mayor t ino y sólida capacidad crítica.

La cuestión n o se resuelve c o n decir que se ha de traducir en p r o sa. Una t raducción en prosa es u n auxi l io para la comprens ión del sent ido del or iginal , y las versiones interlineales, en este caso son las preferibles. A u n q u e se cite el e jemplo de Mal larmé t raduciendo a Poe en prosa francesa: en pr imer lugar, la poesía francesa en t iempos de Mallarmé, era harto p o c o flexible; en segundo lugar, ¿no sostuvo el p r o p i o Mallarmé la inexistencia de la prosa?

E n e l m i s m o s u p l e m e n t o d e La Nación d e B u e n o s A i r e s , e l 1 6 d e

j u n i o d e 1 9 2 9 , D i e z - C a n e d o v u e l v e e n u n a r t í c u l o a t r a t a r e s t a c u e s t i ó n

e n "La t r a d u c c i ó n c o m o a r t e y c o m o p r á c t i c a " 8 . E n e s t a o c a s i ó n , D i e z -

C a n e d o t o m a c o m o m o t i v a c i ó n d e s u t e x t o l a s s e s i o n e s c e l e b r a d a s e n

P a r í s e n 1 9 2 7 d e l I n s t i t u t o I n t e r n a c i o n a l d e C o o p e r a c i ó n I n t e l e c t u a l a

p r o p ó s i t o d e l a t r a d u c c i ó n , y v i e r t e c o n s i d e r a c i o n e s d e m u c h o i n t e r é s

p a r a e x p l i c a r s u p o s t u r a :

Creo f i rmemente en la posib i l idad de la t raducción. T o d o gran escritor se ve traducido, n o sólo por los que se apl ican a reproduci r el texto de sus obras en la propia lengua, sino por lo que siente su inf lu jo . Traducir equivale a entregar. Se entrega al conocimiento , al estudio, a las discusiones, a la curiosidad de todos el pensamiento de u n escritor, lo mismo si se reproduce con palabras de u n id ioma lo que él d i jo en otro , que si se interpretan sus ideas exponiéndolas, comentándolas y aun contradiciéndolas.

En una obra literaria existe, sin embargo, una parte que n o es traducible: hay que admit i r lo desde el comienzo. U n cuadro t raducido por

8 También incluido en Enrique Diez-Canedo, Conversaciones literarias. Tercera serie: 1924-1930, México, Joaquín Mortiz, 1964, pp. 235-241.

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MIGUEL ÁNGEL LAMA

el grabado, aunque sea por los procedimientos más perfectos, conserva siempre algo que no pasa a la reproducción. Lo mismo ocurre en la obra escrita. Pero así fuese la más desprovista de materia narrativa, la más ligada al sonido y valor de las palabras elegidas, con independencia de su significado, siempre se podría recrear en otro idioma la sensación que trata de dar.

U n traductor escrupuloso debe discernir qué partes del original ha de conservar en absoluta la traducción y abstenerse de traducir s i no ve modo de conservarlas. Ha de distinguir también lo que puede sust i tuir a las partes no esenciales que no haga falta conservar absolutamente.

Ta l es, por ejemplo, el caso de un giro dialectal en la obra que se traduce. ¿Hay que reflejarlo con un giro dialectal del lenguaje del traductor, o es matiz desdeñable? A mi parecer, no puede darse respuesta categórica en este punto. Las circunstancias han de dictarla, quizá diferente para cada caso. A veces bastará un vago giro popular, pero siempre se ha de saber que algo se sacrifica. Traducir es siempre sacrificar; pero no ha de sacrificarse nada esencial.

Otro ejemplo: la traducción de una poesía, de una obra en verso. La traducción en prosa significa siempre algo, y algo que es sustantivo en el original. Pero ¿no sacrifica más todavía la traducción en verso? Necesariamente, no. He aquí el caso típico de lo que se expresa con la palabra re-creación. Por el hecho de que existan muy malas traducciones en verso, no se ha de pensar que las traducciones en verso son siempre malas. La amplitud que modernamente ha alcanzado en todos los idiomas el arte poético hace menos imponente el empeño9.

Luego, Diez-Canedo repasa lo que se traduce en España y las con

diciones, precarias, a s u entender, en que se publican las traducciones,

principalmente del francés, id ioma que s i r ve también de intermediar io

para l i b ros procedentes de otras lenguas, aunque esto, dice, "ocurre

cada vez en menor escala".

S u interés por la d i f us ión de la poesía extranjera puede conside

rarse actitud constante y permanente en toda la trayectoria del autor,

pues las pruebas en forma de obras que ha dejado abren y cierran la

vida l i teraria de Diez-Canedo, quien, antes de la aparición de la p r i

mera antología de 1 9 1 3 , había escrito dos obras misceláneas de ver

s iones poéticas propias que pueden ser consideradas embr ión de lo que

poster iormente sería "un gustoso pero m u y arduo, empeño l i te ra r io " 1 0 .

9 Enrique Diez-Canedo, "La traducción como arte y como práctica", art. cit., pp. 236-237.

1 0 Enrique Diez-Canedo, "Las victorias mutiladas", en Conversaciones literarias. Segunda serie: 1920-1924, México, Joaquín Mortiz, 1964, p. 252. En este artículo, Cañe-

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Del cercado ajeno e Imágenes s o n e l p u n t o d e p a r t i d a d e l a s o t r a s d o s

g r a n d e s o b r a s e n e l t e r r e n o d e l a t r a d u c c i ó n p o é t i c a d e l e s c r i t o r e x t r e

m e ñ o ; s o n l a s m u e s t r a s d e s u a f á n d e r e c r e a c i ó n d e la l i t e r a t u r a d e

o t r o s , c o m o p r e l u d i o a la i n t e n c i o n a l i d a d d i v u l g a t i v a y f o r m a t i v a d e l a s

d o s a n t o l o g í a s p o s t e r i o r e s .

C o m o h e d i c h o , Del cercado ajeno s e p u b l i c ó e n M a d r i d e n 1 9 0 7

e Imágenes a p a r e c i ó e n P a r í s s i n f e c h a , p r o b a b l e m e n t e e n 1 9 1 0 , c o i n

c i d i e n d o c o n la e s t a n c i a d e D i e z - C a n e d o e n l a c a p i t a l f r a n c e s a 1 1 . El l e c

t o r p u e d e c o m p a r a r e l c o n t e n i d o d e e s t a s d o s c o l e c c i o n e s d e v e r s o s

c o n l a s d o s a n t o l o g í a s p o s t e r i o r e s e n e l c u a d r o q u e s e p r e s e n t a b a j o

e s t a s l í n e a s c o m o a p é n d i c e , y la p r i m e r a c o n c l u s i ó n e s q u e t a n t o Del

cercado ajeno c o m o Imágenes s o n , p o r a s í d e c i r l o , p r u e b a s d e a u t o r

e n l a s q u e D i e z - C a n e d o e n s a y a l a r e c r e a c i ó n d e g r a n d e s p o e t a s q u e

h a l e í d o , q u e p a s a n , a l g u n a s , a l t r a b a j o m á s s i s t e m á t i c o d e l a s a n t o l o

g í a s d e 1 9 1 3 y 1 9 4 6 .

La p r i n c i p a l d i f e r e n c i a e n t r e l a s v e r s i o n e s p o é t i c a s i n i c i a l e s y l a s

a n t o l o g í a s e s t á e n l a l i m i t a c i ó n c r o n o l ó g i c a y l i n g ü í s t i c a i m p u e s t a e n

l o s c r i t e r i o s q u e e x p l i c a n e s t a s ú l t i m a s . La v a r i e d a d d e l a s c o l e c c i o n e s

d e 1 9 0 7 y 1 9 1 0 s e r e d u c e a l a p o e s í a e n l e n g u a f r a n c e s a d e l a s a n t o

l o g í a s y a l a r c o c r o n o l ó g i c o q u e v a d e s d e e l r o m a n t i c i s m o a l s u p e r

r e a l i s m o , m á s l i m i t a d o a ú n e n la p r i m e r a s e l e c c i ó n d e 1 9 1 3 - P e r o u n

i n d i c a t i v o d e q u e l o s t e m p r a n o s e j e r c i c i o s d e t r a d u c c i ó n d e D i e z - C a n e

d o d e r i v a r o n e n l a s a n t o l o g í a s s e d e d u c e d e l a c o m p a r a c i ó n e n t r e l o s

d o s l i b r o s d e v e r s i o n e s p o é t i c a s : e l p r i m e r o , Del cercado ajeno, c o n

de, dedica unas sentidas líneas a Fernando Fortún-, "fue más amigo mío que lo ha sido

nadie en el mundo. Fernando Fortún, muerto a los veinticuatro años en 1914, trabajó

conmigo, unas veces sobre la misma mesa, otras a distancia, él en Madrid y yo en

París, en un gustoso, pero muy arduo, empeño literario: en nuestra Antología de poe

tas franceses modernos. Nadie conoce acaso como yo la lucidez de su juicio, la segu

ridad de su gusto", pp. 252-253. 1 1 Es la fecha que da Tomás Navarro Tomás en su contestación al discurso de

ingreso de Diez-Canedo en la Academia Española en 1935. Véase Academia Española, Unidad y diversidad de las letras hispánicas, por Enrique Diez-Canedo. Discurso leído

por el autor en el acto de su recepción académica el día 1 de diciembre de 1935. Contestación de T. Navarro Tomás, Madrid, Tipografía de Archivos, 1935, 57 pp. Tomás Navarro Tomás escribe: "Durante su residencia en París publicó otros dos libros de versos, La sombra del ensueño, 1910; Imágenes (versiones) 1910" (p. 46); y "En sus versiones de poetas extranjeros contenidas en sus libros Del cercado ajeno, Imágenes y Antología de la poesía francesa, y especialmente en su admirable traducción de la Sagesse, de Verlaine, su identificación con los originales llega en muchos casos hasta recoger el giro y aire de sus propios ritmos", pp. 49-50.

1 9 7

MIGUEL ÁNGEL LAMA

t i e n e t e x t o s d e t r e i n t a y o c h o a u t o r e s , s i n r e f e r e n c i a s ; m i e n t r a s q u e

Imágenes, a d e m á s d e p r e s e n t a r u n a m í n i m a o r g a n i z a c i ó n d e l a p o e s í a

t r a d u c i d a 1 2 , s e c i e r r a c o n u n a s n o t a s e n l a s q u e b r e v e m e n t e s e a p o r

t a n a l g u n o s d a t o s s o b r e l o s p o e t a s y u n j u i c i o c r í t i c o . V a l g a n c o m o

e j e m p l o s l a s t r e s s i g u i e n t e s :

Pedro delle Vigne (1180-1249). U n o de los pr imi t ivos poetas italianos. Nació en Capua, de famil ia pobre . Después de laboriosos estudios en Bolonia , fue notar io, protonotar io y l legó á ser, en Sicilia, min ist ro de Federico I I , el rey poeta. Preso, á consecuencia de intrigas cortesanas, se d io la muerte. Dante le coloca en su In f ierno, en el círculo de los suicidas. Dejó poesías latinas y vulgares, cartas y tratados pol í t icos.

Juan Ar turo Rimbaud (1854-1891). Verlaine, que fue su amigo ínt i m o , le cuenta entre los que l lamó Poetas malditos. Hay en sus versos u n acento extraño y or ig inal que ha in f lu ido m u c h o en otros poetas, quizá en Verlaine mismo. M u r i ó joven, cuando ya había abandonado la poesía desde años atrás para entregarse á tráficos y exploraciones en países lejanos.

Víctor Cátala . Pseudónimo de Catalina Albert , poderosa novelista rural . Se ha complac ido, en sus versos de El libro blanco, en pintar escenas del siglo xvm que n o valen lo que algunas notas vigorosas c o m o Terror, más próximas al espíritu de sus novelas 1 3 .

E s t a s " N o t a s " v i e n e n a s e r p r i m e r o s a p u n t e s d e la i n t e n c i ó n m á s

i n f o r m a t i v a y r i g u r o s a q u e t i e n e n l a s r e s e ñ a s b i o b i b l i o g r á f i c a s q u e p r e

c e d e r á n a l o s p o e m a s d e c a d a u n o d e l o s a u t o r e s i n c l u i d o s e n l a s a n t o

l o g í a s d e 1 9 1 3 y 1 9 4 6 , y s i b i e n é s t a s s o n m u c h o m á s a m p l i a s y d o c u

m e n t a d a s , s i n d u d a , a q u e l l a s b r e v e s l í n e a s o r i e n t a t i v a s d e Imágenes s e

c o n v i e r t e n e n u n p r i m e r s i g n o d e q u e la i n c l i n a c i ó n d e D i e z - C a n e d o

p o r v e r t e r a la l e n g u a e s p a ñ o l a la p o e s í a e x t r a n j e r a i b a a d e p a r a r u n a

o b r a m á s e l a b o r a d a y c o n o t r o s o b j e t i v o s .

Imágenes, a s í , c o m p l e t a e l r e c o r r i d o p o r la h i s t o r i a p o é t i c a f o r á n e a

d e Del cercado ajeno, y l e d a u n c a r á c t e r m á s u t i l i t a r i o p a r a e l l e c t o r ,

d i s t a n c i á n d o s e d e l d i v e r t i m e n t o o d e s c a n s o i n s p i r a d o r q u e p u d i e r a a p l i

c a r s e a l a s r e c r e a c i o n e s d e 1 9 0 7 . É s t a s , s e a b r í a n y s e c e r r a b a n c o n

1 2 A ello obedecen los rótulos de "Rosas del tiempo antiguo" y "Mies de hogaño", que recogen, respectivamente, a poetas antiguos desde el siglo xii al xvi (de Pedro delle Vigne a Juan Lyly), y a poetas modernos (desde Víctor Hugo a José Carner y Víctor Cátala).

13 Imágenes, ed. cit., pp. 239, 243-244 y 253-

1 9 8


199

d o s s o n e t o s t i t u l a d o s "El p o e t a a s í m i s m o " , q u e r e p r e s e n t a n e s t a t o n a

l i d a d . C o m o " P r ó l o g o " :

El poeta a sí mismo

Deja, por hoy, tus íntimas canciones. Libre, a la cita con tu Musa falta. H o y una recia tentación te asalta y eres c o m o escolar en vacaciones.

Explora el campo en todas direcciones; vadea ríos y cercados salta. N i fruta dejes de alcanzar, por alta, n i flor extraña, t ímido, abandones.

Nadie vigi la , nada te rehusa la tierra fért i l ; pasajeros, vanos, han de ser los enfados de tu Musa:

después, en el secreto de tu estancia, podrás acariciarla con tus manos, que tendrán de tus hurtos la f ragancia 1 4 .

Y c o m o " E p í l o g o " :

El poeta a sí mismo

Has despojado exóticos jardines y has respirado el aura embriagadora de huertos ricos. Vuelve, que ya es hora de que a tu prop ia casa te encamines.

La tarde va cayendo. En los confines del cielo el p u r o azul se decolora. Mira: la estrella de la tarde l lora; sobre los campos vuelan serafines.

En tu estancia la luz está encendida c o m o u n amante corazón. ¡Pequeña luz, de lejos a u n astro parecida!

¡Llama que aviva y une los dispersos rayos de la emoción! ¡Hada risueña, madrina bienhechora de mis versos! 1 5

C o m p á r e n s e e s t a s m u e s t r a s d e a u t o d i á l o g o l í r i c o c o m o j u s t i f i c a c i ó n

d e l a t r a d u c c i ó n d e l a p o e s í a d e o t r o s c o n l a s " i m á g e n e s " d i v e r s a s y

14 Del cercado ajeno, ed. cit., p. 7. 15 Del cercado ajeno, ed. cit., p. 155.

MIGUEL ÁNGEL LAMA

o p u e s t a s s u g e r i d a s e n e l p r ó l o g o e n v e r s o q u e p r e s i d e l a s t r a d u c c i o

n e s d e 1 9 1 0 :

Larga hilera de casas a la ori l la de l río... Tiene aquella u n balcón desbordante de rosas, y aquella escalinatas de mármol , suntuosas, y aquella u n desolado cariz, hosco y bravio.

Y en una casa hay fiesta y hay duelo en otra casa, y una está edif icándose, y otra más se arruina. Y en el agua corriente que a la mar se encamina t iembla u n p u n t o la imagen fugaz. . . y el río pasa 1 6 .

D i e z - C a n e d o , e n Del cercado ajeno, e x p r e s a la u t i l i d a d d e la t r a

d u c c i ó n p o é t i c a p a r a l a f o r m a c i ó n e i n s p i r a c i ó n p r o p i a s , e n m a r c a n d o

s u s v e r s i o n e s c o n l o s d o s s o n e t o s a q u í c o p i a d o s c o m o u n a m u e s t r a d e l

r e c o r r i d o p o r t e r r i t o r i o s e x t r a ñ o s q u e d e s e m b o c a e n l a l l a m a y la l u z

d e l a p o e s í a o r i g i n a l . La e v i d e n c i a d e e s t e r e c o r r i d o y e s t a i n t e n c i ó n ,

e x p r e s a d a e n e l m i s m o t í t u l o , s e d i l u y e e n Imágenes, q u e r e p r e s e n t a

o t r a f o r m a d e a c e r c a m i e n t o a l a p o e s í a e x t r a n j e r a , e n u n m o m e n t o , l o s

a ñ o s p a r i s i n o s , c u a n d o e l c o n t a c t o c o n l a l i t e r a t u r a d e o t r o s á m b i t o s

e s d i r e c t o y d e p a r a n o s ó l o e s t e l i b r o d e v e r s i o n e s , s i n o l a Pequeña

antología de poetas portugueses o l o s p r i m e r o s t r a b a j o s p a r a l o q u e l u e

g o s e r á La poesía francesa moderna d e 1 9 1 3 1 7 .

La c o m p l e m e n t a r i e d a d d e a m b o s l i b r o s d e v e r s i o n e s e s c l a r a . N o

h a y c o i n c i d e n c i a s d e p o e m a s e n t r e e l l a s , y e n p o c o s c a s o s , h a y c o i n

c i d e n c i a d e p o e t a s . A d e m á s , s i Del cercado ajeno i n c l u y e , c o n e s e a i r e

d e a p e r t u r a y l i b e r t a d q u e l a s e l e c c i ó n t i e n e , c i n c o t e x t o s d e " P o e s í a s

j a p o n e s a s a d a p t a d a s d e d i s t i n t a s v e r s i o n e s " , Imágenes c o m p l e t a r á e l

16 Imágenes, ed. cit., s. p. 17 Pequeña antología de poetas portugueses, traducción y selección de Enrique

Diez-Canedo, París, Excelsior, s.a. Incluye a J. B. de Almeida Garret, Antero de Quen-tal, Joao de Deus, Gomes Leal, Antonio Nobre, Eugenio de Castro, Julio Brandao, Alberto D'Oliveira, Alfonso Lopes Vieira, Teixeira de Pascoaes, Joáo de Barros, Antonio Sar-dinha, Olavo Bilac y Guillerme de Almeida. En la "Advertencia preliminar" de la antología de 1946, Enrique Diez-Canedo escribe: "En la primera edición de este libro, publicado en Madrid el año 1913, el que ahora, para editarlo de nuevo, lo refunde y amplía, figuraba como autor al lado de Fernando Fortún, poeta joven, muerto un año después, en mayo de 1914. Su preciosa ayuda hizo posible no solamente el gran acopio de datos allí ofrecidos sino su coordinación, que apenas podía yo atender desde París, en donde me hallaba cuando pusimos manos a la obra. Si pude, ya de regreso a España, cuidar de la impresión, siempre con el asiduo trabajo de Fernando Fortún, de quien eran, además, muchas de las versiones más felices, entonces realizadas expresamente para el libro" (p. 5).

2 0 0


m a r c o d e p r o c e d e n c i a d e l o s t e x t o s c o n d o s p o e t a s a l e m a n e s ( R i c a r d o

D e h m e l y O t ó n J . B i e r b a u m ) y d o s p o e t a s r u s o s ( D e m e t r i o S. M e r e s -

h k o v s k i y T e o d o r o S o l o g u b ) . N o c r e o q u e p u e d a n a l l e g a r s e m u c h o s

t e s t i m o n i o s d e é p o c a q u e m i n i m i c e n l a o r i g i n a l i d a d y e l c a r á c t e r p r e

c u r s o r d e e s t a s v e r s i o n e s d e D i e z - C a n e d o , t a n t o d e la p o e s í a o c c i d e n

ta l c o m o d e la p o e s í a o r i e n t a l , m á s d e s c o n o c i d a . E n é s t a , y e n c o n

c r e t o , e n l o s p o e m a s j a p o n e s e s t r a d u c i d o s , D i e z - C a n e d o a p u n t a l o q u e

a ñ o s d e s p u é s u n a u t o r c o m o J o s é J u a n T a b l a d a h a r á e n s u s l i b r o s Un

día (1919) , Li Po (1920) o Un jarro de flores (1922) , c o n v i r t i é n d o s e e n

i n t r o d u c t o r e n l e n g u a e s p a ñ o l a d e l h a i k ú j a p o n é s . La r a r e z a d e e s t a s

t r a d u c c i o n e s d e D i e z - C a n e d o , q u e s ó l o p u e d e n l e e r s e e n a q u e l l a e d i

c i ó n d e Del cercado ajeno, q u i z á j u s t i f i q u e q u e l a s c o p i e a q u í :

I Del Bonzo Mansé

¿Con qué la v ida puedes comparar? ¿Con la luz del ocaso incierta y suave? ¿Con la nave que corre por el mar? ¿Con la estela que atrás deja la nave? ¿Con la espuma que ves en el surco albear?

II De Hito-Haro

Temor de muerte

siente el ciervo si el dardo brutal advierte. Yo, con temor más fuerte, junto a t i me acobardo.

III De Arakida Moritaké

¿Otra vez en el tal lo se posa la f lor desprendida? ¡Virtud milagrosa! Pero n o es una ñor: es una mariposa.

TV

De Tsura Yuki

Con hosti l corazón los nuevos moradores

de la casa que u n día fue mía me acogieron;

pero de mí tal vez se acordaban las flores,

porque me dan el mismo per fume que me dieron.

2 0 1

MIGUEL ÁNGEL LAMA

V D e Oki Kassé

Si la esperanza de verte n o tuviera, mor i r quisiera. Decide sin tardanza ¿Quieres que viva o muera? 1 8

El r ico c o n j u n t o d e t r a d u c c i o n e s q u e f o r m a n Del cercado ajeno,

Imágenes y los d o s v o l ú m e n e s an to lóg i cos d e 1913 y 1946 arroja u n a s

cifras a p a b u l l a n t e s a la h o r a d e h a c e r la his tor ia d e la d i fus ión d e la

p o e s í a ext ranjera e n España : c i e n t o s e t en t a au to re s , p r i n c i p a l m e n t e fran

c e s e s y m o d e r n o s , p o r el ca rác te r d e las d o s an to log ías , p e r o t a m b i é n

a l e m a n e s , ingleses , i ta l ianos, rusos , p o r t u g u e s e s , ca ta l anes , a m e r i c a n o s ,

b e l g a s . . . , d e s d e el s iglo XII al xx, c o n u n i m p o r t a n t e n ú m e r o d e p o e

tas v ivos q u e r e p r e s e n t a la v o l u n t a d d e ofrecer la p o e s í a m á s actual ;

s e t en t a y u n t r aduc to res , e n t r e los q u e se e n c u e n t r a n a l g u n o s d e los

p o e t a s m á s d e s t a c a d o s de l m o m e n t o , c o m o J u a n R a m ó n J i m é n e z , Césa r

M o r o , Emil io Adol fo W e s t p h a l e n , P e d r o Sal inas, Rafael Albert i , J u a n

Larrea, Alfonso Reyes , E n r i q u e G o n z á l e z Mar t ínez , M a n u e l Al to lagui-

r r e . . . . Es, l ó g i c a m e n t e , E n r i q u e D i e z - C a n e d o q u i e n m á s n ú m e r o d e tra

d u c c i o n e s t i ene , s e g u i d o d e F e r n a n d o Fo r t ún y el m e x i c a n o E n r i q u e

G o n z á l e z M a r t í n e z 1 9 , a l g u n a s d e el las r e sca t adas d e sus l ibros d e 1907

18 Del cercado ajeno, ed. cit., pp. 151-152. En la antología de 1946, Diez-Canedo llamará la atención sobre la recreación de la poesía japonesa en la entradilla de la sección "Libertad y modernidad" de "Los poetas nuevos": "Podría, por último, contarse en este lugar a otro grupo de cultivadores del hai-kai (poemita japonés de tres versos), como el Dr. Paul Louis Couchond, Rene Maublanc, Julien Vocance, Jean Paulhan y otros. De ellos dio noticia Benjamín Crémieux en un artículo de La Nación de Buenos Aires (31 de enero de 1937), titulado Para un haikai argentino, en el cual incluía, de propia cosecha, unos cuantos haikais porteños" (p. 501.)

1 9 Los traductores que participan en la antología de 1913 son 29: Cayetano de Alvear, Anier y Diawlia (Manuel Reina y Aniceto Valdivia), Ricardo Baeza, Guillermo Belmonte, Miguel Antonio Caro, Emilio Carrére, Balbino Dávalos, Leopoldo Diez, Enrique Diez-Canedo, Fernando Fortún, Leopoldo García Ramón, "Géminis", María Luisa González, Andrés González Blanco, Enrique González Martínez, Max Henríquez Ure-ña, Juan Ramón Jiménez, Eduardo Marquina, Luis de Zulueta, Gregorio Martínez Sierra, Elias Ortíz de la Torre, Ramón Pérez de Ayala, Antonio José Restrepo, Pedro Salinas, Manuel de Sandoval, Guillermo Valencia, Ángel Vegué y Goldoni, Antonio de Zayas. A los que se incorporan en 1946: Antonio Acevedo Díaz, Rafael Alberti, Manuel Altolaguirre, Ismael Enrique Arciniegas, B.C.H., Mauricio Bacarisse, Corpus Barga, Octavio G. Barreda, Ángel J. Battistessa, Nicolás Bayona, Roberto Brenes Mesen, Mariano Brull, Jorge Carrera Andrade, Eduardo Castillo, Francisco Castillo Nájera, Agustín F.

202


y 1 9 1 0 y m u c h a s h e c h a s ex profeso p a r a i n c o r p o r a r l a s a l a a n t o l o g í a

d e L o s a d a , p r i n c i p a l m e n t e l a s d e a q u e l l o s " p o e t a s n u e v o s " c o m o A n d r é

S p i r e , L é o n - P a u l F a r g u e , J e a n C o c t e a u o M a x J a c o b .

El e x a m e n c o m p a r a t i v o q u e o f r e c e e l l i s t a d o f i n a l n o s ó l o p e r m i

t e c o m p r o b a r e l c a r á c t e r c o m p l e m e n t a r i o d e l o s d o s p r i m e r o s l i b r o s d e

v e r s i o n e s p o é t i c a s , s i n o e l r i g o r y l a e x h a u s t i v i d a d a p l i c a d o s a l a s a n t o

l o g í a s p o s t e r i o r e s , s o b r e t o d o a la s e g u n d a , e n l a q u e s e p r e s c i n d e d e

a l g u n o s a u t o r e s q u e f i g u r a r o n e n 1 9 1 3 , c o m o L o u i s M a n d i n , J u l i á n O c h s é ,

G e o r g e s A . T o u r n o u x , C h a r l e s V a n L e r b e r g h e o T h é o V a r l e t , s i e n d o e n

s u m a y o r í a p o e t a s c o n t e x t o s t r a d u c i d o s p o r e l m i s m o D i e z - C a n e d o .

S o b r e o t r a s o m i s i o n e s e s c r i b e e l c r í t i c o e n l a " A d v e r t e n c i a p r e l i m i n a r "

f e c h a d a e n M é x i c o e n 1 9 4 2 d e a q u e l l a s e g u n d a a n t o l o g í a : " T a m b i é n

a l g u n a s d e é s t a s h a b r á n d e n o t a r s e a q u í , y n a d i e l a s d e p l o r a m á s q u e

y o m i s m o . P e r o o b e d e c e n a d i v e r s a s c a u s a s , y n o t o d a s a m i g u s t o o

a m i v o l u n t a d . U n a s v e c e s , a la s u p r e m a d i f i c u l t a d d e q u e l a t r a d u c

c i ó n c o n s e r v e l o s v a l o r e s o r i g i n a l e s . P o d r í a e s t o d e c i r s e d e t o d a s , p e r o

y o e n t i e n d o q u e s i e m p r e u n a t r a d u c c i ó n h e c h a p o r e s c r i t o r r e s p o n s a

b l e p u e d e c o n s e r v a r , h a s t a e n la f o r m a , m u c h o d e l a f i s o n o m í a d e s u s

d e c h a d o s , y q u e l o s a l a r d e s d e f i d e l i d a d c o n q u e s e a d o r n a n c i e r t a s

v e r s i o n e s l l a m a d a s l i t e r a l e s n o s o n m á s q u e d i s f r a c e s d e l a t i m i d e z o

d e la i g n o r a n c i a . " 2 0 R i g o r y h o n e s t i d a d c r í t i c o s q u e s e r e f l e j a n e n o t r o s

c a m b i o s q u e i n t r o d u c e l a a n t o l o g í a d e 1 9 4 6 s o b r e l a a n t e r i o r : a s í , e n

l a s t r a d u c c i o n e s d e u n p o e t a d e p r i m e r a fila c o m o P a u l V e r l a i n e . C a ñ e

d o c o m i e n z a t r a d u c i e n d o e n Del cercado ajeno s i e t e t e x t o s d e V e r l a i

n e , l u e g o t r a d u c e t r e s n u e v o s p o e m a s e n Imágenes; d e e l l o s , s ó l o r e c u

p e r a c i n c o p a r a l a a n t o l o g í a d e 1 9 1 3 , d e l o s c u a l e s d o s s o n e l i m i n a d o s

e n 1 9 4 6 y r e c u p e r a d o u n o d e l o s d e Imágenes, "La v i e h u m b l e a u x

t r a v a u x " q u e n o h a b í a p a s a d o a l a p r i m e r a a n t o l o g í a d e R e n a c i m i e n t o .

P e r o s o n m á s l o s t e x t o s i n c l u i d o s e n a m b a s s e l e c c i o n e s q u e p r o v i e n e n

d e o t r o s t r a d u c t o r e s ( E . O r t i z d e l a T o r r e , E. C a r r é r e , J u a n R a m ó n J i m é

n e z , G u i l l e r m o V a l e n c i a , E n r i q u e G o n z á l e z M a r t í n e z , E d u a r d o M a r q u i -

n a y L u i s d e Z u l u e t a , e n 1 9 1 3 ; a d e m á s d e E d u a r d o C a s t i l l o , C a r l o s

L ó p e z N a r v á e z , V í c t o r M . L o n d o ñ o , D e l i o S e r a v i l l e y R i c a r d o T i r a d o

Cuenca, Benjamín Fernández y Medina, José Ferrel, Lysandro Galtier, Julio Gómez de la Serna, Manuel González Prada, Otto de Greiff, Julio Herrera y Reissig, Nydia Lamar-que, Juan Larrea, Agustín Lazo, Víctor M. Londoño, Carlos López Narváez, Rafael Lozano, Clotilde Luisi, Luisa Luisi, César Moro, Carlos Obligado, Emilio Oribe, Calixto Oyue-la, Vicente Pola, Alfonso Reyes, Delio Seraville, Ricardo Tirado Macías, Guillermo de Torre, Xavier Villaurrutia, Emilio A. Westphalen.

20 La poesía francesa del romanticismo al superrealismo, ed. cit., pp. 6-7.

203

MIGUEL ÁNGEL LAMA

M a c í a s , e n 1946), i n c o r p o r a n d o s ó l o t r e s t r a d u c c i o n e s p r o p i a s q u e n o

f i g u r a r o n e n l o s d o s p r i m e r o s l i b r o s d e v e r s i o n e s p o é t i c a s 2 1 . C o n r e s

p e c t o a l a s t r a d u c c i o n e s d e D i e z - C a n e d o q u e t i e n e n m á s d e u n a e d i

c i ó n o q u e f i g u r a n e n l a s d o s a n t o l o g í a s y e n u n o d e l o s l i b r o s d e v e r

s i o n e s p o é t i c a s h a y q u e d e c i r q u e n o p r e s e n t a n v a r i a n t e s s i g n i f i c a t i v a s 2 2 ,

d a n d o e l a u t o r p o r v á l i d a g e n e r a l m e n t e l a v e r s i ó n p r i m e r a . T a m p o c o

c a b e d e d u c i r d e l a e l i m i n a c i ó n d e a l g u n o s t e x t o s p r o p i o s q u e f i g u r a

r o n e n l u g a r e s a n t e r i o r e s d e s c o n t e n t o o i n s a t i s f a c c i ó n , p u e s a v e c e s e l

c r i t e r i o q u e p r e d o m i n a e s e l d e e s p a c i o o e l d e la g e n t i l e z a d e D i e z -

C a n e d o e n d e j a r h u e c o p a r a o t r o t r a d u c t o r .

P o r ú l t i m o , e l v a l o r d e La poesía francesa del romanticismo al su

perrealismo c o m o o b r a d e f i n i t i v a y r e v i s i ó n e x h a u s t i v a d e t o d a u n a v i d a

d e d i c a d a a l a t r a d u c c i ó n p o é t i c a y a l a d i f u s i ó n d e la p o e s í a n o e s p a

ñ o l a s e c o m p r u e b a e n l o s a ñ a d i d o s b i b l i o g r á f i c o s q u e i n c o r p o r a f r e n

t e a la a n t o l o g í a d e 1913- D i e z - C a n e d o i n c l u y e u n a r e l a c i ó n ú t i l í s i m a

d e " A n t o l o g í a s " ( p p . 697-698) , o t r a d e " E s t u d i o s g e n e r a l e s " ( p p . 699-

703) y o t r a d e " E s t u d i o s e s p e c i a l e s " ( p p . 704-710) , e n l a s q u e s e r e c o

g e u n a i n f o r m a c i ó n m u y v a l i o s a p a r a la h i s t o r i a d e l a p o e s í a f r a n c e s a

m o d e r n a q u e c o m p l e m e n t a la d e l a s n o t a s b i o b i b l i o g r á f i c a s q u e e n c a

b e z a n la s e l e c c i ó n d e c a d a u n o d e l o s p o e t a s . P o r o t r o l a d o , u n m a r

g e n d e p e r s p e c t i v a c r í t i c a m á s a m p l i o e x p l i c a la v o l u n t a d d e p r e c i s i ó n

d e a l g u n o s e p í g r a f e s y s u s n o t a s g e n e r a l e s e n la s e g u n d a d e l a s a n t o

l o g í a s . La o r g a n i z a c i ó n d e 1913 e n : L o s p r e c u r s o r e s . L o s p a r n a s i a n o s .

O t r a s t e n d e n c i a s . L o s m a e s t r o s d e l s i m b o l i s m o . El s i m b o l i s m o ( I ) y ( I I ) .

L o s p o e t a s n u e v o s ( I ) y ( I I ) , s e c o n v i e r t e e n 1946 e n : L o s g r a n d e s

r o m á n t i c o s . R o m a n t i c i s m o , e p í g o n o s y p r e c u r s o r e s . L o s p a r n a s i a n o s .

O t r a s t e n d e n c i a s . L o s m a e s t r o s d e l s i m b o l i s m o y d e l a n u e v a l i t e r a t u

r a . El s i m b o l i s m o . E v o l u c i ó n d e l s i m b o l i s m o . L o s p o e t a s n u e v o s ( I . T r a

d i c i ó n y f a n t a s í a ) , ( I I . L i b e r t a d y m o d e r n i d a d ) y ( I I I . E s c u e l a s d e v a n -

2 1 En dos casos, los de Baudelaire y Gautier, se observan cambios desde la traducción de Diez-Canedo. En Imágenes, Diez-Canedo traduce "Epígrafe para un libro condenado", "El rebelde" y "Ofrenda". Los mismos textos, sin variantes, se recogen en 1946, pero atribuidos, junto a cinco poemas más, a Eduardo Marquina. En la antología de 1913, los poemas de Gautier "A una túnica rosa", "Pequeña oda anacreóntica" y "La rosa té" se rematan con la indicación como traductor de Diez-Canedo; pero en 1946 se atribuyen a Cayetano de Alvear, y no hay variantes entre las versiones. ¿Error de imprenta?

2 2 Por ejemplo, en "Pensamiento de la tarde" de Leo Larguier: v. 9 "Está lloviendo.. . Estoy solo. . . Pienso en mi vida" (Imágenes) y "Está lloviendo. Estoy solo. Pienso en la vida" (1913 y 1946).

2 0 4


guardia, super rea l i smo) , más u n apéndice en donde f iguran Gabriele

D ' A n n u n z i o y Rainer María R i l k e 2 3 .

Consciente de que s u empeño merecía la pena, En r i que Diez-Cane-

do apuró al máx imo s u afán de r igor y de actualidad hasta conformar

una de las más completas y exhaust ivas compilaciones de la poesía

francesa en español, que hay que contemplar como la ú l t ima estación

de u n apasionante viaje como lector y crít ico de poesía que tuvo s u s

pr imeras expres iones en las ve rs iones poéticas sobre las que aquí se

ha hablado. S i rvan estas l íneas, pues, como incitación a la lectura de

esta apasionada defensa de la poesía, que qu i so recordar Diez-Canedo

al presentar las escuelas de vanguardia en las páginas f inales de s u

antología de 1 9 4 6 :

Libres de toda t radic ión y contrarios a ellas son los poetas que forman en las llamadas escuelas de vanguardia. En real idad, vanguardia es toda poesía verdadera. En las escuelas entró mucha gente de la que def in ió u n humorista d ic iendo: "Vanguardia, t ropa destinada a morir" . Pero ¿no muere también, por ley natural , la retaguardia? Lo que n o muere es la poesía 2 4 .

Poetas traducidos y seleccionados por Diez-Canedo

en s u s vers iones poéticas y s u s antologías 2 5 .

Autores Poemas DCA IMA 1913 1946

Albert-Birot, Pierre Poemas de bolsillo X*

Poemas cotidianos (18) X*

Angeli, Diego La calle junto al hospital X

Apollinaire, Guillaume Salomé X*

Tristeza de una estrella X

Zona X

2 3 Diez-Canedo incluye a estos autores como extranjeros más relevantes que cultivaron la poesía francesa, prescindiendo de las composiciones en sus idiomas nativos, "que les han dado mayor fama". Otros autores hispanoamericanos que escribieron en francés, como José María de Heredia, Jules Laforgue y Jules Supervielle tienen su lugar en el cuerpo de la antología.

24 La poesía francesa del romanticismo al superrealismo, ed. cit., p. 595. 2 5 Con asterisco (*) en las antologías de 1913 y 1946 las traducciones de Diez-

Canedo. DCA: Del cercado ajeno. IMA: Imágenes. 1913: La poesía francesa moderna, de 1913. 1946: La poesía francesa del romanticismo al superrealismo, de 1946.

2 0 5

MIGUEL ÁNGEL LAMA

A utores Poemas DCA IMA 1913 1946

La linda pelirroja X

Lazos X

Maravillas de la guerra X

El canto de amor X

Aragon, Louis ¿Conoces el país de los obreros? X

La rosa y la reseda X

Arcos, René El sufrimiento eterno X* X*

El barracón X* X*

Cuarteto X* X*

Nous sommes ici une file ... X* X*

Banville, Théodore de A una señora rubia X X*

El pastor X X

Semíramis X X

La princesa borghese X X

El salto del trampolín X X

La reina de Saba X

Barret-Browning, Isabel Soneto X

Bataille, Henri El mes mojado X X

La fuente de compasión X* X*

Baudelaire, Charles Epígrafe para un libro condenado X X

El rebelde X X

Ofrenda X X

Elevación X X

Correspondencias X X

Une nuit que j'étais X X

Las viejecitas X X

El crepúsculo de la noche X X

El albatros X X

La cabellera X X

Los faros X

206



Spleen X

El examen de medianoche X

El deseo de pintar X X

Los beneficios de la luna X X

El puerto X X

Bertrand, Aloysius El vendedor de tulipanes X X

Los cinco dedos de la mano X X

La estancia gótica X X

La celda X X

Bierbaum, Otón Julio Sueño en el crepúsculo X

Bilac, Olavo La ronda nocturna X

Sonetos de amor [tres] X

Sordina X

Primera emigración X

Bonnard, Abel El faisán X X

El viejo can X X

La tortuga X X

El escarabajo X X

Brandao, Julio Las buenas hadas X

Bretón, André La Unión Libre X

El hombre y una mujer... X

El gran socorro mortífero X

Cartero cheval X

Browning, Roberto Memorabilia X

La Duquesa muerta. Ferrara X

Carducci, Josué A la Reina de Italia X

Camer, José El poeta a la poesía X

Nocturno invernal X

Anochecer X

Soneto "¡Suave otoño..." X

207

MIGUEL ÁNGEL LAMA


Castro, Eugenio de Ofir X

Catalâ, Victor Terror X

Chennevière, Georges Inmovilidad X X

Claudel, Paul Las musas X* X*

San Pedro X'

Santiago X*

Santa Escolástica X

Balada X*

Envío X*

Cocteau, Jean Perspectiva engañosa X*

Versos de circunstancias X*

Recuerdo de Ñapóles X*

Les cheveux girs quand jeunesse... X'

Espaldas de ángel X*

El poeta de treinta años X*

Sepulcro de Safo X*

Sepulcro de don Juan X*

Los ángeles desmañados X*

¿Me entendéis así? X*

Canto llano X*

Coppée, François La etapa X X

Retornelo X X

El horóscopo X X

En la calle X X

Senacherib X X

Romanza X X

Los tres pájaros X X

Corbière, Tristan ¡Hidalgo! X X* X*

Carta de México X* X*

Auxilio X

2 0 8



Horas X

El fin X

Cros, Charles El arenque X*

D'Annunzio, Gabriel Quosque Eadem? X

Plegaria a la madre inmortal X

En vano X

El engaño X

Suspiria de profundis X

Oda para la resurrección latina X'

D'Houville, Gérard Nostalgia X*

Dehmel, Ricardo El ideal X

La ciudad silenciosa X

Delarue-Mardrus, Lucie Negativa X X

Meditación ante un rostro X X

Fuerza X

Derème, Tristan. Poemas (cinco) X*

Desbordes-Valmore, Marceline Las rosas de Saadi X X*

Los sollozos X

Despax, Émile Impresiones de regreso X X* X*

Soneto X X

Sonata X X

Última X

Dierx, Léon Lázaro X X

Tarde de octubre X X

Gloria in excelsis X X

Dobson, Austin Los pródigos X

Drieu La Rochelle, Pierre A vosotros, alemanes X

Duhamel, Georges La Anunciación X* X*

A un pobre hombre X X

Un adolescente X X

209

MIGUEL ÁNGEL LAMA


Mi soledad X'

El secreto X*

Éluard, Paul Poema X

Suite X

Ivés Tanguy X

Ser X

La sombra de los suspiros X

Durar X

Donde la mujer es secreta... X

Una tarde encorvada X

Corrido X

Noviembre 1936 X

La victoria de Guernica X

La enamorada X

El Universo-Soledad X

Entre otras X

Fargue, Leon-Paul Nocturno X

Le boulevard ard défile et baille X*

Ils entrèrent au crépuscule X*

Le soir se penche avec langueur X*

On a trouve sur le cadavre X*

Un ange se pose aux créneaux.. X*

Amores X*

Ferrari, Severino La dulce nueva X

Fogazzaro, Antonio El Papa León X X

Fort, Paul Balada. "Entonces, no dudéis" X

Balada. "¿Yo no canté?" X

Si tous les filles du monde X* X*

Cette fille, elle est morte... X X

Glauco X* X*

2 1 0



ROÍ, valet, dame... X* X*

lis ont choisi la mer... X* X*

El buen tiempo X* X*

Filomela X

Calma en alta mar X

Himno al autor de estos himnos X

La dicha X

La insignia de San Dionisio X

Gallienne, Ricardo Le Belleza maldita X

Gautier, Théophile El arte X X* X*

Sinfonía en blanco mayor X X

A una túnica rosa X* X

Pequeña oda anacreóntica X* X

La rosa té X* X

Museo secreto X

La nube X

Soneto japonés X

Géraldy, Paul Distancia X

Adiós X

Gide, André Ronda de la granada X

Gilkin, Iwan El penitente X

Giraud, Alberto Degollación X

Gomes Leal

Graf, Arturo Morte Regina X

Gregh, Fernand Diálogo X

Minueto X X* X*

Velas en el mar X X

Desaliento X X

Guérin, Charles Yo quisiera ser hombre X X* X'

Entre mi ensueño y tu... X X* X*

2 1 1

MIGUEL ÁNGEL LAMA


Abríase la noche... X X* X*

El ámbar, las espigas... X X* X*

Campanas. Es el día... X X* X'

Le ciel pâlit X X

Les rossignols chantaient... X X

On trouve dans mes anciens vers.. X

Henley, Guillermo Ernesto A R. T. H. B. X

I. M. Margaritae Soror X

Heredia, José María de El olvido X

El despertar de un dios X

La tribuna de los rostros X

Antonio y Cleopatra X

A la manera de Petrarca X

La bella viola X

El viejo orfebre X

Los conquistadores X X

Flores de fuego X

El banco de coral X

Brisa marina X

La vida de los muertos X

El baño X

El olvido** X

Ninfea X

El rapto de Andrómeda X

Villula X

La dogaresa X

Herold, A. Fernando Día de invierno X

Hugo, Víctor La conciencia X

El sátiro X*

Jacob, Max. Mi vida X*

2 1 2



Misterio del cielo X*

En el bosque silencioso X*

Poemita X*

Visitación X*

Escapatoria X*

Exhortación X*

Hortelano X*

Il se peut qu 'un rêve étrange X*

Madame X X*

Establecimiento de una... X*

Arco iris X*

Non¡ Mon espoir point... X*

Nocturno X*

Jammes, Francis El comedor X X* X*

El campesino... X X* X*

La muchacha enfermiza... X

El hombre aquel... X X* X*

El almanaque X X* X*

Un poeta decía... X X* X*

Oración para que un niño no... X' X*

Les prières s'en vont au ciel... X* X*

Son de luz en el huerto X*

Marina de antaño X*

El pueblo al mediodía X*

Son los meses de otoño X*

Dentro de poco nevará X*

El vertedero huele mucho... X*

Nacimiento X* X*

Mon humble ami, mon chien... X X

Jouve, Pierre-Jean Justo viento de otoño X*

2 1 3

MIGUEL ÁNGEL LAMA


Trágicas X*

Noble hautaine mélancolie X*

Mon Seigneur X*

El espíritu joven X*

Kahn, Gustave Lied X X* X*

Les voix redisaient... X* X*

Des chevaliers qui sont partis X* X*

Klingsor, Tristan El soldadito de plomo X X* X*

Sherezada X X . 2 6 X*

El ogro X X

Canción de la cebolla X X

Canción del molinero X X

La Fayette, Oliverio C. De A la alegria X

Laforgue, Jules Ton geste X* X'

Encoré un livre X* X*

Je ne suis qu 'un viveur lunaire X* X*

Solo de luna X* X*

Lahor, Jean La pasión de Siva X X

Huracán nocturno X X

Versos áureos X X

Lamartine, Alphonse de El lago X

Larbaud, Valéry El antifaz X*

Alma perdida X'

Mers-el-Kebir X*

Oda X

Mi musa X

Larguier, Léo Pensamientos de la tarde X X* X*

Oarystis X X

Despertar X X

2 6 En 1913 y 1946, se titula "El retrato".

2 1 4



Lautréamont Los Cantos de Maldoror X

Lavaud, Guy Tu dormais, tache blonde... X* X*

Hier encore tu disais... X* X*

C'est un coin bleu de rivière... X» X*

Un enfant a posé son cerceau X* X*

Ici et là des ponts... X' X*

Chevelure des bois... X* X*

Olas X'

Flotillas X*

Estrella Polar X*

Creciente X*

El cisne X*

Lluvia de estrellas X*

Leal, Gomes El visionario o sonido y color X

El viejo palacio X

Leconte de Lisle Suria X X

Pan X X

El vaso X X

Mediodía X X

Los elfos X X

Los mercaderes X X

Lerberghe, Carlos Van Barca de oro X

La lluvia, mi hermana X

Liliencron, Detlev de La golondrina X

La isla de la felicidad X

Louys, Pierre El recuerdo desgarrador X X

A la muñeca de cera X X

Voluptuosidad X X

El último amante X X

Pegaso X

2 1 5

MIGUEL ÁNGEL LAMA


Lubicz Milosz, 0 . W. De La berlina detenida en la noche X

Insomnio X

Lyly, Juan Madrigal. "Besos... " X

Maeterlinsk, Maurice Canción X

Canción X

Ofrenda oscura X X

Vegetación espiritual X X

Et s'il revenait un jour... X X

J'ai cherché trente ans, mes... X X

Vous avez allumé les lampes... X* X*

Miradas X

Magre, Mauricio El corazón sencillo X

Mallarmé, Stéphane Soneto X

Aparición X X

Suspiro X

Las ventanas X X

Tristeza de estío X

Brisa marina X

Don del poema X

Herodiada. Fragmento X 2 7

Herodias X

La siesta de un fauno X

Abanico de Mme. Mallarmé X

Quand l'ombre menaça de... X

La vierge, le vivace et le bel... X' X'

Estremecimiento de invierno X X

El nenúfar blanco X

El fenómeno futuro. (P. en prosa) X X* X*

2 7 Es el mismo, aunque mayor, que en 1946, pero en 1913 la traducción es de E. Marquina.

2 1 6



Siglo xvín X

Mandin, Louis Las alas íntimas X

Las alas del ángel X*

Maragall, Joan Juan Garín X

Marlowe, Cristóbal Pastor apasionado X

Masefield, Juan Los buscadores X

Mastri, Pedro Regreso al anochecer X

Mauclair, Camilo Minuto X

Maurras, Charles Belleza X*

Mazade, Fernand Las palillos X

Barcarola X*

Mediodía X*

Mendés, Catulle El discípulo X X

El niño y la estrella X X

Meredith, Jorge Luzbel X

Canción de las cosas sin voz X

Mereshkovski, Demetrio S. Nirvana X

Merrill, Stuart Mon front palé est sur tes... X* X*

Divagación X X

Mikhael, Ephraim Tristeza de septiembre X X

Crepúsculo lluvioso X X

Mistral, Federico Magalí X

Montherlant, Henry de Los corredores de relevos X

El canto de las jóvenes al... X

La inspección médica X

Torso de boxeador X

Morand, Paul Oda a Marcel Proust X

Paradiso Belvedere X

Esperar X*

Una placa indicadora X*

2 1 7

MIGUEL ÁNGEL LAMA


Moréas, Jean Estancias X X*

La condesa Esmeralda X

Habla una muchacha X X' X*

Sous vos longues chevelures X X

El rufián X X

Ne dites pas: la vie X* X"

Nuages qu'un beau jour... X* X'

Quand reviendra l'automne... X* X*

0 toi qui sur mes jours de tristesse. X X

Je me compare aux morts X X

Les morts m'écoutent seuls... X X

Morris, Guillermo La víspera de Crêcy X

Muselli, Vincent El instante X

Estrofas X*

El último día X'

Orfeo X*

El Gólgota X*

Musset, Alfred de Madrid X

La noche de mayo X

Nerval, Gérard de Fantasía X X*

Mirto X X

La prima X X

El punto negro X X

Versos dorados X*

Noailles, Condesa Mathieu de Será largo el crepúsculo... X X* X*

Frente a España X X

La ofrenda a la Naturaleza X

En tierras de Rousseau X

Canto para que sepan... X

Silencio en verano X X

2 1 8



Tarde vasca X X

Ochsé, Julien Noche blanca X*

Aguafuerte X*

Dibujo X*

El chaparrón X*

Orléans, Carlos de Rondeles

Orvieto, Ángel Monasterio budista X

Pascoli, Juan Lavanderas X

Até X

Péguy, Charles Heureux ceux qui sont morts... X

La noche X*

Presentación de la beauce... X

Doble raíz X

Pellerin, Jean. Accepte ce vers arafé X*

Ce souffle qui chante au dessous... X*

Grâce a toi l'univers s'explique X'

Ta nuque est une fleur choisie... X"

C'était une nuit de novembre X*

Rester-là fermer les persiennes X*

Perse, Saint-John Canto X

Canto X

Phillips, Esteban A Milton ciego X

Pistoja, Ciño da Soneto. "Caviloso mortal... " X

Porche, Francois. La fatigue du corps... X X

Que me veulent ces murs... X X

Quand j'ai dit... X X

0 soirs noirs... X X

Poesías japonesas De Bonzo Mansé X

De Hito-Maro X

De Arakida Moritaké X

2 1 9

MIGUEL ÁNGEL LAMA


De Tsura Yuki X

De Oki Kassé X

Prudhornrne, Sully La costumbre X X

Ici has... X X

La Vía Láctea X X

Hora prima X X

Un sueño X X

El extranjero X X

El vaso roto X

Quental, Antero de Amantado X

Quillard, Pierre El Dios muerto X

Raleigh, Sir Gualterio Réplica de la pastora X

Régnier, Henri de El reposo X X* X*

Odelette X X* X*

Pan X X

Soneto X X

El visitante X X

Al pasar X

Sobre la playa X

La voz X

La esperanza suprema X

Oda X X

Epigrama X X

La imagen X X

Sobre un ejemplar de los diálogos.. X X

El copista X X

El claustro X X

Retté, Adolfo Himno a los árboles X

Canción de invierno X

Reverdy, Pierre Aire X

2 2 0



Alta noche X

Falsa puerta o retrato X

Nómada X

Mecánica verbal y don de sí X

Todo duerme X

Témpano en el aire X

En los rieles X

Richepin, Jean Canción de campanas bautismales X X* X*

Tristeza de los animales X X* X*

Sonetos amargos. Diagnóstico X* X*

Sonetos amargos. Deseo de infinito X* X*

El espadachín X X

Soit, dit-elle, je cede X* X*

Rilke, Rainer María Vergeles X*

Cuartetas valesanas X*

Rimbaud, Arthur El armario X X* X*

Un sueño en el vallé19 X X* X*

Aurora. Poema en prosa X X* X*

Vocales X* X

Oración de la tarde X

Barco ebrio X

Las espulgadoras X

Antiguo X* X*

Realeza X* X*

Ciudad X* X*

A una razón X* X*

Canción de la torre más alta X* X*

Robinson, Maria F. Rispetto Toscane X

2 8 En 1913 y 1946, Diez-Canedo cambia el título de DCA por "El durmiente del valle".

2 2 1

MIGUEL ÁNGEL LAMA


Rodenbach, Georges Beaterío flamenco X X

Le miroir est l'amour,... X X

Les chambres vraiment sont... X X

Le coeur de l'éau... X X

Le dimanche est toujours... X X

La casa paterna X

Rollinat, Maurice Las banderas X X

Las campanas X X

La visita de las sombras X X

Cantos del crepúsculo X X

La biblioteca X X

Romains, Jules Las fuerzas exteriores se arrollan.. X* X*

La vida unánime X X' X*

Llega un alma distinta X

La ciudad que no tiene florestas... X

fe suis un habitant de ma ville X* X*

Un día X* X*

Oración a la casa X* X*

Presente X* X*

El hombre blanco X'

0 vous, les autres, là-bas... X*

Ronsard, Pedro de A Casandra X

Rossetti, Cristina G. Canción. "Si muero... " X

Cuesta arriba X

En casa X

De "Sing-Song" X

Rossetti, Dante Gabriel La doncella bienaventurada X

Para la Virgen de las Rocas X

Glosa de una vieja canción X

El huerto de mi padre X

222



Rostand, Edmond Himno al sol X X

Los Pirineos X X

Royere, Jean Octobre, fine brumé X* X*

Treno X* X'

Saint-Pol-Roux Gólgota X

Alondras X'

Agujas de cuadrante X*

Murciélagos X*

Samain, Albert La infanta X X* X*

Anochecer X X

Laisse la rué á ceux... X X

Otoño X X

La copa X

El sueño de Canope X

La lección de flauta X

Las vírgenes del crepúsculo X

El mercado X

La refacción preparada X* X*

Xantis X

La rana X

Mirtilo y Palemona X X

Pannira X X

Sasso, Panfilo Soneto. "No más veré..." X

Séverin, Fernando Naturaleza X

Shelley, Percy Bysshe El tiempo X

Los vagabundos del Universo X

Sologub, Teodoro Dios de una tierra ignorada... X

¡Oh! Nunca me amenaces X

Soulary, Josephin El soneto X

Soupault, Philippe Westwego X

2 2 3

MIGUEL ÁNGEL LAMA


Oda a Londres bombardeado X

Spenser, Edmundo Soneto. "En la arena escribí..." X

Spire, Andre En el museo X* X*

Jaquecas X* X*

Ce doigt posé entre... X* X*

Solo X* X*

Mon chien X* X*

Desnudeces X* X'

0 corps humain X* X*

El erudito X* X*

Estudiantas X' X*

Supervielle, Jules La Pampa X

En el bosque... X

Tus cabellos... X

Oh tú viva... X

La avenida X

Profecía X

El retrato X

Yo busco en torno mío... X

Caballos... X

1940 X

Swinburne, Algernon Carlos Balada del país de los sueños X

A Catulo X

En el agua X

Symons, Arturo Un ángel de Perugino X

En Burgos X

En las butacas X

Oración a San Antonio de Padua X

Lágrimas X

Malva, negro y rosa X

2 2 4



Durante la música X

Tailhade, Laurent Balada añeja de la consolación X X

Envío X X

Toulet, Paul-Jean Contra-rimas X*

Tour du Pin, Patrice de la Rebrotes X*

Salmo XXIV X*

Salmo XXVI X*

Salmo XXXVII X*

Salmo XLVIII X*

Tournoux, Georges A. Par les sentiers fleurs de roses... X*

Canción de mujer X*

L'amour est un automne... X*

L'amour est comme un parc... X*

Dans ton regard tremble... X*

Dans les allées du cimetière X*

Tzara, Tristan Aproximación X

De "La Guía de los caminos... " X

Valéry, Paul La hilandera X

La joven Parca X

El cántico de las columnas X*

Aurora X'

La muerte fingida X'

Oda secreta X*

El cementerio marino X

Helena X

El vino perdido X

Salmo sobre una voz X

Como en la orilla del mar X

Poema X

Van Lerberghe, Charles Barca de oro X'

2 2 5

MIGUEL ÁNGEL LAMA


Le Seigneur a dit X

Ma soeur la pluie... X*

Je l'ai tué X

Varlet, Théo Sicilia X*

Groede X*

Verhaeren, Emile Tarde religiosa X X* X*

La vaquera X X

Agonía de monje X* X*

Hacia el futuro X X

Lo imposible X X

El árbol X X

El esfuerzo X X

El barquero X

Le don du corps... X* X*

Vous m'avez dit, tel soir... X* X*

Verlaine, Paul Avant que tu ne t'en ailles... X X*

La vie humble aux travaux X X*

Oración. "¡Dios mío,..." X X* X*

Pantomima X X' X'

Sobre el césped X

III Romanza sin palabras X

V Romanza sin palabras X

VIII Romanza sin palabras X

Languidez X X* X*

"Le ciel est par dessus le toit... " X X*

Mi sueño familiar X X

Canción de otoño X X

La hora del pastor X X

Mujer y gata X X

Agonía X

226



César Borgia X

Claro de luna X X

Mandolina X X

Coloquio sentimental X X

Il pleure dans mon coeur X* X*

Bon chevalier masqué X X

Un grand sommeil noir X'

C'est la fête du blé... X*

Pierrot X X

Arte poética X X

Alegoría X X

Aria de antaño X

Jaculatoria X

Hauser cantaba X

Lassitude X

Green X

La bonne chanson X

Faceta morisca X

A Luis II de Baviera X

El payaso X

Vicaire, Gabriel La pobre Elisa X X

Viélé-Griffin, Francis Les feuilles, cette matinée... X* X*

Belle heure, il faut nous séparer X* X*

Être-toi, la vie... X* X*

Nést-il une chose au monde... X* X*

Vigne, Pedro delle Canción. "Amor, por quien... " X

Vigny, Alfred de La muerte del lobo X

El espíritu puro X

Vildrac, Charles Si l'on gardait... X* X*

Puisque nous voilà... X* X*

2 2 7

MIGUEL ÁNGEL LAMA


Primavera X* X*

Ser hombre X' X*

Canción de soldado X*

Villiers de l'Isle-Adam, A. A una niña taciturna X

A orillas del mar X

Villon, Francisco Balada de las damas del tiempo X

Vivien, Renée Así hablaré... X

Watson, Guillermo Epigramas X

Whitman, Walt Dioses X

Yo vi en el campo, en un amanecer X

"Redoblad, redoblad, tambores" X

Wilde, Osear Requiescat X

Yeats, Guillermo B. Cuando seas vieja X

Aedh clama por los bordados... X

Las voces eternas X

2 2 8

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