Elementos de modernidad en la novela de Ramón … · como a la creencia en la incapacidad de los...

E L E M E N T O S D E M O D E R N I D A D E N LA N O V E L A D E R A M Ó N P É R E Z D E AYALA

E L E N A B A R R O S O V I L L A R

Universidad de Sevilla

R E S U M E N

La modern idad de las estrategias narrativas de Ramón Pérez de Ayala, que hoy reconoce la crítica, tiene que ver con aspectos de una personalidad y de u n pensamiento. Algunas expresiones de esta modern idad son pioneras, pues los novelistas más renombrados de la renovación las consagrarán algo más tarde. Las novelas poemáticas de Pérez de Ayala n o sólo impl ican u n salto consciente sobre fronteras de géneros, sino que invi tan a ref lexionar sobre la naturaleza del l i r ismo del autor. Se contraponen pareceres de Ayala y de Joyce sobre la novela y se consideran relevantes planteamientos del pr imero , que a veces aconsejan reconsiderar interpretaciones, ya afianzadas, de alguna de sus obras.

P A L A B R A S CLAVE

Ramón Pérez de Ayala. Novela. Modern idad. Intelectualismo humanista. Estrategias narrativas. Frente a Joyce. Límites de la realidad. Novela integral.

A B S T R A C T

M o d e r n i t y i n Ramón Pérez de Ayala's narrat ive strategies, w e l l acknowledged by today's crit icism, is related to aspects o f his personality and thought . Some features of this modern i ty are pioneer, since they w i l l not be fu l ly settled by the most r e n o w n e d novelists of innovat ion t i l l some t ime later. Pérez de Ayala's poetic novels not only mean a conscious step fo rward over genre borders, but also pose a ref lect ion o n the nature o f the author's lyric voice. Some of Ayala's and Joyce's opin ions o n the novel are compared; statements o f the former are considered relevant, w h i c h at times lead to re-consider already settled views o n some of his works .

CAUCE. Revista de l'ihhgía y su Didáctica, ti." 20-21. 1997-98 / págs. 443-464

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ELENA BARROSO VILLAR

K E Y W O R D S

Ramón Pérez de Ayala. Novel . Moderni ty . Humanist intel lectualism. Narrative strategies. Versus Joyce. Limits o f reality. Integral novel .

R É S U M É

La moderni té des stratégies narratives de Ramón Pérez de Ayala, que la cr i t ique de nos jours reconnaît, est liée à des aspects d'une personnalité et d'une pensée. Quelques expresions de cette moderni té sont innovatrices, car les romanciers les plus célèbres d u renouveau les consacreront peu de temps après. Les romans poématiques de Pérez de Ayala n ' impl iquent pas q u ' u n saut conscient sur des frontières des genres, mais elles invitent à réfléchir sur la nature d u lyrisme de l'auteur. O n oppose des op in ions d'Ayala et de Joyce sur le roman et l 'on juge remarquables des points de vue de celui-là qu i conseil lent parfois de réxaminer des interprétations, déjà fixées, de certaines de ses oeuvres.

M O T S - C L É

Ramón Pérez de Ayala. Roman. Moderni té . Intellectualisme humaniste. Stratégies narratives vis à vis de Joyce. Limites de la réalité. Roman intégral.

ASPECTOS D E U N A PERSONALIDAD

Lo recuerdo...Un pintor me lo retrata, no en el lino, en el tiempo. Rostro enjuto, sobre el rojo manchón de la corbata, bajo el amplio sombrero; resoluto el ademán, y el gesto petulante -un si es no es- de mayorazgo en corte; de bachelor en Oxford o estudiante de Salamanca, señoril el porte.

A n t o n i o M a c h a d o s e r e f i e r e e n e s t o s v e r s o s d e l s o n e t o Ramón Pérez

de Ayala ( 1 9 1 6 ) a d o s f a c e t a s r e l e v a n t e s d e e s t e e s c r i t o r : s u p e r s o n a l i d a d

s o c i a l m e n t e a l t a y c u l t u r a l m e n t e i l u s t r a d a . H o y , r e c o n o c e r la i m p o r t a n t e

c o n t r i b u c i ó n , i n t e l e c t u a l y l i t e r a r i a , d e P é r e z d e A y a l a ( 1 8 8 0 - 1 9 6 2 ) e n e l

m a r c o d e l n o v e c e n t i s m o , v i e n e s i e n d o l u g a r c o m ú n e n t r e la c r í t i c a e s p e -

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ELEMENTOS DE MODERNIDAD EN LA NOVELA DE RAMÓN PÉREZ DE AYALA

c i a l i z a d a . Él m i s m o s e d e f i n i ó c o m o regionalista de las letras, p e r o e s t u

v o l i g a d o d e m a n e r a e s t r e c h a a l p r o y e c t o i n t e l e c t u a l y a r t í s t i c o d e l o s

e s c r i t o r e s d e s u g e n e r a c i ó n , q u e p e r s i g u i e r o n u n a l i t e r a t u r a p e d a g ó g i c a ,

c a p a z d e p e r s u a d i r a l l e c t o r , d e e s t i m u l a r l e a p a r t i c i p a r e n la c o n f i g u r a

c i ó n d e u n o r d e n s o c i a l y p o l í t i c o n u e v o . U n a p a r t e m u y a m p l i a d e s u

o b r a t i e n e f o r m a d e e n s a y o o d e a r t í c u l o p e r i o d í s t i c o , p u e s a la p r e n s a

e s t u v o s i e m p r e v i n c u l a d a e n e s p e c i a l s u a c t i v i d a d . R e c o r d e m o s , p o r

e j e m p l o , q u e e s u n o d e l o s f u n d a d o r e s d e l s e m a n a r i o s a t í r i c o g i j o n é s

Leño y d e la r e v i s t a m o d e r n i s t a Helios, j u n t o c o n J u a n R a m ó n J i m é n e z ,

G r e g o r i o M a r t í n e z S i e r r a y o t r o s . Y q u e e n p u b l i c a c i o n e s c o m o Alma

española o Los lunes de "El imparcial", p o r c i t a r s ó l o a l g u n a s , e x p r e s ó

s u p a r e c e r s o b r e c u e s t i o n e s p o r e n t o n c e s c a n d e n t e s s o b r e la l i t e r a t u r a ,

la p o l í t i c a , la f i l o so f í a y o t r o s c a m p o s d e l s a b e r . E n e l p e r i ó d i c o v i o e l

l u g a r i d ó n e o d e e n c u e n t r o c o n e l l e c t o r c u l t o , p u e s c o n f i e s a e n t e n d e r e l

p e r i o d i s m o

como una conversación, un coloquio, que no se diferencia de cualquier

otra charla íntima entre personas corteses e instruidas, sino en que su

ámbito es infinitamente más anchuroso (1964-1969, IV-.1004).

E s e c o n v e r s a r c u l t o h a d e r e g i r s e , s e g ú n e l a u t o r , p o r d o s r e g l a s b á s i

c a s : la l i b e r t a d y la t o l e r a n c i a . E l l o p o r q u e e l p e n s a m i e n t o d e P é r e z d e

A y a l a s e s o s t i e n e d u r a n t e m u c h o t i e m p o s o b r e o t r o s t a n t o s s o p o r t e s f u n

d a m e n t a l e s : e l i n s t i t u c i o n i s m o - m u y a f i a n z a d o e n la U n i v e r s i d a d d e

O v i e d o , d o n d e e s t u d i ó D e r e c h o - y e l l i b e r a l i s m o , s i b i e n t r a s l a g u e r r a

c iv i l m o s t r a r á c i e r t o d e s e n g a ñ o r e s p e c t o d e a q u e l l a s i d e o l o g í a s .

E L NOVELISTA

E n la f a m o s a c o n f e r e n c i a q u e p r o n u n c i ó e n B i l b a o e n 1 9 1 6 , s o b r e

El liberalismo y La loca de la casa, c o n t e n i d a e n e l L i b r o I d e Las más

caras, e s e c o n j u n t o d e e n s a y o s s o b r e t e o r í a d r a m á t i c a , R a m ó n P é r e z d e

A y a l a h a c e a f i r m a c i o n e s q u e n o s i l u s t r a n m u c h o p a r a c o m p r e n d e r s u

o b r a n a r r a t i v a . C o m o é s t a :

Toda novela o drama que con dignidad ostente tal denominación debe

ser reflejo fidelísimo del espíritu liberal, en cuanto a sus elementos com

ponentes (1964-1969, I IL58).

4 4 5


A u n q u e e s c r i b i ó t a m b i é n l i b r o s d e p o e m a s e h i z o t a n t e o s e n e l t e a

t r o , s u s l i b r o s " d e c r e a c i ó n " m á s c o n s e g u i d o s s o n c u e n t o s y , s o b r e t o d o ,

n o v e l a s . La c r í t i c a d e h o y l o t i e n e p o r u n o d e l o s m e j o r e s n o v e l i s t a s

e s p a ñ o l e s d e l s i g l o X X , e i n c l u s o v e e n a l g u n a s d e s u s o b r a s p i e z a s

m a e s t r a s d e la n o v e l a e s p a ñ o l a d e t o d o s l o s t i e m p o s . P é r e z d e A y a l a

p u b l i c a l a p r i m e r a , Tinieblas en las cumbres, e n 1 9 0 7 ; e l b l o q u e d e l a s

d o s ú l t i m a s , Tigre Juan y El curandero de su honra, e s d e 1 9 2 6 . E n l a s

m á s i m p o r t a n t e s , q u e a p a r e c e n a p a r t i r d e 1 9 1 6 - a ñ o d e l a s novelas poe

máticas- p u e d e n v e r s e r a s g o s d e p a r e n t e s c o c o n e l 9 8 , p e r o c o n e c t a n d e

m o d o í n t i m o c o n la t e n d e n c i a g e n e r a l i z a d a a la r e n o v a c i ó n q u e c a r a c t e

r i z a a l a r t e e u r o p e o d e l a s p r i m e r a s d é c a d a s d e l s i g l o XX. A e s e a r t e q u e

r e s p o n d e a u n a v i s i ó n r e l a t i v i s t a y f r a g m e n t a r i a d e l m u n d o c i r c u n d a n t e ,

a r t e a m e n u d o t a n v i n c u l a d o a l e n c u m b r a m i e n t o d e l o i r r a c i o n a l y d e l o

s u b c o n s c i e n t e a r a n g o d e v a l o r e s e s e n c i a l e s d e la a c t i v i d a d h u m a n a , a s í

c o m o a la c r e e n c i a e n la i n c a p a c i d a d d e l o s l e n g u a j e s p a r a c o m u n i c a r

m á s a l l á d e s u p r o p i a a u t o r r e f e r e n c i a l i d a d .

La n o v e l a m o d e r n a r e s p o n d e - s e v i e n e i n s i s t i e n d o e n e l l o - a u n a

s e n s i b i l i d a d d e c r i s i s . D u r a n t e la d é c a d a v e i n t e , la t e n s i ó n e n t r e la n o v e

la e n t e n d i d a c o m o i m i t a c i ó n o r e p r e s e n t a c i ó n d e la r e a l i d a d y la c o n c e

b i d a c o m o e n t i d a d a u t ó n o m a s e d e c a n t a e n f a v o r d e é s t a . D u r a n t e e s o s

d i e z a ñ o s s e p u b l i c a n , e n t r e o t r a s , Ulysses, d e J o y c e ( 1 9 2 2 ) , La montaña

mágica, d e T h o m a s M a n n ( 1 9 2 4 ) , La señora Doloway, d e V i r g i n i a W o l f

( 1 9 2 5 ) , Los monederos falsos, d e A n d r é G i d e ( 1 9 2 5 ) , El lobo estepario, d e

H e r m á n H e s s e ( 1 9 2 7 ) , Contrapunto, d e H u x l e y ( 1 9 2 8 ) y La alegría, d e

B e r n a n o s ( 1 9 2 9 ) .

Las m e j o r e s n o v e l a s d e P é r e z d e A y a l a t i e n e n b a s t a n t e d e e x p e r i

m e n t a l e s e n e l s e n t i d o a m p l i o d e l t é r m i n o . C o m o h a c e n l o s g r a n d e s

e s c r i t o r e s e u r o p e o s m o d e r n o s , e s t e a u t o r b u s c a y p r o p o n e s e n d e r o s

n u e v o s , c o m e n z a n d o p o r e n s a n c h a r , p a r a e l l o , e l h o r i z o n t e d e l g é n e r o .

As í , e n t r e c r u z a c o n la d e l r e l a t o la f o r m a d i s c u r s i v a q u e v e n í a s i e n d o

m á s p r o p i a d e l e n s a y o y , a d e m á s , m u c h a s v e c e s s e s i r v e d e p o e m a s l í r i

c o s - y n o s ó l o e n l a s q u e é l m i s m o l l a m a novelas poemáticas- q u e a n u n

c i a n y e s c l a r e c e n , p o r s u s i m b o l i s m o , e l s e n t i d o d e c i e r t o s e l e m e n t o s

f u n c i o n a l e s d e l r e l a t o e n p r o s a o , m á s a ú n , q u e e l l o s m i s m o s e n t r a ñ a n

e s a f u n c i o n a l i d a d . C o m o y a l o v e n í a h a c i e n d o , d e s d e a n t i g u o , e l t e a t r o .

Y e s a p r o s a t a m b i é n s e r e v i s t e a m e n u d o d e u n a c e n t o l í r i c o , s u b j e t i v o ;

d i v a g a c i o n e s c o n s t a n t e s d e l o s p e r s o n a j e s la i m p r e g n a n . P o r q u e e s m u y

o b v i o p a r a P é r e z d e A y a l a l o e s t é r i l d e i n t e n t a r p o n e r p u e r t a s a l v a s t o

d o m i n i o d e la l i t e r a t u r a . P o r e s o s u n o v e l a n o e n c a j a e n l o s m o l d e s t r a

d i c i o n a l e s d e l g é n e r o . Él s e m a n i f e s t ó c o n t r a r i o a

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una novela concebida específicamente y que predomine como escuela de moda sobre todas las demás-, hay la novela in genere, que cada cual entiende a su modo (1964-1969, I : 1198).

Po r s u manera de entender la novela, Pérez de Ayala está conside

rado uno de s u s renovadores importantes en España a pr inc ip ios de

s ig lo , junto a Unamuno , A z o r í n , M i ró , Gómez de la Serna, Ben jamín

Jarnés... o junto a tantos autores que, como Prous t o Joyce, la modern i

zaron en toda Europa. T o d o s , cada uno a su manera, s o n voces de aque

l la aspiración general a sus t i t u i r por otras la propuesta de la vieja narra

tiva, ya agotada. Ent re nosot ros , son eco claro de ella la conocida con

troversia que protagonizaron Ortega y Baroja.

E n l os relatos de Pérez de Ayala se percibe una v i s i ó n negativa,

desalentada inc luso, de España, que enraiza de manera clara en el 98 y

que está bien manif iesta en el l lamado regional ismo crítico de s u nove

la. Como tantos intelectuales del momento, en particular l o s vinculados

a la Ins t i tuc ión L ib re de Enseñanza, cree que los problemas de España

nacen en el de la educación. Pero el pes im ismo de Pérez de Ayala es

más abarcador, se reviste de universal idad al proyectarse a la propia con

dición humana. Como única salida, al ind iv iduo só lo le queda alcanzar

la armonía con la naturaleza, obedecer el dictado de la moral natural.

Intel igencia y sent imiento son , como lo habían s ido, obsesivamente,

para Unamuno , té rminos irreconci l iables de una oposic ión dialéctica. Y ,

también a la manera unamuniana, se decanta por el segundo, que es

tanto como hacerlo por la vida. V i ta l i smo que le conduce a exaltar un

sensua l i smo depurado y que explica con claridad en aquella expres ión

suya bien conocida: las ideas pueden ser prestadas, pero la vida es un

don único.

INTELECTUALISMO HUMANISTA Y NOVELA

P r e s c i n d o a q u í d e l a s p r i m e r a s n o v e l a s d e P é r e z d e A y a l a , q u e e n l o

e s e n c i a l n o s e a p a r t a n d e l p e r f i l r e a l i s t a , p a r a a t e n d e r a l a s q u e e s c r i b e

a p a r t i r d e 1916, q u e y a e n t r a ñ a n p a s o s , a u n q u e p r o g r e s i v o s , h a c i a u n a

m o d a l i d a d d i f e r e n t e . S u e l e i n c l u í r s e l a s e n la l l a m a d a novela intelectual.

A u n q u e , c o m o e s b i e n s a b i d o , e n r e a l i d a d t o d a n o v e l a l o e s , s e c o n v i e

n e e n c a l i f i c a r a s í la q u e i m p l i c a u n d e b a t e s o b r e a l g ú n c a m p o d e l p e n

s a m i e n t o , e n p a r t i c u l a r d e í n d o l e h u m a n i s t a . P e n s e m o s e n la n a r r a t i v a

d e T h o m a s M a n n y , s o b r e t o d o , e n la d e A l d o u s H u x l e y o , e n t r e n o s o

t r o s , e n l a d e L J n a m u n o .

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Pero lo conceptual no resta autenticidad ni hondura a la comprensión de lo humano en la obra de Pérez de Ayala. Y , acaso porque es asturiano, la condición del hombre, sus inquietudes y conducta, están vistos a través de la lente de un peculiar humorismo irónico, socarrón, a veces teñido de melancolía, muy semejante al inglés según el propio escritor, quien subrayó a menudo la importancia de ese humor, el sexto sentido como él lo define, por cuanto implica una manera particular de aprehender y construir el mundo (1916:39). Ramón Pérez de Ayala aspira a poner de relieve cuáles son los valores permanentes que el individuo debe respetar para lograr la plenitud. Y , en nombre de la moral natural, defiende que es aceptable todo, excepto aquello que se opone a la verdad vital. A este principio debe atenerse el proceso educativo. Y , como no pueden apartarse de dicho principio, escribe en su artículo " E l novelista más grande" que tanto la ciencia como el arte

no tienen otro objeto que interpretar el sentido de la vida humana. Podréis imaginar a la larga que el objeto del arte es interpretar la Naturaleza. Pero es un error fácilmente superable. No digamos ya de una obra literaria, cuyo valor evidentemente existe con relación al hombre y nada más que al hombre. El "Quijote", ¿Qué le dirá a un gato? ( 1 9 6 3 : 1 6 4 )

Frente a las tendencias que Ortega comenta en La deshumanización del arte y a su postura en Ideas sobre la novela, cree Pérez de Ayala que nunca el arte puede ser un fin en sí mismo.

CONSECUENCIAS FORMALES

1. Por su nexo inquebrantable con lo humano, según Ramón Pérez de Ayala la novela es inevitablemente retrospectiva. El lo no implica necesaria linealidad una vez fijada la perspectiva hacia el pasado desde un presente narrativo en la organización discursiva de los acontecimientos. De hecho, el tiempo literario en este autor se presenta complejo. Por ejemplo, en El curandero de su honra intenta sustituir dicha linealidad por una perspectiva sincrónica que visualiza disponiendo el relato en doble columna. Los acontecimientos no se suceden según un orden causal, sino por un criterio de semejanza y simultaneidad. E l sincronismo parece preocupar a Pérez de Ayala. Así, uno de los soportes teóricos de la conocida discusión que mantienen don Amaranto y el narrador en el segundo capítulo de Belarmino y Apolonio es que la novela carece de

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r e c u r s o s e f i c a c e s p a r a p r o d u c i r e f e c t o s d e s i m u l t a n e i d a d . Y n o o l v i d e

m o s q u e la l l a m a d a f i g u r a d a m e n t e forma espacial e s m u y c a r a c t e r í s t i c a

d e la n o v e l a m o d e r n a , q u e e s t i m u l a a l l e c t o r p a r a q u e p e r c i b a e l t e j i d o

d e r e l a c i o n e s i n t e r n o a la n a r r a c i ó n , o b l i g á n d o l o a e s t a r b i e n a t e n t o a la

a r q u i t e c t u r a d e l q u e B a j t í n l l a m ó c r o n o t o p o n a r r a t i v o , e s e s i g n o c a d a

u n a d e c u y a s c a r a s -e l e s p a c i o y e l t i e m p o - i r r a d i a n s i g n i f i c a c i ó n t a n

h o n d a p a r a e l r e l a t o . P o r o t r a p a r t e , e l d e s d o b l a m i e n t o a r g u m e n t a l d e

l o s t i e m p o s d e la h i s t o r i a c r i s t a l i z a e n Belarmino d e m a n e r a i n t r i n c a d a

q u e h a e s t u d i a d o c o n p o r m e n o r la c r í t i c a ( B o b e s , 1 9 7 7 ) , a p a r t i r d e u n a

a c c i ó n a c t u a l r e f e r i d a a o t r a d e l p a s a d o d e la q u e e s c o n s e c u e n c i a .

A q u e l l a n e c e s a r i a r e t r o s p e c c i ó n d e la n o v e l a s e d e r i v a d e la r e l a c i ó n

q u e e n la v i d a m i s m a t i e n e e l i n d i v u o c o n la n a t u r a l e z a , a l a q u e d e b e

p r i m e r o p e r c i b i r y l u e g o i n t e r p r e t a r , c o n f o r m e u n p r o c e s o q u e P é r e z d e

A y a l a e x p o n e e n e l a r t í c u l o q u e y a m e n c i o n é "El n o v e l i s t a m á s g r a n d e " ,

s i r v i é n d o s e d e u n a f i c c i ó n : la d e l a u t o r c h i n o q u e d e d i c ó t o d a s u v i d a a

e s c r i b i r u n a g r a n n o v e l a . . . q u e n o l l e g ó a e m p e z a r , a u n q u e c o m p u s o

n a d a m e n o s q u e c i e n t o c i n c u e n t a t o m o s . D e s p u é s d e h a b e r s e p a s a d o

m u c h a s n o c h e s e n c l a r o , i n d e c i s o , c o n e l r o l l o d e p a p e l d e a r r o z s o b r e

l a s r o d i l l a s , s i n s e r c a p a z d e r e d a c t a r l a s c o l u m n a s p r i m e r a s , e l c h i n o

c o m p r e n d i ó q u e d e b í a c o m e n z a r p o r e l f i na l . P é r e z d e A y a l a a f i r m a :

Sí, el hombre ante la Naturaleza está como un intérprete. Luego lo que ante sí tiene es una obra para interpretar, es lo más extenso de la obra de la creación, la superficie, el final. Y por fuerza para interpretarla, para hablar de su sentido, que para el hombre es el sentido mismo de su vida, ha de arrancar del último y caminar hacia atrás, inquiriendo y desarrollando las causas de por qué todo en torno se le ofrece como universo y prisión, y luego las causas de aquellas causas, y así sucesivamente hacia el principio, que es la causa final de todas las causas y, al mismo tiempo, es la libertad. Porque comprender es libertarse. ¿Qué es la historia de la Humanidad sino una gran novela, de muchos volúmenes, que hace siglos comenzó por el fin y continúa con entregas penosas, esforzándose por hallar el principio y con él la libertad? Triste paradoja la del hombre que no puede comenzar una cosa si no es partiendo del fin, y raras veces da con el principio (1963:164).

E n c o n s e c u e n c i a , la n o v e l a e s , d e u n a p a r t e , r e s u l t a d o d e u n p r o c e

s o v i v i d o ; d e o t r a , s í n t e s i s v i t a l , v i d a c o m p r i m i d a . C l a r o q u e , d e h e c h o ,

e l e s c r i t o r n o e s p e r a a p r e s e n t i r la c e r c a n í a d e l f in d e s u s d í a s p a r a e s c r i

b i r n o v e l a s . El p r o p i o P é r e z d e A y a l a e s b u e n a m u e s t r a d e e l l o , p o r q u e ,

s i n q u e s e s e p a e l m o t i v o , e n m u d e c e c o m o a u t o r d e h i s t o r i a s n o v e l a d a s

a p a r t i r d e 1 9 2 8 , c u a n d o h a b í a l l e g a d o a la c i m a e n e s t a a c t i v i d a d , a l c a n -

4 4 9


z a d o r e n o m b r e universa l . Ese n o e s p e r a r t an to o b e d e c e a u n a cau te la ob l igada :

el soñado ideal de todo gran novelista ha sido escribir una sola novela universal, en el otoño de su existencia, con toda la sustancia de la vida que le ha quedado atrás y todo lo del más allá que desde esta posición única se está columbrando ya. Pero se escribe antes porque uno no nace con la vida garantizada, y el futuro reside en el regazo de los dioses (1963:164).

2. Para c o n o c e r y c o n o c e r s e , el novel is ta d e b e revivir el p a s a d o , s e g ú n u n a p a u t a i m p o r t a n t e : a h o n d a r s e l e c c i o n a n d o . Ver lo v iv ido c o n mi r ada p ro funda , e sc ru t ado ra ; y, s i e m p r e , s e l e c c i o n a r . P o r q u e h a d e dis t inguir lo real d e lo a p a r e n t e , lo sus tan t ivo d e lo a n e c d ó t i c o ; e s o sí, s i e m p r e m u y alerta p a r a n o e q u i v o c a r s e : tras la s u p u e s t a a n é c d o t a a c a s o se e n c u b r a a q u e l l o q u e impor ta .

Por e s o Pé rez d e Ayala p o n e ser ios r e p a r o s a los re la tos d e J o y c e , a q u i e n r e p r o c h a , p r e c i s a m e n t e , de so r i en t a r y h a c e r p e r d e r el t i e m p o al lec tor c o n in fo rmac ión r e d u n d a n t e y has ta super f lua . P o d r í a m o s decir , e n t é r m i n o s ac tua les d e la p ragmá t i ca lingüística, q u e J o y c e vu lne ra u n a d e las m á x i m a s de l l l a m a d o principio de cooperación (Gr ice :1975) , p o r la q u e el mensa je n o h a d e ser m á s informat ivo d e lo n e c e s a r i o e n u n a s c i rcuns tanc ias . N o p u e d o m e n o s d e r e p r o d u c i r a q u í pa l ab ra s m u y significativas d e n u e s t r o novel i s ta q u e i lustran b i e n lo q u e a c a b o d e decir. R e z u m a n d o ironía, a v e c e s d e es t i rpe cervant ina , s o n con t ra r ias a c ier tas o p i n i o n e s d e Marichalar e n su p r ó l o g o a Retrato de un artista adolescente. Las l e e m o s e n el ar t ículo "Algo s o b r e Joyce" , r e c o g i d o a su vez e n el l ibro Principios y finales de la novela. Pé rez d e Ayala afirma h a b e r o í d o hab la r p o r p r imera vez d e J o y c e e n 1919, e n Es tados U n i d o s , c u a n d o se p u b l i c a b a p o r en t r egas Ulysses e n la Little Review. Luego , c o n fiesa:

leyendo aquellos fragmentos dudé si el público y la crítica llegarían a tomarlos en serio; pero lo que no podía yo presumir es que a su autor le declararían a la vuelta de dos o tres años el más descomunal genio literario que vieron los siglos, o poco menos. Si en aquellos instantes alguien me hubiera anunciado el porvenir, yo le hubiera calificado de imbécil en mi fuero interno. Lo cual viene a redundar en que el imbécil, a la sazón, era yo. Pero lo más grave es que continúo imbécil contumaz, puesto que sigo opinando de la propia suerte que entonces (...). Abundan en Joyce (...) páginas construidas por hacinamiento de futilidades homogéneas, de reiteraciones superfluas, de incoherencias e inanidades voluntarias, tan

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reales y vivas (ciertamente) cuanto innecesarias y excusadas (...). Sirvan de ejemplo dos citas que (por vía de encomio y admiración) hace Marichalar (...)• Primer ejemplo: "Dieciséis años antes, en el año 1888, cuando Bloom tenía la edad actual de Esteban, éste tenía seis años. Dieciséis años después, en 1920, cuando Esteban tuviese la edad actual de Bloom, éste tendría cincuenta y cuatro años. En 1936, cuando Bloom tuviese setenta años y Esteban cincuenta y cuatro, su edad, inicialmente en la relación de dieciséis a cero, sería como diecisiete y medio a trece y medio, aumentando la proporción y disminuyendo la diferencia, según que fuesen añadidos futuros años arbitrarios, pues si la proporción que existía en 1883 hubiera continuado inmutable, y suponiendo que fuese posible hasta el actual de 1904, cuando Esteban tenía veintidós años, Bloom tendría trescientos setenta y cuatro, y en 1920, cuando Esteban tuviese treinta y ocho años, que son los que Bloom tenía actualmente, Bloom tendría seiscientos cuarenta y seis años; por otra parte, en 1952, cuando Esteban hubiese alcanzado el máximo de edad postdiluviana de setenta años, Bloom, habiendo vivido mil ciento noventa años y habiendo nacido en el año 714, hubiera sobrepasado en doscientos veintiún años el máximo de edad antediluviana, la edad de Matusalén, novecientos sesenta y nueve años, en tanto que si Esteban hubiera continuado viviendo hasta que hubiera alcanzado su edad en el año 3072 después de

J.C., Bloom hubiera necesitado vivir ochenta y tres mil trescientos años, habiendo tenido que nacer en el año 81396 antes de f.C." (...). En puridad, bastaba con advertir que uno de los personajes había nacido dieciséis años antes que el otro, y por lo tanto le llevaba otros tantos años de delantera en la vida. Todo lo demás son futilidades indiferentes, y por más relaciones aritméticas y proporciones geométricas que traigamos a cuento, no se añade ni una hebra de claridad e intelegibilidad al hecho elemental y obvio de que un personaje tenía dieciséis años más que el otro ( 1 9 5 8 : 7 9 - 8 3 ) .

E n d e f i n i t i v a : R a m ó n P é r e z d e A y a l a c e n s u r a a J o y c e e l q u e , d i s p e r

s o , n o s e l e c c i o n a l o e s e n c i a l . P e r o n o t o d a r e i t e r a c i ó n e s p r e s c i n d i b l e :

t r a s l o q u e p a r e c e s o b r a n t e p u e d e e n c u b r i r s e l o m e d u l a r . Y m e d u l a r e s ,

p o r e x c e l e n c i a , p e r c i b i r , y m o s t r a r , l o c o m p l e j o d e l m u n d o y d e l s e r

h u m a n o . P o r e s t o , e l e s c r i t o r p r o c l a m a q u e e s e i m p r e s c i n d i b l e s e l e c c i o

n a r l o s u s t a n c i a l t i e n e q u e h a c e r s e , t a m b i é n p o r n e c e s i d a d , d e s d e u n

á n g u l o d e o b s e r v a c i ó n , d e s d e u n p u n t o d e v i s t a . Y ¿ c u á l d e l o s p o s i b l e s

h a b r í a d e e l e g i r e l e s c r i t o r ? El d e c i d i d o a n t i d o g m a t i s m o d e e s t e n o v e l i s

t a , s u l i b e r a l i s m o h o n d o , s u c o n o c i m i e n t o d e l o s c a u c e s p o r q u e t r a n s i

t a l o m e j o r d e la l i t e r a t u r a u n i v e r s a l , s u p e r c e p c i ó n c l a r a d e p o r d ó n d e

h a d e d i s c u r r i r la c o e t á n e a , c o n v e r g e n i n c l i n á n d o l e a o p t a r p o r la p e r s

p e c t i v a p l u r a l , e v i t a n d o u n a o p i n i ó n p r e v a l e n t e . E n c o n s e c u e n c i a , d e

4 5 1


p e r s o n a j e s , d e a c o n t e c i m i e n o s , d e s i t u a c i o n e s , h a y q u e h a b l a r m á s d e

u n a v e z ; t a n t a s c o m o e n f o q u e s d i s t i n t o s c o n v e n g a n p a r a d e s c u b r i r n o s la

c o m p l e j i d a d d e u n u n i v e r s o e n e l q u e n o c a b e u n a v e r d a d a b s o l u t a ; s i n

r e s p u e s t a s e g u r a p a r a l o s p r e g u n t a s q u e m á s i n q u i e t a n a l s e r h u m a n o .

S a b e m o s q u e e l p e r s p e c t i v i s m o m ú l t i p l e e s u n o d e l o s g r a n d e s p i l a

r e s e n q u e s e a s i e n t a la n o v e l a d e n u e s t r o s i g l o y q u e e l l o t i e n e q u e v e r

c o n l a p e r m e a b i l i d a d m u t u a e n t r e e s t e g é n e r o y la c u l t u r a d e la q u e e s

a la v e z f r u t o y o r i g e n . C i e r t o q u e h a y e n e l p a s a d o a l g ú n p r e c e d e n t e

e x c e l s o d e e n f o q u e n a r r a t i v o p l u r a l , c o m o e l Q u i j o t e . C i e r t o t a m b i é n

q u e h a y c a s o s c l a r o s d e e s e p e r s p e c t i v i s m o e n la n a r r a t i v a d e l X I X ,

i n c l u i d a la e s p a ñ o l a . P e r o , c o m o r e p i t e n l o s c r í t i c o s , s e t r a t a d e i n t e n t o s

n o i n c a r d i n a d o s e n u n a t e n d e n c i a g e n e r a l c l a r a y d i s t i n t i v a d e la n o v e l a

e n t o n c e s c o e t á n e a . P o r e l c o n t r a r i o , y c o m o b i e n s e c o n o c e , la n o v e l a

m o d e r n a h a g e n e r a l i z a d o d i c h o p e r s p e c t i v i s m o m ú l t i p l e c o m o p i e d r a

a n g u l a r d e s u a r q u i t e c t u r a . S e r í a i n t e r m i n a b l e la r e l a c i ó n d e t í t u l o s q u e

l o a c r e d i t a n , p e r o p e n s e m o s e n a l g u n o s y a t a n e m b l e m á t i c o s c o m o Las

olas, d e V i r g i n i a Woo l f , o Tres tristes tigres, d e G u i l l e r m o C a b r e r a I n f a n t e ,

e n la q u e v a r i o s e s c r i t o r e s - M a r t í , C a r p e n t i e r , N i c o l á s G u i l l e n . . . - s e

r e f i e r e n a la m u e r t e d e T r o t s k y d e s d e p o s i c i o n e s a r t í s t i c a s .

P é r e z d e A y a l a i n s i s t e e n e s t a t é c n i c a d e la v i s i ó n m ú l t i p l e e n t o d a s

s u s n o v e l a s , s i b i e n l o h a c e e n g r a d o s d i s t i n t o s . Ya e n Troteras y dan-

zaderas, d e 1 9 1 3 , a l g u n a s s i t u a c i o n e s s e n o s p r e s e n t a n d e s d e c u a t r o o

c i n c o p u n t o s d e v i s t a , s o b r e l o s q u e s e c i e r n e la s o m b r a i r ó n i c a , s o c a

r r o n a , d e l n a r r a d o r . P e r o e n a l g ú n c a s o e l n o v e l i s t a e l e v a y a e s e p e r s -

p e r c t i v i s m o al r a n g o d e e l e m e n t o c o n s t i t u t i v o d e la e s t r u c t u r a n a r r a t i v a .

M e r e f i e r o , c l a r o e s , a Belarmino y Apolonio, p u b l i c a d a n a d a m á s e s t r e

n a r s e la d é c a d a v e i n t e : e n 1 9 2 1 .

P o r m u c h o q u e la c r í t i c a v e n g a r e p i t i é n d o l o , h a y q u e r e c o r d a r l o

a h o r a : e l f a m o s o c a p í t u l o II " R ú a R u e r a , v i s t a d e s d e d o s l a d o s " , c a t a l o

g a d o e n t r e l o s " p r e s c i n d i b l e s " p o r e l a u t o r , e n r e a l i d a d t i e n e i m p o r t a n

c i a p r i m o r d i a l p a r a e n t e n d e r é s t a y o t r a s n o v e l a s s u y a s . E n é l s e r e f l e

x i o n a s o b r e la e x i g e n c i a a r t í s t i c a d e l p e r s p e c t i v i s m o p l u r a l y , a la v e z , s e

l o p o n e e n p r á c t i c a . E s a e x i g e n c i a v i e n e d a d a p o r la n e c e s i d a d d e q u e

la d e s c r i p c i ó n e n p r o f u n d i d a d ( e s p a c i a l ) s u s t i t u y a a la s u p e r f i c i a l ( t e m

p o r a l , s u c e s i v a ) . La s o m b r a l o c u a z d e d o n A m a r a n t o d e F r a i l e a c o n s e j a

al n a r r a d o r s o b r e c ó m o r e s o l v e r u n a d i f i c u l t a d i n t r í n s e c a a l r e l a t o l i t e r a

r i o . P o r q u e e l n o v e l i s t a t i e n e a l g o d e c í c l o p e :

Los cíclopes veían el mundo superficialmente, porque sólo tenían un ojo. (...el nove l i s t a ) Sólo tiene de cíclope la visión superficial y el empeño sacrilego de ocupar la mansión de los dioses, pues a nada menos aspira el

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novelista que a crear un breve universo, que no otra cosa pretende ser la novela. El hombre, con ser más mezquino, aventaja al cíclope, a causa de poseer dos ojos con que ve en profundidad el mundo sensible. Ahora bien, describir es como ver con un ojo, paseándolo por la superficie de un plano, porque las imágenes son sucesivas en el tiempo, y no se funden, ni se superponen, ni, por tanto, adquieren profundidad i. ..A- El novelista, en cuanto hombre, ve las cosas estereoscópicamente, en profundidad; pero, en cuanto artista, está desprovisto de medios con que reproducir su visión. No puede pintar- únicamente puede describir, enumerar. La misión de ver con mayor profundidad, delicadeza y emoción y enseñar a los otros a ver de la propia suerte, le toca al pintor (1976:91-92. Edic ión preparada por Andrés Amorós. Las demás citas de esta novela se refieren a la misma edi c ión) .

P e r o e l n o v e l i s t a t i e n e , n o o b s t a n t e , u n m e d i o p a r a b u r l a r e s a c o r

t a p i s a : c o n f i g u r a r u n n a r r a d o r q u e s e i n h i b a d e s e r l o , p a r a l o c u a l h a b r á

d e c e d e r la p a l a b r a a o t r o s c u y a d i v e r s i d a d d e p u n t o s d e v i s t a a y u d e a

m o s t r a r l o c a l i d o s c ó p i c o d e la r e a l i d a d r e p r e s e n t a d a . L a s v i s i o n e s ,

e n f r e n t a d a s , d e l p i n t o r J u a n L i r io y d e l f i l ó s o f o P e d r o L a r i o s o b r e la r ú a

R u e r a , h a n l l e g a d o a h a c e r s e p u n t o d e r e f e r e n c i a o b l i g a d o c u a n d o s e

a b o r d a e s t a c u e s t i ó n . Y e n t r a ñ a n , r e s p e c t i v a m e n t e , la c o n t r a p o s i s i ó n

e n t r e e l c r i t e r i o i r r a c i o n a l i s t a , v i t a l i s t a , f r e n t e a l r a c i o n a l i s m o r í g i d o .

S i g u i e n d o e l c o n s e j o d e d o n A m a r a n t o , a n é c d o t a s , s i t u a c i o n e s ,

a c o n t e c i m i e n t o s y p e r s o n a j e s d e Belarmino y Apolonio s u e l e n e n f o c a r

s e , a l m e n o s , d e s d e u n d o b l e á n g u l o q u e s e a n u n c i a i n c l u s o e n e l t í t u

l o d e la m a y o r í a d e l o s c a p í t u l o s : " B e l a r m i n o y s u h i ja" , " A p o l o n i o y s u

h i j o " , "El f i l ó s o f o y e l d r a m a t u r g o " , "El d r a m a y la f i l o so f í a " , " P e d r i t o y

A n g u s t i a s " . P o r e j e m p l o , F e l i c i t a

Vista por la espalda, era una figurilla breve, fina y graciosa. El anverso de la medalla no se correspondía con el dorso-, pecho alisado con rasero; rostro acecinado y de ojos conspicuos; una faz del todo masculina (p. 118).

La p l u r a l i d a d d e n o m b r e s a s i g n a d o s a u n p e r s o n a j e e s t a m b i é n u n a

e s t r a t e g i a d e p e r s p e c t i v i s m o m ú l t i p l e . E n la t r a d i c i ó n n a r r a t i v a r e a l i s t a e l

n o m b r e p r o p i o t i e n e f u n c i ó n d e í c t i c a y , p o r e s t a r m u y c o n t e x t u a l i z a d o ,

a l c a n z a t a m b i é n la a t r i b u t i v a , p u e s l l e g a a c a r a c t e r i z a r a e s e p e r s o n a j e

a n t e e l l e c t o r , n o s ó l o a i d e n t i f i c a r l o . E n c a m b i o , m u c h o s n o v e l i s t a s c o n

t e m p o r á n e o s p a r e c e n d e s p o j a r d e i n t e r é s a l n o m b r e , s i b i e n , e n e l

f o n d o , c u a l q u i e r a q u e s e a la f ó r m u l a d e q u e s e s i r v a n p a r a p r o d u c i r t a l

i m p r e s i ó n , t o d a s i m p l i c a n u n a n u e v a m a n e r a d e r e c o n o c e r la i m p o r t a n -

4 5 3


c i a d e l m i s m o . El p e r s o n a j e p u e d e n o t e n e r l o , o c a m b i a r l o ; o s e l e a d j u d i c a d e m a n e r a i m p r e c i s a . E s e p e r s o n a j e q u e d a a s í d i f u m i n a d o e n c u a n t o a s u p e r s o n a l i d a d y e l l e c t o r d e b e c o n s t r u i r l o . El c u r a d e Belarmino y Apolonio c o n t e s t a c u a n d o l e p r e g u n t a n s o b r e e l l o :

Me llamo Pedro, Lope, Francisco, Guillen, Eurípides; a elegir (pp . 77-78).

S i n e m b a r g o , P é r e z d e A y a l a d i f i e r e e n u n p u n t o m u y i m p o r t a n t e d e o t r a s p r o p u e s t a s r e n o v a d o r a s c o n t e m p o r á n e a s . N o l e p a r e c e a c e r t a d a , p o r i n v e r o s í m i l p a r a e l l e c t o r , l a p r e t e n s i ó n d e p r o f u n d i z a r e n la p s i c o l o g í a d e l p e r s o n a j e d e s d e u n á n g u l o i n t e r n o d e v i s i ó n . C o m o s e c o n o c e , e s t a m o s a n t e u n a d e l a s c u e s t i o n e s d e i n t e r é s p r i m o r d i a l p a r a la n o v e l a m o d e r n a p o r q u e e n e l l a e s e e n f o q u e , e n i q u e c i d o c o n a p o r t a c i o n e s d e l p s i c o a n á l s i s , c r i s t a l i z a r á e n f o r m a d e m o n ó l o g o i n t e r i o r , s e r e v e s t i r á d e c o r r i e n t e d e c o n c i e n c i a . P é r e z d e A y a l a a f i r m a , t a x a t i v o , q u e

una cosa es la psicología descriptiva, la de los tratados o los cursos universitarios de psicología, y otra (...) la psicología viva: la actividad inasible de un alma individual (1958:23).

C o n t o d o , n o d e j a d e r e c o n o c e r la n e c e s i d a d d e i n d a g a r e n e l c o m p l e j o m u n d o d e la p s i q u e , e n l a s r e l a c i o n e s e n t r e l o c o n s c i e n t e y l o s u b c o n s c i e n t e . Y s u c o n c e p t o d e la c o n c i e n c i a s i g u e a l d e J u n g : e n e l i n c o n s c i e n t e s e h a l l a n s o t e r r a d o s d u r a n t e t i e m p o a s p e c t o s d e la p e r s o n a l i d a d d e l o s q u e s o n c o m p l e m e n t a r i o s o t r o s d e l c o n s c i e n t e , p o r q u e a q u é l e s a l g o m á s q u e u n a l m a c é n d e s e n t i m i e n t o s d e c u l p a . L o s r e l a t o s m á s s i g n i f i c a t i v o s e n e s t e p u n t o s o n l o s d o s ú l t i m o s d e l e s c r i t o r , a m b o s d e 1 9 2 6 , q u e p l a n t e a n c u e s t i o n e s s o b r e e l c l á s i c o c o n c e p t o d e l h o n o r : Tigre Juan y s u c o n t i n u a c i ó n El curandero de su honra. C u a n d o J u a n G u e r r a M a d r i g a l , e l m á s c o m p l e j o p e r s o n a j e d e R a m ó n P é r e z d e A y a l a , a l c a n z a la m a d u r e z p s i c o l ó g i c a , b r o t a n a la s u p e r f i c i e d e s u c o n c i e n c i a a s p e c t o s d e u n c a r á c t e r s u b y a c e n t e s h a s t a e n t o n c e s . S u a g r e s i v i d a d e x a c e r v a d a d e a n t e s , p o r la q u e s e a f i a n z a b a c o m o p e r s o n a , d e j a e s p a c i o a h o r a a s e n t i m i e n t o s m á s p o n d e r a d o s ; s u a n t i g u a m i s o g i n i a c e d e a n t e e l a m o r . E s u n a m u e s t r a m á s d e la a r m o n i z a c i ó n d e c o n t r a r i o s , d e t a n t a c o n s i s t e n c i a s e m á n t i c a e n Belarmino y Apolonio y q u e , t a l c o m o s e p l a n t e a e n Tigre Juan y e n El curandero de su honra, t i e n e q u e v e r , a j u i c i o d e J J . M a c k l i n ( 1 9 8 3 ) , c o n la h u e l l a d e J u n g e n la o b r a d e P é r e z d e A y a l a . E s a s n u e v a s e m o c i o n e s e n v u e l v e n a J u a n d e f o r m a c a ó t i c a , i n d u c i é n d o l e a a s o c i a r p e r c e p c i o n e s f r a g m e n t a r i a s d e l h o y n a r r a t i v o c o n r e c u e r d o s d e l a y e r . P a s a d o y p r e s e n t e f o r m a n p a r t e d e la m i s m a e x p e -

454


r i e n c i a . Y e s e n e s t a n o v e l a d o n d e e n c o n t r a m o s la s i n c r o n í a y la d o b l e

c o l u m n a p a r a r e p r e s e n t a r e l f lu i r p a r a l e l o d e l a s v i d a s d e l o s p r o t a g o

n i s t a s .

PERSPECTIVISMO Y S IGNIF ICACIÓN

Si e l i m p l i c a r s e , m u t u o s , l o s e l e m e n t o s f o r m a l e s y l o s s e n t i d o s e s

a t r i b u t o u n i v e r s a l d e la l i t e r a t u r a , d e t e r m i n a d o s c a s o s p a r t i c u l a r e s l o e v i

d e n c i a n e n g r a d o s u m o . As í s u c e d e c o n Belarminoy Apolonio e n l o r e l a

t i v o a l e n f o q u e m ú l t i p l e , q u e s e s e m a n t i z a a q u í c o n u n a g r a n d e n s i d a d

t a n t o s i a t e n d e m o s a l a d i m e n s i ó n p r a g m á t i c a c o m o a la c o n s t r u c c i ó n

d e l r e l a t o . É s t a s e v e r t e b r a - la c r í t i c a v i e n e r e p i t i é n d o l o - a p a r t i r d e o p o

s i c i o n e s g e n e r a l e s b á s i c a s d e l a s q u e s e d e r i v a n o t r a s p a r c i a l e s , s i b i e n

n o h a y a c u e r d o e n t r e l o s e s t u d i o s o s a c e r c a d e c u á l d e l a s p r i m e r a s e s la

q u e g e n e r a la c l a v e d e s i g n i f i c a c i ó n m á s i m p o r t a n t e d e la n o v e l a . A s í ,

m i e n t r a s A n d r é s A m o r ó s ( 1 9 7 2 ) e n t i e n d e q u e ta l c l a v e r e s i d e e n la a n t í

t e s i s B e l a r m i n o ( a c t i t u d f i l o s ó f i c a ) versus A p o l o n i o ( a c t i t u d d r a m á t i c a ) ,

p a r a J. M a t a s ( 1 9 7 4 ) h a y q u e b u s c a r l a e n l a r e l a c i ó n d e c o n t r a r i o s P e d r o -

e n t o r n o s o c i a l . Y M a r í a d e l C a r m e n B o b e s ( 1 9 7 7 ) , a p o y á n d o s e e n e l s e n

t i d o d e la s i n t a x i s n a r r a t i v a , p r e c i s a q u e s e h a l l a e n la a n t í t e s i s

a m o r / o p o s i c i ó n f a m i l i a r .

E n e f e c t o , a l i n t e r p r e t a r l i t e r a r i a m e n t e e l c o n t r a s t e f o r m a l e n t r e l o s

p e r s o n a j e s q u e d a n t í t u l o a la n o v e l a n o p u e d e p a s a r d e s a p e r c i b i d o q u e ,

m u y p r ó x i m o e l c i e r r e d e l r e l a t o , a q u e l a n t a g o n i s m o s e r e v e l a s ó l o a p a

r e n t e e n c u a n t o a l a s s i g n i f i c a c i o n e s , p u e s s e d i s u e l v e e n a r m o n í a . P e r o ,

l o q u e i m p o r t a m á s , s i c a b e , e s q u e , c o m o s e ñ a l a B o b e s , a q u e l l a a n t í t e

s i s n o s e e r i g e e n n ú c l e o f u n c i o n a l d e la n a r r a c i ó n . A f in d e c u e n t a s , e n

e l a v a n c e d e la t r a m a l o s u n i v e r s o s d e B e l a r m i n o y d e A p o l o n i o f o r m a n

p a r t e d e u n a m i s m a c a t e g o r í a a c t a n c i a l q u e t a m b i é n i n c l u y e a o t r o s p e r

s o n a j e s - a c t o r e s : e s t o r b a n o i m p i d e n e l m a t r i m o n i o d e P e d r o y A n g u s t i a s .

N o s e o p o n e n e n la n o v e l a d r a m a y f i l o so f í a . S o n d o s c a r a s d e u n a

m o n e d a ú n i c a y e s e s t a r e a l i d a d e n t e r a , b i v a l e n t e p e r o u n a , la q u e , c o n

o t r a s , g e n e r a e l p r o b l e m a h u m a n o q u e l a o b r a r e l a t a .

I L U S I Ó N Y REALIDAD

Y e s q u e Belarmino y Apolonio c o n t i e n e o t r a c l a v e d e s e n t i d o d e

m u c h a i m p o r t a n c i a , p u e s s e h a c e c a r d i n a l p a r a l a n o v e l a c o n t e m p o r á -

4 5 5


n e a a s í c o m o p a r a la t e o r í a q u e r e f l e x i o n a s o b r e l a l i t e r a t u r a . M e a t r e v o

i n c l u s o a v e r e n e s a c l a v e a l g o m á s q u e u n m o t i v o y t a m b i é n a l g o m á s

q u e u n t e m a : u n v e r d a d e r o d i s p o s i t i v o g e n e r a d o r d e la a r q u i t e c t u r a d e l

r e l a t o . M e r e f i e r o al p r o b l e m a d e l o s c o n f i n e s e n t r e l o a p a r e n t e , l o f ic-

c i o n a l y l o r e a l , d e t a n t a r e s o n a n c i a c e r v a n t i n a . D e l a m a n o d e é s t e , c l a r o

e s , e l d e la c o n s t r u c c i ó n m e n t a l d e la r e a l i d a d p o r e l s u j e t o q u e la p e r

c i b e , j u n t o c o n o t r o q u e s e i m b r i c a e n é l : la i n t e r f e r e n c i a e n t r e la r e a l i

d a d d e l s u e ñ o c o m o f o r m a d e c o n o c i m i e n t o y la d e la v ig i l i a , t a n a r r a i

g a d o , a u n q u e c o n v a r i a n t e s , e n l i t e r a t u r a y e n f i l o so f í a d e s d e e l r o m a n

t i c i s m o ; t a n fér t i l e n la e s t é t i c a d e c o m i e n z o s d e s i g l o y d e a l g u n a v a n

g u a r d i a . Y t a n e v i d e n t e e n e l c a p í t u l o VII I d e e s a n o v e l a d e P é r e z d e

A y a l a , q u e l l e v a e l s i g n i f i c a t i v o t í t u l o " S u b s p e c i e a e t e r n i " y d o n d e s e

d e s v e l a q u e la r i v a l i d a d d e a n t a ñ o e n c u b r í a a f e c t o s c o r d i a l e s f i n a l m e n t e

e m e r g e n t e s . P o r q u e , e n e l a s i l o , B e l a r m i n o y A p o l o n i o

Van del brazo por el jardín de asfódelos, envueltos en la niebla dorada del sol (...). -Pero, ¿no estamos soñando? -interroga Apolonio, anhelante-. Apenas si toco la tierra en donde piso. -Parece un sueño. El tetraedro es un sueño. Sólo es verdad el amor, el bien, la amistad (p . 300).

P e r o , a n t e s d e l l e g a r a e s t e e p i s o d i o d e l f ina l , a c o m p a ñ e m o s u n o s

i n s t a n t e s a B e l a r m i n o . S e p a m o s q u é p a s a p o r s u á n i m o d e s p u é s d e la

f u g a d e s u hi ja c o n P e d r o . N o p u e d e l o c a l i z a r l a c u a n d o v a a s u e n c u e n

t r o . A n g u s t i a s h a b í a h u i d o d e I n h i e s t a s d e s p u é s d e h a b e r s e q u e d a d o

s o l a . El P a d r e A l e s ó n m i e n t e , p i a d o s o , a B e l a r m i n o : e l l a , l e a s e g u r a , p e r

m a n e c e r á e n e l c o n v e n t o d e l a s C a r m e l i t a s h a s t a e l d í a d e la b o d a .

B e l a r m i n o s e c o m p r o m e t e a n o i n t e n t a r v e r l a , a c a m b i o d e l " p e r m i s o "

p a r a p a s e a r a d i a r i o p o r l o s a l r e d e d o r e s d e l e d i f i c i o . E n e s o s p a s e o s ,

d u r a n t e m u c h o s a t a r d e c e r e s

Sentía que su hija no había estado antes en el convento, que le habían querido engañar, por caridad. Es decir, no le habían engañado; se había engañado él mismo, y se habían engañado los demás. Pero, ahora, su hija estaba ya en el convento. ¿Cómo así? Fuera de él -pensaba- no existía nada. El mundo era una ilusión de los sentidos, un espejismo de la imaginación. El mundo de fuera era creación aparente y engañosa del mundo de dentro. Belarmino, entonces, resolvió poner en orden de paz y hermosura su mundo interior, y, por tanto, el mundo exterior, que no es sino eco o imagen sensible del otro. Ahuyentaría o ignoraría los espectros recónditos, que, de vez en cuando, se entrometen a perturbar el buen concierto de las potencias del alma y anublar la cálida luz del corazón; esos

4 5 6


espectros que, aunque ofuscaciones de la imaginación, se proyectan sobre el mundo exterior en forma de figuras odiosas y agresivas, como si de veras existiesen en carne y hueso, y son sólo alucinaciones. Belarmino resolvió que Xuantipa ya no existía; que no existía Bellido, el usurero; que no existían Apolonio, ni su hijo el seductor de Angustias; que no había existido el rapto -¡cuánto trabajo le costó suprimir de su alma esta pretendida alucinación o realidad ilusoria...!-. Angustias, ésa sí que existía; como que la había concebido y creado él; era la hija de su alma y de sus entrañas: ¿no había de existir?. Existía y estaba, por libérrima y unánime voluntad, suya y de su padre, recoleta en las Carmelitas, adonde la habían conducido el desprecio del mundo exterior y aparente, en el cual ella tampoco creía, y el ansia de una absoluta y perfecta serenidad. Por algo Angustias era hija de Belarmino.

Y Belarmino acudía todas las tardes a pasear alrededor del convento de las carmelitas, a comunicarse, por vías misteriosas e inefables, con su hija imaginaria, enteramente engendrada por él, en su alma paternal, tierna y creadora (pp . 243-244).

El p e n s a r d e B e l a r m i n o s e c o n d e n s a e n la a x i o m á t i c a s e n t e n c i a p a s -

c a l i a n a : " a s í e s s i a s í o s p a r e c e " . Y a S c h o p e n h a u e r a f i r m a b a q u e e l

m u n d o n o e s s i n o la r e p r e s e n t a c i ó n q u e c a d a i n d i v i d u o t i e n e d e é l .

R a m ó n P é r e z d e A y a l a a d v i e r t e q u e e l s u j e t o m o d e l i z a , c o n s t r u y e m e n

t a l m e n t e s u r e a l i d a d ; y q u e l o r e a l y l o a p a r e n t e s e e n t r e t e j e n . A l e r t a d o s

p o r e s t e m e n s a j e , d e b e m o s i n t e n t a r d e s c u b r i r s i , a c a s o , la o p o s i c i ó n

d r a m a / f i l o s o f í a n o e s e n e s t a n o v e l a i l u s i ó n s o l a t r a s la q u e s e e n c u b r e

u n i d a d e n t r a ñ a b l e . Y o c r e o q u e a s í e s . D e la m i s m a m a n e r a q u e l o t r á

g i c o y l o c ó m i c o s o n d o s d i m e n s i o n e s c o n v e r g e n t e s e n l a s n o v e l a s d e

P é r e z d e A y a l a , p o r q u e l o s o n t a m b i é n e n la v i d a m i s m a , c o n la q u e t o d a

n o v e l a s e e n t r e l a z a .

El a u t o r c o n e c t a e s a c o n s t r u c c i ó n s u b j e t i v a d e l a r e a l i d a d c o n e l l e n

g u a j e , c o m o l o h a c e n l a f i l o so f í a y la l i n g ü í s t i c a m o d e r n a s . R e c o r d e m o s

q u e S a u s s u r e s o s t i e n e q u e e s e l p u n t o d e v i s t a e l q u e c r e a e l o b j e t o . E n

s u p r i m e r a n o v e l a y a p l a n t e a P é r e z d e A y a l a la c u e s t i ó n d e l o a r t i f i c ia l

d e l l e n g u a j e h u m a n o , e n t e n d i e n d o p o r e l l o l o c o n v e n c i o n a l d e l s i g n o

l i n g ü í s t i c o . S o n v a r i o s l o s p e r s o n a j e s d e s u s r e l a t o s q u e " a d u l t e r a n " la

n o r m a l i n g ü í s t i c a - c o m o l a c o n c i b e C o s e r i u - , a d a p t á n d o l a a s u p e r s o n a

l i d a d . P e r o , s i n d u d a , B e l a r m i n o e s p a r a d i g m á t i c o e n e s t e p u n t o .

P r o c l a m a n d o a q u e l l a a r b i t r a r i e d a d d e l s i g n o , i n v e n t a u n v o c a b u l a r i o

p e c u l i a r q u e a t i e n d e m á s a l a d i m e n s i ó n c r e a t i v a q u e a la r e f e r e n c i a l i -

d a d c l a r a p a r a l o s d e m á s . P e r o i m p o r t a d e s t a c a r , p o r e n c i m a d e o t r a s

c o n s i d e r a c i o n e s , q u e e s e l e n j u a j e s i n g u l a r d e B e l a r m i n o t i e n e q u e v e r

c o n s u p e r c e p c i ó n , t a m b i é n s i n g u l a r , d e l m u n d o . P o r e l l o , e s t e p l a n t e a -

4 5 7


m i e n t o d e P é r e z d e A y a l a n o g u a r d a s e m e j a n z a a l g u n a c o n e l q u e i n s

p i r a c i e r t o s " e x p e r i m e n t o s " d e J o y c e c o n e l l e n g u a j e , q u e a a q u é l l e

p a r e c e n m e r o j u e g o v a n o , i n j u s t i f i c a b l e s a r t í s t i c a m e n t e . N o p e r c i b e e n

e l l o s f u n c i o n a l i d a d n i s e n t i d o . C o n o z c a m o s s u o p i n i ó n s o b r e e s t e f r a g

m e n t o d e Ulysses:

"Simbad el Marino Y Timbad el Tarino y Jimbad el Jarino y Windad el Warino y Nimbad el Narino y Fimbad el Fatino y Bimbad el Barino y Pimbad el Parino y Nimbad el Malino y Uimbad el Aurino y Rimbad el Ranno y Nimbad el Karino y Cimbad el Jarino y Ximbad el Satino. "

D e e s t a s l í n e a s d i c e P é r e z d e A y a l a q u e s o n

Perfectamente idióticas, deliberadamente idióticas.

Y s e p r e g u n t a :

¿qué tiene que ver con el arte, y singularmente con el arte de la novela?

(1958:83).

REINTERPRETACIÓN DEL M I T O

S a b e m o s q u e t o d o t e x t o c o n f i g u r a u n u n i v e r s o i m p r e g n a d o d e

r e f e r e n c i a s i n t e r t e x t u a l e s , e n c o n e x i ó n d i a l ó g i c a c o n e l r e s t o d e l a s e r i e

l i t e r a r i a , a r t í s t i c a y c u l t u r a l e n e l m á s a m p l i o s e n t i d o d e l t é r m i n o . S ó l o

l o s e j e m p l o s m á s l l a m a t i v o s e n t o d a s l a s c l a s e s d e a r t e s o n i n f i n i t o s : p e n

s e m o s , p o r e j e m p l o , e n la a m p l i a s e r i e d e P i c a s s o s o b r e Las Meninas,

p o r m e n c i o n a r s ó l o u n c a s o m u y o b v i o . A m e n u d o , la h o n d a f o r m a c i ó n

h u m a n í s t i c a , i n t e l e c t u a l , d e R a m ó n P é r e z d e A y a l a , s a l e a l a s u p e r f i c i e

d e s u d i s c u r s o n a r r a t i v o e n f o r m a d e e s a c l a s e d e i n t e r t e x t u a l i d a d q u e

e n t r a ñ a u n g u i ñ o c ó m p l i c e p a r a c o n e l l e c t o r a la h o r a d e i n t e r p r e t a r .

P o r q u e i n c o r p o r a la p a l a b r a d e l o s a u t o r e s , s o b r e t o d o c l á s i c o s , q u e p r e

f i e r e . A v e c e s la g l o s a , o b i e n l a a l u d e d e m a n e r a m á s o m e n o s v e l a d a .

Al l e e r s u s n o v e l a s , c o m p r o b a m o s q u e u n t e x t o p u e d e e s t a r f o r m a d o p o r

u n " m o s a i c o d e c i t a s " , c o m o d i c e K r i s t e v a . I n c l u s o a l g u n o d e l o s t í t u l o s

e n t r a ñ a e s a r e f e r e n c i a i n t e r t e x t u a l , c o m o e l c e r v a n t i n o Los trabajos de

Urbano y Simona. P e r o e s a c l a s e d e r e f e r e n c i a o " c i t a " a f e c t a t a m b i é n a

l o s t e m a s n o v e l a d o s . Y e s t á s o m e t i d a c o n f r e c u e n c i a a u n p r o c e s o d e g r a -

d a d o r m e d i a n t e la i r o n í a . O r n a r C a l a b r e s s e (1989) v e e n l a m a n i p u l a c i ó n

a r t í s i c a d e la c i t a , e n m e n d á n d o l a o d e g r a d á n d o l a , u n s í n t o m a d e l t a l a n -

4 5 8


t e " n e o b a r r o c o " q u e c a r a c t e r i z a la é p o c a a c t u a l . P u e s b i e n : e n c i e r t a

i n t e r t e x t u a l i d a d t e m á t i c a r a d i c a o t r o a s p e c t o d e la m o d e r n i d a d d e P é r e z

d e A y a l a . M e r e f i e r o a l a r e i n t e r p r e t a c i ó n d e c i e r t o s m i t o s c l á s i c o s .

Novelas poemáticas de la vida española s e s u b t i t u l a n t r e s p u b l i c a d a s

j u n t a s e n 1 9 1 6 : Prometeo, Luz de domingo, La caída de los Limones. C o n

la p r i m e r a , e l n o v e l i s t a e s p i o n e r o e n s e g u i r e l g u s t o d e la l i t e r a t u r a c o n

t e m p o r á n e a p o r a c t u a l i z a r a l g u n o d e e s o s m i t o s . T. S. E l i o t ( 1 9 2 3 ) o b s e r

v a q u e a m e n u d o l o s n o v e l i s t a s m o d e r n o s u t i l i z a n l o q u e é l l l a m a e l

" m é t o d o m í t i c o . " Si p o r u n l a d o h a c e n d e c r e c e r la i m p o r t a n c i a d e la

t r a m a , p o r o t r o i n c r e m e n t a n la d e l m i t o , e n p o s d e u n o r d e n e s t é t i c o

d i f e r e n t e . R e l e g a n d o e l logos, e l m i t o i n s p i r a h o y a r t e y f i l o so f í a . P o r q u e

u n o y o t r a v e n e n é l a l g o m á s q u e u n a f á b u l a o f i c c i ó n a l e g ó r i c a : u n s í m

b o l o v i t a l . El h o m b r e m o d e r n o t r a t a , a n s i o s o , d e h a l l a r s u p r o p i a i d e n t i

d a d , f a l t o d e a s i d e r o s i d e o l ó g i c o s f i r m e s , d e s o r i e n t a d o e n u n u n i v e r s o

q u e p e r c i b e c a ó t i c o y f r a g m e n t a d o . El n o v e l i s t a , a l i n d a g a r e n e l s u b

c o n s c i e n t e y al r e i n t e r p r e t a r e l m i t o , i n q u i e r e t a m b i é n u n a r e a l i d a d a l t e r

n a t i v a . O r t e g a d i c e e n l a s Meditaciones del Quijote q u e e l m i t o e s u n fe r

m e n t o d e la h i s t o r i a , d e i n c a l c u l a b l e e n e r g í a p o é t i c a y e x t r a o r d i n a r i a

m e n t e a p t o c o m o c a u c e e x p r e s i v o d e c r e e n c i a s e i d e a s q u e l a r a z ó n s o l a

n o p u e d e c o m p r e n d e r .

E s c o n o c i d o q u e e l a r t e m o d e r n o a c t u a l i z a f i g u r a s c o m o A n t í g o n a ,

M e d e a o E d i p o . P e r o la p r e s e n c i a d e U l i s e s e s la m á s a f i a n z a d a e n la

l i t e r a t u r a . A c a s o p o r q u e e s t e h é r o e q u e p e r m a n e n t e m e n t e e s t á r e g r e

s a n d o , i n f a t i g a b l e , p a r a l l e g a r a u n f in q u e e s a la v e z s u o r i g e n , r e p r e

s e n t a p a r a e l h o m b r e m o d e r n o e l s í m b o l o p e r f e c t o d e s u p r o p i a s o l e d a d

i n s o s l a y a b l e , d e la b ú s q u e d a a f a n o s a d e s u d e s t i n o , p e r d i d o c o m o s e

s i e n t e e n u n u n i v e r s o i n h ó s p i t o , a c o s a d o p o r e l p e l i g r o a c e c h a n t e d e la

i n c e r t i d u m b r e . La l i t e r a t u r a e u r o p e a r e c r e a e l m i t o d e U l i s e s d e d o s

m a n e r a s p r e f e r e n t e s . U n a d e e l l a s , i r ó n i c a o p a r ó d i c a . E s l a d e J o y c e ,

c u y o Ulysses, d e 1 9 2 2 , i m p l i c a u n a c o n t r a p o s i c i ó n b u r l o n a e n t r e e l

a m b i e n t e é p i c o a n t i g u o y e l r e t o r n o h u m i l l a n t e d e B l o o m a s u h o g a r . La

o t r a , n o s t á l g i c a . C o m o e l e m p e ñ o u t ó p i c o d e K a t z a n t z a k i s e n s u l a r g o

p o e m a é p i c o Odisea. La b ú s q u e d a a n s i o s a d e u n a c i u d a d fe l i z , m á s a l l á

d e í t a c a .

G r a n d e s p o e t a s l í r i c o s d e n u e s t r o s i g l o s e s i n t i e r o n t a m b i é n s u b y u

g a d o s p o r l a f i g u r a d e U l i s e s , e l e t e r n o v i a j e r o . N o p u e d o r e s i s t i r m e a

m e n c i o n a r la h o n d u r a l í r i ca d e K a v a f i s e n el poema ítaca.

La l i t e r a t u r a e s p a ñ o l a n o s e m u e s t r a a j e n a a e s e a f á n p o r r e i n t e r p e -

t a r a l h é r o e p a r a d i g m á t i c o y a l o s p e r s o n a j e s m á s a l l e g a d o s a é l , s i b i e n

n o l o g r a p l a s m a r l o e n n i n g u n a o b r a d e p r o y e c c i ó n u n i v e r s a l . P o r c i t a r

4 5 9


s ó l o a l g u n a , p e n s e m o s e n El regreso de Ulises, d e T o r r e n t e B a l l e s t e r

( 1 9 4 6 ) , e n La tejedora de sueños, d e B u e r o V a l l e j o ( 1 9 5 2 ) , e n Tiempo de

silencio, d e M a r t í n S a n t o s ( 1 9 6 1 ) , e n ¿Por qué corres, Ulises?, d e A n t o n i o

G a l a ( 1 9 7 6 ) o e n Último desembarco, d e S a v a t e r ( 1 9 8 8 ) .

J u a n P é r e z S e t i g n a n o , e l p r o t a g o n i s t a d e Prometeo, p r i m e r a n o v e l a

p o e m á t i c a d e P é r e z d e A y a l a , e s h i j o d e i t a l i a n a y e s p a ñ o l . I n s a t i s f e c h o

c o n s u e x p e r i e n c i a v i t a l , a s p i r a a u n a v i d a p l e n a q u e n o c r e e p o d e r

a l c a n z a r e n I t a l i a . P o r e l l o d e c i d e i n t e n t a r l o e n E s p a ñ a , c u y a g e o g r a f í a

r e c o r r e e n b u e n a p a r t e c o n e l n o m b r e , m á s h e r o i c o s e g ú n é l , d e M a r c o .

P e r o n o c o n s i g u e c o l m a r s u s a s p i r a c i o n e s : h a d e c o n f o r m a r s e c o n u n a

c á t e d r a d e g r i e g o e n P i l a r e s . C o n v e n c i d o d e q u e s ó l o e l m e d i o c r e t i e n e

c a b i d a e n e l p a í s , d e q u e n o h a y l u g a r p a r a l o s s e r e s m á s c o m p l e t o s ,

a q u e l l o s e n q u i e n e s s e a u n a n e n a r m o n í a p e n s a m i e n t o y a c c i ó n , r e n u n

c i a a l é x i t o p e r s o n a l . E s u n U l i s e s - c u y a s í n t e s i s d e h e r o i c i d a d y h u m o r

s i e m p r e a d m i r ó - . . . p e r o f r u s t r a d o . A u n q u e n o s e r i n d e d e l t o d o . A c a r i c i a

la i d e a d e u n h i j o s u p e r d o t a d o , v e r d a d e r o t i t á n c a p a z d e r e a l i z a r l o q u e

é l n o p u d o , d e " a r r e b a t a r e l f u e g o d i v i n o . " Y a l f u n d i r a h o r a c o n e l a n t e

r i o r e l m i t o d e P r o m e t e o , P é r e z d e A y a l a d e g r a d a l o s d o s : M a r c o , q u i e n ,

n o l o o l v i d e m o s , e n r e a l i d a d t i e n e e l v u l g a r n o m b r e d e J u a n P é r e z , h a

c a í d o i n e v i t a b l e m e n t e , p o r a m b i c i o s o . La e s p o s a , la N a u s i k a á d e e s t e

r e l a t o , s e l l a m a P e r p e t u a M e a n a . Y e l h i j o d e a m b o s s e a p a r t a e n t o d o

d e l i d e a l a n h e l a d o p o r e l p a d r e : d e f o r m e y p e r v e r s o , a c a b a r á p o r s u i c i

d a r s e . E s u n a v i s i ó n s a r c á s t i c a d e l s u p e r h o m b r e d e N i e t z s c h e . V i s i ó n , e n

d e f i n i t i v a , a l e j a d a d e la d e K a t z a n t z a k i s ; m á s c e r c a n a a la d e J o y c e . P é r e z

d e A y a l a s u b v i e r t e e l m i t o . Y la s u b v e r s i ó n i r ó n i c a d e la c i t a e s c o n s t a n

t e e n t o d a s s u s n a r r a c i o n e s , a l a s q u e r e c o r r e c o m o u n e s t i l e m a .

N O V E L A INTEGRAL

Si, c o m o q u e d a d i c h o , e l n o v e l i s t a h a d e r e s p o n d e r a l r e t o d e a p r e

h e n d e r y m o s t r a r la a c t i v i d a d d e u n s e r v i v o , P é r e z d e A y a l a s ó l o v e u n a

m a n e r a e f i c a z d e l o g r a r l o : s i e n d o , a d e m á s d e n a r r a d o r , p o e t a l í r i c o . D e

a h í q u e l a n o v e l a " i n t e g r a l " , c o m o é l la l l a m a , a u n e p o e s í a y r e l a t o .

S e n c i l l a m e n t e , p o r q u e la p s i c o l o g í a v i v a e s a l g o e n e s e n c i a s u b j e t i v o .

C a d a u n o t i e n e c l a r a , o c o n f u s a , q u e p a r a e l c a s o e s l o m i s m o , la s u y a

p r o p i a ; p e r o l a a j e n a s ó l o p u e d e v e r l a d e s d e f u e r a , a d i v i n a r l a , i n t e r p r e

t a r l a . A s í q u e s ó l o e s p o s i b l e d e s c r i b i r s i c o l o g í a v i v a d e s c r i b i e n d o , h a s t a

d o n d e s e a h a c e d e r o , e l p r o p i o f lu jo v i t a l :

4 6 0


Por eso, todo gran novelista ha sido -aunque no haya escrito versos- un gran poeta lírico, pues la única manera de otorgar vida psíquica a los personajes novelescos no puede ser otra sino exaltarlos, cuando llega el caso, a la más alta tensión poética y lírica; esto es, subjetiva. Por decirlo así, el novelista-poeta se enajena y vierte en otros moldes de psicología viva. Este es el gran milagro del gran novelista-poeta. El poeta, nada más que poeta, canta de continuo el aria del yo, de su yo. En el novelista-poeta, en cambio, se verifica la multiplicación del yo (1958:24).

O b s e r v e m o s q u e la p o s t u r a d e P é r e z d e A y a l a n o p u e d e s e r m á s

o p u e s t a a la d e P a u l V a l é r y , q u i e n e n 1 9 2 3 - s u b r a y o la f e c h a - t r a t ó d e

p e r f i l a r l o e s p e c í f i c o d e la n o v e l a p o r o p o s i c i ó n a la p o e s í a . Y r e c o r d e

m o s q u e e s e t a l a n t e p o é t i c o d e la n o v e l a d e l e s p a ñ o l m e r e c i ó e l o g i o s d e

A n t o n i o M a c h a d o , q u i e n n o l o v e f r e c u e n t e e n e l q u e h a c e r n a r r a t i v o

e n t o n c e s m á s a l u s o :

Acaso porque su obra es siempre de poeta, yo le encuentro tan por enci

ma de lo que se produce aquí -dicho sea sin ánimo de menospreciar a

nadie-, tan de otro clima estético y de espiritualidad tan al margen de

nuestra actual novelística, que no encuentro unidad castiza con que

medirlo (1922:2).

C o m p r o b a m o s d e n u e v o q u e e l s o p o r t e t e ó r i c o d e e s t a n a r r a c i ó n

" i n t e g r a l " s e o p o n e a c u a l q u i e r p r e t e n d i d o l í m i t e g e n é r i c o . Y a y u d a a

e n t e n d e r q u e e n l o s r e l a t o s d e R a m ó n P é r e z d e A y a l a s e e n h e b r e n h a b i -

t u a l m e n t e p o e m a s d e g r a n f u n c i o n a l i d a d e n la i n t r i g a , s e g ú n q u e d ó

d i c h o , a u n q u e e l l o s n o s o n i m p r e s c i n d i b l e s p a r a la c o n d i c i ó n l í r i ca d e la

n o v e l a . P e r o n o e s t a m o s a n t e la l l a m a d a " n o v e l a p o é t i c a " e n e l s e n t i d o

r e s t r i n g i d o d e la e x p r e s i ó n . E s a q u e s e g ú n A r n o l d B e n n e t s e c a r a c t e r i z a

p o r c o n t e m p l a r l a s c o s a s c o n m i r a d a i n f a n t i l o d e l o c o s i n m e m o r i a , a

m e n u d o c o n p r o t a g o n i s t a s n i ñ o s (Chiquillos, d e W i l l i a m S a r o y a n ) o a d o

l e s c e n t e s q u e r e p u d i a n e l m u n d o d e s u s m a y o r e s y h u y e n d e é l . N o v e l a s

q u e e v o c a n , a n h e l á n d o l a , la A r c a d i a , e l e d é n d e u n c o s m o s j o v e n , r e c i é n

c r e a d o , d o n d e p e r d u r a la i n o c e n c i a : r e t o r n o a la i n f a n c i a d e l h o m b r e y

d e l u n i v e r s o , n o s t a l g i a d e l m í t i c o p a r a í s o p e r d i d o , t a n a ñ o r a d o t a m b i é n

e n la l í r i ca d e e s t e s i g l o . L o v e m o s e n n o v e l a s d e J e a n G i r a u d o u x (Bella,

Siegfñed et Le Limousin). C o n f r e c u e n c i a p r o c l a m a n l a n e c e s i d a d d e s u s

t i t u i r u n a m o r a l y a p e t r i f i c a d a p o r o t r a l i b r e d e p r e j u i c i o s e i n h i b i c i o n e s ,

q u e d e s a f í e la h i p o c r e s í a y l o s t a b ú e s s e x u a l e s d e la m o r a l i d a d b u r g u e

s a . E n t r e n o s o t r o s , B e n j a m í n J a r n é s e s c r i b e e n e l " P r e f a c i o " d e Paula y

Paulita, d e 1 9 2 9 : será preciso que volvamos a enamorarnos del mundo,

como niños. A d e m á s , e n ^ u s e s c r i t o s t e ó r i c o s y c r í t i c o s , e s t e a u t o r , q u e

4 6 1


t a n t a c o n c i e n c i a t u v o d e la s e n s i b i l i d a d a r t í s t i c a d e la é p o c a , p r o p u g n a

l a q u e p o d r í a l l a m a r s e " e s t é t i c a d e l n i ñ o " , la v a l o r a c i ó n d e l a s c a r a c t e

r í s t i c a s d e é s t e c o m o s u p r e m a s c u a l i d a d e s d e l a r t e .

L a s t r e s Novelas poemáticas de la vida española, d e R a m ó n P é r e z d e

A y a l a , n o s o n d e e s t a c l a s e . Si e n e l l a s h a y c i e r t a v i s ó n c a s i m i t o l ó g i c a

d e l m u n d o , t i e n e c o m o c o n t r a p a r t i d a la i n e x o r a b l e , a s f i x i a n t e y p r ó x i m a

v i d a e s p a ñ o l a . P o r q u e , c o m o h a c e t a n t a s v e c e s , e l a u t o r p l a n t e a t a m b i é n

e n e l l a s , e n t r e o t r o s p r o b l e m a s , e l d e la p o s i b i l i d a d o i m p o s i b i l i d a d d e

a r m o n i z a r c o n t r a r i o s . T a m p o c o e n c a j a n a q u í l a s d e m á s n a r r a c i o n e s d e

P é r e z d e A y a l a . N i s i q u i e r a a q u e l l a s c u y a t r a m a e s t á m á s p r ó x i m a , e n

a p a r i e n c i a , a l p l a n t e a m i e n t o d e l m i r a r i n o c e n t e a l u n i v e r s o . M e r e f i e r o a

Luna de miel, luna de hiél, y a s u s e g u n d a p a r t e , c o n t í t u l o d e l i n a j e c e r

v a n t i n o , s e g ú n r e c o r d é y a : Los trabajos de Urbano y Simona. L a s d o s s e

p u b l i c a r o n e n 1 9 2 3 - E s i n n e g a b l e e n é s t a s la c e n s u r a a l a e d u c a c i ó n

s e x u a l d e la é p o c a . T a m b i é n q u e a m b a s e n t r a ñ a n u n c a n t o a la p l e n i t u d

d e l a m o r h u m a n o , p e r o v i s t o e n u n a t a y e c t o r i a q u e a r r a n c a d e u n e s t a

d o d e i n o c e n c i a y d e s e m b o c a e n e l m i t o d e s u p é r d i d a , d e s p u é s d e

p a s a r p o r e l s u f r i m i e n t o q u e a c o m p a ñ a al d e s c u b r i r la v i d a . L o s a m a n

t e s , e l U r b a n o - A d á n y la S i m o n a - E v a , c o m i e n z a n v i v i e n d o s u a m o r e n

u n e s t a d o d e i n g e n u i d a d . F r e n t e a l o q u e s u g i e r e e l n o m b r e d e é l , l o

v i v e n e n u n a p e q u e ñ a a l d e a , q u e s e d e s c r i b e c o m o " i d í l i c o r e c i n t o " : e s

e l p a r a í s o . P e r o , u n a v e z m á s , l a s n o v e l a s a c u m u l a n i r o n í a , b u r l a , e l e

m e n t o s g r o t e s c o s ; y , t a m b i é n , c a r g a d i d á c t i c a m u y f u e r t e ; s e d e s v i r t ú a e l

m i t o . El e s p a c i o e d é n i c o s e d e g r a d a r á . L o s a m a n t e s s e r á n e x p u l s a d o s . Y

l o s e r á n d e u n a m a n e r a s ó r d i d a , d e la m a n o d e d o s c u r i a l e s q u e l e s

a n u n c i a n e l d e s h a u c i o d e la c a s a .

N o s o n é s t o s l o s ú n i c o s a s p e c t o s d e m o d e r n i d a d e n la n a r r a t i v a d e

R a m ó n P é r e z d e A y a l a n i h e p r e t e n d i d o a b o r d a r l o s c o n p o r m e n o r e n l o s

l í m i t e s d e e s t a e x p o s i c i ó n . T a n s ó l o r e f e r i r m e a l o s m á s d e s t a c a d o s a m i

e n t e n d e r . Y f i n a l i z o r e s u m i e n d o : a u n q u e e n l a n o v e l a intelectual d e

R a m ó n P é r e z d e A y a l a h a y e l e m e n t o s r e s i d u a l e s d e t á c t i c a s n a r r a t i v a s

a n t e r i o r e s , c o n t i e n e p r o p u e s t a s n u e v a s . U n i d a e s t r e c h a m e n t e a la r e a l i

d a d a s t u r i a n a y e s p a ñ o l a , e s v e r d a d e r a n o v e l a e u r o p e a q u e t i e n e u n

l u g a r d e s t a c a d o y c a d a v e z m á s r e c o n o c i d o e n la g r a n c o r r i e n t e r e n o v a

d o r a d e la s e g u n d a d é c a d a d e e s t e s i g l o . R e n o v a c i ó n d e c i d i d a , s i n d u d a ,

p e r o t a m b i é n p o n d e r a d a q u e , a la v e z , s e v iv i f i ca a l i n t e g r a r l o q u e e l

a u t o r e s t i m a m á s v a l i o s o y p e r d u r a b l e d e u n a t r a d i c i ó n e n la q u e s e

r e c o n o c e i n s e r t o . T r a d i c i ó n i n c o r p o r a d a a la n o v e d a d , e n s í n t e s i s í n t i m a .

P o r e s o R a m ó n P é r e z d e A y a l a a c o n s e j a e n s u a r t í c u l o "Via je d e v u e l t a

hacia l a n o v e d a d " , c o n t e n i d o e n e l v o l u m e n Pequeños ensayos-.

4 6 2


Que no nos mueva la comezón de lo nuevo sino la ambición de lo mejor (...). Tanto monta el "nada nuevo" como el "todo nuevo", porque si bien no puede haber novedades, cabe que haya renovaciones. Aspiremos a las piernas del correo de Maratón, al torso y brazos de Milán de Crotona, a la retina de Apeles, al pulgar de Fidias, a la voz de Homero o de Safo, a los labios de Demóstenes, al corazón de Sófocles, a la frente de Platón, y seremos hombres, mejor que nuevos, renovados, los hombres más hombres de nuestro tiempo y del tiempo venturo ( 1 9 6 3 : 2 8 1 ) .

E s t e r e c a b a r la s í n t e s i s i n t e g r a d o r a d e l o m e j o r , s e a a n t i g u o o m o d e r

n o , y la a u s e n c i a d e d e s m e s u r a e n l a s p r o p u e s t a s r e n o v a d o r a s d e P é r e z

d e A y a l a p r o p i c i a r o n e l p a r a b i é n a s u s n o v e l a s p o r p a r t e d e A n t o n i o

M a c h a d o , e j e m p l o é l m i s m o d e p o n d e r a c i ó n h e c h a p o e s í a . Si c o n s u

v e r s o i n t r o d u c í a m i e x p o s i c i ó n , la t e r m i n a r é t a m b i é n c o n s u p a l a b r a e l o

c u e n t e e n c a r t a a n u e s t r o n o v e l i s t a :

(...) en sus obras hay una alegría madura y un doble amor a las ideas y a la naturaleza que no tiene precedentes en nuestras letras. (...) Conserve usted largo tiempo el favor de los dioses, para gloria de nuestras letras, y que la juventud acuda a sus libros para aprender en ellos el arte de las bellas ficciones de que ya teníamos perdida la memoria ( 1 9 2 2 : 1 ) .

R E F E R E N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S

AMORÓS, ANDRÉS, 1 9 7 2 , La novela intelectual de Ramón Pérez de Ayala, Madr id , Gredos.

BOBES, M A R Í A DEL C ARMEN, 1 9 7 7 , Gramática textual de Belarmino y Apolonio,

Madr id , Cupsa Editorial . CALABRESSE, O M A R , 1 9 8 9 , La era neobarroca, Madr id , Cátedra. E L IOT , T. S., 1 9 2 3 , "Ulysses. Order and Myth", en Dial, 7 5 , Nueva York. GRICE, P A U L , 1 9 7 5 , "Lógica y conversación", en Valdés Vil lanueva, Luis Miguel

(ed.) , 1 9 9 1 , La búsqueda del significado, Madr id , Tecnos, p p . 5 1 1 - 5 3 0 . M A C K L I N , J. J . , 1 9 8 3 , "Pérez de Ayala y la novela modernista europea", en

Vil lanueva, Darío (ed.) , La novela lírica, 11, Madr id , Taurus, p p . 3 4 - 5 0 . M A C H A D O , A N T O N I O , 1 9 1 6 , "Ramón Pérez de Ayala", inc lu ido luego en Nuevas

canciones (1917-1930): (Glosando a Ronsardy otras rimas), VI. — 1 9 2 2 , "Cartas a Ramón Pérez de Ayala", en Macrí, Oreste (ed), 1 9 8 8 , Antonio

Machado Poesía y prosa, Madr id, Espasa Calpe, vo l . I I I , pp . 1 6 2 6 - 1 Ó 2 7 . MATAS, J. , 1 9 7 4 , Contra el honor, las novelas normativas de Ramón Pérez de

Ayala, Madr id , Sentir i ¡os y Ediciones, S.A.

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—1958, "Algo sobre Joyce", en Principios y finales de la novela, Madr id , Taurus. —1963, "El novelista más grande", en Pequeños ensayos, Madr id , Bibl ioteca

Nueva. —1964-1969, Obras completas, Madr id , Aguilar, 4 vols. Ed. preparada por José

García Mercadal. —1976 (1921 I a ) , Belarmino y Apolonio, Madr id, Cátedra. Edición preparada

p o r Andrés Amorós.

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Elementos de modernidad en la novela de Ramón … · como a la creencia en la incapacidad de los...

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