El Silencio de Buda Panikkar

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    El rbol del Paraso

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    P o d e m o s l i b e r a r n o s d e 1

    y de su D io s?

    h i s t o r i a

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    Raimon Panikkar

    El silencio del Buddha

    Una introduccin

    al atesmo religioso

    Ptrrfji. ttr j t z f

    ntfzae n :

    iwptfH-

    -'N:i'1 .

    E d i c i o n e s S i r u e l a

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    1. a e d i c i n : o c t u b r e d e 1996

    2. a e d i c i n : f e b r e r o d e 1997

    3. edicin: mayo de 1997

    A clasificacin1B:Moteca

    9 4 . 3f T f r b 1

    Proveedor[d -f b if c.i 'o "

    clasi

    T o d o s l o s d e r e c h o s r e s e r v a d o s . N i n g u n a p a r t e d e e s t a p u b l i c a c i np u e d e s e r r e p r o d u c i d a , a l m a c e n a d a o t r a n s m i t i d a e n m a n e r a a l gu n a

    n i p o r n i n g n m e d i o , y a s e a e l c t r i c o , q u m i c o , m e c n i c o , p t i c o ,

    d e g r a b a c i n o d e f o t o c o p i a , s i n p e r m i s o p r e v i o d e l e d i t o r .

    E n cu b ie r t a : C ab eza d e B u d d h a ( s ig lo x i i -x m)

    C o l e c c i n d i r i g i d a p o r V i c t o r i a C i r l o t ,

    A m a d o r V e g a y J a c o b o S i r u e l a

    D is e o g r f i co : G. G a u g er & J. S i ru e la

    Raimon Pan ikkar , 1996

    Ediciones Siruela, S . A., 1996Plaza de Manuel Becerra , 15 . El Pabel ln

    28028 Madrid. Tels.: 3*55 57 20 / 355 22 02

    Telefax: 355 22 ui

    P r i n t e d a n d m a d e i n S p a i n

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    n d i c e

    Pr logo a la presente ed ic in 15

    Nota sobre e l l enguaje 24

    Prlogo a la pr imera ed ic in espaola 27

    Abreviaturas 31

    El s i l enc io de l Buddha

    I n t r o d u c c i n 3 5

    A u t o s 35

    B ios 40

    Grafa 46

    I. EL PROBLEMA 51U n e q u v o c o d e l e s a h u m a n i d a d 53

    Las diversas opiniones 57C i n i s m o 58

    N ih i l is m o 58

    A g n o s t i c i s m o 59

    P r a g m a t i s m o 60

    P r o b l e m a t i c i s m o 61

    D i a l c t i c a 63

    A p o f a t i s m o 64

    La re l ig ios idad buddhista 69L as c u a t ro n o b l e s v e rd a d e s 70

    E l m e n s a j e d e l B u d d h a 73

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    II. L O S T E X T O S 79

    N a i r tm y a v d a 85

    N o se e n c u e n t r a n in g n s u je to p e r m a n e n te 89El a m a n e s i n i d e n t i f i c a b l e 90

    E l t m a n n o e s m s q u e u n s i m p l e n o m b r e 91

    H a y c o n t i n u i d a d e n e l c a m b i o

    p o rq u e n o h ay t m a n 94

    La t ra n s m i g r a c i n n o t i e n e s u j e t o 95

    N i r v a n a 97

    N i r v a n a es lo qu e e s , a d i fe re n c ia de lod e m s 103

    N ir v a n a es la e x t in c i n d e l of e n o m n i c o 103

    E l n i r v a n a e s i n c r e a d o 104

    E l n i r v a n a es el fi n 104

    Hay dos c la ses de n i r v a n a 105

    E l n i r v a n a e s t a l l e n d e t o d a d i a l c t i c a 106

    H a y c u a t ro c l a se s d e n i r v a n a 110

    E l n i r v a n a n o t i e n e n i s u j e t o n i o b j e t o 115

    P r a ti ty a s a m u t p d a 119

    F o r m u l a c i n g e n e r a l 127

    Es u n a le y p r i m o r d i a l 127

    T o d o e s t m u t u a m e n t e c o n d i c i o n a d o 128

    L a i n d a g a c i n e s c o l s t i c a 132

    L o s d o c e v n c u l o s 132

    Lo im p o s ib l e e s la e s t a t i c id a d 133

    A v y k r t a v a s t n i 1 3 5

    S lo u n a c o sa e s n e c e sa r i a 150

    L a v e r d a d e r a l i b e r t a d e s i n e f a b l e 151

    N o h ay re sp u e s ta a d e c u a d a 155

    E l t p i c o s o s i e g o b u d d h i s t a 156

    III. L A H E R M E N U T I C A 159

    L a m u t a c i n d e la c o n c i e n c i a e n e l s ig lo

    d e l B u d d h a y e n e l n u e s t r o 1 6 1

    Las t re s re a s d e la c o n c i e n c i a h u m a n a 161

    8

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    E l M u n d o 162

    L a D i v i n i d a d 162

    El H o m b r e 163

    L a c r i s i s d e l a c o n c i e n c i a h u m a n a 164

    I s r a e l 166

    I r n 167

    C h i n a 168

    G r e c i a 169

    I n d i a 170

    L a i n n o v a c i n d e l B u d d h a 172

    E l a t e s m o r e l i g i o s o 176

    E l a p o f a t i s m o o n t o l g i c o 187L a p o s t u r a d e l B u d d h a 187

    L a p r o b le m t ic a a c tu a l 193

    L a c o n v e r g e n c i a e n t r e D i o s y e l S e r :

    l a d i v i n i z a c i n d e l S e r 194

    A n t r o p o m o r f i s m o 195

    O n t o m o r f i s m o 199P e r s o n a l i s m o 206

    L a d i v e r g e n c i a e n t r e D i o s y e l S e r :

    l a d e s o n t o l o g i z a c i n d e D i o s 210

    L a n e g a c i n d e l S e r ( A t e s m o ) 213

    L a f i l o s o f a d e l o s v a l o r e s 213

    L a m u e r t e d e D i o s 214

    E l a r g u m e n t o t e o l g i c o 220

    L a n e g a c i n d e l N o - S e r ( A p o f a t i s m o ) 224E l a r g u m e n t o a p o f t i c o 225

    E l D i o s A m o r 227

    E l D i o s A u s e n t e 228

    E l D i o s T r a n s p a r e n c i a 229

    E l D i o s P e r d n 230

    L a e x i s t e n c i a c o m o d e u d a 232

    L a r e l a t i v i d a d r a d i c a l 234

    D i o s c o m o r e l a c i n g e n i t i v a c o n s t i t u t i v a

    d e l a r e a l i d a d 234

    L a p u r a r e l a c i o n a l i d a d 235

    9

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    L a c o n t i n g e n c i a 239

    L a r a d i c a l i d a d d i v i n a 242

    P c r i c h r s i s t r i n i t a r i a 244

    E p x t a s i s 245

    Dios y los se r e s 249

    I n c o m p a t i b i l i d a d e n t r e a m b o s 249

    R e l a t i v i d a d d e l a s r e s p u e s t a s 251

    L a i r r e d u c t i b i l i d a d n o - d u a l i s t a 251

    La p r o b l e m t i c a c o n t e m p o r n e a 252

    E l s i l e n c i o d e l B u d d h a 255

    A v e n t u r a r e l s i l e n c i o 255

    E l a c a l l a m i e n t o d e l a p r e g u n t a 255

    L a v a m e d i a 260

    E l s i l e n c i o m e d i t a t i v o 263

    L a s c u a t r o n o b l e s v e r d a d e s 265

    T e x t o 266

    C o r o l a r i o s 267

    L a p r e g u n t a p o r l a f e l i c i d a d 267L a a l e g r a p r i m o r d i a l 270

    L a a s p i r a c i n a l a f e l i c i d a d 271

    L a p r d i d a d e l a c o n t i n g e n c i a 273

    E l a s p e c t o c o m u n i t a r i o 275

    El s i l enc io de l D ios 278

    P r o l e g o m e n a 278

    E l s i l e n c i o o r i g i n a r i o 279

    E l r u i d o d e l m u n d o 280E l s i l e n c i o h u m a n o 282

    E l s i l e n c i o d i v i n o e n e l h o m b r e 283

    E l s i l e n c i o d i v i n o e n D i o s 286

    L a l i b e r a c i n 289

    N o ta s 295

    B i b l i o g r a f a 369

    I n d i c e e s c r i t u r s t i c o 409 n d i c e o n o m s t i c o 413

    I n d i c e d e m a t e r i a s 421

    10

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    El silencio del Buddha

    Una introduccin

    al atesmo religioso

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    A los que no saben leer ni escribir*

    La mayor necesidad que tenemos es de callar a este gran Dios con elapetito y con la lengua, cuyo lenguaje, que l oye slo, es el callado de

    amor.

    San Juan de la Cru z

    Carta del 22 de noviembre de 1587

    a A na de Jess, religiosa en el Co nv ento de Beas

    C f . M t XI, 25; Le X, 21.

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    I

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    Prlogo a la presente ed ic in

    amo tassa bhagavato

    ar aha t o s am m s am buddhas s a '

    Este estudio representa prcticamente un nuevo l ibro con respecto

    a la pr imera edicin. Se han introducido un buen nmero de modif i

    caciones adems de las que ya figuraban tanto en la edicin italiana

    (1985), como en la inglesa (1989) y en la alemana (1992). La revisin y

    reo rde na cin de las notas, la elabora cin de los ndices, as com o el tra

    bajo ingen te de la m ecanografa , han co rrid o a cargo de N . Shnt y

    del estimado y ya desaparecido tradu ctor Luc ino M artnez, A. N icolau,

    J. M .a Garca y J. C aralt. A todos deseo expresar aqu m i agrad eci

    m iento. O tras mo dificaciones se deb ieron a J. Pige m y, especialmente,

    a U. M. Vesci, con quien trabaj la edicin italiana que le fue mereci

    damente dedicada. Agradezco igualmente al director y a los colabora

    dores de Siruela su ejemplar esmero en la difcil composicin de este

    libro.

    La presente obra, qu e a prim era vista pued e parece rsui generis, per te

    nece en realidad a la categora de las llamadas teologas de la liberacin,

    aunque en un sentido ms amplio, ya que pretende mostrar ciertas vas de

    acercam iento a procesos liberadores, tanto en el mbito- hu m an o com o

    teolgico. Su intencin es la de ofrecer un horizonte ms ancho capaz de

    prom over una com prensin ms profunda tanto de la teolo ga de la lib e

    racin como de la liberacin de la teologa (y de la filosofa) y una ma

    yor aplicacin de sus planteamientos. Al fin y al cabo, la liberacin fue la

    preocupaci n central de G autam a, el Buddha.

    Han pasado ya tres dcadas desde que fue concebida la obra original

    que ahora ofrecemos en su segunda edicin. Por aquella poca, dicha

    obra marc una pauta existencial en mi vida. Desde entonces, no me he

    retractado de mi buddhismo, como tampoco he renegado de mis opcio

    nes y compromisos anteriores. Creo, ms bien, haberlos purificado y am

    15

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    pliado. Sigo sie ndo cris tiano e hind, aunque m e doy cuenta de que aqu

    no acaba mi peregrinacin.

    Silvano Panunzio encabeza su perspicaz resea de la edicin italianacon la frase: il silenzio di Panikkar... e la risposta di Dio. Teme que ha

    ya ido demasiado lejos -al menos desde un punto de vista cristiano-, a lo

    cual respondo que yo jams me hubiera atrevido a dar la respuesta de

    Dios. Eso s que es ir demasiado lejos, desde cualquier punto de vista.

    Yo slo me he limitado a poner en relacin el mensaje del Buddha con

    la situacin del hom bre m ode rno, sin renunciar po r ello a Cristo ni apar

    tarm e de las dems tradiciones. Por qu levantar murallas y m an ten er ce

    losamente las separaciones? El hecho de ensalzar una tradicin humana y

    religiosa no significa menospreciar a las dems. La sntesis entre todas ellas

    parece im probable y tal vez ni siquie ra sea posible , pero ello no quie re de

    cir que la nica alternativa radique o en el exclusivismo o en el eclecti

    cismo. No todo tiene por qu ser compatible ni siquiera comparable y, al

    decir esto, no pretendo abogar en favor de la esquizofrenia o de la irra

    cionalidad.

    El radio, por ejemplo, no es conmensurable con la circunferencia, pero ambos son reales y estn mutuamente relacionados. Toda circunferen

    cia tiene un radio, aunque no puede ser medida por l. La circunferencia

    transciende al radio. Antes de ser llamados irracionales, los nmeros (co

    mo ir) se llamaban numeri surdi (sordos) o incluso ficti (ficticios, es decir,

    no verdaderos nmeros). Anlogamente, no podemos medir la circunfe

    rencia de Dios con el radio del buddhismo.

    Ahora bien, no es mi intencin hacer en el campo religioso lo que

    Cantor, Dedekind y tantos otros han hecho en el campo matemtico. Es

    decir, que no estoy defendiendo una mathesis universals (o, lo que sera

    peor, una pura ir racionalidad). Slo p retendo dar cabida a la inconm en

    surabilidad, ya que no veo la necesidad de medirlo todo. El Dhammapa-

    da [Dh XXIII, 4 (323)] se refiere al nirvana como a la regin inalcanzable

    (agata disa), no hallada. El radio nunca podr alcanzar la circunferencia!

    Lo creado y lo increado son inconmensurables.

    Desde que se public la primera edicin de esta obra, mucho se ha escrito sobre el tema que en ella se estudia. Yo mismo he dado nuevos cur

    sos y seminarios al respecto. No obstante, no he intentado incorporar los

    nuevos datos y pensamientos a esta segunda edicin. Cada libro, en efec

    to, posee una cierta unidad y de haber aadido nuevos materiales a esta

    16

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    obra no hubiera hecho ms que destruir su propia armona. Lo que cuen

    ta en un estudio de este tipo es ms la intuicin originaria que la infor

    macin ulterior. De ah que haya querido evitar esa deformacin cientfica que consiste en reducir el valor de un estudio filosfico a su

    consonancia con las ltimas publicaciones. Con esto no pretendo defen

    der verdades ateinporales, pero s que me atrevo a afirmar que seis lustros

    de puesta a prueba me parecen ser un buen criterio para valorar una obra

    como la que aqu nos ocupa.

    Despus de haber resistido la tentacin de escribir ms, no quisiera

    caer en la de decir menos. Las nuevas pginas introducidas son aclaracio

    nes o modificaciones del primer libro. Por lo tanto, encomiendo ahora lo

    que he escrito (Jn X I X , 22] al lector, con fiando en un discern imien to cre

    ativo (intus-legere) que le perm ita, po r un valeroso camino ro arriba [D h

    X V I , 10 (218)], alcanzar la Fuente.

    Tavertet, 6 de enero de 1995

    Fiesta de la iconofana del Misterio anicnico

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    Despus de revisar de nuevo el m anuscrito y hab erm e avergonzado de

    los errores tanto de la edicin italiana como de la inglesa y alemana, aca

    so por haberme preocupado ms por el fondo (inefable) que por la for

    ma (visible), he estado de nuevo tentado de dejarlo todo en el silencio

    aquel noble si lencio m ostrado po r el B uddha y enseado por los sabios

    de casi todas las civilizaciones, desde la egipcia, la china y las africanas, sin

    excluir la cristiana y la atea.

    Si no he cedido a la tentacin de caer en el silencio ha sido posible

    mente por haber intuido la relacin advaita entre el silencio y la palabra.

    La relacin es no-dualista sin subordinacionismo del espritu al logos, ni

    del logos al espritu. De lo que no se puede hablar es posiblemente lo

    nico que proporciona la alegra serena de intentar balbucir para no caer

    en la vanidad de la logomaquia, la gran epidemia de nuestro tiempo.

    O dicho de una manera ms acadmica y prosaica, este escrito pre

    tend e ser un servicio tan to a los estudios buddhistas, sobre tod o en la cul

    tura de habla hispnica, como a nuestros contemporneos que sienten la

    necesidad visceral de superar la modernidad sin por eso tener que regre

    sar a tiempos pasados.

    N i que decir tiene que en la relectura del texto ha habido como una

    nueva gestacin de l. El autor ha vuelto a vivir la terrible y liberadora

    experiencia de la contingencia. Me refiero no tanto a la contingencia del

    ser cuanto a la del pensar, querer y hablar. No todo lo que cae bajo nues

    tra conciencia es pensable. Nos damos cuenta de un aspecto de la reali

    dad que no podemos pensar, de algo que se presenta a nuestro espritu,

    pero que escapa a nuestra m ente. N os percata m os de que nuestra vo lun

    tad no es libre de ser libre, y que hablamos ms de lo que meramente

    pensamos y querem os. Dio s no puede ser objeto ni de pensam ie nto ni de

    voluntad sin dejar de ser aquello mismo que pretende ser...

    A dond e quiero ir a parar? se me pregu ntar, y m uy leg tim am ente,

    por aquellos que no han experim entado el fin de la metafsica, el fin

    de la historia o el callejn sin salida de la civilizacin tecno-cientfica

    contempornea, puesto que no se trata de una crisis ms.

    En pr im er lugar no quiero ir a ninguna parte. Esto representara no ha

    ber salido de la lt im a fase, la voluntarista, que despus de Nietzsche con

    figura prcticamente la cultura post platnico-aristotlica-kantiana, esto

    es, occidental. No es por ninguna voluntad de superacin por la que po

    18

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    dremos superar la situacin actual. Nos hace falta una actitud ms feme

    nina, y desde una perspectiva cristiana, aadira, ms mariana. [HA fa t no

    es un acto de la vo lun tad s ino la acep taci n de la gracia en este caso po rla KexapiTW/jLevri (Le I, 28)J. La esperanza no es un acto de la voluntad,

    ni tampoco de la mente. No sera esperanza, sino simple espera, ms o

    menos resignada, o mera expectacin, ms o menos plausible. La espe

    ranza del nirvana no es el deseo del mism o com o tam poc o el no-d eseo,

    que pe rten ec e a n a la vo lun taried ad . La esperanza, he dic ho y rep eti

    remos an, no es de futuro, sino de lo invisible. Ella es la misma aspira

    cin del Ser no ahogada por los deseos del ente.

    E n segun do lugar, no se trata de ir a nin gu na parte que en este caso

    sera unafuga mund i, un escapismo de la condicin humana y una enaje

    nacin del hombre; del hombre digo y no del animal rationale, o de cual

    quier otra de sus posibles definiciones.

    El smil de la mutacin, que he utilizado a menudo, es inexacto y po

    dra inducir incluso a error si se lo interpreta evolutivamente como la

    aparicin de otra especie. El salto es mucho mayor.

    La mayora de las tradiciones religiosas de la humanidad han queridollevar al hombre a dar este salto: un salto fuera de la historia. Pero han

    cado muy a menudo en la tentacin de quererlo describir, y queriendo

    trascende r la historia h an cado en la geografa au nq ue se la llame del

    ms all.

    M uy significativamente si la vida del hom bre es ms qu e historia, tam

    bi n es ms que geografa aunque sea una geogra fa celeste.

    El salto transciende el espacio y el tiempo. Por esto no es ni siquiera

    salto.N o se trata pues de ir a n inguna parte . E videntem ente no es cuestin

    de p arte alguna, jug an do con las palabras. N o es cuestin de parcialida

    des -sea de salvar slo el alma, el individuo, la sociedad o la materia-. Es

    cuestin del todo. M ek ra ro i r v [(pre)ocpate del Todo], dijo uno de

    los siete sabios de Grecia (Periandro de Corinto).

    En tercer lugar, no se trata de ir, de caminar, de llegar a una meta, de

    conseguir un fin. Como Cervantes sugiere [recordaba Ortega y Gassetel 14 de enero de 1922], es ms sabroso el cam ino qu e la posada. N i te

    leologa ni escatologa.

    El nirvana no est en ningn sitio, ni en ningn final; no tiene ni geo

    grafa ni historia.

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    N o creo que podam os negar que el hom bre es his to ria -q u e hace his

    toria y qu e vive en la historia. Pero tam po co creo qu e po dam os afirmar

    que el hombre es solamente historia y que no haya en l un algo que latransciende y por tanto que es, fuera del tiempo y del espacio.

    Si la meta se vislumbra catastrfica, porque vivimos en una civiliza

    cin sin futuro (ni la raza humana ni el planeta soportan nuestro tren de

    vida), se comprende que el hombre occidentalizado que vive inmerso en

    el mito de la historia se sienta atrado por aquellas culturas que no viven

    para el futu ro.

    La atraccin que los occidentales sienten por el buddhismo puede te

    ner muchas causas inmediatas y concretas, desde pelculas hasta el exiliodel pu eblo tibetano y el apog eo e con m ico del Jap n . Pero su ltima ra

    zn me parece ser debida a este sentido difuso y amorfo que la civiliza

    cin occidental tiene de haber llegado al fin de su periplo, y que est

    co ns um ien do tod os sus recurso s en tod os los sentidos de la palabra.

    N o m e re fiero s lo a H eid egger, la conciencia ecol gica o el new age,

    para m enc ionar ejemplo s heterogneos. M e re fiero igualm ente al ecu-

    menismo, al capitalismo y a la tecnocracia. En todo ello hay como la

    conciencia de que se est tocando un lmite, que se est llegando a unfin, qu e no s estamos acercando a un m uro, n o po r invisible y elusivo m e

    nos real.

    Este estudio no afirma que el buddhismo sea la salvacin. Quien lo

    vea como una apologa del buddhismo slo traicionar su deseo por l o

    sus prejuic ios y e n am bos casos el libro pued e ser til, Pero su fond o

    no es ste. Este libro no es sobre el buddhismo sino sobre la conciencia

    profunda del hom bre contem porneo que no puedo deja r de llam ar

    conciencia religiosa, por utilizar un simple vocablo.Sin insistir sobre la palabra religin este estudio presenta un aspecto de

    nuestra situacin con tem porne a, en la que los Dioses, los H om bres y la

    Materia estamos coimplicados en una circumincesn interdependiente.

    La Tierra nos ha m ostrad o sus lmites; los Dioses nos han revelado sus im

    perfeccio nes y los H om bres se han desengaado de que podran ser los

    salvadores de la humanidad. Tanto las ciencias, las religiones como las po

    lticas han perdido su poder salvfico.

    La tentacin de echarlo todo a rodar, y caer en un nihilismo, fuerte o

    suave, es muy patente. Pero aquella esperanza contra toda esperanza sigue

    viva en la realidad. Quien ama lo siente; quien cree lo experiencia;

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    quien desespera lo prueb a. Pero la hum anidad presiente tam bin que hay

    otra clase de esperanza.

    En este libro no he intentado teorizar sobre el buddhismo en general

    aparte del prob lem a de Dios que nos 'concierne. U na sola hiptesis qui

    siera avanzar del orden de una cosmovisin comparada: una similaridad

    profunda entre el cris tianismo y el buddhism o. Ambos, pero espec ial

    mente el buddhismo, superan el paradigma inmanencia-transcendencia.

    U n cierto cristianismo in ten t hacerlo liberndo se de la tutela juda ica y

    helnica, pero nunca consigui ser un aspecto dominante de la religin

    cristiana. De ah que la mutua fecundacin que este libro auspicia en

    cuentre a este nivel un terreno propicio.

    La gran revolucin metafsica de la naciente intuicin cristiana, en su

    esfuerzo por independizarse tanto de la visin del mundo hebreo como

    griego, fue tambin la de apuntar hacia una transcendencia convirtin

    dola en el otro polo de la inmanencia; esto es la Trinidad. Es una buena

    parte de la corrie nte mstica cristiana desde C apadocia a R enania y ms

    all. Pero la corriente predominante fue la histrica y el cristianismo nopudo prescin dir de apoyarse en una cosmologa . La in tu ic in tr in ita ria se

    atrofi o se convirti en una concepcin psicolgica por eminencia. In

    cluso la palabra catlico se interpret geogrficamente. La Encarnacin

    subray casi exclusivamente la inmanencia divina y la Parousa cerraba el

    crculo. La intu icin profu nd a del B ud dh a habla otro lenguaje que aca

    so encuentre resonancias en los arquetipos adormecidos del alma occi

    dental.

    Podra salpicar de nombres ilustres y conocidos esta introduccin, no

    para explicar sus ideas sobre Buddha, Cristo o las dos re ligiones corres

    pondie nte s, sino para describ ir las creencias y dudas- personales de los

    tales personajes. No voy a traicionar confidencias, pero s quiero sola

    mente afirmar que el problema de Dios, la cuestin del Absoluto, de la

    N ada o sim ple m ente del sentido de la vida es una preocupaci n univ er

    sal y adems personal e ntima. El prob lema de Dios no es, pues, u n p ro

    blema teortic o sino personal, escrib i Z ub iri [1985, pg. 116]. Hay unnivel personal que transciende, o mejor dicho, que es previo o simple

    mente ms hondo que el de las ideas e, incluso, filiaciones religiosas ms

    o menos oficiales. Las libreas del homo religiosus no son todas religiosas,

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    y aun debajo de las vestimentas hay una piel humana que en su misma

    desnudez siente el enigma de la vida, el fro de la muerte, la nostalgia de

    lo no dicho, el arrepentimiento de lo no hecho, la incertidumbre simple m ente delante de lo desconocid o y, no obstante , acuciante . Hay un

    pudor ms cultural que in nato de hablar de esta ultim id ad en la que to

    dos somos igualmente ignaros. Las opiniones unen y desunen a los hom

    bres, pero la com unin de la ig norancia no tiene fisuras. P uedo afirm ar

    que estas confidencias han nutrido pginas de este libro aunque el meta

    bolism o filos fico las haya convertido en filosofemas acadmicos.

    Dos ltimos obstculos he tenido an que superar. Cuando la situa

    cin mundial es la que es, cuando la urgencia de los remedios a tomar no

    perm ite dem ora, cuando la praxis se hace im prescindib le , no ser un lu

    jo ir responsa ble entr ete nerse en elu cubracio nes de m era teora?

    La respuesta terica a la objecin consiste en negar la dicotoma y en

    mostrar que sin una teora subyacente la praxis sola no se sostiene. La res

    puesta prctica estr iba en confesa r que este libro es fruto l m ism o de una

    prax is. Y m i reacci n personal ha sido siem pre aquella de viv ir lo escrito y escribir lo vivido sin mayores pre tens iones.

    El segundo obstculo surge precisamente de la contestacin que aca

    bo de dar. C uando tanto se ha escrito y aun viv ido sobre el particula r (y

    tan poco se lee y se practica para acabarlo de empeorar), vale la pena ta

    mao esfuerzo para volver sobre un tema sobre el que los intelectuales ya

    han pensado, los hombres de accin ya han probado, y por el que el res

    to de los mortales no se interesa?

    Justificarme ingenuamente diciendo que hago o digo algo nuevo noconvence. Si es algo nuevo lo que hago o digo posiblemente maana ya

    no lo ser. La novedad, adems, no es criterio ni de verdad ni de eficacia

    antes ms bie n al con tr ario. Pensar que la hum anid ad ha te nid o que es

    perar hasta que yo haga o diga algo nuevo es algo que raya en lo ridculo .

    Si me limito slo a regurgitar lo aejo o a imitar a otros, an vale en

    tonc es m enos la pen a a no- ser que se trate de u na simple obra de d ivul

    gacin o que me apunte a un partido, lo que es perfectamente legtimo.

    La tentacin del silencio es an mayor cuando se descubre que un nmero creciente de autores empieza a tratar muy seriamente el tema, y que

    prolife ran ta m bi n grupos de accin. Leyendo a m uchos escri to res y co

    nociendo muchos movimientos uno se da cuenta de que lo que est en

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    tela de juicio no es un a u otra op inin sobre Dios, Bud dha, o sobre algo

    parecido, sino que se trata del destino m ism o de la hum anidad y que el

    problem a tie ne races que se rem ontan a m ilenio s atrs, all po r los in i

    cios mismos de la historia. Quin puede estar entonces cierto de que su

    diagnstico est suficientem ente fundam entado?

    Es precisamente esta agnosia y esta skepsis la que ha eliminado mi in

    decisin y ha ayudado a disipar, por lo menos parcialmente, mi duda. Es

    precisam ente porque se ventila algo que pertenece al m ism o destino h u

    mano, que todo aquel que siente que debe hacer o decir algo debe in

    tentarlo, siempre, claro est, que haya sufrido el problema en su carne,lo haya po nd era do en su m en te y vivido en su corazn. N o se sabe, en

    tonces, si se dice o hace algo nuevo o viejo. Se sabe slo que la escritura

    ha conseguido ser una expresin gen uina de lo q ue u no es y po r tanto ya

    no hay que justificar nuestros escritos, como no tenemos que justificar

    nuestro ser. De todo esto habla este libro.

    Mucho ha llovido (intelectualmente), muchos aluviones han ocurri

    do (existencialmente), m uchas inund aciones ha n ten ido lugar (sociolgicamente), muchas flores han crecido (personalmente), en el dilogo

    buddhis ta -cristia no desde la prim era edicin de este libro.

    Esta obra no ha afrontado directamente este tema, aunque haya habi

    do un dilogo latente e implcito debido a que planteamos la problem

    tica en este siglo y lugar y d ebe m os p o r tan to ser conscientes de las ex i

    gencias de la sociologa del conocimiento.

    Una observacin, sin embargo, nos parece importante: el lugar del

    dilogo. Este lugar no es la arena doctrinal como tampoco la tica o lacosmolgica. El lugar, aunque dependiente de las coordenadas mencio

    nadas, se sita en la ltima experiencia del hombre sobre la realidad. Ex

    periencia que ambas tradic io nes decla ran inefable ; pero que am bas ta m

    bin in undan de palabras. Es m uy le gt im o hacer habla r al silencio; pero

    tambin es conveniente, a veces, recorrer el camino inverso y retornar las

    palabras a su si lencio orig in ario .

    Quien no ha gustado del silencio no saborea la palabra.

    Tavertet

    Pascua del 1996