El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

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NO VIAGEM Extremadura O legado da História ÉPOCA ALTA Molho Francesinha Hot À moda do Porto! CHARCUTARIA Queijo curado de ovelha Chusco O sabor da tradição GARRAFEIRA Rum Zacapa XO Puro ou ‘on the rocks’ 23 outono 2015 N. 23 - outono 2015

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NO

VIAGEM

ExtremaduraO legado da História

ÉPOCA ALTA

Molho Francesinha Hot À moda do Porto!

CHARCUTARIA

Queijo curado de ovelha ChuscoO sabor da tradição

GARRAFEIRA

Rum Zacapa XO Puro ou ‘on the rocks’

23 outono2015

N. 2

3 -

out

ono

2015

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A gama completa de electrodomésticos encastráveis da MieleCombinação perfeita, materiais de elevada qualidade e coman-dos intuitivos, definem a nova geração de encastráveis da Miele. Seja qual for a sua selecção de aparelhos, ela estará

.ahnizoc aus ad etneibma o moc ainomrah latot me erpmesA isto chamamos Design for life.

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132176 195 195 DFL DA 2015 PT i dd 1 10 04 15 08 33

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esta rentrée delicie-se com as novidades e os produtos

verdadeiramente surpreendentes, disponíveis no seu

Club del Gourmet, que lhe apresentamos nesta edição.

Apesar de ainda faltar algum tempo para o Natal, não é

cedo demais para começar a pensar nos presentes que

vai oferecer a quem lhe é mais querido. Nas primeiras

páginas deixamos-lhe algumas ideias de cabazes de Natal personalizados,

bastante originais, e que são garantia de sucesso!

Desta vez, a nossa já habitual viagem convida a um passeio pela Comunidade

Autónoma da Extremadura. Seguem-se alguns produtos que merecem um

destaque especial, como o Molho Francesinha Hot, as Batatas Fritas com Sal

Marinho Yorkshire, as Bolachas Triple Chocolate Chunk Farmhouse e o Azeite

Virgem Extra Chousas Nostras.

A entrevista desta edição é com o chef António Nobre, que dá cartas na cozinha

dos M’Ar de Ar Hotels, em Évora, e nos apresenta receitas de fazer crescer

água na boca. O Queijo Curado de Ovelha com Leite Cru Chusco, o Bloc de

Foie Gras de Ganso Trufado Club del Gourmet e o Queijo Brie Royal Truff es

Fromi são os produtos que lhe apresentamos na nossa secção de Charcutaria.

Já na Garrafeira, fi que a conhecer os vinhos Quinta do Grifo Grande Reserva

Tinto 2009, Companhia das Lezírias ‘1836’ Grande Reserva Tinto 2012 e os

Vinhos Bairrada Aequinoctium. Destacamos, ainda, o Rum Zacapa e o Whisky

Rye Bulleit. Terminamos em grande com a crónica da enóloga da Quinta da

Alorna, Martta Reis Simões.

EDITORIAL

n

Novos sabores!

3

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4

ÍNDICE

PROPRIEDADE:

El Corte Inglés - Grandes Armazéns, S.A.

Avenida António Augusto de Aguiar, n.º 31

1050-012 Lisboa

NIPC/NIF: 501 810 285

Coordenador de Projeto: José Barbosa

Comercialização de Publicidade: in-Store Media

Telefone: 210 115 182

Editor:

MASEMBA, LDA.

Rua da Fraternidade Operária, nº 4

2794-024 Carnaxide

Tel.: +351 214 369 500 – Fax: +351 214 369 633

NIPC/NIF: 510 647 421

Direção Geral: Nuno Santiago

Direcção Financeira: Ana Ruivo

Direção Editorial: Rita Machado

Editora Executiva: Ana Cáceres Monteiro

Editora: Sandra Cáceres Monteiro

Assistente Editorial: Ana Paula Pires

Revisão: Adriana Silva

Diretor de Produção e Paginação: Ramiro Agapito

Assistente de Produção: Inês Pereira

Paginação: Paulo Franco, Pedro Martins

e Sofia Duarte

Tratamento de Imagem: Diogo Sargento,

Frederico Queirós e Pedro Figueiredo

Fotografia: Lemonnierfoto

Receitas: Giovanni de Biasio

Telefone: 214 349 157

Tipografia: Lisgráfica - Impressão e Artes

Gráficas, S.A.

Tiragem: 8.000

Periodicidade: Trimestral

Nº de Inscrição na ERC: 126442

Depósito Legal: 267918/07

46António Nobre

Com um estilo criativo, de inspiração mediterrânica mas com respeito pelos

sabores tradicionais portugueses, o chef António Nobre dá cartas na cozinha dos

M’Ar de Ar Hotels, em Évora.

14Extremadura

Entre o curso de dois grandes rios, o Tejo e o Guadiana, estende-se a Extremadura, uma Comunidade Autónoma que soube gerir magistralmente História, natureza

e gastronomia.

38Batatas fritas

YorkshireEstas batatas fritas usam, em exclusivo,

variedades de batata e mandioca cultivadas por agricultores locais.

42Azeite Virgem Extra

Chousas NostrasEste azeite nasceu da paixão de dois

jovens descendentes de famílias transmontanas que criaram o projeto

Gerações de Xisto.

NO

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ÍNDICE

78Vinhos Bairrada Aequinoctium

É na Carvalheira que se produzem estes vinhos de elevada qualidade

e distinção.

64Queijo curado de ovelha com leite

cru ChuscoConheça esta especialidade

da Cooperativa Cerrato.

68Bloc de foie gras de ganso trufado Club

del GourmetO foie gras é uma luxuosa iguaria francesa cuja origem remonta aos

antigos egípcios.

72Queijo Brie com

Trufas FromiOs verdadeiros apreciadores dizem que esta variedade é considerada a crème

de la crème dos queijos.

P. 6NOTÍCIAS

Conheça as novidades gastronómicas desta rentrée.

P. 8CABAZES DE NATAL

Nunca é cedo demais para começar a ter ideias para os seus presentes de Natal.

P. 34MOLHO FRANCESINHA HOT

O maior segredo da francesinha está no molho com que é regada.

P. 40BOLACHAS FARMHOUSE

A Farmhouse é uma conhecida marca britânica, cujas bolachas e biscoitos já

ganharam fama em todo o mundo.

P. 82QUINTA DO GRIFO GRANDE

RESERVA TINTO 2009 A Rozès tem uma história secular

ligada à região do Douro.

P. 86COMPANHIA DAS LEZÍRIAS ‘1836’ GRANDE RESERVA TINTO 2012

Este vinho pretende homenagear todos os que ao longo da história fi zeram da

Companhia das Lezírias uma referência.

P. 90RUM ZACAPA XO

Conheça este rum premium produzido na Guatemala.

P. 94WHISKY BULLEIT RYE

Um clássico é sempre um clássico. Por isso, exija sempre o melhor como é o

caso deste whisky.

P. 98CRÓNICA

A enóloga Martta Reis Simões, da Quinta da Alorna, sugere-lhe o prato

adequado a cada vinho.

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ATUALIDADE

6

NOTÍCIASCONHEÇA AS MARAVILHOSAS NOVIDADES GASTRONÓMICAS DESTA RENTRÉE

QUE PODE ENCONTRAR NO CLUB DEL GOURMET.

Espumante Blanc de Noirs 2011 é

uma verdadeira pérola da Região

Demarcada do Dão, uma das mais antigas

regiões vitivinícolas de Portugal.

As características dos seus

vinhos são fortemente mar-

cadas pelo terreno granítico

e pelo facto de as vinhas se

encontrarem inseridas em

fl orestas de pinheiros e eu-

caliptos. De cor ligeiramen-

te salmonada, aromático,

com notas minerais, frutos

secos e citrinos, este é

um espumante de boa

acidez, bolha fi na e de-

licada e cremosidade no

fi nal longo. Ideal para ser

servido num momento

especial!

o

AÇORDA RÁPIDA E CHUTNEYS COMPOTAS & CHUTNEYS

QUE DELÍCIA!

Compotas & Chutneys é uma empresa de origem portuguesa, sediada em

Estremoz, que produz compotas e chutneys que impressionam pela sua extre-

ma qualidade e paladar únicos. Estas preciosidades são produzidas por Maria João Cortes,

de forma totalmente artesanal, sem qualquer adição de corantes ou conservantes, com

matéria-prima de elevada qualidade adquirida nos produtores locais. A açorda rápida de

coentros ou poejos e os chutneys de cogumelos, de cenoura com noz, verde ou de to-

mate seco são apenas alguns dos exemplos destas verdadeiras relíquias gourmet 100%

naturais, vegetais e artesanais.

a

ESPUMANTE BLANC DE NOIRS 2011

RIBEIRO SANTO PÉROLA DO DÃO

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ATUALIDADE

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KOPKE VINHAS VELHAS DOURO TINTO 2010

QUALIDADE E PRESTÍGIO

stabelecida em 1638 pela família alemã Kopke,

a Casa Kopke é a mais antiga marca no sector de

vinhos do Porto. Tendo tido ao leme diversos representantes

da família Kopke, ao longo de quatro séculos, a qualidade e a

fama dos seus vinhos foram ganhando cada vez maior repu-

tação. Em 2006, a C.N. Kopke é adquirida pelo grupo Soge-

vinus, mantendo a marca de vinho do Porto Kopke enquanto

símbolo de qualidade e prestígio no sector, comprovados por

inúmeros prémios detidos pela marca em variados concursos

internacionais. O Kopke Vinhas Velhas Tinto 2010 é um dos

vinhos surpreendentes que ali se produzem.

AZEITE VIRGEM EXTRA DOMNA IN S

DO ALENTEJO PARA A SUA MESA

nspirado na tradição e na sabedoria de quem conhece a

sua terra e dela retira o melhor, o Azeite Virgem Extra

Domna Inês é um azeite de excelência, com carácter

intenso e frutado, proveniente de uma cuidadosa seleção de

azeitonas frescas e verdes, que lhe conferem um toque picante

e aveludado, surpreendentemente agradável, ideal para degusta-

ção, entradas e temperos. Deixe-se envolver pelos seus encan-

tos inebriantes!

e

PAT + SURPREENDA-SE!

Patê + está no mercado desde

novembro de 2013 com patês

deliciosos, quer de origem animal quer

de origem vegetal. Assente no concei-

to de dieta mediterrânica, a partir de

matérias-primas nacionais, este projeto

do Alto Alentejo, mais precisamente de

Vaiamonte no concelho de Monforte,

disponibiliza no mercado, além deste

delicioso patê de pato aromatizado a

lima, mais seis variedades de patê que

são um sucesso: porco preto duas pi-

mentas, amêndoa torrada, castanha,

dois espargos, três cogumelos e alca-

chofra. De forma a garantir a máxima

satisfação dos seus consumidores, esta

marca tem desenvolvido parcerias com

produtores portugueses em diferentes

sectores tais como agrícola, pecuária e

pescas, onde encontra os produtos de

melhor qualidade. Um produto gourmet

que não desilude!

a

i

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SHOPPING

Club del Gourmet dá-lhe a oportunidade

de oferecer um presente personalizado

que vá ao encontro dos gostos de cada

familiar ou amigo. Escolha os seus pro-

dutos preferidos, a forma original como

os vai apresentar e terá um resultado que poderá apreciar de

imediato.

Pode fazer diferentes combinações com as sugestões que lhe

deixamos…

o

CABAZES DE NATAL

Um presente

personalizado

Cesto de piquenique

médio

Cesto de

piquenique grande

Bandeja pequenaBandeja pe

Bandeja de vime

com tela

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CABAZES DE NATAL

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CABAZES DE NATAL

Caixa para garrafas

Estojo para garrafas

Caixa redonda pequena

Caixa oval média

Caixa de cocktail

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SHOPPING

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CABAZES DE NATAL

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AS NOSSAS SUGESTÕES PARA PRESENTES DE NATAL

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MUNDO GASTRONÓMICO

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MUNDOGASTRONÓMICOEXTREMADURA

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EXTREMADURA

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MUNDO GASTRONÓMICO

ainda que possa parecer estra-

nho aos que não conhecem

a história da Extremadura,

o seu passado foi de um es-

plendor tal que, no tempo dos

romanos era considerada uma das províncias mais

importantes do Império. O seu nome, Lusitânia,

compreendia parte da atual Comunidade Autóno-

ma e de Portugal. O centro de operações, Eme-

rita Augusta (atualmente Mérida), foi fundado no

ano 25 a.C. e foi considerada uma das dez cidades

mais importantes de todo o Mediterrâneo. Mérida,

atual capital da Comunidade Autónoma, conserva

um dos conjuntos arqueológicos desta época mais

importantes e extensos de Espanha. Na verdade,

em 1993 entrou na lista do seleto grupo das cidades

Património da Humanidade da UNESCO.

Entre o curso de dois grandes rios, o Tejo e o Guadiana, estende-se a Extremadura, uma Comunidade Autónoma que soube gerir magistralmente História, natureza e gastronomia para vislumbrar um futuro promissor. Uma região que esconde as melhores tradições de Espanha.

O legado da História

EXTREMADURA

Texto: Pau SalvàAs suas famosas antiguidades estão localizadas, na

grande maioria, no centro histórico: o teatro, o an-

fi teatro, o circo romano, o Aqueduto dos Milagres,

o Templo de Diana, o Pórtico do Foro, o Arco de

Trajano ou a Casa de Mitreo. Toda uma viagem à

época do Império Romano dentro das suas mura-

lhas. Mais além do muro defensivo da cidade, tam-

bém se encontra outros vestígios do passado: as re-

presas de Cornalvo e Prosepina, o aqueduto de São

Lázaro, a ponte sobre o rio Guadiana ou as termas

de Alenge, situadas a 18 quilómetros de Mérida.

O CAMINHO DA PROSPERIDADE

Outro dos sinais da identidade romana fi cou gra-

vado na Via da Prata, uma calçada que liga Mérida

a Astorga, ao longo de 470 km, e que continua a

estruturar a parte ocidental de Espanha. A sua im-

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EXTREMADURA

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LEÓN

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Ru�nas do teatro romano de Mérida. Na p�gina de abertura, vista de Trujillo.

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MUNDO GASTRONÓMICO

portância foi crucial ao longo da História, princi-

palmente para o desenvolvimento socioeconómi-

co das comunidades da Extremadura e de Castela

e Leão. Neste caminho milenar destacam-se duas

localidades: Plasencia e Hervás. A primeira foi ha-

bitada por romanos e árabes antes da sua funda-

ção, em 1186. A importância histórica de Plasencia

reside no facto de ser uma cidade que permitiu a

convivência entre árabes, cristãos e judeus, o que

promoveu o seu desenvolvimento. Inclusivamen-

te, D. Fernando, o Católico escolheu esta cidade

como residência. Para a descobrir, é preciso pas-

sear pelas suas ruas antigas e bonitas, até chegar à

Plaza Mayor, a Catedral Velha e a Nova. A partir

daqui pode-se continuar a percorrer a História

através do Convento Las Claras, a Casa Palácio

dos Monroy ou o próprio Hotel Nacional.

Mas se a natureza é outro passatempo, nada me-

lhor que desfrutar dos parques verdes de Plasencia

- Los Pinos, La Coronación, Los Caídos, La Isla, El

Cachón y San Antón -, além de fazer canoagem

ou caminhadas no seu variado património natural.

As ruínas romanas de Cáparra são outra das visi-

tas obrigatórias de Plasencia, a capital do Vale de

Jerte. Nelas encontra-se o monumento mais im-

portante e mais bem conservado da Via da Prata:

o Arco de Cáparra. E, claro, não é permitido dei-

xar a zona sem provar a maior delícia deste vale: as

cerejas, com denominação de origem, uma delícia

para paladares exigentes. A localidade de Hervás é

um conjunto Histórico-Artístico, com um bairro

judeu que deixou uma marca permanente. É um Em cima, vista de Hervas (Cáceres). Sobre estas linhas, ruínas romanas de Cáparra.

OUTRA DAS VISITAS OBRIGATÓRIAS: AS RUÍNAS

ROMANAS DE CÁPARRA

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Os campos da Extremadura são o habitat mais importante do porco ibérico.

dos mais bem conservados do país e conta com a

rua mais estreita de Espanha: a Travesía del Moral,

com apenas metro e meio de largura.

UM CULTO AO PALADAR

Em qualquer cidade ou vila da Comunidade podem

ser degustados os pratos típicos de uma gastrono-

mia que tem como bandeira o presunto ibérico. A

sua denominação de origem Dehesa de Extrema-

dura e os seus porcos alimentados a bolota enchem

a sua cozinha de sabores, texturas e fragrâncias

particulares. A sua cozinha é simples, mas delicio-

sa: guisados, migas, chanfainas, zorogollos, leitão,

cuchifrito... Ou as sobremesas: técula mécula,

arrope, perrunillas, bollos de chicharrones, horna-

zos, sapillos, repápalos de leche... E não podemos

esquecer o mel de Villuercas-Ibores, também com

Denominação de Origem.

Para os amantes de queijo, a Extremadura é um

altar: Torta del Casar, queijos de La Serena e Los

Ibores (todos com Denominação de Origem),

quesaíllas das cabras de La Raya, queijo de cabra

de Gata, de Las Hurdes, Castiblanco, de La Vera…

Mas a extraordinária qualidade não se esgota aqui:

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MUNDO GASTRONÓMICO

A ZONA ANTIGA DE CÁCERES É UMA

DAS MAIS BEM CONSERVADAS

DA EUROPA

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EXTREMADURA

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o azeite de Monterrubio de la Serena, o pimentão

de Vera ou os vinhos da Ribeira do Guadiana são

alguns dos muitos exemplos de como a tradição e a

História estão no ADN da sua própria gastronomia.

CÁCERES, HISTÓRIA EM CADA ESQUINA

Entre tanta beleza natural e histórica, o viajante

tropeça, quase sem querer, numa imponente ci-

dade, declarada Património Mundial pela UNES-

CO em 1986: Cáceres. A zona antiga é uma das

mais bem conservadas da Europa. Nela erguem-

-se edifícios da Idade Média e do Renascimento,

sobretudo.

Dentro das suas muralhas encontra-se a maior

parte da sua história: a Catedral de Santa Maria,

o Palácio das Veletas, os palácios dos Golfi nes, a

Casa do Sol ou a Torre de Bujaco.

Esta febre monumental começou a 23 de abril de

1229, o dia em que a cidade foi reconquistada por

Alfonso IX, e atingiu o seu esplendor máximo no

reinado dos Reis Católicos.

A localidade remonta ao ano 34 a.C., quando

Cayo Norbano Flaco fundou a Norba Caesarina,

antigo nome de Cáceres. A qualidade dos seus

restaurantes também está presente na cidade.

Deles destacam-se: Atrio (duas estrelas Miche-

lin), Torre de Sande & Castillo de La Arguijuela,

La Minerva, Madruelo, Tapería Yuste ou Bouquet

Tapería Restaurante. Cozinhas diferentes para

paladares e carteiras diferentes. Sem esquecer,

claro, a quantidade de restaurantes com comida

DURA

Na p�gina à esquerda, a Plaza Mayor de C�ceres. Ao lado, em cima, o restaurante Atrio (duas estrelas Mi-chelin). Em baixo, o Mosteiro de Guadalupe e enchi-dos t�picos da Extremadura.

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MUNDO GASTRONÓMICO

tradicional, de uma qualidade ímpar, que se pode

encontrar em cada esquina.

A beleza da província de Cáceres não se espalha

apenas da capital. Nos arredores, pequenas loca-

lidades e espaços naturais oferecem um leque de

rotas interessantes. Um destes destinos é Trujillo,

famosa pelo castelo, situado na parte mais alta da

cidade, e por ser berço dos grandes conquista-

dores: Francisco Pizarro (descoberta do Peru) e

Francisco de Orellana (rio Amazonas).

A Semana Santa do município é famosa em toda

a Espanha, sobretudo o Domingo de Ressurrei-

ção, conhecido como a festa de Chíviri, na qual

o povo de Trujillo canta e dança canções típicas,

envergando o traje tradicional. Para completar a

visita, nada melhor que aproximar-se de Alcánta-

ra, com uma ponte romana magnífi ca sobre o rio

Tejo, e Guadalupe, com o Real Mosteiro de Nossa

Senhora de Guadalupe, declarado Património da

Humanidade pela UNESCO.

Outra opção interessante: o Parque Nacional de

Monfragüe, no qual se pode desfrutar da sua fau-

na autóctone, como o grifo, o falcão-peregrino, a

águia-de-Bonelli e o bufo-real. No entanto, o que

torna a paisagem idílica é o rio Tejo e o seu afl uente

Tiétar: nas suas margens, todo um leque de aves,

como o rouxinol, o martim-pescador e o corvo-

-marinho, entre outros. A pé ou de carro, as suas

rotas oferecem uma área onde se pode desfrutar

de um simples passeio ou de uma caminhada mais

técnica. Depende do nível do caminhante.

BADAJOZ, O ENCLAVE ÁRABE

Passear pelas ruas da capital é como mergulhar

na história da cidade, fundada no ano 892 por

Ibn Marwan: Casas Mudéjares, Casas Coloradas,

Alcabaza... Mas o passar do tempo foi generoso

com as construções, e os monumentos de Bada-

joz são incontáveis: Catedral de São João Batista,

Ermida da Soledad, Giralda, Plaza Mayor, Plaza

de Cervantes ou casas senhoriais. Aliás, a cultura

contemporânea também está presente no Palácio

de Congressos e no MEIAC (Museo Extremeño e

Iberoamericano de Arte Contemporáneo). A ci-

dade está pensada para ser apreciada a pé, cami-

nhar entre os seus numerosos parques (La Galera,

La Legión, ou Alcabaza) ou contemplá-la desde as

suas muralhas.

Ainda que a cozinha de Badajoz não seja muito

conhecida, pertence ao seleto grupo de Saborea

España, juntamente com San Sebastián, Vallado-

lid, Zaragoza, Santiago e Gijón, entre outras. A sua

variedade gastronómica vai desde a singularidade

gastronómica dos seus pequenos-almoços até à

riqueza das suas tapas ou dos pratos dos seus res-

taurantes mais fi nos. Alderabán, Lugaris, Marchi-

virito, El Sigar, Dosca II, Lex, El Horno, Los Mon-

jes, Mirador del Guadiana ou Azcona são lugares

para saborear as especialidades culinárias locais.

A natureza em estado puro pode ser encontrada © C

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NA famosa Torta del Casar.

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EXTREMADURA

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BADAJOZ É UMA CIDADE PENSADA PARA SER VISITADA A PÉ

Pal�cio de Congressos de Badajoz.

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MUNDO GASTRONÓMICO

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MUNDO GASTRONÓMICO

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EXTREMADURA

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muito perto de Badajoz, nos Parques Naturais de

Cornalvo e Alqueva, banhados pelo rio Guadiana.

O primeiro deve o seu nome à forma de corno do

seu reservatório, construído para abastecer a Eme-

rita Augusta, e as águas do rio Albarregas.

Mas os restos romanos de Cornalvo vão mais além:

canais subterrâneos de água, fontes, calçadas, pon-

tes e até postos de vigilância. O rio Aljucén e os

ribeiros de Muelas e Fresnada hidratam o bosque

e ajudaram à proliferação de peixes endémicos,

como o verdemã, a boga-de-rio, a boga-de-boca-

-arqueada ou o saramugo. E na fauna, o lince, as

cegonhas, brancas ou negras, o peneireiro-cinzen-

to ou o falcão-abelheiro são algumas das espécies

que se podem avistar num passeio lento.

Alqueva é o eixo do Parque Temático Natural do

Alqueva, fundamental para todos os que gostem

de atividades ao ar livre. Tem uma Zona de Espe-

cial Proteção para as Aves (ZEPA) na qual se pode

contemplar numerosas espécies, além de corredo-

res ecofl uviais. O parque rodeia o Alqueva, e dele

formam parte as localidades de Olivenza, Alcon-

chel, Cheles, Táliga e Villanueva del Fresno. No to-

tal, 1200 quilómetros de costa interior, formando

o maior lago artifi cial da Europa ocidental. E aqui

as atividades são muitas: pescar, explorar castelos e

vilas medievais, fazer parapente, ir num safari e fo-

tografar a natureza, desfrutar da gastronomia.

Um lugar para viver uma experiência inesquecível,

como em qualquer ponto da Extremadura. Natureza em estado puro: na outra p�gina, Alqueva. Em cima, Parque de Monfragüe.

NO PARQUE NATURAL DO ALQUEVA PODE-SE DESENVOLVER

INÚMERAS ATIVIDADES

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EXTREMADURA

APERITIVO

Zorongollo (salada de pimentos assados) e presunto

INGREDIENTES1 PIMENTO VERMELHO • FATIAS DE PRESUNTO • 1 CEBOLA • 1 CEBOLO • SAL • AZEITE • PIMENTA

DIFICULDADE:Baixa

TEMPO:40 minutos

SERVIR:À temperatura ambiente

PREPARAÇÃOAsse o pimento no forno a 200ºC,

até que esteja tenro. Deixe arrefecer e

limpe-o de pele e sementes. Corte em 4

fatias muito fi nas.

Corte a cebola em tiras muito fi nas e

o cebolo em rodelas. Frite-os até que

fi quem crocantes. Sobre uma fatia de

pão – ou numa colher de aperitivo –

enrole umas quantas tiras de pimen-

to com um garfo, tempere com azeite,

pimenta e sal. Ponha por cima a cebola e

o cebolo fritos. Servir com algumas fatias

de presunto.

ASSADOS OS PIMENTOS,

PELE-OS E TEMPERE COM AZEITE E

PAPRICA

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ALPESALPES

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TEMPORADA ALTAPARA

FAZÊ-LO DE FORMA ARTESANAL,

ESMAGUE NUM ALMOFARIZ OS

ESPARGOS COM OS ALHOS E AS

GEMAS

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EXTREMADURA

SOPA

Gaspacho de espargos

INGREDIENTES1 MOLHO DE ESPARGOS • 2 OVOS COZIDOS • 2 FATIAS DE PÃO • 2 DENTESDE ALHO • 1 LITRO DE ÁGUA • SAL, PIMENTA, VINAGRE • AZEITE

DIFICULDADE:Baixa

TEMPO:20 minutos

SERVIR:À temperatura ambiente ou frio

PREPARAÇÃOLave os espargos e corte-os em bocados.

Pele os alhos.

Aqueça 50 ml de azeite e frite nele os

alhos inteiros até fi carem dourados. Retire

os alhos e coloque os espargos. Deixe

fritar 5 minutos, retire e escorra-os sobre

papel absorvente.

Corte o pão em dados e frite-os no azeite

que resta. Quando estiverem dourados,

retire-os e escorra em papel de cozinha.

Descasque os ovos e separe as gemas das

claras. Reserve umas pontas de espargos

e coloque o resto num robot de cozi-

nha juntamente com os alhos fritos e as

gemas, tempere de sal e pimenta e triture

grosseiramente. Coloque num recipiente

e vá juntando água a pouco e pouco, à

medida que vai misturando. Junte o vina-

gre no fi m e retifi que o sal.

Ao servir, decore com as pontas dos

espargos reservadas, as claras picadas e o

pão frito desfeito.

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PRATO PRINCIPAL

Escabeche de truta do Jerte INGREDIENTES4 TRUTAS SEM PELE NEM ESPINHAS • SAL • 1 OVO • 100 G DE FARINHA • 250 ML DE AZEITE • 1 CEBOLA • 2 CENOURAS • 1 CURGETE • 2 FOLHAS DE LOURO • 1 COLHER DE CHÁ DE BAGAS DE ZIMBRO (OU GRÃOS DE PIMENTA) • 3 DENTES DE ALHO • 150 ML DE VINAGRE BRANCO • 100 ML DE ÁGUA • 4 RAMINHOS DE ERVAS FRESCAS (TOMILHO, ALECRIM…)

DIFICULDADE:Baixa

TEMPO:30 minutos

SERVIR:À temperatura ambiente, ou fresco

PREPARAÇÃOTempere as trutas com um pouco de sal.

Passe-as ligeiramente pelo ovo batido,

de seguida pela farinha e frite-as numa

frigideira com óleo.

Quando estiverem douradas de ambos os

lados escorra-as sobre papel absorvente.

Reserve.

Descasque as cebolas e os alhos e corte

em rodelas. Corte as cenouras em rode-

las e a curgete em forma de palitos.

Ponha o azeite num tacho e refogue a

cebola, os alhos e a cenoura. Quando

estiverem tenros (aprox. 8-10 minutos),

junte a curgete, o vinagre, a água, o zim-

bro ou pimenta, o louro e as ervas: deixe

cozer mais cerca de 4 minutos. Deite,

ainda quente, sobre as trutas e deixe

arrefecer.

Sirva com batatas ao vapor.

EXTREMADURA

Page 29: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

29

ALPESALPESTEMPORADA ALTA

PARA QUE TENHA UM SABOR

MEMORÁVEL, PREPARE-O DE VÉSPERA

Page 30: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

30

EXTREMADURA ALPES

O CREME PODE SER

DE COMPRA E ACOMPANHAR

COM MOLHO DE CHOCOLATE, NATAS

OU GELADO

Page 31: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

31

EXTREMADURA

SOBREMESA

Sonhos com creme

INGREDIENTES200 G DE ÁGUA • 80 G DE MANTEIGA • 1 PITADA DE SAL • 120 G DE FARINHA • 4 OVOS PARA O CREME • 500 ML DE LEITE • 1 PAU FINO DE CANELA • 4 GEMAS DE OVO • 60 G DE AÇÚCAR • 45 G DE MAIZENA

DIFICULDADE:Média

TEMPO:30 minutos

SERVIR:Acabado de fazer

PREPARAÇÃOPara os sonhos, ponha numa tigela a água, a

manteiga cortada em bocados e o sal. Leve

ao fogo e quando começar a ferver deite a

farinha de uma vez só e vá mexendo até que

a massa deixe de colar às paredes do tacho.

Retire e deixe arrefecer.

Junte os ovos, um a um, batendo antes de

cada incorporação. Deixe a massa arrefecer.

Para fazer o creme, leve ao lume o leite com

a canela. Ao mesmo tempo, bata as gemas

com o açúcar e a Maizena. Quando o leite

estiver quase a ferver, deite metade nas

gemas, usando um coador. Mexa muito bem

para homogeneizar e verta o resto do leite.

Leve ao fogo e continue a mexer até que o

creme fi que espesso.

Retire do lume, cubra com película aderente

e deixe arrefecer por completo.

Quando a massa dos sonhos estiver fria, leve

ao lume uma frigideira com óleo abundante,

ponha a massa num saco de pasteleiro e

deite porções de massa no óleo quente. À

medida que vão fi cando dourados, retire e

escorra sobre papel absorvente.

Ponha o creme num saco de pasteleiro, faça

um pequeno corte nos sonhos e recheie-os.

Polvilhe com açúcar e sirva.

Page 32: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

ÉPOCAALTA

Page 33: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23
Page 34: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

ÉPOCA ALTA

34

É difícil resistir a uma boa francesinha, uma premiada iguaria do Norte agora enriquecida com o nosso delicioso Molho Francesinha Hot.

r ao Porto e não comer uma

francesinha é como ir a Roma

e não ver o Papa. Esta ver-

dadeira iguaria gourmet tem

conquistado adeptos por toda

a parte e até já foi eleita por

um site internacional como uma das melhores

sanduíches do mundo! Mas, afi nal, o que é que

a francesinha tem? Uma das principais teorias

sobre a origem deste prato remonta ao contexto

da Guerra Peninsular, em que era usual entre

as tropas napoleónicas regalarem-se com uma

sandes de pão de forma enriquecida com toda a

espécie de carnes e muito queijo. De qualquer

forma, na altura, esta especialidade não incluía,

i

À moda do Porto!

Fotografia: Lemonnierfoto

MOLHO FRANCESINHA HOT

ainda, o maravilhoso molho que a tornou única.

Hoje em dia, existe um consenso na atribuição

dos créditos da criação da francesinha a Da-

niel David Silva, empregado do restaurante A

Regaleira na década de 50, que ao regressar

de França, onde tinha trabalhado toda a vida

na área da restauração, nos trouxe este prato

típico do Porto, uma inovação da conhecida

croque-monsieur.

A francesinha é, normalmente, composta por

linguiça, salsicha fresca, fi ambre, carnes frias,

bife de vaca ou lombo de porco e coberta com

queijo derretido. Depois, o seu maior segredo,

está no molho com que é regada, uma tarefa

facilitada com o Molho Francesinha Hot.

Molho Francesinha

Hot, 360 ml

Page 35: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

ESPECIARIAS REGIONAL CO.

35

A FRANCESINHA É UMA IGUARIA QUE DERIVA DA CONHECIDA CROQUE-MONSIEUR

Page 36: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23
Page 37: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

MERCEARIA

Page 38: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

38

MERCEARIA

As batatas fritas são um snack de presença obrigatória em qualquer convívio entre amigos. Delicie-se sem culpas!

s batatas fritas são um snack

ao qual é muito difícil resistir

e quase impossível comer só

uma! Quando começamos,

só nos damos por satisfeitos

quando chegamos ao fi m do pacote. Ainda mais

difícil é resistir às maravilhosas batatas fritas com

sal marinho Yorkshire, a desculpa perfeita para nos

deliciarmos num convívio entre amigos.

Produzidas por uma família de agricultores com

base em Sheffi eld, estas batatas fritas usam va-

riedades de batata e mandioca cultivadas por

agricultores locais. Na sua confeção, são fritas

em óleo de girassol puro e aromatizado com

apenas ingredientes 100% naturais - sem MSG,

conservantes, corantes ou aromas artifi ciais. O

mais difícil, como já dissemos anteriormente, vai

ser mesmo comer só uma!

a

Cá vai uma, cá vão duas…

Fotografia: Lemonnierfoto

Batatas fritas com sal

marinho Yorkshire, 100 g

BATATAS FRITAS COM SAL MARINHO YORKSHIRE

Page 39: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

39

ESTAS BATATAS SÃO FRITAS EM ÓLEO DE GIRASSOL PURO E AROMATIZADO APENAS COM INGREDIENTES 100% NATURAIS

Page 40: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

40

MERCEARIA

Bolachas Farmhouse Triple Chocolate

Chunk, 150 g

AS BOLACHAS FARMHOUSE SÃO CONFECIONADAS

SEGUNDO OS MÉTODOS

TRADICIONAIS E COM OS MELHORES

INGREDIENTES

Page 41: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

41

BOLACHAS FARMHOUSE TRIPLE CHOCOLATE CHUNK

Do tradicional ritual britânico do Chá das Cinco nasceram as bolachas Farmhouse, que são absolutamente deliciosas!

Quem

lhes resiste?

Fotografia: Lemonnierfoto

produtos da marca Farmhouse, são fabricadas

segundo os método tradicionais e apenas são

utilizados na sua confeção ingredientes da me-

lhor qualidade que provêm de diversas partes do

mundo. As receitas ancestrais são mantidas no

segredo dos deuses e esta marca familiar nasceu

da paixão de uma família pela doçaria britânica

que acompanha e protagoniza o tradicional ritual

do Chá da Cinco.

Farmhouse é uma co-

nhecida marca britânica,

cujos bolachas e biscoitos

já ganharam fama em todo

o mundo. No caso con-

creto das bolachas Triple

Chocolate Chunk apenas lhe podemos dizer que

o melhor vai ser pôr a dieta de lado e deliciar-se

sem culpas. Estas bolachas, tal como todos os

a

Page 42: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

MERCEARIA

O azeite é uma verdadeira relíquia da gastronomia mediterrânica que enriquece saberes e sabores.

ste azeite de sabor fi no e

delicado nasceu a partir do

projeto Gerações de Xisto,

um conceito criado pela

vontade imensa de jovens

descendentes de duas famílias transmontanas – a

família Sousa Grandão e a família Lobão - , apai-

xonados pela sua terra e apostados em preservar

o património rural familiar e as tradições herdadas

das anteriores gerações. No seio de uma aldeia

tipicamente portuguesa, parada no tempo mas

e

Por um fioFotografia: Lemonnierfoto

Azeite Virgem Extra

Chousas Nostras, 500 ml

que preserva todos os seus valores arquitetónicos,

tradições e modos de vida fortemente ligados à

agricultura, decidem, em parceria, juntar forças e

ideias e, assim, gerir as casas agrícolas de família

que herdaram e dar uma renovada continuidade ao

seu património. Desta moderna visão de restaurar

tradições nasceu a marca Chousas Nostras, com

âncora na produção de azeites, tirando o melhor

partido de olivais centenários, agora convertidos

em espaços de ensaio na busca de novos sabores

e aromas.

AZEITE VIRGEM EXTRA CHOUSAS NOSTRAS

42

Page 43: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

43

Page 44: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

44

INGREDIENTES2 CEBOLAS FRESCAS • 1 TALO DE AIPO • 1 COLHER DE SOPA DE MANTEIGA • 400 G DE BETERRABA COZIDA • 1 TORANJA • ÁGUA • AZEITE • SAL E PIMENTA • CEBOLINHO • CROUTONS

PREPARAÇÃOColoque ao lume uma panela com as cebolas pica-

das, o aipo cortado em lâminas, a manteiga, tempe-

re com sal e pimenta e refogue até a cebola estar

tenra. Junte a beterraba em cubos, cerca de 1/5 litro

de água, o sumo da beterraba e triture com a varinha

mágica ou no copo liquidifi cador e deixe arrefecer.

Distribua a sopa pelos pratos, regue com azeite,

salpique com cebolinho e sirva com croutons.

Sopa fria de beterraba e toranja

PARA 4 PESSOAS

MERCEARIA

O AZEITE VIRGEM EXTRA CHOUSAS NOSTRAS

FAZ PARTE DO PROJETO TRANSMONTANO

GERAÇÕES DE XISTO

Page 45: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23
Page 46: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

46

GRANDES CHEFS

al como a maior parte das

crianças do seu tempo, o chef

António Nobre também sonhou

ser polícia ou bombeiro, mas o

destino ditou que enveredasse

pelo mundo da gastronomia,

uma arte que tem praticado com muita sabedoria e

dedicação pela planície alentejana.

Como é que começou o seu fascínio por este mundo

da gastronomia?

Tudo começou quando fui para a Marinha de Guerra

Portuguesa, para cumprir o serviço militar obrigatório.

Para não fi car básico (a limpar a parada e as beatas dos

colegas), fui quase obrigado a tirar um curso. Havia

vários cursos, de diversas áreas, mas eu candidatei-me

em primeiro lugar a empregado de mesa, em segundo

a padeiro e, por último, a cozinheiro. E foi assim que

ganhei o gosto…

Lembra-se do primeiro prato que aprendeu a fazer?

Sim, lembro-me perfeitamente… Omeletas! (risos)

A tradição ainda é o que era

ANTÓNIO NOBRE

Com um estilo criativo, de inspiração mediterrânica mas com respeito pelos sabores tradicionais portugueses, o chef António Nobre dá cartas na cozinha dos M’Ar de Ar Hotels, em Évora

Ser chef de cozinha era um sonho de infância? Que

outras profissões quis ser?

Nunca me passou pela cabeça ser cozinheiro e muito

menos chef de cozinha. Lembro-me de querer ser

polícia e bombeiro, como a maioria das crianças do

meu tempo.

Como tem sido o seu percurso até aqui?

Tem sido um percurso muito pelo Alentejo, sempre

trabalhei nesta região. De qualquer forma, fi z também

algumas formações no estrangeiro, o que é muito

importante, e aconselho mesmo todos os jovens que

querem enveredar por esta área a fazê-lo.

Onde é que vai buscar inspiração para os seus pratos?

Inspiro-me numa ida a uma horta, ao talho, à peixaria,

ao mercado… E nas conversas que tenho com quem

produz as maravilhas da nossa terra. Às vezes basta-

-me cheirar e mastigar um ramo de ervas aromáticas

e a cabeça começa logo a idealizar pratos, a juntar

sabores… Trocar experiências com outros colegas

também ajuda, assim como discutir os menus dos

tTexto: Sandra Cáceres Monteiro

Page 47: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

47

RECEITAS

restaurantes com a minha equipa de cozinha e sala.

A inspiração é infi nita!

E quem é que têm sido as suas grandes referências?

Uma grande referência para mim foi e continua a

ser o Santi Santamaria, um famoso chef espanhol,

falecido em 2011. Tenho todas as obras dele!

Como é que definiria o seu estilo de cozinha?

É uma cozinha criativa, de inspiração mediterrânica,

com respeito pelos sabores tradicionais portugueses.

Gosta de improvisar ou prefere seguir as receitas

à risca?

Há receitas que não dá para improvisar, como por

exemplo as receitas de doçaria conventual. Já nos

pratos salgados, por vezes gosto de improvisar e posso

dizer que tenho tido agradáveis surpresas.

A gastronomia está na moda. Acha que, tal como

a moda, também é feita de tendências e de ciclos?

Sem dúvida que está na moda, e ainda bem, mas o

que nunca vai sair de moda é a nossa gastronomia

portuguesa. É esta que é a mais recordada, princi-

palmente pelos portugueses que por diversas razões

têm de sair do nosso país.

Quando não está na cozinha como é que passa os

seus tempos livres?

Gosto de passear, de ir a outros restaurantes… Mas

não me recordo de nenhum dia que tenha passado

sem folhear um livro ou uma revista de gastronomia.

É o meu maior vício!

Considera-se um bom garfo?

Considero-me um garfo que gosta de provar tudo.

Não há nada de que não goste!

Qual é a sua opinião sobre os programas de tele-

visão como o Masterchef, por exemplo, que dão a

conhecer novos talentos da gastronomia?

Page 48: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

48

GRANDES CHEFS

Prato favorito… Cozido à portuguesa.

Três ingredientes indispensáveis na sua despensa… Azeite, alhos e coentros.

Doces ou salgados? Salgados.

Música para ouvir enquanto confeciona um prato especial…Música calma e portu-guesa.

O prato que os amigos mais lhe pedem para fazer… Bacalhau com natas e espinafres.

Um país que o inspira a nível gastronómico… Itália.

A coisa mais estranha que comeu até hoje…. Escaravelho (risos).

E a mais agradavelmente surpreendente? Foie gras.

60 SEGUNDOS

Page 49: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

49

ANTÓNIO NOBRE

Acho esse tipo de programas muito importante

pois ensinam as pessoas que estão a participar,

e também a quem eles assiste, a cozinhar e a

aprender truques de cozinha.

Hoje em dia há muita concorrência nesta área.

Quais são as qualidades essenciais para se ser

um bom chef?

Existem tantas, mas vou citar apenas algumas:

ter paixão pela profi ssão; fazer sempre, e cada

vez melhor, o nosso trabalho aprendendo com os

erros; consultar muitos artigos de gastronomia,

sejam livros, revistas, ou artigos online; saber

dialogar com os colegas, respeitando-os para que

eles também nos possam respeitar e o trabalho

correr bem.

“ÀS VEZES BASTA-ME CHEIRAR E MASTIGAR UM RAMO DE ERVAS

AROMÁTICAS E A CABEÇA COMEÇA LOGO A IDEALIZAR

PRATOS, A JUNTAR SABORES…”

Page 50: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

50

GRANDES CHEFSDELICATESSEN

Page 51: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

51

Folhado de sapateira com sementes de sésamo, salada de rúcula selvagem, rabanetes e pistachos

INGREDIENTESMASSA FOLHADA: 160 G DE MASSA FOLHADA (CONGELADA) • 1 OVO • Q.B. DE ÁGUA • 8 G DE SEMENTES DE SÉSAMO.RECHEIO DE SAPATEIRA: 320 G DE CARNE DE SAPATEIRA (COZIDA) • 1 OVO COZIDO • 10 G DE PICKLES • 2 G DE SALSA PICADA • 2 G DE CEBOLINHO PICADO • Q.B DE CERVEJA NACIONAL • 40 G DE MAIONESE DE AZEITE • 10 G DE MOLHO KETCHUP • Q.B DE SAL FINO • Q.B DE PIMENTA BRANCA MOÍDA NO MOMENTO.SALADA DE R CULA SELVAGEM: 120 G DE RÚCULA SELVAGEM • 80 G DE RABANETES • 20 G DE MIOLO DE PISTACHOS.

PREPARAÇÃODa massa folhada: Com a ajuda de um

corta-massas, corte a massa folhada da

forma que desejar. Pique a massa com um

garfo e pincele com gema de ovo diluí-

da num pouco de água. Polvilhe com as

sementes de sésamo. Coloque num tapete

de silicone e leve ao forno a 175ºC durante

mais ou menos 12 minutos e reserve.

Do recheio de sapateira: Coloque todos

os ingredientes numa tigela e mistu-

re tudo com a ajuda de uma colher.

Retifique o tempero e reserve no fri-

gorífico.

Da salada de rúcula selvagem: Misture

todos os ingredientes numa tigela.

EMPRATAMENTOAbra o folhado ao meio, recheie com a pasta de sapateira e acompanhe com a salada.

RECEITA PARA 4 PESSOAS

DICAPARA KG DE

SAPATEIRA SÃO

NECESSÁRIAS G DE SAL

GROSSO, POR CADA LITRO

DE ÁGUA, E MAIS OU

MENOS MINUTOS

DE COZEDURA

ANTÓNIO NOBRE

QUANDOTodo o ano.

DIFICULDADEBaixa.

TEMPO45 minutos (caso a sapateira já esteja cozida).

SERVIRFrio.

Page 52: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

52

GRANDES CHEFS

QUANDOTodo o ano.

DIFICULDADEMédia.

TEMPO1 hora e 15 minutos.

SERVIRQuente.

Lombinho de porco de raça alentejana recheado com camarão, migas de espargos verdes e pérolas de pera com pó de laranjaINGREDIENTESLOMBINHOS: 800 G DE LOMBINHO DE PORCO DE RAÇA ALENTEJANA • 120 G MASSA DE PIMENTÃO DA HORTA • SAL FINO • 400 G DE CAMARÃO (CALIBRE 30/40) • 2 DL DE AZEITE • 4 DENTES DE ALHO.MIGAS DE ESPARGOS VERDES: 320 G DE ESPARGOS VERDES • 600 G DE MIOLO DE PÃO ALENTEJANO DE VÉSPERA • 1 DL DE AZEITE • 2 OVOS • 1 FOLHA DE LOURO • 2 DENTES DE ALHO • SAL. PARA AS PÉROLAS DE PERA: 2 PERAS • 250 ML DE ÁGUA • 40 G DE AÇÚCAR.P DE LARANJA: 1 LARANJA

PREPARAÇÃODos lombinhos: Corte os lombinhos de porco em

pequenos bifes e bata com o martelo. Tempere-

-os com massa de pimentão de ambos os lados.

Entretanto, descasque o camarão, deixe o rabo,

retire a tripa e tempere com sal fino. Enrole o

camarão no bife e prenda com 2 palitos. Leve uma

frigideira ao lume com azeite e os alhos esmagados.

Quando estiverem dourados core os lombinhos de

todos os lados. Leve ao forno a 170ºC durante mais

ou menos 6 minutos e reserve em local quente.

Das migas de espargos verdes: Com a ajuda de um

descascador de espargos, raspe-os e lave-os em

água corrente. Coza os espargos em água, com um

pouco de sal. Reserve a água da cozedura. Pique os

espargos com uma faca. Faça um refogado com

azeite, alho picado e louro, e quando o alho estiver

dourado junte os espargos e o sal. Deixe refogar.

Adicione um pouco da gordura proveniente da

carne. Corte o pão em fatias finas e coloque no

tacho onde refogou os espargos e adicione um

pouco de água quente da cozedura. Tape o tacho

durante 4 minutos. Destape o tacho e com uma

colher de pau bata a mistura e junte os ovos. Envolva

tudo formando uma bola. Quando estas descolarem

do tacho estão prontas.

Das pérolas de pera: Leve um tacho ao lume com a

água e o açúcar. Deixe ferver e brinja as pérolas de

pera (feitas com a ajuda de um utensílio próprio).

Retire e deixe arrefecer à temperatura ambiente.

Do pó de laranja: Descasque a casca da laranja

muito fininha e coloque numa travessa perto da

zona quente da sua cozinha (perto do fogão ou em

cima do forno, por exemplo). Quando estiver seca

triture, reserve num frasco e feche hermeticamen-

te. Guarde em local seco e utilize quando necessitar.

RECEITA PARA 4 PESSOAS

Page 53: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

53

RECEITAS

EMPRATAMENTOPolvilhe as pérolas de peras com o pó de laranja, decorando com germinados e regue com o molho obtido da carne ou demi-glace de porco.

DICACONGELE AS

CASCAS E AS CABEÇAS

DO CAMARÃO PARA, MAIS

TARDE, AROMATIZAR CALDOS,

MOLHOS OU PARA DAR

MAIS SABOR A UM ARROZ

DE TOMATE, POR

EXEMPLO

Page 54: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

54

GRANDES CHEFS

54

DELICATESSEN

Page 55: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

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Robalo do mar corado na frigideira, creme de batata com nabo, estaladiço de legumes aromatizados com hortelã e manteiga de cabra

INGREDIENTESROBALO: 800 G DE LOMBOS DE ROBALO DO MAR • 1 DL DE AZEITE • 2 DENTES DE ALHO • Q.B DE SAL FINO.PUR DE BATATA COM NABO: 800 G DE BATATAS BEM LAVADAS • 200 G DE NABO • 1 DL DE LEITE GORDO • Q.B DE SAL FINO • Q.B DE PIMENTA BRANCA MOÍDA NO MOMENTO • 140 G DE MANTEIGA SEM SAL.ESTALADIÇO DE LEGUMES: 8 FOLHAS DE MASSA BRICK • Q.B DE MANTEIGA CLARIFICADA • 400 G DE LEGUMES VARIADOS (PIMENTOS, CURGETE, COGUMELOS, CENOURA, ETC.).

QUANDOTodo o ano.

DIFICULDADEFácil.

TEMPO1 hora.

SERVIRQuente.

PREPARAÇÃODo robalo: Com um papel absorvente, seque

bem os lombos do peixe e tempere com sal fino.

Reserve no frigorífico 30 minutos. Coloque uma

frigideira antiaderente ao lume com azeite e alhos

esborrachados. Quando os alhos estiverem dou-

rados, retire-os e core de todos os lados o peixe.

Leve ao forno aquecido a 180ºC durante 12 a 15

minutos e reserve em local quente.

Do puré de batata com nabo: Numa panela com

água e sal coza as batatas com pele. A meio da

cozedura, junte os nabos com a casca também.

Quando tudo estiver cozido retire e reserve

alguma água da cozedura. Deixe arrefecer, pele

as batatas e retire as cascas dos nabos. Coloque

as batatas e os nabos numa tigela e com um

garfo esmague. Ao mesmo tempo vá juntando a

manteiga derretida. Coloque a mistura num copo

misturador com o leite quente, alguma água que

reservou da cozedura, pimenta e sal se necessário

(tenha cuidado pois as batatas e os nabos já foram

cozidos com água e sal). Triture até obter um

creme homogéneo e reserve.

Do estaladiço de legumes: Pincele as folhas de

massa brick com a manteiga clarificada e forre um

recipiente (tipo um copo ou uma chávena) com 2

folhas cada e leve ao forno a 160ºC durante 4 a 5

minutos até estar dourada. Num tacho com água,

sal, louro e alho com casca e ramos de hortelã

coza os legumes e corte-os em tiras. No final

recheie a massa com os legumes.

EMPRATAMENTOColoque as nozes de manteiga de cabra sobre o peixe e as folhas de Sorel.

RECEITA PARA 4 PESSOAS

DICAO SEGREDO

DE QUALQUER PEIXE

É NÃO COZINHÁ-LO

EM DEMASIA

ANTÓNIO NOBRE

Page 56: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

56

GRANDES CHEFS

Carré de borrego do nordeste alentejano com crosta de alecrim, gratinado de batata com cogumelos e chalotas em vinagre de vinho tintoINGREDIENTESCARR DE BORREGO: 800 G DE VÃO DE BORREGO (LIMPO) • Q. B DE SAL • Q.B DE PIMENTA BRANCA MOÍDA NO MOMENTO • Q.B DE AZEITE • 2 DENTES DE ALHO.CROSTA DE ALECRIM: 2 G DE ALECRIM FRESCO PICADO • 2 DENTES DE ALHO PICADO • 80 G DE PÃO RALADO • 20 G DE MOSTARDA À MODA ANTIGA • 5 G DE ALCAPARRAS PICADAS • Q.B DE AZEITE • Q.B DE MANTEIGA SEM SAL.GRATINADO DE BATATA COM COGUMELOS: 400 G DE BATATA DESCASCADA E LAMINADA • 4 DL DE NATAS • Q.B DE PIMENTA BRANCA MOÍDA NO MOMENTO • Q.B DE SAL FINO • 4 DENTES DE ALHO PICADO • 100 G DE COGUMELOS FRESCOS LAMINADOS • 2 CEBOLAS MÉDIAS LAMINADAS • Q.B DE MANTEIGA.CHALOTAS: 12 CHALOTAS • 200 ML DE ÁGUA • 200 ML DE VINAGRE DE VINHO TINTO • 80 G DE AÇÚCAR • 2 DL DE VINHO TINTO ALENTEJANO.

QUANDOTodo o ano.

DIFICULDADEBaixa.

TEMPO45 minutos.

SERVIRQuente.

PREPARAÇÃODo carré de borrego: Tempere a carne com sal e

pimenta. Numa frigideira com um pouco de azei-

te e alhos esborrachados, core a carne de todos

os lados. Depois barre o carré com o preparado

feito (crosta de alecrim) e leve ao forno a 200ºC

durante mais ou menos 8 minutos e reserve.

Da crosta de alecrim: Triture tudo até obter

uma pasta moldável.

Do gratinado de batata com cogumelos: Unte

um tabuleiro com manteiga, forre com papel

vegetal, unte novamente com manteiga e

reserve. Coloque um tacho ao lume com natas,

sal, pimenta, alho picado para fazer o molho.

Retifique o tempero. Para fazer o gratinado

coloque camadas alternadas de batata, molho,

cogumelos e cebola, sendo a última camada de

batata. Leve ao forno a 150º durante mais ou

menos 1h30m.

Das chalotas: Leve ao lume um tacho com a

água, vinagre, açúcar e o vinho tinto. Deixe

ferver, junte as chalotas descascadas e deixe

cozinhar por 7 minutos. Reserve num frasco e

feche hermeticamente.

RECEITA PARA 4 PESSOAS

DICANUNCA COZINHE

DEMASIADO UM

CARRÉ DE BORREGO

POIS PODE FICAR

SECO E RIJO

EMPRATAMENTORegue o preparado com demi-glace de borrego e alguns vegetais crus.

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GRANDES CHEFS

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Encharcada do Convento de Santa Clara com sorbet de limão

INGREDIENTES22 OVOS (18 GEMAS DE OVO + 4 OVOS INTEIROS) • 750 G DE AÇÚCAR • 2 DL DE ÁGUA • CANELA EM PÓ Q.B • SORBET DE LIMÃO • FRUTOS VERMELHOS • PHYSALIS.

PREPARAÇÃOLeve o açúcar ao lume com a água e deixe

ferver até atingir os 108ºC. (utilize um ter-

mómetro). Entretanto, bata os ovos numa

tigela. Estando a calda no ponto, coloque

dentro os ovos, através de um passador de

rede e em movimentos circulares. Deixe cozer

a encharcada, mexendo com uma espátula

com muito cuidado e retire do lume para um

prato (o aspeto é muito parecido às trouxas

de ovos). Leve a tostar na salamandra, retire

e no momento de servir polvilhe com canela

em pó.

RECEITA PARA 8 A 10 PESSOAS

DICANO MOMENTO

DE SERVIR,

CASO NÃO TENHA

SALAMANDRA,

POLVILHE SÓ COM

CANELA EM PÓ

QUANDOTodo o ano.

DIFICULDADEMédia.

TEMPO1 hora.

SERVIRAcompanhe com sorbet de limão e algumas frutas.

ANTÓNIO NOBRE

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CHARCUTARIA

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Este queijo de sabor único é fabricado a partir de um rigoroso processo de produção. O resultado? Só poderia ser o melhor!

Fotografia: Lemonnierfoto

CHARCUTARIA

QUEIJO CURADO DE OVELHA COM LEITE CRU CHUSCO

o queijo curado de ovelha com

leite cru Chusco é uma especia-

lidade da Cooperativa Cerrato,

uma das maiores de Espanha, a

funcionar desde 1968. Produzir

queijos de qualidade, fabricados a partir das mais

avançadas tecnologias, não descurando, no entan-

to, os métodos artesanais, tem sido a fi losofi a desta

empresa familiar de enorme sucesso.

Desde 2005 que os Queijos Cerrato integram o

Grupo Alimentário Agropal, a sexta maior coope-

rativa de Espanha.

Fabricado com leite cru de ovelha, sal e fermentos

lácteos, este queijo é um verdadeiro petisco, indo

bem com um bom copo de vinho tinto e uma fatia

de pão saloio. Tem um sabor pouco ácido, ligeira-

mente salgado, com uma elevada persistência de

boca.

O sabor da tradição

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CHARCUTARIA

ESTE QUEIJO FABRICADO COM LEITE CRU DE OVELHA, LIGEIRAMENTE SALGADO, VAI BEM COM UM COPO DE

VINHO TINTO E UMA FATIA DE PÃO SALOIO

Queijo curado de ovelha com

leite cru Chusco, 250 g

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CHARCUTARIA

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O foie gras é uma iguaria francesa cuja origem remonta aos antigos egípcios. Uma verdadeira experiência gourmet!

Fotografia: Lemonnierfoto a par das trufas, o foie gras é uma

das mais luxuosas iguarias fran-

cesas. Melhor ainda, se as pu-

dermos ter às duas num produto

único, como é o caso deste bloc

de foie gras de ganso trufado Club del Gourmet.

Foie gras é um termo francês que signifi ca ‘fígado

gordo’. Ou seja, consiste, nada mais nada menos, no

fígado de um pato ou de um ganso que foi supera-

limentado. Possui uma consistência amanteigada e

um sabor mais suave do que o fígado normal.

A degustação desta magnífi ca iguaria remonta ao

século XXV a.C. com os antigos egípcios a regala-

rem-se com os fígados engordados das aves migra-

tórias. Mais tarde, aplicaram essa prática aos gansos

e eis a origem do foie gras que, hoje em dia, é uma

iguaria gourmet adequada às ocasiões mais espe-

ciais.

Sublime tentação Bloc de foie gras de ganso trufado

Club del Gourmet, 80 g

BLOC DE FOIE GRAS DE GANSO TRUFADO CLUB DEL GOURMET

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CHARCUTARIA

INGREDIENTES1 EMBALAGEM DE PREPARADO PARA POLENTA • 1 CEBOLA ROXA • AZEITE • REBENTOS • 4 FATIAS DE FOIE GRAS • SAL E PIMENTA

PREPARAÇÃOPrepare a polenta como descrito na embalagem, deite

numa forma retangular e deixe arrefecer. Depois de

fria corte 4 cubos. Aqueça uma frigideira antiaderente

com um pouco de azeite e refogue a cebola, tempere

com sal e pimenta e reserve. Na mesma frigideira

salteie os cubos de polenta e o foie gras. Coloque um

cubo de polenta em cada prato, ponha por cima o foie

gras, as cebolas refogadas, salpique com rebentos e

sirva.

Cubos de polenta e foie gras

PARA 4 PESSOAS

O FOIE GRAS É UMA VERDADEIRA IGUARIA

GOURMET DE CONSISTÊNCIA AMANTEIGADA E SABOR MAIS SUAVE DO QUE O

FÍGADO NORMAL

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001 t t i dd 42 14/04/15 11 22

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CHARCUTARIA

Para uma ocasião especial, este maravilhoso queijo gourmet não deixa os seus créditos por mãos alheias. Comprove-o!

Fotografia: Lemonnierfoto o s queijos franceses são conhe-

cidos pela sua superior quali-

dade e sabor único. O queijo

brie com trufas da Fromi não

é exceção! Os verdadeiros

apreciadores dizem que esta variedade é conside-

rada a crème de la crème dos queijos e quem ainda

não conhece rapidamente se torna fã!

Originário da região de Brie, em França, este

queijo é um queijo de pasta mole, que conquis-

ta pelo seu sabor subtil mas muito harmonioso. É

fabricado com leite de vaca, sendo a sua crosta

branca e extremamente macia, o que faz com que

este queijo quase se derreta na boca. De qualquer

forma, tanto o seu sabor como a própria textura

se alteram consoante o seu estado de matura-

ção. Para uma degustação perfeita, o Brie deve

ser retirado da refrigeração 30 minutos antes de

ser consumido e deixado de molho no leite cerca

de 90 minutos, maturando assim ainda melhor o

seu revestimento e conferindo um toque suave ao

paladar.

La crème de la crème

QUEIJO BRIE COM TRUFAS FROMI

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CHARCUTARIA

Queijo Brie com Trufas Fromi, ao quilo

PARA UMA DEGUSTAÇÃO PERFEITA, ESTE QUEIJO DEVE SER RETIRADO

DO FRIGORÍFICO 30 MINUTOS ANTES DE SER SERVIDO

O rei dos queijos

O queijo Brie tem sido fabricado desde o séc. VIII

sendo um dos mais antigos queijos franceses. An-

tes de se tornar amado pelo povo já era popular e

muito apreciado pela nobreza. Há várias centenas

de anos, o Brie era um dos tributos que tinha de

ser pago aos reis. Segundo reza a lenda, um dos

seus mais notáveis apreciadores era o Imperador

Carlos Magno (séc. VIII-IX). Depois de ter prova-

do este queijo, elegeu-o como o seu prato favorito

e nunca mais faltou na sua mesa.

Em 1814, no Congresso de Viena, foi consagrado

como o ‘Rei dos Queijos’. Este é um queijo fei-

to a partir do leite de vaca e a sua crosta é for-

mada pelo fungo penicillium candida. É também

conhecido como um queijo de mofo branco. As

duas variedades mais emblemáticas, ambas com

denominação de origem, são o Brie de Meaux e

o Brie de Melun. O Brie de Meaux tem uma tex-

tura macia, mas fi rme (sem derreter), com crosta

branca e macia. Quando está bem curado o sabor

é forte, mas não picante. O Brie de Melun, por sua

vez, tem um sabor mais pronunciado sendo um

pouco mais salgado. Quando curado tem aroma

penetrante, sabor forte e a textura quase derrete.

A crosta torna-se mais rala e a casca adquire tons

avermelhados e odor amoniacal.

Numa tábua de queijos, em saladas, como sobre-

mesa ou acompanhado de pão ou tostas, o queijo

Brie com trufas da Fromi vai deixar uma boa im-

pressão nos seus convidados.

Page 75: El Corte Inglés Gourmet Magazine Nº23

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GARRAFEIRA

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GARRAFEIRA

Os vinhos Bairrada Aequinoctium são vinhos de qualidade superior, fruto de uma região vitivinícola de excelência.

na Carvalheira, um projeto viní-

cola familiar da responsabilidade

do enólogo José Carvalheira,

na região da Bairrada, que se

produzem vinhos de elevada

qualidade e distinção. Ali criam-se vinhos únicos, numa

região vitivinícola de excelência, possuidora de um cli-

ma atlântico fresco e excelentes solos argilo-calcários,

características que igualam aquele território nacional às

grandes regiões vinícolas mundiais.

Os vinhos Bairrada Ante Aequinoctium Veranum Grande

Reserva Branco 2011 e Bairrada Aequinoctium Autumnus

Grande Reserva Tinto 2010 são o melhor exemplo dos

vinhos superiores que ali se produzem.

é

A alta-costura

do vinho

Fotografia: Lemonnierfoto

VINHOS BAIRRADA AEQUINOCTIUM

ESTES VINHOS DA BAIRRADA SÃO FRUTO DE UM PROJETO VINÍCOLA FAMILIAR DO ENÓLOGO JOSÉ CARVALHEIRA

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CHAMPANHE JACQUESSON

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Vinho Bairrada Aequinoctium Autumnus Grande Reserva Tinto 2010

Cor retinta profunda. Aroma muito intenso e complexo, com notas dominantes de frutos negros silvestres, violetas,

abaunilhados e tostados da barrica. Na boca é opulento, estruturado, fresco, equilibrado e longo.

GARRAFEIRA

Vinho Bairrada Ante Aequinoctium Veranum Grande Reserva Branco 2011

De cor amarelo-palha pálido. Aroma muito fi no e complexo, com notas dominantes de cascas de citrinos, frutos de polpa branca, fl or de tília e barrica. Na boca é

fresco, estruturado, volumoso, equilibrado e longo.

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GARRAFEIRA

ESTE VINHO DEVE SER SERVIDO ENTRE OS 14ºC E OS 16ºC

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QUINTA DO GRIFO GRANDE RESERVA TINTO 2009

O Quinta do Grifo Grande Reserva Tinto 2009 é um vinho de personalidade marcada, produzido pela Rozès, que vai bem com pratos de carnes vermelhas ou queijos ricos e complexos.

Rozès, uma empresa do

Grupo Vranken Pommery

Monopole, tem uma história

secular ligada à Região do

Douro, sendo a responsável

por este vinho de qualidade superior. Tem solidifi -

cado de forma sábia a sua presença nos mercados

nacionais e internacionais, impondo os seus vinhos

com verdadeira mestria, de onde se realça o íntegro

controlo das diversas fases da vitivinicultura, no Douro,

desde a plantação das vinhas ao envelhecimento e

engarrafamento dos vinhos.

a

A história de um vinho

Fotografia: Lemonnierfoto

Fundada em Bordéus em 1855 por Ostende Rozès,

um negociante de vinhos fi nos daquela cidade, a

Rozès começou por importar e comercializar vinho

do Porto. Mais tarde, por volta dos anos 30, Edmond

Rozès, fi lho do fundador, criou a marca ‘Porto Rozès’

e escolheu uma forma de garrafa que permitia a

marca com o vinho do Porto: uma garrafa revista ‘à

antiga portuguesa’ com o gargalo envolto em papel

sulfuroso e uma rolha selada com cera. Quatro

gerações depois, em 1977, a Casa Rozès deixa de

pertencer à família que lhe deu. Atualmente, a marca

exporta para mais de 40 países em todo o mundo.

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GARRAFEIRA

Quinta do Grifo Grande Reserva Tinto 2009

Vinho de cor rubi intensa com boa frescura aromática, com predominância para os frutos pretos bem

maduros. Apresenta taninos densos muito redondos, acidez equilibrada, madeira bem integrada, revelando grande potencial de guarda, num conjunto com boa

estrutura e consistência, mantendo todo o seu carácter aromático num fi nal persistente e muito longo.

DO DOURO PARA O MUNDO…

A missão da Rozès é sustentada em três pilares:

Produzir vinhos do Douro e do Porto de excelência,

através de um processo harmonioso que combina as

mais avançadas tecnologias com as técnicas ancestrais

da produção de vinho; garantir um produto de eleva-

díssima qualidade, investindo em iguais proporções

quer no mercado nacional quer no mercado interna-

cional; inovar, ousar e investir em novas abordagens

que garantam uma constante adequação ao perfi l do

seu público-alvo. Atualmente, a marca exporta para

mais de 40 países em todo o mundo.

A título de curiosidade, é importante referir o facto de a

Rozès se ter associado à iniciativa Wine in Moderation,

por um consumo saudável de vinho. Este programa,

uma iniciativa do setor europeu vitivinícola, tem por

objetivo promover a responsabilidade no consumo

de vinho e produtos vínicos, apoiar a mensagem

do vinho como um produto de excelência para ser

apreciado de forma calma e moderada e educar os

stakeholders e o público em geral sobre os riscos de

um consumo excessivo.

Quinta do Grifo Grande

Reserva Tinto 2009, 75 cl

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GARRAFEIRA

Não deixe de experimentar este vinho premiado que é uma homenagem a todos os que ao longo da história fizeram da Companhia das Lezírias uma referência.

m 1836, em pleno reina-

do de Dona Maria II, era

fundada a Companhia das

Lezírias, de cujos limites

faziam parte os extensos

territórios da Coroa, Casa do Infantado e da Casa

da Rainha. Este vinho pretende homenagear os

homens e mulheres que ao longo da história fi ze-

ram da Companhia das Lezírias uma referência. É

e

Homenagem merecida

Fotografia: Lemonnierfoto

COMPANHIA DAS LEZÍRIAS ‘1836’ GRANDE RESERVA TINTO 2012

um vinho produzido a partir de uma vinha muito

velha de Alicante Bouschet, com baixa capacida-

de de produção e envolvida na extensa fl oresta da

Companhia das Lezírias. Neste ambiente, no qual

se encontra um interessante equilíbrio ecológico, as

intervenções humanas são reduzidas ao mínimo e os

vinhos produzidos expressam muito bem o “terroir”

de onde provêm. As melhores uvas, vindimadas ma-

nualmente, fermentaram de forma espontânea num

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VINHO REGIONAL ALENTEJANO MONTE BRANCO 2010 TINTO

RECENTEMENTE ESTE VINHO FOI DISTINGUIDO

COM O PRÉMIO EXCELÊNCIA PELA REVISTA

DE VINHOS

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GARRAFEIRA

Companhia das Lezírias ‘1836’ Grande Reserva Tinto 2012

Vinho de cor rubi intensa com boa frescura aromática, com predominância para os frutos pretos bem maduros.

Apresenta taninos densos muito redondos, acidez equilibrada, madeira bem integrada, revelando grande potencial de guarda, num conjunto com boa estrutura

e consistência, mantendo todo o seu carácter aromático num fi nal persistente e muito longo.

pequeno lagar onde a pisa foi feita pelo método tradicional.

De seguida, o vinho estagiou em barricas novas de carvalho

francês durante 14 meses, a partir do qual não teve qualquer

outra intervenção.

ERA UMA VEZ UM VINHO…

O início da atividade vitícola da Companhia das Lezírias

remonta ao ano de 1881, altura em que se instalou a vinha

na charneca de Catapereiro. Essa área foi crescendo até

1934, ano em que a vinha atingiu o seu máximo expoente,

cerca de 400 hectares. As castas dominantes na altura

eram o Periquita (Castelão) e o Bastardo. Com o passar dos

anos, a vinha foi sendo reestruturada, tendo a Companhia

das Lezírias atualmente cerca de 130 hectares de vinha,

dos quais 65% da área é composta por castas tintas e os

restantes 35% por castas brancas. Entre as castas tintas,

a variedade Alicante-Bouschet é maioritária, seguida pelas

castas Castelão, Trincadeira, Aragonez, Touriga-Nacional,

Cabernet Sauvignon, Syrah, Merlot, Touriga-Franca, Tinta

Barroca e Tinto Cão. As castas brancas instaladas são o

Fernão Pires, Trincadeira das Pratas, Arinto, Roupeiro, Tália,

Verdelho e Vital. O vinho Companhia das Lezírias ‘1836’

Grande Reserva Tinto 2012 é um dos nossos vinhos que

não vai querer deixar de experimentar!

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GARRAFEIRA

ESTE RUM DEVE SER SERVIDO PURO OU ‘ON THE ROCKS’

Rum Zacapa XODestilado com mel tirado de

canas-de-açúcar virgens, este rum passa por um processo de fermentação

lento. Possui um equilíbrio perfeito entre a sua complexidade de

aromas e sabores. Nariz expressivo e profundo, completamente balanceado.

Amadeirado, com notas doces e apimentadas, toque de baunilha,

amêndoas e chocolate. Paladar denso e profundo.

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RUM ZACAPA XO

Não deixe de experimentar este rum, originário das montanhas da Guatemala, que é uma verdadeira preciosidade.

riginário das montanhas da Guatemala, este rum resulta de uma homenagem realizada em 1976 ao Centenário da Cidade da Guatemala, capital do país. O que distingue o rum

Zacapa XO da concorrência, entre outros aspetos, é, principalmente, o facto de ser fabricado com mel virgem de cana-de-açúcar, em vez de melaço, e ser sujeito a um processo de fabrico muito meticuloso até ao engarrafa-mento do produto.

oFotografia: Lemonnierfoto

A bebida dos piratas

Sendo conhecida como a bebida dos piratas, é importante recuarmos no tempo e tentarmos perceber a origem do rum. A cana-de-açúcar começou a ser cultivada nas Caraíbas, em 1433, no tempo de Cristóvão Colombo. Era trans-portada pelas esquadras de Colombo a partir das Ilhas Canárias. Nos princípios do século XVI surgiu o primeiro rum destilado a partir da cana-de-açúcar. Existem, de qualquer forma, várias histórias e lendas sobre o rum que envolvem os piratas da época. Alguns entendidos na matéria defendem que a palavra rum deriva de Rumbullion

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Rum Zacapa XO, 70 cl

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GARRAFEIRA

ou Rumbustion. Expressões usadas na gíria inglesa para descrever os excessos provocados pelos bêbados. Outros afi rmam que a palavra rum tem origem latina: saccharum (açúcar).No século XVII o rum era já muito conhecido, sendo considerado uma bebida medicinal que curava todas as doenças e expulsava os ‘demónios’ do corpo. Em 1775 o rum era a bebida mais vendida na América, o consumo anual per capita era de aproximadamente 18 litros.George Washington, na sua campanha eleitoral, distribuía rum grátis por todos aqueles que o ouviam e apoiavam.Atualmente o rum é produzido em muitos países: Índias ocidentais francesas (Martinica e Guadalupe); Índias ocidentais britânicas (Jamaica, Barbados, Guiana, Trinidad); Brasil; Venezuela; Austrália; Cuba; Porto Rico; México; Bolívia; Rússia e Espanha.Esta bebida alcoólica obtém-se por destilação, após a fermentação do sumo fermentado de cana-de-açúcar, xarope de cana ou melaço.Quando se produz à base de sumo de cana, como é o caso do Zacapa XO, considera-se que o processo é agrícola. Sempre que são usados o xarope de açúcar e o melaço, o processo é considerado industrial.

INGREDIENTES300 G DE FARINHA • 1 PACOTE DE FERMENTO DE PADEIRO DESIDRATADO • 1 LIMÃO • 100 G DE MANTEIGA DERRETIDA • 5 OVOS • 1/2 DL DE LEITE • 40 G DE AÇÚCAR • 4 DL DE ÁGUA • 1 LIMÃO (CASCA) • 1 DL + 1/2 DL DE RUM

PREPARAÇÃOColoque a farinha numa tigela com o fermento, a

raspa da casca do limão, a manteiga derretida, os

ovos batidos, o leite morno, 20 g de açúcar e mexa

até obter uma massa homogénea. Divida a massa

pelas formas untadas e deixe levedar até dobrar o

volume. Ligue o forno aos 180ºC e coza os babas

cerca de 30 minutos. Entretanto prepare a calda.

Coloque ao lume um tacho pequeno com a água, a

casca do limão, o restante açúcar, 1 dl de rum e deixe

ferver até fi car um xarope, retire do lume e acres-

cente o restante rum. Depois de prontos desenfor-

me os babas e regue-os, ainda quentes, com a calda.

Baba ao rum

O QUE DISTINGUE O ZACAPA XO DA CONCORRÊNCIA É O FACTO DE SER FABRICADO COM MEL

VIRGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR EM VEZ DE MELAÇO

PARA 6 PESSOAS

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GIN FERDINAND’S

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q

GARRAFEIRA

Este bourbon diferente, fruto de uma receita ancestral, representa o sonho americano. Desfrute-o com alma!

uando Tom Bulleit decidiu criar um bourbon diferente da concorrência, precisou de viajar no tempo para recu-perar a receita do seu trisavô Augusto Bulleit. O resultado

disso é um bourbon diferente, mais seco e com um teor de centeio mais elevado. É mais picante, mais atrevido e menos doce que qualquer outro bourbon.

Fotografia: Lemonnierfoto

Um verdadeiro ícone americano!

Esta preciosa receita tem passado de geração em ge-ração desde 1830. Tom Bulleit, na altura, colocou em risco o seu escritório de advogados e a sua casa para ir atrás do sonho, que acabou por se realizar, e fez do Bulleit um verdadeiro ícone americano.A garrafa e a apresentação do Buillet representam a independência, o espírito e a cultura americana, uma cultura que incentiva o assumir de riscos e o empreen-dedorismo.

WHISKY BULLEIT RYE

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WHISKY BULLEIT RYE

ESTE WHISKY CONTÉM MAIS CENTEIO, O QUE LHE PROPORCIONA UM CARÁCTER

MAIS ACENTUADO E PICANTE E UM ACABAMENTO MAIS SUAVE

Whisky Bulleit Rye, 70 cl

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CRÓNICA

Que prato para este vinho?

Martta Reis Simões Enóloga da Quinta da Alorna

e a gastronomia é um dos maiores prazeres que temos, o vinho é o seu companheiro insubstituível. A combinação entre vinhos e gastronomia

é infi nita e as harmonizações vão do mais óbvio ao mais inusitado, com o espaço entre uma coisa e outra a ser preenchido pela criatividade de cada um. Na generalidade, pensamos primeiro no menu e depois no vinho para acompanhar cada um dos pratos. E por que não o contrário? Hoje vou levar para o jantar um vinho branco fresco e intenso, o que é que vou cozinhar? De uma maneira ou de outra, deve ter-se em conta o princípio do equilíbrio. O sabor do prato não deve sobrepor-se ao vinho, nem o inverso deve acontecer, prevalecendo a harmonia entre os dois. É deste equilíbrio que resultam as melhores harmonizações.Neste jogo de sabores não há regras básicas. Não é verdade que os queijos e carnes se devem fazer acompanhar sempre de vinhos tintos e os peixes de vinhos brancos. É muito mais divertido do que isso! Deixe-se de preconceitos e experimente um queijo de pasta mole, amanteigado, com um vinho branco com madeira. Se pensarmos na constituição deste tipo de queijo, que possui cerca de 30% de matéria gorda, e que esta gordura pode ser equilibrada no palato pela acidez, um vinho branco adequa-se melhor pois a acidez é mais elevada e a sensação fi nal na boca será mais leve e não tão

pesada. Contudo este vinho branco terá de ter uma boa estrutura e volume para combinar com um produto deste tipo.Para pratos muito condimentados e com sabo-res intensos, opte por vinhos mais encorpados e densos. Os taninos de um tinto intenso são suavizados por pratos de carnes vermelhas, por exemplo. Geralmente, os melhores vinhos para acompanhar as sobremesas são os vinhos doces, mas cuidado, não vá o açúcar da sobremesa com o açúcar do vinho acabar por ser demasiado. São muitíssimas as combinações possíveis, desde colheitas tardias, ice wine, moscatéis ou vinhos do Porto. Contudo, tintos também protagonizam excelentes pairings com diversas sobremesas. Dou o exemplo de um bolo de especiarias com uma calda de chocolate branco e queijo de pasta mole. Divinal!Para além de apostarmos nas combinações menos arriscadas, só criamos espaço para as melhores surpresas quando experimentamos, fugimos ao mais comum e vamos pelo menos vulgar, ou até improvável. Já pensou que uma sopa da pedra pode fi car excelente com um branco encorpado com madeira? E o rosé, se lhe disser que é o melhor companheiro para o sushi e pastas italianas? O que acha de equilibrar a intensidade aromática de um caril com um branco intenso?Aqui fi cam algumas sugestões e, em caso de dú-vida, a melhor maneira de escolher será, sempre, experimentar!

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