Eiv Planos Final

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Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) do Hospital do Subúrbio Periperi, Salvador-BAHIA

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EIV Planos Final Hospital de Salvador

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  • Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV)do Hospital do SubrbioPeriperi, Salvador-BAHIA

  • Av. Luiz Tarqunio, 1821, Sl. 21C Centro Com. da Torre-Jardim Belo Horizonte-Lauro de Freitas/Ba CEP:42700-000 Tel / Fax: (71) 3379-4587 / (71) 3369-1421

    Estudo de Impacto de Vizinhana Hospital do Subrbio de Salvador

  • Av. Luiz Tarqunio, 1821, Sl. 21C Centro Com. da Torre-Jardim Belo Horizonte-Lauro de Freitas/Ba CEP:42700-000 Tel / Fax: (71) 3379-4587 / (71) 3369-1421

    A. INTRODUO

    O presente trabalho se constitui do Estudo de Impacto de Vizinhana EIV- do

    Hospital do Subrbio, projeto desenvolvido pela Secretaria de Sade do Governo do

    Estado da Bahia, localizado na Rua Manoel Lino (Cdigo 23.609), Zona de

    Concentrao de Uso 31 - Valria, Regio Administrativa 15, Periperi, Municpio de

    Salvador BA.

    Este Estudo cumpre as recomendaes constantes da Lei Federal no. 10.257,

    aprovada em 10/07/2001 e em vigor desde 10 de outubro do mesmo ano

    (especialmente no que tocam os seus artigos 36 a 38). Esta lei, tambm conhecida

    como Estatuto da Cidade, regulamenta o Captulo de Poltica Urbana da Constituio

    Federal de 1988, ao tempo em que estabelece diretrizes gerais e apresenta

    instrumentos de poltica urbana a serem utilizados pelos governos municipais e as

    comunidades locais. Essas diretrizes e instrumentos atendem aos princpios do direito

    a cidades sustentveis para as atuais e futuras geraes.

    Os problemas urbanos verificados principalmente nas grandes cidades brasileiras,

    decorrentes do elevado ritmo de urbanizao da populao nas ltimas dcadas, ditam

    a urgncia na aplicao desses instrumentos, para minimizar os graves problemas

    urbanos j acumulados, - o esgotamento dos grandes aglomerados urbanos, a

    degradao das relaes de vizinhana, as dificuldades de circulao, insalubridade,

    degradao do ambiente urbano, conseqente processo crescente de degradao da

    vida urbana - em, busca da melhoria dos padres de qualidade de vida urbana.

    Com o propsito de oferecer um embasamento consistente para o projeto e subsidiar a

    construo, discusso e implementao do mesmo com a comunidade, foi elaborado

    este Estudo de Impacto de Vizinhana.

    O foco deste EIV um equipamento urbano voltado ao atendimento de sade, em

    implantao na franja do Parque Metropolitano de So Bartolomeu, conforme o projeto

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    original apresentado pela Secretaria de Sade do Governo do Estado da Bahia

    Secretaria de Planejamento SEPLAM .

    Este Estudo apresenta os efeitos esperados sobre a cidade. Para o tema "valorizao

    imobiliria", por exemplo, descreve as conseqncias do projeto, e avalia se tais

    conseqncias sero positivas (valorizao propriamente dita) ou negativas

    (desvalorizao imobiliria). Do mesmo modo, em relao ao trfego, demonstra os

    efeitos do empreendimento e as medidas necessrias para que os problemas sejam

    contornados. A implantao de uma nova via j prevista no PDDU, a duplicao ou

    alargamento de vias de acesso so alternativas analisadas.

    A preocupao em controlar os efeitos deste empreendimento no planejamento urbano

    e indicar aes mitigadoras e compensatrias para a minimizao de riscos e danos

    ambientais e descontroles urbansticos na rea de entorno do empreendimento, faz

    deste estudo um instrumento de real valor para o licenciamento do uso hospitalar no

    local proposto.

    A1. Consideraes Quanto Aplicao da Lei que Regulamenta o Estudo de Impacto de Vizinhana.

    A Constituio Federal

    A Constituio Federal de 1988 privilegiou o planejamento urbano nas cidades

    brasileiras, bem como o controle dos problemas causados pelo fenmeno da

    urbanizao, nos seus Artigos 182 e 183, os quais integram o Captulo II do seu Ttulo

    VII -- Da Ordem Econmica e Financeira. Atravs deste dispositivo, a Constituio

    estabelece a necessria regulamentao das diretrizes gerais da poltica de

    desenvolvimento urbano e assume o Plano Diretor como instrumento bsico da poltica

    de desenvolvimento e de expanso urbana.

    `

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    O Estatuto da Cidade

    Cumprindo o que est estabelecido na Constituio, em 10 de julho de 2001, foi

    promulgada a Lei Federal 10.257, denominada Estatuto da Cidade, que ''estabelece

    normas de ordem pblica e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana

    em prol do bem coletivo, da segurana e do bem-estar dos cidados, bem como o

    equilbrio ambiental".

    O enunciado da lei e as diretrizes gerais estabelecidas no Estatuto da Cidade refletem

    uma clara preocupao do Congresso Nacional com relao harmonizao entre os

    fatores econmicos, ambientais e sociais urbanos, em busca da garantia do direito a

    cidades sustentveis.

    A complexidade das aes de preservao, recuperao e revitalizao das reas

    urbanas, requer do poder pblico aes integradas e multidisciplinares, que ao mesmo

    tempo organize a ocupao do solo, a circulao e estabelea medidas de respeito

    convivncia nas cidades. Para enfrentar esta complexidade, o Estatuto da Cidade,

    criou um sistema de normas e institutos que tm em seu cerne a ordem urbanstica,

    fazendo nascer um direito urbano-ambiental dotado de institutos e caractersticas

    peculiares, que possibilita a construo do conceito de cidade sustentvel, com suas

    contradies, dicotomias e pluralidade.

    O Estatuto da Cidade , portanto, a expresso legal da poltica pblica urbana, que traz

    um novo paradigma, caracterizado pela anlise da cidade e dos empreendimentos

    pontualmente considerados, a partir do direito urbano. Este novo direito separa o direito

    de propriedade do direito de construir, no reconhece a propriedade se esta no

    cumprir com a funo social, tem no Plano Diretor o instrumento principal da poltica

    urbana e o definidor da funo social da propriedade na cidade, bem como refora a

    gesto e os instrumentos para atuao municipal.

    Ressalte-se que as audincias pblicas esto previstas no Estatuto da Cidade, como

    um dos instrumentos de gesto democrtica da cidade.

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    Determina essa Lei que:

    "Art. 2 A poltica urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das

    funes sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes

    diretrizes gerais:

    [...]

    XIII - audincia do Poder Pblico municipal e da populao interessada nos

    processos de implantao de empreendimentos ou atividades com efeitos

    potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construdo, o

    conforto ou a segurana da populao;

    [...]

    Art. 43. Para garantir a gesto democrtica da cidade, devero ser utilizados,

    entre outros, os seguintes instrumentos:

    [...]

    II - debates, audincias e consultas pblicas;

    O Estudo de Impacto de Vizinhana

    O Estatuto da Cidade (Lei n 10.257/01) acima comentado, trouxe um novo instrumento

    de controle da Poltica Urbana: o Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV), disciplinado

    nos artigos 36 37 e 38, na Seo XII do Captulo II - Dos Instrumentos da Poltica

    Urbana.

    semelhana do Estudo Prvio de Impacto Ambiental (EIA), o EIV est voltado para

    as questes urbansticas, contudo, aspectos estritamente ambientais, como ventilao

    e iluminao (Art. 37, VI, Estatuto da Cidade), devero ser analisados pelo EIV.

    Os incisos do art. 37 indicam as questes mnimas a serem contempladas no EIV,

    entre as quais a "valorizao imobiliria" (inciso IV) e a "gerao de trfego e demanda

    por transporte pblico" (inciso V).

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    Art 37. O EIV ser executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do

    empreendimento ou atividade, quanto a qualidade de vida da populao residente na

    rea e suas proximidades, incluindo a anlise, no mnimo, das seguintes questes:

    I - Adensamento populacional

    II - Equipamentos urbanos e comunitrios

    III - Uso e ocupao do solo

    IV - Valorizao imobiliria

    V - Gerao de trfego e demanda por transporte pblico

    VI - Ventilao e iluminao

    VII - Paisagem urbana e patrimnio natural e cultural

    O EIV regulamentado por lei municipal que define os empreendimentos e atividades

    privadas ou pblicas que merecero sua aplicao, observando os efeitos positivos e

    negativos que os mesmos possam causar qualidade de vida da populao residente

    na rea e suas proximidades e somente aps a anlise e aprovao do EIV sero

    autorizadas as licenas de Construo, ampliao ou funcionamento a cargo do Poder

    Pblico Municipal.

    A2. Consideraes quanto ao Estudo de Impacto de Vizinhana

    Tradicionalmente, as licenas de construo controlavam a esttica do projeto, a

    acomodao s normas de polcia de construo individualmente tratadas. A partir do

    advento das licenas urbansticas passou-se a controlar as atividades urbanas, visando

    a adequao ao planejamento urbanstico.

    O Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV), est dentre os instrumentos de gesto sob

    regulamentao municipal, o qual impe a avaliao prvia dos empreendimentos e

    atividades urbanas, objetivando a previso de impactos provocados pela implantao

    de grandes empreendimentos nas cidades. Assim como o Estudo de Impacto

    Ambiental (EIA), analisa os efeitos positivos e negativos do empreendimento sobre o

    ambiente natural, com vistas ao licenciamento ambiental, o EIV analisa os efeitos do

    projeto na cidade, como condicionante para emisso de licenas, autorizaes de

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    construo, de ampliao ou de funcionamento a cargo do Poder Pblico municipal.

    Desse modo, possibilita s autoridades pblicas exigir o cumprimento de medidas

    preventivas e corretivas, capazes de evitar ou minimizar malefcios e maximizar

    benefcios do projeto.

    O EIV integra o processo de aprovao urbanstica, sendo exigido como pr-requisito

    deste e necessariamente integrado ao Plano Diretor, justamente porque instrumento

    desta inovao trazida a partir das avaliaes dos impactos. Trata-se, portanto, de um

    instrumento que tem sua matriz no cumprimento da funo social da propriedade.

    Com a anlise dos impactos possvel avaliar a pertinncia da implantao do

    empreendimento ou atividade no local indicado, ou seja, avaliar se o proposto est

    adequado ao local, estabelecendo uma relao da cidade com o empreendimento e do

    empreendimento com a cidade, considerando o meio no qual est inserido, apontar

    formas de mitigao do impacto gerado, alm de apontar medidas compensatrias

    para o mesmo meio no qual a atividade ou empreendimento se instalar.

    Alm das tradicionais limitaes fsico-territoriais e de zoneamento, relacionadas ao

    regime urbanstico da gleba e da atividade prevista para a regio, a implantao de

    empreendimentos e atividades, passa a se submeter a possibilidade de absoro, bem

    como da compatibilidade com o local no qual pretende se instalar.

    A elaborao deste estudo contempla uma srie extensa de pesquisa, alem de uma

    boa base cartogrfica para espacializaes temticas, observando-se estudos e

    projees a respeito de: educao, sade, segurana, cultura, esporte, lazer, turismo,

    transporte, fsico territoriais, ambientais, institucionais, legais

    Com o EIV busca-se evitar:

    Enchentes; Congestionamentos; Falta ou inadequao de espaos pblicos;

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    Ocupaes desordenadas/sem critrio; Infra-estrutura inadequada/subdimensionada; Equipamentos urbanos insuficientes (sade, educao, etc.); Insegurana; Transportes ineficientes/inadequados; Investimentos pblicos inadequados; Degradao urbana; Deseconomias.

    O objetivo maior do Estudo de Impacto de Vizinhana democratizar o sistema de

    tomada de decises sobre os grandes empreendimentos a serem realizados na cidade,

    dando a oportunidade de adequaes e melhorias no projeto proposto. Neste sentido,

    fundamental a participao popular no processo de tomada de deciso.

    Vantagens do EIV para o Empreendimento

    Alem das vantagens que o EIV representa para o controle do ordenamento do uso e

    ocupao do solo urbano, o que se reflete em melhorias para a cidade e para o

    cidado, o EIV traz inegavelmente um conjunto de vantagens para o empreendimento e

    em conseqncia para o empreendedor. Entre estas vantagens pode-se enumerar:

    Contribui para o processo de aprovao do Empreendimento; Estabelece de condies ou contrapartidas para seu funcionamento; Apresenta sugestes das adequaes necessrias para a defesa ambiental, de

    forma a viabilizar o empreendimento;

    Recomenda o direcionamento dos ajustes necessrios na infra-estrutura do entorno do mesmo, com objetivo de melhorar ou minimizar os impactos gerados

    para esta regio urbana.

    Este estudo visa tambm, debater o projeto do empreendimento, em conjunto com o

    empreendedor e rgos pblicos, a fim de promover as alteraes tcnicas

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    necessrias viabilizao do mesmo, buscando mitigar os impactos gerados pelo

    empreendimento em especial quanto:

    A destinao adequada dos efluentes sanitrios; A reduo do consumo de gua potvel; O equacionamento do grave problema da poluio por guas pluviais; O grave problema da impermeabilizao do solo; A destinao correta dos resduos slidos gerados pelo empreendimento; A reserva de rea verde quando for o caso; A melhor soluo para o sistema virio, dando condies para que, os que

    acorrerem para o novo empreendimento possam faz-lo com segurana e

    conforto;

    As adequaes das reas de carga e descarga.

    B. CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO INFORMAES GERAIS

    B.1. Identificao das instituies envolvidas

    O Empreendimento Hospital do Subrbio uma iniciativa do Governo do Estado da

    Bahia, que atravs da Secretaria Estadual de Sade SESAB, planeja, e opera os

    equipamentos de atendimento de sade pblica do Estado. A execuo da obra

    encontra-se sob a responsabilidade da Superintendncia de Construes

    Administrativas da Bahia SUCAB, a qual contratou a Construtora MRM, para a

    construo do mesmo.

    B.2. Autoria do projeto

    O autor do projeto o Arquiteto Rose Brando, CREA 32.302, o qual responde como

    responsvel tcnico pelo mesmo.

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    B.3. Caractersticas especficas

    Classificao de uso

    De acordo com a Lei de Ordenamento do Uso e Ocupao do Solo do Municpio de

    Salvador, - Lei n 3.377/84, modificada pela Lei n 3.853/88 - o empreendimento est

    classificado como uso institucional de apoio a sade

    Composio de reas

    O projeto apresentado ocupa uma rea de cerca de 26% (11.956,57m) de uma rea

    de terreno que mede 45.525,38 m, e prope uma utilizao de aproximadamente 44%,

    deixando cerca de 28% de rea permevel.

    A distribuio de reas proposta pelo projeto est apresentada no quadro abaixo:

    AREA DO TERRENO M 45.525,38 m REA TIL TOTAL 15.798,05 m REA CONSTRUDA TOTALM 19.825,93 m REA OCUPADA TOTAL M 11.956,57 m REA PAVIMENTADA (PASSEIOS) m 4.556,98 m REA PERMEVEL COMUM m 12.703,72 m REA PERMEVEL (PISO INTERTRAVADO) m 15.220,00 m

    ndices Urbansticos

    Pelo que se pode aferir do quadro acima exposto, os ndices urbansticos do projeto do

    Hospital do Subrbio, comparativamente aos permitidos pelo Plano Diretor Urbano de

    Salvador, encontram-se expostos no quadro abaixo.

    NDICES URBANSTICOS

    PDDU/ LOUOS PROJETO

    CAB 1,50 0,44

    IO 0,50 0,26

    IP 0,15 0,30

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    Pelo exposto, pode-se afirmar que, o projeto apresentado se encontra dentro dos

    limites e parmetros admitidos pela Lei de Uso e Ocupao do Solo de Salvador, com

    larga margem para atingir os limites estabelecidos.

    B.4. Objetivos

    Os objetivos do projeto do Hospital do Subrbio, proposto pela Secretaria de Sade do

    Estado da Bahia, o de complementar a rede pblica de atendimento hospitalar de

    Salvador, hoje com deficincias qualitativas e quantitativas e distores espaciais e de

    acessibilidade, buscando dar cobertura e assistncia mdico hospitalar a uma rea

    extremamente carente de servios pblicos, especialmente de sade.

    PLANTA PROJETO ARQUITETNICO

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    PLANTA IMPLANTAO

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    B.5. reas Propostas para Implantao do Empreendimento.

    O programa do Hospital do Subrbio est distribudo em um pavilho principal

    desenvolvido em quatro pisos, alem de construes de apoio, perfazendo um total de

    19.825,93m, de acordo com a tabela abaixo: DETALHAMENTO DAS REAS

    EDIFICAES REA TIL

    m REA

    CONSTRUDA m

    COTA DE NVEL

    m

    EDFCIO PRINCIPAL TRREO

    9.702,37

    11.856,13 73,5

    1- PAVIMENTO 2.397,78

    3.122,42

    78

    PAVIMENTO TCNICO 1 PAV. 3.274,82

    3.367,78

    77,25

    PAVIMENTO TCNICO 2 PAV.

    423,08 436,90 80,8

    TOTAL: 15.798,05

    18.783,23

    EDFICAES DE APOIO (ANEXOS)

    GUARITA - 12,25 77,75

    CAPELA 65,14

    78,66

    73,33

    GARAGEM DE AMBULNCIAS - - -

    ABRIGO DE RESDUOS - 74.64 71,95

    SUSESTAO 01 - 75,60

    72,96

    SUSESTAO 02 - 10,43 73,55

    SUSESTAO 03 - 75,60

    73,43

    CASA DE MEDIO - 15,21

    72,72

    CENTRAL. DE GASES MEDICINAIS

    - 54,83

    73.73

    CENTRAL DE GUA GELADA - 228,63

    73,75

    RESERVATRiOS 276,85

    73,l9

    CALDEIRA - 40,00

    72,05

    TOTAL: 65,14

    1.042,70

    -

    TOTAL DAS EDIFICAES; 15.863,19

    19.825,93

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    B.6. Dados da Localizao do Imvel (Entorno e Localizao Direta)

    O Projeto proposto pela SESAB, para o Hospital do Subrbio, localiza-o a Noroeste

    do Municpio de Salvador, prximo ao limite com o Municpio de Simes Filho, a Norte,

    onde se encontra, o Centro Industrial de Aratu. Trata-se de uma localizao

    estratgica, uma vez que se constitui de um centro geogrfico que polariza a populosa

    regio do subrbio a oeste e a no menos populosa regio do Miolo de Salvador a

    Leste, onde se localizam os assentamentos de Valria e Cajazeiras.

    Esta regio de caractersticas fsico-ambientais peculiares sofreu a partir da dcada de

    1970, um processo intenso de ocupao. Predominando uma populao de baixo

    poder aquisitivo, a regio ficou margem do ciclo de desenvolvimento econmico do

    Estado, embora neste perodo, tivesse ocorrido a implantao do CIA e posteriormente

    do Plo Petroqumico de Camaari.

    A ao do poder pblico na regio, com a implantao de grandes loteamentos acabou

    por representar um forte vetor de ocupao desta regio. A este, somaram-se as

    invases como a Coutos, Rio Sena e Nova Constituinte na dcada de 1980

    resultando em assentamentos de baixa qualidade urbanstica, implicando no processo

    de favelizao do subrbio.

    Este estado demanda aes urgentes de qualificao urbana pela administrao

    pblica.

    B.7. Justificativas para Construo do Empreendimento

    A rede de sade estadual na Regio Metropolitana de Salvador, mesmo com o apoio

    de hospitais que se localizam nos municpios da sua composio, ainda depende muito

    do Hospital Geral do Estado (HGE), que tem uma logstica complicada para

    atendimento rpido, pela sua localizao central na capital que implica em acessos

    saturados e de trfego lento.

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    A construo do Hospital do Subrbio, sobre o ponto de vista da sua localizao

    permitir um atendimento a partir da BR-324, articulada BA-528, possibilitando o

    atendimento mais rpido a demandas emergenciais em reas contguas a essas

    rodovias, dilatando o seu atendimento aos municpios vizinhos e, sobretudo,

    desafogando o Hospital Joo Batista Carib, nico hospital que at ento atende o

    Subrbio Ferrovirio.

    Na planta a seguir, nota-se que os hospitais de Salvador entranham-se no seu

    saturado sistema virio, de velocidade mdia muito reduzida (em torno de 30km/h nos

    pontos crticos). A articulao do Hospital do Subrbio s vias expressas um

    diferencial que poder ter um peso vital na configurao do sistema urbano da Regio

    Metropolitana.

    A rea escolhida para o Hospital est localizada na regio contgua ao importante

    subcentro municipal de Periperi. O valor histrico-cultural das reas de Piraj e Parque

    So Bartolomeu, nas suas proximidades, associados ao maior remanescente de Mata

    Atlntica urbana da Amrica Latina, criam condies efetivas para se pensar o seu

    desenvolvimento integrado, tornando necessria a recuperao e desenvolvimento

    desse espao.

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    B.8. Legislao Disciplinadora

    Segundo o Plano Diretor Urbano de Salvador, a rea do Hospital do Subrbio incide

    sobre uma macrozona que a orienta a proteo e requalificao ambiental na rea de

    estudo, justificada por sua interferncia por proximidade com a bacia do cobre e

    macrozona sobre a qual incide a sua APA (Macrozona de Proteo Ambiental).

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    H tambm a incidncia de uma ZPR3 Zona de Uso Predominantemente Residencial

    sobre o terreno do Hospital, regida pelo Zoneamento Urbano da lei n 7400/2008, que

    orienta o uso e ocupao do solo da cidade de Salvador, conforme mapa a seguir.

  • Av. Luiz Tarqunio, 1821, Sl. 21C Centro Com. da Torre-Jardim Belo Horizonte-Lauro de Freitas/Ba CEP:42700-000 Tel / Fax: (71) 3379-4587 / (71) 3369-1421

    Sobre estas duas determinaes fsicas para a rea do Hospital, retira-se do Plano

    Diretor, com carter especfico e/ou genrico o seguinte grupo de determinaes:

    Subseo III

    Da Macrorea de Proteo e Recuperao Ambiental

    Art. 160. A Macrorea de Proteo e Recuperao Ambiental compreende

    reas:

    I - de valor ambiental significativo em que a ocupao urbana ocorreu de forma

    ambientalmente inadequada, ou nas quais se quer promover a ocupao de

    forma sustentada;

    II - adjacentes a Unidades de Conservao integral ou de uso sustentvel cuja

    ocupao desordenada pode comprometer a qualidade ambiental das

    unidades vizinhas;

    III - que oferecem risco para a ocupao humana, em razo das caractersticas

    geomorfolgicas ou geotcnicas do solo.

    Art. 161. O ordenamento territorial na Macrorea de Proteo e Recuperao

    Ambiental tem como objetivo qualificar os assentamentos existentes de modo

    a minimizar os impactos negativos decorrentes da ocupao indevida do

    territrio, e prevenir ocupaes que venham a comprometer o equilbrio

    ambiental ou resultar em situaes de risco para as populaes humanas.

    Art. 162. So diretrizes para a Macrorea de Proteo e Recuperao

    Ambiental:

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    I - nos casos de reas j ocupadas, localizadas no entorno de Unidades de

    Conservao:

    a) manuteno da densidade populacional e de ocupao do solo em nveis

    compatveis com a sustentabilidade do ambiente, e restrio a usos que

    possam comprometer a qualidade ambiental da rea ou de espaos vizinhos

    de relevante valor ecolgico;

    b) elevao dos padres de qualidade dos assentamentos precrios ou

    implantados indevidamente nas imediaes de reas de relevante valor

    ambiental;

    II - nos casos de reas ambientalmente degradadas, recuperao ambiental,

    com a promoo de usos que possam ser compatibilizados com a

    sustentabilidade ambiental da rea;

    III - nos casos de reas de interesse ambiental passveis de ocupao:

    a) estabelecimento de densidades populacionais e de ocupao do solo

    compatveis com o uso sustentvel da rea;

    b) compatibilizao dos planos de parcelamento do solo e dos projetos de

    urbanizao com a conservao das reas de preservao permanente, em

    especial das faixas de proteo rede hdrica;

    c) restrio a usos que possam comprometer o meio ambiente pela descarga

    de efluentes lquidos ou gasosos ou disposio de resduos slidos sem

    tratamento adequado.

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    Art. 163. Aplicam-se Macrorea de Proteo e Recuperao Ambiental,

    prioritariamente, os seguintes instrumentos de Poltica Urbana, entre aqueles

    previstos por esta Lei e facultados pelo Estatuto da Cidade:

    I - zoneamento ambiental;

    II - Transferncia do Direito de Construir;

    III - Direito de Preferncia;

    IV - Zonas Especiais de Interesse Social;

    V - incentivos fiscais e financeiros para a conservao das unidades;

    VI - Outorga Onerosa do Direito de Construir

    Art. 166. As Zonas Predominantemente Residenciais, ZPR, so destinadas

    preferencialmente aos usos uni e multiresidenciais, admitindo-se outros usos

    desde que compatveis com os usos residenciais, de acordo com os critrios e

    restries estabelecidos pela legislao de ordenamento do uso e ocupao

    do solo.

    Pargrafo nico. So diretrizes para as Zonas Predominantemente

    Residenciais, ZPR:

    I - garantia da qualidade da moradia mediante a imposio de critrios, ndices

    e parmetros de uso e ocupao do solo que minimizem os conflitos entre

    usos, contemplando as necessidades bsicas, nos mbitos sociais, comerciais

    de servios e religiosas da populao;

    II - incentivo participao das comunidades locais na fiscalizao do uso e

    ocupao do solo, exercidas pelo Poder Pblico;

    III - realizao de Estudos de Impactos de Vizinhana, EIV, para

    empreendimentos geradores de relevante impacto urbanstico-ambiental;

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    IV - realizao de estudos com propostas de soluo para os impactos na

    mobilidade como pr-requisito para aprovao de empreendimentos geradores

    de trfego.

    QUADRO 01

    PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO MUNICPIO DO SALVADOR

    ZONEAMENTO COEFICIENTES DE APROVEITAMENTO

    ZONA SUBZONA IDENTIFICAO

    COEFICIENTE DE

    APROVEITAMENTO

    CAB CAM

    ZONAS DE USOS RESIDENCIAIS

    ZPR ZONA PREDOMINANTEMENTE RESIDENCIAL

    ZPR-1 Zona Predominantemente Residencial 1 0,50

    ZPR-2 Zona Predominantemente Residencial 2 0,50 1,00

    ZPR-3 Zona Predominantemente Residencial 3 1,50

    ZPR-4 Zona Predominantemente Residencial 4 1,00 2,00

    ZPR-5 Zona Predominantemente Residencial 5 1,50 2,50

    ZPR-6 Zona Predominantemente Residencial 6 2,00

    ZPR-7 Zona Predominantemente Residencial 7 1,00 2,50

    ZPR-8 Zona Predominantemente Residencial 8 2,00 3,00

    Seo II

    Das Zonas de Usos Residenciais

    Subseo I

    Das Zonas Predominantemente Residenciais

    Art. 166. As Zonas Predominantemente Residenciais, ZPR, so destinadas

    preferencialmente aos usos uni e multiresidenciais, admitindo-se outros usos

    desde que compatveis com os usos residenciais, de acordo com os critrios e

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    restries estabelecidos pela legislao de ordenamento do uso e ocupao

    do solo.

    Pargrafo nico. So diretrizes para as Zonas Predominantemente

    Residenciais, ZPR:

    I - garantia da qualidade da moradia mediante a imposio de critrios, ndices

    e parmetros de uso e ocupao do solo que minimizem os conflitos entre

    usos, contemplando as necessidades bsicas, nos mbitos sociais, comerciais

    de servios e religiosas da populao;

    II - incentivo participao das comunidades locais na fiscalizao do uso e

    ocupao do solo, exercidas pelo Poder Pblico;

    III - realizao de Estudos de Impactos de Vizinhana, EIV, para

    empreendimentos geradores de relevante impacto urbanstico-ambiental;

    IV - realizao de estudos com propostas de soluo para os impactos na

    mobilidade como pr-requisito para aprovao de empreendimentos geradores

    de trfego.

    Conclui-se que, a partir destas determinaes, o Hospital do Subrbio fica sujeito a

    apresentar solues de tratamento adequado de efluentes e dejetos orgnicos, como

    condicionante sua implantao nesta zona urbana, sendo insignificantes os prejuzos

    atmosfricos gerados pelo empreendimento.

    B.9. Descrio do Projeto

    A unidade contar com emergncia peditrica e de adulto, alm de 248

    leitos, assim distribudos: 30 de UTI, 30 de Semi-intensivo, 178 leitos clnicos

    e 10 unidades para queimados. Ser equipado ainda com centro cirrgico,

    unidade de imagem com RX, tomgrafo, ultrassonografia, endoscopia e

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    eletrocardiograma, laboratrio, central de material esterilizado, lavanderia,

    farmcia centralizada, almoxarifado, cozinha, refeitrio e servio de

    engenharia clnica.

    A concluso da obra est prevista para maro 2010, com investimento

    previsto de R$ 42 milhes, beneficiando diretamente a populao dos bairros

    do Subrbio e adjacncias, alm do atender aos pacientes regulados do

    interior do estado. A rea total do hospital ser de 45,5 mil metros

    quadrados, sendo 19 mil metros quadrados de rea construda.

    (Agecom - Assessoria Geral de Comunicao Social do Governo do Estado

    da Bahia)

    B.10. Caractersticas das instalaes DADOS GERAIS

    N DE LEITOS UTI ADULTO 20

    LEITOS

    UTI PEDlATRICA 20

    LEITOS

    SEMl-NTENSIVA 20

    LEITOS

    QUEIMADOS 10

    LEITOS

    INTERNAO ADULTO 114

    LEITOS

    INTERNAO PEDITRICA

    64

    LEITOS

    TOTAL DE LEITOS 248

    LEITOS

    N DE VAGAS ESTACIONAMENTO

    VAGAS VISITANTES 146

    VAGAS

    VAGAS ACESSVEIS VISITANTES

    4

    VAGAS

    VAGAS FUNCIONRIOS 84

    VAGAS

    VAGAS ACESSVEIS FUNCIONRIOS

    2

    VAGAS

    TOTAL VAGAS 230

    VAGAS

    TOTAL VAGAS ACESSVEIS

    6

    VAGAS

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    C. DEFINIO E CARACTERIZAO DO ENTORNO

    A rea do Projeto

    A rea de implantao do Hospital do Subrbio um terreno bastante antropizado pela

    extrao de arenoso e por um loteamento preexistente que lhes causou

    desconfigurao completa topogrfica e vegetacional. Planificada, a rea localiza-se

    em um cume de morro que divide a Bacia do Cobre e a Bacia do Paraguari, qual

    participa.

    A bacia hidrogrfica do Paraguari, que se desenvolve a oeste do terreno do Hospital,

    abriga uma rea verde de encosta no protegida e uma plancie de inundao, onde se

    encontra a nascente do Rio Paraguari. Nesta rea encontra-se uma ocupao marcada

    por assentamentos subnormais, visivelmente marginalizados e que apresentam

    deficincias de servios urbanos e de atividades econmicas.

    A ocupao desta rea problemtica em decorrncia de uma geomorfologia

    caprichosa, conformada em substratos argilosos expansivos, de fcil desestabilizao,

    o que resulta em formaes de encostas ngremes de solos instveis (composio de

    massap).

    Ao sudoeste tambm se estende uma ocupao irregular ao longo de uma via sem

    pavimentao, sinuosa e ngreme at conectar-se ao Loteamento Rio Sena, com

    acesso direto e mais amplo at Mirantes de Periperi.

    Todas as reas vicinais restantes, principalmente na poro Leste, configuram-se como

    vazio urbano, assegurado pela delimitao do Parque Metropolitano de Piraj. O

    Parque possui uma superfcie de 1500 ha, dos quais 75 ha correspondem a uma rea

    religioso/cultural, denominada Parque So Bartolomeu. Embora fortemente degradado

    por desmatamentos, ocupaes irregulares e minerao nas zonas limtrofes ao

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    hospital, a rea detm uma importante contribuio para a Bacia Hidrogrfica do

    Cobre.

    Barreiras

    A partir de avaliaes em campo e da cartografia foi possvel constituir um diagrama de

    barreiras fsicas que, atravs de caractersticas geogrficas e de mobilidade urbana.

    A definio de barreira deve levar em conta a interrupo das inter-relaes entre

    duas reas, definindo desenvolvimentos diversos dentro do contexto urbanstico. Neste

    estudo, estas barreiras apresentam-se principalmente por desnveis topogrficos ou por

    reas no urbanizadas, no capacitadas a produzir qualquer fluxo ou apoio

    mobilidade urbana.

    A BA-528, por sua vez, desenvolve uma barreira antrpica criada pelo tipo de trfego

    que ali se insere, o que afere uma demarcao territorial e estabelece interrupo e

    alterao nas relaes entre suas margens.

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    Impacto Primrio

    Atravs da anlise das barreiras que limitam a relao imediata do hospital com seu

    entorno e da estimativa de uma distncia de conforto para trajeto a p de 500 metros,

    considerando a adversidade da topografia acidentada, a insero do Hospital do

    Subrbio ir mobilizar interaes urbansticas diretas na rea determinada no mapa

    abaixo.

    A rea de Impacto Primrio ser a reflexiva imediata das interaes fsicas, sociais e

    econmicas que se desenvolvero com a insero do hospital. Conforme a lgica que

    a define, estar inevitavelmente relacionada a uma nova dinmica que exigir sua

    requalificao urbana para aporte de servios agregados ao funcionamento do

    Hospital, sobretudo para o apoio ao fluxo e permanncia de uma populao flutuante

    de baixa renda que ir povoar esta regio.

    No mapa abaixo esto relacionados os setores censitrios que se sobrepem rea de

    Impacto Primrio, e que sero os principais instrumentos para avaliao scio-

    econmica.

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    Impacto Secundrio

    A localizao do Hospital do Subrbio possibilita uma dilatao do alcance da sua

    operao a 2 regies administrativas (RA) de Salvador, que tero em grande parcela o

    acesso facilitado pelo carter expresso das rodovias BR-324 e BA-528. Destarte, sero

    consideradas como regio de entorno, sujeita ao impacto secundrio de interferncia,

    as RAs XVI (Subrbios Ferrovirios) e XVII (Valria).

    Este entorno deve ser compreendido como uma zona de ateno acessibilidade do

    hospital e de interao social, mobilizando uma resposta sistemtica da lgica urbana.

    Estima-se que o hospital ser o equipamento de sade preferido pela populao destas

    RAs, e em carter de emergncia ser considerado como melhor opo para

    operaes de salvamentos.

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    IMPACTO SECUNDRIO - RAs

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    Descrio do Entorno de Impacto Secundrio A zona de entorno de impacto secundrio do Hospital do Subrbio define-se pelo vetor

    de expanso Norte da Cidade do Salvador e est localizado a noroeste do municpio,

    estendendo-se ao longo da borda da Baa de Todos os Santos, incorporando a plancie

    litornea, a Falha Geolgica do Recncavo e a margem oeste da BR-324, conforme

    figura em anexo.

    Abrange uma rea de aproximadamente 4.842 hectares, com uma densidade mdia de

    61,45 habitantes por hectare (RA XVI: 91,4 hab/ha; RA XVII: 31,5 hab/ha). A RA XVII,

    correspondente Valria, possui uma distoro em relao a sua densidade pela

    incidncia do Parque So Bartolomeu em sua poligonal, o que lhe confere uma

    reduo pela grande rea desocupada do Parque. No entanto, a caracterstica e o

    padro dos assentamentos nestas duas RAs, so em maioria semelhantes. Com

    algumas excees de padres pouco mais elevados, como o caso de Periperi,

    grande parte dos assentamentos nas duas reas se apresentam com alta densidade e

    conformam bolses de pobreza de crescimento desenfreado, catico e com grandes

    problemas de ordem social.

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    Tipologia de Assentamento

    Habitaes Espontneas

    So as habitaes implantadas em reas ocupadas de forma espontnea, ao

    longo de antigos sistemas virios principais, ou em antigos loteamentos

    projetados em desacordo com a legislao municipal. Apresentam arruamentos

    retilneos delimitados, com infra-estrutura parcialmente implantada pelas

    autoridades pblicas e progressivamente melhorada pelos moradores,

    encontrando-se em precrio estado de conservao. Distribuem-se por vezes no

    incio das encostas, em solos areno-argilosos e so afetadas por processos

    erosivos laminares, ou por vezes em plancies marinhas, em solos arenosos,

    com declividade entre 0 e 15%. Podem ser servidas por ruas pavimentadas ou

    por ruas sem pavimentao. Dispem de rede de abastecimento de gua e rede

    eltrica. O sistema de esgotamento sanitrio predominante do tipo fossa

    rudimentar. As guas pluviais escoam geralmente atravs de sarjetas. A coleta

    de lixo regular. As habitaes so construdas predominantemente com blocos

    de tijolos rebocados e cobertas com telhas cermicas; possuem rea que varia

    de 50 a 70 m2 e gabarito de 1 ou 2 pavimentos.

    Habitaes Irregulares

    So as habitaes situadas em encostas ngremes, ao longo de vias estreitas

    implantadas em desacordo com as normas tcnicas. Apresentam carncia de

    infra-estrutura bsica e, as eventualmente existentes, so afetadas por

    problemas de projeto e manuteno. Distribuem-se nas encostas ngremes do

    vale, em solos argilo-arenosos (Grupo Ilhas) com declividade entre 15 e 50%.

    So afetadas por processos erosivos.O sistema virio constitudo por ruas no

    pavimentadas, escadas e caminhos. A gua fornecida atravs de rede

    implantada pela prpria comunidade ou com ligaes clandestinas. O sistema de

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    esgotamento sanitrio predominante constitudo por fossas rudimentares ou

    por canalizaes, implantadas pelos prprios moradores, com lanamento a cu

    aberto. As guas pluviais escoam diretamente no terreno. A coleta de lixo

    irregular, devido dificuldade de acesso por parte dos veculos coletores. A

    habitaes, em sua maioria, so construdas com blocos de tijolos sem reboco e

    cobertas com telhas de fibrocimento; possuem rea de 30 a 50 m2 com gabarito

    de 1 ou 2 pavimentos.

    Conjuntos habitacionais

    Localizados nas partes mais altas, implantados em terrenos terraplenados, os

    conjuntos habitacionais so servidas por infra-estrutura bsica e por sistema

    virio pavimentado. Dispem de rede de abastecimento de gua, energia,

    incluindo iluminao pblica, e de esgotamento sanitrio. As guas pluviais

    escoam por meio de sarjetas e canalizaes subterrneas. A coleta de lixo

    regular. As habitaes so construdas em blocos de tijolos rebocados, cobertas

    com telhas cermicas ou de fibrocimento, rea mdia entre 100 e 150 m2,

    gabarito de 4 pavimentos.

    Loteamentos Regulares

    Esto localizados por vezes em cumeadas, sobre solos areno-argilosos e so

    afetadas por processo erosivos laminares, por vezes em plancies marinhas, em

    solos arenosos (Terrao Marinho). So servidas por ruas pavimentadas e

    dispem de rede de abastecimento de gua e rede eltrica, incluindo iluminao

    pblica. O sistema de esgotamento sanitrio constitudo por fossas spticas,

    algumas com problemas de manuteno, e fossas rudimentares. As guas

    pluviais escoam por meio de sarjetas e canalizaes subterrneas. A coleta de

    lixo regular. As habitaes so construdas predominantemente com blocos de

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    tijolos rebocados e cobertas com telhas cermicas, possuem rea que varia de

    70 a 100 m2 e gabarito de 1 ou 2 pavimentos.

    D. IDENTIFICAO DOS IMPACTOS

    D.1. Impacto Econmico

    A determinao dos impactos proporcionados pelas inverses pblicas um

    instrumento fundamental para subsidiar a tomada de deciso pelos gestores

    governamentais. Para tanto, a utilizao de instrumentos de elaborao e avaliao

    social torna-se essencial.

    A adoo desta abordagem de welfare economics pelo gestor pblico revela o seu

    pragmatismo e preocupao com o atingimento dos objetivos das polticas pblicas. O

    entendimento de que se o Bem Estar Econmico a parcela do Bem Estar Geral que

    pode ser medida, ento deve ser utilizado para orientar a ao pblica j se encontra

    sedimentado nos trabalhos econmicos. A anlise Custo-Benefcio, um de seus

    instrumentos essenciais, tem se revelado, ao longo do tempo, a mais popular tcnica

    econmica empregada para determinao de prioridades na avaliao de polticas.

    Evidentemente, esta abordagem no exclui a avaliao de outras variveis qualitativas,

    que, em muitas oportunidades, revelam-se fundamentais para a tomada de deciso

    final. No entanto, no restam dvidas quanto densidade e importncia das

    informaes fornecidas pelas tcnicas de avaliao social de projetos.

    Assim, para atingir os seus objetivos, este estudo lanar concomitantemente mo (I)

    de tcnicas de welfare economics, com o intuito de avaliar a convenincia e os

    benefcios econmicos advindos da implantao do Hospital do Subrbio, e (II) de

    anlises qualitativas, com o objetivo de analisar como este projeto afetar o quotidiano

    da populao residente no entorno do empreendimento.

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    D.1.1. Desenvolvimento Econmico Local A economia dos entornos primrio e secundrio apresenta baixo grau de

    desenvolvimento, sendo marcada por elevado grau de informalidade de seus agentes.

    Este fato tem origem na prpria dificuldade de insero da comunidade local no

    sistema econmico, graas a carncia de sua infra-estrutura fsica e parcas

    oportunidades de emprego pela virtual inexistncia de investimentos pblicos e

    privados de porte e significado econmico na regio.

    Para se perceber de modo mais objetivo o impacto da implantao do Hospital do

    Subrbio em seus entornos primrio e secundrio, deve-se decompor o conceito de

    desenvolvimento em suas componentes essenciais, a saber: renda, educao e sade.

    Feito isto, evidente o modo como a sua implantao deve afetar o nvel de

    desenvolvimento no entorno do empreendimento. Este deve, em essncia,

    proporcionar um incremento na infra-estrutura de sade deste entorno, permitindo a

    esta populao uma melhora no acesso a atendimento mdico especializado.

    Os efeitos sobre as dimenses renda e educao, conforme discutido a seguir, sero

    limitados pelas caractersticas do empreendimento.

    D.1.2. Gerao de Empregos Por se tratar de um empreendimento de carter pblico o efeito de gerao de

    emprego para a populao residente no entorno do empreendimento deve ser baixo,

    tanto no seu estgio de implantao quanto no de sua operao. Isto se deve

    necessidade do gestor pblico cumprir o princpio da impessoalidade, o que limita a

    capacidade do mesmo privilegiar uma dada comunidade. Este princpio se

    consubstancia na necessidade do gestor:

    1. Realizar licitao para definir qual ser a empresa responsvel pela execuo

    da obra; e

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    2. Realizar concurso pblico para contratar os funcionrios do empreendimento,

    caso este seja diretamente operado pelo estado; ou

    3. Realizar licitao para contratar a instituio responsvel pela gesto do

    equipamento

    D.1.3. Criao de Novas Alternativas Econmicas e Sustentabilidade da Economia Local A implantao do Hospital do Subrbio vai implicar na gerao de um fluxo de mdicos,

    funcionrios, pacientes e seus acompanhantes para o entorno primrio do

    empreendimento. Este fluxo vai se tornar perene e implicar numa demanda por

    servios que dem suporte s necessidades desta populao.

    Estes servios vo oferecer comunidade local uma srie de novas oportunidades

    econmicas, uma vez que boa parte delas no demanda investimento de capital

    significativo. Dentre outras, o influxo de pessoas ao hospital dever demandar servios

    de hospedagem, alimentao, transporte, sade, fotocpia e funerria.

    Para que se maximize a probabilidade de tais demandas efetivamente se

    transformarem oportunidades ser preciso uma ao conjunta do poder pblico e

    rgos de apoio como SEBRAE e SENAC para instrumentalizar a comunidade e

    permitir que os empreendimentos construdos para fazer face a estas demandas

    consigam superar a informalidade. A capacitao e financiamento dos empreendedores

    locais sero, portanto, pea fundamental para a efetiva materializao de alternativas

    econmicas sustentveis pela populao do entorno primrio e secundrio do

    empreendimento.

    A ausncia de tais aes podem implicar num sub-aproveitamento de tais

    oportunidades, seja pela incapacidade dos agentes econmicos locais de fugir

    informalidade,dadas as suas carncias, seja pela captura de parcela significativa de

    tais oportunidades por agentes econmicos oriundos de outras regies da urbe.

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    D.1.4. Valorizao Imobiliria X Especulao/Depreciao

    fato bem conhecido que, terrenos situados no entorno de empreendimentos de porte,

    voltados para o atendimento pblico em zonas urbanas adensadas, aumentam

    significativamente de valor em funo da sua proximidade, da nova atratividade, das

    melhorias urbanas e da acessibilidade construda pelo mesmo. Dessa forma, o efeito

    positivo desta valorizao aplica-se em princpio ao proprietrio do terreno. Porm,

    efeitos multiplicadores de melhoria urbana podem ser esperados em funo desta

    valorizao.

    D.1.5. Integrao da cadeia produtiva

    A implantao do empreendimento no deve gerar impactos significativos sobre a

    cadeia produtiva do entornos primrio e secundrio do empreendimento, na medida em

    que em suas fronteiras no existem agentes econmicos capacitados para integrar a

    montante a cadeia de suprimentos do Hospital.

    O Hospital do Subrbio um empreendimento pblico que precisar, portanto, cumprir

    os preceitos legais no momento de celebrar seus contratos de fornecimento. Isto torna

    pouco plausvel o estabelecimento de contratos com os agentes econmicos pouco

    especializados e detentores de baixo grau de formalizao instalados nos entornos

    primrio e secundrio do Hospital do Subrbio.

    Como destacado anteriormente, a principal oportunidade para a comunidade residente

    no entorno primrio do empreendimento a oferta de bens e servios demandados

    pelo afluxo de mdicos, funcionrios, pacientes e acompanhantes ao Hospital.

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    D.1.6. Arrecadao de tributos Dados o alto grau de informalidade da economia dos entornos primrio e secundrio do

    empreendimento, bem como a baixa participao relativa dos mesmos na arrecadao

    tributria municipal, o efeito sobre a arrecadao tributria deve ficar restrito ao efeito

    desconto gerado pela aquisio de insumos pelo Hospital de seus fornecedores

    (terceiros e funcionrios).

    D.1.7. Benefcios, Prejuzos, compensaes

    Para se estimar os resultados econmicos da implantao do Hospital do Subrbio,

    este estudo lanou mo da abordagem da Avaliao Social de Projetos. Seu objetivo

    o de examinar os efeitos diretos e indiretos que sero causados por um determinado

    projeto, permitindo verificar quando a economia como um todo est sendo prejudicada

    ou beneficiada.

    Para operacionalizar esta abordagem, que demanda a converso dos preos de

    mercado, que, por definio, so aqueles observados quotidianamente, em preos

    sociais, que devem refletir os custos de oportunidade para a economia como um todo,

    lanou-se mo dos fatores de converso desenvolvidos pelo BID para operacionalizar o

    PRODETUR no estado da Bahia. Alm destes fatores, empregou-se tambm a taxa de

    desconto social estimada pelo organismo em 12,0% a.a. (doze por cento ao ano). Esta

    opo se deve convenincia do uso de uma metodologia de avaliao de benefcios

    sociais que tem sido largamente utilizada e se revelado bem sucedido ao longo das

    ltimas duas dcadas.

    Estudo do Entorno Hospital do Subrbio

    A partir da base nos dados fornecidos pelo IBGE, por meio do Censo Demogrfico

    2000, este estudo busca entender o comportamento da renda no entorno primrio do

    Hospital do Subrbio, conforme definido anteriormente. A partir do cruzamento das

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    poligonais de interferncia do Hospital do Subrbio, conforme anteriormente exposto,

    com os setores censitrios do IBGE chegou-se ao seguinte quadro:

    Tabela 1 - Setores Censitrios IBGE Integrantes do Entorno Primrio do Hospital do Subrbio

    SETORES CENSITRIOS

    292740805130070 292740805130118 292740805160055

    292740805130071 292740805160050 292740805160057

    292740805130117 292740805160051 292740805260001

    Caracterizao do entorno primrio - Populao

    Dimenso Estrutural

    a) Total Populacional

    Esta definio permite determinar que o total populacional deste entorno composto

    por 7.098 (sete mil e noventa e oito) pessoas, residentes em 1.953 (hum mil

    novecentos e cinqenta e trs) domiclios. Isto perfaz uma mdia de 3,6 (trs inteiros e

    seis dcimos) habitantes por domiclio.

    b) Pirmide Etria

    Esta populao encontra-se com a seguinte distribuio etria:

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    Tabela 2 Entorno Primrio do Hospital do Subrbio: Pirmide Etria

    FAIXA ETRIA PESSOAS PARTICIPAO

    RELATIVA PARTICIPAO ACUMULADA

    00-04 752 10,6% 10,6% 10-14 844 11,9% 35,6% 15-19 700 9,9% 45,5% 20-24 701 9,9% 55,4% 25-29 677 9,5% 64,9% 30-34 671 9,5% 74,4% 35-39 649 9,1% 83,5% 40-44 410 5,8% 89,3% 45-49 264 3,7% 93,0% 50-54 192 2,7% 95,7% 55-59 109 1,5% 97,3% 60-64 82 1,2% 98,4% 65-69 46 0,6% 99,1% 70-74 29 0,4% 99,5% 75-79 17 0,2% 99,7% 80 + 21 0,3% 100,0%

    Total 7.098 100,00% -

    Fonte: IBGE

    Estes dados permitem rapidamente a juventude desta populao, dado o significado

    dos grupos de crianas (at 14 anos) e jovens adultos (entre 15 e 29 anos) na mesma.

    Sendo o segmento mais numeroso, o grupo de crianas gera, principalmente, uma

    demanda social por polticas e equipamentos de educao e sade especficos para

    este grupo.

    Por sua vez, o grupo de jovens adultos quase to representativo quanto o de

    crianas, representando 29,28% (vinte e nove inteiros e vinte e oito centsimos por

    cento) do total. Este fato cria uma forte demanda social desta comunidade por incluso

    no mercado de trabalho. Esta uma caracterstica que apresenta absoluta

    consonncia com aquela da populao de Salvador como um todo, sendo um

    fenmeno que evidncia a mudana na estrutura etria de sua populao- o seu

    envelhecimento.

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    Dimenso Renda

    A anlise dos dados de renda fornecidos pelo IBGE permite determinar o perfil de

    renda da populao residente na regio que compe o entorno do Hospital do

    Subrbio, conforme abaixo.

    a) Renda Mdia do Responsvel pelo Domiclio

    Para determinao da renda utilizou-se o critrio Renda Mdia do Responsvel pelo

    Domiclio, extrado dos dados especficos de cada setor censitrio integrante do

    entorno do Hospital do Subrbio.

    Tabela 3 - Distribuio do Rendimento Mensal do Responsvel pelo Domiclio

    RENDA EM SALRIOS

    MNIMOS

    RESPONSVEIS PELO

    DOMICLIO

    PARTICIPAO

    RELATIVA

    PARTICIPAO

    ACUMULADA

    Sem Rendimento 420 21,5% 21,5%

    At SM 89 4,6% 26,1%

    1/2 a 1 SM 495 25,3% 51,4%

    1 a 2 SM 462 23,7% 75,1%

    2 a 3 SM 213 10,9% 86,0%

    3 a 5 SM 198 10,1% 96,1%

    5 a 10 SM 66 3,4% 99,5%

    10 a 15 SM 7 0,4% 99,8%

    15 a 20 SM 1 0,1% 99,9%

    + 20 SM 2 0,1% 100,0%

    Total 1.953 100,00% -

    Fonte: IBGE

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    b) Distribuio por classes sociais

    Tabela 4 Entorno do Hospital do Subrbio: Renda Mdia e Distribuio de Domiclios por Classe Social

    RENDA

    TOTAL (R$)

    TOTAL DE

    DOMICLIOS

    RENDA MDIA

    RESPONSVEL

    (R$)

    DOMICLIOS

    CLASSE A

    CLASSE B

    CLASSE C

    CLASSE D

    CLASSE E

    1.418.715 1.953 726,43 2 8 66 411 1.466

    Participao Relativa 0,1% 0,4% 3,4% 21,0% 75,1%

    Fonte: IBGE

    Para que se possa estabelecer uma conexo entre as classes sociais e o rendimento

    mensal do responsvel pela residncia, adota-se aqui o critrio de equivalncia* entre

    renda e classe scio-econmica utilizada pela ABA/ABIPEME. Assim:

    Tabela 5 - Equivalncia entre Classe Social e Rendimento

    CLASSE SCIO ECONMICA RENDA MENSAL

    (SALRIOS-MNIMOS)

    A 20 e mais

    B 10 a 20

    C 5 a 10

    D 2 a 5

    E At 2

    Este dados permitem inferir que:

    I) As populaes dos estratos D e E, em que os respectivos responsveis pelo

    domiclio percebem menos de 5 (cinco) salrios mnimos de renda, representam a

    maioria absoluta da populao do entorno do Hospital do Subrbio. Representam,

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    respectivamente, 21,0% (vinte e um inteiros por cento) e 75,1% (setenta e cinco

    inteiros e um dcimo por cento) do total de residentes em seu entorno, totalizando

    96,1% (noventa e seis inteiros e um dcimo por cento) da populao do entorno;

    II) De outra forma, os estrato mais abastados, de classe A e B, compem

    apenas 0,1% (um centsimo por cento) e 0,4% (quatro centsimos por cento),

    respectivamente, da populao do entorno. Representam, destarte, 0,5% (cinco

    centsimos por cento) do total.

    Com base nestas informaes, fica evidenciado o perfil de elevada carncia econmica

    que caracteriza esta populao, em que as classes menos favorecidas constituem

    basicamente toda a populao.

    Determinao da Caracterstica do Entorno do Hospital do Subrbio

    Em face do at aqui observado, pode-se, a partir deste instante, determinar que o

    entorno primrio do Hospital do Subrbio caracteriza-se como uma rea habitada por

    uma populao extremamente jovem e de baixssima renda, demandante de uma srie

    de aes do poder pblico para poder progredir, vencer as dificuldades quotidianas e

    inserir-se na sociedade de modo pleno.

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    Anlise da Viabilidade Econmica

    Oramento

    Planilha Oramentria preo de mercado

    Uma vez de posse do oramento do projeto, os valores devem ser agregados em

    funo dos seguintes critrios:

    (1) Mo de Obra no Qualificada (MONQ)

    (2) Mo de Obra Qualificada (MOQ)

    (3) Materiais e Equipamentos (M&E)

    Isto se deve necessidade de se converter o montante investido a preos sociais.

    Estes representam o esforo efetivo empreendido pela sociedade para consumar o

    projeto. O quadro adiante expe estes valores:

    Tabela 6 - Hospital do Subrbio: Oramento Desagregado Preo de Mercado

    PREO DE MERCADO

    FATORES DESAGREGADOS

    MOQ

    MONQ

    M&E

    Oramento (42.099.765,23) (6.314.964,78) (14.734.917,83) (23.154.870,88)

    Destarte, v-se que, a preo de mercado, o montante de inverses demandado para

    concretizar o projeto atinge o montante de R$42.099.765,23 (quarenta e dois milhes

    noventa e nove mil setecentos e sessenta e cinco reais e vinte e trs centavos).

    Planilha Oramentria Preos Sociais1

    Uma vez adequadamente agregados os valores, pode-se, ento, proceder ao clculo

    do custo social do Oramento. Para tanto, aplicam-se Fatores de Converso (FC) dos

    preos de mercado, conforme a seguir: 1 Fatores de Converso (FC) explicitados no Regulamento Operativo do Prodetur

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    (1) Mo de Obra no Qualificada [FC 0,23]

    (2) Mo de Obra Qualificada [FC 0,79]

    (3) Materiais e Equipamentos [FC 0,94]

    Tabela 7 Hospital do Subrbio: Oramento Desagregado Preos Sociais

    PREO SOCIAL FATORES DESAGREGADOS

    MOQ

    MONQ

    M&E

    Oramento (30.143.431,90) (4.988.822,18) (3.389.031,10) (21.765.578,62)

    Determinao do Valor Presente do Montante Total de Investimento a Preos Sociais

    Aps o ajuste promovido pelo emprego dos Fatores de Converso, pode-se, enfim,

    dimensionar o montante investido a preos sociais R$30.143.431,90 (trinta milhes

    cento e quarenta e trs mil quatrocentos e trinta e um reais e noventa centavos). Este

    o montante do sacrifcio demandado da sociedade para que o projeto seja levado a

    cabo.

    Custos com Operao, Administrao e Manuteno (OAM)

    Ao custo oramentrio, somam-se os custos com Operao, Administrao e

    Manuteno (OAM) do mesmo. Como no h ainda estimativas precisas quanto aos

    custos de operao do empreendimento, estes foram estimados a partir da projeo da

    depreciao dos seus ativos, que representa o custo de reposio dos ativos de

    capital. Esta estimativa foi construda partindo das premissas de que (1) os ativos tm

    uma vida til de 25 anos e (2) que no possuem qualquer valor residual.

    Deste modo, aplicou-se uma taxa de 4% a.a. (quatro por cento ao ano) ao valor dos

    ativos, tanto a preos de Mercado- R$42.099.765,23 (quarenta e dois milhes noventa

    e nove mil setecentos e sessenta e cinco reais e vinte e trs centavos)- quanto a

    preos sociais- R$30.143.431,90 (trinta milhes cento e quarenta e trs mil

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    quatrocentos e trinta e um reais e noventa centavos). A tabela abaixo expressa os

    resultados obtidos:

    Tabela 8 Hospital do Subrbio: Valor Presente dos Custos OAM

    ANO PREO DE MERCADO

    (R$) PREOS SOCIAIS

    (R$)

    1 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    2 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    3 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    4 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    5 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    6 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    7 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    8 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    9 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    10 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    11 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    12 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    13 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    14 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    15 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    16 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    17 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    18 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    19 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    20 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    21 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    22 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    23 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    24 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    25 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

    Valor Presente* dos Custos OAM (13.207.772,61) (9.456.765,19)

    *Custo de Oportunidade empregado: 12% a.a. (doze por cento ao ano)

    Disto resulta que o montante requerido para a manuteno do projeto, a preo de

    mercado, alcana o total de R$13.207.772,61 (treze milhes, duzentos e sete mil,

    setecentos e setenta e dois reais e sessenta e um centavos) ao longo do horizonte de

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    anlise deste estudo. No entanto, estes valores devem ser ajustados a preos de

    eficincia.

    O clculo do montante dos custos de Operao, Administrao e Manuteno (OAM)

    do projeto de implantao do Hospital do Subrbio a preos sociais, expresso na ltima

    coluna da tabela, evidencia que estes atingem o montante de R$9.456.765,19 (nove

    milhes quatrocentos e cinqenta e seis mil setecentos e sessenta e cinco reais e

    dezenove centavos).

    Inverso Social Total

    Com base no apurado at este item, pode-se afirmar que o montante total do sacrifcio

    que deve ser incorrido pela populao, a preos sociais, para implantar o Hospital do

    Subrbio de R$ 39.600.197,09 (trinta e nove milhes seiscentos mil cento e noventa

    e sete reais e nove centavos).

    Este valor tem origem no somatrio do gasto relativo ao oramento de obra, cujo total

    de R$30.143.431,90 (trinta milhes cento e quarenta e trs mil quatrocentos e trinta e

    um reais e noventa centavos), e do valor presente dos custos OAM, cujo montante

    alcana R$9.456.765,19 (nove milhes quatrocentos e cinqenta e seis mil setecentos

    e sessenta e cinco reais e dezenove centavos).

    Benefcios Sociais

    Para se determinar adequadamente o montante dos benefcios advindos da

    implantao do Hospital do Subrbio, uma vez que se trata de um bem pblico, deve

    ser empregado o Mtodo da Avaliao Contingente. Este pode ser descrito como a

    elaborao de cenrios hipotticos que, aplicados por meio de uma survey a uma dada

    populao, permite estimar o valor de sua disposio a pagar (DAP) para viabilizar a

    manuteno e conservao do bem em estudo.

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    Esta tcnica tenta, ao estabelecer um cenrio hipottico, ampliar a capacidade de

    valorao adequada do bem em estudo pelo entrevistado, de modo que se possa

    estabelecer um valor que reflita a mxima disposio a pagar deste para obter os

    benefcios proporcionados por tal ativo. Este valor representa, assim, o valor atribudo

    pela sociedade a um determinado bem.

    Como alternativa elaborao de uma pesquisa de campo para se determinar a DAP,

    uma vez que se trata apenas de um primeiro exerccio, este estudo busca apoiar-se na

    metodologia empregada por Dubeuxs (1998)2 e verificar a plausibilidade da DAP mnima mdia individual necessria viabilizao do Investimento. Assim, em lugar de procurar estimar a DAP real, busca-se aqui, apenas verificar a plausibilidade deste valor ser maior ou igual ao Investimento demandado para que se torne um empreendimento concreto. Para tanto, determina-se que DAP mnima mdia individual dada pela diviso da DAP total pela populao beneficiada.

    DAP x Investimento Populao dos entornos primrio e secundrio

    Toda a populao residente nos limites determinados pelos entornos primrio e

    secundrio indicados neste estudo beneficia-se da implantao do Hospital do

    Subrbio. Como anteriormente exposto, a populao total residente nestes limites de

    313.202 (trezentos e treze mil duzentos e dois) habitantes, estando agrupada em

    79.322 (setenta e nove mil trezentos e vinte e dois) domiclios. Do total, 245.217

    (duzentos e quarenta e cinco mil duzentos e dezessete inteiros) habitantes residem em

    61.981 (sessenta e um mil novecentos e oitenta e um inteiros) domiclios na RA

    Subrbios Ferrovirios, enquanto 67.985 (sessenta e sete mil novecentos e oitenta e

    cinco inteiros) habitantes residem em 17.341 (dezessete mil trezentos e quarenta e um

    inteiros) domiclios da RA Valria.

    O objetivo desta seo o de verificar qual a parcela da renda destes indivduos que

    deve ser voluntariamente transferida para viabilizar o empreendimento e verificar a 2 Dubeux, Carolina Burle Schmidt. A Valorao Econmica como Instrumento de Gesto Ambiental o caso da despoluio da Baa de Guanabara. 1998. 89 f. Dissertao (Mestrado em Engenharia) Programa de Ps-Graduao em Engenharia, UFRJ, Rio de Janeiro.

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    plausibilidade de tal hiptese. Considerando que o investimento total deve

    corresponder DAP total, a DAP mnima mdia individual corresponde ao fardo que

    deve ser carregada por cada indivduo da populao.

    Conforme estimado anteriormente, o valor global do investimento para implantao do

    Hospital do Subrbio, orado a preos sociais, alcana, a valor presente, o montante

    de R$ 39.600.197,09 (trinta e nove milhes seiscentos mil cento e noventa e sete reais

    e nove centavos). O horizonte empregado para analisar o projeto foi estimado em 25

    (vinte e cinco) anos e a taxa de desconto social em 12%a.a. (doze por cento ao ano).

    Destarte, conhecendo-se tais variveis, pode-se proceder o clculo da DAP mnima

    mdia para viabilizar o projeto por meio da determinao do fator de recuperao do

    capital (FRC) que permita identificar o montante de cada anuidade de pagamentos

    postecipados que equivale ao valor presente do Investimento. O fator de recuperao

    de capital (FRC) dado por:

    FRC = i (1+i) n

    (1+i)n-1

    onde,

    i taxa de desconto;

    n nmero de perodos

    Aplicando-se a equao aos dados conhecidos, tem-se:

    FRC = 0,12 (1+0,12)25

    (1+0,12)25 -1

    FRC = 0,1275

    O estudo scio-econmico do entorno primrio da rea de implantao do projeto

    evidenciou que a populao total do mesmo composta por 313.202 (trezentos e treze

    mil duzentos e dois) pessoas, residentes em 79.322 (setenta e nove mil trezentos e

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    vinte e dois) domiclios. Isto resulta numa mdia de 3,9 (trs inteiros e nove dcimos)

    indivduos residentes por domiclio.

    Tabela 6 Estimativa da DAP mnima mdia mensal individual (preos sociais)

    ORAMENTO FRC

    DAP TOTAL

    ANUAL R$

    DAP TOTAL

    MENSALR$

    POPULAO

    TOTAL

    DAP MNIMA

    MDIA - R$

    39.600.197,09 0,1275 5.049.025,13 420.725,09 313.202 1,34

    Por sua vez, para se converter a DAP mnima mdia individual, exposta a preos

    sociais, para moeda corrente aplica-se o Fator de Converso de benefcios sociais

    genrico de 0,94 (noventa e quatro centsimos). Assim, percebe-se que DAP Mnima

    Mdia Mensal Individual necessria para viabilizar o investimento de R$1,43 (um real

    e quarenta e trs centavos).

    Com base no estudo realizado, sabe-se que esta populao agrupa-se em domiclios

    cuja renda mdia mensal do responsvel de R$726,43 (setecentos e vinte e seis

    reais e quarenta e trs centavos). Promovendo um ajuste na DAP mnima mdia

    individual (multiplicando-a por 3,9 mdia de residentes por domiclio) encontra-se a

    DAP mnima mdia mensal residencial de R$5,56 (cinco reais e cinqenta e seis

    centavos). Esta representa, assim, meros 0,77% (setenta e sete centsimos por cento)

    da renda mdia mensal do responsvel pelo domiclio.

    Isto implica em que mesmo que o peso do investimento recaia apenas sobre os ombros dos responsveis pelos domiclios dos entornos primrio e secundrio do Hospital do Subrbio, este representaria menos de 1% (um por cento) da sua renda, sendo, portanto, um custo marginal que pode ser facilmente suportado por estes.

    Com base nesta evidncia plausvel se afirmar que o valor de uso estimado pelo

    clculo da DAP mnima mdia mensal residencial do entorno do projeto por si s

    garantiria a viabilidade econmica, sob o ponto de vista social, do projeto, uma vez que

    as inverses demandadas pelo mesmo poderiam ser facilmente assimiladas pela

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    capacidade de pagamento da populao, sendo pouco provvel que, dados os

    benefcios advindos da oferta de um moderno centro de sade populao, esta

    apresenta DAP inferior ao mnimo necessrio ao necessrio para justificar a realizao

    do mesmo. Isto implica na concluso de que o projeto, sob o ponto de vista econmico,

    proporciona um incremento no bem estar da populao, devendo ser levado a cabo

    Determinao da Rentabilidade Econmica do Projeto

    Apenas a ttulo de ilustrao, elaborou-se a seguir uma tabela sntese dos resultados

    econmicos do projeto, considerando a plausibilidade da DAP mnima e, portanto,

    incorporando os seus efeitos sobre o mesmo.

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    Tabela 9 Hospital do Subrbio: Anlise Sinttica da Rentabilidade Econmica

    ANO

    BENEFCIOS ECONMICOS

    CUSTOS ECONMICOS FLUXO

    DAP INVESTIMENTO CUSTOS OAM TOTAL DE CUSTOS

    LQUIDO

    0 39.600.197,09 (30.143.431,90) 9.456.765,191 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)2 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)3 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)4 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)5 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)6 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)7 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)8 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)9 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)10 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)11 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)12 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)13 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)14 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)15 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)16 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)17 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)18 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)19 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)20 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)21 (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)22 (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)23 (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)24 (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)25 (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

    VALOR PRESENTE* (39.600.197,09) 0,00

    TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) ANUAL 12,0%

    *Considerando um custo de oportunidade social de 12%a.a (doze por cento ao ano)

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    D.2. Impacto Social Tendo como nico equipamento de sade de porte o Hospital Joo Batista Carib, o

    Subrbio extremamente carente de servios de alta complexidade.

    Em 2005, numa parceria com o Governo Ferederal, foi colocada disposio desta

    populao 5 ambulncias dedicadas do Servio de Atendimento Mdico de Urgncia

    (SAMU). Tambm foram construdas e reformadas outras menores unidades de sade,

    como o Centro de Especialidades Odontolgicas (CEO), que tem capacidade para

    realizar at 3,5 mil procedimentos por ms e atende a populao gratuitamente.

    Ainda assim, a regio extremamente carente de equipamentos e, historicamente,

    demarca um dos principais vetores de pobreza e segregao social do municpio.

    Neste sentido a insero de equipamentos de porte essencial para diminuir a

    distncia social e redirecionar as atenes de investimentos para esta regio.

    Interaes Sociais Sobre rea de Impacto Primrio A permanncia de visitantes e acompanhantes de pacientes em carter de internao

    criam um fluxo elevado de pessoas no entorno, o que acaba por mobilizar pequenos

    comrcios e presena de ambulantes. Esta dinmica envolve, inevitavelmente,

    atenes especiais segurana, principalmente por ser a rea em questo parte de

    uma regio que vive sob severas ameaas por altos indicies de criminalidade.

    O fluxo de acompanhantes tambm cria um problema em relao aos espaos

    dormitrios. A falta de pousadas no entorno poder criar um acmulo de pessoas e

    bagagens nas imediaes do edifcio, como soluo precria e nica para os

    acompanhantes vindos de outros municpios, sem guarida prxima ou condio para

    pagar uma pousada e transporte dirio.

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    D.3. Impacto Sobre a Infra-Estrutura (Demanda X Capacidade Instalada)

    D.3.1. gua e Esgoto Para funcionamento do Hospital do Subrbio, o projeto dever atender as

    condicionantes exigidas pela operadora Embasa, conforme carta expedida em 19 de

    agosto de 2008, cuja cpia est anexa a este documento.

    D.3.2. Resduos Slidos Da Fase de Execuo (Perodo de Obra)

    da empresa construtora a responsabilidade de remoo do material de expurgo

    gerado na obra.

    Da Fase de Operao A rea devidamente atendida por coleta de resduos domiciliares e exigir o

    requerimento de Viabilidade de Coleta Limpurb, com devido armazenamento dos

    resduos em contineres.

    No que diz respeito aos resduos de servios de sade (RSSs), conforme resoluo do

    CONAMA 283/2001 e a Resoluo RDC n306/04 da ANVISA, o tratamento e

    disposio dos resduos fica a cargo do rgo gestor do Hospital. Sendo necessrio um

    plano de neutralizao dos riscos de contaminao local que inclua coleta, transporte,

    tratamento e disposio final. D.3.3. Rede Eltrica e Iluminao Pblica

    Conforme ofcio emitido pela Coelba em 11 de agosto de 2008, de referncia

    1481/2008, em anexo, h viabilidade para atendimento demanda de energia do

    Hospital do Subrbio.

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    Entretanto, as vias locais so mal iluminadas e a rea do hospital no dispe de

    iluminao pblica.

    D.4. IMPACTO AMBIENTAL URBANO D.4.1. Impacto na Morfologia

    A rea de implantao do Hospital, localizado na poro leste do Vale do Paraguari

    formada por um relevo mamelonizado, de topos aplanados, distribudos em cotas

    superiores a 70 metros, onde ocorrem coberturas arenosas da Formao Barreiras e

    relevos suavemente ondulados com declividades das vertentes variadas, sobre

    sedimentos argilosos do Grupo Ilhas. Em geral as declividades ficam entre 10 e 30%,

    porm em pontos especficos ocorrem declividades superiores a 30% sobre solos

    argilosos expansivos do Grupo Ilhas, constituindo-se reas de instabilidade

    geotcnicas onde ocupao sem os devidos cuidados podem ocasionar deslizamentos

    das vertentes.

    A rea especfica do Hospital remanescente de uma jazida de arenoso, cuja

    suspenso das atividades permitiu a regularizao do solo atravs de terraplenagem e

    compactao do fundo da jazida, o que preparou o terreno para suportar a edificao.

    D.4.2. Hidrografia e Recursos Hdricos

    A hidrografia local est representada pela bacia do Rio Paraguari, uma bacia bastante

    diminuta, em forma de quarto crescente de lua, a qual tem a sua rea de recarga

    praticamente local, desenvolvendo-se da falha geolgica do Recncavo at a praia a

    cerca de 4,5 km. Nesta bacia, alem das nascentes do Rio Paraguari, e da sua rea

    estuarina, encontram-se as encostas arenosas e a rea de fundo de vale subdividida

    em espelho permanente de gua e as reas da plancie de inundao do rio Paraguari.

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    Observa-se que a rea estuarina prxima a foz do Paraguari encontra-se retificada por

    um canal, o qual alterou as caractersticas originais do ambiente lagunar enquanto

    regulador da sua vazo, alm de sobrecarregar a sua capacidade de funcionar como

    filtro biolgico de cargas poluentes lanadas em seu corpo hdrico atravs da sua

    vegetao hidrfila que exerce papel purificador de cargas orgnicas contaminantes.

    Observe-se que a ocupao destas reas mais prximas do canal do Paraguari vem

    reduzindo drasticamente esta vegetao.

    Este fato est por exigir a reverso da ocupao, principalmente pela inexistncia de

    um sistema de esgotamento sanitrio eficiente.

    D.4.3. Geotecnia Urbana

    A rea de implantao do projeto do Hospital do Subrbio, em si, est localizada em

    um altiplano, o qual se desenvolve a cerca de 80 metros de altitude, formando um

    divisor de guas a leste do Vale do Paraguari. rea remanescente de uma jazida

    de arenoso e integra a formao barreiras, composta por sedimentos areno-argilosos,

    dispostos sub-horizontalmente e de forma tabular em cotas quase sempre superiores a

    70 m.

    Este solo que abriga sedimentos areno-argilosos, com intercalaes de lentes

    caolinticas, apresenta uma elevada susceptibilidade a processos erosivos

    especialmente em declives, onde a cobertura vegetal venha a ser removida. Este

    processo intensifica a eroso do solo provocando o assoreamentos das calhas dos

    cursos dgua.

    D.4.4. Paisagem, Insolao e Ventilao em Terrenos Lindeiros As alteraes promovidas pela explorao de arenoso no terreno do Hospital

    sujeitaram a sua implantao a uma conformao cercada quase que totalmente por

    pores mais elevadas de terrenos, com declividades suaves ou em cortes abruptos

    causados pela minerao.

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    Esta condio criou uma barreira visual que, ainda que considerada a sua cota mxima

    de elevao, assegura a baixssima ou nula alterao na paisagem local, em especial a

    partir da visada de manuteno mais importante configurada a partir do Parque So

    Bartolomeu.

    Pelo mesmo motivo, no h alteraes na ventilao ou insolao nos terrenos

    lindeiros, conforme o diagrama demonstra.

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    E. MATRIZ OBJETIVA DE AVALIAO DE IMPACTO PRIMRIO Como forma de consolidar as avaliaes aqui decorridas acerca dos

    possveis impactos que incidiro sobre a dinmica geogrfica e urbana do

    entorno primrio do Hospital do Subrbio, utilizou-se como mtodo a

    construo de uma matriz de indicadores. Esta matriz permite aferir a

    intensidade dos impactos e o perfil conseqencial total do empreendimento

    sobre o ambiente urbano ao qual se insere.

    A matriz objetiva incorpora informaes que permitem uma avaliao

    conclusiva atravs dos seguintes fatores:

    grau de impacto de cada ao sobre cada elemento componente que integra a vizinhana;

    os coeficientes de impactos de todas as aes sobre cada um dos componentes que integram a vizinhana;

    o balano dos impactos de cada ao sobre todos os componentes que integram a vizinhana.

    O mtodo utilizado afere pesos que variam de -1 a +1, considerando-se a

    seguinte escala de valorao:

    1 Altamente positivo

    0,5 Positivo0 Incuo

    -0,5 Negativo-1 Altamente negativo

    Nesta matriz foram consideradas em linha todas as aes relacionadas a

    implantao do Hospital do Subrbio, para aferio dos impactos das

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    mesmas sobre a vizinhana. Assim foram relacionadas as aes de

    terraplenagem, Fundaes, Construo, Equipagem e operao do Hospital.

    Na coluna da esquerda foram relacionados todos os itens da vizinhana,

    considerados objeto de impacto (ou de serem impactados). A se encontram

    relacionados como elementos componentes que integram a vizinhana:

    Emprego, demografia, Equipamentos urbanos, uso e ocupao do solo,

    valorizao imobiliria, sistema virio e trfego, transportes, ventilao,

    iluminao, paisagem, infra-estrutura, ambiente urbano, dinmica urbana e

    dinmica social.

    Na coluna da direita foram relacionados os coeficientes de impactos

    especficos, resultante de todas as aes sobre cada elemento objeto da

    vizinhana. Na linha inferior esto relacionados os balanos de impacto de

    cada ao sobre a vizinhana. Estas duas ultimas so resultado do

    somatrio de cada impacto de uma ao especfica sobre um dos elementos

    especficos objeto da vizinhana. MATRIZ OBJETIVA DE AVALIAO DE IMPACTO DE VIZINHANA

    AES Terraplenagem Fundaes Construo Equipagem Operao Coeficiente de

    Impactos especficos

    Emprego

    J realizada

    0,5 1 0,5 1 3

    Demografia 0 0,5 0,5 0,5 1,5

    Equipamentos Urbanos 0 1 1 1 3

    Uso e Ocupao 0,5 0,5 1 1 1 4

    Valorizao Imobiliria 0 0 0,5 0,5 1 2

    Sistema Virio eTrfego -0,5 -0,5 -1 -1 -1 -4

    Transporte 0 -0,5 -1 -1 -1 -3,5

    Ventilao 0 0 0 0 0 0

    Iluminao 0 0 0,5 0,5 0,5 1,5

    Paisagem 0,5 0 -0,5 0 0 0

    Infra-estrutura 0,5 0 -1 -1 -1 -2,5

    Ambiente -0,5 0 -1 1 0 -0,5

    Dinmica Urbana 0 0 1 0,5 1 2,5

    D