Tepui - Revista de Jornalismo Científico da Universidade Federal de Roraima (UFRR)
DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · objetivos imprecisos no próprio Jornalismo de...
Transcript of DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · objetivos imprecisos no próprio Jornalismo de...
1
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
JORNALISMO MARKETING NA ERA DIGITAL
Paula Gabrielle Martins Antunes
ORIENTADOR: Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro 2017
DOCUMENTO P
ROTEGID
O PELA
LEID
E DIR
EITO A
UTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Marketing. Por: Paula Gabrielle Martins Antunes
JORNALISMO MARKETING NA ERA DIGITAL
Rio de Janeiro 2017
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço às mulheres da minha vida - mãe e avó
- por toda dedicação, força e empenho que
sempre tiveram desde a minha infância até hoje.
4
DEDICATÓRIA
Dedico ao meu avô, que não está presente
fisicamente, mas estará sempre comigo em todas
as jornadas da vida.
5
RESUMO
A redução das diferenças informacionais entre os jornalistas e o cidadão
comum tende a criar uma dependência mútua porque o profissional precisa de
dados e fatos para poder transformá-los em notícias, através da
contextualização, verificação de autenticidade, precisão, pertinência e
realidade, ao mesmo tempo em que as pessoas precisam aprender a lidar com
a informação.
O engajamento com o público, pelo qual a relação entre jornalistas e
receptores vai para um estágio mais avançado, passou de colaboração
episódica para a busca da identificação de necessidades atuais, motivação e
objetivos imprecisos no próprio Jornalismo de Marketing na era digital. O
Jornalismo passou a ter necessidade de seduzir e atrair seus espectadores,
mas de uma forma sutil, contando com o envolvimento do público através de
seu subconsciente.
Palavras-chave: Estudos, Jornalismo, Redução, Autenticidade, Tempo,
Marketing, Era Digital.
6
METODOLOGIA
Seguindo avaliações crítico-reflexivas, este projeto de pesquisa, através
da metodologia de observação participativa por meio de análise documental,
almeja o levantamento bibliográfico a respeito dos dados coletados, a partir da
realização do tema no decorrer do projeto.
As análises documentais bibliográficas, segundo seus autores e os
dados coletados, permitirão atingir informações que poderão evidenciar quais
as contribuições destes princípios para a sociedade sobre o tema deste estudo.
O objetivo principal de tal fonte de informações para o desenvolvimento
deste projeto tem como base à agregação de valor real, aos ensinos, já
existentes com especificidade para monitoramento dos fatores que atingem tal
grau de complexidade nas questões deste tema. A análise dos dados obtidos,
através da pesquisa própria no qual serão de forma específica, analisados,
separados, correlacionados e trarão o relatório final, através do
desenvolvimento.
O estudo tem como finalidade destacar a importância da pesquisa no
processo do jornalismo marketing na era digital e demonstra que deve ser um
princípio presente na metodologia de ensino das instituições acadêmicas ou
em qualquer formação na área, trazendo sua tradução fiel para uma visão
contemporânea.
ATIVIDADE DESENVOLVIMENTO RESULTADOS
Coleta de dados
A partir dos dados
iniciais, contidos em
dados estatísticos reais,
livros, sites, planos de
estudo e artigos, que
serão analisados e
demonstrados neste
Como resultado-chave,
os dados coletados
foram satisfatórios e de
grande valor para
realização do projeto,
levando em
consideração sua
7
projeto, junto ao
somatório de
embasamento composto
em um contexto atual.
fundamentação e a
gama de dados obtidos
para análise e estudo.
Considerações Finais
As considerações finais
tiveram o somatório dos
dados obtidos através
das referências
bibliográficas utilizadas,
os relatórios
desenvolvidos, além da
verificação de todo o
teor bibliográfico
utilizado como fonte de
estudo.
Os resultados obtidos,
tiveram grande
contribuição no
fundamento real e
teórico de todo o projeto
desenvolvido.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................10
CAPÍTULO I - Surgimento e Origem do Jornalismo.....................................12
1.1. História e expansão do Jornalismo.........................................................12
1.2 O Jornalismo no Século XXI....................................................................16
1.3. Os objetivos do jornal..............................................................................17
1.3.1. Devem ser objetivos de cada programa de jornal e educação ..........................................................................................................18 1.4. O Jornalismo como é hoje.......................................................................19
CAPÍTULO II - Marketing Digital e Estratégias de Comunicação Online ....21
2.1. A importância da Internet.......................................................... .............22
2.2. Marketing Direto........................................................................ .............24
2.2.1. Identifique o público-alvo..............................................................26
2.2.2. Decida qual a melhor abordagem.................................................26
2.2.3. Afie suas ferramentas...................................................................27
2.2.4. Invista no senso de urgência........................................................27
2.2.5. Faça o primeiro teste....................................................................27
2.2.6. Mensure os resultados.................................................................28
2.3. Marketing Mix.........................................................................................29
2.4. Marketing Digital.....................................................................................30
2.4.1. Os 4P’s do Marketing Digital.......................................................33
2.4.2. Ferramentas do Marketing Digital.............................................. 33
CAPÍTULO III - O Jornalismo Marketing na Sociedade Atual......................36
3.1. Importância do Jornalismo na era e sociedade atual e online.................37
3.2. Era Digital - contextualização do Jornalismo Marketing..........................38
3.3. Aplicabilidade do Jornalismo...................................................................40
3.4. Contribuições positivas do Jornalismo Marketing na sociedade atual.....42
3.5. Jornalismo e Marketing de mãos dadas..................................................42
9
CONCLUSÃO....................................................................................................44
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................47
ÍNDICE...............................................................................................................50
FOLHA DE AVALIAÇÃO..................................................................................52
10
INTRODUÇÃO
Há uma mudança muito importante do tipo de Jornalismo citado no tema
deste estudo. Até agora, ainda está muito enraizada, na redação diária, a ideia
de que o jornalista não deve se envolver com o público por, supostamente, ser
mais capacitado para avaliar os eventos e as posições dos protagonistas de
uma notícia, já que é especialista no assunto. Essa exigência de desapego,
que foi uma das razões do fracasso das experiências de Jornalismo cívico nos
Estados Unidos na década de 1970, é cada vez menos invocada nas redações
contemporâneas.
Entre todas as evoluções que estão ocorrendo no campo da
Comunicação, o que mais afetará a prática do Jornalismo é, provavelmente, o
surgimento de uma nova relação entre público e os jornalistas. Por enquanto, o
fascínio com os novos dispositivos portáteis, como os smartphones, MP3,
tablets, dentre muitos outros, ofusca a discussão sobre o impacto das
tecnologias no comportamento das pessoas, mas a preocupação com o papel
futuro dos jornalistas na era digital permeia no Brasil e no mundo.
Quando as Tecnologias de Informação e Comunicação deram às
pessoas a capacidade de produzir e difundir notícias, verdadeiras ou não, uma
das bases fundamentais da indústria do Jornalismo foi quebrada. Além disso,
as crenças e valores que sustentam a eloquência e didática das empresas
midiáticas tornaram-se sem sentido, já que a imprensa não tem mais
exclusividade em fornecer notícias ao público.
O desdobramento natural do engajamento é a formação das chamadas
comunidades de informação, que autores como o professor americano de
Harvard Yochai Benkler consideram um dos modelos futuros para a nova
estrutura de informação pública na era digital. Um exemplo concreto do que
pode ser as comunidades de informação é o caso da cidade espanhola de Jun,
ao sul de Granada, onde o Twitter gerencia as relações comunitárias em todos
os níveis: social, educacional, administrativo, policial, e até médica.
A crise do modelo tradicional, baseado na publicidade paga e a
sobrevivência de novas empresas jornalísticas, dependerá mais do
11
envolvimento do público como um provedor de conteúdo, ou com a
participação financeira através de doações ou acesso pago.
12
CAPÍTULO I
SURGIMENTO E ORIGEM DO JORNALISMO
Com a necessidade pelo conhecimento e informação, o Jornalismo de
hoje é resultado de uma pesquisa antiga em busca de conteúdo, que conduz
histórias de um canto a outro do mundo ao longo de vários veículos de
comunicação. Consolidar por bases de opinião e diálogos críticos, sempre à
serviço da sociedade e de sua liberdade, o Jornalismo aparece como
instrumento de impugnação à repressão e desinformação, tornando-se uma
ponte entre a história e a expansão da notícia.
Ainda não divulgada da forma que é espelhada nos dias atuais, a notícia
do principio do Jornalismo era mais uma crítica ou um comentário sobre a
situação e o contexto político da época.
1.1. História e expansão do Jornalismo
A expansão do jornalismo começou no século XIX, juntamente com a
expansão da imprensa, mas conquistou maior espaço no século XX, a partir do
surgimento de novos meios de Comunicação Social, como o rádio e a televisão
(TRAQUINA, 2005). No presente momento, no século XXI, vivemos uma nova
transformação no Jornalismo em virtude da Era da Informação e do
Conhecimento, que ordena uma série de novas transformações e ajustes dos
antigos meios de comunicação ao mesmo tempo em que abre novas
perspectivas como o Jornalismo on-line.
De acordo com Traquina (2005), muitos fatores sociais colaboraram para
a expansão do Jornalismo, sobretudo a escolarização da sociedade e o
processo de urbanização, intensificando o crescimento de futuras metrópoles.
Seria, principalmente nas últimas décadas do século XIX, surpreendida pela turbulência das transformações sociais, que a cultura letrada e a imprensa começariam decididamente a avançar para além das elites tradicionais. Nessa época, em ritmo acelerado, no compasso de um modo de vida que exporta capitais e invade rapidamente inúmeros espaços do planeta, a história da formação das metrópoles brasileiras multiplica o tempo e a experiência social (CRUZ, 2000, p. 42).
13
A expansão da imprensa também foi impulsionada pela liberdade, por
meio da conquista de direitos fundamentais e da democracia como nova forma
de governo. Os jornais passaram a ser reconhecidos como um meio de
denunciar as mazelas e injustiças sociais. Desse modo, o Jornalismo passou a
figurar como um aliado da democracia e a ser considerado Como o Quarto
Poder (SODRÉ, 1999).
O conceito de que o Jornalismo fornece informação e não propaganda
transformou a notícia como um produto subjetivamente baseado em fatos e
não opiniões. A partir desse momento, a informação passou a ser tratada como
mercadoria e essa mudança tornou-se evidente com o aparecimento de uma
imprensa mais sensacionalista no final do século XIX. Nos Estados Unidos,
esse tipo de Jornalismo recebeu o nome de Jornalismo Amarelo (SILVA, 1991).
Em relação à comercialização do Jornalismo, Traquina (2005) aponta
que esse processo teve início ainda no século XIX, tratando a informação no
formato de notícia e esta como um produto.
O Jornalismo como conhecemos hoje na sociedade democrática tem suas raízes no século XIX. Foi durante o século XIX que se verificou o desenvolvimento do primeiro mass media, a imprensa. A vertiginosa expansão dos jornais no século XIX permitiu a criação de novos empregos neles; um número crescente de pessoas dedica-se integralmente a uma atividade que, durante as décadas do século XIX, ganhou um novo objetivo –fornecer informação e não propaganda (TRAQUINA, 2005. p. 34).
Dessa maneira, o século XIX pode ser apontado como o período da
História de maior importância para a imprensa, pois foi quando o Jornalismo se
expandiu transformando-se em um negócio lucrativo e rentável, conseguindo
assim sua independência econômica em relação aos subsídios políticos que
dominava a imprensa em seus primórdios (TRAQUINA, 2001).
Essa fase do assunto mercadológico, produzido no final do século XIX,
nos aponta um fato incrível na história do Jornalismo, pois ao se estabelecer
informação de propaganda, criou-se o formato de notícia, e a mesma foi tida
como o produto do Jornalismo que, consequentemente, se tornou cada vez
mais vital como veículo para a publicidade.
14
Como resultado, atualmente, o Jornalismo de Massa serve aos
interesses do capitalismo e é praticado a fim de reproduzir comportamentos ao
invés de somente informar a sociedade. Isso ocorre devido a fatores
econômicos que muitas vezes sobressaem às responsabilidades sociais dos
jornalistas e veículos de comunicação (SILVA, 1991).
No presente, observamos a atividade jornalística intimamente ligada à
aprovação do mercado pelas opiniões do público e os resultados de audiência.
Nesse sentido, podemos considerar os jornalistas como um dos profissionais
mais propensos a considerar o índice de audiência durante a realização de seu
trabalho. Assim, jornalistas e veículos precisam fazer concessões de acordo
com a lógica do mercado e do Marketing (BORDIEU, 1997).
Além da autonomia política e econômica, os avanços tecnológicos
também transformaram o Jornalismo.
As melhorias na reprodução de imagem, sobretudo com a fotogravura
em 1851 e a heliogravura em 1905, deram um novo élan à imprensa
[...] Em particular, a invenção da máquina fotográfica iria inspirar o
Jornalismo no seu objetivo de ser as “lentes” da sociedade,
reproduzindo ipsis verbis a realidade (TRAQUINA, 2005, p.38, grifo
do autor).
Bourdieu (1997) destaca que com o surgimento de novas tecnologias, a
atividade jornalística começou a ser orientada pela pressão do tempo, do
imediatismo e pelo “furo” de reportagem. Esses fatores acabam construindo
diariamente uma representação instantânea e descontinuada da realidade e do
mundo.
O impacto tecnológico marcou o Jornalismo do século XIX como iria
marcar toda a história do Jornalismo ao longo do século XX até o
presente, apertando cada vez mais a pressão das horas de
fechamento, permitindo a realização de um valor central da cultura
jornalística – o imediatismo. De novas edições dos jornais no mesmo
dia à quebra da programação televisiva anunciada como boletins,
novos avanços tecnológicos nas últimas décadas do século XX
tornaram possível, de longa distância, atingir o cúmulo do imediatismo
– “a transmissão direta do acontecimento” (TRAQUINA, 2005, p.53).
15
Atualmente, por causa da falta de tempo para averiguar mais
detalhadamente as informações e efetuar um trabalho de pesquisa com maior
densidade, normalmente os jornalistas não conseguem reportar os
acontecimentos de forma relacionada com os sistemas e contextos em que
estão inseridos. Em muita das vezes, a cobertura jornalística é feita somente
de maneira superficial.
Com a grandeza do Jornalismo, os meios de comunicação passaram,
obrigatoriamente, a ter de descobrir e produzir notícias em escala cada vez
maior para atender a demanda. Desse modo, a empresa jornalística aumentou,
oferecendo mais oportunidades de emprego. Ganhando, assim, enorme
destaque a atividade de repórter, com responsabilidade e reputação.
O Jornalismo transformou-se em uma profissão emergente e o repórter
tornou-se o responsável por descobrir os acontecimentos, apurar e enquadrar
os fatos sob determinada perspectiva de notícia, com poder de despertar o
interesse do público (SODRÉ, 1999).
Conforme todas as situações recíprocas apresentadas, o trabalho
jornalístico passou a ser representando por diversas regras e procedimentos de
ontológicos que, constantemente, são influenciados por relações de poder e
mudanças sociais. Nesse sentido, é possível admitir que os fatos expostos pelo
Jornalismo, hoje, ainda mais que no passado, devam ser sempre interpretados.
Os jornalistas, costumeiramente, buscam autoafirmação como
transmissores da realidade social, mas fazem isso sempre ancorados em uma
objetividade apenas imaginada, uma vez que as notícias representam
figurações da realidade sociais construídas a partir da visão de mundo dos
jornalistas e dos veículos de comunicação e, portanto, não podem ser tomadas
como reflexos totalmente reais da realidade.
Sobre o processo de produção de notícias, (Sodré 1999) aponta que o
jornalismo muitas vezes é considerado como o espelho da realidade, mas seu
reflexo é subjetivo e depende do diversos pontos de vista. Esse reflexo é
apenas uma dimensão na construção e percepção da realidade que ocorre de
forma discursiva. Ocorre um recorte da realidade, por meio de um viés do
16
próprio jornalista, da organização para qual ele trabalha ou de grupos
ideológicos que ele tem em mente quando pauta determinados acontecimentos
e outros não. Assim, podem existir diversas abordagens jornalísticas na
construção dessa realidade.
1.2. O Jornalismo no Século XXI
Nos primórdios do Jornalismo, as notícias resultavam de antigas formas
de se contar histórias (CRUZ, 2000). Com o tempo, isso foi mudando e
inúmeras questões passaram a interferir na definição do que pode ou não ser
considerado notícia.
Vários elementos, dentro do progresso da produção jornalística,
produzem interferência nessa construção, assim com o pressupostos mentais,
estereótipos e concepções prévias que circulam na sociedade.
Ao Jornalismo “é reivindicada a autoridade e legitimidade de exercer um
monopólio sobre o poder de decidir a noticiabilidade dos acontecimentos e das
problemáticas” (TRAQUINA, 2005, p. 181, grifo do autor).
Como atuais fatores que determinam a produção jornalística,
TRAQUINA (2005) destaca:
- A construção das notícias ocorre de acordo com interesses das
empresas jornalísticas, bem como de editores, grupos de poder e os próprios
jornalistas;
- As relações entre jornalistas e fontes podem determinar o que será
transformado em notícia e de forma será noticiado;
- O caráter compartilhado dos valores noticiosos, que possibilitam o
saber de reconhecimento do que é notícia, é um aspecto essencial da cultura
do Jornalismo;
- As políticas editoriais firmadas e específicas de cada organização
também influenciam o processo de produção das notícias;
17
- Textos jornalísticos (notícias, matérias, reportagens) são redigidos de
forma semelhante, como se tivessem que seguir regras, padrão ou um modelo
pré-determinado. Os textos parecem ser moldados.
Podemos destacar outra circunstância de grande importância no
processo de produção das notícias: a própria comunidade jornalística. Um
jornalista sempre apresenta seus textos trazendo em mente a opinião de
diversos agentes sociais como outros repórteres, editores, fonte, veículo,
púbico, assessor de imprensa etc. De um modo geral, os jornalistas
preocupam-se muito com a opinião de seus pares e, assim, termina sendo
redator de seus textos de forma com que sejam aceitos ou ao menos não
desprezados pela comunidade jornalística. Com isso, um jornalista não escreve
apenas para os leitores, mas especialmente pensando na opinião de outros
jornalistas que poderão ler seu texto e, por isso, na estrutura de sua própria
imagem. Há uma procura continua por reconhecimento e respeitabilidade
dentro da categoria.
1.3. Os objetivos do jornal
O jornalismo em seu começo tinha como alvo a conscientização sobre
movimentos políticos, conflitos e informações de contexto, abordando temas do
cotidiano numa visão mais aprofundada. Longe do modelo que abrigam hoje e
até da periodicidade que têm atualmente, os jornais eram produzidos a mão,
por pessoas solitárias ou pequenos grupos com ideias similares, distribuídos
por suas próprias comunidades ou pequenos círculos sociais.
Com o ajuda da expansão marítima e da modificação comercial, os
jornais tomaram uma forma sólida e puderam ser levados para lugares mais
distantes, atingindo o mais próximo que podemos considerar de um “público”.
No Brasil, o Jornalismo, em suas primeiras fases, tinha a função de
esclarecimento sobre a situação cafeeira, tratando-se de um meio de
comunicação dedicado aos barões que buscavam informações sobre situação
de plantio, economia, exportação, entre outros fatores.
18
1.3.1. Devem ser objetivos de cada programa de jornal e educação:
a. Propiciar a construção e o desenvolvimento de uma ação concreta que
leve ao cumprimento da missão da ANJ (Associação Nacional de Jornais) e
dos seus associados, no que diz respeito à defesa da liberdade de expressão;
ao funcionamento sem restrições da imprensa - observados os princípios de
responsabilidade; e à luta pela defesa dos direitos humanos, dos valores da
democracia representativa e da livre iniciativa;
b. Contribuir para que os brasileiros atinjam um domínio mais pleno de
leitura, escrita e interpretação, incluindo a leitura crítica de seu contexto e das
mensagens que recebem diariamente de diferentes meios impressos,
sonoros e/ou audiovisuais;
c. Contribuir para a democratização da informação, trabalhando seu
acesso e pluralidade como direito cidadão fundamental à construção do
conhecimento, tomada de decisão, autonomia e exercício pleno da cidadania;
d. Associar a leitura de jornais a uma dimensão mais ampla de leitura, a
fim de estimular o prazer de ler e a construção de conhecimento;
e. Fomentar o acesso ao veículo jornal, difundindo junto aos públicos
atingidos as diversas linguagens deste meio de comunicação, sua estrutura,
natureza e lógica jornalísticas, bem como sua importância no conjunto das
forças e mediadores sociais;
f. Contribuir para a dinamização do currículo escolar como um todo,
apresentando o jornal seus conteúdos, linguagens e gêneros textuais como um
suporte ao desenvolvimento de processos inovadores, criativos, atraentes e
atuais de ensino-aprendizagem;
g. Estimular a criação de jornais nas escolas e ambientes culturais e
educativos, fazendo com que haja cada dia mais leitores e
autores expressando-se e mostrando a pluralidade e riqueza deste país.
(Associação Nacional de Jornais – 2015)
19
1.4. O Jornalismo como é hoje
No modelo que fazemos notar atualmente, o Jornalismo passou por
largas barreiras de conflitos em sua construção estrutural. Para discursar de
notícias e voltar-se ao público, o jornal por fim converteu-se do em produto,
fundamentado a partir do trabalho constante de equipes profissionais
dedicadas àquela escrita.
Mesmo que no principio se voltasse apenas às elites, o jornal acabou
tornando-se um meio de crítica social útil ao debate do cidadão, suprindo as
necessidades do povo e ouvindo as suas solicitações. Como representante da
voz de uma sociedade, o Jornalismo se fortaleceu como profissão somente
muito tempo depois, tomando o aspecto que assume hoje.
Na verdade é que, em pouco mais de um tempo médio, o Jornalismo
viveu grandes modificações. Cabe lembrar que eles foram produzidos pelas
elites. O Jornalismo só passou a ser diferente do que era em um meio de
“massas” quando, no século XIX, os Estados Unidos receberam uma onda de
imigrantes e foi necessário apropriar seu Jornalismo às necessidades de seu
“cadinho de culturas”, no qual milhões de pessoas de diferentes lugares e
antecedentes tiveram que se adaptar ou assumir a identidade americana.
Tudo modifica a todo o momento e nos tornamos colaboradores da
notícia que já foi divulgada e aquela que ainda será. Todos viram
“especialistas” em alguma coisa. É por isso que, atualmente, tem uma
importância ainda maior. É preciso que se lembre que vale a pena empregar
essa data para repensar as direções do Jornalismo atual e o novo perfil do
jornalista moderno.
No mundo moderno, o jornalista não existe só mais da escrita;
programadores e designers caminham cada momento mais lado a lado com
quem gera a notícia. Em um mundo que cada minuto mais conectado, todo
jornalista deve ter em mente como funciona uma mídia digital.
20
O atual perfil do jornalista vai muito mais longe do Jornalismo. As
capacidades de atuação são tão inúmeras que chegam a nos dar a impressão
de extensão.
No Jornalismo do passado, o essencial era saber escrever bem e
corretamente. O jornalista do século XXI é necessário estar aperfeiçoado e
atento com as novas tecnologias da informação e da comunicação, que
envelhecem muito rápido. Neste meio, o método anda em alta velocidade,
torna-se indispensável se esforçar e acompanhar. A curiosidade é
indispensável e também deve-se estar aberto a renovações que chegam
desafiando os profissionais.
21
CAPÍTULO II
MARKETING DIGITAL E ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO ONLINE
Segundo o dicionário Michaelis da Língua Portuguesa, Marketing é a
“execução de todos os atos de comércio que sirvam para dirigir o escoamento
de mercadorias e serviços do produtor ao consumidor”. Já na definição do
consultor e professor universitário de Marketing, Philip Kotler, “Marketing é a
função dentro de uma empresa que identifica as necessidades e os desejos do
consumidor, determina quais mercados-alvo a organização pode atender
melhor e planeja produtos e serviços adequados para satisfazer estes
mercados de uma forma mais eficiente do que os seus concorrentes”. Tendo
isso em mente, podemos perceber que há Marketing em praticamente todas as
áreas da sociedade, inclusive na área da Comunicação. Portanto, nunca como
agora Jornalismo e o Marketing estiveram tão interligados.
Como o Marketing está interligado ao Jornalismo? Com a internet,
especialmente as redes sociais, as pessoas passaram consumir uma enorme
quantidade de informações de forma acelerada, imediata e mutante. Como o
Jornalismo pode se tornar novo, seduzir e vender, ao longo do Marketing, as
matérias tornaram-se produtos atrativos. De maneira mais sutil do que a
publicidade e a propaganda, o Jornalismo vende algo que tem valor para os
consumidores, por isso o Marketing e o Jornalismo são interligados e
complementares. Fazer ver que o Marketing auxilia o Jornalismo a ficar
transmídia e vendável nos tempos de tecnologia. O Marketing/Marketing Digital
é o exercício responsável pelo Jornalismo estar vivo, auxilia a ser uma
plataforma ainda a ser lida.
Na opinião de López, como as empresas dedicam-se à produção de
bens e serviços que satisfazem necessidades humanas, parece claro que, se
uma pessoa emprega seu esforço numa empresa, o faz para conseguir uma
parte destes bens e serviços, ou o seu equivalente em valor econômico. Se a
22
empresa funciona bem, será capaz de gerar suficiente valor econômico para
satisfazer os que contribuem com seu trabalho para gerá-lo.
2.1. A importância da Internet
As novidades tecnológicas mudam a forma com que as empresas
exercem a administração de seus negócios. Atualmente, a Internet está
exibindo ser capaz de dirigir as transações empresariais de uma forma
impossível de se imaginar em alguns anos atrás. A tecnologia está passando
por transformações sucessivas rapidamente e novas facilidades são oferecidas
e implementadas em uma velocidade estonteante.
O Marketing Digital é um crescimento na Comunicação Empresarial e
qualquer empresa pode chegar ao sucesso aproveitando corretamente as
estratégias de comunicação on-line, unir as tradicionais técnicas de Marketing
às novas tecnologias é um grande passo no desenvolvimento de novas áreas
de negócio.
A Internet está transformando mais rápido do que qualquer outra mídia,
está sendo utilizada para a Propaganda, Marketing, Vendas e Atendimento ao
Cliente. As empresas que a abraçarem terão uma nova maneira de fazer
negócios, terão maiores oportunidades de permanecerem-se atualizadas e
continuar tirando vantagem dela ao longo prazo.
A cada dia que passa a informática vem obtendo cada vez mais
importância na vida das pessoas. Seu efeito de utilizar a Internet já é visto
como equipamento de aprendizagem e sua ação no meio social vêm crescendo
de forma rápida entre as pessoas. Aumenta o número de famílias que contém
em suas residências um computador.
Atualmente, computadores podem ser encontrados nos mais variados
contextos: empresarial, acadêmico, domiciliar; vieram pra renovar e tor fácil a
vida das pessoas. Não é mais possível fugir desta realidade tecnológica.
23
Os consumidores, tendo o desejo de tornar o mundo um lugar melhor,
procuram organizações que preencham as suas necessidades de justiça social,
econômica e ambiental. Impulsionado por esses valores, surge então o
Marketing 3.0, cujo cerne passa por olhar para os indivíduos, não apenas como
consumidores, mas como um “ser humano com mente, coração, e espírito”
(Kotler, et al., 2010). Também, neste caso, visa-se satisfazer o consumidor, no
entanto, com missões, visões e valores superiores.
Não poderia ser diferente nas organizações, toda empresa precisa ser
informatizada para se conservar no mercado de trabalho e seguir a mesma
direção das tecnologias, o computador veio para renovar e facilitar a vida das
empresas. Hoje, empresa nenhuma pode ficar sem a ajuda da informática, é
através dela que tudo é solucionado. As sociedades estão informatizadas, se
hoje convivemos na era da Informação, isto se deve ao progresso tecnológico
na transmissão de dados e às novas facilidades de comunicação.
O resultado maior da computadorização em nossa sociedade é o de
conservar as pessoas devidamente informadas, ao longo de uma sensata
comunicação. A informática está presente em praticamente tudo que fazemos e
em quase todos os produtos que consumimos. É muito complicado pensar em
modificações, em transformações, inovações em uma empresa sem que em
alguma parte do método a informática não esteja envolvida.
Desde a implementação da Internet, o mundo está bem mudado, ela já
faz parte da vida de muita gente e isso ocorreu com o advento dos
navegadores (exemplo: Netscape e Internet Explorer) e da rede mundial de
computadores a WWW (Word Wide Web). Com o aparecimento do WWW, o
conteúdo da rede ficou mais interessante, tudo podendo ser encontrado
através de um endereço único, por qualquer usuário conectado.
Segundo Kellen Bogo (autora do artigo como tudo começou), a Internet
em síntese é um conjunto de redes de computadores interligadas que tem em
comum um conjunto de protocolos e serviços, de uma forma que os usuários
conectados possam usufruir de serviços de informação e comunicação de
alcance mundial.
24
A Internet está causando grandes mudanças às formas de se comunicar
na sociedade moderna, é um meio de comunicação que vai espalhando
informação e divulgação mundial, é um veículo de integração entre indivíduos e
seus computadores, independentemente do lugar do mundo em que se está.
2.2. Marketing Direto
Antes de qualquer coisa, precisamos entender bem do que se trata o
marketing direto e, primeiramente, o que se precisa saber é que o conceito
modificou com o passar dos anos.
Em tempos passados, conversar em marketing direto passava de modo
obrigatório por planos como mala direta, telemarketing, televendas, etc. É
verdade que todos essas maneiras de proceder ainda têm existência, mas há
também nova forma de cumprir o marketing direto, como e-mail marketing e
outros procedimentos digitais personalizadas.
Contudo, o que não modificou é a ideia principal do marketing direto, ou
seja, a procura por pessoas que já têm interesse no que você vende. Por isso,
consegue-se com mais facilidade fazer uma pessoa que já tem interesse do
que ter que fazer o trabalho para convencer uma pessoa, e é nisso que essa
abordagem se destaca.
Figura 1: Desenvolvimento do conceito de Marketing
25
Fonte: Silverman, S., An Historical Review and Modern Assessment of the Marketing Mix Concept, 1995
Por esse motivo, o custo das ações pode ser menor e os resultados
mais rápidos, já que as campanhas têm por costume ter um ar de urgência a
fim de transformar mais clientes.
26
2.2.1. Identifique o público-alvo
Primeiramente, o que se deve fazer, naturalmente, é reconhecer quem é
o seu público-alvo. Como o assunto é a respeito de pessoas que já têm desejo
na sua marca, é bom ter um banco de dados à disposição.
É possível acessar o CRM ou cadastro de clientes, e separar
informações como:
• Idade;
• Interesses pessoais;
• Localização geográfica;
• Renda;
• Sexo;
• Entre outras.
Além do mais, certifique-se de que tem mesmo o consentimento dessas
pessoas, seja para mandar e-mails, fazer ligações ou enviar correspondências.
Caso não tenha essa permissão, sua ação poderá ser considerada como um
ato de invadir a privacidade e a pessoa dificilmente comprará qualquer coisa.
2.2.2. Decida qual a melhor abordagem
A partir deste momento, que já tem o público em mente, é hora de optar
pela melhor abordagem, ou seja, se vai ligar, mandar e-mail, etc. O que
ocasiona isso? Ajuda muita na tomada de decisão alguns detalhes como, a
idade e as preferências do seu público.
Um público mais jovem e conectado possivelmente ache mais
interessante acolher suas ofertas por meios digitais, enquanto alguém mais
tradicional goste do toque pessoal de uma carta impressa.
27
Em determinados casos, pode-se até utilizar mais de uma forma de
contato a fim de causar uma impressão mais forte nos clientes.
2.2.3. Afie suas ferramentas
Depois de ter decidido qual abordagem ira utilizar, é hora de escolher
suas ferramentas e, se ainda não sabe, aprender a usá-las.
O e-mail marketing, por exemplo, contém várias ferramentas ótimas que
você pode testar.
Se for decidido apostar no remarketing, por exemplo, há ótimos recursos
nas redes sociais e sites de busca que você precisa conhecer bem.
Se optar em ligar para os clientes? É preciso que veja tudo que irá
precisa para caprichar no inside sales.
Em suma, seja qual for a maneira de proceder do seu contato, escolhas
as ferramentas certas e aprenda a usá-las bem.
2.2.4. Invista no senso de urgência
Um dos elementos que compõem parte do marketing direto é o sentido
de urgência, que é necessário ser explorado da forma certa para dar
resultados.
Como por exemplo, quando se tem uma oferta de um tempo curto de
terminar não se tem tempo para indecisão, o que faz os clientes se sentirem
mais propenso a aceitá-la. Por outro lado, sem possuir tempo demais, vai
assim não dar tanta importância ao assunto, e é provável que acabe até
esquecendo da oferta em questão.
2.2.5. Faça o primeiro teste
Já se tem tudo necessário para a campanha, mas antes de dar o
pontapé inicial, divide um grupo menor do seu público-alvo e teste a principio
28
com ele antes. Dessa maneira, poderá examinar os resultados e deparar com
possíveis problemas na segmentação, na abordagem ou na oferta em si.
Se deparar com problemas nessa fase, será mais fácil corrigi-los sem
sacrificar o resto da campanha, o que aumenta muito as possibilidades de
sucesso da iniciativa como um todo.
2.2.6. Mensure os resultados
Por fim, não há sucesso no marketing digital sem fazer o
acompanhamento dos resultados.
Com isso em mente, determine as medidas dos resultados de cada fase
da campanha, desde o número de pessoas impactadas pelo contato inicial até
quantas são realmente convertidas.
Fazendo um acompanhamento detalhado de métricas bem escolhidas é
fundamental para saber qual foi o ROI da campanha.
Mas, além disso, é essencial também para ocasionar como deve ser o
planejamento das próximas ações de marketing direto, os que deu certo, quais
erros devem ser evitados, etc.
Alguns exemplos de quem vale a pena imitar:
Redes de fast food
Podemos citar algumas das maiores redes de fast food do mundo, como
McDonald’s, Bob’s e Burger King, são mestres no marketing direto, e utilizam
diferentes versões do mesmo recurso: cupons de desconto.
Cada uma segue uma abordagem diferente: enquanto o Bob’s conduz
que os fãs se cadastrem no site para pegar cupons, o Mc Donald’s dá opção de
baixá-los por código QR ou em pdf. Já o Burger King entrega cartelas de
cupons a cada cliente que compra em suas redes, e algumas vezes, usa o
método “Tire um print e receba o desconto”.
29
O fato é: a tática é super simples, barata e eficaz.
Catálogos de cosméticos
Como funciona: a vendedora deixa o catálogo com as clientes, que
marcam o que pretendem comprar e esperam espera chegar o pedido.
É uma maneira de marketing direto e muito lucrativo, dado o número de
marcas menores que decidiram adotar o mesmo estilo de venda.
Lojas de e-commerce
O que dizer das lojas de e-commerce? Estes tipos de lojas utilizam não
apenas uma, mas diversas técnicas de marketing direto.
Desde o e-mail marketing e o remarketing, até outras escolhas como
enviar catálogos impressos juntamente com um produto.
Como por exemplo, se pensarmos no Shoptime, uma das maiores redes
de varejo eletrônico do país, obtemos ainda outro caso de marketing direto: o
canal de TV da empresa.
Por fazer uma divulgação dos seus preços mais baixos que os do site e
usar do senso de urgência, o canal é um ato clássico de marketing direto bem
feito.
2.3. Marketing Mix
Um conceito de maneira intrínseco compartilhado ao Marketing é o de
Marketing Mix, que consiste num conjunto de ferramentas que os gestores
podem usar por forma a influenciar as vendas, e se baseia e em quatro
elementos: Produto (Product), Preço (Price), Promoção (Promotion) e
Localização (Place).
Desde finais do século XIX, que começaram a surgir as ideias base para
o que seria mais tarde definido como Marketing Mix, Steven Silverman refere
que, em 1960, Coolsen relatou as contribuições de vários autores no final deste
30
século, no que respeita ao preço e distribuição de bens, embora não fizessem
separação entre teorias de Marketing e outras teorias econômicas (Silverman,
1995).
No século XX, são vários os autores que, de uma forma ou de outra,
mencionaram e fizeram referência ao Marketing Mix e aos seus elementos.
Contudo, o termo Marketing Mix, como o conhecemos hoje, definido em torno
dos quatro P’s, foi desenvolvido na década de 60 por Jerome McCarthy, tendo
tornado-se um “axioma pedagógico da área do Marketing” (Silverman, 1995).
Philip Kotler explica esta teoria, dando exemplos das atividades incluídas
em cada elemento.
Relativamente ao Produto, as empresas pretendem ter uma oferta
diferenciada e superior, para que o mercado-alvo decida adquirir os seus
produtos e serviços a um preço mais elevado. Quanto ao Preço, as empresas
tentam tudo para conseguir o mais elevado que o seu nível de diferenciação
permitir, por forma a obterem o maior luro possível. O Ponto de Venda reflete a
forma como as empresas decidem colocar os seus produtos à disposição no
mercado-alvo (através da venda direta ou de intermediários). Por fim, a
Promoção engloba todas as ferramentas através das quais as empresas fazem
passar a sua mensagem ao público-alvo selecionado. Essas ferramentas
englobam-se em cinco grandes classes: publicidade, promoção de vendas,
relações públicas, força de vendas e Marketing direto (Kotler, 2000).
2.4. Marketing Digital
O Marketing Digital é englobado por atos de comunicação que as
empresas podem se utilizar por meio da Internet e da telefonia celular para
tornar público e comercializar seus produtos, alcançar novos clientes e
melhorar a sua rede de relacionamentos. As tendências de marketing estão
modificando com a chegada de comunicação da Web 2.0 (é um termo
inventado em 2004 pela empresa estadunidense O'Reilly Media para nomear
31
uma segunda geração de comunidades e serviços baseados na plataforma
Web), Wíkis (que possibilita que os documentos sejam editados coletivamente
com uma linguagem de marcação muito simples e eficaz, através da utilização
de um navegador web), redes sociais, blogs, dentro outros, que desenvolvam
novas interações dos internautas no ciberespaço.
Não tem como falar de marketing Digital, internet, mobilização sem tocar
no assunto do Ciberespaço e Cibercultura. Segundo o site wikepedia, o termo
ciberespaço foi cunhado, em 1984, por William Gibson, um escritor canadense,
que usou o termo em seu livro de ficção científica, Neuromancer. O livro trata
de uma realidade que se constitui através da produção de um conjunto de
tecnologias, enraizadas na sociedade, e que acaba por modificar estruturas e
princípios desta e dos indivíduos que nela estão inseridos. Termo inventando
pelo romancista Willian Gibson na década de 80, o ciberespaço é definido
como “o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos
computadores e das memórias dos computadores” (LÉVY, 1999, pág. 92).
O termo Cibercultura é empregado na explicação dos agenciamentos
sociais das comunidades no ambiente eletrônico virtual. Estão estendendo
essas comunidades e popularizando a utilização da Internet e outras
tecnologias de comunicação, mostrando que é possível assim maior
aproximação entre as pessoas de todo o mundo.
De notar, que o aparecimento dos novos meios de publicidade
(completamente diferentes dos anteriores), não implica a extinção dos seus
antecessores, verificando-se antes um complemento entre eles, contribuindo
para a sua amplificação e para uma oferta diversificada, permitindo, desta
forma, uma relação com um maior número de clientes. Um exemplo bastante
simples é dado por Damian Ryan e Calvin Jones, quando referem o fato de, por
exemplo nas feiras, se continuarem a ouvir as vozes dos vendedores a
publicitarem os seus produtos, o que demonstra que “a voz humana, o primeiro
meio de Marketing da história, continua forte na Era Digital” (Ryan & Jones,
2012).
32
Podemos provar que a Cibercultura está presente na vida de cada
indivíduo, como exemplo o Home banking, cartões inteligentes, voto eletrônico,
pages, palms, imposto de renda via rede, inscrições via internet, etc. Digitamos
tanto em teclados de laptop como em celulares; o consumidor moderno ganhou
um aliado na luta pela informação rápida e precisa nesta nova era: o Marketing
Digital. A era do consumidor é uma realidade.
Contudo, não há como impedir que, para os consumidores e para o
mercado, o Marketing poderia também ser caracterizado por uma plataforma
digital. O Marketing digital faz com que as empresas aprimorem o
relacionamento com seus clientes, pois a utiliza-se de ferramentas de
Comunicação Digital, como o e-mail marketing, ou então estratégias dotadas
de interatividade, como fóruns ou enquetes, que oferecem uma aproximação
dos usuários com a empresa e familiarização com os produtos/serviços.
O marketing digital pode ser mostrado por nomes como e-commerce,
mobile marketing, Google, YouTube, Second Life, entre outras marcas e
conceitos que incorporam esta bem-vinda novidade.
O mercado modificou radicalmente de uns tempos para cá com os
avanços tecnológicos, globalização e desregulamentação, gerando novos
comportamentos e desafios.
33
2.4. 1. Os 4Ps do Marketing Digital
Da mesma forma como no Marketing tradicional, também no Marketing
Digital empregam-se os 4P’s, com as devidas adaptações.
Um bom produto é a base de qualquer estratégia de Marketing de
sucesso, sendo particularmente importante num cenário digital, uma vez que,
em caso de insatisfação, o consumidor facilmente colocará a informação sobre
os motivos do seu descontentamento, na Web, visível para os utilizadores a
nível mundial. Neste caso, deve também ter-se em conta, o fato de no mercado
digital não existir um produto físico, que possibilite o contacto humano direto
(Porter, 2001), tornando-se, portanto, fundamental ter uma base sólida para
construir um negócio online sustentável, o que começa com um produto/serviço
bem elaborado (Ryan & Jones, 2012).
Na condição digital, o preço é um elemento crítico, uma vez que os
consumidores podem realizar, facilmente, uma comparação. As organizações
não têm obrigatoriamente que apresentar o preço mais reduzido, mas se
colocarem um muito elevado, devido à transparência existente, depressa
surgirão comparações de preços que destacarão esse fato, bem como
ponderações dos prós e contras dos mais variados produtos e serviços, por
parte dos consumidores.
2.4.2 Ferramentas do Marketing Digital
No que toca às tecnologias digitais, existe todo um agrupamento de
ferramentas, através das quais é possível dar a conhecer, desenvolver e
vender os produtos/bens de uma empresa, sendo também ao emprenho de
medir os vários tipos de resultados (vendas, número de visitantes, alcance da
campanha de Marketing, etc.).
Alguns exemplos dessas ferramentas são o sítio Internet da empresa, o
Search Engine Optimization (SEO) e o Search Engine Result Page (SERP), o
34
e-mail, telemóvel, as soluções de CRM, as redes sociais e os sítios Internet de
anúncios grátis (Ryan & Jones,2012).
O Marketing Digital sendo uma das principais fontes de valor, o sítio
Internet da empresa precisa ser construído de maneira eficaz, o que
compromete essencialmente a combinação de dois aspetos: atingir os objetivos
da empresa e satisfazer as necessidades do mercado-alvo. Primeiramente,
importa saber quem é o mercado alvo, pois será de ato aceito por parte desse
grupo de possíveis consumidores, que ditará o seu sucesso. Importa, portanto,
pensar na forma como os utilizadores irão aceder ao Website da empresa, o
que pretendem, e como poderá o sites satisfazerem as suas necessidades.
Para adquirir uma melhor relação com o sítio Internet e também com
outras formas de Marketing Digital, aparecem dois conceitos: SEO e SERP.
Por SEO compreende-se o processo de colocar, em destaque, informações
sobre a empresa (por exemplo links para o sítio Internet), nas listas de efeitos
dos motores de procura (tais como o Google ou o Yahoo), que dizer, alinhar,
por exemplo, os conteúdos do Website com o que os consumidores estão
pesquisando - de forma a serem acessíveis tanto para os consumidores, como
para os motores de busca. O termo SERP aplica-se às páginas de resultados
que se alcançam quando o utilizador pesquisa algo na busca. Deverá ter-se em
conta as palavras-chave que os usuários poderão utilizar para pesquisar sobre
produtos e/ou serviços que a empresa oferece, ou similares, por forma a
colocar essas mesmas palavras-chave ao longo do conteúdo do sítio Internet,
aumentando, assim, o número de links para o Website da empresa nessas
páginas de resultados.
Também o e-mail e os smatphones são utilizados como ferramentas de
Marketing Digital, simbolizando o e-mail Marketing como uma das formas mais
antigas e o mobile Marketing, uma das mais recentes. Ainda que o e–mail
Marketing pareça, hoje em dia, menos eficaz, devido à grande quantidade de
spam que é diariamente enviado, continua a ser uma ferramenta bastante útil
na manutenção de clientes já existentes, bem como no envio de informação a
consumidores que a pretendam receber (newsletters). Por outro lado, o
Marketing por meio do telefone móvel está em crescimento, uma vez que
35
autoriza aos consumidores obterem acesso aos conteúdos a qualquer altura e
em qualquer lugar.
Reter os consumidores existentes, e construir relações que beneficiem
ambas as partes, representa também um elemento importante no Marketing
digital. As soluções de CRM, têm como objetivo obter e manter clientes
satisfeitos, de forma a desenvolver e reforçar a relação com os mesmos,
aliando pessoas, processos e tecnologias, permitindo aprender mais sobre as
suas necessidades e comportamentos. A boa relação com o cliente é, assim, a
principal chave do sucesso de um negócio (Ryan & Jones, 2012; Thomas
Waulgum).
As redes sociais, como Facebook ou Google+, favorecem também como
veículo do Marketing Digital, mostrando-se ainda como uma oportunidade
recente, mas com grande potencial, dando lugar para dirigir as campanhas de
Marketing para grupos específicos de consumidores, baseando-se nas
informações do perfil que estas maneiras voluntárias disponibilizam.
Por fim, mas não concluindo, de todo, a lista de ferramentas que existe,
tem-se os muitos sítios Internet de anúncios grátis. Nestes Websites, é possível
dispor a informação sobre a empresa e desenvolver os produtos/serviços,
funcionando como um mercado digital, na medida em que junta num mesmo
sítio, vendedores e consumidores de produtos.
Na Media tradicional, existiam duas grandes desvantagens que já não se
verificam na digital: adquirir espaços publicitários para testar diferentes
abordagens publicitárias implicava um custo extremamente elevado, e medir os
resultados era algo difícil, uma vez que não se tinha a certeza relativamente ao
elemento do Marketing Mix de onde advinham os resultados (Ryan & Jones,
2012).
Nas redes sociais se tem acesso a muitos dados, como o número de
“amigos”, o número de pessoas que visualizou determinada publicação, entre
outros. Alguns sites de anúncios também proporcionam estatísticas de forma
gratuita, como o número de visualizações e contatos em cada anúncio.
36
CAPÍTULO III
O JORNALISMO MARKETING NA SOCIEDADE ATUAL
O marqueteiro e o jornalista sempre foram analisados como
profissionais que não concordam. Enquanto um sempre se destinou à verdade,
o outro sempre focou nas vendas. Contudo, ambos se associam em busca de
audiências que lhes garantam lucros. Citando o caso, por responsabilidade da
Era Digital que estamos passando, o Jornalismo tem desfrutado de uma
extensa ferramenta do Marketing: a análise de público. Os jornais têm se
acomodado cada vez mais a portais de internet, utilizando informação rápida
para o público digital.
Sendo do mesmo modo, Marketing e Jornalismo, se utilizado da
maneira correta, têm capacidade e devem se complementar. Em um mundo em
que a informação é cada vez mais essencial e dependente de audiência, é de
suma importância que haja um equilíbrio entre os dois para que esta relação
seja proveitosa para ambas as partes, sem prejudicar a veracidade das
informações e, consequentemente, o público.
Como o Marketing está interligado ao Jornalismo? Com a internet,
principalmente as redes sociais, as pessoas passaram consumir uma grande
quantidade de informações de forma acelerada, imediata e mutante. Como o
Jornalismo pode se renovar, seduzir e vender, através do Marketing, as
matérias tornaram-se produtos atrativos. De forma mais sutil do que a
publicidade e a propaganda, o Jornalismo vende algo que tem valor para os
consumidores, por isso o Marketing e o Jornalismo são interligados e
complementares. Demonstrar que o Marketing ajuda o Jornalismo a ficar
transmídia e vendável nos tempos de tecnologia. O Marketing/Marketing digital
é o atual responsável pelo Jornalismo estar vivo, ajuda a ser uma plataforma
ainda a ser lida.
37
3.1. Importância do Jornalismo na Era e Sociedade Atual e
online
Nos dias atuais, a sociedade encontra-se 24 horas informada, seja em
redes sociais, televisão ou até mesmo pelo o velho jornal impresso.
Comunicar e saber o que acontece no mundo é uma necessidade para a
maioria das pessoas e, logo, a importância do jornalista aparece na, mesmo
porque a sociedade em questão encontra-se em um período denominado de a
era da impaciência, na qual todos procuram, de forma quase que instantânea,
respostas, não aguardando o tempo limite para o questionamento, como por
exemplo quando um indivíduo acessa uma página online em seu smartphone e
o mesmo demora apenas segundos para o seu carregamento total, neste meio
tempo cria-se a ideia de que o aparelho não atende mais as suas reais
especificações, quando na realidade o tempo de espera de 24 segundos, pode
ser considerado um tempo relativo e aceitável, dentro do padrões técnicos.
Essas preocupações trazem ao Jornalismo a responsabilidade de conteúdos
interativos online, com agilidade e, principalmente, com o comprometimento da
seriedade e verdade das informações prestadas ao público.
A importância do Jornalismo Marketing na sociedade atual, em uma era
completamente digital, proporciona aos jornalistas e jornais, dentro da área do
Marketing, uma importante missão de retorno às expectativas geradas durante
todo o tempo de sua real utilização e publicação.
Para obtenção da importância e crescimentos do Jornalismo Marketing e
seu reconhecimento, podemos demonstrar, segundo SBJ/2016, que os
números são preocupantes em relação aos fatores de publicação, cuja
demanda cresce e os espaços para erros diminuem, uma vez que o público de
utilização torna-se cada vez mais exigente dentro desta concepção de leitura e
comparações:
38
Como visto acima, os índices de desenvolvimento têm se sustentado
nas falas e afirmações anteriores, tendo como principal preocupação a certeza
de que, em todos os momentos, todo ou qualquer Jornalismo e notícia
marketing sofrerá comparações de veracidade, dentro de seu contexto atual.
3.2. Era Digital - Contextualização do Jornalismo Marketing
Em meados de 1990, quando o computador era pouco conhecido entre
muitos lares em diversas partes do mundo, nesta mesma época qualquer
publicação jornalística tinha pouca administração de conteúdos em relação aos
seus leitores, uma vez que, as fontes de estudo e recursos para pesquisa de
veracidade de informações eram limitadas. Com o passar dos anos, o preço
dos computadores foi diminuindo e se tornando acessível a todas as classes
sociais, além do desenvolvimento da tecnologia que, em um momento muito
curto, deu um salto para os dias atuais. Todos possuem qualquer tipo de
informação na palma de sua mão, com um simples toque, o usuário pode obter
qualquer tipo de notícia de todas as partes do mundo. Antes, a informação era
39
centralizada; hoje, além de se globalizar, encontrou tempo e espaço para o seu
contexto social de maneira extrema, onde diversos indivíduos de todas as
partes do mundo podem criar uma vida social em todas as suas esferas
possíveis.
Com essas tecnologias, o nível de exigência com as informações
corretas cresceu de uma maneira absurdamente intensa, a cobrança tornou-se
diária. De acordo com a SJB/2016, todos os meses jornais de todo o mundo
recebem dezenas de reclamações quanto aos seus conteúdos, sejam eles de
quaisquer assuntos, sejam marketing, economia, política ou esportes.
Reclamações, essas, referentes ao conteúdo exibido, principalmente por meios
eletrônicos. Ainda assim, pode-se defender de que, na sociedade atual, o
Jornalismo Eletrônico está a um passo de se tornar a principal e única fonte de
informação, esquecendo o papel, como por exemplo os jornais e revistas
impressos e vendidos em forma de assinatura e até mesmo em simples bancas
de jornais.
A SJB/2016 demonstra logo abaixo a mudança entre a aquisição de
jornais eletrônicos e físicos, com o crescimento e diminuição de cada categoria
nos últimos cinco anos:
40
Esse crescimento torna-se importante, porém mais competitivo em
relação ao seu conteúdo exibido e publicado, principalmente no Jornalismo
Marketing, que ao longo dos anos tornou-se uma peça chave dentro do
Jornalismo atual em que a sociedade se encontra.
A Internet revolucionou o mundo do Jornalismo e, consequentemente,
mudou a maneira como pensamos sobre as estratégias e negócios das
empresas de comunicação. No entanto, a relação com o Marketing varia para
cada tipo de mídia, empresa e até mesmo linha editorial. O Jornalismo
Marketing deve ser contextualizado e compreendido como uma principal
ferramenta de auxílio a sociedade atual.
3.3. Aplicabilidade do Jornalismo
Nos últimos anos, o Jornalismo tem passado por diferentes modificações
em seus principais fundamentos, transformando os mesmo em Jornalismo de
41
segmentos modificados e diversificados. No levantamento abaixo, podemos
verificar a parcela significativa em que o Jornalismo Marketing ocupa em
relação aos demais segmentos.
Em diversos segmentos, o Marketing no Jornalismo tem um papel
principal no que diz respeito ao conhecimento adquirido pelos leitores de
determinado serviço ou produto, sendo proposto e investigado em seus
detalhes positivos e negativos, trazendo e demonstrando a verdadeira
realidade por trás da propaganda, no qual nem sempre apresenta a verdadeira
identidade do serviço ou produto apresentado à sociedade. Com o casamento
de ambos os segmentos, é possível verificar os pontos positivos oferecidos à
sociedade atual que, diferentemente de anos passados, busca de todos os
modos informações verídicas sobre suas futuras aquisições.
A partir do Jornalismo, espera-se que ele cumpra alguns papeis
importantes em sociedades democráticas, tais como: monitoramento,
supervisão e visibilidade dos poderes executivo, legislativo e judicial
constituídos (Norris, Odugbemi, 2008); apresentar-se como uma instituição
central no sistema (Canela, 2007), priorize temas de importância pública e
42
política e a produção de informação, de forma verídica e contextualizada, para
que os cidadãos possam participar de forma ainda mais ativa na vida política,
supervisionando e cobrando pela promoção de todos os direitos humanos
(Canela, 2007).
3.4. Contribuições Positivas do Jornalismo Marketing na
Sociedade Atual
Neste ponto, poderemos listar os benefícios oferecidos pelo Jornalismo
Marketing:
�Pesquisa de campo real para maiores esclarecimentos sobre produtos e
serviços ofertados a sociedade;
�Transparência na administração pública e de seus recursos;
�Entendimento dos problemas ofertados por propagandas enganosas;
�Conhecimento, em tempo real, sobre os pontos positivos e negativos para
aquisição de determinado bem ou serviço.
3.5. Jornalismo e Marketing de mãos dadas
Em tempo nenhum, como agora, o marketing e a notícia andaram tão
próximos e interativos. Tanto na política quanto nos negócios, nas religiões
como na ciência, na cultura como nos esportes de alta competição. Seja qual
for desses campos, e em outros, os fatos informados são cada vez mais
cuidadosamente programados e controlados pelos saberes e poderes
estratégicos do Marketing, que transformam em ações táticas os fatos a serem
noticiados.
43
Os próprios produtos jornalísticos: jornais, revistas, programas de TV e
rádio empregam cada vez mais em estratégias de Marketing, em busca de
audiências que lhes garantam lucros, ou seja: sobrevivência. E essa coisa
nada tem de ruim, desde que não aconteça a fraude do Jornalismo, em suas
razões de ser e nos seus modos de produção.
Existe até, e cresce rapidamente no mercado, um segmento de produtos
editoriais o das publicações personalizadas, em que Marketing e Jornalismo
tornam-se completos como conceito e como discurso, em volta de uma nova
variável teórica, na qual as categorias leitor e consumidor se fundem.
Está relacionado às publicações que realizam o papel de agregar, às
marcas a que estão ligados, o valor simbólico da qualidade de bons textos
jornalísticos. Em alguns casos, entre os acertados modelos existentes no
mercado, são revistas de altas tiragens, distribuídas gratuitamente e/ou
vendidas em bancas e livrarias de primeira linha, com qualidade editorial
garantida em textos assinados por autores consagrados (jornalistas e
escritores). Em diferentes casos, a escolha estratégica é por tiragens baixas,
para determinar rigorosamente o caráter seletivo da distribuição. O que motiva
essas revistas serem produtos disputados.
Em quê isso prejudica o Jornalismo do público? Não prejudica em nada.
Pelo contrário, o crescimento de tiragem cresce a potencialidade econômica do
jornal, sem lhe oferecer sacrifício à independência. Em razão de se tratar de
um bom jornal, do mesmo modo há benefício social da socialização dos
conteúdos.
44
CONCLUSÃO
O Jornalismo, ao final do século XIX, estabelecia-se em um meio de
debate dos discursos políticos por meio de eleição, neutralidade ou apoio às
forças dominantes.
Com o passar do tempo, a atividade jornalística passou por várias
transformações que modificaram, especialmente, sua idéia principal e motivo
de existência. O Jornalismo iniciou a ser tratado como um produto, mas isso
proporcionou pontos positivos e negativos para a atividade. No lado positivo,
indica-se o próprio reconhecimento do Jornalismo como profissão, sua
estruturação e regularização, além de uma maior independência na cobertura
dos fatos, mesmo que subjetiva. Já do lado negativo, depara-se com a disputa
pelo público e, essencialmente, o aparecimento de uma nova dependência, que
se antes era estritamente política, passou a ser também econômica
(dependente dos índices de leitores, audiência, resultados e lucratividade),
além de, mesmo que em menor intensidade, ainda sofrer com pressões e
subornos políticos.
Contudo, as alterações no campo jornalístico não se restringiram às
transformações na estrutura de produção, organização e financiamento,
alcançaram também o conteúdo e a representatividade das notícias.
Aos poucos, aconteceram as diferenças entre as matérias com feição
informacional, supostamente, neutra e objetiva, e os textos discutidos na forma
de artigos ou editoriais que apresentavam um posicionamento determinado
sobre definidos temas, orientados por ideologias e valores particulares ao
articulista ou veículo.
Então, a organização interna do Jornalismo iniciou a determinar várias
competências, como a distribuição do trabalho e especialização em áreas. Com
isso, q profissão passou a ser uma área com vários profissionais e funções
como repórteres, fotógrafos, redatores, articulistas, editores, críticos, revisores,
desenhistas, além do quadro de colaboradores dos setores administrativos e
45
de operacionalidade. Resumidamente, a história do Jornalismo indica para três
momentos importantes de seu progresso como campo profissional.
Esta se referindo o primeiro à sua expansão, iniciada no século XIX com
o aparecimento da imprensa, e seu aperfeiçoamento no século XX com a
chegada dos novos meios de comunicação, como o rádio, a televisão e a
Internet.
O segundo, à sua comercialização, no começo no século XIX, com a
conjuntura da notícia. E o terceiro é o que estamos atualmente: o jogo de
forças entre o campo econômico do Jornalismo e o campo intelectual, ou seja,
o encontro entre Publicidade e Comunicação ainda permanece.
No contorno da economia, as notícias são dadas como mercadoria; no
contexto intelectual, como informação. Reavendo sua história, possibilita refletir
que o Jornalismo deve sempre se apropriar as evoluções sociais, sobretudo em
relação às renovações tecnológicas, práticas culturais e padrões de
comportamento. Com isso, pode-se concluir que o modelo de Jornalismo
contemporâneo representa-se em uma tentativa de levar em conta as
características atuais de nossa sociedade.
O Marketing Digital e Novas Mídias modificaram o modo com que se faz
publicidade no mundo e a tendência é mudar cada vez mais, por isso vale a
pena as empresas investirem nessas mídias, pois se elas não forem
pretendendo pelos usuários e encontradas ou se não tiverem uma
comunicação contínua com o público-alvo, essa empresa poderá ter sérios
problemas de fluxo de vendas ou até mesmo cair no esquecimento dos seus
consumidores.
Atualmente, o que se aguarda é exatamente uma redefinição das
notícias em cumprimento dos valores e normas que apontam para o papel
social da comunicação em uma democracia.
É recomendável que essas novas mídias dediquem os espaços nos
planejamentos de mídia do negócio, por isso, é importante que as empresas
estejam bem colocadas no Google, façam campanhas inovadoras no mobile
46
marketing, pois se a empresa não começar a se transformar e se inovar a
história da empresa poderá ficar guardado em sebo.
Sabe-se que a comunicação está se modificando a todo o momento e a
Internet simplesmente causando grandes mudanças e estabelecendo novas
dinâmicas para quem trabalha há anos com Jornalismo, tornando obsoleto o
profissional que não conseguir acompanhar todos esses avanços.
Os jornalistas de mídias impressas, rádios e TVs e todos estão bem
preocupados com os rumos que a comunicação está conquistando, já que as
Novas Mídias chegaram com força e acompanhar esta evolução é um desafio
contínuo.
As faculdades de Jornalismo demoraram para mudar a ementa e inovar
nas matérias, portanto, cabe ao profissional da área se atualizar rapidamente e
renovar totalmente.
47
BIBLIOGRAFIA
BELTRÃO, Luiz. Teoria e prática do jornalismo Adamantina: Edições Omnia,
2006.
BOURDIEU, Pierre. A Influência do Jornalismo; Posfácio In: Sobre a Televisão.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 1997.
CRUZ, Heloísa de Faria. São Paulo em Papel e Tinta: periodismo e vida
urbana –1890-1915. São Paulo: EDUC; FAPESP; Arquivo do Estado de São
Paulo; Imprensa Oficial SP, 2000.
DARNTON, R. Jornalismo: toda notícia que couber, a gente publica. In: O Beijo
de Lamourette. Mídia, Cultura e Revolução. São Paulo: Companhia das Letras.
1995, p.70-97.
LUCA, Tânia Regina de; MARTINS, Ana Luiza (Org.). História da Imprensa no
Brasil. São Paulo: Contexto, 2008.
PENA, Felipe Teoria do Jornalismo. São Paulo: Contexto, 2005.
PONTE, Cristina. Para entender as notícias: linhas de análise do discurso
jornalístico. Florianópolis: Insular, 2005.
SILVA, Carlos Eduardo Lins da. O Adiantado da Hora. A influência Americana
sobre o Jornalismo Brasileiro. São Paulo: Summus, 1991.
SODRÉ, Nelson Werneck. História da Imprensa no Brasil. 4. ed. Rio de
Janeiro: Mauad, 1999.
SOUSA, Jorge Pedro. Introdução à análise do discurso jornalístico impresso:
um guia para estudantes de graduação. Florianópolis: Letras contemporâneas.
2004.
SOUSA, Jorge Pedro. Elementos de Teoria e Pesquisa em Comunicação. 2.ed.
Porto: Universidade Fernando Pessoa, 2006.
TRAQUINA, Nelson. O estudo do jornalismo no século XX. São Leopoldo:
Editora Unisinos, 2001.
48
TRAQUINA, Nelson. Teorias do Jornalismo-Porque as notícias são como são.
2. ed. Florianópolis: Insular, 2005.
TRAQUINA, Nelson. Teorias do jornalismo - A tribo jornalística: uma
comunidade interpretativa transnacional. 2. ed. Florianópolis: Insular, 2008.
49
WEBGRAFIA CONSULTADA
Observatório da Imprensa, ‘O Marketing como Ferramenta do Jornalismo’.
Disponível em:<http://observatoriodaimprensa.com.br/jornal-de-debates/ed739-
o-marketing-como-ferramenta-do-jornalismo/>. Acesso em 23/03/2017.
SlideShare, ‘Jornalismo e Marketing’. Disponível
em:<http://pt.slideshare.net/marcelinhoo1/jornalismo-e-marketing-presentation-
632712>. Acesso em 21/03/2017.
Prezi, ‘Marketing e Jornalismo’. Disponível em:
<https://prezi.com/x76imsswefr9/jornalismo-e-marketing/>. Acesso em
21/03/2017.
Academia do Marketing, ‘SEO no Jornalismo’. Disponível em:
<http://www.academiadomarketing.com.br/seo-no-jornalismo/>. Acesso em
21/03/2017.
De Olho na Carreira (DONC), ‘Relação entre marketing e jornalismo pode ser
diferente em cada tipo de mídia’. Disponível em:
<http://deolhonacarreira.com/2013/10/16/~relacao-entre-marketing-e-
jornalismo-pode-ser-diferente-em-cada-tipo-de-midia-2/>. Acesso em
21/03/2017.
Facto – Agência de Comunicação, ‘O Marketing no Jornalismo’. Disponível em:
<https://factoagencia.wordpress.com/2010/11/28/o-marketing-no-jornalismo/>.
Acesso em 21/03/2017
50
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO........................................................... ...............................02
AGRADECIMENTOS........................................................................................03
DEDICATÓRIA..................................................................................................04
RESUMO...........................................................................................................05
METODOLOGIA................................................................................................06
SUMÁRIO..........................................................................................................08
INTRODUÇÃO...................................................................................................09
INTRODUÇÃO...................................................................................................10
CAPÍTULO I - Surgimento e Origem do Jornalismo.....................................12
1.1. História e expansão do Jornalismo.........................................................12
1.2 O Jornalismo no Século XXI....................................................................16
1.3. Os objetivos do jornal..............................................................................17
1.3.1. Devem ser objetivos de cada programa de jornal e educação ..........................................................................................................18 1.4. O Jornalismo como é hoje.......................................................................19
CAPÍTULO II - Marketing Digital e Estratégias de Comunicação Online ....21
2.1. A importância da Internet........................................................................22
2.2. Marketing Direto......................................................................................24
2.2.1. Identifique o público-alvo...............................................................26
2.2.2. Decida qual a melhor abordagem.................................................26
2.2.3. Afie suas ferramentas...................................................................27
2.2.4. Invista no senso de urgência........................................................27
2.2.5. Faça o primeiro teste....................................................................27
2.2.6. Mensure os resultados.................................................................28
2.3. Marketing Mix.........................................................................................29
2.4. Marketing Digital.....................................................................................30
2.4.1. Os 4P’s do Marketing Digital.......................................................33
2.4.2. Ferramentas do Marketing Digital.............................................. 33
51
CAPÍTULO III - O Jornalismo Marketing na Sociedade Atual......................36
3.1. Importância do Jornalismo na era e sociedade atual e online.................37
3.2. Era Digital - contextualização do Jornalismo Marketing..........................38
3.3. Aplicabilidade do Jornalismo...................................................................40
3.4. Contribuições positivas do Jornalismo Marketing na sociedade atual....42
3.5. Jornalismo e Marketing de mãos dadas..................................................42
CONCLUSÃO....................................................................................................44
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................47
ÍNDICE...............................................................................................................50
FOLHA DE AVALIAÇÃO..................................................................................52
52
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito:
53